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Raça e saúde: concepções, antíteses e antinomia na atenção básica / Not availableMônica Mendes Gonçalves 21 February 2017 (has links)
A formação do Brasil republicano e da Saúde Pública são eventos contíguos e contingentes. Este campo de pensamentos e práticas não ficou indiferente ao impacto da raça na nossa formação social, pelo contrário: participou ativamente do processo que fez a raça e, sobretudo, o racismo, um axioma de nosso Estado e instituições. Instigada pelo movimento histórico e suas rupturas e permanências, perguntei neste trabalho de que forma a raça opera na saúde nos dias de hoje. Ciente de todos indicadores que apontam a população aquela com as condições de saúde mais precárias (entre os grupos raciais), e de que esses dados têm lastro na sociedade, me propus e pensar nos mecanismos dentro desse sistema que reiteram o lugar subalterno do negro. Com ênfase na relação profissional de saúde-usuário no espaço na Atenção Básica, certa de que essa relação particular daria pistas das relações raciais em esfera mais abrangente, analisamos o discurso dos profissionais de saúde em relação a seus pacientes negros. Nos relatos desses sujeitos, faz um percurso que vai desde a escravidão, passa pelo racialismo, pelo racismo estrutural e institucional, pelas múltiplas tentativas de negação e ocultação desse sistema e pela branquitude. Muitas vozes compõem os discursos sobre a raça, o racismo e a saúde da população negra, discursos marcados pelas contradições inerentes à raça e a todo sujeito social. / Not available
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Raça e saúde: concepções, antíteses e antinomia na atenção básica / Not availableGonçalves, Mônica Mendes 21 February 2017 (has links)
A formação do Brasil republicano e da Saúde Pública são eventos contíguos e contingentes. Este campo de pensamentos e práticas não ficou indiferente ao impacto da raça na nossa formação social, pelo contrário: participou ativamente do processo que fez a raça e, sobretudo, o racismo, um axioma de nosso Estado e instituições. Instigada pelo movimento histórico e suas rupturas e permanências, perguntei neste trabalho de que forma a raça opera na saúde nos dias de hoje. Ciente de todos indicadores que apontam a população aquela com as condições de saúde mais precárias (entre os grupos raciais), e de que esses dados têm lastro na sociedade, me propus e pensar nos mecanismos dentro desse sistema que reiteram o lugar subalterno do negro. Com ênfase na relação profissional de saúde-usuário no espaço na Atenção Básica, certa de que essa relação particular daria pistas das relações raciais em esfera mais abrangente, analisamos o discurso dos profissionais de saúde em relação a seus pacientes negros. Nos relatos desses sujeitos, faz um percurso que vai desde a escravidão, passa pelo racialismo, pelo racismo estrutural e institucional, pelas múltiplas tentativas de negação e ocultação desse sistema e pela branquitude. Muitas vozes compõem os discursos sobre a raça, o racismo e a saúde da população negra, discursos marcados pelas contradições inerentes à raça e a todo sujeito social. / Not available
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Abordagens de saúde em livros didáticos de biologia: reflexoes sobre a saúde da população negraTorres, Camile 12 April 2018 (has links)
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camile.pdf: 2589338 bytes, checksum: 179691582ede4197e02f23de7ce09a5f (MD5) / Os livros didáticos de biologia, ainda na atualidade, tendem a enfatizar a saúde em
oposição à doença mantendo a tradicional abordagem biomédica de saúde. Dentre as
possibilidades, e olhares mais amplos no tratar a saúde destaca-se a abordagem
socioecológica de saúde, que tenta integrar aspectos sociais, éticos, econômicos político
e ambientais para a interpretação sobre as questões em saúde. Desta forma,
condicionantes sociais de saúde como idade, gênero e a raça/cor são incluídos nas
práticas e discursos na área. Muito embora a saúde seja adotada como transversal na
educação básica nacional desde a década de 1980, pouca atenção vem sendo dada a
determinadas áreas como a saúde da população negra. Os recentes avanços no olhar
para a saúde da população negra são fruto de um longo percurso de lutas por direitos dentro e fora dos sistemas governamentais. Frente ao exposto, esta análise do conteúdo
de 27 livros de biologia para o ensino médio, buscou categorizar e analisar as abordagens de saúde em temas de relevância epidemiológica na população negra. Foram
elaboradas categorias analíticas para agrupar tanto texto com imagens, dentro das
abordagens; biomédica, comportamental e socioecológica de saúde. Por ser um trabalho
voltado a temas em saúde com relevância epidemiológica junto ao povo negro adotamos
categorias voltadas à análise das referencias a raça/cor nestes livros. Por meio desta
investigação foi possível corroborar com a literatura no que se refere ao predomínio da
abordagem biomédica de saúde nos livros didáticos de biologia. Há um destaque tanto
nos textos (45%) quanto nas imagens (53%) de aspectos a doença e da fisiopatologia.
