Spelling suggestions: "subject:"refluxo"" "subject:"efluxo""
171 |
Avaliação da qualidade de vida e fatores associados à satisfação dos pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico da Doença do Refluxo Gastroesofágico / Assessment of quality-of-life and factors associated with satisfaction of patients submitted to surgical treatment of Gastroesophageal Reflux DiseaseKappaz, Guilherme Tommasi 07 May 2013 (has links)
Introdução: O tratamento cirúrgico da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) possui excelente resultado na maioria dos pacientes. Porém, um grupo significante de indivíduos apresenta complicações ou recidiva dos sintomas, com impacto na qualidade de vida. Objetivos: Avaliar o grau de satisfação dos pacientes submetidos à fundoplicatura laparoscópica à Nissen, e comparar os resultados da aplicação do questionário GERD-HRQL de qualidade de vida pessoalmente e por via telefônica. Identificar fatores pré e pós-operatórios associados ao resultado do tratamento cirúrgico. Métodos: Foram selecionados 178 pacientes operados entre 2005 e 2009, no serviço de cirurgia do esôfago do HCFMUSP. Os pacientes foram convocados para consulta ambulatorial. Foram levantados os prontuários médicos para obtenção de dados pré-operatórios. No estudo foi feita a análise de dados epidemiológicos, cirúrgicos, endoscópicos e manométricos. Os pacientes foram divididos em grupos, e foi aplicado o questionário de qualidade de vida GERD- HRQL. Foi avaliada também a nota de melhora dos sintomas de 0 a 10, a intenção de fazer novamente a cirurgia e o uso atual de omeprazol. Os pacientes que não puderam comparecer ao ambulatório foram entrevistados por telefone. Resultados: 90 pacientes foram incluídos no estudo, 45 no grupo A (entrevista ambulatorial) e 45 no grupo B (entrevista telefônica). Houve diferença significante entre a pontuação média no questionário GERD-HRQL dos pacientes do grupo A (6,29) e B (14,09), p=0,002. Esse resultado também foi significante quando separados homens (p=0,018) e mulheres (p=0,049) de ambos os grupos. Porém, a nota de melhora dos sintomas (p=0,642) e a intenção de fazer novamente a cirurgia (p=0,714) foram iguais. Analisando-se somente os pacientes do grupo A, a correlação linear de Pearson não mostrou diferença estatística entre a pontuação no questionário GERD-HRQL e idade (p=0,953), IMC pré-operatório (p=0,607), IMC pós-operatório (p=0,498), pressão do esfíncter inferior do esôfago (PEM, p=0,651; PRM, p>0,999) e amplitude média de contração do esôfago distal (p=0,997). A correlação da pontuação média no questionário GERD-HRQL com número de pontos na hiatoplastia (p=0,857), presença de esofagite erosiva pré-operatória (p=0,867), tamanho da hérnia hiatal (p=0,867) e presença de distúrbio motor do esôfago (p=0,207) também não mostrou significância estatística. A presença de esôfago de Barrett maior que 1cm correlacionou-se com menor pontuação no questionário GERD-HRQL (p=0,035). O uso rotineiro de omeprazol foi marcador de menor satisfação com a cirurgia (p=0,034). Conclusões: A satisfação dos pacientes com o tratamento cirúrgico é de forma geral elevada. A aplicação do questionário GERD-HRQL mostrou pior qualidade-de-vida dos pacientes entrevistados por telefone, em comparação aos pacientes entrevistados pessoalmente no ambulatório. O uso rotineiro de omeprazol após a cirurgia esteve associado à menor satisfação com o tratamento cirúrgico da DRGE Não foram identificados fatores pré-operatórios que possam determinar pior resultado da fundoplicatura laparoscópica à Nissen, porém a presença de esôfago de Barrett no pré-operatório foi um marcador de maior satisfação dos pacientes operados / Introduction: The surgical treatment of gastroesophageal reflux disease (GERD) has excellent results in most patients. However, a significant group develops complications or recurrence of symptoms, with impact on quality-of- life. Objectives: Evaluate the satisfaction of patients submitted to laparoscopic Nissen fundoplication, and compare the results of the GERD-HRQL quality of life questionnaire applied in person and by telephone. Identify pre and postoperative factors associated with the outcome of the surgical treatment.. Methods: 178 patients operated by the esophageal surgery division at Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, between 2005 and 2009, were selected. Patients were invited to an ambulatory interview. Charts were reviewed, and preoperative data was obtained. Epidemiological, surgical, endoscopic, and manometric parameters were studied. Patients were divided in groups, and the GERD-HRQL questionnaire was used. We also evaluated the score of symptom improvement between 0 and 10, if the patient would do the surgery again and current use of omeprazole. Patients who could not come to the ambulatory were interviewed by telephone. Results: 90 patients were enrolled in the study, 45 in group A (ambulatory interview) and 45 in group B (telephonic interview). There was significant statistical difference between the average score in the GERD-HRQL questionnaire in groups A (6,29) and B (14,09), p=0,002. This result was also significant among men (0,018) and women (0,049) in both groups. However, the score of symptom improvement (p=0,642) and the intention of doing the surgery again (p=0,714) were equivalent. In group A patients, Pearson\'s linear correlation did not show statistical difference between the GERD-HRQL score and age (p=0,953), preoperative BMI (p=0,607), postoperative BMI (p=0,997), inferior esophageal sphincter pressure (PEM, p=0,651; PRM, p>0,999) and distal esophageal contraction pressure (p=0,997). The correlation between GERD-HRQL score and number of stitches in hiatoplasty (p=0,857), presence of preoperative erosive esophagitis (p=0,867), size of hiatal hernia (p=0,867) and presence of motor esophageal disturbances (p=0,207) did not show statistical significance. The presence of Barrett\'s esophagus larger than 1cm correlated with a lower score on GERD-HRQL questionnaire (p=0,035). The routine use of omeprazole was a marker of lower satisfaction with the surgical treatment (p=0,034). Conclusions: Patient satisfaction with surgical treatment is generally high. The GERD-HRQL questionnaire showed poorer quality-of-life of patients interviewed by telephone, compared to patients interviewed at the ambulatory. The routine use of omeprazole after surgery was associated with lower satisfaction with the surgical treatment. No preoperative factors were identified that could determine worst outcome after laparoscopic Nissen fundoplication, but the presence of Barrett\'s esophagus preoperatively was a marker of increased patient\'s satisfaction
|
172 |
Investigação do refluxo vésico-ureteral por abordagens metabolômicas alvo e global em urina utilizando como plataformas analíticas CE-MS, CESI-MS, RPLC-MS e HILIC-MS / Investigation of vesicoureteral reflux by target and untargeted metabolomic approaches in urine using CE-MS, CESI-MS, RPLC-MS and HILIC-MS as analytical platformsKarina Trevisan Rodrigues 14 September 2017 (has links)
