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Perfil de secreção de hormônio de crescimento e ghrelina antes e após cirurgia bariátrica / Secretory profile of growth hormone and ghrelin before and after bariatric surgery

Mancini, Márcio Corrêa 16 August 2005 (has links)
INTRODUÇÃO: A secreção do hormônio de crescimento (GH) está diminuída em obesos. Existem controvérsias se esta diminuição é conseqüência ou um dos fatores causais da obesidade. Perda de peso leva a alguma recuperação da secreção de GH. Não há estudos publicados sobre o efeito da derivação gástrica (gastrojejunal) com anastomose em Y-de-Roux (BPG) sobre o perfil de secreção de 24 h de GH. Por outro lado, a ghrelina é um peptídeo secretagogo de GH produzido no estômago, orexigênico, lipogênico e adipogênico, cujos níveis oscilam ao longo do dia e estão diminuídos na obesidade. As variações circadianas de ghrelina têm papel no controle da homeostase energética e secreção de GH. O nível de ghrelina eleva-se com perda de peso induzida por dieta, mas os dados são controversos sobre mudanças desses níveis após cirurgias bariátricas. Este estudo tem por objetivo caracterizar os perfis de secreção de GH e ghrelina em mulheres com obesidade grau III antes e após BPG e suas correlações com variáveis metabólicas. MÉTODOS: Coletas de sangue a cada 20 minutos por 24 horas foram realizadas em obesas mórbidas não diabéticas na pré-menopausa antes e seis meses após BPG. O procedimento foi realizado em balanço calórico neutro por quatro dias. Foram dosados glicose e insulina; GH em todas as amostras e ghrelina às 08:00h, 10:00h, 12:00h, 19:00h e 02:00h. A taxa metabólica de repouso (TMR) foi avaliada por calorimetria indireta e as massas adiposa (MA) e magra (MM) foram medidas por DEXA. RESULTADOS: Houve uma redução de 27% do peso corporal e IMC (de 55,9 ± 6,2 kg/m2 para 40,7 ± 5,8 kg/m2, p<0,001) com elevação de vários parâmetros de secreção de GH (GH basal, GH médio, p<0,05; área, amplitude e número de picos, p<0,001); redução de glicemia (p = 0,03), insulinemia de jejum (p = 0,005) e HOMA (p = 0,004). Não houve diferença nos níveis de ghrelina basal, pós-prandial e médio. O GH médio apresentou correlação negativa com as mudanças no peso (p = 0,003; r = -0,631), IMC (p <0,001; r = -0,731), MA (p = 0,003; r = -0,635), MM (p = 0,02; r = -0,507), circunferência abdominal (p = 0,01; r = -0,555), TMR (p = 0,01; p = -0,539), insulina de jejum (p = 0,014, r = -0,538) e HOMA (p = 0,01; r = -0,560), mas não com a glicemia de jejum (p = 0,13; r = -0,354) e a ghrelina (p = 0,6; r = 0,118). O melhor determinante da secreção de GH foi o IMC sendo responsável por 54% da variação do GH médio (r2 = 0,54). CONCLUSÕES: Há uma recuperação parcial da secreção de GH, reduzida no pré-operatório em obesas mórbidas, após perda de peso induzida seis meses após a cirurgia, indicando que a secreção reduzida não é um fator primário ou causal da obesidade, mas sim uma conseqüência da obesidade e essa recuperação é independente do perfil de secreção de ghrelina / INTRODUCTION: Growth hormone (GH) concentration is decreased in obesity. It is not clear if reduced GH secretion is consequence or cause of the obese state. GH secretion is partially restored by weight loss. There are no published studies about the effect of Roux-en-Y gastric bypass (RYGBP) on GH secretory profile. Ghrelin is a GH releasing peptide produced by stomach, with orexigenic, lipogenic and adipogenic actions. Ghrelin levels oscillate throughout the day and are low in obesity. Circadian changes in ghrelin levels have a role both in energy homeostasis control and GH secretion. Ghrelin levels rise after diet-induced weight loss, but results are controverse in relation to changes in ghrelin levels after bariatric surgeries. In this study, we analyzed GH and ghrelin concentrations in morbidly obese women before and after RYGBP and its relationships with metabolic parameters. METHODS: Blood was sampled at 20-minute intervals during 24 hours in non diabetic pre-menopausal morbid obese women before and six months after RYGBP. The study was done after four days in neutral caloric balance. Fasting glucose and insulin were determined in basal samples. GH concentrations were measured in all samples and ghrelin in serum collected at 08:00h, 10:00h, 12:00h, 19:00h e 02:00h. Resting metabolic rate (RMR) was evaluated by indirect calorimetry and fat mass (FM) and free-fat mass (FFM) were measured by DEXA. RESULTS: A 27% drop in body weight and BMI (55.9 ± 6.2 kg/m2 to 40.7 ± 5.8 kg/m2, p<0.001), augmentation of spontaneous GH secretory episodes (basal and mean levels, p <0.05; area, amplitude and peak frequency, p <0.001); and reduction of fasting glucose (p = 0.03), insulinemia (p = 0.005) and HOMA (p = 0.004) were observed. Neither basal, post-prandial or mean ghrelin were changed. A