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A construção do horizonte plurinacional: liberalismo, indianismo e nacional-popular na formação do Estado boliviano / A construção do horizonte plurinacional: liberalismo, indianismo e nacional-popular na formação do Estado boliviano / The construction of the plurinational horizon: liberalism, indianism and national-popular in the formation of Bolivian state / The construction of the plurinational horizon: liberalism, indianism and national-popular in the formation of Bolivian state

Clayton Mendonça Cunha Filho 06 March 2015 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A presente tese busca compreender e explicar a formação do Estado Plurinacional da Bolívia a partir do legado de símbolos, procedimentos e modelos de aquisição de legitimidade deixados ao longo de sua história e que podem ser agrupados em três grandes matrizes políticas: o liberalismo-constitucional, o indianismo-comunitário e o nacional-popular. Assim, o objetivo é analisar como o legado destas três matrizes políticas, através principalmente da evolução histórica de seus horizontes políticos e da memória de suas agendas e promessas inconclusas acerca do Estado e da nação na Bolívia, influenciam o atual experimento inaugurado em 2009 com a promulgação de sua atual Constituição Política do Estado (CPE). A hipótese subjacente é a de que o experimento plurinacional, em sua tentativa de resolver a forte crise de legitimidade estatal trazida pela conjuntura crítica dos anos 2000-2005, se nutre fortemente das agendas destas três matrizes seja intencional e deliberadamente como no caso do Indianismo e do Nacional-popular ou de maneira reticente como no caso do Liberalismo - de forma a tentar reconciliar o Estado com sua altamente heterogênea formação social. A fim de verificá-la, foi realizado um estudo de natureza eminentemente bibliográfica complementado por pesquisa de campo de seis meses a fim de traçar a evolução política das três matrizes em seus momentos constitutivos, horizontes e agendas e contrastá-las com as características institucionais assumidas pelo novo Estado Plurinacional, bem como a prática política dos principais atores bolivianos contemporâneos. Dessa maneira, foi possível perceber o quanto de fato persistem no experimento refundacionista atual e na prática política corrente do país uma mescla heterogênea e com distintas ênfases das agendas e práticas das três matrizes, representadas sobretudo no apego à democracia como valor e procedimento; no reconhecimento étnico-cultural trazido ao interior do Estado com a incorporação potencial pelo mesmo de formatos institucionais comunitários e a preservação de espaços autônomos de deliberação; e na busca por participação política mais direta por parte do povo e na ênfase relativa à soberania popular sobre os recursos naturais do país e um maior intervencionismo estatal na economia.
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A construção do horizonte plurinacional: liberalismo, indianismo e nacional-popular na formação do Estado boliviano / A construção do horizonte plurinacional: liberalismo, indianismo e nacional-popular na formação do Estado boliviano / The construction of the plurinational horizon: liberalism, indianism and national-popular in the formation of Bolivian state / The construction of the plurinational horizon: liberalism, indianism and national-popular in the formation of Bolivian state

Clayton Mendonça Cunha Filho 06 March 2015 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A presente tese busca compreender e explicar a formação do Estado Plurinacional da Bolívia a partir do legado de símbolos, procedimentos e modelos de aquisição de legitimidade deixados ao longo de sua história e que podem ser agrupados em três grandes matrizes políticas: o liberalismo-constitucional, o indianismo-comunitário e o nacional-popular. Assim, o objetivo é analisar como o legado destas três matrizes políticas, através principalmente da evolução histórica de seus horizontes políticos e da memória de suas agendas e promessas inconclusas acerca do Estado e da nação na Bolívia, influenciam o atual experimento inaugurado em 2009 com a promulgação de sua atual Constituição Política do Estado (CPE). A hipótese subjacente é a de que o experimento plurinacional, em sua tentativa de resolver a forte crise de legitimidade estatal trazida pela conjuntura crítica dos anos 2000-2005, se nutre fortemente das agendas destas três matrizes seja intencional e deliberadamente como no caso do Indianismo e do Nacional-popular ou de maneira reticente como no caso do Liberalismo - de forma a tentar reconciliar o Estado com sua altamente heterogênea formação social. A fim de verificá-la, foi realizado um estudo de natureza eminentemente bibliográfica complementado por pesquisa de campo de seis meses a fim de traçar a evolução política das três matrizes em seus momentos constitutivos, horizontes e agendas e contrastá-las com as características institucionais assumidas pelo novo Estado Plurinacional, bem como a prática política dos principais atores bolivianos contemporâneos. Dessa maneira, foi possível perceber o quanto de fato persistem no experimento refundacionista atual e na prática política corrente do país uma mescla heterogênea e com distintas ênfases das agendas e práticas das três matrizes, representadas sobretudo no apego à democracia como valor e procedimento; no reconhecimento étnico-cultural trazido ao interior do Estado com a incorporação potencial pelo mesmo de formatos institucionais comunitários e a preservação de espaços autônomos de deliberação; e na busca por participação política mais direta por parte do povo e na ênfase relativa à soberania popular sobre os recursos naturais do país e um maior intervencionismo estatal na economia.