O refluxo vésico-ureteral (RVU) é uma das condições urológicas comumente diagnosticada entre crianças. Altos graus dessa condição podem causar cicatrização renal, insuficiência renal e hipertensão arterial. A uretrocistografia miccional é o método mais comumente utilizado para o diagnóstico, no entanto, esse procedimento envolve sedação, cateterismo vesical e expõe a criança a uma quantidade significativa de radiação. A investigação metabolômica pode fornecer novos entendimentos sobre a doença e visa a descoberta de metabólitos específicos associados a ela. Assim, existe um potencial considerável para a implementação de perfil metabólico em análises clínicas. Dessa forma, buscou-se estabelecer uma alternativa não invasiva para identificar crianças com o RVU através da metabolômica. Para a investigação metabolômica alvo um método por eletroforese capilar acoplada ao espectrômetro de massas (CE-MS) com analisador to tipo ion trap foi desenvolvido e validado para a determinação de 27 aminoácidos em urina. Os parâmetros experimentais relacionados às configurações da interface CE-MS, eletrólito (BGE) e espectrômetro de de massas (MS) foram otimizados, proporcionando uma boa separação dos 27 aminoácidos, incluindo os isômeros L-leucina, L-isoleucina e L-alloisoleucina, em menos de 30 min. O líquido auxiliar (SHL) foi composto de 0,5% (v/v) ácido fórmico em 60% (v/v) água/metanol à uma vazão de 5 µL min-1. O BGE consistiu de 0,80 mol L-1 de ácido fórmico e 15% (v/v) de metanol. Um procedimento de stacking por pH foi implementado para aumentar a detectabilidade (uma solução de NH4OH a 12,5% (v/v) foi injetada a 0,5 psi/9 s antes das amostras). O método foi validado de acordo com os protocolos FDA e ICH, exibindo parâmetros aceitáveis. A quantificação bem sucedida dos aminoácidos em amostras de urina de um estudo piloto do RVU foi alcançada. A avaliação estatística dos resultados mostrou que alguns dos aminoácidos avaliados podem carregar informações que possibilitam discriminar as amostras de urina entre os grupos teste e controle. Para a análise metabolômica global urinária, métodos por RPLC-MS e HILIC-MS foram otimizados. Cinco colunas com diferentes propriedades foram investigadas para RPLC e quatro colunas para HILIC; adicionalmente, foram investigados a influência dos aditivos e pH da fase móvel. As condições ótimas foram determinadas avaliando o formato de pico, a relação sinal-ruído, o tempo de retenção, o número de molecular features detectados e sua distribuição durante o gradiente de eluição. A melhor condição obtida para RPLC utiliza a coluna CSH C18 e fase móvel composta por 0,1% (v/v) ácido fórmico em água (A) e 0,1% (v/v) ácido fórmico em acetonitrila (B). Para HILIC, o melhor desempenho foi obtido com a coluna zwitteriônica ZIC-HILIC e fase móvel composta por 10 mmol L-1 acetato de amônio pH 6,8 (B) e 95% (v/v) acetonitrila e 5% 200 mmol L-1 acetato de amônio pH 6,8 (A). As amostras de urina dos grupos controle e teste foram submetidas à análise metabolômica global por RPLC-MS usando o método otimizado e por CESI-MS. Os resultados indicaram que diversas rotas metabólicas podem ter sido alteradas pelo RVU. Alteração dos níveis de carnitinas e acilcarnitinas, aminoácidos e derivados, purinas e outros foi observada. Ainda, a presença de acilcarnitinas na urina podem indicar danos mitocondriais e a diminuição de triptofano e aumento do ácido quinurênico indicam uma alteração no metabolismo do triptofano. / Vesicoureteral reflux (VUR) is one of the most commonly urologic conditions diagnosed among children. A high degree of this condition can cause kidney scarring, kidney failure and high blood pressure. Voiding cystourethrography is the standard method for diagnosis; however, this procedure involves sedation, bladder catheterization and exposes the child to a significant amount of radiation. Metabolomics has provided new insights about the disease and aims to discover specific metabolites associated with it. Thus, there is a considerable potential for the implementation of metabolic profile in clinical analyses. Thus, we attempted to establish a noninvasive alternative to identify children with VUR through metabolomics approach. For target metabolomics, a CE-MS method was developed and validated for the separation and quantitative analysis of 27 amino acids in urine. Experimental parameters related to the CE-MS interface (based on co-axial sheath liquid, SHL), background electrolyte (BGE) and mass spectrometer (MS) settings were optimized providing a good separation of 27 amino acids, including the isomers L-leucine, L-isoleucine and L-alloisoleucine, in less than 30 min. The SHL was composed of 0.50% (v/v) formic acid in 60% (v/v) methanol-water delivered at a flow rate of 5 µL min-1. The BGE consisted of 0.80 mol L-1 formic acid and 15% (v/v) methanol. A pH stacking procedure was implemented to enhance sensitivity (a 12.5% (v/v) NH4OH solution was injected at 0.5 psi/9 s prior to samples). The proposed method was thoroughly validated according to FDA and ICH protocols exhibiting acceptable parameters. A successful quantification of amino acids in urine samples from the VUR cohort was achieved. The statistical evaluation of the results showed that some of the amino acids may carry information for the discrimination of the urine samples between the test and control groups. For untargeted metabolomics analysis, methods by RPLC-MS and HILIC-MS were optimized. Five columns with different properties were investigated for RPLC and four columns for HILIC; additionally, the influence of additives and pH of the mobile phase were investigated. The optimum conditions were determined assessing the peak shape, signal-to-noise ratio, retention time, number of molecular features detected and their distribution during the elution gradient. The best condition obtained for RPLC uses CSH C18 column and mobile phase composed by 0.1% (v/v) formic acid in water (A) and 0.1% (v/v) formic acid in acetonitrile (B). For HILIC, the best performance was obtained with the zwitterionic ZIC-HILIC column and mobile phase composed by 10 mmol L-1 ammonium acetate pH 6.8 (B) and 95% (v/v) acetonitrile and 5% (v/v) 200 mmol L-1 ammonium acetate pH 6.8 (A). Urine samples from the control and test groups were submitted to global metabolomics analysis by RPLC-MS using the optimized method and by CESI-MS. The results indicated that several metabolic pathways may have been altered by VUR. Changes of carnitine and acylcarnitine levels, amino acids and derivatives, purines and others was observed. Furthermore, the presence of acylcarnitines in the urine may indicate mitochondrial damage and the decrease of tryptophan and increase of the kynurenic acid indicate a change in the metabolism of tryptophan.
