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Semantic and syntactic issues on aspectual post-verbal particlesEndres, Lívia Bisch January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / This paper seeks to shed some light on a few semantic and syntactic issues concerning aspectual post-verbal particles. Besides having directional meanings or forming idiomatic combinations, the particles associated with verbs in the structures known as particle verbs, phrasal verbs, or verb-particle constructions, can also convey aspectual meanings, namely, continuative aspect, a new subcategory of imperfective aspect proposed by Brinton (2009), and telicity, a notion pertaining to accomplishments, one of the kinds of situations proposed by Vendler (1957). Continuative aspect portrays a situation as continuing in time instead of ending; the post-verbal particles which can add continuativity to the situation they are inserted in are on, along, and away. Telicity is a feature that situations have if they have a definite, intrinsic endpoint; the particles which can add a telos to situations are up, down, out, off, through, over, and away. These aspectual notions might be accompanied by some other related meaning, which arises upon the combination of verb and particle. On the telic group, up is the particle which has the purest telic meaning; its correspondent in the continuative group is on. In addition, if we apply the notion of productivity in the sense of Jackendoff (2002) to them, we can conclude that telic up and continuative on and away are productive, in that their combination with verbs can be built online, and the outputs need not be listed in the lexicon. The remaining particles in both groups are, in turn, semiproductive; this means that, even though there is some regularity in their combination with verbs, those cannot be built online and need to be individually listed in the lexicon. These structures also pose a challenge to syntax; not only aspectual, but all particle verbs have syntactic characteristics, such as particle shift, which are difficult to explain in syntactic theory. The two most commonly adopted attempts are the complex head and the small clause analyses, but neither of them is sufficient to explain all the peculiarities in the syntactic behavior of verb-particle constructions. Jackendoff (2002) proposes that, if binary branching were dropped, it would be possible to propose a theory in which the relations that the particle has with the verb and with the DP complement did not have precedence over one another, which seems to be the main reason behind the difficulty in describing the syntactic structure of particle verbs. Furthermore, a few particularities in the syntactic influence of some aspectual particles on the verbs raise even more questions on the syntax of verb-particle constructions. / Este trabalho pretende esclarecer algumas questões semânticas e sintáticas sobre partículas pós-verbais aspectuais. Além de apresentar significados direcionais ou idiomáticos, as partículas associadas a verbos nas estruturas chamadas particle verbs, phrasal verbs ou verb-particle constructions também podem ter sentidos aspectuais; são eles continuatividade, uma subdivisão do imperfectivo proposta por Brinton (2009), e telicidade, uma noção dos accomplishments, uma das categorias de Vendler (1957). O aspecto continuativo demonstra a situação continuando no tempo em vez de terminar; as partículas que podem adicionar continuatividade às situações são on, along e away. Telicidade é uma característica das situações que possuem um ponto final intrínseco; as partículas que podem dar um telos às situações são up, down, out, off, through, over e away. Estas noções podem vir acompanhadas de algum outro significado relacionado na combinação entre verbo e partícula. No grupo télico, up é a partícula que possui o significado mais puro de telicidade; sua correspondente no grupo continuativo é on. Além disso, se aplicarmos a noção de produtividade de Jackendoff (2002), concluiremos que up, e também as continuativas on e away, são produtivas, pois as combinações entre elas e os verbos podem ser construídas no momento da fala, sem necessidade de serem listadas no léxico.O restante das partículas nos dois grupos são, por sua vez, semiprodutivas; isso significa que, embora haja certa regularidade nas combinações com os verbos, estas não podem ser construídas no momento da fala e precisam ser listadas individualmente no léxico. Estas estruturas ainda representam um desafio para a sintaxe; não apenas os particle verbs aspectuais, mas todos eles, possuem características, como o particle shift, que são difíceis de explicar na teoria sintática. As duas tentativas mais adotadas são as chamadas complex head e small clause analyses, porém, nenhuma das duas é suficiente para explicar todas as peculiaridades do comportamento sintático das verb-particle constructions. Jackendoff (2002) propõe que, se a ramificação binária fosse descartada, seria possível propor uma teoria em que as relações da partícula com o verbo e com o complemento DP não tivessem precedência uma sobre a outra, o que parece ser a principal razão por trás da dificuldade em descrever a estrutura sintática dos particle verbs. Ademais, algumas particularidades na influência sintática de algumas partículas aspectuais nos verbos levantam ainda mais perguntas a respeito da sintaxe de verb-particle constructions.
