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Influência da infusão contínua e central de agonista CB1 sobre o comportamento materno de ratas lactantes e consequências comportamentais nos descendentes

COSTA, Heloísa Helena Vilela 11 March 2013 (has links)
Tem sido demonstrado que a administração sistêmica de canabinóides em ratas lactantes prejudica o comportamento materno. Portanto, objetivou-se determinar quais são, especificamente, as alterações provocadas neste cuidado materno mediante infusão crônica central de agonista do receptor CB1 (WIN 55,212-2) nas doses de 10 e 100nmol. As análises do comportamento materno foram realizadas em 4 sessões diárias (3 durante a fase clara e 1 durante a fase escura) de 72 minutos cada, sendo registradas de 3 em 3 minutos totalizando 25 observações por sessão (portanto, 100 observações diárias). O resultado das análises, durante a infusão da droga, indicou diminuição do tempo de lambida e consequente aumento no tempo que as ratas passam alimentando-se. Mesmo após o período de infusão da droga (7 dias), o comportamento materno total permaneceu diminuído. Como interferências sofridas durante o período neonatal que provoquem variações no cuidado materno podem persistir e influenciar o fenótipo dos filhotes, foram verificadas possíveis alterações comportamentais em respostas de ansiedade e medo na prole quando em idade adulta. Para tanto, os filhotes machos e fêmeas (quando completaram 8 semanas de vida), foram submetidos aos testes de campo aberto, labirinto em cruz elevado e medo condicionado ao contexto. Os resultados encontrados mostram que os filhotes machos apresentam menor latência para exibição do primeiro freezing no teste de medo. Por outro lado, as fêmeas apresentaram somente elevação da pressão arterial quando submetidas ao mesmo teste. Em conjunto, os resultados sugerem que canabinóides diminuem o cuidado materno em ratas lactantes, principalmente a lambida, e mesmo após a suspensão da infusão da droga, a redução do comportamento materno total permanece. Essa diminuição do cuidado materno refletiu principalmente nos filhotes machos, aumentando respostas relacionadas ao medo. / It has been demonstrated that systemic administration of cannabinoids in lactating rodents affect maternal behavior. Therefore, the objective was to determine what changes, specifically, in maternal care caused by chronic infusion of central CB1 receptor agonist (WIN 55,212-2) at doses of 10 and 100nmol. Analyses of maternal behavior were performed in 4 sessions daily (3 during the light phase and 1 during the dark phase) of 72 minutes each, being recorded from 3 in 3 minutes totaling 25 observations per session (so 100 daily observations) . The result of the analysis, during infusion of the drug, indicated decreased time to licking and consequent increase in the time that the rat is feeding. Even after the period of drug infusion (7 days), the total maternal behavior remained decreased. How interference occurred during the neonatal period that cause variations in maternal care may persist and influence the phenotype of the offspring, were evaluated possible changes in anxiety and fear responses in the offspring when in adulthood. Therefore, males and females puppies (when completed 8 weeks of life), were tested in the open-field, elevated plus maze and fear conditioning to context. The results show that male offspring have lower latency to display the first freezing in this fear test. Moreover, the females showed only elevated blood pressure when subjected to the same test. Together, the results suggest that cannabinoids decrease maternal care in lactating rats, mainly licking, and even after cessation of drug infusion, the reduction of total maternal behavior remains. This decrease in maternal care reflected mainly in male offspring, increasing responses related to fear. / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
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Efeitos da modulação do sistema endocanabinoide na interação social e extinção da memória aversiva em macacos-prego (Sapajus spp)

Gonczarowska, Natália 26 February 2016 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Ciências Fisiológicas, Programa de Pós Graduação em Biologia Animal, 2016. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2016-05-24T15:32:34Z No. of bitstreams: 1 2016_NataliaGonczarowska.pdf: 1722860 bytes, checksum: 327d5397e78bfe73b1a53cf7328f19d7 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2016-05-24T18:41:38Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2016_NataliaGonczarowska.pdf: 1722860 bytes, checksum: 327d5397e78bfe73b1a53cf7328f19d7 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-05-24T18:41:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2016_NataliaGonczarowska.pdf: 1722860 bytes, checksum: 327d5397e78bfe73b1a53cf7328f19d7 (MD5) / O Sistema Endocanabinoide (SE) é um importante modulador em diferentes funções neurais, incluindo a memória e as emoções. Sabe-se que alterações no funcionamento deste sistema estão envolvidas em várias desordens neurológicas, como os transtornos do espectro do autismo (TEA). Disfunções na interação social e na extinção de memória aversiva são duas das manifestações características de humanos com TEA. Nesse sentido, o presente estudo avaliou o papel do SE na interação social e extinção de memória aversiva em Sapajus spp a partir do bloqueio do receptor CB1 pelo seu antagonista AM 251. O trabalho foi dividido em dois estudos. No primeiro, foram observados os comportamentos sociais e não-sociais de cinco machos após administração de AM 251 nas doses de 3,0, 1,0 e 0,3 mg/kg, i.m. e da solução veículo. Observou-se uma tendência à diminuição de comportamentos sociais na maior dose, corroborando estudos realizados em roedores, que indicam o papel importante do receptor CB1 na interação social dos indivíduos. Os comportamentos de vigilância e locomoção não foram alterados. No segundo estudo, oito macacos-prego foram divididos em dois grupos: controle e AM 251. Estes animais foram encaminhados a um viveiro de testes, onde tinham acesso a uma “caixa-surpresa”. Os sujeitos passaram por três etapas experimentais. A primeira consistiu em sessões de habituação, para que cada animal aprendesse a encontrar alimento dentro da caixa. Na segunda, os animais foram tratados com veículo ou AM 251 (3,0 mg/kg, i.m.) 30 minutos antes da sessão. Nesta sessão os sujeitos foram mantidos na “caixa-surpresa” próximos à uma serpente viva por 5 segundos. A terceira etapa consistiu em 5 sessões, idênticas à primeira, e foi medida a latência de retorno dos animais à “caixa-surpresa”. Não foi observada diferença significativa entre os grupos para latência de retorno à caixa. Estes resultados sugerem que o AM 251 não alterou o processo de extinção da memória aversiva. O protocolo utilizado neste estudo apresentou um potencial como método de avaliação de extinção de memória aversiva em macacos-prego. Em conjunto, os resultados indicam que o receptor CB1 pode participar da modulação de comportamentos sociais. _______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The Endocannabinoid System (ES) is an important modulator of different neural functions, including memory and emotions. Changes in the ES’s activity is known to play a role in several neurological disorders, such as autism spectrum disorders (ASD). Impairment of social interactions and in aversive memory extinction are two of the many symptoms of humans with ASD. In this sense, this study evaluated the ES’s role in social interaction and aversive memory extinction in Sapajus spp by blocking the CB1 receptor with the antagonist AM 251. This work was divided into two studies. In the first study, we observed the social and non-social behaviors of five males after AM 251 administration at the doses of 3,0, 1,0 and 0,3 mg/kg, i.m. and vehicle. Social behavior tended to decrease at the dose of 3,0 mg/kg, corroborating studies in rodents that indicated an important role of the CB1 receptor in the social interaction of the subjects. No changes were observed in vigilance and locomotion. In the second study, eight capuchin monkeys were divided in two groups: control and AM 251. These animals were sent to a test cage, where they had access to a “surprise box”, during three experimental stages. The first one consisted in habituation sessions where subjects learnt to find food inside the box. In the second stage, the animals were treated with vehicle or AM 251 (3,0 mg/kg, i.m.) 30 minutes before the session. In this session, the subjects were kept inside the “surprise box” in close proximity to a live snake for 5 seconds. The third stage consisted of five sessions, identical to the first, and was measured latency to return to the “surprise box” was measured. There was no significant difference between the groups in terms of the return latency. These results suggest that AM 251 did not change aversive memory extinction. The protocol used in this study is a potentially method to evaluate aversive memory extinction in capuchin monkeys. Taken together, the results indicate that the CB1 receptor may participate in the modulation of social behaviors.
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Participação do sistema canabinoide em processos oxidativo e inflamatório relacionados à neurodegeneração in vitro. / Participation of the cannabinoid system in oxidative and inflammatory processes related to neurodegeneration in vitro.

Silva, Hadassa Batinga da 08 December 2014 (has links)
A ativação do receptor CB1, leva a modulação de processos intracelulares que muda a resposta celular de acordo com o estímulo, além de estar envolvida em mecanismos de proliferação, diferenciação, movimentação e morte celular. O objetivo desse trabalho foi avaliar a participação desse sistema em processos oxidativo e inflamatório relacionados à neurodegeneração in vitro. Foi utilizado a linhagem de neuroblastoma Neuro2a diferenciada em células dopaminérgicas que foram expostas a três condições: com 6OHDA, H2O2 e LPS e co-tratadas com o agonista do receptor CB1 ACEA e o antagonista/agonista inverso AM251 por 24 horas. Utilizamos parâmetros funcionais de viabilidade celular, produção de espécies reativas de oxigênio e técnica de western blot. O tratamento com ACEA ou ACEA/AM251 produziram um aumento da viabilidade celular nos três modelos de exposição propostos; redução da produção de espécies reativas de oxigênio e ativação da via da proteína ERK1/2, além da inibição da morte celular pela diminuição da expressão da caspase 3. Concluímos que os canabinoides escolhidos foram capazes de proteger as células dopaminérgicas do dano oxidativo e inflamatório através do aumento da sobrevida celular por diminuição da produção de ROS. / The CB1 receptor activation leads to modulation of intracellular processes that change the cellular response according to the stimulus, as well as being involved in mechanisms of proliferation, differentiation, cell movement and death. The present study evaluated the participation of this system in oxidative and inflammatory processes related to neurodegeneration in vitro. We have used the Neuro2A neuroblastoma lineage, which those were differentiated into dopaminergic cells, and exposed to 6OHDA, H2O2 and LPS. They were co-treated with ACEA, CB1 receptor agonist, and AM251, the CB1 receptor antagonist/inverse agonist, for 24 hours. We used functional parameters of cell viability, production of reactive oxygen species and protein analyses by western blot. Treatment with ACEA or ACEA/AM251 produced an increase in cell viability; reduced production of reactive oxygen species and activation of the ERK1/2 protein, in addition to inhibition of cell death by decreasing the expression of caspase 3 in all three models proposed. We concluded that chosen cannabinoids were able to protect dopaminergic cells from oxidative damage and inflammation through the increased cell survival by decreasing the production of ROS.
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O potencial terapêutico de compostos canabinoides em um modelo in vitro de morte neuronal. / The therapeutic potential of cannabinoid compounds in an in vitro model of neuronal death.

