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O efeito do processamento térmico sobre os compostos bioativos e a atividade antioxidante em Pereskia grandifolia Hawer e Talinum paniculatum (jacq.) Gaertn

Coral, Mariele Colletti January 2019 (has links)
Orientador: Giuseppina Pace Pereira Lima / Resumo: As plantas alimentícias negligenciadas como a Pereskia grandifolia Hawer e Talinum paniculatum (Jacq.) Gaertn são definidas por possuírem uma ou mais partes, ou produtos, que podem ser utilizados na alimentação. Entretanto, o consumo destas espécies não é comum e tão pouco são divulgadas informações sobre o preparo e a importância nutricional. O cozimento, além de facilitar a palatabilidade dos vegetais, pode aumentar a biodisponibilidade dos compostos bioativos. Essas hortaliças são consumidas, geralmente, após o processamento térmico, que diminuem os fatores antinutricionais presentes quando in natura. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do cozimento em fervura, vapor e micro-ondas em diferentes tempos, com relação ao conteúdo de poli(fenois) e carotenoides, bem como a atividade antioxidante total em P. grandifolia e T. paniculatum. Os resultados contribuíram para a caracterização de compostos fenólicos e carotenoides em folhas de P. grandifolia e T. paniculatum, os quais possuem uma série de benefícios para a saúde humana. Estes compostos variam conforme a espécie analisada e o processamento térmico empregado, podendo aumentar o valor nutricional e funcional do alimento, sendo essas espécies importantes fontes de compostos bioativos, que podem auxiliar o organismo humano a combater os radicais livres. / Abstract: Neglected food plants such as a Pereskia grandifolia Hawer and Talinum paniculatum (Jacq.) Gaertn are defined by contain one or more parts, or products, that can be used in feeding. However, the consumption of these species is not common and there is few information about the culinary preparation and nutritional importance. Besides, cooking, can to facilitated the palatability of the vegetables, may increase the bioavailability of the bioactive compounds. These vegetables are usually consumed after thermal processing because there is a decrease in antinutritional factors. Thus, the objective of this study was to evaluate the effect of boiling, microwave and steam cooking at different times, about the content of polyphenols and carotenoids, as well as a total antioxidant activity in P. grandifolia and T. paniculatum. The results contributed to the characterization of phenolic compounds and carotenoids in P. grandifolia and T. paniculatum leaves, which have a series of benefits for human health. These compounds vary according to the species analyzed and the thermal processing employed, and may increase the nutritional and functional value of the food. These species are an important sources of these bioactive compounds, which can help the human organism fight against the free radicals. / Mestre
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Subprodutos de acerola como fontes de compostos fenólicos em leites fermentados probióticos / Acerola by-products as sources of phenolic compounds in probiotics fermented milks.

Freitas, Tatyane Lopes de 30 November 2017 (has links)
Subprodutos de frutas são rotineiramente descartados pelas indústrias. Porém, são ricos em compostos bioativos, podendo ser utilizados como ingredientes em produtos funcionais, promovendo a saúde e minimizando o impacto ambiental. O objetivo deste trabalho foi estudar o potencial funcional de subprodutos desidratados de acerola e de laranja, como fontes de compostos fenólicos, e desenvolver leites fermentados probióticos adicionados deste resíduo, avaliando suas características físico-químicas durante o armazenamento sob refrigeração (28 dias; 4 ± 1 °C), bem como o impacto das condições gastrointestinais sobre os flavonoides e as cepas probióticas. Os subprodutos foram obtidos em indústrias de processamento de frutas do estado de São Paulo, e foram realizadas as seguintes análises para caracterizá-los: composição centesimal, teores de vitamina C, minerais, fibras alimentares, compostos fenólicos totais e proantocianidinas, capacidade antioxidante in vitro e perfil cromatográfico de flavonoides (CLAE). Foram elaboradas quatro formulações de leites fermentados: F0 (controle), sem adição de resíduo de acerola (RA); F2, com 2% de RA; F5, com 5% de RA; F10, com 10% de RA. Adicionou-se a cultura probiótica ABT-4 nos produtos, constituída de duas cepas probióticas: Bifidobacterium animalis subsp lactis Bb-12 e Lactobacillus acidophilus La-5, além da cultura starter Streptococcus thermophilus. As seguintes análises foram realizadas com as formulações de leites fermentados, durante o armazenamento sob refrigeração (28 dias, 4 ± 1 °C): composição centesimal, pH, acidez, viabilidade dos microrganismos, teor de compostos fenólicos totais (CF), cor e textura instrumentais. Além disso, os leites fermentados foram submetidos a condições gastrointestinais simuladas in vitro, para avaliação do impacto na viabilidade das cepas probióticas e nos compostos fenólicos. O RA mostrou-se excelente fonte de vitamina C (605 mg/100 g b.u.), além de apresentar melhor capacidade antioxidante in vitro do que o RL. Proantocianidinas foram encontradas apenas no RA, na concentração de 617 &#181;g EC/g b.s. O teor de compostos fenólicos totais do RA (3240 &#181;g EAG/100 g b.s.) foi 3,6 vezes maior que o do RL. Os principais compostos fenólicos encontrados no RA foram: derivados de quercetina, procianidina B1, rutina, e derivados de caempferol. No RL, foram identificados: naringenina, sinensetina, homorientina, isovitexina e derivados de ácido clorogênico. Os subprodutos estudados apresentaram elevados teores de fibras totais (acima de 60%) e proteínas totais (RA: 10,4%; RL: 9,9%), além de reduzido teor de lipídeos totais (RA: 1,6%; RL: 2,6%). Os principais minerais identificados em ambos os resíduos foram: potássio, magnésio, cálcio e fósforo. Quanto às quatro formulações de leites fermentados, estas apresentaram baixo teor de lipídeos totais (menor que 1%), e o teor de proteínas totais variou entre 3,9 e 5,1 g/100 g, estando de acordo com a legislação vigente para este tipo de produto. O pH das formulações F0 (controle) e F2 manteve-se estável significativamente (p > 0,05) ao longo do período de armazenamento sob refrigeração (28 dias; 4 ± 1 °C), e das outras formulações sofreu pequena queda, mesmo assim mantendo-se acima de 4,5. A acidez das formulações, que variou entre 0,92 a 1,28 mg de ácido lático/g, aumentou entre os dias 1 e 14 de armazenamento, depois se manteve até o final da vida de prateleira. O RA não interferiu de maneira negativa nas populações de microrganismos analisadas durante o armazenamento, já que as formulações F2, F5 e F10 mantiveram suas populações em torno de 8 log UFC/g. Quanto ao teor de CF, as amostras diferiram significativamente entre si (p < 0,05), sendo que F0 apresentou teor em torno de 5 vezes inferior a F10 (21,13 e 101,13 &#181;g EAG/100 g, respectivamente, no dia 1). A cor dos produtos se manteve até o final da vida de prateleira, e diferiram significativamente (p < 0,05) entre si. O RA influenciou pouco nos parâmetros de textura dos leites fermentados, mas a formulação controle foi a única que perdeu adesividade. Após a fase gástrica da digestão simulada in vitro, no 7° dia de armazenamento, as populações de bactérias probióticas diminuíram drasticamente (quedas em torno de 3 a 5 log UFC/g), e após a fase entérica não foram detectadas contagens. Por outro lado, os flavonoides encontrados nos leites fermentados adicionados de RA aumentaram em torno de 2 a 5 vezes, após a fase gástrica, mantendo-se ou sofrendo pequena queda após fase entérica. Estes resultados mostram que o pó de subprodutos de acerola é um valioso ingrediente a ser utilizado em alimentos funcionais, pois é rico em vitamina C, fibras e compostos fenólicos, agregando valor nutricional, além de servir como antioxidante natural. Seus flavonoides parecem ser altamente resistentes aos ácidos e sais da digestão, podendo, assim, exercer efeitos positivos sobre a saúde. / Fruits by-products are routinely discarded by industries. However, they are rich in bioactive compounds, and can be used as ingredients in functional foods, promoting health and minimizing environmental impact. The objective of this study was to investigate the functional potential of acerola and orange dehydrated by-products, as sources of phenolic compounds, and to develop probiotic fermented milks suplemented with this residues, evaluating its physico-chemical characteristics during refrigerated storage (28 days, 4 ± 1 °C), as well as the impact of gastrointestinal conditions on flavonoids and probiotic strains. The by-products were obtained from fruit processing industries of São Paulo, and the following analyzes were performed to characterize them: contents of moisture, ash, lipids, proteins, vitamin C, minerals, dietary fibers, total phenolic compounds and proanthocyanidins, antioxidant capacity in vitro and flavonoids chromatographic profile (HPLC). Were elaborated four formulations of fermented milks: F0 (control), without addition of acerola residue (AR); F2, with 2% AR; F5, with 5% AR; F10, with 10% AR. Was used the probiotic culture ABT-4, composed of two probiotic strains, Bifidobacterium animalis subsp lactis Bb-12 and Lactobacillus acidophilus La-5, in addition to the starter culture Streptococcus thermophilus. During the refrigerated storage (28 days, 4 ± 1 °C), the