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Modalidade e modalização: uma interface sintático-semântica em português brasileiro, inglês e romenoMonawar, Mônica Deitos Stedile January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / This paper has as its main objective to, through a theoretical prism of Generative Syntax and Formal Semantics in an interface, promote the comparison of three languages: Brazilian Portuguese, English and Romanian, in relation to the notion of modality. This work is divided in three main parts: the first one elaborates on fundaments of the Generative Syntax that are relevant to the study of modality, such as the classical notion of modality originated in the works of Aristotle, Kripke‟s possible worlds semantics and Kratzer‟s Modal Logic theory, in which propositions are not only true or false in a determined possible world, they are sets of possible worlds that can be ordered. The third and last part builds an object of study from the comparative point of view of the application of the approached fundaments in the two previous parts to the analysis of modality in the three languages. It is concluded that research of modality still has a long way to go, but the more updated approaches that take into consideration interfaces such as the one of Semantics with Syntax have had better and more elucidative results. / O presente trabalho tem por objetivo, por meio de um recorte teórico da Sintaxe Gerativa e da Semântica Formal em interface, promover a comparação entre três línguas: o português brasileiro, o inglês e o romeno, no que concerne a noção de modalidade. Este trabalho é divido em três partes principais: a primeira elabora fundamentos da Sintaxe Gerativa relevantes para o estudo da modalidade, tais como o papel do IP (inflectional phrase) na sentença; o segundo, relacionado à noção clássica de modalidade vinda de Aristóteles, a semântica de mundos possíveis de Kripke e a teoria da Lógica Modal de Kratzer, onde proposições não são apenas verdadeiras ou falsas em um determinado mundo possível, elas são conjuntos de mundos possíveis que também podem ser graduáveis. A terceira e última parte constrói um objeto de estudo do ponto de vista comparativo da aplicação dos fundamentos abordados nas duas partes anteriores à análise da modalidade nas três línguas. Conclui-se que a pesquisa em modalidade tem ainda um longo percurso à frente, mas as abordagens mais atuais que levam em consideração interfaces como a da Semântica com a Sintaxe têm tido melhores e mais elucidativos resultados.
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Semantic and syntactic issues on aspectual post-verbal particlesEndres, L?via Bisch 04 January 2013 (has links)
Submitted by Setor de Tratamento da Informa??o - BC/PUCRS (tede2@pucrs.br) on 2015-07-14T11:15:55Z
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Previous issue date: 2013-01-04 / This paper seeks to shed some light on a few semantic and syntactic issues concerning aspectual post-verbal particles. Besides having directional meanings or forming idiomatic combinations, the particles associated with verbs in the structures known as particle verbs, phrasal verbs, or verb-particle constructions, can also convey aspectual meanings, namely, continuative aspect, a new subcategory of imperfective aspect proposed by Brinton (2009), and telicity, a notion pertaining to accomplishments, one of the kinds of situations proposed by Vendler (1957). Continuative aspect portrays a situation as continuing in time instead of ending; the post-verbal particles which can add continuativity to the situation they are inserted in are on, along, and away. Telicity is a feature that situations have if they have a definite, intrinsic endpoint; the particles which can add a telos to situations are up, down, out, off, through, over, and away. These aspectual notions might be accompanied by some other related meaning, which arises upon the combination of verb and particle. On the telic group, up is the particle which has the purest telic meaning; its correspondent in the continuative group is on. In addition, if we apply the notion of productivity in the sense of Jackendoff (2002) to them, we can conclude that telic up and continuative on and away are productive, in that their combination with verbs can be built online, and the outputs need not be listed in the lexicon.The remaining particles in both groups are, in turn, semiproductive; this means that, even though there is some regularity in their combination with verbs, those cannot be built online and need to be individually listed in the lexicon. These structures also pose a challenge to syntax; not only aspectual, but all particle verbs have syntactic characteristics, such as particle