Vrechi, Talita Aparecida de Moraes 08 April 2016 (has links)
A neurodegeneração é o resultado da destruição progressiva e irreversível dos neurônios no sistema nervoso central, apresentando causas desconhecidas e mecanismos patológicos não totalmente elucidados. Fatores como a idade, o aumento da formação de radicais livres e/ou estresse oxidativo, defeito no metabolismo energético, a inflamação e acúmulo de elementos neurotóxicos e de proteínas malformadas no lúmen do retículo endoplasmático (RE) contribuem para o desenvolvimento dos processos neurodegenerativos. O sistema canabinoide tem sido proposto como neuroprotetor em diversos modelos de neurodegeneração como hipóxia aguda e epilepsia, isquemia cerebral, lesão cerebral e modelos de estresse oxidativo. Assim, este trabalho teve como objetivo investigar o papel do sistema canabinoide em uma linhagem de neuroblastoma (Neuro 2a) submetida a condições de estresse oxidativo (H2O2), inflamação (LPS) e estresse do RE (tunicamicina), avaliando parâmetros de viabilidade celular e vias de sinalização envolvidas. Nossos resultados mostram que o agonista canabinoide ACEA foi capaz de proteger as células da morte celular causada pela inflamação e pelo estresse de retículo endoplasmático, mas não pelo estresse oxidativo. Esse efeito neuroprotetor exercido pelo ACEA parece pelo menos em parte ocorrer via receptor CB1 no modelo de inflamação e ser independente deste receptor no modelo de estresse de RE. Os efeitos neuroprotetores observados envolveram a modulação dos níveis de proteínas pré-apoptóticas, CHOP e Caspase 12, e da proteína relacionada à sobrevivência celular ERK 1/2. Nossos dados sugerem um papel neuroprotetor do sistema canabinoide em mecanismos relacionados aos processos neurodegenerativos e propõem a manipulação desse sistema como possível alvo terapêutico. / Neurodegeneration is the result of progressive and irreversible destruction of neurons in the central nervous system, with unknown causes and pathological mechanisms not fully elucidated. Factors such as age, increased formation of free radicals and/or oxidative stress, defects in energetic metabolism, inflammation and accumulation of neurotoxic factors and misfolded proteins in the lumen of the endoplasmic reticulum (ER) contribute to the development of neurodegenerative processes. The cannabinoid system has been proposed as neuroprotector in several models of neurodegeneration such as acute hypoxia and epilepsy, cerebral ischaemia, brain injury and oxidative stress models. This work aimed to investigate the role of the cannabinoid system in a neuroblastoma line (Neuro 2a) submitted to oxidative stress (H2O2), inflammation (LPS) and ER stress (tunicamycin) conditions, assessing cell viability parameters and signaling pathways involved. Our results show that the ACEA cannabinoid agonist was able to protect cells from cell death caused by inflammation and ER stress, but not from oxidative stress. This neuroprotective effect exerted by ACEA appears to occur at least in part via the CB1 receptor in inflammation model and it seems to be independent of this receptor in the ER stress model. The neuroprotective effects observed involved the modulation of the levels of pre-apoptotic proteins CHOP and Caspase 12 and the cell survival related protein ERK 1/2. Our data suggest a neuroprotective role of the cannabinoid system in mechanisms related to neurodegenerative processes and propose it as possible therapeutic target.
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Participação do sistema canabinoide em processos oxidativo e inflamatório relacionados à neurodegeneração in vitro. / Participation of the cannabinoid system in oxidative and inflammatory processes related to neurodegeneration in vitro.

Hadassa Batinga da Silva 08 December 2014 (has links)
A ativação do receptor CB1, leva a modulação de processos intracelulares que muda a resposta celular de acordo com o estímulo, além de estar envolvida em mecanismos de proliferação, diferenciação, movimentação e morte celular. O objetivo desse trabalho foi avaliar a participação desse sistema em processos oxidativo e inflamatório relacionados à neurodegeneração in vitro. Foi utilizado a linhagem de neuroblastoma Neuro2a diferenciada em células dopaminérgicas que foram expostas a três condições: com 6OHDA, H2O2 e LPS e co-tratadas com o agonista do receptor CB1 ACEA e o antagonista/agonista inverso AM251 por 24 horas. Utilizamos parâmetros funcionais de viabilidade celular, produção de espécies reativas de oxigênio e técnica de western blot. O tratamento com ACEA ou ACEA/AM251 produziram um aumento da viabilidade celular nos três modelos de exposição propostos; redução da produção de espécies reativas de oxigênio e ativação da via da proteína ERK1/2, além da inibição da morte celular pela diminuição da expressão da caspase 3. Concluímos que os canabinoides escolhidos foram capazes de proteger as células dopaminérgicas do dano oxidativo e inflamatório através do aumento da sobrevida celular por diminuição da produção de ROS. / The CB1 receptor activation leads to modulation of intracellular processes that change the cellular response according to the stimulus, as well as being involved in mechanisms of proliferation, differentiation, cell movement and death. The present study evaluated the participation of this system in oxidative and inflammatory processes related to neurodegeneration in vitro. We have used the Neuro2A neuroblastoma lineage, which those were differentiated into dopaminergic cells, and exposed to 6OHDA, H2O2 and LPS. They were co-treated with ACEA, CB1 receptor agonist, and AM251, the CB1 receptor antagonist/inverse agonist, for 24 hours. We used functional parameters of cell viability, production of reactive oxygen species and protein analyses by western blot. Treatment with ACEA or ACEA/AM251 produced an increase in cell viability; reduced production of reactive oxygen species and activation of the ERK1/2 protein, in addition to inhibition of cell death by decreasing the expression of caspase 3 in all three models proposed. We concluded that chosen cannabinoids were able to protect dopaminergic cells from oxidative damage and inflammation through the increased cell survival by decreasing the production of ROS.
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O potencial terapêutico de compostos canabinoides em um modelo in vitro de morte neuronal. / The therapeutic potential of cannabinoid compounds in an in vitro model of neuronal death.

