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Avaliação da assistência pré-natal realizada nas unidades de saúde de Santa Maria/RSAnversa, Elenir Terezinha Rizzetti January 2010 (has links)
O Sistema de Saúde brasileiro contempla dois modelos de atendimento: Unidades Básicas de Saúde tradicionais (UBS tradicionais) e Unidades Estratégia Saúde da Família (ESF). Este último foi concebido como forma de reorganizar a Atenção Primária à Saúde (APS) no país, conforme os preceitos do Sistema Único de Saúde (SUS). A realização de um pré-natal com qualidade é protetor dos desfechos desfavoráveis à saúde das gestantes e de seus bebês. O presente trabalho tem por objetivo avaliar o processo da atenção pré-natal em um município da Região Central do Estado do Rio Grande do Sul, verificando se há diferença na qualidade do pré-natal entre os dois modelos de atenção. Foram utilizados quatro níveis de qualidade: nível 1, que consiste no índice de Kessner, modificado por Takeda; nível 2, que adiciona ao nível 1 procedimentos clínico-obstétricos; nível 3, que adiciona ao nível 1 exames laboratoriais; e, nível 4, que considera todos os parâmetros anteriores. Realizou-se um estudo transversal, no período no período de julho de 2009 a fevereiro de 2010. Foram entrevistadas 795 puérperas até 48 horas após o parto, atendidas em dois hospitais públicos do município, que realizaram seu pré-natal em UBS tradicional ou em ESF. A coleta de dados consistiu de questionário aplicado à puérpera, análise do cartão da gestante e do prontuário, sendo realizadas análises estatísticas descritivas. A qualidade do pré-natal, conforme o índice de Kessner modificado (nível 1), foi classificada como adequada em 58,7% dos casos. Ao comparar a assistência pré-natal por local de realização do pré-natal, a adequação foi de 56,0%, nas UBS tradicionais e de 65,0%, nas ESF. Acrescentados à qualidade do pré-natal outros parâmetros, além do número de consultas, a adequação do pré-natal diminuiu. Ao ser avaliado o nível 4, 7,3% das gestantes tiveram um pré-natal adequado, sendo 6,0% nas UBS tradicionais e 9,5% na ESF. As gestantes atendidas na ESF receberam mais orientações sobre aleitamento materno, anticoncepção pós-parto, retorno à consulta de puerpério, cuidados com o recém-nascido, tipo de parto e orientações sobre HIV. A adequação do pré-natal foi favorável à ESF, com significância estatística nos níveis 1 e 2. As gestantes que realizaram o pré-natal no município tiveram baixos percentuais de inadequação no pré-natal, nos dois modelos de atenção, resultado que pode ser decorrente, em parte, da exclusão da amostra das gestantes que não haviam realizado nenhuma consulta de pré-natal. O estudo tem uma valia importante para a gestão, ao demonstrar que a assistência às gestantes no município está longe da ideal, devendo ser repensado o processo de trabalho nos dois modelos; investir na sensibilização e educação permanente dos profissionais; implementar institucionalmente protocolo de assistência à gestante; e, buscar alternativas para o início precoce do pré-natal e seguimento pelas gestantes a consultas, exames e procedimentos e ações de promoção à saúde. A atenção pré-natal foi favorável à ESF, contudo deve ser melhorada em seus pontos fracos, como forma de organizar o modelo de atenção e fortalecer a APS. / Brazilian Health Care System contemplates two models of care: traditional Basic Health Care Units (traditional UBS) and Family Health Strategy Units (ESF). The latter was conceived as a way to reorganize Primary Health Care (APS) in the country, according to the precepts of the Unified Health System (SUS). The achievement of a quality prenatal is protective of unfavorable health outcomes regarding pregnant women and their babies. This study aims to evaluate the process of prenatal care in a city of the Central Region of Rio Grande do Sul, checking for differences in the quality of prenatal care between the two models of care. We used four quality levels: level 1, consisting of the Kessner index, modified by Takeda; level 2, which adds the clinical-obstetric procedures to level 1; level 3, which adds the laboratory tests to level 1; and, level 4, that considers all the above parameters. A cross-sectional study was carried out, from July 2009 to February 2010. Seven hundred and ninety-five mothers were interviewed, mothers within 48 hours after childbirth, attended to at two public hospitals, who made their prenatal in traditional UBS or in ESF. Data collection consisted of a questionnaire administered to postpartum women, analysis of prenatal care and medical records, and was analyzed with descriptive statistics. Quality of prenatal care, according to the modified Kessner index (level 1) was classified as adequate in 58.7% of cases. When comparing prenatal care considering the place where it happened, adequacy was 56.0%, in traditional UBS and 65.0%, in EFS. When other parameters were added to prenatal quality, in addition to the number of appointments, adequacy of prenatal care decreased. Assessment of level 4 showed that 7.3% of women had an adequate prenatal care, 6.0% in traditional UBS and 9.5% in EFS. Pregnant women attended to by ESF received more guidance on breastfeeding, postpartum contraception, puerperium appointment, newborns care, delivery type and HIV guidance. Adequacy of prenatal care was favorable to ESF, with statistical significance at levels 1 and 2. The pregnant women who were attended to in the city had a lower percentage of inadequate prenatal care, considering both models of care, a result which may be due, in part, to the exclusion of pregnant women who had not undergone any prenatal appointment from the sample. Such study is an important asset for management, demonstrating that care for pregnant women in the city is far from ideal and that the process of working should be rethought concerning both models; more investments should take place as regards raising awareness and professionals continuing education; implementing institutional assistance protocols for pregnant women; and, searching for alternatives regarding early prenatal care for pregnant women and follow-up appointments, tests and procedures, as well as actions to promote health. Prenatal care was favorable to ESF. However, it needs to improve on its weaknesses, as a way to organize the model of care and strengthen APS.