shift, which are difficult to explain in syntactic theory. The two most commonly adopted attempts are the complex head and the small clause analyses, but neither of them is sufficient to explain all the peculiarities in the syntactic behavior of verb-particle constructions. Jackendoff (2002) proposes that, if binary branching were dropped, it would be possible to propose a theory in which the relations that the particle has with the verb and with the DP complement did not have precedence over one another, which seems to be the main reason behind the difficulty in describing the syntactic structure of particle verbs. Furthermore, a few particularities in the syntactic influence of some aspectual particles on the verbs raise even more questions on the syntax of verb-particle constructions. / Este trabalho pretende esclarecer algumas quest?es sem?nticas e sint?ticas sobre part?culas p?s-verbais aspectuais. Al?m de apresentar significados direcionais ou idiom?ticos, as part?culas associadas a verbos nas estruturas chamadas particle verbs, phrasal verbs ou verb-particle constructions tamb?m podem ter sentidos aspectuais; s?o eles continuatividade, uma subdivis?o do imperfectivo proposta por Brinton (2009), e telicidade, uma no??o dos accomplishments, uma das categorias de Vendler (1957). O aspecto continuativo demonstra a situa??o continuando no tempo em vez de terminar; as part?culas que podem adicionar continuatividade ?s situa??es s?o on, along e away. Telicidade ? uma caracter?stica das situa??es que possuem um ponto final intr?nseco; as part?culas que podem dar um telos ?s situa??es s?o up, down, out, off, through, over e away. Estas no??es podem vir acompanhadas de algum outro significado relacionado na combina??o entre verbo e part?cula. No grupo t?lico, up ? a part?cula que possui o significado mais puro de telicidade; sua correspondente no grupo continuativo ? on. Al?m disso, se aplicarmos a no??o de produtividade de Jackendoff (2002), concluiremos que up, e tamb?m as continuativas on e away, s?o produtivas, pois as combina??es entre elas e os verbos podem ser constru?das no momento da fala, sem necessidade de serem listadas no l?xico.O restante das part?culas nos dois grupos s?o, por sua vez, semiprodutivas; isso significa que, embora haja certa regularidade nas combina??es com os verbos, estas n?o podem ser constru?das no momento da fala e precisam ser listadas individualmente no l?xico. Estas estruturas ainda representam um desafio para a sintaxe; n?o apenas os particle verbs aspectuais, mas todos eles, possuem caracter?sticas, como o particle shift, que s?o dif?ceis de explicar na teoria sint?tica. As duas tentativas mais adotadas s?o as chamadas complex head e small clause analyses, por?m, nenhuma das duas ? suficiente para explicar todas as peculiaridades do comportamento sint?tico das verb-particle constructions. Jackendoff (2002) prop?e que, se a ramifica??o bin?ria fosse descartada, seria poss?vel propor uma teoria em que as rela??es da part?cula com o verbo e com o complemento DP n?o tivessem preced?ncia uma sobre a outra, o que parece ser a principal raz?o por tr?s da dificuldade em descrever a estrutura sint?tica dos particle verbs. Ademais, algumas particularidades na influ?ncia sint?tica de algumas part?culas aspectuais nos verbos levantam ainda mais perguntas a respeito da sintaxe de verb-particle constructions.
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Uma análise das construções de clivagem e outras construções focalizadoras no espanhol atualPinto, Carlos Felipe da Conceição January 2008 (has links)
189f. / Submitted by Suelen Reis (suziy.ellen@gmail.com) on 2013-05-17T11:26:29Z
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Previous issue date: 2008 / Os estudos sobre o espanhol têm mostrado que o espanhol europeu apenas apresenta as sentenças pseudo-clivadas (1. Quien compró el coche fue Juan; 2. Juan fue quien compró el coche; 3. Fue Juan quien compró el coche) enquanto alguns dialetos do espanhol americano apresentam, além das pseudo-clivadas, as verdadeiras clivadas (1. Fue Juan que compró el coche; 2. Juan fue que compró el coche). Desta forma, esta Dissertação pretende fazer uma descrição do fenômeno da clivagem em quatro variedades do espanhol atual, a saber, Espanha, México, Cuba e Argentina, a fim de verificar se existem diferenças sintáticas entre essas variedades. No primeiro capítulo, apresenta-se uma reflexão sobre alguns pontos que já foram discutidos sobre a estrutura informacional da sentença, as estratégias de focalização nas línguas humanas (e em especial no espanhol) e as construções de clivagem: definição, características, restrições e tipologia. Também são discutidos aspectos das periferias da sentença e da checagem dos traços de foco. No