Talita Aparecida de Moraes Vrechi 08 April 2016 (has links)
A neurodegeneração é o resultado da destruição progressiva e irreversível dos neurônios no sistema nervoso central, apresentando causas desconhecidas e mecanismos patológicos não totalmente elucidados. Fatores como a idade, o aumento da formação de radicais livres e/ou estresse oxidativo, defeito no metabolismo energético, a inflamação e acúmulo de elementos neurotóxicos e de proteínas malformadas no lúmen do retículo endoplasmático (RE) contribuem para o desenvolvimento dos processos neurodegenerativos. O sistema canabinoide tem sido proposto como neuroprotetor em diversos modelos de neurodegeneração como hipóxia aguda e epilepsia, isquemia cerebral, lesão cerebral e modelos de estresse oxidativo. Assim, este trabalho teve como objetivo investigar o papel do sistema canabinoide em uma linhagem de neuroblastoma (Neuro 2a) submetida a condições de estresse oxidativo (H2O2), inflamação (LPS) e estresse do RE (tunicamicina), avaliando parâmetros de viabilidade celular e vias de sinalização envolvidas. Nossos resultados mostram que o agonista canabinoide ACEA foi capaz de proteger as células da morte celular causada pela inflamação e pelo estresse de retículo endoplasmático, mas não pelo estresse oxidativo. Esse efeito neuroprotetor exercido pelo ACEA parece pelo menos em parte ocorrer via receptor CB1 no modelo de inflamação e ser independente deste receptor no modelo de estresse de RE. Os efeitos neuroprotetores observados envolveram a modulação dos níveis de proteínas pré-apoptóticas, CHOP e Caspase 12, e da proteína relacionada à sobrevivência celular ERK 1/2. Nossos dados sugerem um papel neuroprotetor do sistema canabinoide em mecanismos relacionados aos processos neurodegenerativos e propõem a manipulação desse sistema como possível alvo terapêutico. / Neurodegeneration is the result of progressive and irreversible destruction of neurons in the central nervous system, with unknown causes and pathological mechanisms not fully elucidated. Factors such as age, increased formation of free radicals and/or oxidative stress, defects in energetic metabolism, inflammation and accumulation of neurotoxic factors and misfolded proteins in the lumen of the endoplasmic reticulum (ER) contribute to the development of neurodegenerative processes. The cannabinoid system has been proposed as neuroprotector in several models of neurodegeneration such as acute hypoxia and epilepsy, cerebral ischaemia, brain injury and oxidative stress models. This work aimed to investigate the role of the cannabinoid system in a neuroblastoma line (Neuro 2a) submitted to oxidative stress (H2O2), inflammation (LPS) and ER stress (tunicamycin) conditions, assessing cell viability parameters and signaling pathways involved. Our results show that the ACEA cannabinoid agonist was able to protect cells from cell death caused by inflammation and ER stress, but not from oxidative stress. This neuroprotective effect exerted by ACEA appears to occur at least in part via the CB1 receptor in inflammation model and it seems to be independent of this receptor in the ER stress model. The neuroprotective effects observed involved the modulation of the levels of pre-apoptotic proteins CHOP and Caspase 12 and the cell survival related protein ERK 1/2. Our data suggest a neuroprotective role of the cannabinoid system in mechanisms related to neurodegenerative processes and propose it as possible therapeutic target.
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Influência de diferentes protocolos de exercício e da dieta hiperlipídica sobre o tecido adiposo, perfil lipídico e receptor CB1 do sistema endocanabinóide

Rosante, Marisa Cristina 20 October 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:22:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1 3956.pdf: 1826733 bytes, checksum: e72222f7d290cf5a26f0db7d34928af6 (MD5) Previous issue date: 2011-10-20 / Financiadora de Estudos e Projetos / The purpose of this study was to investigate the effects of high-fat diet and swimming and resistance training in the adipose tissue, endocannabinoid system and lipid profile in obese rats. Wistar adult male rats were divided into 6 groups (n = 10 per group): sedentary chow diet (SP); sedentary high-fat diet (SH); swimming chow diet (NP); swimming high-fat diet (NH); resistance training chow diet (FP); resistance training high-fat diet (FH). After three weeks feeding on a chow diet or high-fat diet, the animals started the exercise protocols. The NP and NH groups swam 60 minutes/day, five days a week, with a constant overload of 5% body weight during 8 weeks in tanks of 50 cm of height and 30 cm of diameter, for 8 weeks. The groups FP and FH started the resistance training with weights tied to their tails, once every three days for 8 weeks. The animals of SP and HS groups remained sedentary and fed their respective diets. After this period all animals were sacrificed by decapitation and tissues dissected, weighed and immediately stored at -80 º C. High-fat diet increased body weight gain, relative weight of adipose tissues (epididymal, retroperitoneal, visceral and subcutaneous) and adipose tissue area (epididymal, retroperitoneal and visceral). It also increased the fat percentage of all adipose tissues and liver, and