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Efeitos do tratamento endovascular dos aneurismas complexos da aorta abdominal na função renal

Souza, Leonardo Reis de January 2017 (has links)
Introdução: O dano à função renal é uma das complicações mais frequentes no tratamento dos aneurismas complexos da aorta e é um importante fator preditivo para outros desfechos desfavoráveis, como mortalidade e tempo de internação hospitalar. As endopróteses fenestradas e ramificadas foram criadas para expandir o uso da técnica endovascular no tratamento do aneurisma de aorta e, embora pareçam ser tão seguras e eficazes quanto as técnicas cirúrgica e endovascular convencional, pouco sabe-se sobre seus efeitos na função renal. Objetivo: Comparar os desfechos renais em pacientes com aneurismas da aorta abdominal (AAA) submetidos a tratamento endovascular convencional e tratamento endovascular com endopróteses fenestradas. Método: Foi realizado um estudo de coortes múltiplas pareadas. Para o grupo dos pacientes submetidos ao tratamento com endopróteses fenestradas, foram incluídos os 67 pacientes da fase de pré-aprovação do estudo da endopórtese Zenith Fenestrated. Estes pacientes foram comparados com 134 indivíduos selecionados por escores de propensão a partir de uma coorte de 739 pacientes do estudo da endoprótese Zenith AAA, nas fases de pré-aprovação e acesso continuado. As variáveis incluídas no pareamento foram idade, gênero, presença de hipertensão, presença de diabetes e valor da taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) préoperatória. O dano renal agudo (DRA) após a intervenção foi aferido a partir dos critérios RIFLE, enquanto os desfechos renais tardios foram avaliados de acordo com a classificação proposta pela National Kidney Foundation para a doença renal crônica (DRC). Resultados: Ambos os grupos tiveram características préoperatórias semelhantes, exceto pelos pacientes submetidos a endopróteses fenestradas apresentarem o diâmetro da aorta no nível da artéria renal pérvia mais baixa maior 11 (25,3 ± 3 mm e 23,9 ± 3, P = 0,003). Nenhum paciente selecionado apresentava-se, originalmente, nas classificações IV ou V de DRC. O seguimento médio foi de 30 ± 20 meses em ambos os grupos. A mortalidade precoce foi de 1,5% em ambos os grupos. Os pacientes submetidos a endopróteses fenestradas apresentaram uma sobrevida a longo prazo maior e não houve diferença significativa na incidência de desfechos adversos maiores. Em 30 dias, a maioria dos pacientes em ambos os grupos não apresentaram DRA (95% no grupo das endopróteses fenestradas e 91% no grupo das endopróteses convencionais, P = 0,80). Apenas dois pacientes, ambos no grupo das endopróteses convencionais, apresentaram dano ou falência renal, um deles necessitando de hemodiálise. Não houve diferença significativa na proporção de pacientes que tiveram um aumento da TFGe maior do que 25% (27% no grupo das endopróteses fenestradas e 42% no grupo das endopróteses convencionais, P = 0,5) ou que progrediram para as classes IV ou V de DRC (7% no grupo das endopróteses fenestradas e 8% no grupo das endopróteses convencionais, P = 0,94). Conclusão: Os efeitos das endopróteses convencionais e fenestradas na função renal de pacientes com AAA e função renal previamente preservada são semelhantes, tanto logo após a intervenção quanto a longo prazo. Esses dados reforçam a ideia de que a escolha do tipo de intervenção deve ser baseada, principalmente, em parâmetros anatômicos. / Background: Renal function deterioration is one of the most common complications following intervention for complex aortic aneurysms. It may result in negative outcomes, as increased length of stay and mortality. Fenestrated and branched endografts (FEVAR) were designed to expand the use of the endovascular technique (EVAR) in treating aortic aneurysms. Although FEVAR appears to be at least as safe and effective as open surgery and conventional endovascular technique, its impact in renal outcomes is not fully understood. Objective: To compare renal outcomes in patients with abdominal aortic aneurysms (AAA) undergone FEVAR or conventional EVAR. Method: A multiple cohort study was performed. The 67 patients from the Zenith Fenestrated Endovascular Graft Trial during the pre-approval phase were included. These patients were compared to 134 patients from the Zenith AAA Endovascular Graft Trial selected by propensity score method. Variables for matching included age, gender, hypertension, diabetes, and pre-operative estimated glomerular filtration rate (eGFR). Acute kidney injury (AKI) after endovascular repair was accessed according to the RIFLE classification system. Late renal outcomes were accessed according to the National Kidney Foundation staging system for chronic kidney disease (CKD). Results: Both groups have similar preoperative characteristics, except for a larger diameter at the lowest patent renal artery in the FEVAR group (25.3 ± 3 mm vs 23.9 ± 3, P = 0.003). There was no patient classified as CKD stages IV or V. Mean follow up was 30 ± 20 months for both groups (P = 0.99). The rate of 30-day or in-hospital mortality was 1.5% for both groups. FEVAR group exhibited higher overall survival, and there was no significant difference in the freedom from major adverse events between 14 both groups. At 30 days, the majority of patients presented with no AKI (95% vs 91%, respectively, in the FEVAR and the EVAR groups; P = 0.80). Only two patients presented with injury or failure (2%), one of them required transient dialysis (1%), both in the EVAR group. There was no significant difference in > 25% decline in eGFR (27% vs 42%, respectively, in the FEVAR and EVAR groups, P = 0.5) or progression to CKD stage IV or V (7% vs 8%, respectively, in the FEVAR and EVAR groups, P = 0.94) at 5-years. Conclusion: Renal function deterioration is similar in patients with AAA and initially preserved renal function treated by FEVAR and conventional EVAR. This data reinforces that the decision on the type of repair in patients with preserved renal function should be based in anatomical parameters.
