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Construção do roteiro do vídeo educativo para pessoas surdas sobre o uso do coito interrompido / Construction of educational video roadmap for deaf persons on the use of coitus interruptusLeite, Sarah de Sá 18 January 2017 (has links)
LEITE, S. S. Construção do roteiro do vídeo educativo para pessoas surdas sobre o uso do coito interrompido. 2017. 108 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2017. / Submitted by Erika Fernandes (erikaleitefernandes@gmail.com) on 2017-02-02T15:45:30Z
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Previous issue date: 2017-01-18 / The coitus interruptus it is a worldwide practice, with estimated prevalence about 38 million couples per year. Deaf people confront a communicative barrier, which hinders access their knowledge about sexual and reproductive health. Dissemination of accessible information on the subjects is one of the elements that contribute to reviewed some taboos and, consequently, its exercise being possible, healthy and safe. Nursing has used assistive technologies for this public to promote health actions in the various educational settings. The objective was to construct accessible educational video roadmap for deaf people about the using of coitus interruptus, as well to validate a validation instrument of educational content. It is an assistive technology development study, elaborate in the period from February to December 2016, in the Laboratory of Communication in Health of the Nursing Department of the Federal University of Ceará. Five content experts, three video education instructional technicians participated, eleven in health and education area for validation measurement instruments. Data obtained were organized in Excel and analyzed by SPSS software. Descriptive and inferential statistics were used through absolute, relative and intraclass correlation coefficients. Study approved by the Research Ethics Committee of the Federal University of Ceará under opinion 1,520,285. About the overall rating of the video roadmap, was considered valid by all experts. It can be seen that both content experts and technicians have approved with modifications. Among the modifications suggested, there was an increase of updated and complete information about the proposed theme; replacement of technical terms by colloquial language; modification of script title; reduction of explanatory, expositive scenes and, consequently, an increase in the dynamism of the dialogues; and removal of reportage scenes. With regard to the Instrument of Validation of Educational Content, composed of three domains, namely objectives, structure and presentation and relevance, it was considered validated (ICC 0.877, p <0.001). In addition, the total instrument items presented good internal reliability regarding their domains. Thus, an Educational Content Validation Tool was considered a valid tool to be used in processes to guide the elaboration and validation of educational contents reliably. It is concluded that the construction of educational video roadmap as an assistive technology for the deaf contributes to the understanding of the coitus interruptus, being feasible and necessary to this population. / O coito interrompido é praticado no mundo inteiro, com prevalência de uso estimada em cerca de 38 milhões de casais por ano. Pessoas surdas enfrentam barreira comunicativa, o que dificulta o acesso a conhecimentos acerca da saúde sexual e reprodutiva. Disseminação de informações acessíveis sobre o assunto é um dos elementos que contribuem para que tabus sejam revistos e, consequentemente, seu exercício seja possível, saudável e seguro. A Enfermagem tem utilizado tecnologias assistivas com esse público, para promover ações de saúde nos diversos ambientes de educação. Objetivou-se construir roteiro do vídeo educativo acessível para surdos sobre o uso do coito interrompido, bem como validar instrumento de validação de conteúdo educativo. Estudo de desenvolvimento de Tecnologia Assistiva, elaborado no período de fevereiro a dezembro de 2016, no Laboratório de Comunicação em Saúde do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Participaram cinco especialistas de conteúdo, três técnicos em roteiro de vídeo educativo, 11 da área de saúde e educação para validação do instrumento de medida. Dados obtidos foram organizados no Excel e analisados pelo software SPSS. Utilizou-se estatística descritiva e inferencial através de frequências absolutas, relativas e coeficiente de correlação intraclasse. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará sob parecer 1.520.285. Acerca da avaliação geral do roteiro do vídeo, foi considerado válido por todos os especialistas. Verificou-se que tanto os especialistas de conteúdo quanto os técnicos aprovaram com modificações. Dentre as modificações sugeridas, houve a ampliação de informações atualizadas e completas sobre o tema proposto; substituição de termos técnicos por linguagem coloquial; modificação do título do roteiro; diminuição de cenas explicativas, expositivas e consequentemente aumento do dinamismo dos diálogos; e retirada de cenas de reportagem. No que diz respeito ao Instrumento de Validação de Conteúdo Educativo, composto por três domínios, a saber, objetivos, estrutura e apresentação e relevância, considerou-se validado (ICC 0,877, p<0,001). Ademais, os itens do instrumento total apresentaram boa confiabilidade interna quanto aos seus domínios. Dessa forma, Instrumento de Validação de Conteúdo Educativo foi considerado uma ferramenta válida para ser utilizado em processos de elaboração e validação de conteúdos educativos de forma confiável. Conclui-se que a construção do roteiro do vídeo educativo como tecnologia assistiva para surdos contribua para o entendimento a respeito do coito interrompido, sendo viável e necessária a esta população.