segundo capítulo, são discutidas questões metodológicas, apresentação dos dados e as duas hipóteses de pesquisa: a) tendo em vista suas características sintáticas atuais, o espanhol cubano apresenta mais tipos de clivagem que as demais variedades estudadas; b) seguindo a proposta de estandardização do espanhol americano, espera-se encontrar menos tipos no México, que deve apresentar características semelhantes às da Espanha, um pouco mais de tipos na Argentina e bastante tipos no espanhol de Cuba. Como a clivagem foi uma estratégia pouco produtiva no corpus analisado, o estudo foi ampliado para outras estratégias de focalização, tais como a alteração da ordem básica e a acentuação, que aqui está sendo chamada de focalização in-situ, a fim de averiguar se a clivagem é uma estratégia preterida. Os dados mostraram que a clivagem não é uma estratégia preterida, porém dentre as estratégias de clivagem, a pseudo-clivada básica é a mais produtiva com mais de 50% das ocorrências. No terceiro capítulo, é feita uma análise formal das construções de clivagem e outras construções focalizadoras. As construções pseudo-clivadas são derivadas a partir de uma mini-oração em que o sujeito, gerado numa relação de argumento-predicado, é o elemento focalizado e o predicado é uma relativa livre, que contém uma variável que terá seu valor fixado pelo elemento focalizado. Por outro lado, as construções clivadas são analisadas como tendo uma estrutura específica, em que a cópula focalizadora seleciona uma oração completa. Também é feita uma nova análise das construções de clivagem e é proposta uma unificação das clivadas básicas e pseudo-clivadas extrapostas, que variam apenas no traço [±concordância] do núcleo Cº com o elemento focalizado na posição de SpecCP. Com relação aos dados da alteração da ordem e da acentuação, mostra-se que foco contrastivo pode ser checado nas duas periferias, enquanto o foco informacional é checado preferencialmente na periferia interna. A possibilidade, embora com muito pouca ocorrência, de checagem de foco informacional de elementos preposicionados e adverbiais, mas nunca o sujeito, na periferia esquerda, pode ser uma evidência do inicio de um processo de mudança lingüística no espanhol e de que as regras fonológicas para reconhecimento do acento neutro estejam se enfraquecendo nesta lengua. Por fim são discutidas algumas propriedades formais das línguas humanas que podem estar causando a variação das construções de clivagem no espanhol. / Salvador
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A recursividade no sistema sintático subjacente à faculdade da linguagemRattova, Sidriana Scheffer January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / This work discusses upon natural language recursive phenomenon based on a bibliographic research carried out from the studies of Generative Grammar Theory by Noam Chomsky (1957). The notion of recursion is a polemic matter and it has been the subject of a great debate in recent literature (HAUSER, CHOMSKY AND FITCH, 2002; PINKER AND JACKENDOFF, 2005, among others) and there is not a consensus about its definition. It is speculated that the recursive syntactic component is not only to language faculty and, mainly, its universality is questioned. Thus, this research tries to elucidate the problematic issues presented above, starting with an overview of the various deployment that the concept of recursion presents with respect to its treatment in Cognitive Linguistic, making a historical route from Mathematics to language relation, followed by an investigation of the recursive nature of syntax and culminating with the relative recent claims about the centrality of recursion in Biolinguistic context. / Este trabalho disserta sobre o fenômeno recursivo das línguas naturais com base em uma pesquisa bibliográfica feita a partir dos estudos da Teoria da Gramática Gerativa de Noam Chomsky (1957). A noção de recursividade é uma questão polêmica e tem sido motivo de grande debate na literatura recente (HAUSER, CHOMSKY e FITCH, 2002; PINKER e JACKENDOFF, 2005, entre outros) e não há um consenso sobre a sua definição. Especula-se que o componente sintático recursivo não seja único à linguagem humana e, principalmente, questiona-se a sua universalidade. Dessa forma, esta pesquisa procura iluminar as questões problemáticas apresentadas acima, partindo de um panorama dos vários desdobramentos que o conceito recursividade apresenta no que diz respeito a seu tratamento na Linguística Cognitiva, fazendo um percurso histórico desde a Matemática até as relações com a linguagem, seguindo com uma investigação da natureza recursiva da sintaxe e culminando com as reivindicações relativamente recentes sobre a centralidade da recursão no contexto da Biolinguística.
