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Ventilação não invasiva pós extubação na prática clínica de um hospital terciário: um estudo de coorte / Noninvasive ventilation in postextubation outside clinical trials: cohort study

Maise Cala Figueirôa 08 July 2011 (has links)
INTRODUÇÃO: A insuficiência respiratória pós-extubação é um evento comum após a descontinuação da ventilação mecânica, sendo a reintubação necessária em cerca de 10% (4-24%) dos casos. A ventilação não invasiva (VNI) tem sido considerada como uma terapia promissora para evitar a reintubação, sendo aplicada como um adjunto para extubação precoce, de forma preventiva ou em pacientes que desenvolveram insuficiência respiratória pós extubação. OBJETIVO: Comparar as características clínicas e os desfechos da população de estudo, de acordo com as três formas de aplicação da VNI no período pós extubação. MÉTODOS: Estudo observacional prospectivo em 11 Unidades de Terapia Intensiva por um período de nove meses, onde todos os pacientes adultos submetidos à VNI dentro de 48h após a extubação foram avaliados. RESULTADOS: Um total de 174 pacientes foi incluído no estudo. A média(DP) de idade foi de 56 (18) anos e 55% eram do sexo masculino. A média (DP) do SAPS II foi de 42(14). As formas de aplicação da VNI foram: Insuficiência respiratória pós-extubação (G-IRpA) (26%), como adjunto no desmame precoce (G-PRECOCE) (10%) e como VNI preventiva (G-PREVENT) (64%). O tempo mediano de tempo de ventilação mecânica foi similar nos três grupos (66h), o tempo mediano entre a extubação e o inicio da VNI foi de 0h (0-16h), e o tempo mediano entre a extubação e a reintubação foi de 2 dias (0,7-4d). Apenas 3% dos pacientes tinham DPOC. A taxa de sucesso da VNI foi de 67% no G-IRpA, 70% no G-PRECOCE e 64% no G-PREVENT, com taxa de reintubação de 34%. A taxa de mortalidade na UTI foi de 27%. Pacientes com hipercapnia tiveram uma taxa de sucesso maior (81%), já os pacientes que necessitaram de aspiração de secreção e que passaram mais tempo na VNI foram mais susceptíveis a serem reintubados. CONCLUSÃO: A VNI pode reduzir as taxas de reintubação em pacientes que apresentaram insuficiência respiratória pós extubação, apresentar um sucesso moderado em pacientes heterogêneos que a utilizaram no desmame precoce e quando utilizada em uma população não seleta de forma preventiva, não reduz, significativamente, as taxas de mortalidade e de reintubação / BACKGROUND: Respiratory failure after extubation is a common event and reintubation occurs in 10% (4-24%) of patients. Studies suggests that noninvasive ventilation (NIV) may be successfully used to avoid reintubation, being applied as an adjunct to an early extubation, to prevent postextubation respiratory failure or in patients who developed postextubation respiratory failure. OBJECTIVE: Observe the outcomes from daily routine standard use of NIV in postextubation in its three different forms of application. METHODS: A prospective observational study in 11 Intensive Care Units (ICU), was conducted over a 9 months period, it was evaluated all adult patients submitted to NIV within 48hs after extubation. RESULTS: A total of 174 patients were included in this study. The mean (SD) age was 56 (18) years, and 55% were male. The mean (SD) SAPS II was 42 (14). NIV forms of application were: (G-IRpA) posextubation respiratory failure (26%), (G-PRECOCE) as an adjunct to an early extubation (10%) and (G-PREVENT) NIV preventive (64%). The median time of mechanical ventilation was similar in the 3 groups (66 h), the median time between extubation and beginning of NIV was 0h (0-16h), and the median time between extubation and need of reintubation was 2 days (0,7-4d). There were only 2,8% COPD patients. NIV success rate was 67% in G1, 70% in G2 and 64% in G3, with reintubation rate of 34%. Mortality rate in ICU was 27%. Patients with hypercapnia had a higher success rate (80,6%), yet patients that needed secretion aspiration and that spent more time in NIV were more susceptible to be reintubated. CONCLUSION: NIV may reduce the reintubation rate in patients with respiratory failure after extubation, present a moderate success in heterogeneous patients who used in early weaning and when used in a non selected population in a preventive way does not reduce mortality and reintubation rates
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Repercussões da manobra de bag-squeezing com e sem válvula reguladora de pressão positiva expiratória final em récem-nascidos pré-termo sob ventilação mecânica prolongada / Repercussions of the bag-squeezing maneuver with and without positive end-expiratory pressure regulatory valve in preterm newborns under prolonged mechanical ventilation

Camila Prado Chaves 30 September 2013 (has links)
O advento do ressuscitador manual com válvula de pressão positiva expiratória final (PEEP) parece promissor na minimização dos efeitos deletérios provocados pela desconexão do paciente do ventilador mecânico na realização da manobra de bag-squeezing em recém-nascidos pré-termo (RNPT) em ventilação mecânica prolongada. Esta manobra é realizada por meio da insuflação manual do reanimador e consiste em inspirações lentas e profundas consecutivas, seguidas de pausa inspiratória e rápida liberação da pressão, associada à vibração torácica, promovendo aumento do fluxo expiratório. Objetivo Geral: Avaliar as repercussões da manobra de bagsqueezing, realizada com ressuscitador manual com e sem válvula reguladora da PEEP, sobre a função cardiorrespiratória de RNPT submetidos à ventilação mecânica. Objetivo específico: analisar os efeitos na frequência cardíaca e respiratória, na saturação por oximetria de pulso de oxigênio, no volume pulmonar inspiratório e expiratório e na resistência inspiratória e expiratória, antes, durante e após a manobra de bag-squeezing utilizando ressuscitador manual com e sem válvula reguladora da PEEP. Métodos: Estudo prospectivo transversal realizado entre