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Comparação dos efeitos do benazepril e da losartana sobre a função endotelial e a rigidez arterial em pacientes diabéticos com hipertensão não controlada por anlodipino / Comparison of benazepril and losartan on endothelial function and vascular stiffness in hypertensive diabetic patients with hypertension not controlled by amlodipineRonaldo Altenburg Odebrecht Curi Gismondi 03 March 2015 (has links)
Em pacientes hipertensos e diabéticos, o sistema renina-angiotensina-aldosterona está relacionado com disfunção endotelial, rigidez vascular e aterosclerose. As principais medicações disponíveis para a inibição desse sistema são os inibidores da enzima conversora de angiotensina e os bloqueadores do receptor AT1 de angiotensina. A maioria das diretrizes internacionais faz as mesmas recomendações para as duas classes, mas diferenças no seu mecanismo de ação podem ter relevância clínica. O objetivo principal foi comparar benazepril e losartana em pacientes hipertensos e diabéticos com pressão arterial não controlada por anlodipino, analisando parâmetros inflamatórios (proteína C reativa), da função endotelial (através da dilatação mediada por fluxo da artéria braquial) e de rigidez vascular (através da velocidade da onda de pulso e das pressões aórticas). O objetivo secundário foi, através de uma análise post-hoc, pesquisar se há interação entre as estatinas e os inibidores do sistema renina-angiotensina-aldosterona. Pressão arterial, função endotelial e rigidez vascular foram comparados entre usuários e não-usuários de estatina. Os dados estão apresentados como mediana (intervalo interquartil). Os resultados principais mostraram que o grupo benazepril apresentou menor proteína C reativa [0,38 (0,15-0,95) mg/dl vs 0,42 (0,26-0,59) mg/dl, p=0,020]. Houve, ainda, uma leve melhora da dilatação mediada por fluxo da artéria braquial no grupo benazepril (aumento 45%, p=0,057) em comparação com o grupo losartana (aumento 19%, p=0,132). Não houve diferença na velocidade da onda de pulso [8,5 (7,8-9,4) m/s vs 8,5 (7,0-9,7) m/s, p=0,280] e na pressão aórtica sistólica [129 (121-145) mmHg vs 123 (117-130) mmHg, p=0,934] entre os grupos benazepril e losartana. Nos resultados secundários, observou-se que o grupo usuário de estatina apresentou maior redução na pressão arterial sistólica média das 24 horas [134 (120-146) mmHg para 122 (114-135) mmHg, p=0,007] e melhora na dilatação mediada por fluxo da artéria braquial [6,5% (5,1-7,1) para 10,9% (7,3-12,2), p=0,003] quando comparado com o grupo não usuário [137 (122-149) mmHg para 128 (122-140) mmHg, p=0,362, e 7,5% (6,0-10,2) para 8,3% (7,5-9,9), p=0,820, respectivamente]. Não houve diferença na velocidade de onda de pulso e nas pressões aórticas entre usuários ou não de estatina. Pode-se concluir que, em pacientes diabéticos com a pressão arterial não controlada por anlodipino, o benazepril promoveu maior redução da proteína C reativa e melhora da função endotelial em relação à losartana. Além disso, o uso combinado de estatinas, anlodipino e inibidores do sistema renina-angiotensina-aldosterona melhorou a resposta anti-hipertensiva e a função endotelial em pacientes hipertensos e diabéticos. / In hypertensive diabetic patients, the renin-angiotensin-aldosterone system is related to endothelial dysfunction, vascular stiffness and atherosclerosis. Angiotensin converting enzyme inhibitors and angiotensin receptor blockers are two of the most important medications that inhibit this system. Most international guidelines recommend them interchangeably, albeit small differences may have clinical relevance. The main objective was to compare inflammatory parameters (by C-reactive protein), endothelial function (by flow-mediated vasodilation) and vascular stiffness (by pulse wave velocity and aortic pressures) between benazepril and losartan in hypertensive diabetic patients whose blood pressure was not controlled by amlodipine. The secondary objective was a post-hoc analysis to study possible synergism between statins and renin-angiotensin-aldosterone system inhibitors. Blood pressure reduction, endothelial function and vascular stiffness were compared between patients using or not statins. Main results showed that C-reactive protein had lower values in benazepril group [0.38 (0.15-0.95) mg/dl vs 0.42 (0.26-0.59) mg/dl, p=0.020]. There was a slightly higher flow-mediated vasodilation response in benazepril group (45% of increase, p=0.057) than in losartan group (19% of increase, p=0.132). Aortic systolic blood pressure [129 (121-145) mmHg vs 123 (117-130) mmHg, p=0.934] and carotid-femoral pulse wave velocity [8.5 (7.8-9.4) m/s vs 8.5 (7.0-9.7) m/s, p=0.280] were the same between groups. Secondary results showed that patients using statins had greater reduction in mean systolic blood pressure in 24 hour monitoring [134 (120-146) mmHg to 122 (114-135) mmHg, p=0.007] than patients not using statins [137 (122-149) mmHg to 128 (122-140) mmHg, p=0.362]. Patients using statins had higher flow-mediated vasodilation response [6.5% (5.1-7.1) to 10.9% (7.3-12.2), p=0.003] than those not using statins [7.5% (6.0-10.2) to 8.3% (7.5-9.9), p=0.820]. There was no difference in pulse wave velocity nor in aortic pressure between patients using or not statins. Hypertensive diabetic patients in use of benazepril had a greater reduction in C-reactive protein and a slight improvement in flow-mediated vasodilation than those taking losartan. Moreover, combination of statin, anlodipine and renin-angiotensin-aldosterone system inhibitors promoted greater blood pressure reduction and amelioration of endothelial function in hypertensive diabetic patients.