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Qualidade da informação na atenção ao pré natal pelas equipes de saúde da família em uma área programática do município do Rio de Janeiro / Quality of information on the prenatal care by family health teams in a program area of the city of Rio de JaneiroMonteiro, Viviane dos Santos Jacob January 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015 / Introdução: No município do Rio de Janeiro (MRJ), houve mudanças substanciais no modelo de atenção primária à saúde, com expansão da Estratégia de Saúde da Família (ESF), e no modelo de gestão, com monitoramento de indicadores de saúde gerados, desde 2011, pelo Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP). Nesse processo, há desafios relativos à qualidade da informação e sua relação com a melhoria da atenção, em especial a perinatal. Objetivos: analisar a qualidade da informação produzida pelos profissionais da ESF da Área Programática 4.0 do MRJ na atenção ao pré natal. (...) A adequação dos registros às normas preconizadas foi muito baixa (4,4 por cento e 1,1 por cento), variando conforme parâmetros utilizados, especialmente o início tardio do pré-natal, reduzido número de consultas, inadequação dos procedimentos clínicos (batimentos cardiofetais e altura uterina) e exames recomendados (especialmente, para detecção do HIV, sífilis e infecção urinária). Conclusões: o registro em saúde é ferramenta importante para a gestão e melhoria do cuidado longitudinal. Esforços para melhorar as condições estruturais (inerentes ao PEP, como facilidade de manuseio, agilidade, conectividade) e o processo de trabalho das equipes (apoio na implantação PEP; educação permanente e ainda, mais gerais, como tempo de consultas, número de atendimentos, etc) podem resultar em melhoria da qualidade da informação e da atenção perinatal. / Introduction: In the city of Rio de Janeiro (RJ), there have been substantial changes in the primary health care model, with expansion of the Family Health Strategy (FHS), and in the management model, with monitoring of health indicators generated from 2011, for the Patient Electronic Medical Record (PEP). In this process, there are challenges related to quality of information and its relationship to improved care, particularly perinatal. Objectives: To analyze the quality of information produced by FHS professionals in Program Area 4.0 MRJ in attention to prenatal. (...) The adequacy of records to the recommended standards was very low (4.4 percent and 1.1 percent), varying according to the parameters used, especially the late onset of prenatal care, reduced number of visits, inadequate clinical procedures (fetal heartbeats and height uterine) and recommended tests (especially for detection of HIV, syphilis and urinary tract infection). Conclusions: The health record is an important tool for the management and improvement of longitudinal care. Efforts to improve framework conditions (inherent to the PEP, such as ease of handling, agility, connectivity) and the work process of the teams (support in PEP implementation; continuing education and, more generally, as long queries, number of visits, etc.) can result in improved information quality and perinatal care. (AU)^ien
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Fatores que interferem na transmissão materno-infantil do HIV em um hospital universitário do município de Porto AlegreLeopoldino, Maria Aparecida Andreza January 2016 (has links)
Introdução: O Protocol Aids Clinical Trial Group (PACTG 076), publicado em 1994, demonstrou que a utilização da zidovudina (ZDV) reduzia a taxa de transmissão materno-infantil do HIV (TMI HIV) de 25% para 8,3%. Atualmente a terapia antirretroviral (TARV) combinada associada a uma série de medidas pode reduzir a taxa de TMI HIV para menos de 2%. Embora o Ministério da Saúde preconize a adoção destas medidas, a TMI HIV ainda permanece acima dos níveis desejados, principalmente em nosso meio. De acordo com levantamento da Vigilância Epidemiológica do Município de Porto Alegre, no ano de 2012 a taxa TMI HIV foi de 2,9%. Objetivo: Avaliar os fatores que interferem na TMI HIV em um Hospital Universitário do Município de Porto Alegre/RS. Método: Trata-se de um estudo de coorte histórico, tendo como amostra 292 bebês nascidos de mulheres portadoras do HIV, cujos nascimentos ocorreram no Centro Obstétrico de um Hospital Universitário do Município de Porto Alegre/RS, entre 1º de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2014. Resultados: Dos 292 bebês, cujas mães eram portadoras do HIV, 3,8% (n=11) foram contaminados. Destes 90,9% (n=10) nasceram por cesariana; 90,9% (n=10) tinham d37 semanas; 54,6% (n=6) receberam ZDV xarope isoladamente e 45,4% (n=5) receberam ZDV + nevirapina (NVP). Quatro gestantes cujos bebês foram contaminados apresentaram sífilis na gestação (36,4%). A má adesão a TARV (p<0,003), a carga viral d1.000 cópias/mL ou ignorada no 3º trimestre (p<0,001) e o CD4 <500 células/mm3 (p<0,046) no terceiro trimestre foram significativamente associados a maior TMI HIV. Conclusão: Os fatores associados significativamente a TMI HIV foram à má adesão a TARV, a presença de sífilis na gestação, a carga viral d1000 cópias e o CD4 <500 células/mm³ no terceiro trimestre. / Introduction: Protocol Aids Clinical Trial Group (PACTG 076), published in 1994, demonstrated that the use of zidovudine (ZDV) had reduced the rate of mother-tochild transmission (MTCT) of HIV from 25% to 8.3%. Currently, a combined antiretroviral therapy (HAART) associated with a number of measures can reduce the rate of MTCT to less than 2%. Although the Ministry of Health recommends the adoption of these measures, the MTCT still remains above desired levels, especially in our center. According to a survey of Epidemiological Surveillance of Porto Alegre, in 2012 the rate of MTCT was 2.9%. Objective: To evaluate the factors that interfere with MTCT from HIV-positive women who gave birth in a University Hospital of Porto Alegre/RS. Method: A historical cohort study, with a sample 292 babies from HIV infected mother whose delivery occurred at Obstetric Center of the University Hospital of Porto Alegre/RS, at period of January 2010 till December 2014. Results: Of 292 babies of women HIV positive, 3.8% (n=11) were infected. Of those 90.9% (n=10) was born by cesarean section; 90.9% (n=10) had d37 weeks; 54.6% (n=6) received only ZDV syrup and 45.4% (n=5) received ZDV+nevirapine (NVP). Four pregnant women whose babies were infected, mother had syphilis during pregnancy (36.4%). Poor adherence to HAART (p<0.003), viral load d1000 copies/mL or ignored in the third trimester (p<0.001) and CD4 <500 cells/mm3 (p<0.046) in the third trimester were significantly associated with higher MTCT. Conclusion: We conclude that the presence of syphilis in pregnancy, viral load d1000 copies/mL or ignored in the third trimester, the CD4 <500 cells/mm³ in the third trimester, poor adherence to HAART were significant factors for MTCT.