increased gene expression of CB1 receptor. The trained groups, both resistance training and swimming, presented lower values of adipocyte area, benefits in lipid profile, lower percentage of fat in the adipose tissue and liver, lower body weight gain, and lower values for gene expression the CB1 receptor. Thus our results indicate the potential benefits of the resistance training and swimming as non pharmacological alternatives to control the deleterious effects of high-fat diet on adipose tissue, lipid profile, lipid content of tissues and control of the endocannabinoid system imbalance caused by high-fat diet. / O objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos da dieta hiperlipídica e do treinamento de natação e força sobre o tecido adiposo, perfil lipídico e sistema endocanabinóide de ratos obesos. Para isso, utilizamos sessenta ratos adultos machos divididos em seis grupos: Sedentário Padrão (SP); Sedentário Hiperlipídico (SH); Natação Padrão (NP); Natação Hiperlipídica (NH); Força Padrão (FP); Força Hiperlipídica (FH). Após três semanas recebendo dieta padrão ou hiperlipídica, os animais iniciaram os protocolos de exercício. Os grupos NP e NH nadaram 60 minutos por dia, 5 dias na semana com uma carga de 5% do peso corporal atada ao corpo, em tanques de 50 cm de altura e 30 cm de diâmetro, durante 8 semanas. Os grupos FP e FH realizaram exercício de subida em escada com pesos atados às suas caudas, uma vez a cada três dias, durante 8 semanas. Os animais dos grupos SP e SH continuaram sedentários e alimentados com suas respectivas dietas. Após esse período todos os animais foram sacrificados por decapitação, e os tecidos dissecados, pesados e imediatamente congelado a -80ºC. A dieta hiperlipídica aumentou o ganho de massa corporal, peso relativo dos tecidos adiposos (epididimal, retroperitoneal, visceral e subcutâneo) e área de adipócitos (epididimal, retroperitoneal e visceral). Também aumentou o percentual de gordura de todos os tecidos adiposos e fígado, além de aumentar a expressão gênica do receptor CB1. Os grupos treinados, tanto em força quanto em natação, apresentaram menores valores de área de adipócitos, melhora do perfil lipídico, menores valores no percentual de gordura dos tecidos adiposos e fígado, menores ganhos de massa corporal, além de menores valores de expressão gênica para o receptor CB1. Assim nossos resultados indicam os potenciais benefícios do treinamento força e natação, como alternativas não farmacológicas para controlar os efeitos deletérios da dieta hiperlipídica sobre o tecido adiposo, perfil lipídico, conteúdo lipídico dos tecidos e controle do desequilíbrio do sistema endocanabinóide provocado pela dieta hiperlipídica.
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Efeitos do canabidiol no comportamento agressivo induzido por isolamento social em camundongos / Cannabidiol effects on agressive-like behaviors induced by social isolation in mice

Alice Hartmann dos Santos 28 January 2016 (has links)
O Canabidiol (CBD), principal composto não-psicotomimético da Cannabis sativa, possui diversas propriedades farmacológicas, incluindo a indução de efeitos tipoantidepressivos e ansiolíticos em roedores após administração sistêmica. O isolamento social aumenta comportamentos agressivos em camundongos, condição denominada agressão induzida pelo isolamento social ou agressão territorial. Drogas ansiolíticas e antidepressivas podem atenuar comportamentos agressivos. Desse modo, o objetivo do presente trabalho foi avaliar se o CBD atenuaria comportamentos agressivos induzidos pelo isolamento social em camundongos. Camundongos Suíços machos (7-8 semanas de idade no dia do isolamento, 30-40 g no dia do teste) foram mantidos isolados (camundongos residentes) para indução dos comportamentos agressivos. Paralelamente, camundongos co-específicos (camundongos intrusos) foram mantidos agrupados (oito por caixa). Neste modelo, um camundongo intruso da mesma linhagem, sexo e idade foi colocado na caixa moradia do residente. As interações entre os camundongos residente e intruso foram gravadas por 20 min e a latência para a primeira mordida contra o intruso, o número de ataques e o tempo total de ataques foram analisados por um observador cego aos grupos experimentais. Após 10 dias de isolamento social, foi testado se a administração aguda (i.p.) de CBD (5, 15, 30 ou 60 mg/kg), 30 min antes do teste, atenuaria comportamentos agressivos dos camundongos residentes contra os intrusos. Para avaliar a participação de receptores 5-HT1A e CB1 nos efeitos do CBD, grupos independentes de animais receberam 1 injeção prévia de WAY 100635 (antagonista dos receptores 5-HT1A, 0,3 mg/kg) ou AM251 (antagonista dos receptores CB1, 1 mg/kg), 30 min antes do CBD (15 mg/kg). Para controlar possíveis efeitos motores da droga, grupos independentes de animais tratados com doses efetivas de CBD ou não efetivas de WAY100635 ou AM251 foram submetidos ao actímetro para avaliação da atividade locomotora total. O CBD (15 mg/kg) aumentou a latência para o residente atacar o intruso e este efeito foi atenuado tanto pela administração prévia de AM251 (VEI+VEI: 186,62±83,16; VEI+CBD: 956,25±150,77; AM+VEI: 271,71±156,18; AM+CBD: 395,86±208,24; p=0,030) quanto WAY100635 (VEI+VEI: 116,33±29,38; VEI+CBD: 860,87±177,36; WAY+VEI: 305,12±159,16; WAY+CBD: 