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Saúde sexual e reprodutiva da mulher: análise dadisponibilidade, percepções e habilidade no uso do preservativo femininoPaiva, Cláudia Gersen Alvarenga de January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil / As DSTs estão entre os problemas de Saúde Pública mais comuns em todo o mundo e o Preservativo Feminino (PF) é uma das alternativas que possibilita as relações sexuais protegidas. O objetivo dessa pesquisa foi investigar a habilidade e as percepções da mulher sobre o preservativo feminino a partir de diferentes orientações para o uso, bem como adisponibilidade desse método na rede privada. Um estudo transversal foi realizado com 32 mulheres maiores de 18 anos, sexualmente ativas, funcionárias de três Hotéis, em Belo Horizonte, MG. Para coleta de dados, foram utilizados dois questionários semiestruturados autoaplicáveis, previamente validados por meio de estudo piloto. Após a seleção das participantes, um primeiro questionário de sondagem socioeconômica, escolaridade e comportamento sexual foi aplicado sob a orientação da pesquisadora. Em seguida foram formados 3 grupos e entregues 5 PF para cada uma e solicitado o uso com seus parceiros, durante trinta dias. Os preservativos utilizados neste estudo são os mesmos distribuídos na rede pública. O primeiro grupo recebeu orientações da embalagem do produto, o segundo de um panfleto e o terceiro de um vídeo demonstrativo sobre o uso do PF. Após 30 dias, as
participantes preencheram o segundo questionário que abordou a habilidade na colocação do preservativo e as percepções dela e do parceiro sobre o insumo. Das participantes que responderam o segundo questionário e experimentaram o PF verificou-se que mais da metade, 59% (N=19), não conhecia tal insumo. Dessas 19 , 8 (42%) disseram ter tido maior habilidade após o uso de uma camisinha, 6 (31,6%) relataram que o material informativo que receberam não foi suficiente para o entendimento da correta colocação do PF, sendo: 3 (50,0%) embalagem, 2 (33,3%) vídeo e 1 (16,7%) panfleto. Das 13 (68,4%) respondentes que consideraram a informação suficiente, 5 (38,5%) se guiaram pelo panfleto, 5 (38,5%) pelo vídeo e 3 (23%) tinham a embalagem. Uma participante quis saber se o PF é acessível e se são encontrados em farmácias. Cinco (26,3%) alegaram a necessidade de buscar outro tipo de informação além das disponibilizadas na pesquisa. Dentre as informações que receberam consideraram importante o passo a passo do processo para a colocação do método. No estudo quanto à disponibilidade do PF na rede privada, constatou-se que 60% (41/68) das unidades de uma rede de farmácias e 12,5% (3/24) dos sex shops comercializam duas marcas. Para muitos profissionais desses dois tipos de estabelecimentos o PF é um produto novo e muitos proprietários não demonstraram interesse em trabalhar com esse produto pela baixa procura. Contudo, o PF é uma alternativa de prevenção, porém para a sua incorporação nas políticas
públicas é preciso compreender as limitações e particularidades individuais que justificam sua utilização na busca da saúde sexual e reprodutiva da mulher. / STDs are among the most common public health problems worldwide and the Female Condom (FC) is an alternative that allows the protected sex. The objective of this research was to investigate the ability and perceptions of women on female condom from different guidelines for the use and availability of this method on the private network. A cross-sectional study was conducted with 32 women over 18 years old, sexually active, employees three hotels in Belo Horizonte, MG, Brazil. For data collection, two self-administered semistructured questionnaire, previously validated through pilot study were used. After the
selection of participants, a first questionnaire survey of socioeconomic, educational and sexual behavior was applied under the guidance of the researcher. Then 3 groups were formed and delivered 5 FC for each request and use with their partners, for thirty days. Condoms used in this study are distributed in the same public network. The first group would have the guidance of product packaging, the second of a pamphlet and the third in a demonstration video on using the FC. After 30 days, the participants filled out a second questionnaire that addressed the ability to insert the condom and perceptions of her and her partner on the input. Of the participants who answered the second questionnaire and experienced PF was found that more than half, 59% (N = 19), did not know such input. Nineteen of these, 8 (42%) reported having greater ability after using a condom, 6 (31.6%) reported that they received information material was not sufficient for understanding the proper placement of the FC, as follows: 3 (50.0%) packaging, 2 (33.3%) video and 1 (16.7%) pamphlet. Of the 13 (68.4%) respondents who considered sufficient information, 5 (38.5%) were guided by the pamphlet, 5 (38.5%) for video 3 (23%) had the package. One participant wondered if the FC is available and are found in pharmacies. Five (26.3%) claimed the need to seek other information apart from the data in the survey. Among the information considered important given the step by step process for placing the method. In the study on the availability of FC in private network, it was found that 60% (41/68) of units of a network of pharmacies and 12.5% (3/24) of sex shops sell both brands. For many professionals these two types of establishments FC is a new product and many owners have not shown interest in working with this product for the low demand. However, the FC is an alternative prevention, but for their incorporation into public policies is necessary to understand the limitations and individual characteristics that justify its use in the pursuit of sexual and reproductive health of women.
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Validação do manual saúde sexual e reprodutiva: métodos anticoncepcionais comportamentais para cegas / Manual of validation sexual and reproductive health: behavior contraceptive methods for blindOliveira, Mariana Gonçalves de 19 February 2016 (has links)
OLIVEIRA, M. G. Validação do manual saúde sexual e reprodutiva: métodos anticoncepcionais comportamentais para cegas. 2016. 109 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2016. / Submitted by Erika Fernandes (erikaleitefernandes@gmail.com) on 2016-04-25T12:00:36Z
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Previous issue date: 2016-02-19 / Blind women have low supply of educational material on health. accessible educational manual is possibility of teaching and learning by providing information on sexual and reproductive health with a focus on behavioral contraceptive methods. This study aimed to: Validate Assistive Technology for blind in Manual mode on behavioral contraceptive methods for health promotion. It is quasi-experimental research, developed in the city of Fortaleza in the state of Ceará in the period from February 2014 to September 2015. We used non-probability sample of convenience, content experts and blind women. Data collection was divided into two phases: Learning Assessment Instrument validation with experts and manual validation with blind women. It was built by the author and then validated by experts a Knowledge Assessment Tool (pre and post test). In the second stage, it applied the instrument (pretest) and delivery of the Manual for reading, then scheduled another meeting for application of this instrument (post-test) and return the manual. Data were organized in tables and graphs with absolute and relative frequencies. We used the Cronbach's coefficient alpha, the statistical the McNemar test, and the odds ratio McNemar test and the Wilcoxon marked positions. They were respecting the ethical and legal precepts. The study enrolled five experts and 48 blind women. Note that all the items of the instrument were considered well written and easy to understand; and by relevant experts. There was excellent agreement between the experts after analysis was considered highly significant (p <0.001), so suitable for data collection. Most participants (52%) had congenital blindness. The age ranged from 18 to 66 years, mean 35 ± 14 years, predominantly the range 18-29 years (42%). Predominated women with higher education (40%) and unmarried (56%). The mean score on the pretest and post-test in