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A constitucionalização da plurinacionalidade como condição para o desenvolvimento das autonomias políticas na Bolívia / The constitutionalization of plurinationality as a condition for the development of political autonomies in Bolivia

Ribeiro, Andrey Borges Pimentel 13 March 2015 (has links)
Submitted by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2017-04-06T12:26:07Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Andrey Borges Pimentel Ribeiro - 2015.pdf: 1572171 bytes, checksum: f206c44da6ff869d06b075370a95eed0 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2017-04-06T12:26:32Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Andrey Borges Pimentel Ribeiro - 2015.pdf: 1572171 bytes, checksum: f206c44da6ff869d06b075370a95eed0 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-06T12:26:33Z (GMT). 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The methodology-theory which directs the research is the new institutionalism in a meaning which takes in consideration the fundamental elements of that theory, observing the Constitutional State, the conflicts and cooperation. As the study remains the State in Latin America, the research points three methodological precautions: the difficulty of studying the State, the concept of Latin America in the range of the work and the concept of coloniality of the power. About the data, the research works on institutional issues since the historical point of view, considering the origins of the institutions in the social and political context, including the 2009 Bolivian Constitution and its purpose of developing the autonomy even in its institutional foundation. For that, the research includes in the first chapter the concept of Plurinational State of Bolivia, which is proposed considering the plote of the Constitutional State, the Latin-American constitutionalism and the very beggining of the Nation-State over plurinationality. The second chapter makes a historical reconstruction of autonomies in Bolivian constitucionalism, especially its material aspect, once the constitutionalism of the country explained in the work is highlighted for excluding indigenous people from political participation, however, the perspective of 2009 Bolivian Constitution is to maintain an institutional structure better adjusted of their reality, opening space for developing autonomies in the country. Finally, the third and last chapter takes in consideration the Plurinational Bolivian State since the 2009 Constitution as a casual condition to the autonomy developing, observing that from the present Constitution started a political process of consummation of the historical claim for autonomy, not only for the indigenous ones, but the departmentals, regionals and municipals. So, this last chapter sets up a way of how the 2009 Constitution has been stablished in the country for autonomies, and its real condition, specially in what takes the legislative output related to this theme and to the situation of indigenous origins peasant autonomy. / A presente pesquisa tem por objetivo analisar a relação da plurinacionalidade institucionalizada na Constituição da Bolívia de 2009 com o desenvolvimento das autonomias políticas no país. O problema de pesquisa está expresso na seguinte pergunta: de que modo a Constituição da Bolívia de 2009 permite o desenvolvimento das autonomias políticas no país? A metodologia utilizada no trabalho parte da hipótese positiva de que a institucionalização da plurinacionalidade na Constituição da Bolívia de 2009 é condição causal necessária para o resultado das autonomias políticas no país, por isto a pesquisa adota o estudo de caso como método para verificar a relação causal em tela na Bolívia. A abordagem teórico-metodológica que orienta o trabalho é o novo institucionalismo em uma acepção que considere os elementos fundamentais de tal corrente teorética, tendo em vista o Estado Constitucional, o conflito e a cooperação. Por se tratar de um estudo que considera o Estado na América Latina, a pesquisa aponta três precauções metodológicas: a dificuldade de se estudar o Estado, o conceito de América Latina no âmbito do trabalho e o conceito de colonialidade do poder. Com relação aos dados, a pesquisa trabalha com questões institucionais desde o ponto de vista histórico, considerando a origem das instituições a partir do contexto social e político, inclusive a própria Constituição da Bolívia de 2009 e a sua proposta de desenvolver as autonomias desde o alicerce institucional. Para tanto, a pesquisa compreende no primeiro capítulo o conceito de Estado Plurinacional da Bolívia, o qual é proposto considerando o percurso do Estado Constitucional, o constitucionalismo latino-americano e a construção do Estado-nação em detrimento da plurinacionalidade. O segundo capítulo configura uma reconstrução histórica das autonomias no constitucionalismo boliviano propriamente dito, sobretudo em seu aspecto material, sendo que o constitucionalismo do país em discussão é marcado pela exclusão sistemática do