Esta forma de apresentar a saúde no livro didático deixa em segundo plano, aspectos
sociais como o racismo e suas ramificações como agente nos processos de saúde e
adoecimento. Reflexões a respeito das implicações de aspectos políticos e econômicos também são pormenorizadas o que minimiza suas presenças em debates na abordagem pedagógica. No texto apenas 8% dos conteúdos e nas imagens (29%) fizeram referencia ao aspecto social da saúde raça/cor. Ao tratar as questões da saúde da população negra os debates não podem restringir-se a apresentar quadros epidemiológicos de origem no
continente africano, como ainda é observado nas obras. Estas obras poderiam apresentar
elementos mais explícitos para estimular os estudantes a refletir sobre a saúde como um
bem inserido num tempo histórico e em um meio social heterogêneo com contradições que interferem também na saúde a nível individual e coletivo. / ABSTRACT - Biological textbooks, even today, tend to emphasize health in the face of disease, while maintaining a traditional biomedical approach to health. The possibilities, the broader views on health care stand out in the socio-ecological approach to health, which are social, ethical, economic, political and environmental for the interpretation on health issues. In this way, conditioning health histories such as age, gender and race are included in the practices and discourses in the area. Although health has been adopted as a cross-cutting issue in the national basic policy since the 1980s, the health areas of the black population have been given. Recent advances in the control of the health of the black population are the fruit of a long journey of rights struggles inside and outside government systems. In view of the above, this analysis of the article of 27 biology books for the teaching medium, sought to categorize and analyze how the health guidelines on topics of epidemiological prominence in the black population. Analytical categories have been developed to group both text and images within the approaches; biomedical, behavioral and socioecological health. Because it is a work focused on health issues with epidemiological relevance to black people, we adopt categories aimed at analyzing the references to race / color in these books. Through this research it was possible to corroborate with the literature regarding the predominance of the biomedical approach of health in the textbooks of biology. There is a prominence in both the texts (45%) and in the images (53%) of disease and pathophysiology aspects. This way of presenting health in the textbook leaves in the background, social aspects such as racism and its ramifications as agent in the processes of health and illness. Reflections on the implications of political and economic aspects are also detailed which minimizes their presence in debates on the pedagogical approach. In the text, only 8% of the contents and images (29%) referred to the social aspect of race / color health. In discussing the health issues of the black population, debates can’t be confined to presenting epidemiological charts of origin in the African continent, as is still observed in the works. These works could bring more explicit elements to stimulate students to reflect on health as a well inserted in a historical time and in a heterogeneous social environment with contradictions that also interfere in the health at individual and collective level.
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Avaliação da política de saúde integral da população negra no Município de SalvadorBastos, Eloísa Solange Magalhães January 2013 (has links)
Submitted by Rosemary Magalhães (rosemary.magalhaes@ucsal.br) on 2016-09-14T19:28:29Z
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Previous issue date: 2013 / Este estudo tem como objetivo avaliar a Política Municipal de Saúde Integral da População Negra em Salvador, durante o período de 2006 a 2012, por intermédio do uso de uma pesquisa avaliativa, em duas etapas. Na primeira foi realizado um estudo exploratório-descritivo que investigou o processo da sua implantação a partir de análise documental associada a entrevistas semiestruturadas com profissionais que exercem suas atividades em saúde. Na segunda etapa buscou-se evidenciar como se configura no Distrito Sanitário do Centro Histórico (DSCH) o Combate ao Racismo Institucional (CRI), importante eixo constitutivo da Política. Nesse momento, como estratégia de coleta de dados, foi utilizada a técnica de grupo focal com trabalhadores de saúde que exercem suas atividades no referido Distrito Sanitário. Os resultados revelam que apesar dos esforços no sentido de fazer com que a saúde da população negra seja incorporada com uma política dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) em Salvador, esta não se encontra plenamente implantada, em face de não realização da sua transversalidade na totalidade das ações e serviços oferecidos pela Secretaria Municipal de Saúde.