302,57±154,68; p=0,011). Além disso, o CBD reduziu o número de ataques em todas as doses testadas (VEI: 23,00±3,66; CBD 5: 12,25±2,43; CBD 15: 6,62±2,43; CBD 30: 7,71±3,24; CBD 60: 8,16±2,36; p=0,002) e as doses intermediárias (15 e 30 mg/kg) foram capazes de diminuir o tempo total de ataques (VEI: 114,37±22,65; CBD 5: 80,87±23,83; CBD 15: 40,00±14,58; CBD 30: 25,86±12,88; CBD 60: 54,67±9,68; p=0,018), ambos os efeitos sendo atenuados pelo AM251 (Número de ataques - VEI+VEI: 19,25±2,56; VEI+CBD: 3,25±2,36; AM+VEI: 22,86±4,97; AM+CBD: 14,14±4,10; p=0,028; Tempo total de ataques - VEI+VEI: 66,62±9,19; VEI+CBD: 11,75±9,56; AM+VEI: 118,86±31,00; AM+CBD: 58,71±17,45; p=0,049) e WAY100635 (Número de ataques - VEI+VEI: 30,83±6,77; VEI+CBD: 7,87±4,68; WAY+VEI: 22,50±5,06; WAY+CBD: 23,57±6,74; p=0,059; Tempo total de ataques - VEI+VEI: 151,17±32,65; VEI+CBD: 16,75±10,88; WAY+VEI: 113,75±24,66; WAY+CBD: 76,29±21,36; p=0,002). Não foi observado efeito motor do CBD em nenhuma das doses testadas, bem como do WAY100635 e AM251. Esses resultados evidenciam que o CBD atenua comportamentos agressivos em camundongos e nos permitem sugerir um mecanismo misto, visto que há o envolvimento de receptores CB1 e 5-HT1A. Desse modo, este fitocanabinoide poderia ser uma alternativa terapêutica para tratar comportamentos agressivos associados a transtornos psiquiátricos / Cannabidiol (CBD), a major non-psychotomimetic compound from Cannabis sativa plant, induces anxiolytic- and antidepressant-like effects in rodents after systemic administration. Long-term individual housing increases aggressive behavior in mice, a condition named isolation-induced aggression or territorial aggression, which can be attenuated by anxiolytic and antidepressant drugs. Thus, the aim of the present study was to verify whether CBD would attenuate the aggressive behavior induced by social isolation. Male Swiss mice (7-8 weeks of age on the isolation day, 30-40 g on the test day) were individually housed (resident mice) to induce aggressive behavior, while conspecific mice (intruder mice) were grouped housed (eight per cage). In this model, an intruder mouse of the same strain, sex and age is placed in the resident home cage. The resident-intruder interactions were videotaped for 20 min and the latency to the first bite against the intruder, the number of attacks and the total duration of aggressive encounters were recorded and later analyzed by an observer blind to the treatment groups. After 10 days of social isolation, we tested if acute intraperitoneal CBD administration (5, 15, 30 and 60 mg/kg) to the resident mice 30 min prior to the test would attenuate aggressive-like behavior towards the intruder animal. To evaluate the involvement of 5-HT1A and CB1 receptors in the CBD effects, independent groups of animals were injected with WAY100635 (0.3 mg/kg) or AM251(1 mg/kg) 30 min prior to CBD (15 mg/kg). To control possible motor effects, independent animals treated with effective doses of CBD or ineffective doses of WAY100635 or AM251 were submitted to the actimeter to evaluate the total locomotor activity. CBD (15 mg/kg) increased latency to attack the intruder and this effect was attenuated by the prior administration of AM251 (VEI+VEI: 186.62±83.16; VEI+CBD: 956.25±150.77; AM+VEI: 271.71±156.18; AM+CBD: 395.86±208.24; p=0.030) or WAY100635 (VEI+VEI: 116.33±29.38; VEI+CBD: 860.87±177.36; WAY+VEI: 305.12±159.16; WAY+CBD: 302.57±154.68; p=0.011). Moreover, CBD reduced the number of attacks in all tested doses (VEI: 23.00±3.66; CBD 5: 12.25±2.43; CBD 15: 6.62±2.43; CBD 30: 7.71±3.24; CBD 60: 8.16±2.36; p=0.002) as well as the duration of aggressive behavior encounters in the intermediary doses (15 and 30 mg/kg; VEI: 114.37±22.65; CBD 5: 80.87±23.83; CBD 15: 40.00±14.58; CBD 30: 25.86±12.88; CBD 60: 54.67±9.68; p=0.018), both effects were attenuated by AM251 (Number of attacks - VEI+VEI: 19.25±2.56; VEI+CBD: 3.25±2.36; AM+VEI: 22.86±4.97; AM+CBD: 14.14±4.10; p=0.028; Total time of attacks - VEI+VEI: 66.62±9.19; VEI+CBD: 11.75±9.56; AM+VEI: 118.86±31.00; AM+CBD: 58.71±17.45; p=0.049) and WAY100635 (Number of attacks - VEI+VEI: 30.83±6.77; VEI+CBD: 7.87±4.68; WAY+VEI: 22.50±5.06; WAY+CBD: 23.57±6.74; p=0.059; Total time of attacks - VEI+VEI: 151.17±32.65; VEI+CBD: 16.75±10.88; WAY+VEI: 113.75±24.66; WAY+CBD: 76.29±21.36; p=0.002). CBD, in all tested doses, as well as WAY100635 and AM251, did not induce locomotor changes. These findings suggest that CBD decreases aggressive behaviors in mice and allow us to suggest that this effect involves CB1 and 5-HT1A receptors. Therefore, this phytocannabinoid may be therapeutically useful to treat aggressive behaviors that are usually associated with psychiatric disorders
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O receptor canabinoide CB1 no córtex retrosplenial modula as fases de consolidação, reconsolidação e extinção da memória emocional

Sachser, Ricardo Marcelo January 2015 (has links)