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Comparação dos efeitos do benazepril e da losartana sobre a função endotelial e a rigidez arterial em pacientes diabéticos com hipertensão não controlada por anlodipino / Comparison of benazepril and losartan on endothelial function and vascular stiffness in hypertensive diabetic patients with hypertension not controlled by amlodipineRonaldo Altenburg Odebrecht Curi Gismondi 03 March 2015 (has links)
Em pacientes hipertensos e diabéticos, o sistema renina-angiotensina-aldosterona está relacionado com disfunção endotelial, rigidez vascular e aterosclerose. As principais medicações disponíveis para a inibição desse sistema são os inibidores da enzima conversora de angiotensina e os bloqueadores do receptor AT1 de angiotensina. A maioria das diretrizes internacionais faz as mesmas recomendações para as duas classes, mas diferenças no seu mecanismo de ação podem ter relevância clínica. O objetivo principal foi comparar benazepril e losartana em pacientes hipertensos e diabéticos com pressão arterial não controlada por anlodipino, analisando parâmetros inflamatórios (proteína C reativa), da função endotelial (através da dilatação mediada por fluxo da artéria braquial) e de rigidez vascular (através da velocidade da onda de pulso e das pressões aórticas). O objetivo secundário foi, através de uma análise post-hoc, pesquisar se há interação entre as estatinas e os inibidores do sistema renina-angiotensina-aldosterona. Pressão arterial, função endotelial e rigidez vascular foram comparados entre usuários e não-usuários de estatina. Os dados estão apresentados como mediana (intervalo interquartil). Os resultados principais mostraram que o grupo benazepril apresentou menor proteína C reativa [0,38 (0,15-0,95) mg/dl vs 0,42 (0,26-0,59) mg/dl, p=0,020]. Houve, ainda, uma leve melhora da dilatação mediada por fluxo da artéria braquial no grupo benazepril (aumento 45%, p=0,057) em comparação com o grupo losartana (aumento 19%, p=0,132). Não houve diferença na velocidade da onda de pulso [8,5 (7,8-9,4) m/s vs 8,5 (7,0-9,7) m/s, p=0,280] e na pressão aórtica sistólica [129 (121-145) mmHg vs 123 (117-130) mmHg, p=0,934] entre os grupos benazepril e losartana. Nos resultados secundários, observou-se que o grupo usuário de estatina apresentou maior redução na pressão arterial sistólica média das 24 horas [134 (120-146) mmHg para 122 (114-135) mmHg, p=0,007] e melhora na dilatação mediada por fluxo da artéria braquial [6,5% (5,1-7,1) para 10,9% (7,3-12,2), p=0,003] quando comparado com o grupo não usuário [137 (122-149) mmHg para 128 (122-140) mmHg, p=0,362, e 7,5% (6,0-10,2) para 8,3% (7,5-9,9), p=0,820, respectivamente]. Não houve diferença na velocidade de onda de pulso e nas pressões aórticas entre usuários ou não de estatina. Pode-se concluir que, em pacientes diabéticos com a pressão arterial não controlada por anlodipino, o benazepril promoveu maior redução da proteína C reativa e melhora da função endotelial em relação à losartana. Além disso, o uso combinado de estatinas, anlodipino e inibidores do sistema renina-angiotensina-aldosterona melhorou a resposta anti-hipertensiva e a função endotelial em pacientes hipertensos e diabéticos. / In hypertensive diabetic patients, the renin-angiotensin-aldosterone system is related to endothelial dysfunction, vascular stiffness and atherosclerosis. Angiotensin converting enzyme inhibitors and angiotensin receptor blockers are two of the most important medications that inhibit this system. Most international guidelines recommend them interchangeably, albeit small differences may have clinical relevance. The main objective was to compare inflammatory parameters (by C-reactive protein), endothelial function (by flow-mediated vasodilation) and vascular stiffness (by pulse wave velocity and aortic pressures) between benazepril and losartan in hypertensive diabetic patients whose blood pressure was not controlled by amlodipine. The secondary objective was a post-hoc analysis to study possible synergism between statins and renin-angiotensin-aldosterone system inhibitors. Blood pressure reduction, endothelial function and vascular stiffness were compared between patients using or not statins. Main results showed that C-reactive protein had lower values in benazepril group [0.38 (0.15-0.95) mg/dl vs 0.42 (0.26-0.59) mg/dl, p=0.020]. There was a slightly higher flow-mediated vasodilation response in benazepril group (45% of increase, p=0.057) than in losartan group (19% of increase, p=0.132). Aortic systolic blood pressure [129 (121-145) mmHg vs 123 (117-130) mmHg, p=0.934] and carotid-femoral pulse wave velocity [8.5 (7.8-9.4) m/s vs 8.5 (7.0-9.7) m/s, p=0.280] were the same between groups. Secondary results showed that patients using statins had greater reduction in mean systolic blood pressure in 24 hour monitoring [134 (120-146) mmHg to 122 (114-135) mmHg, p=0.007] than patients not using statins [137 (122-149) mmHg to 128 (122-140) mmHg, p=0.362]. Patients using statins had higher flow-mediated vasodilation response [6.5% (5.1-7.1) to 10.9% (7.3-12.2), p=0.003] than those not using statins [7.5% (6.0-10.2) to 8.3% (7.5-9.9), p=0.820]. There was no difference in pulse wave velocity nor in aortic pressure between patients using or not statins. Hypertensive diabetic patients in use of benazepril had a greater reduction in C-reactive protein and a slight improvement in flow-mediated vasodilation than those taking losartan. Moreover, combination of statin, anlodipine and renin-angiotensin-aldosterone system inhibitors promoted greater blood pressure reduction and amelioration of endothelial function in hypertensive diabetic patients.
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Estudo das propriedades mecânicas das células de músculo liso vascular em situações fisiológicas e patológicas / Study of the mechanical properties of vascular smooth muscle cells under physiological and pathological situationsDinardo, Carla Luana 02 December 2015 (has links)
Introdução: As células do músculo liso vascular (CMLV) são quiescentes nos vasos adultos, com baixa capacidade de migração e de secreção de matriz extracelular, caracterizando fenótipo contrátil. Evidências apontam para a heterogeneidade fenotípica das CMLV ao longo da árvore arterial: há distribuição heterogênea de doenças e de resposta a determinadas drogas nos diferentes vasos, além de variabilidade de expressão dos genes de proteínas contráteis de músculo liso entre eles. O papel das CMLV, em fase adulta, é classicamente descrito como restrito à regulação do tônus de pequenos vasos, sendo insignificante a contribuição da mecânica das CMLV para a complacência das artérias elásticas. Existe a hipótese de que a viscoelasticidade das CMLV contribua para a mecânica final das artérias, sendo o enrijecimento dessas células associado à rigidez arterial. Objetivo: Estudar a variabilidade das propriedades mecânicas e de expressão proteica das CMLV, ao longo da árvore arterial, buscando identificar moduladores regionais para esse fenótipo. Avaliar se situações clínicas sabidamente associadas à rigidez arterial (envelhecimento, sexo feminino pós-menopausa, ancestralidade genética africana, diabetes mellitus e tabagismo) cursam com enrijecimento de CMLV. Métodos: 1) Estudou-se a composição e a organização da camada média de diferentes artérias. As CMLV desses vasos foram avaliadas quanto à viscoelasticidade de citoplasma (G), por meio do ensaio de Citometria Magnético Ótica de Oscilação e, quanto à expressão proteica global, usando cromatografia multidimensional e espectrometria de massas em tandem de alta resolução (Proteômica Shotgun). Os dados mecânicos obtidos foram correlacionados com as características da matriz extracelular (MEC) dos vasos de origem (porcentagem de elastina e quantidade de MEC). Em paralelo, foi realizado experimento de estiramento cíclico (10%/1Hz) das CMLV das diferentes artérias por 24 e 48h, seguido pela mensuração de rigidez de citoplasma. 