indígena da participação política no país, porém, a perspectiva da Constituição da Bolívia de 2009 é permear uma estrutura institucional melhor ajustada à realidade social, abrindo margem para a o desenvolvimento das autonomias no país. E, finalmente, o terceiro capítulo considera o Estado Plurinacional da Bolívia desde a Constituição de 2009 como condição causal para o desenvolvimento autonômico, tendo em vista que a partir da Constituição vigente se iniciou um processo político de efetivação da reivindicação histórica por autonomias, não somente indígenas, mas também departamentais, municipais e regionais. Então, este último capítulo estabelece o modo como a Constituição de 2009 tem sido implementada no país visando às autonomias, e o estado atual destas, principalmente no que se refere à produção legislativa relacionada a esta temática e a situação das autonomias indígenas originários campesinas.
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Entre wiphalas, polleras e ponchos - Embates entre discursos de CONAMAQ, do Estado Plurinacional da Bolívia e do Direito Internacional / Between wiphalas, polleras and ponchos: conflicts between discourses of the CONAMAQ, of the Plurinational State of Bolívia and the International Law

Caroline Cotta de Mello Freitas 15 March 2013 (has links)
Nesta tese analisamos a atuação dos movimentos sociais indígenas na Bolívia, e seus discursos sobre autonomia. Nosso foco é o CONAMAQ Consejo Nacional de Ayllus y Markas del Qullasuyu. Por entendermos que não existe enunciado sem posição, mapeamos os discursos que operam na esfera pública boliviana a fim de compreender qual a posição do CONAMAQ. Este mapeamento consistiu na análise também dos discursos da CSUTCB Central Sindical Única de Trabajadores Campesinos de Bolivia e do Estado Plurinacional de Bolívia. Descrevemos os discursos nacionalistas e indianistas bolivianos, em especial o katarismo, para analisar a constituição dos agentes, de seus posicionamentos e do modo como interagem. Nossa intenção foi definir o campo de relações, simultaneamente prático e discursivo, no qual se codificam os sistemas de diferenças que compõem o contexto em que circulam os agentes e seus discursos. Encontramos evidenciados no processo de construção do Estado Plurinacional na Bolívia, dois discursos com base nos quais se estabelecem posições discursivas, organizam-se movimentos sociais e criam-se agentes na esfera política pública: o camponês-indígena e o indígenaoriginário. Com base nisso, propomos analisar o encontro dos discursos sobre direitos do CONAMAQ, do Estado Plurinacional e da normativa do direito internacional sobre direitos dos povos indígenas, com ênfase no debate sobre o direito à autonomia. A fim de demonstrar que os contatos e encontros entre os níveis discursivos local (identificados como CONAMAQ e Estado plurinacional), e internacional (entendido como a normativa de direitos dos povos indígenas constituída por organismos internacionais), se interpenetram e apresentam diferentes pontos de contato, constituindo embates discursivos na esfera pública local e, também, na internacional/global. / In this thesis, we will analyze the actions of the indigenous social movements in Bolivia, and their discourses on autonomy. Our focus is the CONAMAQ Consejo Nacional de Ayllus y Markas del Qullasuyu. As we understand there is no utterance without a position, we mapped out the discourses that operate in the Bolivian public sphere in order to understand the position of the CONAMAQ. This mapping out consisted also in the analysis of the discourses of the CSUTCB Central Sindical Única de Trabajadores Campesinos de Bolivia and of the Plurinational State of Bolivia. We describe the Bolivian nationalist and indianist discourses, especially the katarismo, to analyze the constitution of the agents, of their positions and of the way they Interact. Our aim was to define the field of the relations, at the same time practical and discoursive, in which the systems of differences that make up the context where the agents and their discourses navigate are encoded. Two discourses are to be found evident in the process of construction of the Plurinational State of Bolivia, two discourses based on which discoursive positions are established, social movements are organized and agents are created in the public political sphere: the indianpeasant and the originary-indian. Based on this, we attempt to analyze the encounter of the discourses on rights of the CONAMAQ, of the Plurinational State and of the rules of the international law on the rights of indigenous peoples, with an emphasis on the debate about the right to autonomy. In order to demonstrate that the contacts and encounters between the local (identified as CONAMAQ and Plurinational State) and international (understood as rules of law regarding the rights of indigenous peoples elaborated by international organizations) discoursive levels are intertwined and show different points of contact, creating discursive clashes in the local public sphere, and also on an international/global level.