blind women with the type of blindness showed statistical significance in with acquired blindness (<0.001) and congenital (<0.001). Regarding the age group showed a statistical significance in average pre and post test of correct answers in the blind women aged 18 to 29 years (p = 0.002), 30 to 39 years (p = 0.001) and 40 or more years (p = 0.002). Regarding education, it was observed that the average of correct answers in the pre and post test showed statistical significance in blind women with high school (p <0.001) and higher education (p <0.001). Still, it was found that the average among women with primary education was below the group median values (p = 0.056). The mean score before and after testing in blind women with regard to marital status showed statistical significance in single women (p <0.001) and married / stable (p <0.001). Thus, it was possible to measure learning and were confirmed good sized post-reading the manual adjustments, stressing that it represents excellent learning strategy, so the manual has been validated. / Mulheres cegas tem baixa oferta de material educativo em saúde. Manual educativo acessível é possibilidade de ensino-aprendizado fornecendo informação sobre saúde sexual e reprodutiva com enfoque nos métodos anticoncepcionais comportamentais. Este estudo teve como objetivos: Validar Tecnologia Assistiva para cegas na modalidade de Manual sobre métodos anticoncepcionais comportamentais para promoção da saúde. Trata-se de pesquisa quase experimental, desenvolvida na cidade de Fortaleza no Estado do Ceará no período de fevereiro 2014 a setembro 2015. Utilizou amostra não-probabilística de conveniência, especialistas em conteúdo e mulheres cegas. A coleta de dados foi dividida em duas fases: Validação do Instrumento de Avaliação de Aprendizagem com especialistas e Validação do Manual com mulheres cegas. Foi construído pela autora e depois validado por especialistas um Instrumento de Avaliação do Conhecimento (pré e pós teste). Na segunda etapa, aplicou-se o instrumento (pré teste) e entrega do Manual para leitura, em seguida agendado um outro encontro para aplicação do mesmo instrumento (pós teste) e devolução do Manual. Os dados foram organizados em tabelas e gráficos com frequências absolutas e relativas. Utilizou-se o coeficiente de Alfa Cronbach, o teste estatístico de McNemar, bem como a odds ratio de McNemar e o teste dos postos assinalados de Wilcoxon. Foram respeitando os preceitos ético-legais. Participaram do estudo cinco especialistas e 48 mulheres cegas. Observa-se que todos os itens do instrumento foram considerados bem redigidos e de fácil compreensão; e relevantes pelas especialistas. Houve concordância excelente entre as especialistas que após análise foi considerado extremamente significante (p<0,001), logo, adequado para coleta de dados. A maioria das participantes (52%) tinha cegueira congênita. A idade variou de 18 a 66 anos, com média de 35 ± 14 anos, predominando a faixa de 18 a 29 anos (42%). Predominaram mulheres com nível superior (40%) e o estado civil solteiro (56%). A média de acertos no pré teste e pós teste em mulheres cegas com relação ao tipo de cegueira evidenciou significância estatística nas com cegueira adquirida (<0,001) e congênita (<0,001). Em relação a faixa etária evidenciou-se significância estatística nas médias de acertos do pré e pós teste nas mulheres cegas com 18 a 29 anos (p=0,002), 30 a 39 anos (p=0,001) e 40 ou mais anos (p=0,002). No tocante a escolaridade observou-se que as médias de acertos no pré e pós teste apresentou significância estatística nas mulheres cegas com ensino médio (p<0,001) e ensino superior (p<0,001). Ainda, verificou-se que as médias entre as mulheres com ensino fundamental foi inferior aos valores da mediana do grupo (p=0,056). A média de acertos no pré e pós teste em mulheres cegas com relação ao estado civil evidenciou significância estatística nas mulheres solteiras (p<0,001) e casadas/união estável (p<0,001). Dessa forma, foi possível mensurar o aprendizado e confirmaram-se boas médias de acertos pós-leitura do Manual, reforçando que o mesmo representa excelente estratégia de aprendizagem, assim o Manual foi validado.
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Saúde sexual e reprodutiva de mulheres vivendo com HIV/AIDS no sul do BrasilTeixeira, Luciana Barcellos January 2012 (has links)
Introdução: O crescimento da epidemia da Aids entre mulheres, fenômeno denominado de “feminização” da epidemia, chamou atenção da comunidade internacional pelo fato da maioria dessas mulheres encontrarem-se em idade reprodutiva. O aumento da expectativa de vida proporcionado pela terapia antirretroviral, bem como a redução nas taxas de transmissão vertical do HIV obtida com o uso de medicação adequada durante a gestação, parto e primeiros meses de vida do recém-nascido, trazem um novo contexto para decisões reprodutivas e os comportamentos sexuais das mulheres vivendo com HIV/Aids. É importante destacar que a infecção pelo HIV se insere em um contexto mais amplo de questões que afetam a saúde das mulheres, como a violência, infecção por outras doenças sexualmente transmissíveis (DST), altas taxas de esterilização cirúrgica, abortos clandestinos e elevado índices de mortalidade materna. Objetivos: O presente estudo tem por objetivo investigar as especificidades das mulheres vivendo com HIV/Aids, na cidade de Porto Alegre, no que concerne à saúde sexual e reprodutiva. Busca, especificamente, analisar o comportamento, em termos de saúde sexual e reprodutiva, adotado pelas mulheres vivendo com HIV/Aids segundo a faixa etária e investigar os fatores associados à ocorrência de gestações após o diagnóstico de HIV. Metodologia: Os dados analisados são resultantes de uma pesquisa transversal, realizada com mulheres em idade reprodutiva, de 18 a 49 anos, divididas em dois grupos: mulheres com diagnóstico de HIV e mulheres sem diagnóstico conhecido de soropositividade para o HIV. A coleta de dados foi realizada de janeiro a novembro de 2011. Para a presente Tese são analisados exclusivamente os dados do grupo de mulheres soropositivas para o HIV. Para esse grupo, foram abordadas 756 mulheres para as entrevistas, das quais 65 (8,6%) recusaram a participação no estudo, sendo a amostra final composta por 691 mulheres. As participantes foram selecionadas nos serviços de assistência especializada em HIV/Aids da cidade de Porto Alegre, Brasil. As mulheres foram selecionadas de forma aleatória, a partir das agendas de 11 marcação de consultas de todos os profissionais que atendiam nesses serviços. De um total de 1193 consultas agendadas por mulheres elegíveis, 436 mulheres (36,5%) não compareceram, tendo sido repostas na pesquisa pela seleção de consultas subsequentes. Resultados: Em relação à faixa etária, diferenças estatisticamente significativas foram observadas no número de gestações e número de filhos entre as mulheres analisadas (p<0,001). Cerca de um quarto das mulheres de 18 a 24 anos, nunca tiveram filhos. Dentre as mulheres de 45 a 49 anos, 31% tinham 4 ou mais filhos. Na amostra estudada, 31,6% das mulheres já tiveram 10 ou mais parceiros sexuais na vida. Não foi observada diferença significativa entre os grupos etários quanto ao número de parceiros sexuais na vida (p=0,129). O percentual de uso de medicação antirretroviral aumenta progressivamente conforme as faixas etárias, chegando a 86,7% entre mulheres de 45 a 49 anos (p<0,001). O uso de drogas ilícitas durante a vida é mais frequente na faixa dos 18 aos 34 anos (p<0,001). A prática de sexo por dinheiro foi mais frequente entre as mulheres mais jovens, de 18 a 29 anos (p=0,009). O uso da camisinha na última relação sexual foi relatado por 62,7% da amostra, e também não houve diferença entre os grupos. Quanto à gestação após o diagnóstico do HIV observa-se que, da amostra estudada, 240 mulheres (35,2%) apresentaram gestações após o diagnóstico. Na análise multivariável, as variáveis que mostraram associação com o desfecho foram: idade, uso do preservativo após diagnóstico, desejo de fazer laqueadura, violência, número de filhos, idade do diagnóstico de HIV e não ter gestação anterior ao diagnóstico. Conclusões: O presente estudo fornece importantes evidências de alguns fatores que caracterizam a vulnerabilidade das mulheres à infecção pelo HIV, que são bastante diferenciados quando consideramos a faixa etária das