2) Foram isoladas as CMLV de fragmentos de artéria mamária de 80 pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio, células essas que foram avaliadas quanto à viscoelasticidade de citoplasma (G, G\' e G\'\'). Elaborou-se modelo estatístico para avaliar se as variáveis clínicas idade, sexo feminino, ancestralidade africana, tabagismo e diabetes mellitus estavam associadas a alterações de mecânica celular. Resultados: 1) A viscoelasticidade das CMLV variou significativamente entre as artérias. As CMLV provenientes de artérias distais (artérias femoral e renal) mostraram-se significativamente mais rígidas que as CMLV de aorta torácica (p < 0,001). Identificou-se correlação negativa entre rigidez de CMLV e quantidade de MEC / elastina na camada média vascular. O regime de estiramento cíclico por 48h reduziu globalmente a rigidez das CMLV. As CMLV provenientes da aorta torácica expressaram maior quantidade de proteínas relacionadas com a estrutura e a organização do citoesqueleto em relação às CMLV da artéria femoral. 2) Constatou-se variabilidade interindividual de viscoelasticidade de CMLV e associação entre tabagismo e sexo feminino com enrijecimento de CMLV. Conclusões: As CMLV são heterogêneas quanto às propriedades mecânicas, à organização do citoesqueleto e à expressão proteica ao longo da árvore arterial, reforçando o conceito de plasticidade fenotípica das CMLV. A mecânica das CMLV é modulada pelas características da MEC e pela tensão circunferencial cíclica aplicada às paredes vasculares pelo fluxo sanguíneo. Mulheres pós-menopausa e tabagistas exibem enrijecimento de CMLV, sendo esse fato um provável contribuinte para a rigidez arterial associada a essas condições e um possível alvo terapêutico a ser avaliado futuramente / Rational: Vascular smooth muscle cells (VSMC) lose their ability to migrate and secrete extracellular matrix (ECM) with the end of vascular development, condition known as contractile phenotype and reversible in the presence of vascular injury. There is evidence of heterogeneity of VSMC phenotype along arterial tree, as the distribution of diseases (atherosclerosis) and the response to drugs vary between different vessels, as well as the expression of smooth muscle-contractile protein genes. The role played by VSMC mechanics on determining large arteries\' compliance was always considered irrelevant. It has been hypothesized that the VSMC mechanical properties are important for vascular mechanics, especially in the pathological scenario, where VSMC stiffening may be associated with arterial rigidity. Goals: Study the variation of VSMC mechanics and protein expression along arterial tree, identifying regional modulators of this phenotype. Evaluate if clinical situations associated with arterial rigidity (ageing, post-menopausal women, African ancestry, diabetes mellitus and smoking) concur with VSMC stiffening. Methods: 1) Different arteries were studied in terms of composition and organization of their media layer. VSMC isolated from these arteries were evaluated regarding cytoplasm viscoelasticity, measured using Optical Magnetic Twisting Cytometry Assay (OMTC), and protein expression, using two-dimensional liquid chromatography and tandem mass spectrometry (Shotgun Proteomics). Mechanical data were correlated with ECM characteristics (percentage of elastin and ECM amount) of the vessels of origin. In parallel, VSMC of different arteries were subjected to cyclic stretching (10%/1Hz) during 24 and 48h, followed by the measurement of their cytoplasm rigidity. 2) VSMC were isolated from fragments of mammary artery of 80 patients subjected to coronary bypass surgery and evaluated regarding their viscoelasticity (G, G\' e G\'\'). A statistic model was elaborated to address if the clinical variables age, female sex, African ancestry, smoking and diabetes mellitus were associated with changes of VSMC mechanics. Results: 1) VSMC viscoelasticity varied significantly amongst the studied arteries. VSMC from heart-distant arteries (femoral and renal arteries) were stiffer than VSMC from thoracic aorta (p < 0,001). There was a negative correlation between VSMC rigidity and the amount of ECM / percentage of elastin within the media layer. 48h-cyclic stretching was associated with a global reduction of VSMC rigidity. VSMC of thoracic aorta expressed significantly more proteins associated with cytoskeleton structure and organization than VSMC of femoral artery. 2) There was a significant inter-individual variation of VSMC viscoelasticity. Smoking and female sex were associated with VSMC stiffening. Conclusion: VSMC mechanics, cytoskeleton organization and protein expression are heterogeneous along arterial tree. VSMC mechanical properties are modulated by ECM characteristics and by regional mechanical forces. This reinforces the concept of phenotypic heterogeneity of VSMC. Post-menopausal women and smokers exhibit stiffer VSMC, representing an important factor for the understanding of the arterial rigidity associated with these conditions and also a possible future therapeutic target
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Estudo das propriedades mecânicas das células de músculo liso vascular em situações fisiológicas e patológicas / Study of the mechanical properties of vascular smooth muscle cells under physiological and pathological situationsCarla Luana Dinardo 02 December 2015 (has links)