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Quantificadores flutuantes no português brasileiro / Floating quantifiers in Brazilian PortugueseFerreira, Renato César Lacerda 27 June 2012 (has links)
Esta pesquisa investiga o comportamento sintático dos quantificadores flutuantes no português brasileiro (PB), dentro do modelo teórico do Programa Minimalista (Chomsky 1995) da Sintaxe Gerativa, buscando atingir dois objetivos principais: (i) identificar as posições na sentença em que os quantificadores podem ou não flutuar e (ii) identificar a estrutura sintagmática interna das expressões quantificadas. Com Sportiche (1988) assumimos que a flutuação de quantificadores é derivada por movimentos sintáticos e com Valmala Elguea (2008) assumimos que este fenômeno é relacionado ao conteúdo informacional da sentença. Dessa forma, adotamos a cartografia de projeções informacionais (de tópico e foco) proposta por Rizzi (1997) para a periferia esquerda alta da sentença e por Belletti (2004) para a periferia esquerda baixa (acima de VP). Argumentando que é preciso distinguir os tipos categoriais dos quantificadores para explicar por que alguns são capazes de flutuar no interior da sentença e outros não, mostramos que os quantificadores que projetam a categoria QP, como cada (um) e todos, são capazes de flutuar, enquanto quantificadores que projetam uma categoria igual ou menor que DP, como muitos, poucos, vários e alguns, são incapazes de flutuar no PB. Mostramos ainda como as diferenças estruturais internas entre todos (cujo DP associado é um complemento de Q0) e cada (um) (cujo DP associado é analisado como um adjunto de QP) podem explicar seu comportamento distinto em relação a algumas possibilidades de flutuação, considerando o cálculo de Minimalidade Relativizada entre QP e DP. A flutuação de quantificadores é | 10 | analisada como resultado da interação entre a estrutura sintagmática interna de cada expressão quantificada e outras propriedades da gramática (universais e específicas da língua) operantes ao longo da derivação e envolvidas sobretudo na checagem de Caso e na satisfação dos Critérios de Tópico e Foco. As possibilidades de flutuação devem respeitar a assimetria entre a periferia esquerda alta e a periferia esquerda baixa do PB em relação ao licenciamento de elementos com ou sem Caso sintático: enquanto DPs, NumPs e NPs que não foram licenciados na sintaxe podem ser superficializados com Caso default na periferia alta, a periferia baixa apenas pode superficializar DPs, NumPs e NPs licenciados antes de Spell-Out. Assumimos que quantificadores de categoria QP, além de poderem ter seu Caso licenciado na sintaxe por checagem, podem se licenciar na superfície por Caso default ou por Transmissão de Caso seja na periferia alta, na periferia baixa ou na posição temática propriedade que lhes garante a capacidade de flutuação. Propomos uma análise uniforme em que estruturas flutuantes e não-flutuantes podem ser geradas a partir de um mesmo constituinte subjacente inserido na posição temática, sendo distintas por seu percurso derivacional. Dessa forma, esta análise simplifica e uniformiza algumas questões presentes na literatura sobre a flutuação de quantificadores. / This research investigates the syntactic behavior of floating quantifiers in Brazilian Portuguese (BP), in the framework of the Minimalist Program (Chomsky 1995), aiming at two main goals: (i) to identify the sentence positions in which quantifiers can or cannot float and (ii) to identify the internal phrase structure of quantified expressions. I assume with Sportiche (1988) that quantifier floating is derived through syntactic movement and with Valmala Elguea (2008) that this phenomenon is related to the informational content of the sentence. Thus, I adopt the cartography of informational projections (topic and focus) proposed by Rizzi (1997) for the high left periphery of the sentence and by Belletti (2004) for the low left periphery (above VP). I argue that in order to explain why some quantifiers are able to float inside the sentence and some are not, it is necessary to distinguish the categorial types of quantifiers. I show that quantifiers that project as QPs, like cada (um) each (one) and todos all, are able to float, whereas quantifiers that project as DPs or lower categories, like muitos many, poucos few, vários several and alguns some, are unable to float in BP. We also show how internal structural differences between todos (whose associate DP is a complement of Q0) and cada (um) (whose associate DP is analyzed as an adjunct of QP) can explain their different behavior regarding some floating possibilities, given the computation of Relativized Minimality between QP and DP. Quantifier floating is analyzed here as the result of the interaction between the internal phrase structure of each quantified expression and other properties of the grammar (both universal and language| 12 | specific), in particular Case-checking and Topic and Focus Criteria. Floating possibilities must respect the asymmetry between the high and the low left peripheries in BP regarding the licensing of elements with or without syntactic Case: whereas DPs, NumPs and NPs that have not been licensed in the syntax can surface with default Case in the high periphery, the low periphery can only host DPs, NumPs and NPs that have already been licensed before Spell- Out. I assume that QP-type quantifiers, besides being able to have their Case licensed in the syntax via Checking, can be licensed on the surface via default Case or Case Transmission regardless of whether they are in the high left periphery, in the low left periphery or in the thematic position which is in fact the property that provides them with the ability to float. We propose a uniform analysis in which both floated and non-floated structures can be generated from the same underlying constituent inserted in the thematic position, being distinguished by their derivational course. Therefore, this analysis simplifies and unifies some issues present in the literature on quantifier floating.