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Corpo negro e saúde: um estudo sobre Afrobrasileiros, Aids e Ações afirmativasSilva, Adailton da, 64-99946-8369 09 March 2018 (has links)
Submitted by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2018-05-29T19:28:43Z
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Previous issue date: 2018-03-09 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This doctoral dissertation sustains that, in a singular moment in the national and international
contexts, taking advantage of it with perspicacity by a group of committed militants and
highly qualified to public debate, it was possible that a series of demands from political
organizations of the Black Movement were partially satisfied through the Strategical Program
of Affirmative Actions, Black People and Aids (PEAAPNA). These militants alternated in
specific places such as: places of academic production about health, organizations from civil
society of political militancy of confrontation of anti-black racism, international organizations
and instances of public policies management. Since the understanding of certain uses of the
notion of health in anthropology, it comes to situate the topic of this dissertation for its focus
on a policy of Affirmative Actions to the health of black people in Brazil. In the proposition
of a critical view of how the black body was introduced as a question in the anthropological
discussion since the XIX century, it is highlighted the dialogue with the health sciences.
Taking into account the way anthropology characterized the Africans and their descendants in
a condition of almost-humanity, it was notably pointed out the absence of plain health, being
it because of unsafe habits and contexts, biological and cultural heritage, or social
organization unable to provide appropriate conditions of life. The debate among the
colonialist anthropology and the pan-africanist militancy emerges from these formulations,
with derogatory characteristics in the comparison between the process of construction and the
recognition of the difference between the African-Americans and Amerindians in the
community of nations. This contributed to the spread of certain formulation of the place
designated to Africans and their descendants in the narrative that talks about the Aids
epidemy in the world. It is with emphasis to the contribution of different sections of black
movements in the construction of the National Policy of Integral Attention to the Health of
Black People (PNAISPN) and its relation with PEAAPNA that it is explained the correlation
elaborated with the conceptual tools of AA and the Health of Black People. / Esta tese sustenta que, em um momento singular no contexto nacional e internacional,
aproveitado com perspicácia por um conjunto de militantes engajados e altamente
qualificados no debate público, foi possível que uma série de demandas das organizações
políticas do Movimento Negro pudessem ser parcialmente atendidas através do Programa
Estratégico de Ações Afirmativas População Negra e Aids (PEAAPNA). Estes militantes
alternaram-se em espaços específicos como: os espaços de produção acadêmica sobre saúde,
as organizações da sociedade civil de militância política do enfrentamento do racismo antinegro,
organizações internacionais e instâncias de gestão de políticas públicas. Desde a
compreensão de certos usos da noção de saúde em antropologia, chega-se a situar o tema
desta tese por seu foco em uma política de Ações Afirmativas (AA) para a saúde dos negros
no Brasil. Na proposição de um olhar crítico sobre como o corpo negro foi introduzido como
questão na discussão antropológica a partir do Século XIX, destaca-se o diálogo com as
ciências da saúde. Levando em conta o modo como a antropologia caracterizou os africanos e
seus descendentes em uma condição de quase-humanidade, esteve notadamente apontada a
ausência de plena saúde, seja por hábitos e contextos insalubres, por herança cultural e
biológica, ou organização social incapaz de prover adequadas condições de vida. Emerge
destas formulações o debate entre a antropologia colonialista e a militância pan-africanista,
com características depreciativas na comparação entre o processo de construção do
reconhecimento da diferença de afroamericanos e ameríndios na comunidade das nações. Isto
contribuiu para a proliferação de certa formulação do lugar destinado aos africanos e seus
descendentes na narrativa que trata da epidemia de Aids no mundo. É com destaque à
contribuição de diferentes setores dos movimentos negros na construção da Política Nacional
de Atenção Integral a Saúde da População Negra (PNAISPN) e sua relação com o
PEAAPNA que se explicita a correlação construída entre as ferramentas conceituais da AA e
de Saúde da População Negra.