entrevistadas. São as mais jovens que declararam, em maior proporção, já ter feito uso de drogas durante a vida, da mesma foram que, também, são a maioria que afirma já ter realizado sexo em troca de dinheiro. As variações observadas em termos do 12 comportamento de sexual e reprodutivo, segundo a faixa etária, implicam demandas diferenciadas de atenção nos serviços de saúde. Da mesma forma, nossos dados permitem concluir que a gravidez após o diagnóstico da infecção pelo HIV não representa, necessariamente, para as mulheres investigadas, o exercício de um direito reprodutivo. Pelo contrário, essas gestações têm se dado em contextos de grande vulnerabilidade individual, social e programática. A gravidez pode, nesse sentido, expressar o precário acesso das mulheres aos serviços de saúde e, consequentemente, a um planejamento familiar inadequado. Pode, ainda, ser uma estratégia de inserção social e uma forma de lidar com o preconceito, ainda bastante disseminado, trazido pela Aids / Introduction: The growth of the Aids epidemics among women, a phenomenon denominated “feminization” of the epidemics, has drawn the attention of the international community to the fact that most of these women are at reproductive age. The increase in life expectancy enabled by antiretroviral therapy, as well as the reduction in the HIV vertical transmission rates achieved by using suitable medication during pregnancy, delivery and first months of the newborn, gives rise to a new context for reproductive decisions and sexual behaviors of women living with HIV/Aids. It is important to highlight that the HIV infection lies within a wider context of issues that affect the health of women, such as violence, infection of other sexually transmissible diseases, high rates of surgical sterilization, clandestine abortions, and high rates of maternal mortality. Objectives: The present study intends to investigate the specificities of women living with HIV/Aids, in the city of Porto Alegre, regarding their sexual and reproductive health. It seeks to particularly analyze the behavior, in terms of sexual and reproductive health, adopted by women living with HIV/Aids according to their age group and investigate the factors associated with the occurrence of pregnancies after the HIV diagnosis. Methodology: The analyzed data result from a transversal study conducted on women at reproductive age, from 18 to 49 years old, divided in two groups: HIV women and HIV-negative women. Data collection was performed from January to November 2011. For the present thesis, the data from the group of HIV-positive women are exclusively analyzed. For this group, 756 women were approached for the interviews, of which 65 (8.6%) refused to participate in the study, the final sample comprising 691 women. The participants were selected at HIV/Aidsspecialized healthcare services in the city of Porto Alegre, Brazil. The women were chosen at random from the appointment books of all professionals working in these services. Of a total of 1193 appointments scheduled by eligible women, 436 women (36.5%) did not attend and were replaced in the study by selecting subsequent appointments. 14 Results: For the age groups, statistically significant differences were observed in the number of pregnancies and number of children among the analyzed women (p<0.001). Around one fourth of women between 18 and 24 years old never had children. Among women from 45 to 49 years old, 31% had four or more children. In the sample under study, 31.6% of women had 10 or more sexual partners in their lifetime. No significant difference was observed between the age groups for the number of sexual partners in their lifetime (p=0.129). The percentage use of antiretroviral medication increases progressively according to the age groups, reaching 86.7% among women between ages 45 and 49 (p<0.001). The use of illegal drugs in the lifetime is more frequent in the age group from 18 to 34 years (p<0.001). The practice of sex for money is more frequent among younger women, from 18 to 29 years old (p=0.009). The use of condom in the last sexual intercourse was reported by 62.7% of the sample, and there was no difference between groups either. As for pregnancy after the HIV diagnosis, it is observed that, of the sample under study, 240 women (35.2%) became pregnant following the diagnosis. In the multivariable analysis, the variables that were correlated with the outcome were: age, use of condom after diagnosis, desire to undergo tubal ligation, violence, number of children, age at HIV diagnosis, and no pregnancy prior to the diagnosis. Conclusions: The present study provides important evidence that some factors characterizing the vulnerability of women to HIV infection are quite different when we consider the age of the interviewees. Younger women are the ones who state in larger numbers to have taken drugs during their lifetime, likewise they comprise the largest group that states to have had sex for money. The variations observed regarding sexual and reproductive behavior according to the age group imply differentiated demands for attention in health services. Similarly, our data allow us to conclude that pregnancy after diagnosis of HIV infection does not necessarily mean, for the women under study, the exercise of a reproductive right. On the contrary, these pregnancies take place in contexts of high individual, social and programmatic vulnerability. Pregnancy may, in this sense, 15 express the precarious access of women to health services and, consequently, to suitable family planning. It can also be a social insertion strategy and a way to cope with the still widespread prejudice caused by Aids.
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Prevalência de infecções sexualmente transmissíveis e de alterações da microbiota vaginal e fatores associados em mulheres que fazem sexo com mulheres / Prevalence of sexually transmitted infections and changes of vaginal microbiota and associated factors in women who have sex with womenIgnacio, Mariana Alice de Oliveira [UNESP] 25 February 2016 (has links)
Submitted by MARIANA ALICE DE OLIVEIRA IGNÁCIO null (mariana_spock@hotmail.com) on 2016-04-22T17:06:55Z
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Previous issue date: 2016-02-25 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Apenas em 2011 com a Política Nacional de Saúde Integral de LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) foram propostos mecanismos de gestão para atingir maior equidade no Sistema Único de Saúde (SUS), com especial atenção às demandas e necessidades em saúde da população LGBT e, assim, das mulheres que fazem sexo com mulheres (MSM) brasileiras. A literatura nacional e internacional é escassa no que se refere às prevalências e fatores associados às infecções sexualmente transmissíveis (IST) e aids entre estas, o que justifica a presente investigação. Esta tem por objetivos traçar o perfil sociodemográfico, comportamental e clínico de MSM, estimar a prevalência de IST, de alterações da microbiota vaginal, de lesões precursoras do câncer de colo do útero e identificar fatores associados à vaginose bacteriana (VB), IST e papiloma vírus humanos (HPV). Trata-se de estudo transversal e analítico, que integra estudo mais amplo sobre acesso a serviços de saúde e saúde sexual e reprodutiva de MSM. Foi desenvolvido com amostra intencional de 100 MSM, provenientes do município de Botucatu/SP e microrregião que atenderam ao chamado para participação da pesquisa por meio de redes de sociabilidade, meios de comunicação de massa, serviços de saúde e convite de participantes às pessoas de seu convívio, no período de janeiro a novembro de 2015. As variáveis independentes estudadas foram sociodemográficas, consumo de substâncias, comportamento e práticas sexuais, antecedentes clínico-ginecológicos, queixas e exame ginecológico e as variáveis de desfecho foram ter IST, HPV e VB. Os dados foram obtidos pelas pesquisadoras envolvidas no estudo mãe, por meio de entrevista, exame ginecológico e coleta de sangue periférico para diagnósticos da Infecção pelo HIV, sífilis e hepatite B. Realizou-se coleta de amostras do conteúdo vaginal para realização do exame microscópico direto corado pelo método de Gram, que permitiu o diagnóstico de alterações da microbiota vaginal e candidose vaginal; coleta de secreção cervical para pesquisa de Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae e de papiloma vírus humano (HPV) por reação em cadeia da polimerase e citologia cérvicovaginal convencional, que diagnosticou lesões pré-neoplásicas e Trichomonas vaginalis. Para análise dos dados empregou-se estatística descritiva e as associações foram verificadas por regressão logística múltipla. Foram ajustados modelos de regressão logística para conhecer as variáveis que mais influenciaram no aparecimento das afecções do trato genital inferior. Predominaram as MSM que se encontravam na faixa etária de 20 a 49 anos (79,0%), brancas (74,0%), não casadas ou sem união estável (60,0%), com mais de 8 anos de estudo (93,0%), inseridas no mercado de trabalho (75,0%), que tinham histórico de relação sexual com homens na vida (66,6%), que não utilizavam regularmente proteção nas relações sexuais (85,8) e praticavam sexo após consumo de álcool(63,0%). A prevalência total de IST foi de 35,0%, sendo a infecção pelo HPV a mais prevalente (32,6%), com genótipos mais frequentes 56 e 84, seguida pela cervicite clamidiana (3,3%), infecção pelo HIV (2,0%), T. vaginalis(1,1%) e Sífilis (1,0%). Não foram encontrados casos de N. gonorrhoeae e Hepatite B. Quase a metade das mulheres incluídas no estudo (47,5%) apresentou alterações na microbiota vaginal, sendo mais prevalente a VB (36,2%), seguida da flora II (8,5%) e candidose vaginal (4,2%). A prevalência encontrada de lesão intra-epitelial escamosa de baixo grau (LSIL) foi de 2,3%. Os fatores associados às IST foram: não ser casada ou sem união estável [OR=3,76(IC:95%: 1,14–12,43); p=0,030], uso de acessórios [OR=3,87(IC:95%: 1,14–13,16); p=0,030] e número de homens com quem se relacionou sexualmente no último ano [OR=7,99 (IC:95%: 1,51–42,44); p=0,015]. Para infecção pelo HPV a única variável independentemente associada foi não ser casada ou não ter união estável [OR=4,84 (IC 95%: 1,49–15,71), p=0,009]. As associações encontradas para o desfecho VB foram whiff test positivo [OR=14,00 (IC 95%: 2,76-71,14), p=0,001] e pH vaginal > 4,5 [OR=9,90(IC 95%:1,57-62,33), p=0,015]. Tomados em conjunto, os dados deste estudo permitem concluir que as MSM participantes tinham elevada vulnerabilidade às IST/aids, confirmada pelas elevadas prevalências de algumas infecções e alterações da microbiota vaginal. Sugere a necessidade de assistência à saúde dessas mulheres de maneira individualizada, voltada para saúde sexual e reprodutiva, pautada em ações preventivas e educativas, com vistas ao seu cuidado integral. Neste sentido, com base nos resultados obtidos foi elaborado E-book educativo, em forma de história em quadrinhos, contendo informações sobre IST, formas de prevenção específicas para MSM, cuidados com a higiene íntima, importância de realizarem exames ginecológicos de rotina, que permitem diagnóstico e tratamento precoce de IST e direitos sexuais e reprodutivos. Este pode ser acessado no link: http://www.hcfmb.unesp.br/pesquisas/informacoespaciente/. / Only in 2011 through the National Policy for Comprehensive Health of LGBT, management mechanisms to reach more equity in unifed health system were proposed focusing mainly the demands and necessities of such population, i.e., women who make sex with women. The present paper aims to fill a gap in the national and international literature concerning prevalences and factors related to STI. The aim of this research is to design the sociodemographic, behavioral and clinical profile of WSW, the changes in vaginal microbiota and of precursor factors associated to bacterial vaginosis, STI and HPV. It is a cross sectional and analytical study covering, in a comprehensive way ,the access to health services and sexual and reproductive health of WSW. It was a non-radomized study with 100 WSW from Botucatu - SP and surrounding regions who answered the call from social media, mass communication means, health services and friends or acquaintances from January to November,2015. The independent variables studied were sociodemographic, substance consumption, behavior and sexual practices, clinical-gynecological examination and complaints and the outcome variables were STI, HPV, BV. Data was obtained by the researchers involved in the main study, through interviews, gynecological exams and blood tests to diagnose HIV, syphilis and hepatitis B. Vaginal samples were collected for gram staining to diagnose changes in vagibal microbiota; cervical sample collection to investigate Chlamydia Trachomatis and HPV through PCR and oncotic cytology to screen pre-neoplasic lesions Trichomonas. Descripitive statistics was used for data analysis and associations were estimated by multiple regression. In order to know the variable which influenced the occurrence of genital infections, adjustments were made in multiple regression models. The most frequent findings were among WSW within the age range 20 to 49 years-old (79.0%), white (74.0%), single (60.0%); with more than 8 years of conventional education (93.0%) , in the job market (75.0%), who had unprotected sex (85.5%) and those who had sex after alcohol consumption (63.0%). Total prevalence of STI was 35%, being HPV the most prevalent (32.6%), with the most frequent genotype being 56 and 84, followed by chlamidia infection (3.3%), HIV infection (2.0%), T. V. (1.1%) and syphilis (1.0%). Neisseria Gonorrhoeae and Hepatites B were not found. Almost half of the women (47.5%) presented changes in the vaginal microbiota, more frequently VB (36.2%) followed by flora II (8.5%) and candidiasis (4.2%). The prevalence of low grade squamous intraepithelial lesion (LSIL) was 2.3%. The factors associated to STI were: to be single, [OR=3.76 (CI:95%: 1.14–12.43); p=0.030], use of sex toys [OR=3.87(CI:95%: 1.14–13.16); p=0.030], and number of male partners in the previous year [OR=7.99 (CI:95%: 1.51–42.44); p=0.015]. As to HPV infection the only variable independently associated was to be single [OR=4.84 (CI: 95%: 1.49–15.71), p=0.009]. The associations found for VB outcome were positive whiff test [OR=14.00 (CI: 95%: 2.76-71.14), p=0.001] and vaginal pH > 4.5 [OR=9.90(CI: 95%:1.57-62.33), p=0.015]. Considered as whole, these data lead to conclusion that the individuals of this study presented high vulnerability to STI/AIDS, as shown by the high prevalence of some infections and changes in the vaginal microbiota. This study clearly shows the need for a specific health assistance to these women, focusing their sexual and reproductive life, thus promoting prevention and education in a holistic approach. Based on these findings, an educational Ebook was written bringing information on STI, prevention specific for WSW, hygiene care, sexual and reproductive rights and the importance of periodical gynecological examinations, which will allow for early diagnosis and treatment of STI. It can be accessed at the link: http://www.hcfmb.unesp.br/pesquisas/informacoespaciente/. / FAPESP: 2015/04224-6
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Saúde sexual e reprodutiva de mulheres vivendo com HIV/AIDS no sul do BrasilTeixeira, Luciana Barcellos January 2012 (has links)
Introdução: O crescimento da epidemia da Aids entre mulheres, fenômeno denominado de “feminização” da epidemia, chamou atenção da comunidade internacional pelo fato da maioria dessas mulheres encontrarem-se em idade reprodutiva. O aumento da expectativa de vida proporcionado pela terapia antirretroviral, bem como a redução nas taxas de transmissão vertical do HIV obtida com o uso de medicação adequada durante a gestação, parto e primeiros meses de vida do recém-nascido, trazem um novo contexto para decisões reprodutivas e os comportamentos sexuais das mulheres vivendo com HIV/Aids. É importante destacar que a infecção pelo HIV se insere em um contexto mais amplo de questões que afetam a saúde das mulheres, como a violência, infecção por outras doenças sexualmente transmissíveis (DST), altas taxas de esterilização cirúrgica, abortos clandestinos e elevado índices de mortalidade materna. Objetivos: O presente estudo tem por objetivo investigar as especificidades das mulheres vivendo com HIV/Aids, na cidade de Porto Alegre, no que concerne à saúde sexual e reprodutiva. Busca, especificamente, analisar o comportamento, em termos de saúde sexual e reprodutiva, adotado pelas mulheres vivendo com HIV/Aids segundo a faixa etária e investigar os fatores associados à ocorrência de gestações após o