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Controle de Danos Vascular: ração entre ligadura venosa e shunt vascular temporário-estudo experimental em porcos / Vascular Damage Control: Comparison between venous ligation and shunting: experimental study in pigs

Goes Junior, Adenauer Marinho de Oliveira [UNIFESP] January 2013 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-12-06T23:46:15Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2013 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Introdução: No contexto do ocontrole de danoso, o uso de shunts arteriais temporarios ja esta bem estabelecido. A ligadura venosa pode predispor a oclusao do shunt arterial. O shunt venoso promoveria melhor drenagem do membro, diminuindo a hipertensao venosa que acarretaria isquemia e sangramento; entretanto, nao se sabe se o seu uso altera o prognostico do membro traumatizado. Na literatura nao ha estudo desenhado para determinar se o uso do shunt venoso, como alternativa a ligadura da veia lesada, interfere na perviedade do shunt arterial e, consequentemente, na perfusao e no prognostico do membro. Objetivo: avaliar o fluxo atraves de shunts vasculares inseridos em arterias e veias perifericas e a repercussao, na perfusao arterial do membro, das tecnicas de ligadura e shunt venosos, em um modelo experimental de controle de danos. Metodo: estudo experimental de modelo de choque controlado em suinos machos de 40 Kg alocados em 5 grupos, cada um com 5 animais. Os vasos iliacos externos foram dissecados bilateralmente. No lado direito foram realizados os experimentos e os do lado esquerdo foram usados como controle. Utilizou-se como shunts, segmentos de 3cm de comprimento de equipo de soro. Animais do grupo 1 tiveram um shunt instalado na arteria iliaca externa direita (AIED) e a veia iliaca externa direita (VIED) ligada. No grupo 2 foram posicionados shunts na AIED e na VIED. No grupo 3 foi feita ligadura da VIED. No grupo 4 um shunt foi posicionado na VIED. Animais do grupo 5 nao foram submetidos a colocacao de shunts e nem a ligaduras. Realizada biopsia do membro anterior direito. Apos a instalacao dos shunts vasculares e ligaduras venosas novos registros de PAM, fluxos vasculares nos vasos iliacos externos e analises bioquimicas foram executadas. Choque hemorragico foi induzido pela retirada de 20 mL/min de sangue atraves da veia jugular. Executados registros da PAM e de fluxos dos vasos iliacos externos a cada 10 minutos e analises bioquimicas (pH, HCO3, pO2, pCO2, Na, K) do sangue venoso a cada 30 minutos. Considerados os desfechos: 1- interrupcao do fluxo atraves da AIED (grupos 1, 2, 3, 4 e 5 ); 2- parada do fluxo atraves do shunt implantado na VIED (grupo 4); 3- obito do animal. Apos os experimentos foram realizadas biopsias de ambos os membros traseiros coradas por hematoxilina-eosina; foram pesquisadas alteracoes isquemicas, vasculares e inflamatorias posteriormente pontuadas em um escore de alteracoes histologicas. Os dados foram analisados com auxilio do Microsoft Office Excel 2007 e do Programa BioEstat 5.0 (2007). Para analise da significancia dos resultados aplicou-se os testes de Friedman, t-Student, ANOVA e Kruskal-Wallis. Considerando-se &#945; 0,05 ou 5%. Resultados: na ausencia de choque hemorragico, a ligadura venosa (grupo 1) esteve associada a reducao de 38,8% (p < 0,05) e o implante do shunt venoso(grupo 2) a reducao de 28,4% do fluxo atraves do shunt arterial. Na vigencia de choque hemorragico o fluxo medio na AIED foi de 13 mL/min e na AIEE foi de 41,2 mL/min (p > 0,05); no grupo 2 o fluxo na AIED foi de 8,5 mL/min e na AIEE foi de 8,1 mL/min (p > 0,05). Na vigencia de choque hemorragico, a dosagem de pO2 na VIED foi 25,8 mmHg e 33,8 mmHg na VIEE no grupo1 (p < 0,05) e no grupo 2 foi 22,6 mmHg na VIED e 22,8 mmHg na VIEE (p > 0,05) e a dosagem de K na VIED foi 3,84 mEq/L e 3,96 mEq/L na VIEE (p > 0,05) no grupo1 e no grupo 2 foi 7,1 mEq/L na VIED e 5,88 mEq/L na VIEE (p < 0,05). A analise histopatologica revelou que no grupo 4 as medias dos escores referentes as alteracoes isquemicas foram 3,6 para as biopsias do membro traseiro direito e 2,8 para as biopsias do membro traseiro esquerdo (p < 0,05). Os demais parametros histologicos nao revelaram diferenca estatistica significativa entre os grupos. Conclusoes: Na ausencia de choque hemorragico, a ligadura venosa: comparada ao shunt venoso, promove uma reducao mais intensa do fluxo atraves do shunt arterial, importante reducao do retorno venoso. O shunt venoso acarreta menor reducao do retorno venoso do que a ligadura venosa. Na vigencia de choque hemorragico grau IV, a ligadura venosa: comparada ao shunt venoso, promove uma reducao mais intensa do fluxo atraves do shunt arterial. A ligadura venosa, comparado ao shunt venoso, esteve associado a pO2 menores no sangue venoso. O shunt venoso, comparado a ligadura venosa, esteve associado a maiores concentracoes de potassio no sangue venoso. O shunt arterial deixou de apresentar fluxo apos uma reducao de 63,2% da PAM quando a veia adjacente recebeu ligadura e de 82,6% quando a mesma recebeu shunt temporario. Quando a arteria adjacente nao sofreu lesao, o shunt venoso apresentou interrupcao do fluxo apos uma reducao de 42,6% da PAM. Nos cenarios de traumatismos arterial e venoso simultaneos, a analise histopatologica pela tecnica de hematoxilina-eosina nao apontou diferenca significativa entre as tecnicas de controle de danos testadas / FAPESP: 2010/17624-9 / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Efeitos do tratamento endovascular dos aneurismas complexos da aorta abdominal na função renal

Souza, Leonardo Reis de January 2017 (has links)