janeiro de 2010 e dezembro de 2012. Critérios de inclusão: recém-nascidos pré-termo (RNPT) com idade gestacional inferior a 35 semanas, submetidos à ventilação mecânica invasiva e dependentes da mesma aos 28 dias de vida, hemodinamicamente estáveis. A manobra de bag-squeezing foi aplicada de forma randomizada com o mesmo ressuscitador manual alternando o uso ou não da válvula PEEP, seguida de aspiração endotraqueal finalizando a manobra. Para a análise dos dados nominais foi aplicado o teste de Wilcoxon com hipótese bilateral ao nível de significância de 5% e poder de teste de 80%. Resultados: Foram estudados 28 recém-nascidos com peso médio de nascimento 1.005,71 ± 372.16 gramas, idade gestacional média ao nascimento 28,90 ± 1,79 semanas, idade corrigida média de 33,26 ± 1,78 semanas, tempo médio de ventilação mecânica de 29,5 (15-53) dias. Em relação às variáveis estudadas foram observadas diferenças significantes na realização da manobra com e sem a válvula PEEP na frequência cardíaca e resistência expiratória. Conclusões: A menor variabilidade da saturação por oximetria de pulso, possivelmente pela maior estabilidade da caixa torácica e presença de pressão positiva no final da expiração sugerem que a utilização de válvula proporcionou melhor estabilização do RNPT. Não houve alterações significativas da frequência cardíaca, exceto no final da manobra com válvula, onde ocorreu aumento da mesma, provavelmente pelos efeitos fisiológicos da PEEP. A frequência respiratória manteve-se estável. Os volumes inspiratório e expiratório aumentaram em ambas as manobras, sugerindo que a manobra de bag-squeezing é benéfica para o paciente, independentemente do uso de válvula. Houve aumento significativo da resistência expiratória ao final da manobra com válvula / The coming of the manual resuscitator with valve of positive end-expiratory pressure (PEEP) seems promising in the minimization of the harmful effects provoked by the disconnection of the patient from the mechanical ventilation in the accomplishment of the bag-squeezing maneuver in preterm newborns (PTNB) in prolonged mechanical ventilation. This maneuver is accomplished through the manual insufflation of the resuscitator and consists of slow and deep consecutive inspirations, followed by inspiratory pause and fast liberation of the pressure, associated to the thoracic vibration, promoting an increase in the expiratory flow. General Objective: To evaluate the repercussions of the bag-squeezing maneuver, accomplished with manual resuscitator with and without PEEP regulatory valve, on the cardio respiratory function of PTNB undergoing mechanical ventilation. Specific Objective: To analyze the effects in the heart and breathing frequency, saturation by pulse oximetry, in the inspiratory and expiratory lung volume and resistance, before, during and after the bag-squeezing maneuver using manual resuscitator with and without PEEP regulatory valve. Methods: Transversal prospective study accomplished between January of 2010 and December of 2012. Inclusion criteria: preterm newborns with gestational age below 35 weeks, undergoing invasive mechanical ventilation and still depending on it on the 28th day of life, hemodynamically stable. The bag-squeezing maneuver was applied randomly with the same manual resuscitator alternating the use or not of the PEEP valve, following by endotracheal aspiration concluding the maneuver. For the analysis of the nominal data the Wilcoxon test was applied with bilateral hypothesis at significance level 5% and power of test 80%. Results: Twenty-eight newborns with an average birth weight 1,005.71 ± 372.16 grams, average gestational age at birth 28.90 ± 1.79 weeks, average corrected age of 33.26 ± 1.78 weeks, average time under mechanical ventilation of 29.5 (15-53) days were studied. In relation to the studied variables, significant differences were observed in the accomplishment of the maneuver with and without the PEEP valve on the heart frequency and expiratory resistance. Conclusions: The lower variability of the pulse oximetry saturation, possibly because of the higher ribcage stability and the presence of positive end-expiratory pressure, suggest that the use of the valve provided better stabilization of PTNB. There were no significant alterations of the heart frequency, except in the end of the maneuver with valve, when an increase of the same happened, probably for the physiologic effects of PEEP. The breathing frequency remained stable. The inspiratory and expiratory volumes increased in both maneuvers, suggesting that the bag-squeezing maneuver is beneficial for the patient, regardless of the use of the valve. There was significant increase of the expiratory resistance at the end of the maneuver with valve
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Ventilação mecânica não-invasiva em crianças com insuficiência respiratória aguda: uma revisão sistemática da literatura / Non invasive ventilation for children with acute respiratory failure: a systematic rewiew

Carolina Silva Gonzaga 12 December 2007 (has links)