following analyzes were performed with the fermented milks: contents of moisture, ash, lipids and proteins, pH, acidity, viability of microorganisms, total phenolic compounds (PC), instrumental color and texture. In addition, the fermented milks were submitted to in vitro simulated gastrointestinal conditions to evaluate the impact on the viability of probiotic strains and phenolic compounds. AR presented excellent content of vitamin C (605 mg/100 g), in addition to presenting better antioxidant capacity in vitro than orange residue (OR). Proanthocyanidins were found only in AR (617 &#181;g CE/g). The PC content of AR (3240 &#181;g GAE/100 g) was 3.6 higher than in OR. The phenolic compounds identified in AR were quercetin-3-rhamnoside, rutin and others quercetin derivatives, procyanidin B1 and kaempferol derivatives. In OR, were identified naringenin, sinensetin, homorientin, isovitexin and chlorogenic acid derivatives. The by-products studied showed high total fibers content (above 60%) and total proteins (AR: 10.4%, OR: 9.9%), as well as reduced total lipids content (AR: 1.6%; OR: 2.6%). Both residues showed high levels of potassium, calcium, magnesium and phosphorus. The four formulations of fermented milks presented low total lipids content (below 1%), and the total proteins content ranged from 3.9 to 5.1 g/100 g, being in agreement with the legislation. The pH of F0 (control) and F2 formulations remained stable (p > 0.05) throughout the refrigerated storage period (28 days, 4 ± 1 °C), and the other formulations showed a small decreased, even thus remaining above 4.5. The acidity of the formulations, ranging from 0.92 to 1.28 mg of lactic acid/g, increased between days 1 and 14 of storage, then remained until the end of shelf life. The AR did not negatively interfere in the populations of microorganisms analyzed during storage, since the formulations F2, F5 and F10 maintained their populations around 8 log CFU/g. Regarding PC content, the samples differed significantly (p < 0.05), with F0 being about 5 lower than F10 (21.13 and 101.13 &#181;g GAE/100 g, respectively, in the day 1). The instrumental color of the products remained until the end of shelf life, and differed significantly (p < 0.05) from each other. The AR influenced a little in the texture parameters of the fermented milks, but the control formulation was the only one that lost adhesiveness. After the gastric phase of the simulated digestion in vitro, on the 7th day of storage, the populations of probiotic bacteria decreased dramatically (of 3 to 5 log CFU/g), and after the enteric phase no colonies were detected. On the other hand, the flavonoids found in the fermented milks that were suplemented with AR increased from 2 to 5 times, after the gastric phase, maintaining or suffering small decreased after enteric phase. These results show that acerola by-products powder is a valuable ingredient to be used in functional foods because it is rich in vitamin C, dietary fibers and phenolic compounds, adding nutritional value, and serving as a natural antioxidant. Its flavonoids appear to be highly resistant to the acids and salts of digestion and can thus have positive effects on health.
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Fitorremediação do 2,4-diclorofenoxiacético (2,4-d) pelo Plectranthus neochilus

Ramborger, Bruna Piaia 20 March 2017 (has links)
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Porém, estes compostos podem ocasionar danos ao meio ambiente e ao ser humano devido a sua vasta utilização e toxicidade. O 2,4-Diclorofenoxiacetico (2,4-D) é um herbicida muito utilizado para diversas culturas no Brasil e no mundo para combater ervas daninha de folha larga. Possui características de alta solubilidade em água, mobilidade e persistência levando a contaminação de água e solo e em sua fórmula comercial, utilizada em lavoura, apresenta a classificação toxicológica I (extremamente tóxico). Desta forma, para a recuperação de áreas contaminadas com o 2,4-D, a utilização de plantas com capacidade de degradar, estabilizar e/ou remover contaminantes, conhecida como fitorremediação, torna-se extremamente importante devido o baixo custo e diversidade vegetal para tal fim. O presente estudo avaliou a possível capacidade de fitorremediação do Plectranthus neochilus (boldo) exposto ao pesticida comercial (Aminol) em solo e água através de extrações consecutivas (intervalo de dias). Após esse período de exposição, foram analisadas as respostas dessa planta em termos da presença do 2,4-D no chá das folhas, capacidade antioxidante total (DPPH), análise de polifenóis totais e flavonoides para as plantas expostas ao composto em solo e água. Nas plantas expostas na água também foi verificado a capacidade antioxidante total pelo método do fosfomolibdênio e a quantificação de compostos fenólicos. Após 15 dias de experimento, o 2,4-D não foi mais detectado nas amostras de solo e a planta não foi necessária na descontaminação desta matriz devido a degradação do composto ocorrer nesse mesmo período. Diferentemente, na água, o 2,4-D permaneceu até 67% em 60 dias de experimento, o que proporcionou a utilização de dois grupos de tratamento com a planta (um grupo de plantas por 30 dias e um novo grupo nos 30 dias restantes no mesmo sistema), e assim, obteve-se uma descontaminação de até 49% do 2,4-D. O composto não foi detectado no chá das folhas da planta e a capacidade antioxidante total, polifenóis e flavonóides apresentaram-se diminuídos viii em solo (todo experimento) e água (primeiros 30 dias). Entretanto para aquelas plantas que estavam na água nos 30 dias restantes, houve um aumento nessas análises próximo ao nível basal (grupo branco). Na quantificação dos compostos fenólicos (ácido caféico, ácido cumárico e ácido ferúlico) presente no chá dessas plantas observou-se que no grupo de plantas dos primeiros 30 dias houve um aumento do ácido cumárico e acido ferúlico, comparado ao grupo de plantas não expostas ao 2,4-D no tratamento 1 e uma diminuição do ácido caféico no tratamento 2. Nos 30 dias restantes com as novas mudas, observou-se uma diminuição do ácido cumárico e aumento dos ácidos cafeico e ferúlico no tratamento 1 e 2. Os resultados indicaram que a planta teve capacidade de fitorremediar o 2,4-D na água e, embora o composto tenha causado danos no sistema antioxidante, obteve aumento dos compostos fenólicos quantificados tornando o chá da planta útil após a fitorremediação. / The use of pesticides is aimed at increasing the production and quality of agricultural products. However, these compounds can cause harm to the environment and to humans due to their wide use and toxicity. 2,4-Dichlorophenoxyacetic (2,4-D) is a widely used herbicide for various crops in Brazil and the world to combat broadleaf weeds. It has characteristics of high solubility in water, mobility and persistence leading to contamination of water and soil and in its commercial formula, used in farming, it presents toxicological classification I (extremely toxic). Thus, for the recovery of areas contaminated with 2,4-D, the use of plants capable of degrading, stabilizing and /or removing contaminants, known as phytoremediation, becomes extremely important due to the low cost and plant diversity for this purpose. The present study evaluated the possible phytoremediation capacity of Plectranthus neochilus (boldo) exposed to the commercial pesticide (Aminol) in soil and water through consecutive extractions (interval of days). After this period, the plant's responses were analyzed in terms of the presence of 2,4-D in leaf tea, total antioxidant capacity (DPPH), total polyphenols and flavonoids analysis for plants exposed to soil and water. In the plants exposed in the water it was also verified the total antioxidant capacity by the phosphomolybdenum method and the quantification of phenolic compounds. After 15 days of experiment, 2,4-D was no longer detected in the soil samples and the plant was not necessary in the decontamination of this matrix due to degradation of the compound occurring in the same period. Differently, in water, 2,4-D remained up to 67% in 60 days of experiment, which provided the use of two treatment groups with the plant (a group of plants for 30 days and a new group in the remaining 30 days in the same system), and thus a decontamination of up to 49% of 2,4-D was obtained. The compound was not detected in tea leaves of the plant and total antioxidant capacity, polyphenols and flavonoids were decreased in soil (whole experiment) and water (first 30 days). However, for those plants that were in the water in the remaining 30 days, x there was an increase in these analyzes near the basal level (compared to blanc - plants in contact with water only). In the quantification of the phenolic compounds (caffeic acid, coumaric acid and ferulic acid) present in the tea of these plants, it was observed that in the group of plants of the first 30 days there was an increase of the coumaric acid and ferulic acid, compared to the group of plants not exposed to 2,4-D in treatment 1 and a decreased in caffeic acid in treatment 2. In the remaining 30 days with the new seedlings, there was a decrease of the coumaric acid and increase of the caffeic and ferulic acids (treatment 1 and 2). The results indicated that the plant had the capacity of phytoremediation of the 2,4-D in water and, although the compound caused damages in the antioxidant system, it obtained an increase of the quantified phenolic compounds, making tea of the plant useful after phytoremediation.