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Modalidade e modaliza??o : uma interface sint?tico-sem?ntica em portugu?s brasileiro, ingl?s e romenoMonawar, M?nica Deitos Stedile 20 January 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:38:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2011-01-20 / O presente trabalho tem por objetivo, por meio de um recorte te?rico da Sintaxe Gerativa e da Sem?ntica Formal em interface, promover a compara??o entre tr?s l?nguas: o portugu?s brasileiro, o ingl?s e o romeno, no que concerne a no??o de modalidade. Este trabalho ? divido em tr?s partes principais: a primeira elabora fundamentos da Sintaxe Gerativa relevantes para o estudo da modalidade, tais como o papel do IP (inflectional phrase) na senten?a; o segundo, relacionado ? no??o cl?ssica de modalidade vinda de Arist?teles, a sem?ntica de mundos poss?veis de Kripke e a teoria da L?gica Modal de Kratzer, onde proposi??es n?o s?o apenas verdadeiras ou falsas em um determinado mundo poss?vel, elas s?o conjuntos de mundos poss?veis que tamb?m podem ser gradu?veis. A terceira e ?ltima parte constr?i um objeto de estudo do ponto de vista comparativo da aplica??o dos fundamentos abordados nas duas partes anteriores ? an?lise da modalidade nas tr?s l?nguas. Conclui-se que a pesquisa em modalidade tem ainda um longo percurso ? frente, mas as abordagens mais atuais que levam em considera??o interfaces como a da Sem?ntica com a Sintaxe t?m tido melhores e mais elucidativos resultados.
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A recursividade no sistema sint?tico subjacente ? faculdade da linguagemRattova, Sidriana Scheffer 13 January 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:39:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014-01-13 / This work discusses upon natural language recursive phenomenon based on a bibliographic research carried out from the studies of Generative Grammar Theory by Noam Chomsky (1957). The notion of recursion is a polemic matter and it has been the subject of a great debate in recent literature (HAUSER, CHOMSKY AND FITCH, 2002; PINKER AND JACKENDOFF, 2005, among others) and there is not a consensus about its definition. It is speculated that the recursive syntactic component is not only to language faculty and, mainly, its universality is questioned. Thus, this research tries to elucidate the problematic issues presented above, starting with an overview of the various deployment that the concept of recursion presents with respect to its treatment in Cognitive Linguistic, making a historical route from Mathematics to language relation, followed by an investigation of the recursive nature of syntax and culminating with the relative recent claims about the centrality of recursion in Biolinguistic context. / Este trabalho disserta sobre o fen?meno recursivo das l?nguas naturais com base em uma pesquisa bibliogr?fica feita a partir dos estudos da Teoria da Gram?tica Gerativa de Noam Chomsky (1957). A no??o de recursividade ? uma quest?o pol?mica e tem sido motivo de grande debate na literatura recente (HAUSER, CHOMSKY e FITCH, 2002; PINKER e JACKENDOFF, 2005, entre outros) e n?o h? um consenso sobre a sua defini??o. Especula-se que o componente sint?tico recursivo n?o seja ?nico ? linguagem humana e, principalmente, questiona-se a sua universalidade. Dessa forma, esta pesquisa procura iluminar as quest?es problem?ticas apresentadas acima, partindo de um panorama dos v?rios desdobramentos que o conceito recursividade apresenta no que diz respeito a seu tratamento na Lingu?stica Cognitiva, fazendo um percurso hist?rico desde a Matem?tica at? as rela??es com a linguagem, seguindo com uma investiga??o da natureza recursiva da sintaxe e culminando com as reivindica??es relativamente recentes sobre a centralidade da recurs?o no contexto da Biolingu?stica.