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Conversas com o movimento social negro sobre vulnerabilidades em relação às DSTs/Aids / Conversations with the black social movement about vulnerabilities in relation to STD / AIDSSpiassi, Ana Lúcia 16 March 2011 (has links)
A intensificação do debate sobre a epidemia de DST/aids na população negra, trazida por entidades da sociedade civil na última década, aparece na esteira da recente sistematização de políticas voltadas para a saúde desta população. O objetivo do presente estudo foi conhecer a avaliação que o movimento social negro do ABC paulista tem sobre as condições de vulnerabilidade em relação às DST/aids vividas pelos cidadãos negros da região. Trata-se de estudo qualitativo, construído com base em entrevistas individuais em profundidade com lideranças diversas deste movimento. A representatividade dos entrevistados foi ancorada no conceito de Luta por Reconhecimento e a estrutura das entrevistas foi organizada a partir do conceito teórico orientador de todo o trabalho que é o conceito de Vulnerabilidade. A construção e interpretação das entrevistas foram apoiadas em uma concepção de linguagem entendida como desveladora de processos de interação a partir do cotejo de duas tradições filosóficas principais: o materialismo histórico dialético e a hermenêutica. As avaliações dos entrevistados sobre as três dimensões de vulnerabilidades vivenciadas pelos negros em relação às DST/aids, produziram um quadro no qual diversas situações cotidianas são relatadas e discutidas. No plano institucional, três grupos centrais de problemas foram levantados: as condições de atendimento nos serviços de saúde; a atuação do Estado sobre as condições de iniquidade e a relação do Estado com o movimento social. Em relação às vulnerabilidades sociais, foram destacadas as desigualdades sócio-econômicas entre negros e não-negros e suas consequências, que incluem a persistência de baixa escolaridade, precarização das moradias, fixação da população negra para a periferia das áreas urbanas, barreiras à ascensão social, desigualdades sociais em saúde e a persistência da discriminação racial nas relações sociais. Em relação às vulnerabilidades individuais, os entrevistados relataram algumas de suas vivências pessoais e familiares em que sobressaem os sentimentos de insegurança e desrespeito trazidos pela tensão da discriminação racial, o que tem implicações não apenas morais, mas manifesta-se também no modo como os sujeitos vivenciam, apreendem e lidam com os aspectos dos demais planos de vulnerabilidade, acima citados. Os entrevistados apontaram, ainda, alternativas de reconstrução prática com potencial de redução do impacto da vulnerabilidade para a aids entre os brasileiros negros / The intensified discussion about the STD/AIDS epidemic among black population, brought about by civil society organizations in the last decade, appears in the wake of recent policies aimed at health of this population. The objective of this study was to explore the assessment that the black social movement in the ABC region (State of SP) make about vulnerability conditions regarding STD/AIDS experienced by black citizens from the region. This is a qualitative study, built on individual in-depth interviews with several leaders of this movement. Representativeness of respondents was based on the concept of \"Struggle for Recognition\", and the structure of the interviews on the theoretical concept of Vulnerability that guided the whole work. The structure and interpretation of interviews were backed by designing a language understood as unfolding processes of interaction based on confrontation of two major philosophical traditions: historical dialectical materialism and hermeneutics. The evaluations of the respondents about the three dimensions of vulnerability experienced by brazilian blacks in relation to STD/AIDS, resulted in a framework in which many daily situations are reported and discussed. At institutional level, three core groups of issues were raised: the conditions of care in health services, State action concerning inequity conditions and the relation between the State and social movements. As to social vulnerabilities, socioeconomic inequalities and their consequences were highlighted between blacks and non-blacks, including persistence of low schooling, precarious housing, setting the black population in the periphery of urban areas, barriers to social mobility, health inequalities and persistence of racial discrimination in social relations. In relation to individual vulnerabilities, respondents reported some of their personal and family experiences that stress feelings of lack of confidence and disrespect due to tension resulting from racial discrimination, which has moral implications and also manifests in how the subjects experience, perceive and deal with vulnerability aspects at other levels, as mentioned above. Yet, the interviewees pointed out practical reconstruction alternatives with potential to reduce the impact of vulnerability to AIDS among black Brazilians