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Combined bioactive approach over atherosclerosis risk biomarkers / Abordagem combinada de compostos bioativos sobre biomarcadores de risco para aterosclerose.

Scolaro, Bianca 29 November 2017 (has links)
Atherosclerosis, one major cause of morbidity and mortality worldwide, is a complex and multifactorial disease that involves three mainly conditions: chronic inflammation, dyslipidemia and oxidative stress. Although statins are the first-line therapy for LDL cholesterol (LDL-C) lowering, the efficacy of cardiovascular events prevention is limited to 30-40%. This residual risk brought attention to the need of new therapies and clinical targets beyond LDL-C, such as inflammation and oxidative stress. Importantly, suboptimal treatment and/or statin discontinuation due to adverse effects have also been a very challenging clinical problem. Complementary diet therapy can be an effective and safe approach to support pharmacological treatment, especially when drugs alone are insufficient to attenuate risk factors and/or the recommended dose is not well tolerated. The aim of this study was to evaluate the effects of three bioactive components, namely omega-3 fatty acids, plant sterols and polyphenols, on markers of dyslipidemia, inflammation and oxidative stress in patients treated with statins. A randomized, crossover clinical study was carried out, with the participation of 53 subjects. At each intervention period, study participants received a packaged for the functional or control treatment. Functional treatment consisted of fish oil (1.7 g of EPA+DHA/day), chocolate containing plant sterols (2.2 g/day) and green tea (two tea sachets/day). Control treatment consisted of soy oil softgels, regular chocolate and anise tea. After 6 weeks of intervention, functional treatment reduced plasma LDL-C (-13.7% ± 3.7, p=0.002) and C-reactive protein (-35.5% ± 5.9, p=0.027). Plasma triacylglycerol (-15.68% ± 5.94, p=0.02) and MDA (-40.98% ± 6.74, p=0.04) were reduced in subgroups of patients (n=23) with baseline values above the median (93 mg/dL and 2.23 umol/L, respectively). Analysis of lathosterol and campesterol in plasma suggested that intensity of LDL-C reduction was influenced by cholesterol absorption rate rather than its endogenous synthesis. After multivariate analysis, patients identified as \"good responders\" to supplementation (n=10) were recruited for a pilot protocol of statin dose reduction with complementary diet therapy. Responders received the functional treatment for 12 weeks: standard statin therapy was kept during the first 6 weeks and reduced by 50% from weeks 6 to 12. No difference was observed for plasma lipids and inflammation biomarkers, cholesterol efflux capacity or HDL particle number after statin dose reduction when compared to standard therapy. Although limited by the small sample size, our study demonstrates the potential for a new therapeutic approach combining lower statin dose and specific dietary compounds. This may be particularly helpful for the many patients with, and at risk for, CVD who cannot tolerate high-dose statin therapy. / A aterosclerose, uma importante causa mundial de morbidade e mortalidade, é uma doença complexa e multifatorial que envolve três principais condições: inflamação crônica, dislipidemia e estresse oxidativo. Embora as estatinas sejam fármacos de primeira linha para redução de LDL colesterol (LDL-C), sua eficácia na prevenção de eventos cardiovasculares é limitadada a 30-40%. Este risco cardiovascular residual evidencia a necessidade de novas terapias e marcadores clínicos que vão além do LDL-C, como inflamação e estresse oxidativo. Não obstante, tratamento subótimo e/ou interrupção do uso de estatinas devido à ocorrencia de efeitos adversos também é um grave obstáculo na clínica médica. Neste contexto, a terapia dietética complementar representa uma abordagem efetiva e segura para o suporte do tratamento farmacológico, especialmente quando as drogas são insuficientes para atenuar fatores de risco e/ou quando a dose recomendada não é bem tolerada. O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito de três compostos bioativos - ácidos graxos ômega 3, fitosteróis e polifenóis - sobre marcadores de inflamação, lipemia e estresse oxidativo em indivíduos tradados com estatinas. Foi realizado um estudo clínico randomizado, de delineamento crossover, com a participação de 53 voluntários. A cada período de intervenção, os participantes receberam um tratamento funcional ou controle. O tratamento funcional foi composto por cápsulas de óleo de peixe (1.7 g/dia de EPA+DHA), chocolate contendo fitosteróis (2.2 g/dia) e chá verde (dois sachês/dia). O tratamento controle foi composto por cápsulas de óleo de soja, chocolate sem adição de fitosteróis e chá de anis. Após 6 semanas de intervenção, o tratamento funcional reduziu a concentração plasmática de LDL-C (-13.7% ± 3.7, p=0.002) e proteína C-reativa (-35.5% ± 5.9, p=0.027). Triglicerídeos (- 15.68% ± 5.94, p=0.02) e malondialdeído (-40.98% ± 6.74, p=0.04) foram reduzidas apenas em subgrupos de indivíduos que apresentavam valores basais acima da mediana (93 mg/dL e 2.23 umol/L, respectivamente). A análise de latosterol e campesterol no plasma sugeriu que a intensidade da redução de LDL-C não foi influenciada pela síntese endógena de colesterol, mas sim pela taxa de absorção. Após análise multivariada dos resultados, pacientes identificados como \"good responders\" à suplementação (n=10) foram recrutados para um estudo piloto de redução da dosagem da estatina, aliado à terapia dietética complementar. Estes pacientes receberam o tratamento funcional por 12 semanas: durante as 6 primeiras semanas mantevese a dosagem de estatina, que em seguida foi reduzida em 50% das semanas 6 a 12. Não foram observadas diferenças para os marcadores plasmáticos de lipídeos, inflamação, capacidade de efluxo de colesterol ou número de partículas de HDL após a redução da dose de estatina, quando comparada à terapia convencional. Embora limitado pelo reduzido número de pacientes, o estudo demonstra o potencial para uma nova abordagem terapêutica, combinando reduzida dose de estatina com específicos compostos bioativos. Esta pode ser uma importante alternativa para muitos pacientes em risco cardiovascular e que são intolerantes à terapia com altas doses de estatina.