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Quantificadores flutuantes no português brasileiro / Floating quantifiers in Brazilian PortugueseRenato César Lacerda Ferreira 27 June 2012 (has links)
Esta pesquisa investiga o comportamento sintático dos quantificadores flutuantes no português brasileiro (PB), dentro do modelo teórico do Programa Minimalista (Chomsky 1995) da Sintaxe Gerativa, buscando atingir dois objetivos principais: (i) identificar as posições na sentença em que os quantificadores podem ou não flutuar e (ii) identificar a estrutura sintagmática interna das expressões quantificadas. Com Sportiche (1988) assumimos que a flutuação de quantificadores é derivada por movimentos sintáticos e com Valmala Elguea (2008) assumimos que este fenômeno é relacionado ao conteúdo informacional da sentença. Dessa forma, adotamos a cartografia de projeções informacionais (de tópico e foco) proposta por Rizzi (1997) para a periferia esquerda alta da sentença e por Belletti (2004) para a periferia esquerda baixa (acima de VP). Argumentando que é preciso distinguir os tipos categoriais dos quantificadores para explicar por que alguns são capazes de flutuar no interior da sentença e outros não, mostramos que os quantificadores que projetam a categoria QP, como cada (um) e todos, são capazes de flutuar, enquanto quantificadores que projetam uma categoria igual ou menor que DP, como muitos, poucos, vários e alguns, são incapazes de flutuar no PB. Mostramos ainda como as diferenças estruturais internas entre todos (cujo DP associado é um complemento de Q0) e cada (um) (cujo DP associado é analisado como um adjunto de QP) podem explicar seu comportamento distinto em relação a algumas possibilidades de flutuação, considerando o cálculo de Minimalidade Relativizada entre QP e DP. A flutuação de quantificadores é | 10 | analisada como resultado da interação entre a estrutura sintagmática interna de cada expressão quantificada e outras propriedades da gramática (universais e específicas da língua) operantes ao longo da derivação e envolvidas sobretudo na checagem de Caso e na satisfação dos Critérios de Tópico e Foco. As possibilidades de flutuação devem respeitar a assimetria entre a periferia esquerda alta e a periferia esquerda baixa do PB em relação ao licenciamento de elementos com ou sem Caso sintático: enquanto DPs, NumPs e NPs que não foram licenciados na sintaxe podem ser superficializados com Caso default na periferia alta, a periferia baixa apenas pode superficializar DPs, NumPs e NPs licenciados antes de Spell-Out. Assumimos que quantificadores de categoria QP, além de poderem ter seu Caso licenciado na sintaxe por checagem, podem se licenciar na superfície por Caso default ou por Transmissão de Caso seja na periferia alta, na periferia baixa ou na posição temática propriedade que lhes garante a capacidade de flutuação. Propomos uma análise uniforme em que estruturas flutuantes e não-flutuantes podem ser geradas a partir de um mesmo constituinte subjacente inserido na posição temática, sendo distintas por seu percurso derivacional. Dessa forma, esta análise simplifica e uniformiza algumas questões presentes na literatura sobre a flutuação de quantificadores. / This research investigates the syntactic behavior of floating quantifiers in Brazilian Portuguese (BP), in the framework of the Minimalist Program (Chomsky 1995), aiming at two main goals: (i) to identify the sentence positions in which quantifiers can or cannot float and (ii) to identify the internal phrase structure of quantified expressions. I assume with Sportiche (1988) that quantifier floating is derived through syntactic movement and with Valmala Elguea (2008) that this phenomenon is related to the informational content of the sentence. Thus, I adopt the cartography of informational projections (topic and focus) proposed by Rizzi (1997) for the high left periphery of the sentence and by Belletti (2004) for the low left periphery (above VP). I argue that in order to explain why some quantifiers are able to float inside the sentence and some are not, it is necessary to distinguish the categorial types of quantifiers. I show that quantifiers that project as QPs, like cada (um) each (one) and todos all, are able to float, whereas quantifiers that project as DPs or lower categories, like muitos many, poucos few, vários several and alguns some, are unable to float in BP. We also show how internal structural differences between todos (whose associate DP is a complement of Q0) and cada (um) (whose associate DP is analyzed as an adjunct of QP) can explain their different behavior regarding some floating possibilities, given the computation of Relativized Minimality between QP and DP. Quantifier floating is analyzed here as the result of the interaction between the internal phrase structure of each quantified expression and other properties of the grammar (both universal and language| 12 | specific), in particular Case-checking and Topic and Focus Criteria. Floating possibilities must respect the asymmetry between the high and the low left peripheries in BP regarding the licensing of elements with or without syntactic Case: whereas DPs, NumPs and NPs that have not been licensed in the syntax can surface with default Case in the high periphery, the low periphery can only host DPs, NumPs and NPs that have already been licensed before Spell- Out. I assume that QP-type quantifiers, besides being able to have their Case licensed in the syntax via Checking, can be licensed on the surface via default Case or Case Transmission regardless of whether they are in the high left periphery, in the low left periphery or in the thematic position which is in fact the property that provides them with the ability to float. We propose a uniform analysis in which both floated and non-floated structures can be generated from the same underlying constituent inserted in the thematic position, being distinguished by their derivational course. Therefore, this analysis simplifies and unifies some issues present in the literature on quantifier floating.