Introdução: As células do músculo liso vascular (CMLV) são quiescentes nos vasos adultos, com baixa capacidade de migração e de secreção de matriz extracelular, caracterizando fenótipo contrátil. Evidências apontam para a heterogeneidade fenotípica das CMLV ao longo da árvore arterial: há distribuição heterogênea de doenças e de resposta a determinadas drogas nos diferentes vasos, além de variabilidade de expressão dos genes de proteínas contráteis de músculo liso entre eles. O papel das CMLV, em fase adulta, é classicamente descrito como restrito à regulação do tônus de pequenos vasos, sendo insignificante a contribuição da mecânica das CMLV para a complacência das artérias elásticas. Existe a hipótese de que a viscoelasticidade das CMLV contribua para a mecânica final das artérias, sendo o enrijecimento dessas células associado à rigidez arterial. Objetivo: Estudar a variabilidade das propriedades mecânicas e de expressão proteica das CMLV, ao longo da árvore arterial, buscando identificar moduladores regionais para esse fenótipo. Avaliar se situações clínicas sabidamente associadas à rigidez arterial (envelhecimento, sexo feminino pós-menopausa, ancestralidade genética africana, diabetes mellitus e tabagismo) cursam com enrijecimento de CMLV. Métodos: 1) Estudou-se a composição e a organização da camada média de diferentes artérias. As CMLV desses vasos foram avaliadas quanto à viscoelasticidade de citoplasma (G), por meio do ensaio de Citometria Magnético Ótica de Oscilação e, quanto à expressão proteica global, usando cromatografia multidimensional e espectrometria de massas em tandem de alta resolução (Proteômica Shotgun). Os dados mecânicos obtidos foram correlacionados com as características da matriz extracelular (MEC) dos vasos de origem (porcentagem de elastina e quantidade de MEC). Em paralelo, foi realizado experimento de estiramento cíclico (10%/1Hz) das CMLV das diferentes artérias por 24 e 48h, seguido pela mensuração de rigidez de citoplasma. 2) Foram isoladas as CMLV de fragmentos de artéria mamária de 80 pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio, células essas que foram avaliadas quanto à viscoelasticidade de citoplasma (G, G\' e G\'\'). Elaborou-se modelo estatístico para avaliar se as variáveis clínicas idade, sexo feminino, ancestralidade africana, tabagismo e diabetes mellitus estavam associadas a alterações de mecânica celular. Resultados: 1) A viscoelasticidade das CMLV variou significativamente entre as artérias. As CMLV provenientes de artérias distais (artérias femoral e renal) mostraram-se significativamente mais rígidas que as CMLV de aorta torácica (p < 0,001). Identificou-se correlação negativa entre rigidez de CMLV e quantidade de MEC / elastina na camada média vascular. O regime de estiramento cíclico por 48h reduziu globalmente a rigidez das CMLV. As CMLV provenientes da aorta torácica expressaram maior quantidade de proteínas relacionadas com a estrutura e a organização do citoesqueleto em relação às CMLV da artéria femoral. 2) Constatou-se variabilidade interindividual de viscoelasticidade de CMLV e associação entre tabagismo e sexo feminino com enrijecimento de CMLV. Conclusões: As CMLV são heterogêneas quanto às propriedades mecânicas, à organização do citoesqueleto e à expressão proteica ao longo da árvore arterial, reforçando o conceito de plasticidade fenotípica das CMLV. A mecânica das CMLV é modulada pelas características da MEC e pela tensão circunferencial cíclica aplicada às paredes vasculares pelo fluxo sanguíneo. Mulheres pós-menopausa e tabagistas exibem enrijecimento de CMLV, sendo esse fato um provável contribuinte para a rigidez arterial associada a essas condições e um possível alvo terapêutico a ser avaliado futuramente / Rational: Vascular smooth muscle cells (VSMC) lose their ability to migrate and secrete extracellular matrix (ECM) with the end of vascular development, condition known as contractile phenotype and reversible in the presence of vascular injury. There is evidence of heterogeneity of VSMC phenotype along arterial tree, as the distribution of diseases (atherosclerosis) and the response to drugs vary between different vessels, as well as the expression of smooth muscle-contractile protein genes. The role played by VSMC mechanics on determining large arteries\' compliance was always considered irrelevant. It has been hypothesized that the VSMC mechanical properties are important for vascular mechanics, especially in the pathological scenario, where VSMC stiffening may be associated with arterial rigidity. Goals: Study the variation of VSMC mechanics and protein expression along arterial tree, identifying regional modulators of this phenotype. Evaluate if clinical situations associated with arterial rigidity (ageing, post-menopausal women, African ancestry, diabetes mellitus and smoking) concur with VSMC stiffening. Methods: 1) Different arteries were studied in terms of composition and organization of their media layer. VSMC isolated from these arteries were evaluated regarding cytoplasm viscoelasticity, measured using Optical Magnetic Twisting Cytometry Assay (OMTC), and protein expression, using two-dimensional liquid chromatography and tandem mass spectrometry (Shotgun Proteomics). Mechanical data were correlated with ECM characteristics (percentage of elastin and ECM amount) of the vessels of origin. In parallel, VSMC of different arteries were subjected to cyclic stretching (10%/1Hz) during 24 and 48h, followed by the measurement of their cytoplasm rigidity. 2) VSMC were isolated from fragments of mammary artery of 80 patients subjected to coronary bypass surgery and evaluated regarding their viscoelasticity (G, G\' e G\'\'). A statistic model was elaborated to address if the clinical variables age, female sex, African ancestry, smoking and diabetes mellitus were associated with changes of VSMC mechanics. Results: 1) VSMC viscoelasticity varied significantly amongst the studied arteries. VSMC from heart-distant arteries (femoral and renal arteries) were stiffer than VSMC from thoracic aorta (p < 0,001). There was a negative correlation between VSMC rigidity and the amount of ECM / percentage of elastin within the media layer. 48h-cyclic stretching was associated with a global reduction of VSMC rigidity. VSMC of thoracic aorta expressed significantly more proteins associated with cytoskeleton structure and organization than VSMC of femoral artery. 2) There was a significant inter-individual variation of VSMC viscoelasticity. Smoking and female sex were associated with VSMC stiffening. Conclusion: VSMC mechanics, cytoskeleton organization and protein expression are heterogeneous along arterial tree. VSMC mechanical properties are modulated by ECM characteristics and by regional mechanical forces. This reinforces the concept of phenotypic heterogeneity of VSMC. Post-menopausal women and smokers exhibit stiffer VSMC, representing an important factor for the understanding of the arterial rigidity associated with these conditions and also a possible future therapeutic target
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Determinantes das propriedades funcionais e estruturais das grandes artérias e as relações com lesões de órgãos-alvo em hipertensos estágio 3 / Determinants of functional and structural properties of large arteries and the correlations with end-organ damage in stage 3 hypertensive patientsSousa, Márcio Gonçalves de 09 October 2012 (has links)