Introdução: O dano à função renal é uma das complicações mais frequentes no tratamento dos aneurismas complexos da aorta e é um importante fator preditivo para outros desfechos desfavoráveis, como mortalidade e tempo de internação hospitalar. As endopróteses fenestradas e ramificadas foram criadas para expandir o uso da técnica endovascular no tratamento do aneurisma de aorta e, embora pareçam ser tão seguras e eficazes quanto as técnicas cirúrgica e endovascular convencional, pouco sabe-se sobre seus efeitos na função renal. Objetivo: Comparar os desfechos renais em pacientes com aneurismas da aorta abdominal (AAA) submetidos a tratamento endovascular convencional e tratamento endovascular com endopróteses fenestradas. Método: Foi realizado um estudo de coortes múltiplas pareadas. Para o grupo dos pacientes submetidos ao tratamento com endopróteses fenestradas, foram incluídos os 67 pacientes da fase de pré-aprovação do estudo da endopórtese Zenith Fenestrated. Estes pacientes foram comparados com 134 indivíduos selecionados por escores de propensão a partir de uma coorte de 739 pacientes do estudo da endoprótese Zenith AAA, nas fases de pré-aprovação e acesso continuado. As variáveis incluídas no pareamento foram idade, gênero, presença de hipertensão, presença de diabetes e valor da taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) préoperatória. O dano renal agudo (DRA) após a intervenção foi aferido a partir dos critérios RIFLE, enquanto os desfechos renais tardios foram avaliados de acordo com a classificação proposta pela National Kidney Foundation para a doença renal crônica (DRC). Resultados: Ambos os grupos tiveram características préoperatórias semelhantes, exceto pelos pacientes submetidos a endopróteses fenestradas apresentarem o diâmetro da aorta no nível da artéria renal pérvia mais baixa maior 11 (25,3 ± 3 mm e 23,9 ± 3, P = 0,003). Nenhum paciente selecionado apresentava-se, originalmente, nas classificações IV ou V de DRC. O seguimento médio foi de 30 ± 20 meses em ambos os grupos. A mortalidade precoce foi de 1,5% em ambos os grupos. Os pacientes submetidos a endopróteses fenestradas apresentaram uma sobrevida a longo prazo maior e não houve diferença significativa na incidência de desfechos adversos maiores. Em 30 dias, a maioria dos pacientes em ambos os grupos não apresentaram DRA (95% no grupo das endopróteses fenestradas e 91% no grupo das endopróteses convencionais, P = 0,80). Apenas dois pacientes, ambos no grupo das endopróteses convencionais, apresentaram dano ou falência renal, um deles necessitando de hemodiálise. Não houve diferença significativa na proporção de pacientes que tiveram um aumento da TFGe maior do que 25% (27% no grupo das endopróteses fenestradas e 42% no grupo das endopróteses convencionais, P = 0,5) ou que progrediram para as classes IV ou V de DRC (7% no grupo das endopróteses fenestradas e 8% no grupo das endopróteses convencionais, P = 0,94). Conclusão: Os efeitos das endopróteses convencionais e fenestradas na função renal de pacientes com AAA e função renal previamente preservada são semelhantes, tanto logo após a intervenção quanto a longo prazo. Esses dados reforçam a ideia de que a escolha do tipo de intervenção deve ser baseada, principalmente, em parâmetros anatômicos. / Background: Renal function deterioration is one of the most common complications following intervention for complex aortic aneurysms. It may result in negative outcomes, as increased length of stay and mortality. Fenestrated and branched endografts (FEVAR) were designed to expand the use of the endovascular technique (EVAR) in treating aortic aneurysms. Although FEVAR appears to be at least as safe and effective as open surgery and conventional endovascular technique, its impact in renal outcomes is not fully understood. Objective: To compare renal outcomes in patients with abdominal aortic aneurysms (AAA) undergone FEVAR or conventional EVAR. Method: A multiple cohort study was performed. The 67 patients from the Zenith Fenestrated Endovascular Graft Trial during the pre-approval phase were included. These patients were compared to 134 patients from the Zenith AAA Endovascular Graft Trial selected by propensity score method. Variables for matching included age, gender, hypertension, diabetes, and pre-operative estimated glomerular filtration rate (eGFR). Acute kidney injury (AKI) after endovascular repair was accessed according to the RIFLE classification system. Late renal outcomes were accessed according to the National Kidney Foundation staging system for chronic kidney disease (CKD). Results: Both groups have similar preoperative characteristics, except for a larger diameter at the lowest patent renal artery in the FEVAR group (25.3 ± 3 mm vs 23.9 ± 3, P = 0.003). There was no patient classified as CKD stages IV or V. Mean follow up was 30 ± 20 months for both groups (P = 0.99). The rate of 30-day or in-hospital mortality was 1.5% for both groups. FEVAR group exhibited higher overall survival, and there was no significant difference in the freedom from major adverse events between 14 both groups. At 30 days, the majority of patients presented with no AKI (95% vs 91%, respectively, in the FEVAR and the EVAR groups; P = 0.80). Only two patients presented with injury or failure (2%), one of them required transient dialysis (1%), both in the EVAR group. There was no significant difference in > 25% decline in eGFR (27% vs 42%, respectively, in the FEVAR and EVAR groups, P = 0.5) or progression to CKD stage IV or V (7% vs 8%, respectively, in the FEVAR and EVAR groups, P = 0.94) at 5-years. Conclusion: Renal function deterioration is similar in patients with AAA and initially preserved renal function treated by FEVAR and conventional EVAR. This data reinforces that the decision on the type of repair in patients with preserved renal function should be based in anatomical parameters.