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Vulnerabilidade em populações negras no acesso e no tratamento do HIV/AIDS em dois SAES de São Luís-MA / VULNERABILITY IN BLACK PEOPLE IN ACCESS AND TREATMENT OF HIV / AIDS IN TWO SAES SÃO LUIS / MACRUZ, Alexandro Pereira 17 May 2009 (has links)
Submitted by Rosivalda Pereira (mrs.pereira@ufma.br) on 2017-09-05T18:27:31Z
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Previous issue date: 2009-05-17 / This present essay is a part, as a subproject, of one of the inter-institution projects of the UFMA’s Masters in Health and Environment. Called “Reception and Access to HIV/AIDS diagnostics and treatment to the black population, in Maranhão and São Paulo” (“Reception... MA-SP”), under UNESCO financial support, and having, as keeper institution, the Sousândrade Foundation. In Studying the epidemic tendencies in what refers to the ethnical branches of the people who receives assistance, we verified the vulnerability among black people. So, it was our intention analyze, under the light of race/color criteria for selfidentification, the access and treatment of HIV/AIDS in some SAEs in São Luís/MA. This research is based in observation, description and transversal cut. The research was realization in two SAEs in São Luis/MA. The sample was from 247 patients interviewed during October to December 2007 period. It was used the ECI (Enhacing Care Iniative) adapted. Also used the program SPSS to the analysis of the variables and to create the chi-square standpoint. We conclude that factors like the subject historic-social determination, food and living, unemployment, low education, economical dependency, poverty, misery, violence, harder access to public services, sexual oppression, etc. they constitute factors of vulnerability and also are difficulties in the construction of HIV/AIDS prevention strategies. In view of this, we highlight the importance of implementing specific policies to promote equity and ensure the right to citizenship to the most vulnerable populations. Therefore, the inexistence of forms of facing vulnerabilities contributes to other types of diseases and social problems that add difficulties to the population that lives with HIV/AIDS. / O presente trabalho integra, como subprojeto, um dos projetos interinstitucionais do Mestrado em Saúde e Ambiente da UFMA, denominado “Acolhimento e acesso ao diagnóstico e tratamento do HIV/AIDS para a população negra, no Maranhão e em São Paulo” (“Acolhimento... MA-SP”), sob financiamento da UNESCO, e tendo, como instituição mantenedora, a Fundação Sousândrade de Apoio ao Desenvolvimento da UFMA. Ao estudar as tendências da epidemia no que se refere aos segmentos étnicos da clientela do serviço, verificou-se vulnerabilidade entre pessoas negras. Assim, pretendeu-se analisar, à luz do critério cor/raça por auto-identificação, o acesso e o tratamento do HIV/AIDS em alguns SAEs de São Luís/MA. O referido estudo é observacional, descritivo e de corte transversal. A pesquisa foi realizada em dois SAEs em São Luís/MA. A amostra foi de 247 pacientes entrevistados durante o período de out./07 a dez./07. Utilizou-se o questionário ECI (Enhancing Care Initiative) adaptado. Para análise das variáveis e estabelicimento do chi-quadrado, usou-se o programa SPSS. Conclui-se que fatores de determinação histórico-social do sujeito, tais como falta de moradia e alimentação, desemprego, baixa escolaridade, dependência econômica, pobreza, miséria, violência, dificuldade de acesso ao serviço público, opressão sexual, etc. constituem fatores de vulnerabilidade e também são dificuldades de construção de estratégias de prevenção à DST/HIV/AIDS. Em vista disso, destaca-se a importância da implementação de políticas específicas que promovam equidade e assegurem o direito de cidadania às populações mais vulneráveis. Portanto, a não-existência de formas de enfrentamento das vulnerabilidades, contribui para outros tipos de adoecimentos e problemas sociais que somam dificuldades ao sujeito portador do HIV/AIDS.