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Prematuridade tardia e o contexto da atenção pré-natal / Prematuridad tardía y el contexto de la atención prenatal / Late prematurity and the context of the prenatal care attentionPorciúncula, Mariana Bello January 2013 (has links)
Considera-se prematuridade, o nascimento de uma criança antes das 37 semanas completas de idade gestacional. Estas crianças são denominadas de recém-nascidos pré-termos ou prematuros. Os prematuros tardios são aqueles nascidos com idade gestacional entre 34 e 36 semanas e 6 dias, representando em torno de 70% dos nascimentos na prematuridade. A avaliação da atenção pré-natal torna-se questão central na prevenção desses nascimentos prematuros, e prevenção da morbimortalidade tanto materna como neonatal, e sua qualificação, faz-se necessária. O objetivo do presente estudo foi conhecer o cuidado na gestação de mulheres que tiveram prematuros tardios, e seus atendimentos no âmbito do Sistema Único de Saúde. Trata-se de um estudo qualitativo, do tipo exploratório, cuja coleta de dados realizou-se em três unidades de Estratégia de Saúde da Família, no período de novembro de 2011 a dezembro de 2012, na cidade de Porto Alegre, RS, com 13 informantes, mães desses prematuros tardios. Os dados foram analisados sob o referencial da Análise Temática e de Padrões, compondo dois temas: negligência no cuidado durante a gestação do prematuro tardio e insuficiência do atendimento pré-natal na prematuridade tardia. Observou-se no relato das informantes um distanciamento entre as orientações que deveriam ser seguidas no pré-natal e as que realmente são, caracterizando o modo individual dessas mães vivenciarem esse processo. Constatou-se que as gestantes encontraram estratégias para acessar recursos de saúde por vias próprias, dentro do sistema público ou por intermédio da saúde suplementar, com o objetivo de resolverem demandas percebidas no transcorrer da gestação. Observaram-se diversificadas situações que comprometeram a saúde das gestantes, tais como as doenças por elas desenvolvidas e não adequadamente diagnosticadas, tratadas e acompanhadas (como pré-eclâmpsia, sífilis e infecção do trato urinário); a dificuldade na solicitação, acesso e resultados dos exames em tempo oportuno; a inexistência de articulação entre os serviços que realizam atendimento pré-natal sob a ótica da referência e contrarreferência; a falta de continuidade no atendimento pré-natal; a dificuldade na realização da busca ativa das gestantes (mesmo quando as mesmas têm risco gestacional diagnosticado como maior que o habitual); a não valorização da escuta pelo profissional de saúde no atendimento a essas gestantes; entre tantas outras condições que ocorreram. Neste contexto destaca-se a negligência, que não esteve somente associada ao caráter individual, tampouco ao desejo em relação a estar grávida, mas sim ao contexto social e cultural no qual as gestantes estavam inseridas; e a insuficiência do atendimento pré-natal, que se refere à falta de qualidade, à função inadequada e pouco resolutiva de um atendimento que deveria ser direito garantido às gestantes. Reitera-se a relevância do atendimento pré-natal para diminuição dos fatores de risco que contribuem para a prematuridade. / Prematurity is considered the birth of a child before 37 completed weeks of gestation. The group called late preterm infants refers to gestational age between 34 and 36 weeks and 6 days, representing around 70% of preterm births. Evaluation of prenatal care becomes central issue in the prevention of these premature births, and prevention of morbidity and mortality, both maternal and neonatal, and its qualification is necessary. The aim of this study was to know the pregnancy care of women who delivered late preterm infants and their health care attention in Brazil’s Unique Health System. This is an exploratory-qualitative study, whose data collection held in three units of the Family Health Strategy, from November 2011 to December 2012, in Porto Alegre, RS, with 13 informants, mothers of late preterm infants. The data were analyzed under the Thematic and Patterns Analysis, and composed two themes: negligence of care during pregnancy of late premature infants; and, inadequacy of prenatal care in late prematurity. It was noted a gap between the guidelines that should be followed in the prenatal care and the ones that really are, showing the individual way of these mothers experience this process. It was found that pregnant women create strategies to access health resources by their own way, within the health system or with supplementary care, with the aim of resolving the perceived demands in the course of pregnancy. Diverse situations that compromised the health of pregnant women were observed, such as the diseases they developed and did not properly were diagnosed, treated and monitored (such as preeclampsia, syphilis and urinary infection), difficulties in the request, access and results of laboratorial exams in appropriate time, the lack of coordination between services providing antenatal care from the perspective of the reference and counter-reference, the lack of continuity in prenatal care, the difficulty of active search of pregnant women (even when the pregnant women has risk diagnosed as greater than usual), the devaluation of listening by the part of health professionals in the care of these pregnant women, among many other conditions that occurred. In this context, stands out the neglect, that was not only associated with individual character or in relation to the desire to be pregnant, but associated to the social and cultural context in which pregnant women lived; and the insufficiency of prenatal care, which refers to lack of quality, inadequate function and little resolute of a service that should be right guaranteed to pregnant women. Reiterate the importance of prenatal care to decrease the risk factors that contribute to prematurity. / Se considera prematuridad el nacimiento previo a las 37 semanas de edad gestacional completas. Estos niños son denominados pretérminos o prematuros. El grupo llamado de los prematuros tardíos, que se refiere a la edad gestacional entre 34 y 36 semanas y 6 días, es lo que representa alrededor del 70% de los nacimientos prematuros. Evaluación de la atención prenatal hace convertido en un tema central en la prevención de estos nacimientos prematuros, e de la prevención de la morbimortalidad