INTRODUÇÃO: A ventilação não-invasiva consiste na aplicação de pressão positiva na via aérea do paciente através de máscaras e interfaces sem a utilização de uma cânula intratraqueal. A presença da cânula na traquéia e outros fatores relacionados à ventilação invasiva convencional são responsáveis por diversas complicações. O uso da ventilação não-invasiva e o desenvolvimento de estudos sobre o tema têm aumentado nos últimos anos, com o objetivo de prevenir ou amenizar as complicações da ventilação invasiva. Em grupos selecionados de pacientes adultos, a ventilação nãoinvasiva é responsável pela diminuição da necessidade de intubação, mortalidade e custos hospitalares. Em pediatria, o número de estudos ainda é reduzido. OBJETIVOS: 1) Descrever os aspectos gerais relacionados ao uso da ventilação não-invasiva (interfaces, ventiladores, modos, pressões, tempo de uso e cuidados) em crianças e adolescentes com insuficiência respiratória aguda. 2) Avaliar a eficácia e a efetividade do uso da ventilação não-invasiva em crianças e adolescentes com insuficiência respiratória aguda. 3) Descrever as complicações da ventilação não-invasiva em crianças e adolescentes com insuficiência respiratória aguda. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura nas seguintes bases de dados: Medline, Lilacs, Embase e Colaboração Cochrane, no período de 1966 a maio de 2006, utilizando os seguintes termos: ventilação não-invasiva, CPAP, BIPAP, falha respiratória aguda, hipoxemia e hipercapnia. Os desfechos analisados incluíam: necessidade de intubação, mortalidade, efeitos sobre a oxigenação e ventilação. RESULTADOS: Das 120 publicações encontradas, 11 foram incluídas nesta revisão, sendo um ensaio clínico randomizado, uma revisão sistemática e nove séries de casos, envolvendo um total de 145 pacientes. A ventilação não-invasiva acarretou melhora clínica, e gasométrica dos pacientes. Apenas quatro, dos cento e quarenta e cinco pacientes, morreram. A maioria dos estudos, porém, não tinha grupo controle, o que impossibilitou uma análise da relação causal entre a ventilação não-invasiva em estudo e os efeitos encontrados. CONCLUSÕES: Devido ao reduzido número de ensaios clínicos randomizados, os dados mais atuais sugerem que a ventilação não-invasiva é ainda uma terapia experimental para crianças com IRtA / INTRODUCTION: The non invasive ventilation consists of the application of positive pressure in the airway of the patient through masks and interfaces without the use of a traqueal cannula. The presence of the cannula in the trachea and other factors related to the conventional invasive ventilation is responsible for diverse complications. The use of the non invasive ventilation and the development of studies on the subject have increased in the last years, with the objective to prevent and to brighten up the complications of the invasive ventilation. In selected groups of adult patients use of non invasive ventilation provides effective respiratory support while avoiding the need for endotracheal intubation and mortality decrease. OBJECTIVES: 1) Describe the general aspects related to the use of the non invasive ventilation (interfaces, fans, ways, pressures, time of use and cares) in children and adolescents with acute respiratory insufficience. 2) Avaliar the efficacy and the effectiveness of the use of the non invasive ventilation in children and adolescents with acute respiratory insufficience. 3) Describe the complications of the non invasive ventilation in children and adolescents with acute respiratory insufficience. METHODOLOGY: The medology consisted of a systematic review of literature on non invasive ventilation. The research was performed using: Medline, Lilacs, Embase and Cochrane Collaboration in the period of 1966 to the May of 2006, using the following terms: non invasive ventilation, CPAP, BIPAP, acute respiratory failure, hipoxemia and hipercapnia. The outcomes evaluted were: necessity of endotracheal intubation, mortality, effect on the oxygenation and ventilation. RESULTS: Of the 120 publications founded, 11 were to analyse the eficacy of the non invasive ventilation in the treatment of acute respiratory failure in pediatric patients. Of the 11 clinical trials, one was systematic review, one was randomized clinical trial and six were case series, involving a total of 145 patients. A decrease in respiratory rate, heart rate and an improvment in oxigenation and ventilation were related in all patients. Only four patients (4/145) died. However, the majority of the studies did not have control group what it disabled an analysis of the causal relation enters the non invasive ventilation in study and the outcomes evaluated. CONCLUSIONS:Because the reduced number of randomizaded clinical trials, the current data suggest that the non invasive ventilation is still an experimental therapy for children with acute respiratory failure
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Repercussões da máscara nasal e oronasal sobre a patência da via aérea superior durante uso de pressão positiva contínua para o tratamento de pacientes com apneia obstrutiva do sono / Impact of the nasal and oronasal mask on the patency of the upper airway during continuous positive airway pressure on treatment of patients with obstructive sleep apnea

Rafaela Garcia Santos de Andrade 29 June 2016 (has links)
Introdução: A aplicação de Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas Superiores (CPAP) durante o sono é o padrão ouro no tratamento da Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) e foi primeiramente descrito utilizando uma máscara nasal. No entanto, na prática clínica a máscara oronasal é comumente. Este estudo foi desenhado para determinar os efeitos agudos da mudança de rota de fluxo do CPAP de nasal para oronasal e oral na patência da via aérea superior durante o sono em pacientes com AOS. Nós hipotetizamos que a pressão transmitida pelo compartimento oral da máscara oronasal pode comprometer a eficácia do CPAP no tratamento da AOS por empurrar a língua posteriormente. Métodos: Dezoito pacientes (idade 44 ± 9 anos, índice de massa corpórea de 33,8 ± 4,7 kg / m², índice de apneia-hipopneia 49,0 ± 39,1 eventos/hora) dormiram com máscara oronasal customizada com dois compartimentos (nasal e oral) selados e independentes conectados a uma válvula multidirecional. O sono dos pacientes foi monitorizado pela polissonografia e induzido por baixas doses de midazolam (3,1 ± 2,2 mg). O CPAP nasal foi titulado até a pressão de manutenção das vias aéreas superiores. A rota de fluxo do CPAP foi mudada de nasal para oronasal (n = 18) e oral (n = 16) durante o sono. A área retroglossal foi continuamente observada durante a nasoendoscopia. Resultados: O CPAP nasal (14,8 ± 4,1 cmH2O) foi suficiente para estabilizar a via aérea superior em todos os pacientes. Em contraste, o