As propriedades funcionais e estruturais das grandes artérias tem sido foco de atenção nos últimos anos para o melhor entendimento das alterações fisiopatológicas associadas à hipertensão arterial e ao envelhecimento. Muitas destas alterações como a rigidez arterial, tem sido consideradas marcadores independentes de risco cardiovascular. A avaliação destas propriedades não foi estudada em hipertensos mais graves, onde o risco de complicações é maior. O objetivo do estudo foi avaliar, em pacientes com hipertensão estágio 3, as alterações vasculares estruturais e funcionais em grandes artérias, seus principais determinantes e suas correlações com lesões de órgãos-alvo. Foram avaliados 48 pacientes (idade média 53,6 ± 8 anos; 75% brancos; 71% mulheres), com hipertensão arterial estágio 3, recebendo o mesmo tratamento anti-hipertensivo por um mês. A avaliação dos parâmetros carotídeos (diâmetro, espessura e distensão) foi realizada pelo ultrassom de radiofrequência e a rigidez arterial pela medida da velocidade de onda de pulso (VOP) e pelo Índice Ambulatorial de Rigidez Arterial (IARA). Realizamos ecocardiograma e perfil bioquímico para análise das variáveis e avaliação de lesão de órgãos-alvo. Foram realizadas correlações das variáveis bioquímicas, antropométricas e de lesões em órgãos-alvo com os métodos de avaliação vascular, além da correlação entre os métodos. Observamos uma elevada rigidez arterial tanto pela medida da VOP (12,4 m/s) quanto pelo IARA (0,39), e metade dos pacientes apresentou valores de VOP considerados de pior prognóstico (> 12 m/s). Houve correlação significativa do IARA com a medida da VOP. A distensão da carótida foi menor nos pacientes com diabetes. O principal determinante independente da VOP foi a idade e do IARA os níveis de glicemia. Observou-se correlação significativa e positiva entre a distensão de carótida e o índice de massa de ventrículo esquerdo. Em conclusão, pacientes com hipertensão estágio 3 apresentam alterações importantes das propriedades funcionais de grandes artérias, que são agravadas pelo envelhecimento e pela associação de diabetes, e uma delas está associada à hipertrofia ventricular esquerda presente nestes pacientes. / Functional and structural properties of large arteries have been matter of attention for the better understanding of physiopathological modifications associated to arterial hypertension and aging. Most of these alterations, as arterial stiffness, have been considered independent markers of cardiovascular risk. The evaluation of these properties has not yet been studied in severe hypertensives where the risk for complications is high. The aim of our study was to evaluate, in patients with stage 3 arterial hypertension, vascular changes of large arteries, its major determinants and the correlations with end-organ damage. We evaluated 48 patients (mean age 53,6 ± 8 years; 75% white; 71% women), with stage 3 arterial hypertension, under the same antihypertensive treatment for one month. Carotid parameters (diameter, wall thickness, distension) were evaluated by radiofrequency ultrasound and arterial stiffness by measurement of pulse wave velocity (PWV) and ambulatory arterial stiffness index (AASI). It was performed echocardiogram and biochemical profile to evaluation of other variables and end-organ damage. We did correlations among biochemical, anthropometrical variables and end-organ damage with vascular parameters. We observed increased arterial stiffness measured either by PWV values (12,4 m/s) or AASI (0,39), and half of patients had PWV values considered as a poor prognostic marker (> 12 m/s). It was observed a significant correlation between PWV and AASI. Carotid distension was lower in diabetic patients. The main independent determinant of PWV was age while glycemia was the main determinant of AASI. It was noticed a positive and significative correlation between carotid distension and left ventricle mass index. In conclusion, patients with stage 3 hypertension had important modifications of functional properties of large arteries that are impaired by aging and association of diabetes, and one of them is associated to left ventricle hypertrophy present in these patients
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Avaliação da rigidez arterial e da resistência vascular periférica em pacientes recém-diagnosticados com síndrome metabólica / Arterial stiffness and peripheral vascular resistance in newly diagnosed metabolic syndrome patientsRodrigues, Sara 15 August 2016 (has links)
Além das alterações autonômicas, a síndrome metabólica (SMet) causa disfunção vascular relacionada a eventos cardiovasculares e morte. Considerando que a resistência à insulina é associada à hiperativação simpática, testamos a hipótese de que a presença da glicemia de jejum alterada (GLI) é a principal causa das alterações estruturais e funcionais em grandes e pequenos vasos, via aumento do tônus simpático nesses pacientes. Foram avaliados pacientes com SMet recém diagnosticados (ATP-III) e não medicados, divididos em: glicemia de jejum alterada >=100mg/dL (SMet+GLI, n=35; 50±1 anos) e glicemia normal < 100mg/dL (SMet-GLI, n=24, 46 ± 1). Um grupo de indivíduos saudáveis foi estudado como controle (CS, n=17, 50±1 anos). Foram medidas rigidez arterial (velocidade de onda de pulso, VOP), atividade nervosa simpática muscular (ANSM, microneurografia) fluxo sanguíneo muscular (FSM, pletismografia), pressão arterial média (PAM, oscilométrico), resistência vascular periférica (RVP=PAM/FSM) e dimetilarginina assimétrica (ADMA). SMet+GLI apresentou maior VOP que SMet-GLI e CS (8,0[7,2-8,6], 7,3[6,9-7,9] e 6,9[6,6-7,2]m/s, respectivamente, P=0,001), não havendo diferença entre SMet-GLI e CS. Além disso, SMet+GLI foi similar ao SMet-GLI mas teve maior RVP que CS (P=0,008), não havendo diferença entre SMet-GLI e CS. Adicionalmente, SMet+GLI teve maior ANSM que SMet-GLI e CS; enquanto SMet-GLI teve maior ANSM que CS (31+-1; 26+-1; 19+-1 disparos /min, P < 0,001). ADMA foi similar entre os grupos (0,62 [0,56-0,71], 0,67 [0,59-0,92] e 0,60 [0,54-1,43] umol/L). Dentre os fatores de risco da SMet, GLI foi preditor do aumento da ANSM. ANSM foi associada à VOP (R=0.39; P=0,002) e à RVP (R=0,30, P=0,034). Em conclusão, a hiperativação simpática, que está aumentada na presença da glicemia alterada, é o mecanismo básico que pode explicar, pelo menos em parte, o aumento na VOP e na RVP. GLI parece ser o principal fator de risco no prejuízo da função e estrutura vascular nos pacientes com SMet / Besides autonomic alterations, metabolic syndrome (MetS) causes vascular dysfunction related to cardiovascular events and death. Since insulin resistance is associated with sympathetic hyperactivation, we tested the hypothesis that the presence of impaired fasting glucose (IFG) is the main cause of structural and functional changes of large and small vessels via elevated sympathetic tonus in these patients. We evaluated never treated, newly diagnosed MetS (ATP-III) patients divided into: impaired fasting glucose >100mg/dL (MetS+IFG, n=35; 50±1 y) and normal fasting glucose <100mg/dL (MetS-IFG, n=24, 46±1 y). A healthy control group was also studied (C, n=17, 50±1 y). We measured the arterial stiffness (pulse wave velocity, PWV), muscle sympathetic nerve activity (MSNA, microneurography), forearm blood flow (FBF, plethysmography), mean blood pressure (MBP, oscillometric), peripheral vascular resistance (PVR=MBP/FBF) and asymmetric dimethylarginine (ADMA). MetS+IFG had higher PWV than MetS-IFG and C (8.0[7.2-8.6], 7.3[6.9-7.9] and 6.9[6.6-7.2]m/s, respectively, P=0.001), whereas SMet-GLI was similar to CS. Moreover, MetS+IFG was similar to MetS-IFG, but had higher PVR than C (P=0.008) and SMet-GLI was similar to CS. In addition, MetS+IFG had higher MSNA than MetS-IFG and C; whereas MetS-IFG had higher MSNA than C (31 +- 1; 26+- 1; 19+-1 bursts/min, P < 0.001). ADMA were similar among groups (0.62 [0.56-0.71] vs 0.67 [0.59-0.92] and 0.60 [0.54-1.43] umol/L). Among MetS risk factors, IFG was predictor of increased MSNA. Further, MSNA was associated with PWV (R=0.39; P=0.002) and PVR (R=0.30, P=0.034). In conclusion, sympathetic hyperactivation, which is enhanced in the presence of high blood glucose, is the basic mechanism that could explain, at least in part, the increase in PWV and PVR. IFG appears to be the main risk factor in the vascular function and structure damage in MetS patients