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Efeitos do tratamento endovascular dos aneurismas complexos da aorta abdominal na função renal

Souza, Leonardo Reis de January 2017 (has links)
Introdução: O dano à função renal é uma das complicações mais frequentes no tratamento dos aneurismas complexos da aorta e é um importante fator preditivo para outros desfechos desfavoráveis, como mortalidade e tempo de internação hospitalar. As endopróteses fenestradas e ramificadas foram criadas para expandir o uso da técnica endovascular no tratamento do aneurisma de aorta e, embora pareçam ser tão seguras e eficazes quanto as técnicas cirúrgica e endovascular convencional, pouco sabe-se sobre seus efeitos na função renal. Objetivo: Comparar os desfechos renais em pacientes com aneurismas da aorta abdominal (AAA) submetidos a tratamento endovascular convencional e tratamento endovascular com endopróteses fenestradas. Método: Foi realizado um estudo de coortes múltiplas pareadas. Para o grupo dos pacientes submetidos ao tratamento com endopróteses fenestradas, foram incluídos os 67 pacientes da fase de pré-aprovação do estudo da endopórtese Zenith Fenestrated. Estes pacientes foram comparados com 134 indivíduos selecionados por escores de propensão a partir de uma coorte de 739 pacientes do estudo da endoprótese Zenith AAA, nas fases de pré-aprovação e acesso continuado. As variáveis incluídas no pareamento foram idade, gênero, presença de hipertensão, presença de diabetes e valor da taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) préoperatória. O dano renal agudo (DRA) após a intervenção foi aferido a partir dos critérios RIFLE, enquanto os desfechos renais tardios foram avaliados de acordo com a classificação proposta pela National Kidney Foundation para a doença renal crônica (DRC). Resultados: Ambos os grupos tiveram características préoperatórias semelhantes, exceto pelos pacientes submetidos a endopróteses fenestradas apresentarem o diâmetro da aorta no nível da artéria renal pérvia mais baixa maior 11 (25,3 ± 3 mm e 23,9 ± 3, P = 0,003). Nenhum paciente selecionado apresentava-se, originalmente, nas classificações IV ou V de DRC. O seguimento médio foi de 30 ± 20 meses em ambos os grupos. A mortalidade precoce foi de 1,5% em ambos os grupos. Os pacientes submetidos a endopróteses fenestradas apresentaram uma sobrevida a longo prazo maior e não houve diferença significativa na incidência de desfechos adversos maiores. Em 30 dias, a maioria dos pacientes em ambos os grupos não apresentaram DRA (95% no grupo das endopróteses fenestradas e 91% no grupo das endopróteses convencionais, P = 0,80). Apenas dois pacientes, ambos no grupo das endopróteses convencionais, apresentaram dano ou falência renal, um deles necessitando de hemodiálise. Não houve diferença significativa na proporção de pacientes que tiveram um aumento da TFGe maior do que 25% (27% no grupo das endopróteses fenestradas e 42% no grupo das endopróteses convencionais, P = 0,5) ou que progrediram para as classes IV ou V de DRC (7% no grupo das endopróteses fenestradas e 8% no grupo das endopróteses convencionais, P = 0,94). Conclusão: Os efeitos das endopróteses convencionais e fenestradas na função renal de pacientes com AAA e função renal previamente preservada são semelhantes, tanto logo após a intervenção quanto a longo prazo. Esses dados reforçam a ideia de que a escolha do tipo de intervenção deve ser baseada, principalmente, em parâmetros anatômicos. / Background: Renal function deterioration is one of the most common complications following intervention for complex aortic aneurysms. It may result in negative outcomes, as increased length of stay and mortality. Fenestrated and branched endografts (FEVAR) were designed to expand the use of the endovascular technique (EVAR) in treating aortic aneurysms. Although FEVAR appears to be at least as safe and effective as open surgery and conventional endovascular technique, its impact in renal outcomes is not fully understood. Objective: To compare renal outcomes in patients with abdominal aortic aneurysms (AAA) undergone FEVAR or conventional EVAR. Method: A multiple cohort study was performed. The 67 patients from the Zenith Fenestrated Endovascular Graft Trial during the pre-approval phase were included. These patients were compared to 134 patients from the Zenith AAA Endovascular Graft Trial selected by propensity score method. Variables for matching included age, gender, hypertension, diabetes, and pre-operative estimated glomerular filtration rate (eGFR). Acute kidney injury (AKI) after endovascular repair was accessed according to the RIFLE classification system. Late renal outcomes were accessed according to the National Kidney Foundation staging system for chronic kidney disease (CKD). Results: Both groups have similar preoperative characteristics, except for a larger diameter at the lowest patent renal artery in the FEVAR group (25.3 ± 3 mm vs 23.9 ± 3, P = 0.003). There was no patient classified as CKD stages IV or V. Mean follow up was 30 ± 20 months for both groups (P = 0.99). The rate of 30-day or in-hospital mortality was 1.5% for both groups. FEVAR group exhibited higher overall survival, and there was no significant difference in the freedom from major adverse events between 14 both groups. At 30 days, the majority of patients presented with no AKI (95% vs 91%, respectively, in the FEVAR and the EVAR groups; P = 0.80). Only two patients presented with injury or failure (2%), one of them required transient dialysis (1%), both in the EVAR group. There was no significant difference in > 25% decline in eGFR (27% vs 42%, respectively, in the FEVAR and EVAR groups, P = 0.5) or progression to CKD stage IV or V (7% vs 8%, respectively, in the FEVAR and EVAR groups, P = 0.94) at 5-years. Conclusion: Renal function deterioration is similar in patients with AAA and initially preserved renal function treated by FEVAR and conventional EVAR. This data reinforces that the decision on the type of repair in patients with preserved renal function should be based in anatomical parameters.