CPAP oronasal e oral promoveram eventos obstrutivos em 12 (66,7%) e 14 (87,5%) pacientes, respectivamente. Quando o CPAP foi transmitido pela rota oronasal e oral houve uma redução progressiva e significante na distância entre a epiglote e a base da língua e na área retroglossal em comparação com a respiração estável durante a rota nasal. Conclusões: Mudanças agudas na rota de fluxo do CPAP nasal para as rotas oronasal e oral induzem eventos obstrutivos e diminuem as dimensões da orofaringe em pacientes com AOS durante o sono. A máscara oronasal pode comprometer a efetividade do CPAP no tratamento da AOS / Introduction: Continuous Positive Airway Pressure (CPAP) is the gold standard treatment for obstructive sleep apnea (OSA) and was conceived to be applied by nasal route only. However, in clinical practice the oronasal mask is commonly used. This study was designed to determine the acute effects of changing the nasal CPAP route to oronasal and oral in upper airway patency during sleep in patients with. We hypothesized that the pressure transmitted by the oral compartment of oronasal mask will push the tongue backwards and will compromise CPAP effectiveness in OSA treatment. Methods: Eighteen patients with OSA (age: 44±9 years44±9 years44±9 years44±9 years44±9 years44±9 years44±9 years44±9 years44±9 years , body mass index: 33.8±4.733.8±4.733.8±4.7 33.8±4.7 33.8±4.7 Kg/m², apnea-hypopnea index: 49.0 ± 39.149.0 ± 39.149.0 ± 39.149.0 ± 39.149.0 ± 39.149.0 ± 39.1 49.0 ± 39.149.0 ± 39.149.0 ± 39.1 events/hour) slept with a customized oronasal mask with a nasal and oral sealed compartments connected to a multidirectional valve. Sleep was monitored by full polysomnography and induced by low dosis of midazolam (3.1 ± 2.2 mg). Nasal CPAP was titrated up to holding pressure and flow route was changed to oronasal (n = 18) and oral route (n = 16) during sleep. Retroglossal area was continuously observed by nasoendoscopy. Results: Nasal CPAP (14.8±4.1 cmH2O) was able to stabilize breathing in all patients. In contrast, CPAP delivered by oronasal and oral route promoted obstructive events in 12 (66.7%) and 14 (87.5%) patients, respectively. Compared to stable breathing during nasal route, there was a significant and progressive reduction in the distance between epiglottis and tongue base and the retroglossal area when CPAP was delivered by oronasal and oral route, respectively. Conclusions: CPAP delivered by oronasal route may compromise CPAP effectiveness to treat OSA
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Efeito da ventilação não invasiva com pressão positiva contínua nas vias aéreas de pacientes oncológicos / Effects of noninvasive ventilation with continuous positive pressure on the airways of oncologic patients

Manfrim, Gabriela Marcon 26 September 2008 (has links)
INTRODUÇÃO: A insuficiência respiratória acomete grande parte dos pacientes oncológicos levando a altos índices de mortalidade. A ventilação não invasiva (VNI) pode auxiliar seu manejo, mas seus efeitos ainda são pouco conhecidos sobre os mecanismos de defesa pulmonar. OBJETIVOS: Observar o efeito da VNI com máscara facial usando-se geradores de fluxo com pressão positiva contínua (CPAP) e ventilador microprocessado no modo pressão de suporte + pressão positiva ao final da expiração (PSV + PEEP), a fim de verificar impacto nas propriedades viscoelásticas do muco respiratório e o conforto proporcionado ao paciente. MÉTODOS: A VNI foi instalada após diagnóstico de insuficiência respiratória em dezenove pacientes, admitidos nas unidades de tratamento intensivo do Hospital A. C. Camargo, sendo nove submetidos ao CPAP e dez com PSV + PEEP. Foram colhidos antes e após uma hora de VNI: os dados clínicos, secreção nasal, gasometria, e o grau de conforto através de uma escala visual. As propriedades físicas do muco (transportabilidade in vitro, adesividade e wettabilidade ou hidrofobicidade) foram avaliadas respectivamente no palato de rã, máquina da tosse e ângulo de contato. RESULTADOS: Os grupos eram homogêneos entre si em relação à idade, sexo, tipo e estadiamento do tumor e SAPS II. Em relação às propriedades físicas do muco, houve um aumento da transportabilidade in vitro do muco nasal com o sistema PSV + PEEP (p = 0,04) e um aumento na wettabilidade no grupo CPAP (p = 0,06). Os dois sistemas foram eficazes em melhorar significativamente os sinais vitais, a PaO2/FiO2, o padrão e o conforto respiratório e em evitar a intubação traqueal nas primeiras 24 horas (p < 0,05). Entretanto, independentemente do tipo de sistema de VNI usado, foram encontrados altos índices de intubação endotraqueal e mortalidade no seguimento destes pacientes. CONCLUSÃO: As propriedades físicas do muco (transportabilidade in vitro e wettabilidade) se alteraram após uma hora de uso da VNI e parecem ser dependentes da temperatura e umidificação dentro da máscara. A VNI mostrou-se útil em reverter a insuficiência respiratória em pacientes selecionados, ou pelo menos em trazer conforto para pacientes hipoxêmicos que a princípio recusam a intubação endotraqueal / INTRODUCTION: Respiratory failure is a common situation among cancer patients leading to high rates of mortality. Noninvasive ventilation (NIV) can help its management, but its effects are still unknown regarding the pulmonary defense mechanisms. OBJECTIVES: Observe the effect of NIV with facial mask using a flow generator with continuous positive pressure (CPAP) and standard intensive care unit ventilator using pressure support ventilation + positive end expiratory pressure (PSV + PEEP), to verify impact on the physical properties of respiratory mucus and the comfort provided to the patient. METHODS: NIV was started after diagnosis of respiratory failure in nineteen patients, admitted in the intensive care unit of the A. C. Camargo Hospital. Nine patients were submitted to CPAP and ten to PSV + PEEP. Nasal mucus, blood gases, and the degree of comfort through a visual scale were