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Estudo epidemiológico do consumo de café, sua contribuição na ingestão de polifenóis e seus potenciais efeitos em fatores de risco cardiovascular, considerando variações genéticas individuais / Epidemiological study of coffee consumption, its contribution to the intake of polyphenols and their potential effects in cardiovascular risk factors, considering individual genetic variations

Miranda, Andreia Alexandra Machado 05 December 2017 (has links)
Introdução: O café é uma das bebidas mais consumidas no Brasil e no mundo Ocidental, o que explica o grande interesse por parte dos pesquisadores. Dentre as diversas substâncias presentes na composição química do café, destacam-se os polifenóis. Alguns estudos têm verificado os efeitos fisiológicos destas substâncias bioativas na saúde humana, nomeadamente nas doenças cardiovasculares. Contudo, os resultados são ainda conflitantes e inconclusivos. Objetivos: Estimar a prevalência do consumo de café e sua contribuição na ingestão de polifenóis; investigar a associação do café com fatores de risco cardiovascular, e analisar a interação entre as variações genéticas e o consumo de café nos níveis de pressão arterial (PA), em amostra representativa de adultos e idosos residentes no município de São Paulo. Métodos: Utilizaram-se dados procedentes do estudo transversal de base populacional ISA-Capital 2008 e do banco de dados de polifenóis Phenol-Explorer versão 3.5. Para o presente estudo, foram incluídos indivíduos com 20 anos ou mais, de ambos os sexos, residentes na área urbana do município de São Paulo. O consumo alimentar foi avaliado por meio de dois recordatórios de 24 horas e utilizou-se um questionário estruturado para obter informações socioeconômicas, demográficas e de estilo de vida. Aferiu-se a PA, realizaram-se medições antropométricas e coletaram-se amostras de sangue em jejum de 12 horas para as análises bioquímicas. Os analitos séricos avaliados foram: homocisteína, glicose em jejum, triacilgliceróis, colesterol total e frações plasmáticas (LDL-c e HDL-c). A genotipagem dos polimorfismos foi realizada utilizando a técnica PCR-alelo específico. Foram avaliados os polimorfismos envolvidos no metabolismo da cafeína, consumo de café e relacionados à PA. A partir de estudos de associação ampla do genoma (GWAS) previamente descritos na literatura, selecionaram-se os polimorfismos candidatos associados com a PA: CYP1A1/CYP1A2 (rs2470893), CYP1A1/CYP1A2 (rs2472297), CPLX3/ULK3 (rs6495122), MTHFR (rs17367504). Posteriormente, foi calculado um escore genético de risco (do inglês GRS) para a PA baseado nestes polimorfismos, o qual variou de zero a oito pontos, de acordo com o número de alelos de risco. As análises estatísticas foram efetuadas por modelos de regressão logística múltipla, no software STATA®, sendo considerado um nível de significância de 0,05. Resultados: Verificou-se que o consumo médio de café nos residentes no Município de São Paulo foi de aproximadamente 140 mL/dia, e que esta bebida contribuiu com 70,5 por cento da ingestão total de polifenóis. Após análises de regressão logística múltipla, encontrou-se uma associação inversa entre o consumo moderado de café e alguns dos fatores de risco cardiovascular (FRCV). Observou-se que, os indivíduos que consumiam diariamente de 1 a 3 xícaras de café, reduziram a chance de ter PA sistólica elevada (OR= 0,45; IC 95 por cento = 0,26-0,78); PA diastólica elevada (OR= 0,44; IC 95 por cento = 0,20-0,98) e concentrações plasmáticas elevadas de homocisteína (OR= 0,32; IC 95 por cento = 0,11-0,93), quando comparados aos indivíduos que tomavam menos de 1 xícara por dia. Além disso, constatou-se que o consumo de café pode interagir com a predisposição genética individual, influenciando a PA. Há medida que aumentou a pontuação no GRS, verificou-se uma maior chance dos indivíduos apresentarem níveis de PA elavada, principalmente naqueles com um alto consumo de café (superior a 3 xícaras por dia) (OR= 5,09; IC 95 por cento = 1,32-19,7). Conclusões: Este estudo sugere que a prevalência do consumo de café por indivíduos adultos e idosos residentes em São Paulo é alta, o que contribui para a maior parte da ingestão de polifenóis da alimentação. Por ser uma bebida rica nestes compostos bioativos, o seu consumo moderado, parece exercer um efeito protetor em FRCV, nomeadamente na regulação da PA elevada e nas concentrações plasmáticas de homocisteina. Além disso, verifica-se uma interação entre o consumo de café e os polimorfismos genéticos nos níveis de PA, sublinhando a importância de reduzir o seu consumo para doses inferiores a 3 xícaras diárias, nos indivíduos geneticamente predispostos a este fator de risco cardiovascular / Introduction: Coffee is one of the most consumed non-alcoholic beverages in Brazil and the Western world, which explains the great interest of the researchers. Among the various substances present in the coffee composition, polyphenols are noteworthy. Some studies have verified the physiological effects of these bioactive substances on human health, especially in cardiovascular diseases. However, the results are still conflicting and inconclusive. Objectives: To estimate the prevalence of coffee consumption and its contribution in the intake of polyphenols, to investigate the association of coffee consumption with cardiovascular risk factors, and to analyze the interaction between genetic polymorphisms and coffee in blood pressure (BP), in a representative sample of adult and older adults of the city of São Paulo. Methods: Data come from the cross-sectional population-based study ISA-Capital 2008 and the polyphenol database Phenol-Explorer version 3.5. For the present study, we included adults and older adultas, of both sexes, living in the urban area of the São Paulo city. Dietary intake was estimated by two 24-hour dietary recalls. Socioeconomic, demographic and lifestyle data were obtained through a structured questionnaire. Blood samples were collected after a 12-hour fasting for biochemical analysis and blood pressure (BP), weight, height were measured. The analytes analysed were plasma homocysteine, triglycerides, total cholesterol, and plasma fractions (HDL-c and LDL-c). Genotyping was performed using the PCR-allele-specific technique. Genetic polymorphisms involved in caffeine metabolism, coffee consumption and BP-related were identified. The following polymorphisms associated with BP [CYP1A1/CYP1A2 (rs2470893), CYP1A1/CYP1A2 (rs2472297), CPLX3/ULK3 (rs6495122), MTHFR (rs17367504)], were selected and obtained from the genome wide association studies (GWAS). Subsequently, a genetic risk score (GRS) for BP was calculated based on these polymorphisms, which ranged from zero to eight points, according to the number of risk alleles. All analyses were performed with Stata® and a p-value < 0.05 was considered statistically significant. Results: The coffee consumption mean in the residents of São Paulo city was approximately 140 mL/day, and this beverage contributed with 70.5 per cent of the total polyphenol intake. After multiple logistic regression analysis, an inverse association between moderate coffee consumption and some of the cardiovascular risk factors (CVRF) was observed. The individuals who drank 13 cups of coffee/day reduced the odds of elevated systolic blood pressure (SBP) (OR= 0.45; 95 per cent CI= 0.26, 0.78), elevated diastolic blood pressure (DBP) (OR= 0.44; 95 per cent CI= 0.20, 0.98), and hyperhomocysteinemia (OR= 0.32; 95 per cent CI= 0.11, 0.93), when compared to subjects who consumed less than 1 cup/day. Furthermore, coffee consumption may interact with individual genetic predisposition, influencing BP. Individuals with a higher genetic risk score (GRS) appear to have high BP levels (OR= 5.09; 95 per cent CI= 1.32-19.7), related to higher coffee consumption (greater than 3 cups/day). Conclusions: This study suggests that the prevalence of coffee consumption by adult and older adults living in São Paulo is high, which contributes to the majority of the polyphenol intake from the diet. The moderate consumption of this beverage seems to exert a protective effect on CVRF, principally in the regulation of high BP and hyperhomocysteinemia. In addition, there is an interaction between the consumption of this beverage and the GRS for high BP, highlighting the importance of reduce coffee consumption to doses below 3 cups/day, in individuals genetically predisposed to this CV risk factor
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Investigação das potencialidades de Rubus sellowii Cham. & Schltdl. (Rosaceae)

Teixeira, Marelise 23 February 2017 (has links)
Submitted by FERNANDA DA SILVA VON PORSTER (fdsvporster@univates.br) on 2017-06-29T17:45:57Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) 2017MareliseTeixeira.pdf: 4634035 bytes, checksum: e19e76c6d910883ee76f2379227a27b7 (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Paula Lisboa Monteiro (monteiro@univates.br) on 2017-07-04T20:13:07Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) 2017MareliseTeixeira.pdf: 4634035 bytes, checksum: e19e76c6d910883ee76f2379227a27b7 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-07-04T20:13:08Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) 2017MareliseTeixeira.pdf: 4634035 bytes, checksum: e19e76c6d910883ee76f2379227a27b7 (MD5) Previous issue date: 2017-06 / Os compostos fenólicos são metabólitos secundários encontrados nas plantas que apresentam efeitos biológicos, incluindo atividades antioxidante e antimicrobiana. A descoberta de novos agentes é de extrema importância para um país como o Brasil que possui imensa biodiversidade. O gênero Rubus tem sido estudado por ser fonte de importantes princípios ativos com atividade antioxidante, antitumoral e anti-inflamatória. Diante do exposto, o objetivo do estudo foi avaliar a atividade antimicrobiana, antioxidante e determinar o conteúdo de flavonoides e polifenóis nos extratos aquosos, etanólicos e hidroetanólicos de folhas e frutos de Rubus sellowii Cham. & Schltdl., espécie nativa, endêmica do Brasil. Os métodos utilizados foram Folin-Ciocalteu para polifenóis, espectroscopia para flavonoides, capacidade de redução do radical DPPH por espectrofotometria para atividade antioxidante e o método de micro diluição para atividade antimicrobiana. O conteúdo de polifenóis variou de 182 a 5097 mg de EAG/100 g de frutos e folhas, respectivamente. Para o teor de flavonoides totais, a variação foi de 16 a 234 mg de ERU/g, sendo as menores quantidades para os extratos de frutos. Os frutos apresentaram a menor capacidade antioxidante e o extrato etanólico de folhas apresentou a maior atividade antioxidante. Na atividade antimicrobiana, os extratos hidroetanólicos mostraram ação bactericida frente à S. aureus. Os extratos de folhas e frutos tiveram ação bacteriostática sobre E. coli. Já a levedura C. albicans se mostrou resistente a todos os extratos testados. As atividades apresentadas pelos extratos podem estar relacionadas à presença de polifenóis e flavonoides em quantidades consideradas elevadas tanto em frutos quanto em folhas. A utilização da espécie, especialmente dos frutos, deve ser estimulada a fim de reduzir o risco de algumas doenças.