negative correlation was found between mean GH levels and weight changes (p = 0.003, r = -0.631), BMI (p <0.001, r = -0.731), FM (p = 0.003, r = -0.635), FFM (p = 0.02, r = -0.507), waist (p = 0.01, r = -0.555), RMR (p = 0.01, p = -0.539), fasting insulin (p = 0.014, r = -0.538), as well as HOMA (p = 0.01, r = -0.560), but not between mean GH levels and glucose (p = 0.13, r = -0.354) or ghrelin (p = 0.6, r = 0.118). BMI accounted for 54% of the mean GH variation (r2 = 0.54). CONCLUSIONS: There is a partial recovery of GH secretion after weight loss induced by RYGBP, suggesting that a blunted secretion is not a primary or causal factor of obesity, but a consequence of the obese state. This recovery is independent of ghrelin secretory profile
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Concentrações de mediadores inflamatórios em crianças com idade inferior a três meses e infecção do trato respiratório inferior pelo vírus sincicial respiratório / Concentrations of inflammatory mediators in children less than three months of age with respiratory syncytial virus lower respiratory tract infection

Vieira, Renata Amato 20 August 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: A elevada frequência e morbimortalidade das infecções do trato respiratório inferior (ITRI) pelo vírus sincicial respiratório (VSR) na infância, além da ausência de estudos no Brasil que correlacionam evolutivamente a resposta inflamatória no epitélio respiratório e no sangue periférico à gravidade da doença respiratória pelo VSR, estimularam a realização desta pesquisa. OBJETIVOS: Avaliar se as concentrações dos mediadores inflamatórios (MI) (RANTES, sICAM-1, TNF-,IL -6 e IL-10) e suas razões na secreção nasofaríngea e no sangue de crianças com idade inferior a 3 meses e ITRI pelo VSR correlacionam-se à gravidade da doença; determinar a frequência dos grupos A e B do VSR nas crianças internadas na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatal (UCINE) do Instituto da Criança do HCFMUSP; avaliar se há diferença na gravidade da doença respiratória pelo VSR entre as crianças internadas na UCINE e infectadas pelos grupos A e B do vírus; comparar as concentrações dos MI na secreção nasofaríngea e no sangue à admissão hospitalar ou por ocasião do diagnóstico de ITRI pelo VSR adquirida durante a internação, no terceiro e sétimo dias de evolução ou à alta (se antes do sétimo dia); comparar as concentrações dos MI na secreção nasofaríngea e no sangue dos pacientes à admissão, de acordo com grupos A e B do VSR; e descrever a evolução das concentrações de RANTES, sICAM-1, TNF-, IL-6 e IL-10 na secreção nasofaríngea e no sangue durante a doença pelo VSR. MÉTODOS: Foram incluídas no estudo prospectivo, de coorte, observacional, de julho de 2004 a dezembro de 2005, 30 crianças com idade inferior a três meses portadoras de ITRI pelo VSR internadas na UCINE. Foram medidas as concentrações dos MI na secreção nasofaríngea e no soro de todas as crianças à admissão no estudo, no terceiro e sétimo dias de evolução ou à alta hospitalar (se antes do sétimo dia) através da técnica ELISA sanduíche. Utilizamos para avaliar a gravidade da doença respiratória os seguintes marcadores clínicos: sistema de escore clínico modificado de De Boeck et al. (1997), tempos de oxigenoterapia e de ventilação mecânica e duração da internação. RESULTADOS: Houve correlação positiva significante entre a gravidade da doença pelo sistema de escore clínico modificado à admissão hospitalar e as concentrações na secreção nasofaríngea de sICAM-1 (r=0,401, p=0,028) e IL-10 (r=0,412, p=0,024) e de IL-6 no soro (r=0,469, p=0,009). Houve também correlação positiva significante entre as concentrações de IL-6 no soro e o tempo de oxigenoterapia (r=0,445, p=0,023) e a duração da internação (r=0,572, p=0,001). Das razões dos MI estudadas, a IL-10/IL-6 (primeiras amostras de soro), a IL-6/TNF- e a IL -6/IL-10 (segundas amostras de soro) foram associadas de forma mais consistente (p<0,001) à gravidade da ITRI pelo VSR. Não ocorreram óbitos entre as crianças envolvidas neste estudo. Os dois grupos de VSR causaram ITRI nas crianças internadas na UCINE, sendo que o grupo A foi o mais frequente (57%). No entanto, foram as crianças infectadas pelo grupo B do VSR as que evoluíram com maior morbidade (p<0,001). As medianas das concentrações de RANTES, sICAM-1 e IL-10 foram maiores nas três amostras de soro (p<0,001); enquanto as medianas das concentrações de IL-6 predominaram nas três amostras de secreção nasofaríngea (p<0,001). A mediana das concentrações de TNF- foi maior apenas nas primeiras amostras de secreção nasofaríngea (p<0,001). Houve diferença estatisticamente significante entre os dois grupos do VSR apenas em relação à mediana das concentrações de IL-10 na secreção nasofaríngea à admissão hospitalar, que foi mais elevada nas