accessed before and after one hour. The physical properties of nasal mucus (transportabilility in vitro, adhesivity and wettability or hydrofobicity) were evaluated respectively by frog palate, cough machine and contact angle. RESULTS: Groups had similar characteristics about age, sex, tumor and SAPS II score. Regarding the physical properties of the mucus, there was an increase in mucus transportability (by the frog palate model) with the system PSV + PEEP (p = 0.04) and an increase in the contact angle in the CPAP groupo (p = 0.06). The two systems were effective in improving the vital signs, the PaO2/FiO2, the respiratory pattern and comfort and avoiding endotracheal intubation in the first 24 hours (p < 0.05). However, regardless of the type of NIV system used, high rates of endotracheal intubation and mortality were found. CONCLUSION: The physical properties of the mucus (transportability in vitro and wettability) changed after an hour of use of the NIV as a result of temperature and humidification into the mask. NIV was useful in reversing the respiratory failure in selected patients, or at least in bringing comfort for those who refuse endotracheal intubation
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Ventilação mecânica não-invasiva em crianças com insuficiência respiratória aguda: uma revisão sistemática da literatura / Non invasive ventilation for children with acute respiratory failure: a systematic rewiew

Gonzaga, Carolina Silva 12 December 2007 (has links)
INTRODUÇÃO: A ventilação não-invasiva consiste na aplicação de pressão positiva na via aérea do paciente através de máscaras e interfaces sem a utilização de uma cânula intratraqueal. A presença da cânula na traquéia e outros fatores relacionados à ventilação invasiva convencional são responsáveis por diversas complicações. O uso da ventilação não-invasiva e o desenvolvimento de estudos sobre o tema têm aumentado nos últimos anos, com o objetivo de prevenir ou amenizar as complicações da ventilação invasiva. Em grupos selecionados de pacientes adultos, a ventilação nãoinvasiva é responsável pela diminuição da necessidade de intubação, mortalidade e custos hospitalares. Em pediatria, o número de estudos ainda é reduzido. OBJETIVOS: 1) Descrever os aspectos gerais relacionados ao uso da ventilação não-invasiva (interfaces, ventiladores, modos, pressões, tempo de uso e cuidados) em crianças e adolescentes com insuficiência respiratória aguda. 2) Avaliar a eficácia e a efetividade do uso da ventilação não-invasiva em crianças e adolescentes com insuficiência respiratória aguda. 3) Descrever as complicações da ventilação não-invasiva em crianças e adolescentes com insuficiência respiratória aguda. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura nas seguintes bases de dados: Medline, Lilacs, Embase e Colaboração Cochrane, no período de 1966 a maio de 2006, utilizando os seguintes termos: ventilação não-invasiva, CPAP, BIPAP, falha respiratória aguda, hipoxemia e hipercapnia. Os desfechos analisados incluíam: necessidade de intubação, mortalidade, efeitos sobre a oxigenação e ventilação. RESULTADOS: Das 120 publicações encontradas, 11 foram incluídas nesta revisão, sendo um ensaio clínico randomizado, uma revisão sistemática e nove séries de casos, envolvendo um total de 145 pacientes. A ventilação não-invasiva acarretou melhora clínica, e gasométrica dos pacientes. Apenas quatro, dos cento e quarenta e cinco pacientes, morreram. A maioria dos estudos, porém, não tinha grupo controle, o que impossibilitou uma análise da relação causal entre a ventilação não-invasiva em estudo e os efeitos encontrados. CONCLUSÕES: Devido ao reduzido número de ensaios clínicos randomizados, os dados mais atuais sugerem que a ventilação não-invasiva é ainda uma terapia experimental para crianças com IRtA / INTRODUCTION: The non invasive ventilation consists of the application of positive pressure in the airway of the patient through masks and interfaces without the use of a traqueal cannula. The presence of the cannula in the trachea and other factors related to the conventional invasive ventilation is responsible for diverse complications. The use of the non invasive ventilation and the development of studies on the subject have increased in the last years, with the objective to prevent and to brighten up the complications of the invasive ventilation. In selected groups of adult patients use of non invasive ventilation provides effective respiratory support while avoiding the need for endotracheal intubation and mortality decrease. OBJECTIVES: 1) Describe the general aspects related to the use of the non invasive ventilation (interfaces, fans, ways, pressures, time of use and cares) in children and adolescents with acute respiratory insufficience. 2) Avaliar the efficacy and the effectiveness of the use of the non invasive ventilation in children and adolescents with acute respiratory insufficience. 3) Describe the complications of the non invasive ventilation in children and adolescents with acute respiratory insufficience. METHODOLOGY: The medology consisted of a systematic review of literature on non invasive ventilation. The research was performed using: Medline, Lilacs, Embase and Cochrane Collaboration in the period of 1966 to the May of 2006, using the following terms: non invasive ventilation, CPAP, BIPAP, acute respiratory failure, hipoxemia and hipercapnia. The outcomes evaluted were: necessity of endotracheal intubation, mortality, effect on the oxygenation and ventilation. RESULTS: Of the 120 publications founded, 11 were to analyse the eficacy of the non invasive ventilation in the treatment of acute respiratory failure in pediatric patients. Of the 11 clinical trials, one was systematic review, one was randomized clinical trial and six were case series, involving a total of 145 patients. A decrease in respiratory rate, heart rate and an improvment in oxigenation and ventilation were related in all patients. Only four patients (4/145) died. However, the majority of the studies did not have control group what it disabled an analysis of the causal relation enters the non invasive ventilation in study and the outcomes evaluated. CONCLUSIONS:Because the reduced number of randomizaded clinical trials, the current data suggest that the non invasive ventilation is still an experimental therapy for children with acute respiratory failure