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Habilidades sociais e grau de dependência em pacientes tabagistas internados pela cirurgia vascular em hospital terciário

Cury, Laura Lemos 14 March 2018 (has links)
Submitted by Suzana Dias (suzana.dias@famerp.br) on 2018-10-31T23:00:32Z No. of bitstreams: 1 LauraCury_dissert.pdf: 453805 bytes, checksum: 7eaccabaffe132f003b0b92e9db63548 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-10-31T23:00:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 LauraCury_dissert.pdf: 453805 bytes, checksum: 7eaccabaffe132f003b0b92e9db63548 (MD5) Previous issue date: 2018-03-14 / Tobacco is one of the leading causes of premature death in the world and its dependence is maintained by nicotine and determined by biological, behavioral, psychological and sociocultural processes. Intensified consumption makes abstinence symptoms more probable to appear. The social factors that contributed to the experimentation become less motivating and the dependence happens to be controlled by the avoidance of the symptoms of the abstinence. The continued use of the cigarette causes changes in brain physiology that makes its cessation process something continuous and complex. Some triggers identified as abstinence-hindering refer to deficits in social skills. The term HS is used to designate learned behavioral capacities that involves social interactions. The present study was conducted from February to March 2017 and evaluated and correlated degree of nicotine dependence and social skills in sixty smokers patients hospitalized by vascular surgery team at a general hospital in the interior of the State of São Paulo, with the purpose of suggesting a therapeutic group where the deficits in social skills found in this study will be able to be work on. A descriptive type of search was performed. Participants were approached and invited to participate in the research whose data were analyzed quantitatively. Of the 60 participants, 23 were women and 37 were men, mean age was 62.85 years, with 52.51 years using cigarette. Only 18.33% tried to stop smoking and the beginning of use for them were at 10.33 years. Only 21.66% of the dependents did not have a smoker's family member, and 5% reported that their support group were non-smoker. According to the Fagerström test for nicotine, the majority of the evaluated patients have low and medium degree of dependence (adding up the two values). For social skills, the total scores for both genders correlate with the Fagerström test, which shows that the more dependent the more socially skilled, which may mean that the tobacco user feels socially skillful without being, if it is so, largely from a social skills training as part of the smoking cessation treatment. / O tabaco é uma das principais causas de morte prematura no mundo e sua dependência é mantida pela nicotina e determinada por processos biológicos, comportamentais, psicológicos e socioculturais. O consumo intensificado torna possível o surgimento dos sintomas de abstinência. Os fatores sociais que contribuíram para a experimentação passam a ser menos motivadores e a dependência passa a ser controlada pela evitação dos sintomas da abstinência. O uso contínuo do cigarro causa alterações na fisiologia cerebral que farão o processo de cessação do mesmo ser contínuo e complexo. Alguns gatilhos identificados como dificultadores da abstinência referem-se a déficits em habilidades sociais. O termo HS é utilizado para designar capacidades comportamentais aprendidas que envolvem interações sociais. O presente trabalho foi realizado de fevereiro à março de 2017 e avaliou e correlacionou grau de dependência de nicotina e habilidades sociais em sessenta pacientes tabagistas internados pela equipe de cirurgia vascular em um hospital geral do interior do Estado de São Paulo com o intuito de sugerir um grupo terapêutico para que os déficits em habilidades sociais encontrados sejam trabalhados posteriormente. Foi realizada uma pesquisa do tipo descritiva. Os participantes foram abordados e convidados a participar da pesquisa cujos dados obtidos foram analisados quantitativamente. Dos 60 participantes, 23 eram mulheres e 37 eram homens, de idade média de 62,85 anos, com 52,51 anos de uso de cigarro. Apenas 18,33% tentaram parar de fumar e o início do uso foi aos 10,33 anos. Apenas 21,66% dos dependentes não possuíam nenhum familiar também tabagista e 5% referiu que o grupo de apoio não era fumante. Segundo o teste Fagerström para Nicotina a maioria dos avaliados encontra-se com grau de dependência baixa e média (somando-se os dois valores). Quanto as habilidades sociais os escores totais para ambos os gêneros correlacionam -se com o teste de Fagerström, o que mostra que quanto mais dependente mais habilidoso socialmente, o que pode significar que o usuário do tabaco se sinta habilidoso socialmente sem o ser, beneficiando-se assim, largamente de um treino de habilidades sociais como parte do tratamento de cessação do tabagismo.
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O desenho da alça vascular arteriovenosa não interfere na sua patência: estudo experimental na pata de coelho / The design of arteriovenous vascular loop does not interfere with its patency: experimental study in the rabbit\'s paw

Saito, Mateus 08 December 2016 (has links)
Introdução: as alças vasculares podem prover o suprimento sanguíneo adequado para um retalho microcirúrgico em um leito desfavorável, como fratura exposta ou área irradiada após a ressecção de tumores. Apesar de realizadas na prática clínica, há falta de estudos demonstrando quais os fatores são responsáveis pelo seu sucesso. Objetivo: avaliar, em coelhos, qual é a influência do desenho da alça de veia femoral com anastomose na artéria femoral, na presença de fluxo (patência) após sete dias. Método: Trinta e nove coelhos foram submetidas à microanastomose arteriovenosa com técnica microcirúrgica. As alças foram acomodadas em dois desenhos, um, chamado \"circular\" e outro, o mais alongado possível sem dobras na alça. Os parâmetros avaliados foram: presença ou não de fluxo, sinais de hemólise, alterações hemodinâmicas sofridas pela veia submetida à pressão arterial. Resultados: Após sete dias, o fluxo estava presente em 68% das alças \"anguladas\" e em 75% das alças \"circulares\" (p > 0,05). Houve, intragrupo, diminuição estatisticamente significante da pCO2 e aumento estatisticamente significante do pH. Não houve diferença estatisticamente significante no restante dos parâmetros avaliados entre os dois modelos de alça. Conclusão: O desenho da alça vascular arteriovenosa na pata do coelho não interfere na sua patência em um período de sete dias / Introduction: the vascular loops can provide adequate blood supply to a microsurgical flap in an unfavorable bed as open fracture or irradiated area after resection of tumors. Although performed in clinical practice, there is a lack of studies showing which factors are responsible for their success. Objective: To evaluate, in rabbits, which is the influence in the presence of flow (patency) of femoral vein loop design in anastomosis of the femoral artery after seven days. Method: Thirty-nine rabbits were subjected to arteriovenous microanastomosis with microsurgical technique. The loops were accommodated in two designs, one named \"circular\" and the other, the more elongated possible without folds. The parameters evaluated were: presence or absence of flow, hemolysis, hemodynamic changes suffered by vein submitted to blood pressure. Results: After seven days, the flow was present in 68% of angled loops and 75% of the \"circular\" loops (p > 0.05). There was intra-group, statistically significant decrease in the pCO2 and statistically significant increase in pH. There was no statistically significant difference in the rest of the parameters evaluated between the two loop models. Conclusion: The design of arteriovenous vascular loops in the rabbit paw does not interfere with its patency over a period of seven days