O receptor canabinoide CB1, altamente expresso em várias regiões do sistema límbico, possui um importante papel na regulação da plasticidade sináptica implicada nas diferentes fases da memória emocional. Em roedores, embora já estejam bem caracterizados os efeitos da manipulação farmacológica do receptor CB1 na amígdala, no hipocampo e no córtex pré-frontal medial sobre a modulação de memórias aversivas, sua função no córtex retrosplenial (RSC) permanece desconhecida. Neste trabalho, usando o paradigma pavloviano de condicionamento aversivo ao contexto em ratos, exploramos o papel do sistema canabinoide no RSC sobre as fases de consolidação, reconsolidação e extinção da memória. Demostramos que a infusão intra-RSC imediatamente pós-treino de AM251 (11 μg/μL), um antagonista seletivo CB1, causa amnésia retrógrada no teste de retenção da memória conduzido 48 h após o condicionamento, enquanto que a infusão bilateral de CP55940, um agonista canabinoide CB1/CB2 (5μg/μL), facilita a consolidação da memória. No protocolo de reconsolidação (injeção intra-RSC após uma sessão de reativação de 4 min, conduzida 48 h depois do condicionamento) foram encontramos efeitos opostos no teste de retenção da memória realizado 24 h após a reativação: o bloqueio dos receptores CB1 facilita, enquanto que sua ativação prejudica o fenômeno de reconsolidação da memória. Além disso, quando o AM251 é injetado intra-RSC 20 min antes de uma reexposição prolongada (de 30 min), observamos que a consolidação da memória de extinção é prejudicada, enquanto que o CP55940 acelera a extinção e impede sua recuperação espontânea ao longo do tempo. Concluindo, nossos resultados apresentam novas evidências sobre a função do sistema canabinoide no RSC sobre a modulação das fases de consolidação, reconsolidação e extinção da memória emocional. / The CB1 cannabinoid receptor is highly expressed in many regions of the limbic system, having an important role in the regulation of synaptic plasticity implicated in different phases of emotional memory processing. In rodents, although are well characterized the effects of the pharmacological manipulations of the CB1 receptor in the amygdala, hippocampus, and medial prefrontal cortex upon the modulation of aversive memories, their function in the retrosplenial cortex (RSC) remains unknown. In this study, using pavlovian contextual fear conditioning in rats, we explored the role of the cannabinoid system in the RSC on memory consolidation, reconsolidation, and extinction. We showed that posttraining intra-RSC infusion of AM251 (11 μg/μL), a selective CB1 antagonist, causes retrograde amnesia during the test for memory retention conducted 48 h after learning, whereas the bilateral infusion of CP55940 (5 μg/μL), a CB1/CB2 agonist, enhanced fear memory consolidation. In the reconsolidation protocol (postreactivation intra-RSC infusions conducted 48 h after training) we found opposite effects in the test session performed 24 h after memory reactivation: blocking CB1 receptors enhanced, whereas the activation of cannabinoid receptors impaired memory reconsolidation. Furthermore, when AM251 was infused intra-RSC 20 min before a prolonged reexposure (30 min), memory extinction was impaired, whereas the infusion of CP55940 accelerates memory extinction and prevents spontaneous recovery, maintaining memory extinguished over time. In conclusion, these data shed new light about the function of the cannabinoid system in the RSC on the role of contextual-fear related memory consolidation, reconsolidation, and extinction.
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Efeitos do canabidiol no comportamento agressivo induzido por isolamento social em camundongos / Cannabidiol effects on agressive-like behaviors induced by social isolation in mice

Santos, Alice Hartmann dos 28 January 2016 (has links)
O Canabidiol (CBD), principal composto não-psicotomimético da Cannabis sativa, possui diversas propriedades farmacológicas, incluindo a indução de efeitos tipoantidepressivos e ansiolíticos em roedores após administração sistêmica. O isolamento social aumenta comportamentos agressivos em camundongos, condição denominada agressão induzida pelo isolamento social ou agressão territorial. Drogas ansiolíticas e antidepressivas podem atenuar comportamentos agressivos. Desse modo, o objetivo do presente trabalho foi avaliar se o CBD atenuaria comportamentos agressivos induzidos pelo isolamento social em camundongos. Camundongos Suíços machos (7-8 semanas de idade no dia do isolamento, 30-40 g no dia do teste) foram mantidos isolados (camundongos residentes) para indução dos comportamentos agressivos. Paralelamente, camundongos co-específicos (camundongos intrusos) foram mantidos agrupados (oito por caixa). Neste modelo, um camundongo intruso da mesma linhagem, sexo e idade foi colocado na caixa moradia do residente. As interações entre os camundongos residente e intruso foram gravadas por 20 min e a latência para a primeira mordida contra o intruso, o número de ataques e o tempo total de ataques foram analisados por um observador cego aos grupos experimentais. Após 10 dias de isolamento social, foi testado se a administração aguda (i.p.) de CBD (5, 15, 30 ou 60 mg/kg), 30 min antes do teste, atenuaria comportamentos agressivos dos camundongos residentes contra os intrusos. Para avaliar a participação de receptores 5-HT1A e CB1 nos efeitos do CBD, grupos independentes de animais receberam 1 injeção prévia de WAY 100635 (antagonista dos receptores 5-HT1A, 0,3 mg/kg) ou AM251 (antagonista dos receptores CB1, 1 mg/kg), 30 min antes do CBD (15 mg/kg). Para controlar possíveis efeitos motores