materna y neonatal, entonces se necesitan intervenciones para la cualificación de la atención en los niveles primarios y secundarios de la atención a la salud apuntando a reducir este tipo de nacimiento. El objetivo de este estudio se fue conocer la atención en el embarazo de mujeres que tuvieron hijos prematuros tardíos, y sus atendimientos dentro del Sistema Único de Salud. Se trata de un estudio cualitativo, exploratorio, cuya colección de datos fue realizada en tres unidades de la Estrategia de Salud de la Familia, de noviembre 2011 hasta diciembre 2012, en Porto Alegre, RS, con 13 informantes, madres de los prematuros tardíos. Los datos fueron analizados en el marco del Análisis Temática de Normas, e compusieron dos temas: negligencia en el cuidado durante el embarazo de lo prematuro tardío; y, insuficiencia de la atención prenatal en la prematuridad tardía. Se observó que existe una brecha entre las directrices que se deben seguir en el prenatal y las que realmente son seguidas, caracterizando una forma individual de las madres experimentaren este proceso. Se encontró que las mujeres embarazadas desarrollan estrategias de acceso a los recursos de salud por sus propios medios, dentro del sistema o por medio de los servicios complementarios, con el objetivo de resolver las demandas percibidas en el curso del embarazo. Se han observado diversas situaciones que comprometieron la salud de las mujeres embarazadas, como las enfermedades que se desarrollan y no fueran correctamente diagnosticadas, tratadas y controladas (como la pre eclampsia, la sífilis y la infección del tracto urinario), las dificultades en la solicitación, acceso y resultados de exámenes de laboratorio en tiempo oportuno, la falta de coordinación entre los servicios que prestan la atención prenatal en la perspectiva de la referencia y contra-referencia, la falta de continuidad en la atención prenatal, las dificultades para llevar a cabo una búsqueda activa de las mujeres (incluso cuando tienen riesgo de embarazo diagnosticado como mayor de lo normal), la disminución de la escucha de los profesionales de la salud en la atención de estas mujeres embarazadas, entre muchas otras condiciones que ocurren. En este contexto, la negligencia, que no sólo hace sido asociada con la conducta individual, o en relación con el deseo de estar embarazada, pero a el contexto social y cultural en que se incluyeron las mujeres embarazadas; y la insuficiencia de la atención prenatal, el cual se refiere a la falta de calidad, inadecuada funcionalidad, e poca resolución de un servicio que debe ser derecho garantizado a las mujeres embarazadas. Entonces se reitera la importancia de la atención prenatal para disminuir los factores de riesgo que contribuyen a la prematuridad.
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Programa de teste rápido para sífilis no pré-natal da atenção básica no Rio Grande do SulBagatini, Carmen Luisa Teixeira January 2014 (has links)
A sífilis na gestação é uma das causas de óbitos perinatal, óbitos neonatais e de natimortos. A incidência de sífilis congênita reflete a qualidade da assistência prestada às gestantes no prénatal. A sífilis é uma doença de notificação compulsória, cujo tratamento é disponibilizado pela rede pública de saúde. A SES do Rio Grande do Sul definiu como prioridade a implantação da testagem rápida de sífilis na atenção básica para ampliar o acesso da população gaúcha aos testes rápidos de HIV e sífilis, tratar oportunamente os casos diagnosticados e evitar a transmissão vertical. Esta dissertação tem por objetivo geral analisar os fatores que influenciaram a implantação e implementação da realização do teste rápido de sífilis nas unidades básicas de saúde (UBS) nos municípios de Alvorada, Cachoeirinha, Gravataí e Viamão. É um estudo de caso, com abordagem quanti-qualitativa e uma pesquisa documental. Foram analisadas as informações de produção ambulatorial realizada na complexidade atenção básica do SIA, as notificações de sífilis em gestante no SINAN no período de 2010 a 2013; os planos de trabalho dos municípios para implantação dos testes rápidos na atenção básica encaminhados à SES/RS; e os registros das entrevistas de avaliação institucional qualitativa sobre a implantação e implementação da testagem rápida para HIV e sífilis na atenção básica. Os dados quantitativos foram tabulados utilizando planilhas eletrônicas e os dados qualitativos foram analisados através da análise de conteúdo. Entre os fatores que contribuíram para implantação e implementação da realização de teste rápido de HIV e sífilis nas UBS, destacam-se a capacitação para médicos, enfermeiros e dentistas; a capacitação de pelo menos um profissional de cada unidade básica; a participação do Serviço de Atenção Especializada (SAE) como apoiador matricial; o envolvimento da equipe municipal; a ativação da rede e a construção da linha de cuidado. Os fatores que dificultaram a implantação e implementação da testagem foram a rotatividade profissional na rede e a centralização da testagem no enfermeiro. As condições de acesso da população aos testes rápidos para sífilis são realizadas de forma heterogênea nos municípios da pesquisa. O acesso envolve mais do que a disponibilidade dos testes nas unidades básicas de saúde. A estratégia de agendamento e/ou horário para a realização da testagem rápida para sífilis visa organizar o serviço, entretanto, sabe-se que em alguns casos, o agendamento pode levar à perda da oportunidade pelo profissional da saúde da oferta e realização do teste no tempo oportuno, isto é, quando o usuário tem interesse ou tem seu interesse despertado pelo profissional da saúde. Com relação ao modelo de atenção, ainda é baixa a cobertura das equipes de saúde da família e equipes de atenção básica nos municípios da pesquisa. O diálogo entre as equipes, gestores e usuários permite a construção da rede de atenção à saúde e que a atenção básica assuma a coordenação do cuidado e a ordenação desta rede. Discutir o processo de trabalho das equipes que já atuam na atenção básica incluindo a rede de saúde do município permite que barreiras sejam rompidas e conexões sejam feitas. / Syphilis during pregnancy is one of the causes of perinatal mortality, neonatal mortality and stillbirths. The incidence of congenital syphilis reflects the quality of care given to women during prenatal care. Syphilis is a reportable disease, and treatment is available through public health