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Desfolha, aplicação de ácido abscísico e de extratos vegetais na qualidade de uvas para vinificação

Pessenti, Isabela Leticia 21 July 2017 (has links)
Submitted by Eunice Novais (enovais@uepg.br) on 2018-02-07T12:08:16Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Isabela Leticia Pessenti.pdf: 2816974 bytes, checksum: 7ddb844219627cfd4008623f5e811191 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-02-07T12:08:17Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Isabela Leticia Pessenti.pdf: 2816974 bytes, checksum: 7ddb844219627cfd4008623f5e811191 (MD5) Previous issue date: 2017-07-21 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / As condições climáticas apresentam forte influência na cultura da videira. O alto índice de precipitação e a baixa amplitude térmica, por exemplo, podem fazer com que as uvas não alcancem índices adequados de maturação. Com o objetivo de verificar o efeito da desfolha, da aplicação do ácido abscisico e de extratos vegetais na qualidade de uvas, dois experimentos foram conduzidos em vinhedo comercial com as cvs. Primitivo e Malbec, respectivamente, em Água Doce–SC. Os tratamentos foram os seguintes para o experimento 1: 1) testemunha (sem tratamento); 2) desfolha manual no início da maturação (estádio “pintor”); 3) desfolha manual 15 dias após a primeira desfolha; 4) ácido abscísico 200 mg L-1; 5) ácido abscísico 400 mg L-1; 6) ácido abscísico 600 mg L-1. Para o experimento 2 foram incluídos dois tratamentos adicionais: 7) extrato de gervão 100 g L-1, 8) extrato de capim limão 100 g L-1. Foram realizadas as seguintes avaliações: massa e diâmetro de bagas, diâmetro e comprimento de ramos, massa de cachos, teor de sólidos solúveis, acidez titulável, relação sólidos solúveis/acidez, pH, teor de antocianinas, polifenóis totais, teor de flavonoides, intensidade de cor, radiação fotossinteticamente ativa, índice de clorofila, índice de desfolha e de clorose, luminosidade, croma, tonalidade, índice de coloração para bagas vermelhas e teor de álcool para o vinho. A desfolha e a aplicação de S-ABA não apresentou efeitos sobre as características químicas dos cachos e bagas nas duas cultivares. Houve maior radiação fotossinteticamente ativa nos tratamentos de desfolha e S-ABA. A aplicação de S-ABA proporcionou clorose nas folhas, seguido de baixo teor de clorofila, ocasionando a senescência, seguido de desfolha. A desfolha e a aplicação de ácido abscísico proporcionaram níveis aumentados de polifenóis totais, antocianinas, flavonoides e intensidade de cor, tanto na uva Primitivo, quanto na Malbec e no vinho. Os extratos vegetais aplicados não influenciaram nas análises físico-químicas, no teor de antocianinas e polifenóis totais, apenas no teor de flavonoides e intensidade de cor na cv Malbec. / Climatic conditions have a strong influence on grapevine cultivation. The high rate of rainfall and low temperature range, for example, can cause the grapes do not reach adequate maturation indexes. In order to check the effect of defoliation, the application of abscisic acid and application of plant extracts on the quality of grapes, two experiments were conducted in commercial vineyard with the cvs. Primitivo and Malbec, respectively, in Água Doce – SC. The treatments were as follows for experiment 1: 1) control (no treatment); 2) manual defoliation in early maturation (‘veraison’); 3) defoliation 15 days after the first manual defoliation; 4) abscisic acid 200 mg L-1; 5) abscisic acid 400 mg L-1; 6) abscisic acid 600 mg L-1. For experiment 2 were included two additional treatments: 7) gervão extract 100 g L-1, 8) extract lemon grass 100 g L-1. The following reviews were carried out: mass and berry diameter, diameter and length of branches, number and mass of branches, soluble solids, titratable acidity, soluble solids/acidity, pH, anthocyanins, total polyphenols, flavonoids, color intensity, photosynthetically active radiation, chlorophyll index, index of defoliation and chlorosis, lightness, chroma, hue, color index for red berries and alcohol content for wine. Defoliation and application of S-ABA showed no effects on the chemical characteristics of the bunches and berries in the two cultivars. There was a higher photosynthetically active radiation treatments of defoliation and S-ABA. The application of S-ABA provided chlorosis in leaves, followed by low chlorophyll content, causing the senescence, followed by defoliation. Defoliation and application of abscisic acid have provided increased levels of total polyphenols, anthocyanins, flavonoids and color intensity, both in Primitivo grape as the Malbec and wine. The plant extracts applied did not influence on the physical and chemical analyses, the anthocyanins and total polyphenols, flavonoids content only and intensity of color in cv Malbec.
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Subprodutos de acerola como fontes de compostos fenólicos em leites fermentados probióticos / Acerola by-products as sources of phenolic compounds in probiotics fermented milks.