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O desenho da alça vascular arteriovenosa não interfere na sua patência: estudo experimental na pata de coelho / The design of arteriovenous vascular loop does not interfere with its patency: experimental study in the rabbit\'s paw

Mateus Saito 08 December 2016 (has links)
Introdução: as alças vasculares podem prover o suprimento sanguíneo adequado para um retalho microcirúrgico em um leito desfavorável, como fratura exposta ou área irradiada após a ressecção de tumores. Apesar de realizadas na prática clínica, há falta de estudos demonstrando quais os fatores são responsáveis pelo seu sucesso. Objetivo: avaliar, em coelhos, qual é a influência do desenho da alça de veia femoral com anastomose na artéria femoral, na presença de fluxo (patência) após sete dias. Método: Trinta e nove coelhos foram submetidas à microanastomose arteriovenosa com técnica microcirúrgica. As alças foram acomodadas em dois desenhos, um, chamado \"circular\" e outro, o mais alongado possível sem dobras na alça. Os parâmetros avaliados foram: presença ou não de fluxo, sinais de hemólise, alterações hemodinâmicas sofridas pela veia submetida à pressão arterial. Resultados: Após sete dias, o fluxo estava presente em 68% das alças \"anguladas\" e em 75% das alças \"circulares\" (p > 0,05). Houve, intragrupo, diminuição estatisticamente significante da pCO2 e aumento estatisticamente significante do pH. Não houve diferença estatisticamente significante no restante dos parâmetros avaliados entre os dois modelos de alça. Conclusão: O desenho da alça vascular arteriovenosa na pata do coelho não interfere na sua patência em um período de sete dias / Introduction: the vascular loops can provide adequate blood supply to a microsurgical flap in an unfavorable bed as open fracture or irradiated area after resection of tumors. Although performed in clinical practice, there is a lack of studies showing which factors are responsible for their success. Objective: To evaluate, in rabbits, which is the influence in the presence of flow (patency) of femoral vein loop design in anastomosis of the femoral artery after seven days. Method: Thirty-nine rabbits were subjected to arteriovenous microanastomosis with microsurgical technique. The loops were accommodated in two designs, one named \"circular\" and the other, the more elongated possible without folds. The parameters evaluated were: presence or absence of flow, hemolysis, hemodynamic changes suffered by vein submitted to blood pressure. Results: After seven days, the flow was present in 68% of angled loops and 75% of the \"circular\" loops (p > 0.05). There was intra-group, statistically significant decrease in the pCO2 and statistically significant increase in pH. There was no statistically significant difference in the rest of the parameters evaluated between the two loop models. Conclusion: The design of arteriovenous vascular loops in the rabbit paw does not interfere with its patency over a period of seven days
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Desenvolvimento e aplicação prática de shunt vascular temporário por punção: estudo experimental em porcos / Development and practical application of a puncture temporary vascular shunt: an experimental study in pigs

Gornati, Vitor Cervantes 15 October 2018 (has links)
Os shunts vasculares temporários (SVT) são utilizados como uma técnica eficaz para reestabelecer rapidamente o fluxo sanguíneo em casos de lesão vascular com isquemia do membro ou órgão acometido, no qual a revascularização deverá ser postergada. Habitualmente, o SVT é inserido dentro dos cotos proximal e distal do vaso lesado através de uma abertura na pele, visando restaurar a perfusão e interromper a isquemia. O objetivo deste estudo é comparar a pressão arterial média (PAM em mmHg) e o fluxo sanguíneo (em ml/min) em dois modelos de SVT, um habitual e outro implantado por punção, bem como o tempo para a inserção destes dispositivos e suas patências primária e secundária. Realizamos experimentos em 30 suínos, somando 60 intervenções de revascularização arterial temporária dos membros posteriores: trinta SVT habituais e trinta por punção. Analisamos a PAM durante os procedimentos nos membros posteriores e o fluxo através dos dois tipos de SVT. A análise de fluxo mostrou uma diferença significativa entre os SVT testados (p=0,001), sendo menor no grupo SVT por punção. No entanto, o tempo decorrido (min) para inserção do SVT habitual foi maior do que o tempo para inserção do SVT por punção (15,32 ± 3,08 vs. 10,37 ± 1,7, p=0,001). Além disso, observamos uma recuperação da PAM nos membros submetidos aos dois tipos de SVT próxima à PAM sistêmica em 100% dos experimentos. Os resultados revelaram patência primária, secundária, e taxa de complicações similares entre os dois tipos de SVT. Concluímos que o fluxo foi menor no SVT por punção, mas a recuperação da PAM foi semelhante e com menor tempo de inserção do SVT por punção / Temporary vascular shunts (TVS) are used as an effective technique to rapidly restore blood flow in cases of vascular injury with ischemia of the affected limb or organ, in which revascularization shall be postponed. Usually, TVS is positioned within the proximal and distal stumps of the injured vessel, through an opening of the skin, in order to restore perfusion and stop the ischemia. We sought to compare mean blood pressure (MBP in mmHg) and blood flow (ml/min) between two types of TVS, a standard one and a puncture one, as well as the time spent to insert these devices. We performed an experimental study on 30 pigs, including 60 vascular interventions in posterior limbs: thirty standard TVS and thirty puncture TVS. MBP was analyzed during the interventions in both posterior limbs and the flow through both types of TVS. Flow analysis revealed a significant difference between the two types of TVS (p=0,001), being lower in the puncture TVS. However, the time spent during standard TVS insertion was greater than that of the puncture shunt (15,32 ± 3,08 min vs.10,37 ± 1,7 min, p=0,001). In addition, we observed a limb MBP recovery close to systemic MBP in 100% of the experiments. The results show similar primary and secondary patency and complication rate in both TVS types. Therefore, we conclude that the flow was lower in the puncture TVS, but the MBP recovery was similar and it took less time to be inserted