care. The Health Department of the state of Rio Grande do Sul, Brazil, set the implementation of rapid testing of syphilis in basic care as a priority, for increasing the access of HIV and syphilis rapid testing to the population of the state, treating the cases immediately and avoiding the transmission of the disease. This paper has the goal of analyzing the facts that influenced the implementation of the syphilis rapid testing in the health centers of the cities of Alvorada, Cachoeirinha, Gravataí and Viamão, all part of the state of Rio Grande do Sul, Brazil. The specific goals are to identify the factors that contributed to the implementation of the syphilis rapid testing in the public health centers; to evaluate the conditions of access of the population to the testing; to evaluate the information about the syphilis rapid testing done in pregnant women present in the center database (DATASUS, 2013); to evaluate the information about the notification of syphilis given to pregnant women present in the database in 2013. This is a case study with a quanti-qualitative method. It is also a documentary research. The information about ambulatory production performed in those health centers and the notification of syphilis in pregnant women between 2010 and 2013 were analyzed; the work plans of the cities for the implementation of rapid testing in basic health care that were sent to the local departments of health were analyzed; and the records of the interviews for institutional qualitative evaluation about the implementation of HIV and syphilis rapid testing in basic health care. The quantitative data were tabulated using electronic spreadsheets, and the qualitative data were analyzed using content analysis. Among the factor which contributed to the implementation of health testing in the public health units of the state of Rio Grande do Sul are the training of doctors, nurses and dentists; the training of at least one professional from each basic health unit; the participation of psychological professionals; the involvement of the city team; the activation of the net and building of a line of care. The factors that made the implementation difficult were the big professional turnover and the fact that testing is centered in the nurses. The condition of access to the rapid testing by the population is heterogeneous. The access involves more than the availability of the tests in the basic health units. The strategy of scheduling and/or setting up a time for the rapid testing aims to organize the service, however, scheduling may lead to loss of opportunities for the professional to test in the right time, which means, when the patient shows interest. With relation to the health care model, the basic health teams are still scarce in the cities present in this study. Communication between teams, managers and patients allows the construction of a net of health care in which basic care taken over the coordination of care and the ordering of this net. Discussing the process of word of the teams that already act in basic care allows barriers to be broken and connections to be made.
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Fatores intervenientes na credibilidade das gestantes quanto às estratégias de cuidado propostas pelo pré-natal / Intervening factors in the credibility of the pregnant women the care strategies proposed by prenatal careFelisbela Antonia da Costa 30 March 2010 (has links)
Trata-se de um estudo desenvolvido com base em metodologia qualitativa onde se buscou investigar, a partir da percepção das gestantes, os fatores intervenientes da comunidade, dos serviços e os relacionados aos profissionais capazes de impactar a plena efetividade do acompanhamento pré-natal. O estudo se desenvolveu a partir de entrevistas semi-estruturadas, com oito gestantes em acompanhamento pré-natal, em duas unidades de saúde públicas do município de Mesquita; uma com modelo de atenção à saúde tradicional e outra, seguindo o modelo proposto pela Estratégia de Saúde da Família. Foi realizada a análise do conteúdo das entrevistas pela técnica sugerida por Bardin (2008), identificando-se quatro categorias temáticas principais: as três primeiras, relacionadas às percepções das gestantes orientações, acesso e acolhimento e a quarta, relacionada aos aspectos culturais identificados, onde se destaca o uso indiscriminado de um procedimento diagnóstico específico, a ultrassonografia obstétrica. Foram identificadas deficiências nas orientações específicas deste período, como cuidados com a alimentação, com as mamas, incentivo ao aleitamento materno, preparação para o parto e outros. A ausência de grupos de gestantes e outras atividades educativas também foram sinalizadas. Dificuldades no acesso às informações, consultas, exames e medicamentos específicos da gravidez foram discutidas por estas mulheres. Foi marcante a queixa de falta de acesso e referência para o parto. Problemas no acolhimento à gestante e o desrespeito apresentado por alguns profissionais de saúde nas unidades pesquisadas, foram identificados como tendo contribuído negativamente para a efetividade do cuidado pré-natal. A questão da ultrassonografia se apresentou como uma prática comum, corriqueira, para o diagnóstico da gravidez e acompanhamento da gestação, prescindindo inclusive, de solicitação médica. Embora não exista, até o momento, contra-indicação formal, tanto o Ministério da Saúde como as sociedades profissionais da área recomendam parcimônia no seu uso, contra-indicando sua utilização fora da indicação estritamente médica. Pode-se concluir que, na perspectiva das gestantes, dentre os fatores a serem trabalhados para a melhoria da credibilidade no cuidado pré-natal, destacam-se o acolhimento e o estabelecimento de vínculo entre os profissionais e as gestantes, pois, a partir daí, toda a linha de cuidado poderia ser construída em conjunto, minimizando os problemas encontrados e redirecionando, caso necessário, algumas condutas no sentido da sua maior efetividade / This is a study developed based on qualitative methodology in which it was searched to investigate, through perception of pregnant women, the intervenient factors - of the community, of the services and the ones related to the professional staff able to impact the entire affectivity of the prenatal care accompaniment. The study was developed through partially built interviews with eight pregnant women under prenatal accompaniment