Tatyane Lopes de Freitas 30 November 2017 (has links)
Subprodutos de frutas são rotineiramente descartados pelas indústrias. Porém, são ricos em compostos bioativos, podendo ser utilizados como ingredientes em produtos funcionais, promovendo a saúde e minimizando o impacto ambiental. O objetivo deste trabalho foi estudar o potencial funcional de subprodutos desidratados de acerola e de laranja, como fontes de compostos fenólicos, e desenvolver leites fermentados probióticos adicionados deste resíduo, avaliando suas características físico-químicas durante o armazenamento sob refrigeração (28 dias; 4 ± 1 °C), bem como o impacto das condições gastrointestinais sobre os flavonoides e as cepas probióticas. Os subprodutos foram obtidos em indústrias de processamento de frutas do estado de São Paulo, e foram realizadas as seguintes análises para caracterizá-los: composição centesimal, teores de vitamina C, minerais, fibras alimentares, compostos fenólicos totais e proantocianidinas, capacidade antioxidante in vitro e perfil cromatográfico de flavonoides (CLAE). Foram elaboradas quatro formulações de leites fermentados: F0 (controle), sem adição de resíduo de acerola (RA); F2, com 2% de RA; F5, com 5% de RA; F10, com 10% de RA. Adicionou-se a cultura probiótica ABT-4 nos produtos, constituída de duas cepas probióticas: Bifidobacterium animalis subsp lactis Bb-12 e Lactobacillus acidophilus La-5, além da cultura starter Streptococcus thermophilus. As seguintes análises foram realizadas com as formulações de leites fermentados, durante o armazenamento sob refrigeração (28 dias, 4 ± 1 °C): composição centesimal, pH, acidez, viabilidade dos microrganismos, teor de compostos fenólicos totais (CF), cor e textura instrumentais. Além disso, os leites fermentados foram submetidos a condições gastrointestinais simuladas in vitro, para avaliação do impacto na viabilidade das cepas probióticas e nos compostos fenólicos. O RA mostrou-se excelente fonte de vitamina C (605 mg/100 g b.u.), além de apresentar melhor capacidade antioxidante in vitro do que o RL. Proantocianidinas foram encontradas apenas no RA, na concentração de 617 &#181;g EC/g b.s. O teor de compostos fenólicos totais do RA (3240 &#181;g EAG/100 g b.s.) foi 3,6 vezes maior que o do RL. Os principais compostos fenólicos encontrados no RA foram: derivados de quercetina, procianidina B1, rutina, e derivados de caempferol. No RL, foram identificados: naringenina, sinensetina, homorientina, isovitexina e derivados de ácido clorogênico. Os subprodutos estudados apresentaram elevados teores de fibras totais (acima de 60%) e proteínas totais (RA: 10,4%; RL: 9,9%), além de reduzido teor de lipídeos totais (RA: 1,6%; RL: 2,6%). Os principais minerais identificados em ambos os resíduos foram: potássio, magnésio, cálcio e fósforo. Quanto às quatro formulações de leites fermentados, estas apresentaram baixo teor de lipídeos totais (menor que 1%), e o teor de proteínas totais variou entre 3,9 e 5,1 g/100 g, estando de acordo com a legislação vigente para este tipo de produto. O pH das formulações F0 (controle) e F2 manteve-se estável significativamente (p > 0,05) ao longo do período de armazenamento sob refrigeração (28 dias; 4 ± 1 °C), e das outras formulações sofreu pequena queda, mesmo assim mantendo-se acima de 4,5. A acidez das formulações, que variou entre 0,92 a 1,28 mg de ácido lático/g, aumentou entre os dias 1 e 14 de armazenamento, depois se manteve até o final da vida de prateleira. O RA não interferiu de maneira negativa nas populações de microrganismos analisadas durante o armazenamento, já que as formulações F2, F5 e F10 mantiveram suas populações em torno de 8 log UFC/g. Quanto ao teor de CF, as amostras diferiram significativamente entre si (p < 0,05), sendo que F0 apresentou teor em torno de 5 vezes inferior a F10 (21,13 e 101,13 &#181;g EAG/100 g, respectivamente, no dia 1). A cor dos produtos se manteve até o final da vida de prateleira, e diferiram significativamente (p < 0,05) entre si. O RA influenciou pouco nos parâmetros de textura dos leites fermentados, mas a formulação controle foi a única que perdeu adesividade. Após a fase gástrica da digestão simulada in vitro, no 7° dia de armazenamento, as populações de bactérias probióticas diminuíram drasticamente (quedas em torno de 3 a 5 log UFC/g), e após a fase entérica não foram detectadas contagens. Por outro lado, os flavonoides encontrados nos leites fermentados adicionados de RA aumentaram em torno de 2 a 5 vezes, após a fase gástrica, mantendo-se ou sofrendo pequena queda após fase entérica. Estes resultados mostram que o pó de subprodutos de acerola é um valioso ingrediente a ser utilizado em alimentos funcionais, pois é rico em vitamina C, fibras e compostos fenólicos, agregando valor nutricional, além de servir como antioxidante natural. Seus flavonoides parecem ser altamente resistentes aos ácidos e sais da digestão, podendo, assim, exercer efeitos positivos sobre a saúde. / Fruits by-products are routinely discarded by industries. However, they are rich in bioactive compounds, and can be used as ingredients in functional foods, promoting health and minimizing environmental impact. The objective of this study was to investigate the functional potential of acerola and orange dehydrated by-products, as sources of phenolic compounds, and to develop probiotic fermented milks suplemented with this residues, evaluating its physico-chemical characteristics during refrigerated storage (28 days, 4 ± 1 °C), as well as the impact of gastrointestinal conditions on flavonoids and probiotic strains. The by-products were obtained from fruit processing industries of São Paulo, and the following analyzes were performed to characterize them: contents of moisture, ash, lipids, proteins, vitamin C, minerals, dietary fibers, total phenolic compounds and proanthocyanidins, antioxidant capacity in vitro and flavonoids chromatographic profile (HPLC). Were elaborated four formulations of fermented milks: F0 (control), without addition of acerola residue (AR); F2, with 2% AR; F5, with 5% AR; F10, with 10% AR. Was used the probiotic culture ABT-4, composed of two probiotic strains, Bifidobacterium animalis subsp lactis Bb-12 and Lactobacillus acidophilus La-5, in addition to the starter culture Streptococcus thermophilus. During the refrigerated storage (28 days, 4 ± 1 °C), the following analyzes were performed with the fermented milks: contents of moisture, ash, lipids and proteins, pH, acidity, viability of microorganisms, total phenolic compounds (PC), instrumental color and texture. In addition, the fermented milks were submitted to in vitro simulated gastrointestinal conditions to evaluate the impact on the viability of probiotic strains and phenolic compounds. AR presented excellent content of vitamin C (605 mg/100 g), in addition to presenting better antioxidant capacity in vitro than orange residue (OR). Proanthocyanidins were found only in AR (617 &#181;g CE/g). The PC content of AR (3240 &#181;g GAE/100 g) was 3.6 higher than in OR. The phenolic compounds identified in AR were quercetin-3-rhamnoside, rutin and others quercetin derivatives, procyanidin B1 and kaempferol derivatives. In OR, were identified naringenin, sinensetin, homorientin, isovitexin and chlorogenic acid derivatives. The by-products studied showed high total fibers content (above 60%) and total proteins (AR: 10.4%, OR: 9.9%), as well as reduced total lipids content (AR: 1.6%; OR: 2.6%). Both residues showed high levels of potassium, calcium, magnesium and phosphorus. The four formulations of fermented milks presented low total lipids content (below 1%), and the total proteins content ranged from 3.9 to 5.1 g/100 g, being in agreement with the legislation. The pH of F0 (control) and F2 formulations remained stable (p > 0.05) throughout the refrigerated storage period (28 days, 4 ± 1 °C), and the other formulations showed a small decreased, even thus remaining above 4.5. The acidity of the formulations, ranging from 0.92 to 1.28 mg of lactic acid/g, increased between days 1 and 14 of storage, then remained until the end of shelf life. The AR did not negatively interfere in the populations of microorganisms analyzed during storage, since the formulations F2, F5 and F10 maintained their populations around 8 log CFU/g. Regarding PC content, the samples differed significantly (p < 0.05), with F0 being about 5 lower than F10 (21.13 and 101.13 &#181;g GAE/100 g, respectively, in the day 1). The instrumental color of the products remained until the end of shelf life, and differed significantly (p < 0.05) from each other. The AR influenced a little in the texture parameters of the fermented milks, but the control formulation was the only one that lost adhesiveness. After the gastric phase of the simulated digestion in vitro, on the 7th day of storage, the populations of probiotic bacteria decreased dramatically (of 3 to 5 log CFU/g), and after the enteric phase no colonies were detected. On the other hand, the flavonoids found in the fermented milks that were suplemented with AR increased from 2 to 5 times, after the gastric phase, maintaining or suffering small decreased after enteric phase. These results show that acerola by-products powder is a valuable ingredient to be used in functional foods because it is rich in vitamin C, dietary fibers and phenolic compounds, adding nutritional value, and serving as a natural antioxidant. Its flavonoids appear to be highly resistant to the acids and salts of digestion and can thus have positive effects on health.