crianças com infecção pelo grupo B (p=0,039). As concentrações de RANTES, sICAM-1, IL-6 e IL-10 na secreção nasofaríngea e de TNF-,IL -6 e IL-10 no soro variaram, de forma significante, durante a evolução da ITRI pelo VSR. Os demais níveis de MI na secreção nasofaríngea e no soro mantiveram-se estáveis durante o período de estudo. CONCLUSÕES: Níveis de RANTES, sICAM-1, TNF-,IL -6 e IL-10 foram detectados em todas as amostras de secreção nasofaríngea e de soro das crianças com ITRI pelo VSR internadas na UCINE, confirmando o papel destes MI na patogênese da doença. Nossos resultados sugerem que as concentrações de sICAM-1 e IL-10 na secreção nasofaríngea e IL-6 no soro à admissão, bem como as razões IL-10/IL-6 (primeiras amostras de soro), IL-6/TNF- e IL -6/IL-10 (segundas amostras de soro), poderiam ser usadas como marcadores de gravidade da doença respiratória pelo VSR. Os níveis de IL-6 determinados no soro admissão também poderiam ser usados para predizer tempo de oxigenoterapia e duração da internação mais prolongados. Os grupos A e B do VSR cocircularam durante o período do estudo, com o grupo A sendo dominante nestes pacientes. Entretanto, foram as crianças infectadas com o grupo B do vírus que evoluíram com maior morbidade. As concentrações de IL-10 na secreção nasofaríngea à admissão hospitalar foram significantemente maiores nos pacientes com ITRI pelo grupo B do VSR. O tempo de evolução da doença pelo VSR foi significante para os níveis de RANTES, sICAM-1, IL-6 e IL-10 na secreção nasofaríngea e de TNF-,IL -6 e IL-10 no soro destas crianças. / INTRODUCTION: The high frequency and morbimortality of respiratory syncytial virus (RSV) lower respiratory tract infections (LRTI) in children, besides the lack of studies in Brazil that evolutionally correlate the inflammatory response in respiratory epithelium and in peripheral blood with RSV respiratory disease severity, have stimulated this research. OBJECTIVES: To assess whether the concentrations of inflammatory mediators (IM) (RANTES, sICAM-1, TNF- , IL-6 and IL-10) and their ratios in nasopharyngeal secretion and in blood of children less than 3 months of age and RSV LRTI correlate with disease severity; to determine the frequency of RSV groups A and B in children admitted to Unidade de Cuidados Intensivos Neonatal (UCINE) do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; to assess whether there is difference in RSV respiratory disease severity, according to RSV groups A and B; to compare the concentrations of IM in nasopharyngeal secretion and in blood at the time of hospital admission or by occasion of a diagnosis of RSV LRTI acquired during the stay, on third and seventh days of evolution or at the hospital discharge (should it had happened before the seventh day); to compare the concentrations of IM in nasopharyngeal secretion and in blood of patients at the hospital admission, according to RSV groups A and B; to describe the evolution of RANTES, sICAM-1, TNF-, IL-6 and IL-10 concentrations in nasopharyngeal secretion and in blood. METHODS: Thirty children less than 3 months of age with RSV LRTI admitted to UCINE were included in the prospective cohort observational study, from July 2004 to December 2005. The concentrations of IM were measured through the sandwich ELISA technique in nasopharyngeal secretion and in serum of all children at the hospital admission, and on the third and seventh days of evolution or at the hospital discharge (if before the seventh day). We used the following markers to assess the severity of respiratory illness: the modified clinical scoring system by De Boeck et al. (1997), the days of oxygen supplementation and of mechanical ventilation and duration of hospitalization. RESULTS: There was a significant positive correlation between severity of disease by modified clinical scoring system at the time of hospital admission and nasopharyngeal secretion sICAM-1 (r=0.401, p=0.028) and IL-10 concentrations (r=0.412, p=0.024) and serum IL-6 concentrations (r=0.469, p=0.009). There was also a significant positive correlation between serum IL-6 concentrations and the days of oxygen supplementation (r=0.572, p=0.001), as well as the days of hospital stay (r=0.572, p=0.001). Of IM ratios studied, IL-10/ IL-6 (first samples of serum), IL-6/TNF- and IL-6/IL-10 (second samples of serum) were associated to severity of RSV LRTI with greatest consistency (p<0.001). No fatal cases occurred among the children enrolled in this study. The two groups of RSV caused LRTI in 30 children less than 3 months of age hospitalized in UCINE, being group A the most frequent (57%). However, the children infected by RSV group B were the ones that evolved with a greater need of mechanical ventilation (p<0.001). Medians RANTES, sICAM-1 and IL-10 concentrations were greater in all the three serum samples (p<0.001); whereas medians IL-6 concentrations were predominant in the three nasopharyngeal secretion samples (p<0.001). Median TNF- concentration was greater only in the first nasopharyngeal secretion samples (p<0.001). There was a statistically significant difference between the two groups of RSV only relative to the median IL-10 concentrations on first nasopharyngeal secretion samples, which was more elevated in children infected by RSV group B (p=0.039). The nasopharyngeal secretion RANTES, sICAM-1, IL-6 and IL-10 and serum TNF- , IL-6 and IL-10 concentrations varied significantly during the evolution of RSV LRTI. The other nasopharyngeal secretion and serum IM levels remained stable during the period of study. CONCLUSIONS: Levels of RANTES, sICAM-1, TNF- , IL-6 and IL-10 were detected in all nasopharyngeal secretion and serum samples of children with RSV LRTI admitted to UCINE, therefore confirming the role of these IM in pathogenesis of illness. Our results suggest that nasopharyngeal secretion sICAM-1 and IL-10 and serum IL-6 concentrations determined at hospital admission, as well as the ratios IL-10/IL-6 (first samples of serum), IL-6/TNF- and IL-6/IL-10 (second samples of serum), could be used as markers of RSV respiratory disease severity. The levels of IL-6 found in serum at the time of hospital admission could also be used to predict prolonged oxygen supplementation and hospital stay. RSV groups A and B co-circulated during the period of the study, with group A being dominant in these patients. However, the children infected by RSV group B were the ones that evolved with a greater morbidity. Nasopharyngeal secretion IL-10 concentrations at admission were significantly greater in patients with RSV group B LRTI. The duration of RSV disease evolution was significant to nasopharyngeal secretion RANTES, sICAM-1, IL-6, IL-10 levels and to serum TNF- , IL-6 and IL-10 concentrations of these children.
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Concentrações de mediadores inflamatórios em crianças com idade inferior a três meses e infecção do trato respiratório inferior pelo vírus sincicial respiratório / Concentrations of inflammatory mediators in children less than three months of age with respiratory syncytial virus lower respiratory tract infection

Renata Amato Vieira 20 August 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: A elevada frequência e morbimortalidade das infecções do trato respiratório inferior (ITRI) pelo vírus sincicial respiratório (VSR) na infância, além da ausência de estudos no Brasil que correlacionam evolutivamente a resposta inflamatória no epitélio respiratório e no sangue periférico à gravidade da doença respiratória pelo VSR, estimularam a realização desta pesquisa. OBJETIVOS: Avaliar se as concentrações dos mediadores inflamatórios (MI) (RANTES, sICAM-1, TNF-,IL -6 e IL-10) e suas razões na secreção nasofaríngea e no sangue de crianças com idade inferior a 3 meses e ITRI pelo VSR correlacionam-se à gravidade da doença; determinar a frequência dos grupos A e B do VSR nas crianças internadas na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatal (UCINE) do Instituto da Criança do HCFMUSP; avaliar se há diferença na gravidade da doença respiratória pelo VSR entre as crianças internadas na UCINE e infectadas pelos grupos A e B do vírus; comparar as concentrações dos MI na secreção nasofaríngea e no sangue à admissão hospitalar ou por ocasião do diagnóstico de ITRI pelo VSR adquirida durante a internação, no terceiro e sétimo dias de evolução ou à alta (se antes do sétimo dia); comparar as concentrações dos MI na secreção nasofaríngea e no sangue dos pacientes à admissão, de acordo com grupos A e B do VSR; e descrever a evolução das concentrações de RANTES, sICAM-1, TNF-, IL-6 e IL-10 na secreção nasofaríngea e no sangue durante a doença pelo VSR. MÉTODOS: Foram incluídas no estudo prospectivo, de coorte, observacional, de julho de 2004 a dezembro de 2005, 30 crianças com idade inferior a três meses portadoras de ITRI pelo VSR internadas na UCINE. Foram medidas as concentrações dos MI na secreção nasofaríngea e no soro de todas as crianças à admissão no estudo, no terceiro e sétimo dias de evolução ou à alta hospitalar (se antes do sétimo dia) através da técnica ELISA sanduíche. Utilizamos para avaliar a gravidade da doença respiratória os seguintes marcadores clínicos: sistema de escore clínico modificado de De Boeck et al. (1997), tempos de oxigenoterapia e de ventilação mecânica e duração da internação. RESULTADOS: Houve correlação positiva significante entre a gravidade da doença pelo sistema de escore clínico modificado à admissão hospitalar e as concentrações na secreção nasofaríngea de sICAM-1 (r=0,401, p=0,028) e IL-10 (r=0,412, p=0,024) e de IL-6 no soro (r=0,469, p=0,009). Houve também correlação positiva