|
173 |
Determinação de aminoácidos por eletroforese capilar com detecção UV/vis para o estudo do perfil metabólico urinário do refluxo vésico-ureteral / Amino acids determination by capillary electrophoresis with UV/vis detection to vesicoureteral reflux urinary metabolic profilingVitor, Aline de Paula 10 August 2012 (has links)
Uma avaliação da concentração dos aminoácidos primários em amostras de urina de crianças com refluxo vésico-ureteral (VUR) em busca de caminhos para o diagnóstico não invasivo desta doença. Dois métodos analíticos por eletroforese capilar com detecção UV/vis foram desenvolvidos para a quantificação dos analitos. No método 1 empregou-se a detecção UV/vis direta em 200 e 214 nm com as condições eletroforéticas eletrólito tampão fosfato 90 mmol L-1 pH 2,1; tensão de +15 kV; injeção de 7 s a 0,5 psi; capilar de 75 µm de diâmetro interno; 40,2 cm de comprimento total e 30,0 cm de comprimento efetivo. No método 2, fez-se uso da detecção indireta em 254 nm, com as condições eletroforéticas eletrólito tampão TEA 20 mmol L-1 e DNB 10 mmol L-1 pH 10,84; modificador de fluxo DDAB a 4 mmol L-1; tensão de -15 kV; injeção de 7 s a 0,5 psi; capilar de 75 µm de diâmetro interno; 50,2 cm de comprimento total e 40,0 cm de comprimento efetivo. O método 1 apresentou parâmetros de validação linearidade, precisão intra-dia e inter-dia, seletividade, robustez e recuperação satisfatórios. A quantificação de creatinina, fenilalanina (Phe), histidina (His), triptofano (Trp), tirosina (Tyr) nas amostras de urina foi possível pelo método 1, porém inviável para quantificação de arginina (Arg). O método 2 apresentou valores de robustez e recuperação satisfatórios para os aminoácidos alanina (Ala), aspartato (Asp), glutamato (Glu) e glicina (Gly) satisfatórios, mas a quantificação dos mesmos na maioria das amostras de urina diluída não foi possível por estarem em nível de concentração abaixo da detecção ou quantificação. Para avaliar a potencialidade dos resultados como ferramenta no diagnóstico do VUR, os aminoácidos His, Phe, Trp e Tyr, quantificados em todas as amostras, foram empregados como variáveis na classificação das amostras em dois grupos distintos (1) grupo de crianças saudáveis e (2) grupo de crianças diagnosticadas com VUR. A classificação realizada pelo método de análise de componente principal (PCA) apresentou valores estatísticos satisfatórios e poder de predição: R2 (capacidade de ajuste) e Q2 (capacidade de predição) foram 0.9993 e 0.65, respectivamente com os dois componentes principais (PC1 e PC2). A separação total com valor de Q2 desejável (acima de 0,8) poderia ser alcançada com uma quantidade maior de informação, sendo neste caso, número maior de aminoácidos quantificados. Assim, este trabalho abre caminho para estudos mais aprofundados na investigação da concentração dos aminoácidos primários em pacientes com VUR, objetivando o desenvolvimento de um potencial biomarcador para VUR. / An assessment of the concentration of primary amino acids in urine samples from children with vesicoureteral reflux (VUR) using capillary electrophoresis separation with UV/vis detection has been proposed to help establishing a means for non invasive diagnosis of the disease. Two analytical methods were developed. Method 1 used direct UV/vis detection at 200 and 214 nm, 90 mmol L-1 phosphate buffer at pH 2.1, high voltage separation at +15 kV, injection of 0.5 psi during 7 s, and a fused-silica capillary of 75 µm inner diameter, 40.2 cm total length, and 30.0 cm effective length. Method 2 used indirect UV/vis detection at 254 nm, TEA at 20 mmol L-1 and DNB at 10 mmol L-1 electrolyte at pH 10.84, 4 mmol L-1 DDAB as flow modifier, separation voltage at -15 kV, injection of 0,5 psi during 7 s, fused-silica capillary of 75 µm inner diameter, 50.2 cm total length, and 40,0 cm effective length. Method 1 presented satisfactory results for linearity, intra-day and inter-day precision, selectivity, robustness, and recovery. By method 1 it was possible to quantify creatinine, phenylalanine (Phe), histidine (His), tryptophan (Trp), tyrosine (Tyr) but not arginine (Arg) in the urine samples under investigation. Method 2 presented satisfactory robustness and recovery for alanine (Ala), aspartate (Asp), glutamate (Glu) and glycine (Gly), but the contents of these metabolites in the urine samples were not established because they lay below the limits of detection and quantitation. To assess the potentiality of the results as diagnostic tool for VUR condition, the concentrations of the amino acids His, Phe, Trp and Tyr, quantified in all samples, were used as variables in a classification procedure where samples were divided in two distinct groups: (a) a group of healthy children and (b) a group of children diagnosed with VUR. The classification by principal component analysis (PCA) showed a partial separation with good statistics and prediction power: R2 (goodness of fit) and Q2 (goodness of prediction) were 0.9993 and 0.65, respectively with two components analysis (PC1 and PC2). Values of Q2 greater than 0.8 are usually desired and it could be provided if more information was available, such as a greater number of amino acids being quantified. Thus, this research opens the way for further investigative studies of amino acids concentration in patients with primary VUR, aimed at developing a potential biomarker for VUR.