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A (Re)Construção do caminhar: itinerário terapêutico de pessoas com doença falciforme com histórico de úlcera de pernaDias, Ana Luisa de Araújo January 2013 (has links)
Submitted by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2013-10-11T18:07:10Z
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Previous issue date: 2013 / A doença falciforme (DF) é uma patologia hematológica hereditária que apresenta impacto significativo à vida das pessoas com a doença e suas famílias. Com base nos dados da triagem neonatal o Ministério da Saúde estima o nascimento de 3500 bebês com a doença a cada ano, com incidência média de 1 a cada 1000 nascidos vivos no país. A Bahia concentra a incidência mais alta, com 1 a cada 650 nascidos vivos, mesmo índice de Salvador, que apresenta cerca de 65 novos casos diagnosticados a cada ano. Estudos destacam-na como uma das alterações genéticas mais comuns no mundo. Apresenta maior incidência na população negra, sendo no Brasil, de três a seis vezes mais comum neste grupo. Com alta morbimortalidade, pode levar a anemia crônica, quadros graves de infecção, crises intensas de dor, AVC, além de poder evoluir para problemas de insuficiência renal, dor crônica, complicações cardiopulmonares, lesões osteoarticulares, entre outras. Entre os agravos crônicos e de difícil tratamento destaca-se a úlcera de perna, feridas que acometem cerca de 20 a 22% das pessoas com DF. Surgem geralmente a partir dos 10 anos de idade, espontaneamente ou derivadas de pequenos traumas, com difícil cicatrização e alto índice de recorrência. Situadas entre o calcanhar e joelho podem ter poucos centímetros ou ocupar grande extensão do membro inferior, afetar uma ou ambas as pernas, permanecendo abertas por anos, até décadas. Este agravo apresenta alto impacto no quotidiano e perspectiva de vida, com repercussões sociais, psicológicas e econômicas. O presente estudo teve como objetivo compreender o itinerário terapêutico de pessoas com histórico de úlcera de perna derivadas de doença falciforme, considerando a vivência do adoecimento antes e após o surgimento da ferida crônica, bem como o olhar dos sujeitos sobre a sua trajetória em busca de cuidado. Trata-se de estudo qualitativo baseado em história de vida, que adotou como estratégias as entrevistas narrativa e semi-estruturada aliadas a construção de diário de campo, sendo a análise dos dados realizada á luz da antropologia interpretativa de Gertz. Teve como sujeitos nove adultos com DF, três homens e seis mulheres, com idades variando entre 27 e 54 anos de idade. Todos são moradores de bairros populares, oriundos de famílias de baixa renda e se autodeclararam negros. Os participantes guardam histórias diferentes na relação com a úlcera de perna, tanto no que se refere ao tempo de surgimento do agravo, que variou entre 7 e 40 anos de convivência com a ferida, quanto no tipo de úlcera, pois envolveu pessoas com lesões contínuas e recorrentes, além de ter incluído pessoas cujas lesões estavam cicatrizadas. Percebeu-se que a úlcera de perna se configura como um ruptura biográfica na vida das pessoas com DF, trazendo grande impacto em diversas dimensões da vida como trabalho, estudo, lazer e com acentuado isolamento social. Destaca-se intensa peregrinação em busca de cuidado, tanto a doença falciforme, quanto especificamente a lesão. Foram comuns experiências de descaso e sofrimento desnecessário vivenciados nos serviços de saúde, levando a interferências marcantes na reorganização do itinerário terapêutico em curso. Os participantes evidenciaram que se recusam a se submeter a tratamentos percebidos como inadequados, deixando estes serviços, indo a outros, ou optando por cuidar de si mesmos fora dos serviços de saúde. Destaca-se a necessidade de olhar esta trajetória a partir da história da doença, que inclui as marcas do racismo institucional. Faz-se necessário reconhecer a invisibilidade que estas pessoas enfrentaram, que deixaram marcas físicas e subjetivas, como forma de poder perceber as necessidades de saúde desta população, prestando uma atenção verdadeiramente integral e equânime. / Salvador
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Aprendizagem da arte e ciência do cuidar em enfermagem na UFMT : uma abordagem étnico-racialMendes, Valdeci Silva 05 May 2015 (has links)
Submitted by Jordan (jordanbiblio@gmail.com) on 2017-01-13T13:54:13Z
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Previous issue date: 2015-05-05 / CAPES / Esta pesquisa objetivou compreender como ocorre a aprendizagem da arte e ciência do cuidar em enfermagem, bem como apresentar a história do Curso de Enfermagem da Faculdade de Enfermagem (FAEN) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), valendo-se de uma abordagem étnico-racial. Desse modo, procurou identificar se esse Curso contempla conteúdos que favoreçam ou não conhecimentos para cuidar de pacientes negros em uma sociedade estruturada racista, como é o caso brasileiro. Trata-se de um estudo exploratório descritivo de abordagem qualitativa cujo guia de análise pautou-se na teoria da sociologia compreensiva. Por meio de aporte teórico, buscou-se conhecer a profissionalização da enfermagem no Brasil e delinear o objeto de pesquisa. Para compor o arcabouço de dados empíricos, apropriou-se de 26 registros históricos e atuais do