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Determinação de incidência, preditores e escores de risco de complicações cardiovasculares e óbito total, em 30 dias e após 1ano da cirurgia, em pacientes submetidos a cirurgias vasculares arteriais eletivas / Incidence, predictors, risk scores of cardiovascular complications, and total death rate within 30 days and 1 year after elective arterial surgery

Smeili, Luciana Andréa Avena 30 April 2015 (has links)
Introdução: Estima-se que ocorram 2,5 milhões de mortes por ano relacionadas a cirurgias não cardíacas e cinco vezes este valor para morbidade, com limitações funcionais e redução na sobrevida em longo prazo. Pacientes que deverão ser submetidos à cirurgia vascular são considerados de risco aumentado para eventos adversos cardiovasculares no pós-operatório. Há, ainda, muitas dúvidas em como fazer uma avaliação pré-operatória mais acurada desses pacientes. Objetivo: Em pacientes submetidos à cirurgia vascular arterial eletiva, avaliar a incidência e preditores de complicações cardiovasculares e/ou óbito total, e calcular a performance dos modelos de estratificação de risco mais utilizados. Métodos: Em pacientes adultos, consecutivos, operados em hospital terciário, determinou-se a incidência de complicações cardiovasculares e óbitos, em 30 dias e em um ano. Comparações univariadas e regressão logística avaliaram os fatores de risco associados com os desfechos e a curva ROC (receiver operating characteristic) examinou a capacidade discriminatória do Índice de Risco Cardíaco Revisado (RCRI) e do Índice de Risco Cardíaco do Grupo de Cirurgia Vascular da New England (VSG-CRI). Resultados: Um total de 141 pacientes (idade média 66 anos, 65% homens) realizou cirurgia de: carótida 15 (10,6%), membros inferiores 65 (46,1%), aorta abdominal 56 (39,7%) e outras (3,5%). Complicações cardiovasculares e óbito ocorreram, respectivamente, em 28 (19,9%) e em 20 (14,2%), em até 30 dias, e em 20 (16,8%) e 10 (8,4%), de 30 dias a um ano. Complicações combinadas ocorreram em 39 (27,7%) pacientes em até 30 dias e em 21 (17,6%) de 30 dias a um ano da cirurgia. Para eventos em até 30 dias, os preditores de risco encontrados foram: idade, obesidade, acidente vascular cerebral, capacidade funcional ruim, cintilografia com hipocaptação transitória, cirurgia aberta, cirurgia de aorta e troponina alterada. Os escores Índice de Risco Cardíaco Revisado (RCRI) e Índice de Risco Cardíaco do Grupo de Estudo Vascular da New England (VSG-CRI) obtiveram AUC (area under curve) de 0,635 e 0,639 para complicações cardiovasculares precoces e 0,562 e 0,610 para óbito em 30 dias, respectivamente. Com base nas variáveis preditoras aqui encontradas, testou-se um novo escore pré-operatório que obteve AUC de 0,747, para complicações cardiovasculares precoces, e um escore intraoperatório que apresentou AUC de 0,840, para óbito em até 30 dias. Para eventos tardios (de 30 dias a 1 ano), os preditores encontrados foram: capacidade funcional ruim, pressão arterial sistólica, cintilografia com hipocaptação transitória, ASA (American Society of Anesthesiologists Physical Status) classe > II, RCRI (AUC 0,726) e troponina alterada. Conclusões: Nesse grupo pequeno e selecionado de pacientes de elevada complexidade clínica, submetidos à cirurgia vascular arterial, a incidência de eventos adversos foi elevada. Para complicações em até 30 dias, mostramos que os índices de avaliação de risco mais utilizados até o momento (RCRI e VSG-CRI) não apresentaram boa performance em nossa amostra. A capacidade preditiva de um escore mais amplo pré-operatório, e uma análise de risco em dois tempos: no pré-operatório e no pós-operatório imediato, como o que simulamos, poderá ser mais efetiva em estimar o risco de complicações / Introduction: Approximately 2.5 million deaths are caused by non-cardiac surgeries per year, while morbidity, represented by functional impairment and a decline in long-term survival, accounts for five times this value. Patients who require a vascular surgery are considered at an increased risk for adverse cardiovascular events in the postoperative period. However, the method for obtaining a more accurate preoperative evaluation in these patients has not yet been determined. Objective: In patients undergoing elective arterial vascular surgery, the incidence and predictors of cardiovascular complications and/or total death were determined and the performance of risk stratification models was assessed. Methods: The incidence of cardiovascular complications and death within 30 days and 1 year after vascular surgery was determined in consecutive adult patients operated in a tertiary hospital. Univariate comparison and logistic regression analysis were used to evaluate risk factors associated with the outcome, and the receiver operating characteristic (ROC) curve determined the discriminatory capacity of the Revised Cardiac Risk Index (RCRI) and the Cardiac Risk Index of the New England Vascular Surgery Group (VSG-CRI). Results: In all, 141 patients (mean age, 66 years; 65% men) underwent vascular surgery, namely for the carotid arteries (15 [10.6%]), inferior limbs (65 [46.1%]), abdominal aorta (56 [39.7%]), and others (5 [3.5%]). Cardiovascular complications and death occurred in 28 (19.9%) and 20 (14.2%) patients, respectively, within 30 days after surgery, and in 20 (16.8%) and 10 (8.4%) patients, respectively, between 30 days and 1 year after the surgical procedure. Combined complications occurred in 39 patients (27.7%) within 30 days and in 21 patients (17.6%) between 30 days and 1 year after surgery. The risk predictors for cardiovascular events that occurred within 30 days were age, obesity, stroke, poor functional capacity, transitory myocardial hypocaptation on scintigraphy, open surgery, aortic surgery, and abnormal troponin levels. The RCRI and VSG-CRI showed an under the curve area of 0.635 and 0.639 for early cardiovascular complications as well as of 0.562 and 0.610 for death within 30 days, respectively. Based on the predictors found in this study, a new preoperative score was proposed, based on an AUC of 0.747 obtained for early cardiovascular complications and an intraoperative score that presented an AUC of 0.840 for death within 30 days. For late events (between 30 days and 1 year), the predictors were poor functional capacity, systolic blood pressure, presence of transitory myocardial hypocaptation on scintigraphy, class > II American Society of Anesthesiologists Physical Status score, RCRI (AUC= 0.726), and abnormal troponin levels. Conclusions: In this small group of patients with increased clinical complexity who underwent arterial surgery, the incidence of adverse events was high. In our series, we found that RCRI and VSG-CRI do not reasonably predict the risk of cardiovascular complications. The predictive capacity of a modified preoperative score and evaluating the risk preoperatively and early postoperatively, such as that simulated in this study, may be more effective in determining the risk of complications