|
174 |
Existe associação entre dismotilidade esofágica e hérnia hiatal em pacientes com doença do refluxo gastroesofágico? / Importance of hiatal hernia for occurence of ineffective esophageal motility in patients with gastroesophageal reflux diseaseConrado, Leonardo Menegaz January 2010 (has links)
Introdução: A fisiopatologia da Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é multifatorial, sendo a motilidade esofágica um dos fatores implicados na sua gênese. Todavia, ainda não há consenso sobre a existência de associação entre dismotilidade e Hérnia Hiatal (HH) em pacientes com DRGE. Esse estudo tem como objetivo estabelecer a prevalência de Dismotilidade Esofágica (DE) em pacientes com HH e avaliar se a herniação é fator relacionado à DE. Métodos: Foram estudados 356 pacientes com diagnóstico clínico de DRGE submetidos à Endoscopia Digestiva Alta e Manometria Esofágica. Hérnia Hiatal foi definida endoscopicamente por uma distância igual ou maior que 2 cm entre o pinçamento diafragmático e a junção escamo-colunar e Dismotilidade Esofágica quando a ME identificou amplitude das ondas peristálticas no esôfago distal < 30 mmHg e/ou menos de 80% de contrações efetivas. Foi feita a divisão dos pacientes para a análise estatística em 2 grupos, com e sem HH. Resultados: Pacientes com DRGE portadores de HH tiveram prevalência de DE igual a 14,8% e os sem HH, prevalência de 7,7% (p = 0,041). O grupo de pacientes com HH apresentou também maior frequência de esofagite erosiva (47,5% contra 24,2%, p <0,001), menor valor de pressão no EEI (10,4 versus 13,10; p < 0,001) e maior frequência de indivíduos com valores de pH-metria anormais (p < 0,001). A razão bruta de prevalências de DE, segundo a presença de HH, foi 1,92 (IC: 1,04 - 3,53; p = 0,037), porém essa associação não persistiu quando controlada por idade, esofagite, pH-metria alterada e EEI alterado (RP ajustada: 1,69; IC: 0,68 – 4,15; p = 0,257). Conclusão: Apesar da prevalência de DE no grupo HH ter sido maior do que no grupo sem HH, a associação entre HH e DE em indivíduos com DRGE desaparece ao se controlar por co-variáveis relevantes, levando a crer que neste tipo de paciente, HH não é fator de risco independente destas variáveis. / Introduction: The pathophysiology of gastroesophageal reflux disease is multifactorial, where esophageal motility is one of the factors implicated in its genesis. However, there is still no consensus on the existence of an association between esophageal dysmotility and hiatal hernia in patients with gastroesophageal reflux disease. The objective of this study was to establish the prevalence of esophageal dysmotility in patients with hiatal herina and to determine if herniation is a factor related to esophageal dysmotility. Methods: The study included 356 patients with a clinical diagnosis of gastroesophageal reflux disease submitted to upper digestive endoscopy and esophageal functional dagnostics. Hiatal Hernia was defined endoscopically by a distance equal to or greater than 2 cm between the diaphragmatic constriction and the squamo-columnar junction and esophageal dysmoyility when the esophageal manometry identified the amplitude of the peristaltic waves in the distal esophagus are < 30 mmHg and/or less than 80% of effective contractions. For statistical analysis, the patients were divided into 2 grups: with and without HH. Results: Gastroesophageal reflux disease patients with hiatal hernia had a prevalence of esophageal dysmotility equal to 14.8% and those without hiatal hernia, a prevalence of 7.7% (p = 0.041). The group of patients with hiatal hernia also showed a greater frequency of erosive esophagitis (47.5% versus 24.2%, p <0.001), lower low esophageal sphincter pressure (10.4 versus 13.10; p < 0.001) and greater frequency of individuals with abnormal pH-metry values (p < 0.001). The crude prevalence ratios for esophageal dysmotility, according to the presence of hiatal hernia, was 1.92 (CI: 1.04 - 3.53; p = 0.037), but this association did not persist when controlled for age, esophagitis, altered pH-metry and altered low esophageal sphincter (adjusted PR: 1.69; CI: 0.68 – 4.15; p = 0.257). Conclusion: Despite the prevalence of esophageal dysmotility in the hiatal hernia group being higher than that in the group without hiatal hernia, the association between hiatal hernia and esophageal dysmotility in individuals with gastroesophageal reflux disease disappeared on controlling for relevant co-variables, leading us to believe that in this type of patient, hiatal hernia is not a risk factor independent of these variables.