Curso de Enfermagem da UFMT com o intuito de entender esse ambiente de ensino. Foram realizadas entrevistas e aplicação de questionário de identificação com 16 profissionais docentes enfermeiras e enfermeiros do referido Curso, responsáveis por disciplinas do Bloco I ao Bloco IX do semestre 2014/1; também foram aplicados questionários com oito discentes em enfermagem, concluintes em 2014/1. Foi necessário, ainda, promover registros em diário de anotações de campo. A análise temática de conteúdo permitiu identificar os seguintes resultados: das informações provenientes dos 26 registros institucionais, identificou-se que o Curso de Enfermagem da UFMT se encontra dentro de um enquadramento de ideologias racistas/eugênicas e não tem sinalizado de forma sólida o ensinar-cuidar de pacientes negros; das leituras do material referente às entrevistas e ao questionário de identificação dos docentes, emergiram cinco categorias de análise. A primeira categoria compreende as concepções do cuidar em enfermagem; a segunda está relacionada às marcas raciais biológicas no ensino da enfermagem; a terceira compõe o entendimento sobre relações raciais e saúde; a quarta que diz respeito à crença da ausência de racismo nas ações e práticas de enfermagem; e a quinta corresponde a comportamentos e atitudes de racismo no ambiente de aprendizagem da arte e ciência do cuidar em enfermagem. Com base nos dados fornecidos pelos discentes concluintes de enfermagem, emergiram duas categorias: uma que corresponde diretamente às atitudes de racismo no ambiente de aprendizagem, como já evidenciadas nas informações cedidas pelos profissionais docentes; e outra relacionada ao caráter de ensino baseado em concepções biológicas que tem relação com as marcas raciais biológicas do ensino da enfermagem. As evidências constatadas nas informações cedidas são reflexos da corporificarão teórica e científica sobre o objeto de trabalho da enfermagem – o cuidar humano. A possibilidade de superação do racismo, no campo de saber da arte e ciência do cuidar em enfermagem, deve iniciar-se pela educação, dentre outras ações. Para isso, é necessário compromisso político, social, ético e científico do corpo docente de enfermagem, inclusive com medidas institucionais, condições essas que os docentes e os discentes concluintes do Curso de Enfermagem na UFMT têm se distanciado. / This research aimed to understand how occours the learning of the art and science of nursing care, as well as presenting the history of Nursing Course of the Nursing College (FAEN) at Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), drawing on an ethnic- racioal approach. Thus it sought to identify whether this course includes contents that promote or, don´t, knowledges to care for black patients in a structured racist society, like, for example, the case of Brazil. It´s a descriptive and exploratory study of qualitative approach whose analysis tab are guided in comprehensive sociology theory. Through theoretical approach, he sought to know the professionalization of nursing in Brazil and outline the research object. To compose the framework of empirical data, appropriated 26 historical and current records of nursing course of the UFMT in order to understand this learning environment. The interviews were made and identification questionnaire were apllied with 16 professional nurses, and nursing teachers of that course, they were responsible for subjects from Build I to Build IX of the semester 2014/1; It was also applied some questionnaires with eight students of nursing, graduating in 2014/1. It was also necessary to promote records in field diary notes. The thematic content analysis identified the following results: informations from 26 institutional records, it was found that the Nursing Course of UFMT is within a framework of racists/eugenics ideologies and has not signaled solidly the teach care for black patients; the readings of the material relating to interviews and questionnaire to identify the teachers, emerged five categories of analysis. The first category comprises the conceptions of nursing care; the second is related to biological racial brands in nursing education; the third comprises the understanding of racial relationships and health; the fourth regards to the belief of the absence of racism in the actions and nursing practice; and the fifth corresponds to behavior and racist attitudes in learning environment of the art and science of nursing care. Based on data provided by the graduating students of nursing, emerged two categories: one that directly corresponds to the racist attitudes in the learning environment, as evidenced in information transferred by teachers professionals; and other related to educational character based on biological concepts that relate to biological racial brands of nursing education. The evidence verified at the information transferred are reflections of theoretical and scientific emboriment on the nursing work object - the human caring. The possibility of overcoming racism in the field of knowledge of the art and science of nursing care, should start by education, among other actions. For this, it´s necessary a political commitment, social, ethical and scientific faculty of nursing, including institutional arrangements, conditions which teachers and graduating students of the nursing course at UFMT have distanced.