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Estudo da função endotelial em hipertensos com e sem hipertrofia ventricular esquerda / Study of endothelial function in hypertensive with and without left ventricular hypertrophyFarias, Ana Gardenia Liberato Ponte 29 September 2015 (has links)
Introdução: O aumento da massa ventricular esquerda e a disfunção endotelial são importantes fatores de risco cardiovascular em hipertensos e normotensos. Estudos investigando a associação entre massa ventricular esquerda e disfunção endotelial, utilizando diversas metodologias, são contraditórios. A tonometria arterial periférica (PAT) é um método não invasivo, validado e reprodutível que permite analisar simultaneamente além da função endotelial, outros aspectos da função vascular, como a amplitude de pulso basal (BPA), que reflete o tônus vascular basal, e a contribuição da reflexão da onda de pulso (PAT-AIx). Estas características podem colaborar para a compreensão da associação entre massa ventricular esquerda e função endotelial em hipertensos. Objetivo: Analisar a correlação entre a função endotelial, obtida pela PAT, e a massa ventricular esquerda, em pacientes com hipertensão arterial sistêmica, com e sem hipertrofia ventricular esquerda (HVE). Métodos: Em estudo transversal, foi avaliada a associação entre massa ventricular esquerda e função endotelial em 46 pacientes hipertensos ambulatoriais do Hospital da Universidade Federal do Ceará, com idade de 40 a 60 anos e pressão arterial menor que 180/110mmHg, sem outros FRCV. Todos os pacientes realizaram avaliação clínica e laboratorial, ecocardiograma e PAT. HVE foi definida como índice de massa ventricular esquerda (IMVE) > 48 g/m2,7 para homens e > 44 g/m2,7 para mulheres. Através da PAT, foram medidos o índice de hiperemia reativa (RHI), a razão PAT (PAT ratio), o PAT-AIx e a BPA. Correlação entre variáveis contínuas foi estimada através do Coeficiente de Correlação de Pearson ou Spearman. Comparações de distribuições de variáveis contínuas foram realizadas através do Teste t Student ou do Teste da Soma dos Postos de Mann-Whitney. Proporções foram comparadas através do Teste Exato de Fisher. Resultados de comparações foram considerados significativamente diferentes quando o valor-p foi < 0,05. A associação entre massa ventricular esquerda e função endotelial foi avaliada através de regressão linear ou regressão logística. Resultados: Houve correlação significativa do IMVE (g/m2,7) com PAT-AIx (r= 0,304; p=0,043), com RHI (r=0,321; p= 0,046) e com PAT ratio (r=0,347; p=0,03). Esta associação foi independente de confundidores. Dezoito pacientes (39,1%) apresentavam HVE. Dentre os índices de função vascular, apenas a PAT-AIx diferiu entre os pacientes com e sem HVE (p=0,025), sendo os maiores valores encontrados no grupo com HVE. A presença de HVE foi associada ao PAT-AIx (razão de chances= 2,804 [1,29]; p=0,025), mas não foi associada com os demais índices de função vascular, independente de confundidores. Onze pacientes (23,9%) não usavam anti-hipertensivos; neste grupo, o IMVE (g/m2,7) foi associado ao RHI (coef=10,64 [3,11]; p=0,009) e ao PAT ratio (coef=22,85 [7,29]; p=0,014). Conclusão: Em hipertensos de grau leve a moderado, o índice de massa ventricular esquerda (g/m2,7) tem correlação positiva com a função endotelial digital e com o PAT-AIx. A associação independe do uso de anti-hipertensivos e dos níveis pressóricos / Background: Increased left ventricular mass and endothelial dysfunction are important cardiovascular risk factors in hypertensive and normotensive. Studies investigating the association between left ventricular mass and endothelial dysfunction, using different methodologies, are contradictory. Peripheral arterial tonometry (PAT) is a noninvasive, reproducible and validated method which allows simultaneously analyze endothelial function in addition other aspects of vascular function, as the basal pulse amplitude (BPA), which reflects the basal vascular tone, and contribution of the pulse wave reflection (PAT-AIx). These characteristics may contribute to the understanding of the association between endothelial function and left ventricular mass in hypertensive. Objective: To analyze the correlation between endothelial function obtained with the PAT in patients with hypertension, with and without left ventricular hypertrophy (LVH). Methods: In a cross-sectional study, we evaluated the association between endothelial function and left ventricular mass in 46 outpatient hypertensive patients of the Walter Cantídio Universitary Hospital, Federal University of Ceara, Brazil, aged 40-60 years and blood pressure under 180 / 110mmHg, no other CVRF. All patients underwent clinical and laboratory evaluation, echocardiography and PAT. LVH was defined as left ventricular mass index (LVMI) > 48 g / m2.7 for men and > 44 g / m2.7 for women. By PAT, were measured reactive hyperemia index (RHI), the PAT ratio, the PAT-AIx and the BPA. Correlation between continuous variables was estimated using the Pearson or Spearman correlation coefficient. Student\'s t-tests or Wilcoxon\'s rank sum test (Mann-Whitney) were used to examine differences between the groups in normally distributed or not-normally-distributed continuous variables, respectively. Fisher exact test was used to examine the difference in proportions. A p value < 0.05 was considered statistically significant. Linear regression and logistic regression analysis were used to evaluate the association between left ventricular mass and endothelial function. Results: LVMI (g /m2.7) was positively associated with PAT-AIx (r = 0.304; p = 0.043), with RHI (r = 0.321; p = 0.046) and PAT ratio (r = 0.347; p = 0.03). This association was independent of confounders. Eighteen patients (39.1%) had LVH. Among the indices of vascular function, only the PAT-AIx differed between patients with and without LVH (p = 0.025), with higher values found in the group with LVH. The presence of LVH was associated with PAT-AIx (odds ratio = 2.804 (1.29); p = 0.025), but was not associated with other indices of vascular function, independent of confounders. Eleven patients (23.9%) did not use antihypertensive medication; in this group, LVMI (g / m2.7) was associated with RHI (beta coefficient (se) = 10.64 (3.11); p = 0.009) and the PAT ratio (beta coefficient (se) = 22.85 (7.29); p = 0.014). Conclusion: In mild to moderate systemic hypertension, left ventricular mass index (g / m2.7) has positive correlation with digital endothelial function and the PAT-AIx. The association is independent of the use of antihypertensive medication and blood pressure levels
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Herdabilidade da velocidade de onda de pulso e associação do controle glicêmico e perfil lipídico com a rigidez arterial em uma população brasileira: \"Projeto Corações de Baependi\" / Heritability of pulse wave velocity and association of glycemic control and lipid profile with arterial stiffness in a Brazilian population: \"Baependi Heart Study\"Alvim, Rafael de Oliveira 28 March 2016 (has links)