significante entre as concentrações de IL-6 no soro e o tempo de oxigenoterapia (r=0,445, p=0,023) e a duração da internação (r=0,572, p=0,001). Das razões dos MI estudadas, a IL-10/IL-6 (primeiras amostras de soro), a IL-6/TNF- e a IL -6/IL-10 (segundas amostras de soro) foram associadas de forma mais consistente (p<0,001) à gravidade da ITRI pelo VSR. Não ocorreram óbitos entre as crianças envolvidas neste estudo. Os dois grupos de VSR causaram ITRI nas crianças internadas na UCINE, sendo que o grupo A foi o mais frequente (57%). No entanto, foram as crianças infectadas pelo grupo B do VSR as que evoluíram com maior morbidade (p<0,001). As medianas das concentrações de RANTES, sICAM-1 e IL-10 foram maiores nas três amostras de soro (p<0,001); enquanto as medianas das concentrações de IL-6 predominaram nas três amostras de secreção nasofaríngea (p<0,001). A mediana das concentrações de TNF- foi maior apenas nas primeiras amostras de secreção nasofaríngea (p<0,001). Houve diferença estatisticamente significante entre os dois grupos do VSR apenas em relação à mediana das concentrações de IL-10 na secreção nasofaríngea à admissão hospitalar, que foi mais elevada nas crianças com infecção pelo grupo B (p=0,039). As concentrações de RANTES, sICAM-1, IL-6 e IL-10 na secreção nasofaríngea e de TNF-,IL -6 e IL-10 no soro variaram, de forma significante, durante a evolução da ITRI pelo VSR. Os demais níveis de MI na secreção nasofaríngea e no soro mantiveram-se estáveis durante o período de estudo. CONCLUSÕES: Níveis de RANTES, sICAM-1, TNF-,IL -6 e IL-10 foram detectados em todas as amostras de secreção nasofaríngea e de soro das crianças com ITRI pelo VSR internadas na UCINE, confirmando o papel destes MI na patogênese da doença. Nossos resultados sugerem que as concentrações de sICAM-1 e IL-10 na secreção nasofaríngea e IL-6 no soro à admissão, bem como as razões IL-10/IL-6 (primeiras amostras de soro), IL-6/TNF- e IL -6/IL-10 (segundas amostras de soro), poderiam ser usadas como marcadores de gravidade da doença respiratória pelo VSR. Os níveis de IL-6 determinados no soro admissão também poderiam ser usados para predizer tempo de oxigenoterapia e duração da internação mais prolongados. Os grupos A e B do VSR cocircularam durante o período do estudo, com o grupo A sendo dominante nestes pacientes. Entretanto, foram as crianças infectadas com o grupo B do vírus que evoluíram com maior morbidade. As concentrações de IL-10 na secreção nasofaríngea à admissão hospitalar foram significantemente maiores nos pacientes com ITRI pelo grupo B do VSR. O tempo de evolução da doença pelo VSR foi significante para os níveis de RANTES, sICAM-1, IL-6 e IL-10 na secreção nasofaríngea e de TNF-,IL -6 e IL-10 no soro destas crianças. / INTRODUCTION: The high frequency and morbimortality of respiratory syncytial virus (RSV) lower respiratory tract infections (LRTI) in children, besides the lack of studies in Brazil that evolutionally correlate the inflammatory response in respiratory epithelium and in peripheral blood with RSV respiratory disease severity, have stimulated this research. OBJECTIVES: To assess whether the concentrations of inflammatory mediators (IM) (RANTES, sICAM-1, TNF- , IL-6 and IL-10) and their ratios in nasopharyngeal secretion and in blood of children less than 3 months of age and RSV LRTI correlate with disease severity; to determine the frequency of RSV groups A and B in children admitted to Unidade de Cuidados Intensivos Neonatal (UCINE) do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; to assess whether there is difference in RSV respiratory disease severity, according to RSV groups A and B; to compare the concentrations of IM in nasopharyngeal secretion and in blood at the time of hospital admission or by occasion of a diagnosis of RSV LRTI acquired during the stay, on third and seventh days of evolution or at the hospital discharge (should it had happened before the seventh day); to compare the concentrations of IM in nasopharyngeal secretion and in blood of patients at the hospital admission, according to RSV groups A and B; to describe the evolution of RANTES, sICAM-1, TNF-, IL-6 and IL-10 concentrations in nasopharyngeal secretion and in blood. METHODS: Thirty children less than 3 months of age with RSV LRTI admitted to UCINE were included in the prospective cohort observational study, from July 2004 to December 2005. The concentrations of IM were measured through the sandwich ELISA technique in nasopharyngeal secretion and in serum of all children at the hospital admission, and on the third and seventh days of evolution or at the hospital discharge (if before the seventh day). We used the following markers to assess the severity of respiratory illness: the modified clinical scoring system by De Boeck et al. (1997), the days of oxygen supplementation and