in two public health units in Mesquita city one of them with the model of attention to the traditional health and the other one following the model suggested by the Familys Health Strategy. An analysis of the interviews gist was performed through the suggested technique by Bardin (2008). Four main thematic categories were identified: the first three ones, related to the pregnant womens perceptions instructions, access and reception and the fourth, related to the identified cultural aspects, where it is noticed the indiscriminate use of a specific diagnostic procedure, the obstetric ultrassonography. Significant deficiencies on specific orientations by part of the professional staff in this period were identified, as well care with diet and nipples, incentive to breast-feeding, delivery preparation and others. The lack of pregnant women groups and other educational activities were also signalized. Difficulties in access to information, medical consultation and examination, and specific medicine for pregnancy were other issues brought by those women. It was remarkable the complaint in relation to the lack of access and guidance to the childbirth. Problems on the pregnant womans welcoming and disrespect showed by some health professionals in the researched units were identified as negative contribution to the affectivity of the prenatal care. The indiscriminate use of the ultrassonography was presented as an ordinary practice, commonplace, to the pregnancy diagnosis and accompaniment, even renouncing medical solicitation. Although there is not, until this moment, formal contra-indication to its use, as the Health Department as the professional societies of that field recommend economy in its use, contra-indicated out of strict medical indications. It can be concluded that, in the pregnant womens perspective, among the factors to be managed to the improvement and credibility of the prenatal care, welcoming and emotional connection between involved professionals and pregnant women are outstand, therefore starting from this point, the whole line care could be built collectively, minimizing the found problems and redirecting, if necessary, some behaviors toward its greatest affectivity
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HUMANIZAÇÃO DA ATENÇÃO PRÉ-NATAL NA PRÁXIS DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE / HUMANIZATION OF PRENATAL CARE IN THE PRAXIS OF PROFESSIONALS HEALTHBarreto, Camila Nunes 16 January 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Pregnancy affects a range of new feelings for women and their families. The changes that are
considerable imply the importance of greater support and shared construction of knowledge in this
period. In this sense, it is understood that the prenatal care is the first step in finding a comprehensive
care to pregnant women. However, the reality of health services has the hegemony of a fragmented
care model, and mostly bureaucratic, promoting a distancing of humanization of prenatal care. The
Ministry of Health (MOH) in order to propose changes in the offered shares, guides through public
health policies and programs, changes and renovations for the care of women during pregnancy and
puerperal period, seeking a differentiated and comprehensive care. From this perspective, this
dissertation has as object of study the humanization of prenatal care and as guiding research question
"how does occurs the approach of humanization assumptions of public policies and health programs
proposed by the Ministry of Health, in prenatal care of low risk in practice of health professionals in
healthcare facilities of family of a city in Southern Brazil?" For this, the aim of the study was to know
how does occurs the approach of humanization assumptions of public policies and health programs
proposed by the Ministry of Health in the practice of prenatal care usual risk. The methodology
trajectory come a field study, descriptive and qualitative approach. The study setting consisted of four
Family Health Unit (FHU) of primary health care in of municipality in Southern of Brazil. The studies
subjects were five nurses and three doctors who developed activities in the coverage of prenatal care.
The data collection methods were participant observation and semi-structured interviews, in the period
from February to June 2014. The analysis of the data, it was opted for the operative proposal of
Minayo. The ethical aspects of research with human beings were respected, following the Resolution
466/12 of the National Health Council. The research was approved by the Research Ethics Committee
of UFSM, as opinion No. 513 040, under number of CAAE 26467413.9.0000.5346. This study
allowed to identify the meanings about the humanization of prenatal care, the factors that separate the
laws of everyday practice and the factors that approaching and strengthen the "SUS that works".
Understanding of the humanization of care to pregnant women pervaded the importance of
approximation with the user and the appreciation of their sociocultural context. The relational
technologies were listed as potentiating tool for approach of a humanized care. Prenatal still faces
aspects that promote the distancing of humanization. It is understood that the changing of this
scenario, there is not formalized in isolation, runs the co-responsibility of those who indirectly or
directly produces health. The results of this study are presented in format of three articles:
Humanization of prenatal care in the voice of health professionals; A look under the stresses and
difficulties for humanization of prenatal care and "The SUS that works": Approaching actions with the
humanization of prenatal care. / A gestação repercute numa gama de novos sentimentos para mulher e sua família. As
mudanças que são consideráveis implicam a importância de maior apoio e construção compartilhada
de conhecimentos neste período. Nesse sentido, entende-se o pré-natal como o primeiro passo na
busca de um atendimento integral à gestante. Porém, a realidade dos serviços de saúde apresenta a
hegemonia de um modelo de atenção fragmentado, e principalmente burocratizado que promove o
distanciamento da humanização. O Ministério da Saúde (MS) com o intuito de propor mudanças nas
ações ofertadas, orienta, por meio das políticas públicas e programas de saúde, transformações e
renovações na assistência à mulher no período gravídico-puerperal, buscando uma atenção integral.