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Conversas com o movimento social negro sobre vulnerabilidades em relação às DSTs/Aids / Conversations with the black social movement about vulnerabilities in relation to STD / AIDSAna Lúcia Spiassi 16 March 2011 (has links)
A intensificação do debate sobre a epidemia de DST/aids na população negra, trazida por entidades da sociedade civil na última década, aparece na esteira da recente sistematização de políticas voltadas para a saúde desta população. O objetivo do presente estudo foi conhecer a avaliação que o movimento social negro do ABC paulista tem sobre as condições de vulnerabilidade em relação às DST/aids vividas pelos cidadãos negros da região. Trata-se de estudo qualitativo, construído com base em entrevistas individuais em profundidade com lideranças diversas deste movimento. A representatividade dos entrevistados foi ancorada no conceito de Luta por Reconhecimento e a estrutura das entrevistas foi organizada a partir do conceito teórico orientador de todo o trabalho que é o conceito de Vulnerabilidade. A construção e interpretação das entrevistas foram apoiadas em uma concepção de linguagem entendida como desveladora de processos de interação a partir do cotejo de duas tradições filosóficas principais: o materialismo histórico dialético e a hermenêutica. As avaliações dos entrevistados sobre as três dimensões de vulnerabilidades vivenciadas pelos negros em relação às DST/aids, produziram um quadro no qual diversas situações cotidianas são relatadas e discutidas. No plano institucional, três grupos centrais de problemas foram levantados: as condições de atendimento nos serviços de saúde; a atuação do Estado sobre as condições de iniquidade e a relação do Estado com o movimento social. Em relação às vulnerabilidades sociais, foram destacadas as desigualdades sócio-econômicas entre negros e não-negros e suas consequências, que incluem a persistência de baixa escolaridade, precarização das moradias, fixação da população negra para a periferia das áreas urbanas, barreiras à ascensão social, desigualdades sociais em saúde e a persistência da discriminação racial nas relações sociais. Em relação às vulnerabilidades individuais, os entrevistados relataram algumas de suas vivências pessoais e familiares em que sobressaem os sentimentos de insegurança e desrespeito trazidos pela tensão da discriminação racial, o que tem implicações não apenas morais, mas manifesta-se também no modo como os sujeitos vivenciam, apreendem e lidam com os aspectos dos demais planos de vulnerabilidade, acima citados. Os entrevistados apontaram, ainda, alternativas de reconstrução prática com potencial de redução do impacto da vulnerabilidade para a aids entre os brasileiros negros / The intensified discussion about the STD/AIDS epidemic among black population, brought about by civil society organizations in the last decade, appears in the wake of recent policies aimed at health of this population. The objective of this study was to explore the assessment that the black social movement in the ABC region (State of SP) make about vulnerability conditions regarding STD/AIDS experienced by black citizens from the region. This is a qualitative study, built on individual in-depth interviews with several leaders of this movement. Representativeness of respondents was based on the concept of \"Struggle for Recognition\", and the structure of the interviews on the theoretical concept of Vulnerability that guided the whole work. The structure and interpretation of interviews were backed by designing a language understood as unfolding processes of interaction based on confrontation of two major philosophical traditions: historical dialectical materialism and hermeneutics. The evaluations of the respondents about the three dimensions of vulnerability experienced by brazilian blacks in relation to STD/AIDS, resulted in a framework in which many daily situations are reported and discussed. At institutional level, three core groups of issues were raised: the conditions of care in health services, State action concerning inequity conditions and the relation between the State and social movements. As to social vulnerabilities, socioeconomic inequalities and their consequences were highlighted between blacks and non-blacks, including persistence of low schooling, precarious housing, setting the black population in the periphery of urban areas, barriers to social mobility, health inequalities and persistence of racial discrimination in social relations. In relation to individual vulnerabilities, respondents reported some of their personal and family experiences that stress feelings of lack of confidence and disrespect due to tension resulting from racial discrimination, which has moral implications and also manifests in how the subjects experience, perceive and deal with vulnerability aspects at other levels, as mentioned above. Yet, the interviewees pointed out practical reconstruction alternatives with potential to reduce the impact of vulnerability to AIDS among black Brazilians
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