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Mouvement indigène en Equateur

Mazars, Nadège. Gros, Christian. January 2005 (has links) (PDF)
Mémoire de DEA : Sociologie : Paris 3 : 2005. / Bibliogr. f. 124-132.
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Estado e diferença indígena na América Latina: (re)construções identitárias no contexto da criação do Estado Plurinacional da Bolívia / State and indiginous diference in Latin America: identities (re)construction in the context of the creation of the Plurinational State of Bolivia

Graziano, Valéria Teixeira 20 September 2016 (has links)
A Assembleia Constituinte que deu origem ao Estado Plurinacional da Bolívia no ano de 2009 marcou o encontro da diferença indígena com o Estado. Baseada em valores e paradigmas alternativos, tais como a plurinacionalidade, a interculturalidade e o vivir bien, a refundação do Estado se insere num contexto de mobilização e articulação de grupos historicamente marginalizados, os quais passaram a questionar a legitimidade do projeto de Estado-nação moderno. Tal processo impactou significativamente não só as estruturas de poder e as instituições estatais, mas também as referências, valores e discursos em torno das questões culturais, simbólicas e identitárias. Desse modo, a pesquisa teve como objetivo principal analisar como as identidades culturais e políticas dos diversos movimentos que compuseram o chamado Pacto de Unidade foram progressivamente reivindicadas, negociadas, articuladas e posicionadas em torno dos diversos temas e das disputas simbólicas e de poder, dando origem ao indígena originário camponês. Para tanto, foi realizada pesquisa interdisciplinar, a partir da (i) da teoria crítica latino-americana, mais especificamente do pensamento descolonial; (ii) dos Estudos Culturais e, em especial, dos Estudos Culturais desde/sobre América Latina; (iii) dos Estudos Pós-Coloniais; e (iv) das Epistemologias do Sul. Os documentos centrais para as análises realizadas foram as duas propostas formuladas pelo Pacto de Unidade para a Assembleia Constituinte entre 2006 e 2007, bem como o texto constitucional aprovado em 2009. A partir de tais análises, concluiu-se que a construção identitária em torno do indígena originário camponês representou uma importante chave de articulação para os movimentos indígenas, tendo relevância tanto simbólica, ao marcar a chegada dessa diferença indígena na institucionalidade estatal, quanto concreta, ao estabelecer novas relações entre povos e nações indígenas com a sociedade nacional e garantir o reconhecimento de direitos específicos. Embora as dificuldades e limitações relativas à articulação de interesses e visões de mundos tão diversos em uma identidade abrangente como o indígena originário camponês já venha se explicitando na prática política, deve-se reconhecer que o processo de formulação de um projeto de nação comum no âmbito do Pacto de Unidade demonstrou que os movimentos indígenas foram capazes de articular políticas identitárias bastante complexas e incorporar conteúdos mais amplos às suas lutas, desestabilizando os significados hegemônicos da nação e levando à reinvenção discursiva e prática da comunidade imaginada. Por fim, cabe destacar que o processo constituinte boliviano representou um importante passo não só na luta pela transformação das relações de poder entre Estado e sociedade, mas também como uma luta epistêmica contra o eurocentrismo como pensamento único e universal, apontando novos valores e horizontes civilizacionais, bem como novas possibilidades teóricas para a análise das identidades culturais contemporâneas / The Constituent Assembly that gave rise to the Plurinational State of Bolivia in 2009 has marked the encounter between the indigenous difference and the State. Based in values and alternative paradigms such as the plurinationality, the interculturality and the vivir bien (live well), the refounding of the State resulted from the context of mobilization and articulation of historically marginalized groups, which started questioning the legitimacy of the modern nation-state project. Such process has impacted significantly not only the power structures and the state-owned institutions, but also the references, values and discourses related to cultural, symbolic and identity questions. On that account, the research had as main objective analyze how the cultural and political identities of the different movements that integrated the so called Pact of Unity had been progressively reivindicated, negotiated, articulated