Nessa ótica, esta dissertação possui como objeto de estudo a humanização da atenção pré-natal e como
questão norteadora da pesquisa "como ocorre a aproximação dos pressupostos de humanização das
políticas públicas e programas de saúde propostos pelo Ministério da Saúde, na atenção pré-natal de
risco habitual, na práxis dos profissionais de saúde de unidades de saúde da família de um município
do Sul do Brasil?" Para isso, o objetivo do estudo foi conhecer como ocorre a aproximação dos
pressupostos de humanização das políticas públicas e programas de saúde propostos pelo Ministério
da Saúde na práxis da atenção pré-natal de risco habitual. A trajetória metodológica percorreu um
estudo de campo, de caráter descritivo e com abordagem qualitativa. O cenário do estudo foi composto
por quatro Unidades de Saúde da Família (ESF) da rede básica de saúde de um município do Sul do
Brasil. Os sujeitos dos estudos foram cinco enfermeiros e três médicos que desenvolviam ações na
abrangência da atenção pré-natal. Os métodos de coleta de dados foram a observação participante e a
entrevista semiestruturada, no período de fevereiro a junho de 2014. Quanto à análise dos dados,
optou-se pela proposta operativa de Minayo. Foram respeitados os aspectos éticos das pesquisas com
seres humanos, seguindo a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. A pesquisa foi
aprovada no Comitê de Ética em Pesquisa da UFSM, conforme parecer nº 513.040, sob o número do
CAAE 26467413.9.0000.5346. A realização deste estudo permitiu conhecer as significações acerca da
humanização na atenção pré-natal, os fatores que distanciam as legislações da prática cotidiana e os
que aproximam e fortalecem o "SUS que dá certo". A compreensão da humanização no cuidado à
gestante perpassou a importância da aproximação com a usuária e da valorização do seu contexto
sociocultural. As tecnologias relacionais foram elencadas como potencializadoras para aproximação
de uma atenção humanizada. O pré-natal ainda esbarra em aspectos que promovem o distanciamento
da humanização. Entende-se que a mudança deste cenário, não se formaliza de maneira isolada,
percorre a corresponsabilização de quem indiretamente ou diretamente produz saúde. Os resultados
deste estudo são apresentados em formato de três artigos: Humanização da atenção pré-natal na voz
dos profissionais de saúde; Um olhar sob as tensões e dificuldades para humanização da atenção prénatal
e "O SUS que dá certo": ações de aproximação com a humanização da atenção pré-natal.
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Itinerário terapêutico de mães de crianças que foram a óbito no período neonatal em município do interior paulistaSantiloni, Aline Fernanda Palombarini [UNESP] 27 February 2015 (has links) (PDF)
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000840475.pdf: 2606413 bytes, checksum: a17c090283b530b2394c19d28dd32aa2 (MD5) / As taxas de mortalidade infantil configuram-se como indicadores que exprimem as condições de vida e saúde da população, uma vez que são determinados, principalmente, por condições socioeconômicas e pela qualidade da assistência à saúde obtida. A partir da segunda metade da década de 90 do século XX, observou-se que a taxa de mortalidade neonatal, que estava em torno de 20 óbitos/mil nascidos vivos, passou a representar 60% dos óbitos em menores de um ano. Pretendeu-se, com este estudo, a análise do itinerário terapêutico percorrido por mães de crianças que foram a óbito por causas evitáveis no período neonatal, entre janeiro de 2013 a junho de 2014, em município do interior paulista. Esta pesquisa de cunho qualitativo foi desenvolvida com base no referencial do itinerário terapêutico, a partir das experiências de mães de crianças que faleceram no período neonatal. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com nove mulheres. O material coletado foi sistematizado segundo o Método de Análise Temática de Conteúdo, sendo subdividido nas categorias: Atenção Pré-natal, Atenção ao Parto e Atenção Pós-parto à Mãe e ao Neonato. Observou-se que a busca ativa pelas mulheres pelo melhor atendimento profissional foi constante nos três momentos, sendo que a devolutiva do serviço, tanto público quanto privado, frente às necessidades de saúde apresentadas, demonstrou fragilidades, distanciando-se dos princípios e diretrizes estabelecidos pelo SUS. Salienta-se a relevância de investimentos na detecção precoce e nas respectivas condutas frente às intercorrências apresentadas pelas gestantes, parturientes, puérperas e recém-nascidos, valorizando e garantindo o devido atendimento das demandas apresentadas / Infant mortality rates are configured as indicators expressing the living conditions and health of the population, since they are determined mainly by socioeconomic conditions and the quality of the obtained health care. From the second half of the 90s of the twentieth century, it was observed that the neonatal mortality rate, which was around 20 deaths / thousand live births, now accounts for 60% of deaths in children under one year. It was intended, with this study, the analysis of the therapeutic road traveled by mothers of children who died from preventable causes in the neonatal period, from January 2013 to June 2014 at a university hospital in São Paulo. This qualitative nature study was developed based on the framework of therapeutic itinerary, based on the narratives of mothers of children who died in the neonatal period. Semi-structured interviews with nine women were interviewed. The collected material was systematized according to the Content thematic analysis method, being subdivided into categories: Prenatal Care,Childbirth Care and Postpartum Care of the Mother and Newborn. It was observed that the active search for the best care for women was constant in the three times, and the devolutiva service, both public and private, across the health needs presented, demonstrated weaknesses, distancing themselves from the principles and guidelines established by the SUS . We emphasize the importance of investments in early detection and its front conducts the complications presented by pregnant women, pregnant women, mothers and newborns, valuing and ensuring the proper care of the demands presented
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O cuidado à gestante soropostiiva no pré-natal: uma balança para os medos, sofrimentos e discriminaçõesSandra Regina Castro Luz 11 April 2011 (has links)
Esta pesquisa teve como objetivo geral investigar como a Assistência Humanizada
ao longo do acompanhamento Pré-Natal pode minimizar as consequências
causadas pela soropositividade, uma vez que as práticas discriminatórias podem
influenciar o ciclo gravídico, tanto na sua relação com seu filho, quanto em seu meio
social. A dissociação da AIDS em grupos de risco é favorável a uma nova
concepção do soropositivo, ou seja, não apenas homossexuais, prostitutas ou
drogados podem se infectar; o quadro epidemiológico é ampliado. Estudos têm
mostrado que mulheres, muitas destas monogâmicas, só tomam conhecimento de
que são portadoras do HIV ao fazerem o pré-natal, durante ou, em alguns casos,