of mechanical ventilation and duration of hospitalization. RESULTS: There was a significant positive correlation between severity of disease by modified clinical scoring system at the time of hospital admission and nasopharyngeal secretion sICAM-1 (r=0.401, p=0.028) and IL-10 concentrations (r=0.412, p=0.024) and serum IL-6 concentrations (r=0.469, p=0.009). There was also a significant positive correlation between serum IL-6 concentrations and the days of oxygen supplementation (r=0.572, p=0.001), as well as the days of hospital stay (r=0.572, p=0.001). Of IM ratios studied, IL-10/ IL-6 (first samples of serum), IL-6/TNF- and IL-6/IL-10 (second samples of serum) were associated to severity of RSV LRTI with greatest consistency (p<0.001). No fatal cases occurred among the children enrolled in this study. The two groups of RSV caused LRTI in 30 children less than 3 months of age hospitalized in UCINE, being group A the most frequent (57%). However, the children infected by RSV group B were the ones that evolved with a greater need of mechanical ventilation (p<0.001). Medians RANTES, sICAM-1 and IL-10 concentrations were greater in all the three serum samples (p<0.001); whereas medians IL-6 concentrations were predominant in the three nasopharyngeal secretion samples (p<0.001). Median TNF- concentration was greater only in the first nasopharyngeal secretion samples (p<0.001). There was a statistically significant difference between the two groups of RSV only relative to the median IL-10 concentrations on first nasopharyngeal secretion samples, which was more elevated in children infected by RSV group B (p=0.039). The nasopharyngeal secretion RANTES, sICAM-1, IL-6 and IL-10 and serum TNF- , IL-6 and IL-10 concentrations varied significantly during the evolution of RSV LRTI. The other nasopharyngeal secretion and serum IM levels remained stable during the period of study. CONCLUSIONS: Levels of RANTES, sICAM-1, TNF- , IL-6 and IL-10 were detected in all nasopharyngeal secretion and serum samples of children with RSV LRTI admitted to UCINE, therefore confirming the role of these IM in pathogenesis of illness. Our results suggest that nasopharyngeal secretion sICAM-1 and IL-10 and serum IL-6 concentrations determined at hospital admission, as well as the ratios IL-10/IL-6 (first samples of serum), IL-6/TNF- and IL-6/IL-10 (second samples of serum), could be used as markers of RSV respiratory disease severity. The levels of IL-6 found in serum at the time of hospital admission could also be used to predict prolonged oxygen supplementation and hospital stay. RSV groups A and B co-circulated during the period of the study, with group A being dominant in these patients. However, the children infected by RSV group B were the ones that evolved with a greater morbidity. Nasopharyngeal secretion IL-10 concentrations at admission were significantly greater in patients with RSV group B LRTI. The duration of RSV disease evolution was significant to nasopharyngeal secretion RANTES, sICAM-1, IL-6, IL-10 levels and to serum TNF- , IL-6 and IL-10 concentrations of these children.
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Estudo da Beta-catenina em tumores adrenocorticais humanos / Study of beta-catenin in human adrenocortical tumors

Lorena de Oliveira e Lima 14 April 2014 (has links)
Introdução: A incidência de tumores adrenocorticais em crianças é particularmente elevada nas regiões sudeste e sul do Brasil, correlacionandose com a ocorrência da mutação germinativa p.R337H do supressor tumoral p53, entretanto, o carcinoma adrenocortical é uma neoplasia endócrina maligna rara em todo o mundo com uma incidência aproximada de 0,5 - 2 casos por milhão por ano. Esta condição é uma doença heterogênea, apresentando frequentemente comportamento clínico agressivo e letal. A cascata de sinalização Wnt é uma via importante de transdução de sinal em cânceres humanos e tem sido implicada na tumorigênese adrenocortical. A atividade desta via de sinalização é dependente da quantidade de beta-catenina citoplasmática e nuclear. Mutações ativadoras no gene da beta-catenina (CTNNB1) foram relatadas em diversas neoplasias humanas. Estudos demonstraram que mutações no gene CTNNB1 são os defeitos genéticos mais frequentemente encontrados em adenomas e em carcinomas adrenocorticais. O estudo destas mutações demonstrou que as alterações no gene CTNNB1 localizam-se principalmente exon 3, que codifica a porção amino terminal da beta- catenina. Objetivos: determinar a ocorrência e a frequência das mutações somáticas no exon 3 do gene CTNNB1. Adicionalmente, determinar a imunorreatividade de beta-catenina e de p53 em tumores adrenocorticais benignos e malignos de crianças e adultos. Correlacionar os resultados da análise de mutações gênicas e os dados de imunorreatividade com as características hormonais, a