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Abordagem por ressonância magnética do mecanismo de ação da pressão expiratória positiva nasal como forma de tratamento da apneia do sono

Braga, Carla Winei January 2012 (has links)
Esta tese de doutorado aborda o assunto apneia do sono, especialmente a síndrome de apneia e hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS) como principal motivo de investigação. Nosso estudo teve como objetivo estudar o mecanismo fisiológico de funcionamento da válvula expiratória nasal (nEPAP) denominada Provent. Trata-se de um dispositivo descartável utilizado em ambas as narinas e que permite a inspiração normal, porém oferece resistência à expiração, fazendo com que o próprio paciente gere uma determinada pressão expiratória nasal. Este mecanismo de atuação da válvula determina algum grau de modificação na via aérea superior e no pulmão. Embora já se saiba que este dispositivo é efetivo no tratamento de pacientes com SAHOS leve e moderada3 o seu mecanismo fisiológico de funcionamento ainda não está completamente entendido. Utilizamos um método de ressonância magnética para avaliar a via aérea superior e o pulmão de pacientes em utilização do Provent nasal. Estudamos dez pacientes, 7 homens e 3 mulheres, entre 30 e 62 anos, com diagnóstico clínico de SAHOS e confirmado pela polissonografia (IAH>5 ev/h). Realizamos então, em diferentes momentos, polissonografia diagnóstica, polissonografia em uso da válvula nasal e exame de imagem (ressonância magnética). A faringe e o pulmão foram inspecionados e medidos durante alguns ciclos respiratórios, com e sem a válvula nasal. Neste estudo, validamos o exame de Ressonância Magnética para a avaliação da área transversal da via aérea superior e da capacidade residual funcional durante a respiração através da válvula nasal. Com os nossos resultados reforçamos os achados anteriores da literatura referentes aos três possíveis mecanismos de funcionamento desta válvula nasal: hiperinflação pulmonar importante aumentando a tração na traqueia, uma tendência à dilatação da faringe durante a expiração que se mantém no início da inspiração reduzindo a colapsabilidade da faringe e, finalmente, hipoventilação e aumento de PCO2. Considerando estes resultados, podemos dizer que a pressão expiratória positiva nasal pode ser uma alternativa de tratamento da SAHOS. Os resultados deste estudo são apresentados sob a forma de artigo já publicado em revista internacional de alto impacto científico (Journal of Applied Physiology). Adicionalmente, na forma de apêndice, realizamos outro estudo objetivando estudar o comportamento da SAHOS na Doença de Parkinson e as alterações ocasionadas em marcadores periféricos de lesão neuronal, especificamente a proteína S100B e a Enolase. Os transtornos do sono, incluindo os distúrbios respiratórios, são frequentes nos pacientes com Doença de Parkinson (DP), e, estudos já realizados mostram que a proteína S100B pode estar aumentada tanto em pacientes com SAHOS1 como naqueles com Doença de Parkinson2, sugerindo a possibilidade de algum grau de dano neuronal nestes pacientes quando comparados com indivíduos normais. Estes achados serviram de motivação para o estudo das variáveis neurofisiológicas do sono e do comportamento de biomarcadores em pacientes com Parkinson e, supostamente, SAHOS concomitantemente. / The issue of this doctoral thesis is Obstructive Sleep Apnea (OSA). Our study intended to clarify the mechanism of action of nEPAP (Nasal Expiratory Positive Airway Pressure), delivered with a disposable device (Provent, Ventus Medical). It has been shown to improve sleep disordered breathing (SDB) in some subjects3, but how it works is still not completely understood. We studied 10 patients, 7 males and 3 females, age between 30 and 62 years old, with clinic OSA and confirmed by sleep study (IHA>5). Sleep studies were performed in different nights, a night for diagnostic of OSA and other night under nasal valve. We did use MRI (Magnetic Resonance Imaging) to see upper airway and lung in patients wearing Provent. The present study demonstrate that significant hyperinflation (an increase in end expiratory lung volume) occurs during breathing through the device. In addition, there may be some trend to dilate the UA during expiration, and this may carry over into inspiration, providing a second mechanism to reduce the tendency of the UA to collapse in patients with SDB. Finally, we were able to show significant hypoventilation and a rise in PCO2 during breathing through the nEPAP during wakefulness, which may persist into sleep. Results are presented in the format of a paper published in a international journal with high scientific impact (Journal of Applied Physiology). In addition, as appendix, we did perform other protocol intended to study OSA in the Parkinson Disease (PD) and correlation with detectable levels of S100B and NSE, biochemical markers of neuronal damage. Sleep breathing disorders are frequent in Parkinson Disease and there are some studies showing that S100B, a known biochemical marker of astrocyte damage, is increased in both SAOS and PD1 2, suggesting a possible neuronal damage while compared to controls. These findings were motivation to investigate biochemical markers and sleep in patients with Parkinson. Our results suggest that sleep disturbance in PD causes a worse sleep quality and leads to S100B elevation during the night. Probably PD patients are suffering some degree of brain damage during the night that trigger a S100B response.