and positioned around the multiple themes and the symbolic and power disputes, giving birth to the indigenous originary peasant. Therefore, interdisciplinary research was developed from (i) the Latin- American critical theory, more specifically the decolonial thought; (ii) the Cultural Studies and, in particular, the Cultural Studies from/about Latin America; (iii) the Postcolonial Studies; and (iv) the Epistemologies of the South. The main documents used to support these analyses were the two proposals formulated by Pact of Unity for the Constituent Assembly between 2006 and 2007, as well the constitutional text approved in 2009. From these analyses it can be understood that the identity construction around the indigenous originary peasant portrayed an important key of articulation for the indigenous movements, having both symbolic relevance, marking the arrival of this indigenous difference in the State institutions, and a concrete relevance, establishing new relation between indigenous people and nations and the national society and guaranteeing specific rights recognition. Although difficulties and limitations related to the articulation of interests and world views so different in an embracing identity as the indigenous originary peasant has already been shown in political practice, it is important to recognize that the formulation process of a common nation project inside the Pact of Unity has demonstrated that indigenous movements were capable of articulating identity politics extremely complexes and incorporating comprehensive contents to their fights, destabilizing the hegemonic meanings of nation and resulting in the discursive and practical reinvention of the imagined community. Finally, it is important to stress the Bolivian constitutional process represented a very important step not only in the fight for transformation of power relations between State and society, but also as an epistemic fight against the eurocentrism as a sole and universal thought, appointing news values and civilizational horizons, as well as new theorical possibilities for the contemporary cultural identities analyses
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Estado e diferença indígena na América Latina: (re)construções identitárias no contexto da criação do Estado Plurinacional da Bolívia / State and indiginous diference in Latin America: identities (re)construction in the context of the creation of the Plurinational State of Bolivia

Valéria Teixeira Graziano 20 September 2016 (has links)
A Assembleia Constituinte que deu origem ao Estado Plurinacional da Bolívia no ano de 2009 marcou o encontro da diferença indígena com o Estado. Baseada em valores e paradigmas alternativos, tais como a plurinacionalidade, a interculturalidade e o vivir bien, a refundação do Estado se insere num contexto de mobilização e articulação de grupos historicamente marginalizados, os quais passaram a questionar a legitimidade do projeto de Estado-nação moderno. Tal processo impactou significativamente não só as estruturas de poder e as instituições estatais, mas também as referências, valores e discursos em torno das questões culturais, simbólicas e identitárias. Desse modo, a pesquisa teve como objetivo principal analisar como as identidades culturais e políticas dos diversos movimentos que compuseram o chamado Pacto de Unidade foram progressivamente reivindicadas, negociadas, articuladas e posicionadas em torno dos diversos temas e das disputas simbólicas e de poder, dando origem ao indígena originário camponês. Para tanto, foi realizada pesquisa interdisciplinar, a partir da (i) da teoria crítica latino-americana, mais especificamente do pensamento descolonial; (ii) dos Estudos Culturais e, em especial, dos Estudos Culturais desde/sobre América Latina; (iii) dos Estudos Pós-Coloniais; e (iv) das Epistemologias do Sul. Os documentos centrais para as análises realizadas foram as duas propostas formuladas pelo Pacto de Unidade para a Assembleia Constituinte entre 2006 e 2007, bem como o texto constitucional aprovado em 2009. A partir de tais análises, concluiu-se que a construção identitária em torno do indígena originário camponês representou uma importante chave de articulação para os movimentos indígenas, tendo relevância tanto simbólica, ao marcar a chegada dessa diferença indígena na institucionalidade estatal, quanto concreta, ao estabelecer novas relações entre povos e nações indígenas com a sociedade nacional e garantir o reconhecimento de direitos