mutação p.R337H do p53, o diagnóstico histológico e a evolução dos tumores adrenocorticais de crianças e adultos. Métodos: Neste estudo, a análise de imunohistoquímica para beta-catenina e p53 foi realizada em 103 tumores adrenocorticais benignos e malignos (40 crianças e 63 adultos), estando as amostras histológicas alocadas em micromatriz tecidual (TMA). A pesquisa de mutações no exon 3 do gene CTNNB1 foi determinada por seqüenciamento automático em 64 tumores adrenocorticais. Resultados: a imunorreatividade para beta-catenina em citoplasma e/ou núcleo foi evidenciada de maneira similar nos tumores adrenocorticais benignos e malignos de crianças e de adultos (15% e 23,8%, respectivamente). O percentual das células neoplásicas imunorreativas para beta-catenina em citoplasma e/ou núcleo não foi significativamente diferente entre os tumores clinicamente benignos e malignos pediátricos (15,6% vs. 12,5%, respectivamente; p=0,93) e entre adenomas e carcinomas adrenocorticais de adultos (28,5% vs. 17,8%, respectivamente; p=0,38). A síndrome endócrina causada pelo perfil de secreção hormonal foi similar entre os tumores adrenocorticais com presença ou ausência de acúmulo citoplasmático e/ou nuclear de beta-catenina em crianças e adultos. A associação entre acúmulo anormal de beta-catenina e diminuição de sobrevida foi avaliada nos pacientes adultos portadores de carcinomas adrenocorticais isoladamente (n=25), sendo observada na curva de Kaplan- Meier uma tendência de significância (log-rank p=0,07). A análise do gene CTNNB1 revelou mutações somáticas em heterozigose em 10 tumores adrenocorticais (4 crianças e 6 adultos). As mutações encontradas no gene CTNNB1 foram, sobretudo do tipo missense (p.Ser45Pro, p.Ser45Phe, p.Asp32Asn, p.Pro44Ala_Ser45Pro; p.His36Gln_Ser37Lys). Outras mutações encontradas compreenderam: a inserção de um único nucleotídeo (p.E9GfsX14), dando origem a uma desvio de leitura do exon 3; além da deleção dos três nucleotídeos do códon 45 (p.Ser45del). Todos os tumores com mutações somáticas no gene CTNNB1 mostraram acúmulo anormal para ?-catenina, com exceção de um caso. A presença de alterações no gene CTNNB1 não se associou ao tamanho do tumor (Teste de Mann-Whitney: p=0,75), desfecho desfavorável tanto no grupo pediátrico (log-rank p=0,29) como no grupo de pacientes adultos (log-rank p=0,77). Todos os pacientes portadores da mutação germinativa do gene TP53 apresentaram imunorreatividade nuclear de p53 nas células tumorais. Não foi encontrada correlação entre a presença de acúmulo anormal de beta-catenina e imunorreatividade nuclear de p53, considerando os grupos de crianças e de adultos portadores de tumores adrenocorticais. Adicionalmente, não foi observada correlação entre mutações no gene CTNNB1, bem como acúmulo anormal de beta-catenina, com a imunorreatividade nuclear de p53 no grupo de tumores adrenocorticais de pacientes adultos, porém, interessantemente, avaliando isoladamente o grupo de tumores adrenocorticais pediátricos, foi observada relação entre a presença de mutações no gene CTNNB1 e a presença de acúmulo nuclear de p53 (X2: p=0,009). Conclusões: Estes dados confirmam a participação da via Wnt na tumorigênese adrenocortical de crianças e de adultos, que apresenta uma prevalência de ativação semelhante entre crianças e adultos. O acúmulo citoplasmático e/ou nuclear de beta-catenina provavelmente é um marcador biológico de mau prognóstico do carcinoma de adrenocortical de adultos. Adicionalmente, observamos evidências de uma correlação positiva entre mutações no gene CTNNB1 e acúmulo nuclear de p53 em tumores adrenocorticais pediátricos, confirmando uma possível relação destas duas vias na tumorigênese do córtex da glândula suprarrenal / Introduction: The incidence of adrenocortical tumors in children is particularly high in the southeastern and southern regions of Brazil, correlating with the occurrence of p.R337H p53 tumor suppressor germline mutation. However, adrenocortical carcinoma is a worldwide rare endocrine malignancy with an approximate incidence of 0.5 to 2 cases per million per year. This condition is a heterogeneous disease and is often lethal. The Wnt signaling pathway is an important signal transduction pathway in human cancers and has been implicated in adrenocortical tumorigenesis. The activity of this signaling pathway is dependent on the amount of nuclear and cytoplasmic beta-catenin. Activating mutations of ?