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Determinação de incidência, preditores e escores de risco de complicações cardiovasculares e óbito total, em 30 dias e após 1ano da cirurgia, em pacientes submetidos a cirurgias vasculares arteriais eletivas / Incidence, predictors, risk scores of cardiovascular complications, and total death rate within 30 days and 1 year after elective arterial surgery

Luciana Andréa Avena Smeili 30 April 2015 (has links)
Introdução: Estima-se que ocorram 2,5 milhões de mortes por ano relacionadas a cirurgias não cardíacas e cinco vezes este valor para morbidade, com limitações funcionais e redução na sobrevida em longo prazo. Pacientes que deverão ser submetidos à cirurgia vascular são considerados de risco aumentado para eventos adversos cardiovasculares no pós-operatório. Há, ainda, muitas dúvidas em como fazer uma avaliação pré-operatória mais acurada desses pacientes. Objetivo: Em pacientes submetidos à cirurgia vascular arterial eletiva, avaliar a incidência e preditores de complicações cardiovasculares e/ou óbito total, e calcular a performance dos modelos de estratificação de risco mais utilizados. Métodos: Em pacientes adultos, consecutivos, operados em hospital terciário, determinou-se a incidência de complicações cardiovasculares e óbitos, em 30 dias e em um ano. Comparações univariadas e regressão logística avaliaram os fatores de risco associados com os desfechos e a curva ROC (receiver operating characteristic) examinou a capacidade discriminatória do Índice de Risco Cardíaco Revisado (RCRI) e do Índice de Risco Cardíaco do Grupo de Cirurgia Vascular da New England (VSG-CRI). Resultados: Um total de 141 pacientes (idade média 66 anos, 65% homens) realizou cirurgia de: carótida 15 (10,6%), membros inferiores 65 (46,1%), aorta abdominal 56 (39,7%) e outras (3,5%). Complicações cardiovasculares e óbito ocorreram, respectivamente, em 28 (19,9%) e em 20 (14,2%), em até 30 dias, e em 20 (16,8%) e 10 (8,4%), de 30 dias a um ano. Complicações combinadas ocorreram em 39 (27,7%) pacientes em até 30 dias e em 21 (17,6%) de 30 dias a um ano da cirurgia. Para eventos em até 30 dias, os preditores de risco encontrados foram: idade, obesidade, acidente vascular cerebral, capacidade funcional ruim, cintilografia com hipocaptação transitória, cirurgia aberta, cirurgia de aorta e troponina alterada. Os escores Índice de Risco Cardíaco Revisado (RCRI) e Índice de Risco Cardíaco do Grupo de Estudo Vascular da New England (VSG-CRI) obtiveram AUC (area under curve) de 0,635 e 0,639 para complicações cardiovasculares precoces e 0,562 e 0,610 para óbito em 30 dias, respectivamente. Com base nas variáveis preditoras aqui encontradas, testou-se um novo escore pré-operatório que obteve AUC de 0,747, para complicações cardiovasculares precoces, e um escore intraoperatório que apresentou AUC de 0,840, para óbito em até 30 dias. Para eventos tardios (de 30 dias a 1 ano), os preditores encontrados foram: capacidade funcional ruim, pressão arterial sistólica, cintilografia com hipocaptação transitória, ASA (American Society of Anesthesiologists Physical Status) classe > II, RCRI (AUC 0,726) e troponina alterada. Conclusões: Nesse grupo pequeno e selecionado de pacientes de elevada complexidade clínica, submetidos à cirurgia vascular arterial, a incidência de eventos adversos foi elevada. Para complicações em até 30 dias, mostramos que os índices de avaliação de risco mais utilizados até o momento (RCRI e VSG-CRI) não apresentaram boa performance em nossa amostra. A capacidade preditiva de um escore mais amplo pré-operatório, e uma análise de risco em dois tempos: no pré-operatório e no pós-operatório imediato, como o que simulamos, poderá ser mais efetiva em estimar o risco de complicações / Introduction: Approximately 2.5 million deaths are caused by non-cardiac surgeries per year, while morbidity, represented by functional impairment and a decline in long-term survival, accounts for five times this value. Patients who require a vascular surgery are considered at an increased risk for adverse cardiovascular events in the postoperative period. However, the method for obtaining a more accurate preoperative evaluation in these patients has not yet been determined. Objective: In patients undergoing elective arterial vascular surgery, the incidence and predictors of cardiovascular complications and/or total death were determined and the performance of risk stratification models was assessed. Methods: The incidence of cardiovascular complications and death within 30 days and 1 year after vascular surgery was determined in consecutive adult patients operated in a tertiary hospital. Univariate comparison and logistic regression analysis were used to evaluate risk factors associated with the outcome, and the receiver operating characteristic (ROC) curve determined the discriminatory capacity of the Revised Cardiac Risk Index (RCRI) and the Cardiac Risk Index of the New England Vascular Surgery Group (VSG-CRI). Results: In all, 141 patients (mean age, 66 years; 65% men) underwent vascular surgery, namely for the carotid arteries (15 [10.6%]), inferior limbs (65 [46.1%]), abdominal aorta (56 [39.7%]), and others (5 [3.5%]). Cardiovascular complications and death occurred in 28 (19.9%) and 20 (14.2%) patients, respectively, within 30 days after surgery, and in 20 (16.8%) and 10 (8.4%) patients, respectively, between 30 days and 1 year after the surgical procedure. Combined complications occurred in 39 patients (27.7%) within 30 days and in 21 patients (17.6%) between 30 days and 1 year after surgery. The risk predictors for cardiovascular events that occurred within 30 days were age, obesity, stroke, poor functional capacity, transitory myocardial hypocaptation on scintigraphy, open surgery, aortic surgery, and abnormal troponin levels. The RCRI and VSG-CRI showed an under the curve area of 0.635 and 0.639 for early cardiovascular complications as well as of 0.562 and 0.610 for death within 30 days, respectively. Based on the predictors found in this study, a new preoperative score was proposed, based on an AUC of 0.747 obtained for early cardiovascular complications and an intraoperative score that presented an AUC of 0.840 for death within 30 days. For late events (between 30 days and 1 year), the predictors were poor functional capacity, systolic blood pressure, presence of transitory myocardial hypocaptation on scintigraphy, class > II American Society of Anesthesiologists Physical Status score, RCRI (AUC= 0.726), and abnormal troponin levels. Conclusions: In this small group of patients with increased clinical complexity who underwent arterial surgery, the incidence of adverse events was high. In our series, we found that RCRI and VSG-CRI do not reasonably predict the risk of cardiovascular complications. The predictive capacity of a modified preoperative score and evaluating the risk preoperatively and early postoperatively, such as that simulated in this study, may be more effective in determining the risk of complications

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