|
175 |
Associação da motilidade esofágica ineficaz com a exposição ácida elevada no esôfago distal / Association of pathological acid exposure in the distal esophagus with inefficient esophageal motilityGomes Júnior, Paulo Roberto de Miranda January 2009 (has links)
Objetivos: Avaliar a associação entre a dismotilidade esofágica, caracterizada como Motilidade Esofágica Ineficaz (MEI), com a presença de refluxo ácido patológico avaliado pela pH-metria de 24 horas, controlando por Esfíncter Esofágico Inferior (EEI) estruturalmente defeituoso, Hérnia Hiatal (HH) e Esofagite, em pacientes em investigação de Doença do Refluxo Gastroesofágico. Métodos: Foram estudados 311 pacientes referenciados para investigação de DRGE em laboratório de motilidade esofágica. Os pacientes foram submetidos à Endoscopia Digestiva Alta (EDA), Manometria Esofágica, pHmetria Esofágica de 24 horas e a uma entrevista sobre os sintomas clínicos apresentados. Foram comparados os grupos de pH-metria negativa com o de pH-metria positiva quanto à presença dos fatores de risco – MEI, EEI defeituoso, HH e Esofagite. A associação entre MEI e pH-metria positiva foi primeiramente avaliada através de análise univariada e, posteriormente, através de análise de regressão logística (multivariada). Resultados: Do total de 311 pacientes estudados, 208 preencheram os critérios de inclusão. A idade média foi 47 anos, com 88 pacientes apresentando pH-metria normal e 120 pH-metria positiva. Após a análise univariada, foi observado que a ocorrência de MEI, EEI defeituoso e HH foi significativamente maior no grupo de pH-metria positiva. Após análise de regressão logística, a ocorrência de MEI e EEI defeituoso permaneceram significativamente maior no grupo de pH-metria positiva. Conclusões: MEI está associada à presença de refluxo ácido anormal, avaliado através de pH-metria esofágica de 24 horas, independentemente da presença de EEI defeituoso, HH ou Esofagite. / Objectives: To assess the association between esophageal dysmotility, characterized as inefficient esophageal motility (IEM), and the presence of pathological acid reflux due to a structurally defective lower esophageal sphincter (LES), hiatus hernia (HH), or esophagitis in patients suspected of having gastroesophageal Reflux reflux disease (GERD). Methods: Three hundred and eleven patients referred for GERD diagnostic procedures in a gastroesopahgeal motility laboratory were included in the study. Patients underwent upper endoscopy (UE), esophageal manometry, 24-hour esophageal pH-metry and an interview regarding their clinical symptoms. The following risk factors of patients in the negative pH-metry group were compared to those in the positive pH-metry group: IEM, defective LES, HH, and esophagitis. The association between IEM and positive pH-metry results was first assessed by means of univariate analysis and later determined with logistic regression analysis (multivariate). Results: Of the total 311 patients studied, 208 met the inclusion criteria (mean age 47 years); 88 had normal pH-metry reslults and 120 had positive pH-metry results. Univariate analysis revealed that the occurrence of IEM, defective LES, and HH was significantly greater in the positive pH-metry group. Following logistic regression analysis, the occurrence of IEM remained significantly greater in the positive pH-metry group. Conclusions: IEM is associated with the presence of abnormal acid reflux, as assessed by 24-hour esophageal pH-metry, regardless of the presence of defective LES, HH, or esophagitis.
|
176 |
Associação da motilidade esofágica ineficaz com a exposição ácida elevada no esôfago distal / Association of pathological acid exposure in the distal esophagus with inefficient esophageal motilityGomes Júnior, Paulo Roberto de Miranda January 2009 (has links)
Objetivos: Avaliar a associação entre a dismotilidade esofágica, caracterizada como Motilidade Esofágica Ineficaz (MEI), com a presença de refluxo ácido patológico avaliado pela pH-metria de 24 horas, controlando por Esfíncter Esofágico Inferior (EEI) estruturalmente defeituoso, Hérnia Hiatal (HH) e Esofagite, em pacientes em investigação de Doença do Refluxo Gastroesofágico. Métodos: Foram estudados 311 pacientes referenciados para investigação de DRGE em laboratório de motilidade esofágica. Os pacientes foram submetidos à Endoscopia Digestiva Alta (EDA), Manometria Esofágica, pHmetria Esofágica de 24 horas e a uma entrevista sobre os sintomas clínicos apresentados. Foram comparados os grupos de pH-metria negativa com o de pH-metria positiva quanto à presença dos fatores de risco – MEI, EEI defeituoso, HH e Esofagite. A associação entre MEI e pH-metria positiva foi primeiramente avaliada através de análise univariada e, posteriormente, através de análise de regressão logística (multivariada). Resultados: Do total de 311 pacientes estudados, 208 preencheram os critérios de inclusão. A idade média foi 47 anos, com 88 pacientes apresentando pH-metria normal e 120 pH-metria positiva. Após a análise univariada, foi observado que a ocorrência de MEI, EEI defeituoso e HH foi significativamente maior no grupo de pH-metria positiva. Após análise de regressão logística, a ocorrência de MEI e EEI defeituoso permaneceram significativamente maior no grupo de pH-metria positiva. Conclusões: MEI está associada à presença de refluxo ácido anormal, avaliado através de pH-metria esofágica de 24 horas, independentemente da presença de EEI defeituoso, HH ou Esofagite. / Objectives: To assess the association between esophageal dysmotility, characterized as inefficient esophageal motility (IEM), and the presence of pathological acid reflux due to a structurally defective lower esophageal sphincter (LES), hiatus hernia (HH), or esophagitis in patients suspected of having gastroesophageal Reflux reflux disease (GERD). Methods: Three hundred and eleven patients referred for GERD diagnostic procedures in a gastroesopahgeal motility laboratory were included in the study. Patients underwent upper endoscopy (UE), esophageal manometry, 24-hour esophageal pH-metry and an interview regarding their clinical symptoms. The following risk factors of patients in the negative pH-metry group were compared to those in the positive pH-metry group: IEM, defective LES, HH, and esophagitis. The association between IEM and positive pH-metry results was first assessed by means of univariate analysis and later determined with logistic regression analysis (multivariate). Results: Of the total 311 patients studied, 208 met the inclusion criteria (mean age 47 years); 88 had normal pH-metry reslults and 120 had positive pH-metry results. Univariate analysis revealed that the occurrence of IEM, defective LES, and HH was significantly greater in the positive pH-metry group. Following logistic regression analysis, the occurrence of IEM remained significantly greater in the positive pH-metry group. Conclusions: IEM is associated with the presence of abnormal acid reflux, as assessed by 24-hour esophageal pH-metry, regardless of the presence of defective LES, HH, or esophagitis.