INTRODUÇÃO:A rigidez arterial aumentada é um importante determinante do risco cardiovascular e um forte preditor de morbimortalidade. Além disso, estudos demonstram que o enrijecimento vascular pode estar associado a fatores genéticos e metabólicos. Portanto,os objetivos do presente estudo são determinar a herdabilidade da velocidade de onda de pulso (VOP) e avaliar a associação do perfil lipídico e do controle glicêmico com o fenótipo de rigidez arterial em uma população brasileira.MÉTODOS:Foram selecionados 1675 indivíduos (ambos os gêneros com idade entre 18 e 102 anos) distribuídos em 109 famílias residentes no município de Baependi-MG. A VOP carótida-femoral foi avaliada de forma não invasiva através de um dispositivo automático.As variáveis lipídicas e a glicemia de jejum foram determinadas pelo método enzimático colorimétrico. Os níveis de hemoglobina glicada (HbA1c) foram determinados pelo método de cromatografia líquida de alta eficiência. As estimativas da herdabilidade da VOP foram calculadas utilizando-se a metodologia de componentes de variância implementadas no software SOLAR. RESULTADOS: A herdabilidade estimada para a VOP foi de 26%, sendo ajustada para idade, gênero, HbA1c e pressão arterial média. Os níveis de HbA1c foram associados a rigidez arterial, onde a elevação de uma unidade percentual da HbA1c representou um incremento de 54% na chance de risco para rigidez arterial aumentada. As variáveis lipídicas (LDL-c, HDL-c, colesterol não- HDL-c, colesterol total e triglicérides) apresentaram fraca correlação com a VOP. Além disso, uma análise de regressão linear estratificada para idade (ponto de corte >= 45 anos) demonstrou uma relação inversa entre LDL-c e VOP em mulheres com idade >= 45 anos. CONCLUSÃO: Os resultados indicam que a VOP apresenta herdabilidade intermediária (26%); a HbA1c esta fortemente associada a rigidez arterial aumentada; o LDL-c é inversamente relacionado com a VOP em mulheres com idade >= 45 anos, possivelmente devido às alterações metabólicas associadas à falência ovariana / INTRODUCTION: Increased central arterial stiffness is an important determinant of cardiovascular risk and a strong predictor of morbimortality. Moreover, studies showed that vascular stiffening can be associated with genetic and metabolic factors. Thus, the aims of this study are to estimate the heritability of pulse wave velocity (PWV) and to assess the association of lipid profile and glycemic control with arterial stiffness in a sample from the Brazilian population. METHODS: For this study, 1675 individuals (both genders aged from 18 to 102 years) were selected and they were distributed within 109 families residents in the municipality of Baependi - MG. The PWV was measured with a non-invasive automatic device. Lipid profile parameters and fasting glucose were determined by enzymatic colorimetric method. HbA1c levels were determined by high-performance liquid chromatography. Variance component approaches implemented in the SOLAR software were applied to estimate the heritability of PWV. RESULTS: Heritability estimates for carotid-femoral PWV was 26%, after adjustment for age, gender, HbA1c, and mean blood pressure. HbA1c levels were associated with arterial stiffness and the elevation of a single unit percentage of HbA1c represented an increase of 54 % in the odds of increased arterial stiffness. The lipid variables (LDL-c, HDL-c, non-HDL-c, total cholesterol and triglycerides) presented weak correlation with PWV. In addition, a linear regression analysis stratified by age (cutoff >= 45 years) showed an inverse relation between LDL-c and PWV in women aged 45 or older. CONCLUSION: Our findings indicate that PWV demonstrated an intermediate heritability (26%); HbA1c proved to be a good marker for risk stratification for increased arterial stiffness; LDL-c was inversely related with PWV in women aged 45 or older, possibly due to the metabolic alterations associated with ovarian failure
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Determinantes das propriedades funcionais e estruturais de grandes artérias em uma população de indivíduos adultos saudáveis / Determinants of functional and structural properties of large arteries in healthy adultsTolezani, Elaine Cristina 21 September 2012 (has links)
Alterações das propriedades funcionais e estruturais de grandes artérias são correlacionadas à maior risco cardiovascular em diferentes populações. Recentes diretrizes europeias e brasileiras de hipertensão arterial incluem avaliações da espessura íntima medial (EIM) de carótida e da velocidade de onda de pulso (VOP) aórtica como métodos para avaliação de doença subclínica do paciente hipertenso. Estabelecer valores de referência dos métodos de avaliação da estrutura e da função arteriais e os principais determinantes clínicos e demográficos dos parâmetros obtidos com estes métodos, além de suas correlações, em indivíduos adultos saudáveis, é importante para melhor estratificação dos pacientes. Os objetivos do estudo foram avaliar em indivíduos adultos saudáveis: 1. a distribuição dos valores de VOP aórtica e do diâmetro, da espessura íntima medial e da distensão relativa da artéria carótida, para definir parâmetros de referência. 2. os principais determinantes demográficos e clínicos destes parâmetros e suas correlações.Foram avaliados 210 indivíduos (54% mulheres, idade média 44±13anos) sem história ou evidência de doença cardiovascular atual. A pressão arterial (PA) foi aferida por aparelho automático Omron (HEM 705 CP) com o indivíduo sentado. A medida automática da VOP carótida-femural foi feita pelo aparelho Complior®. As propriedades funcionais e estruturais da carótida (distensão, diâmetro e EIM) foram avaliadas por ultrassom de radiofrequência (WTS®). Todos os indivíduos realizaram avaliação bioquímica.As médias dos valores foram: VOP aórtica (m/s) = 8,7±1,5, diâmetro da carótida (m) = 6617±985, EIM da carótida (m) = 601±131 e distensão relativa da carótida (%) = 5,3±2,1. Não houve diferenças significativas nos parâmetros entre homens e mulheres, assim como entre as raças. Na análise multivariada, os fatores independentemente relacionados aos parâmetros vasculares foram: VOP aórtica = idade (r2 0,22/ p < 0,01), EIM da carótida = idade (r2 0,17 / p < 0,01), diâmetro da carótida = creatinina (r2 0,16 / p = 0,02), distensão relativa da carótida = idade (r2 0,37 / p < 0,01) e pressão arterial diastólica PAD - (r2 0,09 / p < 0,01). Observamos que a VOP teve correlação positiva com EIM (r² - 0,06 / p < 0,01), e correlação inversa com a distensão relativa da carótida (r² - 0,08 / p < 0,01). Em conclusão, em indivíduos saudáveis o principal fator relacionado à medida da rigidez aórtica é a idade, enquanto que a idade e a PAD foram relacionados com a medida funcional da carótida, e o nível de creatinina relacionado ao diâmetro. A estrutura da artéria carótida é diretamente relacionada à medida da rigidez aórtica, que por sua vez é inversamente relacionada à capacidade funcional da artéria carótida / Changes of structural and functional properties of large arteries are correlated with increased cardiovascular risk in different populations. Recent European and Brazilian guidelines for hypertension include assessment of carotid intima-media thickness (IMT) and aortic pulse wave velocity (PWV) for evaluation of subclinical disease in hypertensive patients. Thus, to establish reference values for methods that evaluate arterial properties and the main clinical and demographic determinants of the parameters obtained with these methods, as well as their correlation in healthy adult subjects, it is important for better stratification of patients. The objectives of the study were to evaluate in healthy adult subjects: 1. the distribution of aortic PWV values and of the diameter, intima-media thickness and distension of the carotid artery to obtain reference parameters. 