da droga, grupos independentes de animais tratados com doses efetivas de CBD ou não efetivas de WAY100635 ou AM251 foram submetidos ao actímetro para avaliação da atividade locomotora total. O CBD (15 mg/kg) aumentou a latência para o residente atacar o intruso e este efeito foi atenuado tanto pela administração prévia de AM251 (VEI+VEI: 186,62±83,16; VEI+CBD: 956,25±150,77; AM+VEI: 271,71±156,18; AM+CBD: 395,86±208,24; p=0,030) quanto WAY100635 (VEI+VEI: 116,33±29,38; VEI+CBD: 860,87±177,36; WAY+VEI: 305,12±159,16; WAY+CBD: 302,57±154,68; p=0,011). Além disso, o CBD reduziu o número de ataques em todas as doses testadas (VEI: 23,00±3,66; CBD 5: 12,25±2,43; CBD 15: 6,62±2,43; CBD 30: 7,71±3,24; CBD 60: 8,16±2,36; p=0,002) e as doses intermediárias (15 e 30 mg/kg) foram capazes de diminuir o tempo total de ataques (VEI: 114,37±22,65; CBD 5: 80,87±23,83; CBD 15: 40,00±14,58; CBD 30: 25,86±12,88; CBD 60: 54,67±9,68; p=0,018), ambos os efeitos sendo atenuados pelo AM251 (Número de ataques - VEI+VEI: 19,25±2,56; VEI+CBD: 3,25±2,36; AM+VEI: 22,86±4,97; AM+CBD: 14,14±4,10; p=0,028; Tempo total de ataques - VEI+VEI: 66,62±9,19; VEI+CBD: 11,75±9,56; AM+VEI: 118,86±31,00; AM+CBD: 58,71±17,45; p=0,049) e WAY100635 (Número de ataques - VEI+VEI: 30,83±6,77; VEI+CBD: 7,87±4,68; WAY+VEI: 22,50±5,06; WAY+CBD: 23,57±6,74; p=0,059; Tempo total de ataques - VEI+VEI: 151,17±32,65; VEI+CBD: 16,75±10,88; WAY+VEI: 113,75±24,66; WAY+CBD: 76,29±21,36; p=0,002). Não foi observado efeito motor do CBD em nenhuma das doses testadas, bem como do WAY100635 e AM251. Esses resultados evidenciam que o CBD atenua comportamentos agressivos em camundongos e nos permitem sugerir um mecanismo misto, visto que há o envolvimento de receptores CB1 e 5-HT1A. Desse modo, este fitocanabinoide poderia ser uma alternativa terapêutica para tratar comportamentos agressivos associados a transtornos psiquiátricos / Cannabidiol (CBD), a major non-psychotomimetic compound from Cannabis sativa plant, induces anxiolytic- and antidepressant-like effects in rodents after systemic administration. Long-term individual housing increases aggressive behavior in mice, a condition named isolation-induced aggression or territorial aggression, which can be attenuated by anxiolytic and antidepressant drugs. Thus, the aim of the present study was to verify whether CBD would attenuate the aggressive behavior induced by social isolation. Male Swiss mice (7-8 weeks of age on the isolation day, 30-40 g on the test day) were individually housed (resident mice) to induce aggressive behavior, while conspecific mice (intruder mice) were grouped housed (eight per cage). In this model, an intruder mouse of the same strain, sex and age is placed in the resident home cage. The resident-intruder interactions were videotaped for 20 min and the latency to the first bite against the intruder, the number of attacks and the total duration of aggressive encounters were recorded and later analyzed by an observer blind to the treatment groups. After 10 days of social isolation, we tested if acute intraperitoneal CBD administration (5, 15, 30 and 60 mg/kg) to the resident mice 30 min prior to the test would attenuate aggressive-like behavior towards the intruder animal. To evaluate the involvement of 5-HT1A and CB1 receptors in the CBD effects, independent groups of animals were injected with WAY100635 (0.3 mg/kg) or AM251(1 mg/kg) 30 min prior to CBD (15 mg/kg). To control possible motor effects, independent animals treated with effective doses of CBD or ineffective doses of WAY100635 or AM251 were submitted to the actimeter to evaluate the total locomotor activity. CBD (15 mg/kg) increased latency to attack the intruder and this effect was attenuated by the prior administration of AM251 (VEI+VEI: 186.62±83.16; VEI+CBD: 956.25±150.77; AM+VEI: 271.71±156.18; AM+CBD: 395.86±208.24; p=0.030) or WAY100635 (VEI+VEI: 116.33±29.38; VEI+CBD: 860.87±177.36; WAY+VEI: 305.12±159.16; WAY+CBD: 302.57±154.68; p=0.011). Moreover, CBD reduced the number of attacks in all tested doses (VEI: 23.00±3.66; CBD 5: 12.25±2.43; CBD 15: 6.62±2.43; CBD 30: 7.71±3.24; CBD 60: 8.16±2.36; p=0.002) as well as the duration of aggressive behavior encounters in the intermediary doses (15 and 30 mg/kg; VEI: 114.37±22.65; CBD 5: 80.87±23.83; CBD 15: 40.00±14.58; CBD 30: 25.86±12.88; CBD 60: 54.67±9.68; p=0.018), both effects were attenuated by AM251 (Number of attacks - VEI+VEI: 19.25±2.56; VEI+CBD: 3.25±2.36; AM+VEI: 22.86±4.97; AM+CBD: 14.14±4.10; p=0.028; Total time of attacks - VEI+VEI: 66.62±9.19; VEI+CBD: 11.75±9.56; AM+VEI: 118.86±31.00; AM+CBD: 58.71±17.45; p=0.049) and WAY100635 (Number of attacks - VEI+VEI: 30.83±6.77; VEI+CBD: 7.87±4.68; WAY+VEI: 22.50±5.06; WAY+CBD: 23.57±6.74; p=0.059; Total time of attacks - VEI+VEI: 151.17±32.65; VEI+CBD: 16.75±10.88; WAY+VEI: 113.75±24.66; WAY+CBD: 76.29±21.36; p=0.002). CBD, in all tested doses, as well as WAY100635 and AM251, did not induce locomotor changes. These findings suggest that CBD decreases aggressive behaviors in mice and allow us to suggest that this effect involves CB1 and 5-HT1A receptors. Therefore, this phytocannabinoid may be therapeutically useful to treat aggressive behaviors that are usually associated with psychiatric disorders

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