|
177 |
Existe associação entre dismotilidade esofágica e hérnia hiatal em pacientes com doença do refluxo gastroesofágico? / Importance of hiatal hernia for occurence of ineffective esophageal motility in patients with gastroesophageal reflux diseaseConrado, Leonardo Menegaz January 2010 (has links)
Introdução: A fisiopatologia da Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é multifatorial, sendo a motilidade esofágica um dos fatores implicados na sua gênese. Todavia, ainda não há consenso sobre a existência de associação entre dismotilidade e Hérnia Hiatal (HH) em pacientes com DRGE. Esse estudo tem como objetivo estabelecer a prevalência de Dismotilidade Esofágica (DE) em pacientes com HH e avaliar se a herniação é fator relacionado à DE. Métodos: Foram estudados 356 pacientes com diagnóstico clínico de DRGE submetidos à Endoscopia Digestiva Alta e Manometria Esofágica. Hérnia Hiatal foi definida endoscopicamente por uma distância igual ou maior que 2 cm entre o pinçamento diafragmático e a junção escamo-colunar e Dismotilidade Esofágica quando a ME identificou amplitude das ondas peristálticas no esôfago distal < 30 mmHg e/ou menos de 80% de contrações efetivas. Foi feita a divisão dos pacientes para a análise estatística em 2 grupos, com e sem HH. Resultados: Pacientes com DRGE portadores de HH tiveram prevalência de DE igual a 14,8% e os sem HH, prevalência de 7,7% (p = 0,041). O grupo de pacientes com HH apresentou também maior frequência de esofagite erosiva (47,5% contra 24,2%, p <0,001), menor valor de pressão no EEI (10,4 versus 13,10; p < 0,001) e maior frequência de indivíduos com valores de pH-metria anormais (p < 0,001). A razão bruta de prevalências de DE, segundo a presença de HH, foi 1,92 (IC: 1,04 - 3,53; p = 0,037), porém essa associação não persistiu quando controlada por idade, esofagite, pH-metria alterada e EEI alterado (RP ajustada: 1,69; IC: 0,68 – 4,15; p = 0,257). Conclusão: Apesar da prevalência de DE no grupo HH ter sido maior do que no grupo sem HH, a associação entre HH e DE em indivíduos com DRGE desaparece ao se controlar por co-variáveis relevantes, levando a crer que neste tipo de paciente, HH não é fator de risco independente destas variáveis. / Introduction: The pathophysiology of gastroesophageal reflux disease is multifactorial, where esophageal motility is one of the factors implicated in its genesis. However, there is still no consensus on the existence of an association between esophageal dysmotility and hiatal hernia in patients with gastroesophageal reflux disease. The objective of this study was to establish the prevalence of esophageal dysmotility in patients with hiatal herina and to determine if herniation is a factor related to esophageal dysmotility. Methods: The study included 356 patients with a clinical diagnosis of gastroesophageal reflux disease submitted to upper digestive endoscopy and esophageal functional dagnostics. Hiatal Hernia was defined endoscopically by a distance equal to or greater than 2 cm between the diaphragmatic constriction and the squamo-columnar junction and esophageal dysmoyility when the esophageal manometry identified the amplitude of the peristaltic waves in the distal esophagus are < 30 mmHg and/or less than 80% of effective contractions. For statistical analysis, the patients were divided into 2 grups: with and without HH. Results: Gastroesophageal reflux disease patients with hiatal hernia had a prevalence of esophageal dysmotility equal to 14.8% and those without hiatal hernia, a prevalence of 7.7% (p = 0.041). The group of patients with hiatal hernia also showed a greater frequency of erosive esophagitis (47.5% versus 24.2%, p <0.001), lower low esophageal sphincter pressure (10.4 versus 13.10; p < 0.001) and greater frequency of individuals with abnormal pH-metry values (p < 0.001). The crude prevalence ratios for esophageal dysmotility, according to the presence of hiatal hernia, was 1.92 (CI: 1.04 - 3.53; p = 0.037), but this association did not persist when controlled for age, esophagitis, altered pH-metry and altered low esophageal sphincter (adjusted PR: 1.69; CI: 0.68 – 4.15; p = 0.257). Conclusion: Despite the prevalence of esophageal dysmotility in the hiatal hernia group being higher than that in the group without hiatal hernia, the association between hiatal hernia and esophageal dysmotility in individuals with gastroesophageal reflux disease disappeared on controlling for relevant co-variables, leading us to believe that in this type of patient, hiatal hernia is not a risk factor independent of these variables.