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[en] NOMINAL GAPPING AND INTERFACE ISSUES: PROSODIC BOUNDARIES / [pt] ELISÃO NOMINAL E QUESTÕES DE INTERFACE: FRONTEIRAS PROSÓDICASTIAGO BATALHA DE OLIVEIRA 11 May 2017 (has links)
[pt] A presente pesquisa investiga condições de interface Sintaxe/Prosódia em estruturas contendo Elipse Nominal (EN). A literatura sobre EN reporta restrições sobre elisão nominal seguida de sintagma preposicionado. Nossa pesquisa investiga essa restrição com base em dados do Português Brasileiro (PB). Nossa hipótese central é a de que a ocorrência de elisão nominal no contexto em questão depende das condições de interface entre a sintaxe e a fonologia (i.e. mapeamento de domínios sintáticos em domínios prosódicos). Para verificação dessa hipótese, foram realizados quatro experimentos, com metodologia de caráter experimental. O primeiro – teste de aceitabilidade com uso de escala – verifica a ocorrência do fenômeno em PB. Os demais experimentos, baseados em teste de reprodução oral, buscaram verificar em que condições sentenças no contexto em exame, consideradas agramaticais no Português Europeu (PE), são licenciadas por falantes nativos do PB. Os resultados indicaram que o licenciamento dessas sentenças está associado ao processo de ajustamento prosódico como resultado da aplicação de processos fonológicos (como sândi) e a manipulação de traços prosódicos (como a duração), no qual o artigo definido, em razão de seu status prosódico frágil, tende a ser apagado. Nossa pesquisa evidencia, portanto, algumas estratégias de reparo utilizadas pelo falante para satisfazer as condições de interface entre a sintaxe e a fonologia. Nesse sentido, esse estudo contribui para um melhor entendimento teórico da Gramática, especificando condições de interface e as relações entre a sintaxe e outros componentes da Gramática. / [en] This research investigates the interface Syntax/Prosody conditions in structures containing Nominal Gapping (EN from Portuguese Elisão Nominal). The literature about EN reports restrictions about nominal gapping followed by a prepositional phrase. Our research investigates this restriction based on data from Brazilian Portuguese. Our central hypothesis is that the occurrence of nominal gapping in the mentioned context depends on the interface conditions between syntax and phonology (i.e. mapping of syntactic domains in prosodic domains). In order to verify this hypothesis, four experiments were conducted with methodology of experimental carachter. The first – acceptability test with use of scale – verifies the occurrence of the phenomenon in Brazilian Portuguese. Other experiments, based on oral reproduction test, sought to verify in which conditions the sentences in the examined context considered ungrammatical in European Portuguese are accepted by native speakers of Brazilian Portuguese. The results indicated that the licensing of these sentences is associated to the process of prosodic adjustment as result of the application of phonological processes (as sandhi, for instance) and the manipulation of prosodic features (such as duration), in which the definite article, because of its fragile prosodic status, tends to be elided. Our research evidences, therefore, some repair strategies employed by the speakers to satisfy the interface conditions between Syntax and Phonology. Thus, this study contributes for a better theoretical understanding of Grammar, specifying interface conditions and the relations between Syntax and other Grammar components.
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