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Análise citotóxica e caracterização química de frações do extrato hidroalcoólico da semente de Euterpe Oleracea mart / CITOTOXIC ANALYSIS AND CHEMICAL CHARACTERIZATION OF FRACTIONS OF THE HYDROALCOOLIC EXTRACT OF THE SEED OF Euterpe oleracea MART

Freitas, Dayanne da Silva 14 March 2016 (has links)
Submitted by Rosivalda Pereira (mrs.pereira@ufma.br) on 2017-05-17T20:53:38Z No. of bitstreams: 1 DayaneFreitas.pdf: 3248256 bytes, checksum: ea021e1cfc7eeadb7ac1ec7bc8cfd5a3 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-05-17T20:53:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DayaneFreitas.pdf: 3248256 bytes, checksum: ea021e1cfc7eeadb7ac1ec7bc8cfd5a3 (MD5) Previous issue date: 2016-03-14 / The Euterpe oleracea Mart seed. (Acai) has demonstrated different biological activities, such as antioxidant, anti-inflammatory, antihypertensive, antinociceptive and antineoplastic. In this new study, the aim was to analyze the antineoplastic activity of fractions derived from hydroalcoholic extract of Euterpe oleracea Mart. seed in cell line MCF-7, and to identify the compounds responsible for the antineoplastic action by mass spectrometry using electrospray ionization source, and a ciclotrônico analyzer coupled to a Fourier transform (ESI-FT-ICR MS). The MCF-7 cell line was treated with 10, 20, 40 and 60 μg L-1 with fractions hexane (FH), chloroform (FC) and ethyl acetate (FAE) of the hydroalcoholic extract acai seed for 24, 48 and 72 hours. After treatment the cell viability was measured using the assay with 3- (4,5-dimethylthiazol-2-yl) -2,5-diphenyltetrazolium bromide (MTT) and the cell type of death was assessed using annexin - Iodide propidium (PI) assay. Data were analyzed statistically by analysis of variance (ANOVA) or Student's t test, us appropriate. It was observed that all the fractions caused significant reduction of cell viability of MCF-7, but the FAE was the most cytotoxic (p <0.001). In the test Annexin-PI, there was no significant labeling annexin but increased PI staining was significant (p <0.001). This study showed that the FAE was more effective in reducing cell viability, following necroptose mechanism in MCF-7 cell. The FAE is composed of epicatechin, proanthocyanidin A2 and trimeric and tetrameric procyanidins. / A semente de Euterpe oleracea Mart. (açaí) tem demonstrado diferentes atividades biológicas, tais como: antioxidante, anti-inflamatória, anti-hipertensiva, antinociceptiva e antineoplásica. Neste estudo, o objetivo foi analisar a atividade antineoplásica de frações do extrato hidroalcoólico da semente de Euterpe oleracea Mart. na linhagem celular MCF-7, assim como identificar os compostos responsáveis pela ação antineoplásica por espectrometria de massas utilizando fonte de ionização por eletrospray e um analisador ciclotrônico acoplado a uma transformada de Fourier (ESI- FT-ICR MS). A linhagem MCF-7 foi tratada com 10, 20, 40 e 60 μg L-1 com as frações hexânica (FH), clorofórmica (FC) e de acetato de etila (FAE) do extrato hidroalcoólico da semente do açaí por 24, 48 E 72 horas. Após o tratamento a viabilidade celular foi mensurada usando o ensaio com 3-(4,5-dimethylthiazol-2-yl)-2,5-diphenyltetrazolium bromide (MTT) e o tipo de morte celular foi avaliado com o ensaio Anexina - Iodeto de propídeo (PI). Os dados foram analizados estatisticamente por análise de variância (ANOVA) ou por teste T student, quando apropriado. Foi observado que todas as frações causaram redução significativa da viabilidade celular da MCF-7, porém a FAE foi a mais citotóxica (p < 0,001). No ensaio de anexina-pi, não foi observado marcação significativa para anexina porém o aumento da marcação de PI foi significativo (p<0,001). O presente estudo demonstrou que a FAE foi a mais eficaz na redução da viabilidade celular, seguindo mecanismo de necroptose na célula MCF-7. A FAE é composta por epicatequina, proantocianidina A2 e procianidinas trimérica e tetramérica.
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Efeito farmacogenômico in vitro do Astrocaryum aculeatum em células mononucleares do sangue periférico e de câncer de mama / The in vitro pharmacogenomic effect of Astrocaryum aculeatum in mononuclear cells of peripheral blood and breast cancer

Souza Filho, Olmiro Cezimbra de 21 January 2014 (has links)
Breast cancer, due to their prevalence in our environment and global public health is a disease subject of numerous contemporary studies. Some of these studies suggest that certain genes related to cell cycle and apoptosis and acting on breast cancer can be modulated by bioactive compounds present in food, such as carotenoids. Fruits are foods rich in carotenoids, however, there is still a large number of species whose anticarcinogenic action was not investigated. This is the case of tucuma (Astrocaryum aculeatum) that is widely consumed, usually by Amazonian population and that recent studies shows antioxidant action. It is a fruit that presents high levels of carotenoids and other bioactive compounds that can act as anticarcinogenic pharmacogenomic modulators. Studies of this fruit are incipient, particularly those focused its potential role in the genesis and physiology of breast cancer. Thus, this research aimed to evaluate the effect of ethanol extracts of tucuma (peel and pulp) in the cyto-genotoxicity in human peripheral blood mononuclear cells (PBMCs). Additionally, the anticarcinogenic effect was evaluated in vitro in the commercial line MCF-7 breast cancer, determining the action on the viability, cell proliferation, modulation of apoptosis and oxidative metabolism. The study was conducted from ethanol extracts of peel and pulp, in which were determined the levels of total polyphenols, flavonoids, tannins, alkaloids by spectrophotometry and levels of beta-carotene, quercetin, rutin, gallic, chlorogenic and caffeic acids, by high performance liquid chromatography (HPLC). For investigation of cyto-genotoxic effects of pulp and peel tucuma extracts were used PBMCs obtained from healthy adults. These cells were grown in controlled conditions and exposed to different concentrations of the extracts for 24 and 72 hours. After these periods, viability analysis was conducted by the spectrophotometric assay of MTT (bromide of 3-(4,5)-dimethyl-2-thiazolyl-2,5-diphenyl-2H-tetrazolium). The levels of caspase-1 protein that is associated with events of programmed cell death (apoptosis/pyroptosis) were determined by enzyme immunoassay ELISA. The genotoxic effects were measured by analysis of DNA fragmentation by fluorometric assay using the DNA Picogreen ® dye that is specific for double-stranded DNA molecules (dsDNA). In this case, treatment with higher genomic damage have lower fluorescence levels when compared to control. To evaluate the genotoxicity was also carried out the DNA Alkaline Comet assay and the evaluation of chromosomal instability (G-band cytogenetic). The concentration of reactive oxygen species (ROS) was assessed by fluorimetric assay of DCFH-DA. Considering the results obtained in the first study, only the anticarcinogenic effect of the pulp extract was evaluated in the second study. Initially, MCF-7 cells grown under controlled conditions were exposed to concentrations from 1 to 1000 μg/mL of the extract, in order to determine the concentration range with greater anticarcinogenic potential. Following MCF-7 cells were exposed to three concentrations of the tucuma pulp extract using as positive control chemotherapy all-trans retinoic acid ATRA (1μM). The choice of ATRA concentration was based on previous studies reported in the literature. The action on cell viability and proliferation was determined by MTT assay after 24, 48 and 72h of exposure to treatments. The effect of the treatments in induced apoptosis was evaluated by analyzing the levels of caspases (1, 3 and 8), by ELISA immunoassay and expression of Bcl-2 and BAX genes via RT-PCR technic. Once the tucuma extract is rich in antioxidants, the effect on oxidative metabolism was also evaluated through the analysis of the modulation of gene expression of antioxidant enzymes superoxide dismutase (SOD) 1 and 2, catalase (CAT) and glutathione peroxidase (GPX) and the activity of these enzymes, using the levels of thiols (protein and non-protein) as an indirect measure of GPX. Statistical comparison between different treatments was performed via ANOVA One-Way and post hoc Tukey test. The results showed that the extracts had high levels of polyphenols and beta-carotene. In the first study, high cyto-genotoxic effect was observed at concentrations > 500 μg/mL. The pulp showed lower cyto-genotoxicity and, therefore, was used to evaluate the anticarcinogenic effect. In the second study, concentrations between 300 to 1,000 μg/mL decreased the viability of MCF-7 cells. Thus, concentrations of 300, 500 and 900 μg/mL were used in further testing. Similarly to ATRA, the extract reduced the viability and proliferation of breast cancer cells (p ≤ 0.01). The action in the viability probably involved apoptotic pathway since there was an increase in the levels of caspases 1, 3, 8, and inhibiting the expression of anti-apoptotic Bcl-2 gene. In general, these results were similar to ATRA. The tucuma, as well as ATRA, caused an imbalance in the oxidative metabolism. However, while the ATRA altered the oxidative balance in both cytosolic level as for mitochondrial level, tucuma acted only in cytosolic level, mainly, via decreasing levels of gene expression and activity of SOD1, CAT and increased levels of lipid peroxidation and proteins carbonylation. The overall results, despite the methodological limitations associated with in vitro studies indicates that the tucuma ethanolic extract has anticarcinogenic effect in breast cancer cells MCF-7 involving potential pharmacogenomics modulation of genes and molecules of the apoptotic pathway and oxidative metabolism. This is the first study reporting anticarcinogenic activity of this fruit, and these results open the prospect of further scientific, epidemiological and clinical interest studies. / O câncer de mama, devido a sua importância epidemiológica em nosso meio e na saúde pública mundial, é uma doença objeto de inúmeros estudos contemporâneos. Alguns destes trabalhos sugerem que determinados genes relacionados ao ciclo celular e à apoptose e que atuam sobre o câncer de mama, podem ser modulados por compostos bioativos presentes na alimentação, como os carotenóides. Frutas são alimentos ricos em carotenóides, entretanto, existe ainda um número extenso de espécies cuja ação anticarcinogênica não foi investigada. Este é o caso do tucumã (Astrocaryum aculeatum) que é muito consumido, habitualmente, pela população amazônica e que estudos recentes indicam ação antioxidante. Trata-se de um fruto rico em carotenóides e outros compostos bioativos que podem atuar como moduladores farmacogenomicos anticarcinogênicos. Estudos sobre este fruto são incipientes, principalmente aqueles voltados a sua potencial ação na gênese e na fisiologia do câncer de mama. Deste modo, esta investigação teve como objetivo avaliar o efeito de extratos etanólicos do tucumã (casca e polpa) na cito-genotoxicidade em células mononucleares do sangue periférico (CMSPs). Adicionalmente, foi avaliado o efeito anticarcinogênico in vitro na linhagem comercial MCF-7 de câncer de mama, determinando a ação sobre a viabilidade, proliferação celular, modulação do metabolismo apoptótico e oxidativo. O trabalho foi conduzido a partir de extratos etanólicos de polpa e casca, nos quais foram determinados os níveis de polifenóis totais, flavonóides, taninos, alcalóides por espectrofotometria e os níveis de beta-caroteno, quercetina, rutina, ácidos gálico, clorogênico e cafeíco, por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Para a investigação dos efeitos cito-genotóxicos dos extratos da polpa e da casca do tucumã foram utilizadas CMSPs obtidas de adultos saudáveis. Estas células foram cultivadas em condições controladas e expostas a diferentes concentrações dos extratos durante 24h e 72h. Após estes períodos foi efetuada a análise da viabilidade pelo ensaio espectrofotométrico do MTT (brometo de 3-(4,5)-dimetil-2-tiazolil-2,5-difenil-2H-tetrazólio). Os níveis da proteína caspase-1 que está associada a eventos de morte celular programada (apoptose/piroptose) foram determinados por ensaio imunoenzimático de ELISA. Os efeitos genotóxicos foram medidos através da análise de fragmentação do DNA através de ensaio fluorimétrico utilizando o corante DNA Picogreen® que é específico para moléculas de DNA dupla-fita (DNAdf). No caso, tratamentos que apresentam maior dano genômico possuem níveis menores de fluorescência quando comparados ao controle. Para avaliar a genotoxicidade também foi realizado o ensaio do DNA Cometa Alcalino e a avaliação da instabilidade cromossômica (citogenética por Banda G). A concentração de espécies reativas de oxigênio (EROs) foi avaliada via ensaio fluorimétrico da DCFH-DA. Considerando os resultados obtidos no primeiro estudo, somente o efeito anticarcinogênico do extrato da polpa foi avaliado no segundo estudo. Inicialmente, células MCF-7 cultivadas em condições controladas foram expostas a concentrações de 1 a 1000 μg/mL do extrato, a fim de se determinar a faixa de concentração com maior potencial anticarcinogênico. A seguir as células MCF-7 foram expostas a três concentrações do extrato de polpa do tucumã utilizando como controle positivo o quimioterápico ácido all-trans retinóico ATRA (1μM). A escolha da concentração do ATRA foi feita com base em estudos prévios publicados na literatura. A ação na viabilidade e proliferação celular foi determinada a partir do ensaio do MTT após 24, 48 e 72h de exposição aos tratamentos. O efeito dos tratamentos na indução da apoptose foi avaliado através da análise dos níveis das caspases (1, 3 e 8) por imunoensaio ELISA e da expressão dos genes Bcl-2 e BAX via técnica de RT-PCR. Uma vez que o extrato do tucumã é rico em antioxidantes, o efeito no metabolismo oxidativo foi, também, avaliado através da análise da modulação da expressão dos genes das enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD) 1 e 2, catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GPX) e da atividade destas enzimas, utilizando os níveis de tióis (proteicos e não proteicos) como medida indireta da GPX. A comparação estatística entre os diferentes tratamentos foi efetuada via análise de variância One-Way e teste post hoc de Tukey. Os resultados mostraram que os extratos possuíam níveis elevados de polifenóis e de beta-caroteno. No primeiro estudo, foi observado efeito cito-genotóxico alto nas concentrações > 500 μg/mL. A polpa apresentou menor cito-genotoxicidade e, por este motivo, foi utilizada para avaliar o efeito anticarcinogênico. No segundo estudo, as concentrações entre 300 a 1000 μg/mL diminuíram a viabilidade das células MCF-7. Assim, as concentrações de 300, 500 e 900 μg/mL foram utilizadas nos testes adicionais. Similarmente ao ATRA, o extrato diminuiu a viabilidade e a proliferação das células de câncer de mama (p< 0.01). A ação na viabilidade, provavelmente, envolveu a via apoptótica já que ocorreu um aumento nos níveis das caspases 1, 3 e 8 e inibição na expressão do gene antiapoptótico Bcl-2. Em geral estes resultados foram similares ao ATRA. O tucumã, assim como o ATRA, causou desbalanço no metabolismo oxidativo. Entretanto, enquanto o ATRA alterou o balanço oxidativo tanto em nível citosólico quanto em nível mitocondrial, o tucumã agiu somente em nível citosólico, principalmente, via diminuição nos níveis da expressão gênica e atividade da SOD1, CAT e aumento nos níveis de lipoperoxidação e carbonilação de proteínas. O conjunto dos resultados, a despeito das limitações metodológicas associadas aos estudos in vitro, indica que o extrato etanólico do tucumã possui efeito anticarcinogênico em células de câncer de mama MCF-7 envolvendo potencial modulação farmacogenomica de genes e moléculas da via apoptótica e do metabolismo oxidativo. Este é o primeiro estudo que relata atividade anticarcinogênica deste fruto, e, tais resultados abrem a perspectiva de estudos adicionais de interesse científico, epidemiológico e clínico.

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