diagnóstico de HIV. Metodologia: Os dados analisados são resultantes de uma pesquisa transversal, realizada com mulheres em idade reprodutiva, de 18 a 49 anos, divididas em dois grupos: mulheres com diagnóstico de HIV e mulheres sem diagnóstico conhecido de soropositividade para o HIV. A coleta de dados foi realizada de janeiro a novembro de 2011. Para a presente Tese são analisados exclusivamente os dados do grupo de mulheres soropositivas para o HIV. Para esse grupo, foram abordadas 756 mulheres para as entrevistas, das quais 65 (8,6%) recusaram a participação no estudo, sendo a amostra final composta por 691 mulheres. As participantes foram selecionadas nos serviços de assistência especializada em HIV/Aids da cidade de Porto Alegre, Brasil. As mulheres foram selecionadas de forma aleatória, a partir das agendas de 11 marcação de consultas de todos os profissionais que atendiam nesses serviços. De um total de 1193 consultas agendadas por mulheres elegíveis, 436 mulheres (36,5%) não compareceram, tendo sido repostas na pesquisa pela seleção de consultas subsequentes. Resultados: Em relação à faixa etária, diferenças estatisticamente significativas foram observadas no número de gestações e número de filhos entre as mulheres analisadas (p<0,001). Cerca de um quarto das mulheres de 18 a 24 anos, nunca tiveram filhos. Dentre as mulheres de 45 a 49 anos, 31% tinham 4 ou mais filhos. Na amostra estudada, 31,6% das mulheres já tiveram 10 ou mais parceiros sexuais na vida. Não foi observada diferença significativa entre os grupos etários quanto ao número de parceiros sexuais na vida (p=0,129). O percentual de uso de medicação antirretroviral aumenta progressivamente conforme as faixas etárias, chegando a 86,7% entre mulheres de 45 a 49 anos (p<0,001). O uso de drogas ilícitas durante a vida é mais frequente na faixa dos 18 aos 34 anos (p<0,001). A prática de sexo por dinheiro foi mais frequente entre as mulheres mais jovens, de 18 a 29 anos (p=0,009). O uso da camisinha na última relação sexual foi relatado por 62,7% da amostra, e também não houve diferença entre os grupos. Quanto à gestação após o diagnóstico do HIV observa-se que, da amostra estudada, 240 mulheres (35,2%) apresentaram gestações após o diagnóstico. Na análise multivariável, as variáveis que mostraram associação com o desfecho foram: idade, uso do preservativo após diagnóstico, desejo de fazer laqueadura, violência, número de filhos, idade do diagnóstico de HIV e não ter gestação anterior ao diagnóstico. Conclusões: O presente estudo fornece importantes evidências de alguns fatores que caracterizam a vulnerabilidade das mulheres à infecção pelo HIV, que são bastante diferenciados quando consideramos a faixa etária das entrevistadas. São as mais jovens que declararam, em maior proporção, já ter feito uso de drogas durante a vida, da mesma foram que, também, são a maioria que afirma já ter realizado sexo em troca de dinheiro. As variações observadas em termos do 12 comportamento de sexual e reprodutivo, segundo a faixa etária, implicam demandas diferenciadas de atenção nos serviços de saúde. Da mesma forma, nossos dados permitem concluir que a gravidez após o diagnóstico da infecção pelo HIV não representa, necessariamente, para as mulheres investigadas, o exercício de um direito reprodutivo. Pelo contrário, essas gestações têm se dado em contextos de grande vulnerabilidade individual, social e programática. A gravidez pode, nesse sentido, expressar o precário acesso das mulheres aos serviços de saúde e, consequentemente, a um planejamento familiar inadequado. Pode, ainda, ser uma estratégia de inserção social e uma forma de lidar com o preconceito, ainda bastante disseminado, trazido pela Aids / Introduction: The growth of the Aids epidemics among women, a phenomenon denominated “feminization” of the epidemics, has drawn the attention of the international community to the fact that most of these women are at reproductive age. The increase in life expectancy enabled by antiretroviral therapy, as well as the reduction in the HIV vertical transmission rates achieved by using suitable medication during pregnancy, delivery and first months of the newborn, gives rise to a new context for reproductive decisions and sexual behaviors of women living with HIV/Aids. It is important to highlight that the HIV infection lies within a wider context of issues that affect the health of women, such as violence, infection of other sexually transmissible diseases, high rates of surgical sterilization, clandestine abortions, and high rates of maternal mortality. Objectives: The present study intends to investigate the specificities of women living with HIV/Aids, in the city of Porto Alegre, regarding their sexual and reproductive health. It seeks to particularly analyze the behavior, in terms of sexual and reproductive health, adopted by women living with HIV/Aids according to their age group and investigate the factors associated with the occurrence of pregnancies after the HIV diagnosis. Methodology: The analyzed data result from a transversal study conducted on women at reproductive age, from 18 to 49 years old, divided in two groups: HIV women and HIV-negative women. Data collection was performed from January to November 2011. For the present thesis, the data from the group of HIV-positive women are exclusively analyzed. For this group, 756 women were approached for the interviews, of which 65 (8.6%) refused to participate in the study, the final sample comprising 691 women. The participants were selected at HIV/Aidsspecialized healthcare services in the city of Porto Alegre, Brazil. The women were chosen at random from the appointment books of all professionals working in these services. Of a total of 1193 appointments scheduled by eligible women, 436 women (36.5%) did not attend and were replaced in the study by selecting subsequent appointments. 14 Results: For the age groups, statistically significant differences were observed in the number of pregnancies and number of children among the analyzed women (p<0.001). Around one fourth of women between 18 and 24 years old never had children. Among women from 45 to 49 years old, 31% had four or more children. In the sample under study, 31.6% of women had 10 or more sexual partners in their lifetime. No significant difference was observed between the age groups for the number of sexual partners in their lifetime (p=0.129). The percentage use of antiretroviral medication increases progressively according to the age groups, reaching 86.7% among women between ages 45 and 49 (p<0.001). The use of illegal drugs in the lifetime is more frequent in the age group from 18 to 34 years (p<0.001). The practice of sex for money is more frequent among younger women, from 18 to 29 years old (p=0.009). The use of condom in the last sexual intercourse was reported by 62.7% of the sample, and there was no difference between groups either. As for pregnancy after the HIV diagnosis, it is observed that, of the sample under study, 240 women (35.2%) became pregnant following the diagnosis. In the multivariable analysis, the variables that were correlated with the outcome were: age, use of condom after diagnosis, desire to undergo tubal ligation, violence, number of children, age at HIV diagnosis, and no pregnancy prior to the diagnosis. Conclusions: The present study provides important evidence that some factors characterizing the vulnerability of women to HIV infection are quite different when we consider the age of the interviewees. Younger women are the ones who state in larger numbers to have taken drugs during their lifetime, likewise they comprise the largest group that states to have had sex for money. The variations observed regarding sexual and reproductive behavior according to the age group imply differentiated demands for attention in health services. Similarly, our data allow us to conclude that pregnancy after diagnosis of HIV infection does not necessarily mean, for the women under study, the exercise of a reproductive right. On the contrary, these pregnancies take place in contexts of high individual, social and programmatic vulnerability. Pregnancy may, in this sense, 15 express the precarious access of women to health services and, consequently, to suitable family planning. It can also be a social insertion strategy and a way to cope with the still widespread prejudice caused by Aids.