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Comparação entre dois modos ventilatórios em anestesia pediátrica : ventilação controlada a volume versus ventilação controlada a pressão

Ajnhorn, Fabiana January 2006 (has links)
Justificativa e Objetivos: Comparar as repercussões na mecânica respiratória e na troca gasosa em pacientes pediátricos submetidos à cirurgia ortopédica em posição lateral sob anestesia geral, utilizando-se dois modos de ventilação mecânica: controlada a volume (VCV) versus controlada a pressão (PCV), pois, em anestesia, o benefício de um modo em relação ao outro não está bem estabelecido. Método: Ensaio clínico randomizado, realizado entre julho de 2003 e junho 2005 envolvendo crianças (seis meses a 5 anos) submetidas à cirurgia de correção de pé torto congênito no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. No modo VCV o volume corrente para se obter 10ml.kg-1 foi fixado. No modo PCV a pressão de pico inspiratória para se obter 10 ml.kg-1 foi fixada. Nos dois modos os pacientes recebiam PEEP 5cmH2O e relação I:E 1:2. Os grupos foram comparados quanto aos efeitos na mecânica ventilatória e na troca gasosa em 4 momentos ao longo da cirurgia com duração de 2 a 3 horas. Os testes t de Student, ANOVA, e Quiquadrado foram utilizados para comparar os grupos. Resultados: 37 cirurgias de correção de pé torto congênito entraram no estudo, sendo 18 no grupo VCV e 19 no PCV. Observou-se redução do volume corrente expirado ao longo da cirurgia em ambos grupos: VT em M1 ~119 ml enquanto em M4 foi ~113 ml (p=0,03), correspondendo a uma redução de 5% no VT ao longo da cirurgia. O número de intervenções (ajustes na freqüência respiratória) ao longo do tempo cirúrgico foi semelhante nos dois grupos. As demais variáveis não diferiram. Conclusões: durante anestesia geral, em crianças saudáveis, o modo ventilatório não influenciou a estabilidade cardioventilatória das crianças ao longo do tempo cirúrgico no presente estudo. / Objectives: To compare the repercussions on the respiratory mechanics and on the gaseous exchange of pediatric patients submitted to orthopedic surgery in lateral position under general anesthesia using two modes of ventilation: volume control ventilation (VCV) versus pressure control ventilation (PCV), because, in anesthesiology, the superiority of one over another is not well established. Methods: Randomized clinical trial, conducted from July of 2003 through June 2005, involving children (from 6 months to 5 years of age) submitted to surgery of correction of congenital clubfoot in the Hospital de Clínicas de Porto Alegre. In the VCV mode, tidal volume to get 10ml.kg-1 was fixed. In the PCV mode, peak inspiratory pressure to get 10 ml.kg-1 was fixed. In the two ventilations modes the patients received a PEEP of 5cmH2O and relation I:E 1:2. The groups were compared in relation to the effect in the mechanical ventilatory support and the gaseous exchange at 4 times through surgery with duration of 2 the 3 hours. Student t Test, ANOVA, and Qui-square had been used to compare the groups. Results: 37 surgeries of correction of congenital clubfoot were included in study, being 18 in the VCV group and 19 in the PCV. Reduction of the exhaled tidal volume along of the surgery in both groups was observed: VT M1 ~119 ml while in M4 was ~113 ml (p=0,03), corresponding to a reduction of 5% in the VT through the surgery. The number of interventions (adjustments in the respiratory frequency) along the surgical period was similar in the two groups. Remaining variables had not differed. Conclusions: In the present study, envolving healthy children submitted to the general anesthesia using two modes of mechanical ventilation, we did not observed any interferency in the cardio respiratory stability along the surgical period.
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Efeito da pressão positiva expiratória sobre os músculos esternocleidomastóideo e paraesternal em pacientes com DPOC : um ensaio clínico randomizado

Cardoso, Dannuey Machado January 2012 (has links)
INTRODUÇÃO: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) leva à obstrução crônica do fluxo aéreo e retenção de ar, fatores que afetam a ação diafragmática, colocando-o em desvantagem mecânica e exigindo-o recrutamento da musculatura acessória da respiração. Alguns estudos indicam que a aplicação de Pressão Positiva Expiratória nas Vias Aéreas (EPAP) reduziria a hiperinsuflação e a atividade da musculatura inspiratória acessória. OBJETIVO: Analisar o efeito da aplicação da EPAP de 10 e 15 cmH2O sobre a atividade dos músculos esternocleidomastóideo (ECM) e paraesternal em pacientes com DPOC estável. MÉTODOS: Em um ensaio clínico randomizado, composto por vinte e um pacientes com DPOC, que foram alocados em Grupo 10 cmH2O (n=10) e Grupo 15 cmH2O (n=11), avaliamos o comportamento da atividade eletromiográfica (EMG) dos músculos ECM e paraesternal em respiração espontânea (Pré-EPAP), durante a aplicação de 20 minutos da EPAP, através de máscara facial, e 10 minutos após sua retirada. RESULTADOS: Observamos que a aplicação da EPAP de 10 cmH2O promoveu uma redução da atividade EMG do músculo ECM (p<0,0001) e aumento no músculo paraesternal (p<0,0001). Já o grupo que utilizou 15 cmH2O de EPAP apresentou uma tendência ao aumento da atividade EMG do músculo ECM e uma redução significativa no músculo paraesternal (p= 0,005). CONCLUSÕES: Nossos resultados apontaram para um benefício da aplicação da EPAP de 10 cmH2O em reduzir a atividade da musculatura inspiratória acessória e potencializar a ação dos músculos paraesternais em pacientes com DPOC estável. No entanto, este benefício não foi alcançado quando a EPAP de 15 cmH2O foi aplicada, onde os pacientes apresentaram um aumento da atividade da musculatura inspiratória acessória, já acentuada na DPOC. / Introduction: Chronic obstructive pulmonary disease (COPD) leads to chronic airway obstruction and air trapping, affecting diaphragmatic action and placing it at a mechanical disadvantage, requiring the recruitment of accessory muscles. Some studies indicate that expiratory positive airway pressure (EPAP) decreased hyperinflation and inspiratory accessory muscle activity. Objective: To investigate the effect of 10 and 15 cmH2O EPAP on the activity of sternocleidomastoid (SCM) and parasternal muscles in patients with stable COPD. Methods: A randomized clinical trial with twenty-one COPD patients. Subjects were randomly allocated to two groups: 10 cmH2O Group (n=10) and a 15 cmH2O Group (n=11). We evaluated the electromyographic (EMG) activity of SCM and parasternal muscles in spontaneous breathing (Pre-EPAP), during application of EPAP by face mask for 20 minutes, and for 10 minutes after mask removal (Post-EPAP). Results: The application of 10 cmH2O EPAP promoted reduction EMG activity in the SCM muscle (p<0.0001) and increased parasternal muscle activity (p<0.0001). The group submitted to 15 cmH2O EPAP showed a tendency towards greater EMG activity in the SCM muscle and a significant decrease in activity of the parasternal muscle (p= 0.005). Conclusions: In patients with stable COPD, 10 cmH2O EPAP induced a significant decreased in activity of the inspiratory accessory muscle and increased parasternal muscle activity after the application. This may be of practical benefit to reverse the extensive use of the chest wall muscles and reduce their mechanical disadvantage in patients with COPD.