2. the main demographic and clinical determinants of these parameters and their correlations. We evaluated 210 subjects (54% women, mean age 44 ± 13anos) with no history or current evidence of cardiovascular disease. Blood pressure (BP) was measured by automatic device Omron (HEM 705 CP) with the subject in a sitting position. The automatic measurement of carotid-femoral PWV was performed by Complior® device. The functional and structural properties of the carotid artery (distension, diameter and IMT) were assessed by ultrasound radiofrequency (WTS®). All subjects underwent biochemical evaluation. The mean values were: aortic PWV (m / s) = 8.7±1.5, carotid diameter (m) = 6617±985, carotid IMT (m) = 601±131 and distension on carotid (% ) = 5.3±2.1. There were no significant differences in parameters according gender or race. In multivariate analysis, the independent factors related to arterial parameters were: aortic PWV = age (r2 - 0.22 / p -< 0.01), carotid IMT = age (r2 - 0.17 / p <0.01 ), carotid diameter = creatinine (r2 - 0.16 / p = 0.02), carotid distension = age (r2 - 0.37 / p < 0.01) and diastolic blood pressure - DBP - (r2 - 0.09 / p< 0.01). We also found that aortic PWV was positively correlated with IMT (r² - 0.06 / p < 0.01) and inversely correlated with the relative distension of the carotid (r² - 0.08 / p < 0.01). In conclusion, in healthy subjects the main factor related to aortic stiffness is age, whereas age and DBP were related to functional measurement of the carotid artery, and creatinine levels related to the diameter. The structure of the carotid artery is directly related to the aortic stiffness, which in turn is inversely related to the functional capacity of the carotid artery.
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Avaliação da função cognitiva em pacientes com hipertensão arterial e sua correlação com as alterações da rigidez arterial e do fluxo cerebral / Cognitive function evaluation in hypertensive patients and its correlation with the arterial stiffness and cerebral blood flow changesMuela, Henrique Cotchi Simbo 14 December 2016 (has links)
Introdução: A hipertensão arterial é uma doença crônica com alta prevalência na população e, se não tratada, está relacionada a complicações cardiovasculares graves incluindo insuficiência renal, doença arterial coronária e acidente vascular cerebral. A associação entre os valores de pressão arterial (PA) e o desempenho cognitivo, tanto em pessoas adultas hipertensas quanto normotensas também tem sido demonstrada, e a hipertensão arterial é um importante fator de risco para a ocorrência de demência vascular. No entanto, a relação entre a gravidade da hipertensão, suas alterações vasculares e o déficit cognitivo é pouco conhecida. Objetivo: avaliar as alterações de função cognitiva em pacientes com hipertensão arterial de diferentes estágios e suas correlações com as propriedades arteriais funcionais e estruturais avaliadas por métodos não invasivos e com a circulação cerebral avaliada pelo Doppler transcraniano. Métodos: Trata-se de um estudo transversal em pacientes com hipertensão arterial seguidos na unidade de hipertensão arterial do Incor e um grupo de controles normotensos. Os pacientes foram divididos em três grupos: normotensão, hipertensão estágio-1 e hipertensão estágio-2. Os pacientes foram submetidos aos seguintes procedimentos: avaliação da rigidez arterial pela medida da velocidade de onda de pulso, medida da espessura da íntima média das artérias carótidas e da pressão central não invasiva, avaliação do fluxo cerebral pelo Doppler transcraniano e testes para a avaliação da função cognitiva. Resultados: Foram incluídos 221 indivíduos (150 hipertensos e 71 normotensos) por um período de 24 meses. Comparado com os indivíduos normotensos, a disfunção cognitiva é mais frequente nos pacientes com hipertensão arterial e está diretamente relacionada com a gravidade da doença. Os pacientes com hipertensão tiveram maior rigidez arterial, menor resposta de vasorreatividade cerebral e pior desempenho cognitivo. Conclusão: As alterações da função cognitiva são mais frequentes nos pacientes com hipertensão arterial e se relacionaram com a gravidade da doença. Os pacientes hipertensos têm maiores alterações vasculares que se associaram com pior desempenho cognitivo / Introduction: Hypertension is a high prevalent chronic disease in the population and, if not treated, is related to severe cardiovascular complications including stroke, renal failure and coronary artery disease. The association between blood pressure (BP) values and cognitive performance both in hypertensive and normotensive adults have been shown and hypertension is an important risk factor for occurrence of vascular dementia. However, the relationship between the hypertension severity, their vascular changes and cognitive impairment is less studied. Objective: to evaluate the cognitive function changes in patients with hypertension at different stages and their correlations with functional and structural arterial proprieties changes evaluated by non-invasive methods and with cerebral blood flow evaluated by transcranial Doppler. Methods: It is cross-sectional study in patients with hypertension followed at the hypertension unit of the Heart Institute (Incor) and a control normotensive group. Patients were divided into three groups: normotension, hypertension stage-1 and hypertension stage-2. All patients were undergone to the following procedures: arterial stiffness evaluation by pulse wave velocity, intima media thickness measurement of the carotids arteries and the noninvasive central blood pressure, cerebral blood flow evaluated by Transcranial Doppler and tests for cognitive function evaluation. Results: There were included 221 individuals (150 hypertensives and 71 normotensives) during a period of 24 months. Compared to normotensive individuals, cognitive impairment is more frequent in patients with hypertension and it is proportionally greater with the hypertension severity. Patients with hypertension have greater vascular changes, lower cerebral vasoreactivity response and worse cognitive performance. Conclusion: Cognitive function changes are frequent in hypertensive patients and are related to the severity of the disease. Hypertensive patients have greater vascular changes that were associated to worse cognitive performance
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