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É a vida de sempre: corpo e sexualidade no processo de nascimento / It is the life as always: body and sexuality in the process of childbirthNatalúcia Matos Araújo 26 May 2009 (has links)
Este estudo buscou compreender o significado do corpo para um grupo de gestantes, como estas mulheres vivenciam os processos fisiológicos do seu corpo durante a gestação e a sua repercussão na sexualidade, bem como conhecer a percepção relacionada ao parto normal e sua implicação para a atividade sexual. Conceitos da Antropologia médica foram usados como referencial teórico e o método adotado foi a etnografia. A pesquisa foi desenvolvida com sete mulheres residentes em um bairro popular da zona leste de São Paulo - SP. Adotou-se, para a coleta de dados, uma entrevista semi-estruturada com questões norteadoras e um desenho em uma silhueta feminina previamente reproduzida, de como elas viam as modificações no seu corpo durante o período. Os dados foram apresentados na forma de narrativa. Os resultados se resumiram em seis categorias e catorze subcategorias que deram origem à análise de um tema maior - O processo do nascimento como ritual de passagem para a construção da família, já que todo o processo da vivência corporal na gestação, suas mudanças e repercussão na atividade sexual, foram guiados pelo valor da constituição da família e estiveram presentes desde o momento em que essas mulheres começavam fazer projetos para adentrar à maternidade. Os achados deste estudo permitiram ter uma compreensão do conhecimento cultural das mulheres em relação aos significados do corpo e sexualidade no processo de nascimento, tornando-se para os profissionais de saúde uma ferramenta primordial na adequação das suas práticas / This study aimed to understand the meaning of the body to a group of pregnant women, how they experience the body physiologic processes during pregnancy and how they reflect in sexuality as well as to acknowledge their perception about normal birth and its implication to sexual activity. Concepts of medical anthropology were used as theoretical framework and the methodology adopted was ethnography. The research was carried out in a popular district in east area of São Paulo - SP. For data collection it was used semi-structured interviews with guiding questions, and drawing, in a feminine silhouette of how they perceive their body modification during this period. The data were presented in narrative format. The result were organized in six categories and fourteen subcategories which merged to a central theme Childbirth as a ritual passage in the construction of family once all the body experiences of gestation, the physiological body changes and its repercussion in sexual performance were present since they started making projects to go into maternity. The results of this study allowed an understanding of the cultural knowledge in relation to the meaning of the body and sexuality in childbirth which is an essential tool for adjusting professional practice
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A mulher detenta, a sua saúde sexual e sua sexualidade: revisão sistemática da literatura brasileira sobre atuação da enfermagem neste processo / Sexual health and sexuality of inmate woman: systematic review of Brazilian literature about the nursing contribution in this processElaine Mara da Silva 13 September 2013 (has links)
A complexidade que caracteriza o sistema penitenciário brasileiro não exclui o encarceramento feminino. A mulher, ao ser detida para cumprir pena pelo seu ato infracional ou delituoso, passa por momentos de conflitos consigo mesma em função da nova realidade que se apresenta, a da privação de liberdade, que indubitavelmente afeta a sua saúde sexual e consequentemente a sua sexualidade somando a esse processo, a falta de assistência nesse sentido. Baseando nestes referenciais, o presente estudo objetivou fazer uma reflexão perante a literatura existente sobre a possível contribuição da enfermagem na saúde sexual e na sexualidade da mulher detenta, tendo em vista as condições de vulnerabilidade em que ela é exposta às doenças sexualmente transmissíveis no encarceramento. A metodologia utilizada apropriou-se da revisão sistemática da literatura brasileira, cujo propósito foi proceder ao levantamento de dados sobre essas questões , considerando a importância de sintetizar e categorizar os estudos primários realizados no Brasil, no período de 1990 a 2013,tendo em vista, o assunto em apreço. A amostra foi constituída de 14 estudos dos quais, foram identificadas as situações limites através das circunstâncias apresentadas pelos profissionais de enfermagem nas unidades prisionais, com relação à contribuição para a saúde sexual e a sexualidade da mulher privada de liberdade e de assistência. Vale destacar que as ações voltadas à saúde sexual e à sexualidade da mulher detentas são incipientes para atender a demanda desta população diante da omissão do Estado no gerenciamento destes espaços públicos. Segundo os achados da literatura, para os profissionais de enfermagem, a prática comum da violação dos direitos humanos destas mulheres fundamentam-se na situação de abandono e de descaso em que elas encontram no sistema prisional. Constata-se também a necessidade da quebra de paradigmas e preconceitos por parte dos profissionais de enfermagem no atendimento à saúde dessas mulheres, por meio, de ações educativas multidisciplinares para verdadeiras mudanças na qualidade de vida dos indivíduos dentro desse contexto de detenção, especialmente ao contingente feminino no país / The complexity that characterizes the Brazilian penitentiary system doesn\'t exclude the female incarceration. The woman, at to be held to serve a sentence for her defaulting or offensive act, goes through conflict moments to herself in face of the reality presented an the liberty deprivation that doubtless affect her sexual health and consequently her sexuality. Based on the references, this current study had aimed to make a reflection before the existing literature about the possible contribution of nurses in sexual health an in sexuality of inmate woman, bearing in mind the conditions of vulnerability in which she is exposed to STDs incarceration. The used methodology appropriated itself of a systematic review of Brazilian literature, of which purpose was to do the survey of data on these questions, considering the importance to synthesize and to categorize the primary studies realized in Brazil in the period 1990-2013, bearing in mind the subject in appreciation. The sample consisted of fourteen studies which were identified the limit situations through the circumstances present by nursing professionals in the prison units in relation with the contribution to the sexual health and to the sexuality of woman deprived of freedom and assistance. It\'s valid to highlight that the actions returned to sexual health and sexuality of the inmate woman are incipient to attend the demand of this population in front of the omission of the State in the management of these public spaces. Accordingly to the fingings of the literature, to the nursing professionals, the common practice of violations of human rights of these women are based in the situation of abandon and neglect in which they are in the prison system. It\'s also notice the necessity to break paradigms and prejudices on the part of nursing staff in the health treatment of these women, with multidisciplinary educational activities to make real changes in the life quality of these individuals in this detention context, especially to the female contingent of this country