|
178 |
ESTUDO DA DEGLUTIÇÃO EM PACIENTES COM QUEIXA DE REFLUXO GASTROESOFAGEANO E GLÓBUS FARÍNGEO / STUDY OF SWALLOWING IN PATIENTS WITH COMPLAINTS OF GASTROESOPHAGEAL REFLUX AND PHARYNGEAL BOLUSNeves, Patrícia Maria da Costa 26 August 2012 (has links)
The Gastroesophageal Reflux Disease (GERD) and the symptoms of the Pharyngeal Bolus can make the subject show complaints of impairments of swallowing. The goal of this study was to analyze the dynamics of swallowing in subjects that showed GERD and/or Pharyngeal Bolus through videofluoroscopy in young adults and old people. The reports of 34 subjects between 18 and 85 years old from both genders from the Radiology and Image Service of the Gastroenterological Institute of São Paulo were analyzed and categorized in groups: G1 - with GERD; G2 - with Pharyngeal Bolus; G3 - with Pharyngeal Bolus and GERD; and in sub-groups GA - elderly and GB - adults, with an average age of 74.9 and 43.8 years respectively, in order to study if the effects of ageing would represent an impact on the swallowing physiology. The analyses of the characteristics of the oral an pharyngeal phases of swallowing were carried out in percentages through the spreadsheets and based on the Ott et al. scales, (1996) to the oropharyngeal swallowing dysphagia, in slight, moderate and severe dysphagia -, and based on the Martin-Harris et al. scale, (2007) to the pharyngeal swallowing. The analysis of the pharyngeal phase was realized on the percentages of the most evident characteristics and also with the examination of the statistics of dependant variables. The chi-square test was used, with the level of significance p < 0,05 among the groups, so as to analyze a possible association among the variables. The results showed delay in the control and transportation of the food bolus and intraoral stasis with higher percentage on G3 and in tongue base on G2. There was a predominance of early pharyngeal swallowing in vallecula and piriform recesses in all groups. The laryngeal penetration occurred in all groups, but the incidence was higher in G1 and 1 subject breathed. The cleaning maneuvers were performed in all of them, with the most evident DS in higher levels to the pudding consistency. The harshness degree ranged from normal swallowing to slight dysphagia for all. The study of the relations among the characteristics of the pharyngeal phase presented significant results (p < 0,05) to the relation of the variables beginning of pharyngeal swallowing with laryngeal penetration and the beginning place of the pharyngeal swallowing with the harshness degree of the oropharyngeal dysphagia in young adults. / A Doença do Refluxo Gastroesofageano (DRGE) e o sintoma do Glóbus Faríngeo podem levar o sujeito a apresentar queixas de distúrbios da deglutição. O objetivo do estudo foi analisar a dinâmica da deglutição em sujeitos que apresentaram DRGE e / ou Glóbus Faríngeo por meio da videofluoroscopia em adultos jovens e idosos. Foram interpretados laudos de 34 sujeitos com idade entre 18 e 85 anos, de ambos os sexos, do Serviço de Radiologia e Imagem do Instituto Gastroenterológico de São Paulo, caracterizados como: G1 - Grupo com DRGE; G2 - Grupo com Glóbus Faríngeo; G3 - Grupo com Glóbus Faríngeo e DRGE; e criados os subgrupos GA adultos idosos e GB - adultos jovens com média de idade de 74,9 e 43,8 anos respectivamente, para estudar se os efeitos da idade apresentariam impacto na fisiologia da deglutição. As análises das características das fases oral e faríngea da deglutição foram realizadas em percentuais através de planilhas e baseadas nas escalas de Ott et al. (1996) para disfagias orofaríngeas em disfagia leve, moderada e grave e na escala de Martin-Harris et al. (2007) para a deglutição faríngea. A análise da fase faríngea foi realizada diante dos percentuais das características de maior evidência e analisada a estatística de variáveis dependentes. Foi utilizado o teste Qui - quadrado, com nível de significância p < 0,05 nos grupos, para avaliar possível associação entre as variáveis. Os resultados mostraram atraso no controle e transporte do bolo alimentar e estase intraoral com maior percentual no G3 e em base de língua para o G2. Houve predomínio de início de deglutição faríngea em valécula e recessos piriformes para todos os grupos. A penetração laríngea ocorreu em todos grupos, mas a maior incidência foi em G1. Nas manobras de limpeza a deglutição seca apresentou maior evidência em níveis mais elevados para a consistência pudim. O grau de severidade variou entre deglutição normal e disfagia leve para todos os grupos estudados. O estudo da relação entre as características da fase faríngea apresentou resultados significativos (p < 0,05) para a relação das variáveis início de deglutição faríngea com penetração laríngea e com grau de severidade das disfagias orofaríngeas para todos os grupos.
|
179 |
Eventos com aparente risco de vida: prevalência, causas e investigação clínicaAnjos, Alessandra Marques dos January 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2013-08-07T19:07:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1
000386665-Texto+Completo-0.pdf: 602606 bytes, checksum: 2f574d01a7a0eb2df1aeb0e30bc6de9c (MD5)
Previous issue date: 2006 / Objectives: Describe the routine used for investigation of etiology and follow up of patients with ALTE studied prospectively at the Hospital São Lucas of PUCRS. Method: Transversal study with the prospective collection of data to determine the prevalence of ALTE in children from 0 to 2 years hospitalized in the São Lucas Hospital, with the description of the characteristics of these patients. A cohort study was carried out to evaluate the follow up of these patients. The Fischer’s exact test was used. A logistic regression was done with the variables that had more clinical relevance. Results: The prevalence of ALTE was 4,2% (IC95% 2,9 – 5,9%). Males were predominant (73,3%), at three months of age (80%) and term (70%). Neonatal neurological problems were reported in 13,4% of the cases, neurological alterations in 10%, previous illness in 20%, history of vaccination in 3,3%, occurred in the vigil state in 83% of the cases. Report of maternal tobacco use in 13,3% of the cases, 6,7% of the mothers had psychiatric consults. 53,3% of idiopathic cases were described, 20% of gastroesophagic reflux, 13,3% of neurological causes. The variables studied were not statistically significant. There was no report of sudden death. Conclusion: The prevalence, frequency of idiopathic cases and determined causes are similar to those described previously in literature. The case with the worst prognosis was related to the malformation of the central nervous system. The studied variables were not statistically significant in relation to the recurrence of the ALTE episode and were not elucidative for the diagnosis. There was no report of sudden death in this population. / Objetivos: Descrever os casos de ALTE acompanhados prospectivamente no Hospital São Lucas da PUCRS, determinando a prevalência e as causas de ALTE em crianças de 0 a 2 anos e sua associação com caracteristicas clínicas. Métodos: Estudo transversal com coleta prospectiva de dados para determinar a prevalência de ALTE em crianças de zero a 2 anos internadas no Hospital São Lucas com descrição das características destes pacientes. Realizado estudo de coorte para avaliar o seguimento destes pacientes. Realizada regressão logística com as variáveis de maior relevância clínica : sexo, idade, idade gestacional, problema neurológico neonatal, antecedentes médicos, ciclo sono-vigília, tratamento psiquiátrico materno. Resultados: A prevalência de ALTE foi 4,2%. Predomínio masculino em 73,3%, até 3 meses em 80%, em crianças nascidas a termo (70%), 13,4% com problemas neurológicos neonatais, 10% com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e 20% com doença prévia, história de vacinação prévia em 3,3%. 83% dos episódios ocorreram em vigília, tabagismo materno em 13,3% e 6,7% das mães realizaram acompanhamento psiquiátrico. Foram descritos 53,3% de casos idiopáticos, 20% de refluxo gastroesofágico, 13,3% de causas neurológicas. Não houve significância estatística entre as variáveis estudadas. Não ocorreu relato de morte súbita. Conclusão: A prevalência, a frequência de casos idiopáticos e causas determinadas assemelham-se à descrita previamente na literatura. O pior prognóstico relacionou-se com malformação do sistema nervoso central. As variáveis estudadas não foram preditivas quanto a recorrência do episódio de ALTE, nem influenciaram na elucidação do diagnóstico.