específicos. Embora as dificuldades e limitações relativas à articulação de interesses e visões de mundos tão diversos em uma identidade abrangente como o indígena originário camponês já venha se explicitando na prática política, deve-se reconhecer que o processo de formulação de um projeto de nação comum no âmbito do Pacto de Unidade demonstrou que os movimentos indígenas foram capazes de articular políticas identitárias bastante complexas e incorporar conteúdos mais amplos às suas lutas, desestabilizando os significados hegemônicos da nação e levando à reinvenção discursiva e prática da comunidade imaginada. Por fim, cabe destacar que o processo constituinte boliviano representou um importante passo não só na luta pela transformação das relações de poder entre Estado e sociedade, mas também como uma luta epistêmica contra o eurocentrismo como pensamento único e universal, apontando novos valores e horizontes civilizacionais, bem como novas possibilidades teóricas para a análise das identidades culturais contemporâneas / The Constituent Assembly that gave rise to the Plurinational State of Bolivia in 2009 has marked the encounter between the indigenous difference and the State. Based in values and alternative paradigms such as the plurinationality, the interculturality and the vivir bien (live well), the refounding of the State resulted from the context of mobilization and articulation of historically marginalized groups, which started questioning the legitimacy of the modern nation-state project. Such process has impacted significantly not only the power structures and the state-owned institutions, but also the references, values and discourses related to cultural, symbolic and identity questions. On that account, the research had as main objective analyze how the cultural and political identities of the different movements that integrated the so called Pact of Unity had been progressively reivindicated, negotiated, articulated and positioned around the multiple themes and the symbolic and power disputes, giving birth to the indigenous originary peasant. Therefore, interdisciplinary research was developed from (i) the Latin- American critical theory, more specifically the decolonial thought; (ii) the Cultural Studies and, in particular, the Cultural Studies from/about Latin America; (iii) the Postcolonial Studies; and (iv) the Epistemologies of the South. The main documents used to support these analyses were the two proposals formulated by Pact of Unity for the Constituent Assembly between 2006 and 2007, as well the constitutional text approved in 2009. From these analyses it can be understood that the identity construction around the indigenous originary peasant portrayed an important key of articulation for the indigenous movements, having both symbolic relevance, marking the arrival of this indigenous difference in the State institutions, and a concrete relevance, establishing new relation between indigenous people and nations and the national society and guaranteeing specific rights recognition. Although difficulties and limitations related to the articulation of interests and world views so different in an embracing identity as the indigenous originary peasant has already been shown in political practice, it is important to recognize that the formulation process of a common nation project inside the Pact of Unity has demonstrated that indigenous movements were capable of articulating identity politics extremely complexes and incorporating comprehensive contents to their fights, destabilizing the hegemonic meanings of nation and resulting in the discursive and practical reinvention of the imagined community. Finally, it is important to stress the Bolivian constitutional process represented a very important step not only in the fight for transformation of power relations between State and society, but also as an epistemic fight against the eurocentrism as a sole and universal thought, appointing news values and civilizational horizons, as well as new theorical possibilities for the contemporary cultural identities analyses
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Democratizing formal politics indigenous and social movement political parties in Ecuador and Bolivia, 1978-2000 /

Collins, Jennifer Noelle. January 2006 (has links)
Thesis (Ph. D.)--University of California, San Diego, 2006. / Title from first page of PDF file (viewed September 21, 2006). Available via ProQuest Digital Dissertations. Vita. Includes bibliographical references (p. 493-512).