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Concepções de gênero em um centro de atendimento à saúde da mulher / Gender conceptions in a center dedicated to womens healthÂngela Esteves Modesto 16 April 2013 (has links)
Esta dissertação se insere no campo dos estudos de gênero. Seu objetivo foi identificar e analisar as concepções de gênero presentes em um centro de atenção à saúde sexual e reprodutiva das mulheres chamado Casa Ser, localizado no extremo leste da cidade de São Paulo. Trata-se de um estudo de caso com enfoque etnográfico cujos dados foram obtidos por meio de observação participante das atividades da instituição, entrevistas e análise documental. As bases teóricas para este estudo foram as obras de Joan Scott e Judith Butler, que problematizaram o conceito de gênero considerando-o como histórico e culturalmente construído. Acredita-se que a discussão crítica sobre gênero possa influenciar a percepção dos sujeitos de maneira que reflitam sobre seus posicionamentos na vida e contribua para a redução das desigualdades geradas por concepções rígidas de gênero que as aprisionam. A Casa Ser, desde sua inauguração, considera fundamental manter a discussão sobre gênero e a promove em todas as atividades oferecidas às usuárias, portanto, caracterizou-se como um local favorável ao desenvolvimento desta investigação. A intenção não foi avaliar o serviço como adequado ou inadequado em relação a critérios pré-determinados, mas sim identificar pontos relevantes sobre como o tema gênero vem sendo trabalhado em uma instituição de saúde, que tipos de conhecimento parecem estar sendo gerados por esse trabalho e o como as pessoas envolvidas com a Casa Ser parecem estar sendo influenciadas por essas discussões. Os dados mostraram que, de forma geral, gênero está sendo considerado como sinônimo de mulher, que é o público alvo da instituição. Foram poucos os homens presentes nas atividades e pouco se falou sobre eles. Quando abordaram os corpos, as atividades foram focadas na fisiologia e na diferenciação entre mulheres e homens, corroborando a lógica binária e o discurso médico dominante, historicamente direcionado ao controle do corpo da mulher. Por outro lado, muitas foram as falas de resistência, com forte incentivo para que as mulheres assumam o controle de seu próprio corpo, para que exerçam sua sexualidade de maneira saudável e também questionaram os padrões comportamentais estabelecidos para mulheres e homens. Há indícios de que a Casa Ser oferece um ambiente de confiança mútua entre usuárias e funcionárias e estas enfatizam o importante papel que a instituição teve na formação e legitimação de suas ideias acerca do gênero. / This dissertation is inserted in the field of gender studies. Its objective was to identify and analyze the gender conceptions present in a center dedicated to womens sexual and reproductive health called Casa Ser, sited at the extreme east of São Paulo city. It is a case study with ethnographic focus which data was obtained through participant observation of the activities, interviews and documental analysis. The theory bases for this study where the works of Scott (1988, 1995 and 2000) and Butler (2002, 2003 and 2009), which discussed the concept of gender considering its historicity and cultural built. We believe that the critical discussion on gender may influence peoples perception in a way they reflect about their own positioning in life and contributes to the reduction of the gender inequalities caused by rigid gender conceptions that trap them. Since its inauguration, Casa Ser considers fundamental to maintain the discussions on gender and promotes it in all its activities offered to the service users, therefore it was a favorable place for the development of this research. The intention was not to evaluate the service as adequate or inadequate according to pre-determined criteria, but to identify relevant issues on how the theme gender have been approached in an health center, which kinds of knowledge about gender seems to be generated by the work and how the involved people seems to be influenced by those discussions. The data showed that, in general, gender is been considered as a synonym for woman, the target population of Casa Ser. A few men took part of the activities and a few was spoken about them. When referred to the bodies, the activities focused the physiology and the differentiation between women and men, corroborating the binary logic and the dominant medical speech, historically dedicated to the womens body control. On the other hand, there were many resistance moments with strong incentive so that women assume the control of their own bodies and exercise their sexuality in a healthy way and also questioned the behavioral patterns established for woman and men. There are some evidence that Casa Ser offers an environment of mutual confidence among users and staff and they emphasize the important role that the center assumed in their formation and legitimation of their ideas about gender.
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Percepções de adolescentes escolares sobre a iniciação sexualSILVA, Vilma Maria da 09 July 2013 (has links)
Submitted by Leonardo Freitas (leonardo.hfreitas@ufpe.br) on 2015-04-17T15:06:29Z
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Previous issue date: 2013-07-09 / A adolescência é uma fase de intensas transformações biológicas, psicológicas e sociais. A sexualidade faz parte da identidade humana e se desenvolve ao longo de toda a vida como motivação da busca e vivência do prazer. A iniciação sexual está acontecendo cada vez mais cedo e a vivência saudável do período de experimentação determinará a formação de adultos autônomos. A saúde sexual e reprodutiva depende da garantia de ambientes saudáveis de reflexões e ações e os adolescentes devem ser considerados em suas peculiaridades. O objetivo deste estudo foi conhecer as percepções dos adolescentes de uma escola pública em relação à iniciação sexual. Foi realizado estudo qualitativo em uma escola pública do Recife e para análise das entrevistas foi utilizado o Discurso do Sujeito Coletivo com o auxílio do Qualiquantisoft. Foram realizadas 61 entrevistas, sendo 42 participantes do sexo feminino. A idade variou de 15 a 18 anos. As categorias encontradas foram: aspectos cognitivos e subjetivos das práticas de prevenção, estrutura pessoal, familiar e financeira, rede de apoio, protagonismo juvenil e gênero feminino: responsabilidade, desconhecimento e submissão. A educação sexual envolvendo a família, a escola, a saúde e a sociedade promove um equilíbrio emocional que influenciará a tomada de decisões em questões fundamentais ao longo da vida. É preciso pesquisar, debater e avaliar a efetividade das ações no sentido de educar uma sociedade que priorize a equidade de relações entre homens e mulheres e o pleno exercício dos direitos sexuais e reprodutivos para todos
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