|
180 |
Utilização de pHmetria de múltiplos canais para estudo de refluxo distal em pacientes em pós-operatório de fundoplicatura por esôfago de Barrett / Use of multiple channel pH monitoring for evaluation of distal reflux in patients after fundoplication for treatment of Barrett´s esophagusFrancisco Carlos Bernal da Costa Seguro 31 March 2010 (has links)
INTRODUÇÃO: Há relatos de ocorrência de displasia e adenocarcinoma esofágico em pacientes com esôfago de Barrett submetidos a tratamento cirúrgico com fundoplicatura bem sucedido, comprovado pela realização de pHmetria esofágica prolongada sem evidência de acidez em esôfago, o que sugere que pode ocorrer refluxo distal ao cateter de pHmetria, não detectado por esse método. Essa hipótese motivou o desenvolvimento de metodologia para avaliar a presença de refluxo 1cm acima da borda superior do esfíncter inferior do esôfago (EIE). OBJETIVO: Comparar a exposição ácida em 3 diferentes níveis: 5cm acima da borda superior EIE, 1cm acima da borda superior do EIE e em região intra-esfincteriana. CASUÍSTICA E MÉTODO: 11 pacientes com esôfago de Barrett, submetidos à fundoplicatura à Nissen para tratamento do refluxo gastroesofágico, sem sintomas de refluxo e com endoscopia e estudo radiográfico contrastado de esôfago sem sinais de recidiva, foram selecionados. Foram submetidos à manometria esofágica para avaliar a localização e a extensão do EIE. Realizou-se então pHmetria esofágica com 4 canais: canal A: 5cm acima da borda superior do EIE; canal B: 1cm acima; canal C: intraesfincteriano, na porção média entre a borda superior e inferior do EIE; canal D: em posição intragástrica. Avaliou-se o escore de DeMeester no canal A, para detectar refluxo patológico. Comparou-se o número de episódios de refluxo ácido, o número de episódios de refluxo prolongado e a fração de tempo com pH < 4,0 nos canais A e B. Comparou-se a fração de tempo de pH < 4,0 nos canais B e C. A fração de tempo com pH < 4,0 no canal D foi usada como parâmetro para não migração proximal do cateter. RESULTADOS: Houve maior número de episódios de refluxo e maior fração de tempo com pH < 4,0 no canal B do que no canal A, com significância estatística, sendo a mediana do tempo de exposição ácida menor que 1,5%. Por outro lado, houve menor fração de tempo com pH < 4,0 no canal B do que no canal C, sugerindo competência do esfíncter em conter o refluxo gastroesofágico. Um paciente apresentou refluxo patológico no canal A, apesar de não ter evidência até então de refluxo. Dois casos de adenocarcinoma esofágico foram diagnosticados nos pacientes do grupo estudado. CONCLUSÕES: A região 1cm acima da borda superior do EIE está mais exposta a acidez do que a região 5cm acima da borda superior do EIE, embora a exposição ácida seja em níveis bem reduzidos. A região 1cm acima da borda superior do EIE está menos exposta a acidez do que a região intraesfincteriana, demonstrando eficácia da fundoplicatura em conter o refluxo nesse nível / INTRODUCTION: There are reports of dysplasia and esophageal adenocarcinoma occurring in patients with Barrett´s esophagus after successful surgical treatment with fundoplication, confirmed with prolonged esophageal pH monitoring showing no acid in esophagus, suggesting that there might be reflux distal to the catheter, not detected by this method. This hypothesis led to the development of methodology to evaluate the occurrence of reflux 1cm above the upper border of the lower esophageal sphincter (LES). OBJECTIVE: Compare the acid exposition in three different levels: 5cm above the upper border of the LES, 1cm above the upper border of the LES and in the intrasphincteric region. CASUISTIC AND METHODS: 11 patients with Barrett´s esophagus, submitted to Nissen fundoplication as treatment for gastroesophageal reflux, with no symptoms of reflux and with endoscopy and contrasted esophageal radiograph, were selected. The patients underwent esophageal manometry to evaluate the location and extension of the LES. After that, they underwent a 4-channel pH monitoring: channel A: 5cm above the upper border of the LES; channel B: 1cm above the upper border of the LES; channel C: intrasphincteric, in the mid-portion between the upper and lower border of the LES; channel D: intragastric. The DeMeester score was assessed in channel A, to detect pathologic reflux. The number of reflux episodes, the number of prolonged episodes and the fraction of time with pH < 4,0 were compared in channels A and B. The fraction of time with pH < 4,0 was compared in channels B and C. The fraction of time with pH < 4,0 in channel D was used as a parameter to ensure no proximal migration of the catheter. RESULTS: There were more episodes of reflux and a higher fraction of time with pH < 4,0 in channel B than in channel A, with statistical significance. On the other hand, there was lesser fraction of time with pH < 4,0 in channel B than in channel C, suggesting competence of the sphincter in preventing gastroesophageal reflux. One patient presented pathologic reflux in channel A, besides no other evidence of that. Two cases of esophageal adenocarcinoma were diagnosed in the studied patients. CONCLUSIONS: the region 1cm above the upper border of the LES is more exposed to acid than the region 5cm above the upper border of the LES, although this exposure occurred in reduced levels. The region 1cm above the upper border of the LES is less exposed to acid than the intrasphincteric region
|
Page generated in 0.038 seconds