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La disputa territorial campesina: estudio en la region de San Agustin en Tarija - Bolivia

Rivero, Carlos Alfredo Vacaflores [UNESP] 20 June 2011 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:28:25Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2011-06-20Bitstream added on 2014-06-13T20:37:18Z : No. of bitstreams: 1 rivero_cav_me_prud.pdf: 1183768 bytes, checksum: 9ce053344816dfb8d60047c877d6c876 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / A disputa camponesa pelo território é uma questão que se destaca com muita força no processo constituinte boliviano contemporâneo. Neste quadro, o sujeito social mobilizado constitui-se sobre a identidade indígena, “originaria” e camponesa, que disputa no imaginário do Estado-Nação o sentido da sua constituição como sujeito, ainda, a sua articulação institucional e territorial buscando a sua legitimidade na constituição do estado e, assim, questionando os princípios da modernidade capitalista eurocêntrica. Tem-se como referência que este Estado-Nação eurocêntrico dilui as identidades étnicas para constituir a identidade nacional do estado-nação moderno. O debate sobre a rearticulação das identidades indígenas coloca um desafio nas identidades camponesas, cuja origem colonial está na expropriação do direito do índio sobre a terra e o território, pra manter sua condição subalterna e, assim, explorar sua força de trabalho nas terras e nos territórios que anteriormente lhes perteneciam. A recuperação da terra e do território constitui-se no eixo central da luta camponesa e indígena na Bolívia, mas requer que o camponês construa um argumento da sua natureza societal expressa na dimensão territorial para articular-se plenamente em um novo esquema: o estado plurinacional / The peasant strugle for territory is a matter that emerges clearly in the contemporary bolivian constituent process, where the mobilized social subject builds up around the indigenous and peasant people and nations, that disputes the hegemonic political imaginary of the nation-state in the sense of constitution of the social subject and his linkage to the territorial and institutional legitimacy of the state, questioning the principles of the capitalistic eurocentric modernity that places a disappearance of ethnic identity to build a national identity of the modern state-nation. The debate about reconstituting indigenous identities points out a challenge over the peasant identities, where its colonial origin in the dispossession of land and territory to exploit their working force in their own ancestral territories. Taking back the land and territories is nowadays a central issue in the peasant and indigenous struggle for emancipation in Bolivia, but requires from them to build an convincing argument of their society nature with territorial attributes for a plenty linkage to the new scheme of the plurinational state / La disputa campesina por el territorio es una cuestión que emerge con contundencia en el proceso constituyente boliviano contemporáneo, donde el sujeto social movilizado se constituye en torno a la identidad de pueblo y nación indígena, originaria y campesina, que le disputa al imaginario político hegemónico del estado-nación el sentido de la constitución del sujeto y su articulación institucional y territorial a la legitimidad del estado, cuestionando los principios de la modernidad capitalista eurocéntrica que postula la dilución de las identidades étnicas para constituir la identidad nacional del estado moderno. El debate sobre la rearticulación de las identidades indígenas plantea un desafío a las identidades campesinas, cuyo origen colonial es el despojo del indio a un derecho sobre la tierra y el territorio, de manera que manteniéndolo en la condición subalterna del conquistado, se le explota la mano de obra para explotar las tierras y territorios que antes de la conquista les pertenecían. La recuperación de la tierra y del territorio se constituye en un eje central de la lucha campesina e indígena en Bolivia, pero requiere del campesino construir un argumento de su naturaleza societal con dimensión territorial para articularse plenamente en el esquema del nuevo estado plurinacional
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L'impact du leadership et de la base organisationnelle sur la performance des nouveaux partis ethniques : les cas du MAS et de Pachakutik

Bouchard, Valérie 13 April 2018 (has links)
Bien qu'apparus à la même époque et dans des conditions similaires, le MAS et Pachakutik, deux nouveaux partis autochtones latino-américains, connaissent des évolutions différentes: le parcours du premier est marqué par un succès croissant, alors que le second, après une entrée fracassante sur la scène électorale, peine à maintenir ses résultats. Pour mieux comprendre cet écart, le présent travail utilise la théorie de la mobilisation des ressources et procède à une analyse comparée, inspirée de la méthode de différence de Mill et appuyée d'un process-tracing. Un examen de la performance électorale des deux organisations est d'abord réalisé, suivi d'une évaluation de l'efficacité de leur leadership et de la solidité de leur base organisationnelle. L'étude révèle que la qualité du leadership et de la base du MAS a contribué à son succès, alors que le déclin de Pachakutik au niveau national peut être lié à l'étiolement de ces ressources. / Although appearing at the same time and in similar conditions, the MAS and Pachakutik, two new indigenous parties in Latin America, have known a different development: while the course of the former is marked by growing success, the latter, after a staggering entrance on the electoral scene, has had difficulties to maintain its results. To understand this difference, this paper uses the resource mobilisation theory and carries out a compared analysis, inspired of Mill's method of difference and completed by a process-tracing. The electoral performance of both organisations is first examined. It is followed by an evaluation of their leadership's efficiency and their organisational base's strength. The study shows that the quality of the MAS's leadership and base has contributed to its success, while Pachakutik's decline at the national level can be linked to the deterioration of these resources.

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