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Efeito do uso da pressão positiva contínua nas vias aéreas sobre a qualidade de vida e sintomas depressivos em pacientes portadores da síndrome da apneia e hipopneia obstrutiva do sono

Birck, Marcio Adriano January 2011 (has links)
INTRODUÇÃO: A síndrome da apneia e hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS) é uma doença crônica que se caracteriza por ronco e apneias que causam microdespertares e fragmentação do sono. O impacto da doença sobre o humor e a qualidade de vida não é bem conhecido. OBJETIVO: Avaliar o impacto do uso da pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) sobre sintomas depressivos e qualidade de vida em pacientes com SAHOS. MATERIAL E MÉTODOS: Pacientes com diagnóstico polissonográfico de SAHOS foram avaliados antes e seis meses após o tratamento com CPAP. Foram coletadas as seguintes medidas antropométricas: peso, altura, índice de massa corporal (IMC), circunferência do pescoço, medida da cintura e do quadril. A sonolência foi avaliada pela escala de sonolência diurna de Epworth, o sono pelo índice de qualidade do sono de Pittsburgh, a qualidade de vida através dos questionários SF-36 e FOSQ e os sintomas depressivos pelo inventário de depressão de Beck. RESULTADOS: Foram estudados 61 pacientes, sendo 42 homens e 19 mulheres, com índice de apneias e hipopneias (IAH) de 40,3 ± 27,2 eventos/hora. A média de idade foi de 53,2 ± 9,0 anos e do IMC 30,36 ± 3,93 kg/m², sendo que 96,7% dos pacientes apresentavam sobrepeso ou obesidade. Valores acima do normal para a circunferência do pescoço foram observados em 73,8% e da cintura em 72% dos indivíduos. Com o tratamento com CPAP observou-se redução da sonolência (13,2 ± 4,8 vs 7,9 ± 3,3 pontos; p=0,0001), melhora da qualidade do sono (escore 10,1 ± 4,5 vs 4,1 ± 2,5; bons dormidores pré 9 vs 36 pós; p<0, 01), melhora da qualidade de vida em todos os domínios do FS-36 (p<0,01) e do FOSQ (81,9 ± 19,5 vs 91,7 ± 14,4 pontos; p=0,00001). Os sintomas depressivos melhoraram após o uso do CPAP (12,0 ± 8,6 vs 7,5 ± 5,1; p<0,01), os quais estavam presentes em 33 pacientes antes do tratamento e em 19 após 6 meses de seguimento. Não houve associação entre sintomas depressivos e sonolência. Houve correlação fraca entre sintomas depressivos e IAH (r=0,28; p=0,02), e moderada a forte com todos os domínios do SF-36 (r entre -0,58 e - 0,72; p=0,0001). CONCLUSÕES: Nosso estudo demonstra que a terapia com CPAP tem impacto positivo sobre a sonolência, qualidade do sono e melhora a qualidade de vida e os sintomas depressivos dos portadores de SAHOS. Os sintomas depressivos não se relacionaram com a sonolência e com a gravidade da doença, mas se associaram com a qualidade de vida. / INTRODUCTION: Obstructive sleep apnea syndrome (OSAS) is a chronic disease characterized by snoring and apneas that cause microarrousals and sleep fragmentation. The effects of the disease on mood and health related quality of life is not well known. OBJECTIVE: To evaluate the impact of the use of continuous positive airway pressure (CPAP) on depressive symptoms and quality of life in patients with OSAS. MATERIAL AND METHODS: Patients with OSAS diagnosed by polyssomnography underwent evaluation before and after 6 months treatment with CPAP. Weight, height, body mass index (BMI), neck, waist and hip circumference were measured. Daytime sleepiness was evaluated using the Epworth scale, sleep quality using the Pittsburgh sleep quality index and quality of life using SF-36 and FOSQ. Depressive symptoms were detected through the Beck Depression Inventory. Data were analized by Student T test, McNemar test and Pearson correlation test. RESULTS: We studied 61 patients with OSAS, 42 males and 19 females, with apnea hypopnea index (AHI) of 40.3 ± 27.2 events/hour. The mean age was 53.2 ± 9.0 years, BMI was 30.4 ± 3.9 kg/m², and 90.7% of the patients were overweight or obese. Abnormal neck and waist circumference were observed in 73.8% and 72% of patients, respectively. After treatment with CPAP there was a decrease in daytime sleepiness (13.2 ± 4.8 vs 7.9 ± 3.3 points; p=0.0001), an increase in sleep quality (10.1 ± 4.5 vs 4.1 ± 2.5; the number of good sleepers 9 before vs 36 after CPAP; p<0.01), and in quality of life as shown by SF-36 (p<0.01) and FOSQ (81.9 ± 19.5 vs 91.7 ± 14.4 points; p=0.00001). Depressive symptoms improved after use of CPAP (12.0 ± 8.6 vs 7.5 ± 5.1; p<0,01), they were reported by 33 patients before treatment and by 19 after six months of follow up. There was a weak correlation between depressive symptoms and AHI (r=0.28; p=0.02) and no association between depressive symptoms and daytime sleepiness. The correlation among depressive symptoms and SF-36 domains varied from r=-0.58 and r=-0.72 (p=0.0001). CONCLUSIONS: Our study demonstrates that the CPAP therapy has a positive impact on daytime sleepiness and sleep quality and improves quality of life and depressive symptoms in patients with OSAS. Depressive symptoms were not related to daytime sleepiness or disease severity, but were associated with quality of life.

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