somente após o parto. Além dos anseios comuns à gestação, a grávida soropositiva
sofre uma avalanche de medos: o da doença propriamente dita, da discriminação,
de ser julgada ou mesmo de transmitir o vírus para o filho. A hipótese de trabalho é
de que o cuidado humanizado ou a falta deste configura-se como um fator definidor
dos rumos evolutivos de uma gestação de risco, principalmente no caso da
soropositividade. Trata-se de uma pesquisa qualitativa agregada ao método
fenomenológico, associada à investigação naturalista, obtidas através de coleta e
análise de materiais subjetivos de entrevistas. Os sujeitos foram mulheres no ciclo
gravídico com diagnóstico de HIV/AIDS atendidas no Centro de Referência de
DST/AIDS de uma cidade do Interior da Bahia. A análise dos dados aponta que a
presença do vírus HIV na vida das gestantes afeta todos os aspectos da vida destas
mulheres. Assim, o cuidado que essas recebem durante a sua gestação torna-se
crucial para o seu bom curso, bem como para a relação mãe-filho. Desta forma,
pretendo, com este trabalho, advogar a implantação de disciplinas, nos cursos da
área de saúde, voltadas para a abordagem do cuidado humanizado, salientando
principalmente o combate às práticas discriminatórias acima abordadas. / This research had the general goal of investigating how Humanized Care during
Prenatal follow-up can minimize the consequences caused by seropositivity, since
discriminatory practices may influence the pregnancy cycle, both in her relationship
with her child and her social environment. Dissociation of AIDS in risk groups is in
favor of a new conception of the seropositive, that is, not only homosexuals,
prostitutes and drug addicts may become infected; the epidemiological picture has
been widened. Studies have shown that women, many of these monogamous, only
learn that they are HIV-positive when they have a prenatal exam, during or in some
cases only after delivery. In addition to the anxieties common to gestation, the
seropositive pregnant faces an avalanche of fears: the one of the disease itself, of
discrimination, of being judged or even of transmitting the virus to her child. The
working hypothesis is that humanized care or its lack appears as a defining factor of
the evolutionary courses of a pregnancy at risk, especially in the case of
seropositivity. This is a qualitative research joined with the phenomenological
method, associated with the naturalistic approach, obtained by collecting and
analyzing subjective materials of interviews. The subjects were women in the
pregnancy cycle diagnosed with HIV/AIDS and treated at the Reference Center for
STD/AIDS in a town in the backland of Bahia. Data analysis shows that the presence
of HIV in the lives of pregnant women affects every aspect of their life. Thus, the
"care" that they receive during their pregnancy becomes crucial to its proper
progress, as well as for the mother-child relationship. Then, with this work I intend to
advocate the establishment of disciplines in health care courses, devoted to
approaching humanized care, especially highlighting the fight against the
discriminatory practices discussed above.
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Qualidade de vida em gestantes no terceiro trimestre com pirose e/ou regurgitação : contribuição da cafeína, acido ascórbico e ácidos graxosDall'Alba, Valesca January 2003 (has links)
Introdução: Pirose e regurgitação são manifestações da Doença do Refluxo Gastresofágico (DRGE) que ocorrem freqüentemente no terceiro trimestre da gravidez, porém seu impacto na qualidade de vida de gestantes é pouco conhecido. Objetivos: 1. Mensurar a qualidade de vida em gestantes no terceiro trimestre da gravidez com Pirose e Regurgitação; 2. Avaliar a relação entre Pirose e Regurgitação e a dieta. Pacientes e Métodos: Gestantes no terceiro trimestre acompanhadas ambulatorialmente foram entrevistadas para colher dados referentes à história obstétrica, freqüência, intensidade e passado de P e R, qualidade de vida (mensurada a partir do questionário genérico SF-36), ingestão alimentar (avaliada por recordatório de 24h) e medidas antropométricas; Resultados: Foram estudadas consecutivamente 82 gestantes: 62 com pirose e/ou regurgitação e 20 assintomáticas. Pirose foi relatada por 62 (76%) gestantes e regurgitação por 58 (71%). A idade gestacional média foi 33,8±3,7 semanas, 35 (43%) apresentavam história familiar positiva de pirose e/ou regurgitação e 57 (70%) não apresentavam tais sintomas fora da gravidez. Houve redução estatisticamente significativa na qualidade de vida das gestantes sintomáticas nos seguintes domínios: Para pirose, em Limitação Física e Aspectos Sociais; para regurgitação, em Limitação Física, Aspectos Sociais, Aspectos Emocionais e Dor. Houve concordância entre presença de pirose em gestações passadas e a atual. Gestantes com pirose apresentaram-se significativamente com maior peso corporal. Ácidos graxos poli e monoinsaturados, cafeína, ácido ascórbico e sulfato ferroso foram significativamente associados com pirose e/ou regurgitação. Conclusões: 1.Pirose e / ou regurgitação diminuíram a qualidade de vida em gestantes no terceiro trimestre; 2. ácidos graxos, cafeína, ácido ascórbico e sulfato ferroso estiveram associados com pirose e/ou regurgitação. / Goals: (1) To measure health-related quality of life of third-trimester pregnant women with heartburn and/or regurgitation; (2) to investigate the association between these symptoms and diet. Background: Heartburn and regurgitation are frequent in the third trimester of pregnancy, but their impact on health-related quality of life has not been thoroughly investigated. Methods: The following data were collected for 82 third-trimester pregnant women: obstetric history, heartburn and regurgitation frequency and intensity, history of heartburn and regurgitation, health-related quality of life (SF-36 questionnaire), diet (24-hour recall), and anthropometrical measurements. Results: Sixty-two women (76%) had heartburn, and 58 (71%), regurgitation; 20 were asymptomatic. Mean gestational age was 33.8±3.7 weeks; 35 (43%) women had a family history of heartburn and/or regurgitation, and 57 (70%) did not have these symptoms before pregnancy. A significant reduction in quality of life was observed in terms of physical problems and social functioning for women with heartburn; physical problems, social functioning, emotional problems, and pain for women with regurgitation. There was agreement between reports of heartburn for present and previous pregnancies. Weight was significantly greater in pregnant women with heartburn. Polyunsaturated and monounsaturated fatty acids, caffeine, ascorbic acid and ferrous sulphate were significantly associated with heartburn and regurgitation. Conclusions: Heartburn and/or regurgitation affected health-related quality of life of third trimester pregnant women; (2) fatty acids, caffeine, ascorbic acid and ferrous sulphate were significantly associated with heartburn and regurgitation.
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