-catenin (CTNNB1) gene have been reported in several human malignancies. Studies have shown that CTNNB1 mutations are the most common genetic defect found in adrenocortical adenomas and carcinomas. The study of these mutations demonstrated that the changes in CTNNB1 gene are mainly located in exon 3, which encodes the amino terminal portion of the beta- catenin. Objectives: to determine the occurrence and frequency of CTNNB1 somatic mutations and the abnormal beta-catenin and p53 accumulation in benign and malignant adrenocortical tumors in both children and adults. We also evaluated the correlation of the gene mutations analysis and immunohistochemistry data with the hormonal characteristics, the p.R337H germline mutation, the histological diagnosis and the prognosis of adrenocortical tumors in children and adults. Methods: In this study, immunohistochemistry for beta-catenin and p53 was performed in 103 benign and malignant (40 children and 63 adults) adrenocortical tumors. The histological samples were allocated in a tissue microarray (TMA). The study of the CTNNB1 gene was performed by direct sequencing of 64 adrenocortical tumors. Results: The beta-catenin abnormal accumulation was similar in benign and malignant adrenocortical tumors of children and adults (15 % and 23.8 %, respectively). The percentage of cells with beta-catenin abnormal accumulation was not significantly different between benign and malignant pediatric adrenocortical tumors (15.6% vs. 12.5 %, respectively; P=0.93) and between adrenocortical adenomas and carcinomas in adults (28.5% vs 17.8 %, respectively; p=0.38). The endocrine syndrome caused by hormonal tumor secretion was similar in patients with and without beta-catenin abnormal accumulation both in pediatric and adult patients. The association between beta-catenin abnormal accumulation and decreased survival was evaluated in adult patients with adrenocortical carcinomas (n=25) and a trend toward significance was observed (log-rank p=0,07). The analysis of the CTNNB1 gene revealed heterozygous somatic mutations in 10 adrenocortical tumors (6 adults and 4 children). The mutations found in CTNNB1 gene were mainly missense (p.Ser45Pro, p.Ser45Phe, p.Asp32Asn, p.Pro44Ala_Ser45Pro; p.His36Gln_Ser37Lys). Other mutations found included: a single nucleotide insertion (p.E9GfsX14) and a deletion within codon 45 of exon 3 of CTNNB1 gene, (p.Ser45del). All tumors with somatic mutations in the CTNNB1 gene showed abnormal beta -catenin accumulation, except for one case. The mutations in CTNNB1 gene was not associated with tumor size (Mann - Whitney: p=0.75), unfavorable outcome in both pediatric (log -rank p=0.29) and adult group of patients (log-rank p=0.77). All patients with TP53 germline mutation showed p53 nuclear accumulation in the tumor cells. No correlation was found between the presence of beta-catenin abnormal accumulation and p53 nuclear accumulation in adrenocortical tumor cells of children and adults. In addition, no correlation was observed between CTNNB1 mutations, as well as beta-catenin abnormal accumulation, with p53 nuclear accumulation in adults adrenocortical tumors. Interestingly, the evaluation of pediatric adrenocortical tumors revealed a relationship between the occurrence of CTNNB1 mutations and the presence of p53 nuclear accumulation (X2: p=0.009). Conclusions: These data confirm the involvement of the Wnt pathway in adrenocortical tumorigenesis of children and adults, which has a prevalence similar activation between children and adults. We observed that abnormal beta-catenin accumulation in adults adrenocortical carcinoma is probably associated with a dismal prognosis. Additionally, we found evidence of a positive relationship between CTNNB1 mutations and p53 nuclear accumulation in pediatric adrenocortical tumors, confirming a possible connection of these two pathways in the pediatric adrenocortical tumorigenesis
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Perfil de secreção de hormônio de crescimento e ghrelina antes e após cirurgia bariátrica / Secretory profile of growth hormone and ghrelin before and after bariatric surgery

Márcio Corrêa Mancini 16 August 2005 (has links)
INTRODUÇÃO: A secreção do hormônio de crescimento (GH) está diminuída em obesos. Existem controvérsias se esta diminuição é conseqüência ou um dos fatores causais da obesidade. Perda de peso leva a alguma recuperação da secreção de GH. Não há estudos publicados sobre o efeito da derivação gástrica (gastrojejunal) com anastomose em Y-de-Roux (BPG) sobre o perfil de secreção de 24 h de GH. Por outro lado, a ghrelina é um peptídeo secretagogo de GH produzido no estômago, orexigênico, lipogênico e adipogênico, cujos níveis oscilam ao longo do dia e estão diminuídos na obesidade. As variações circadianas de ghrelina têm papel no controle da homeostase energética e secreção de GH. O nível de ghrelina eleva-se com perda de peso induzida por dieta, mas os dados são controversos sobre mudanças desses níveis após cirurgias bariátricas. Este estudo tem por objetivo caracterizar os perfis de secreção de GH e ghrelina em mulheres com obesidade grau III antes e após BPG e suas correlações com variáveis metabólicas. MÉTODOS: Coletas de sangue a cada 20 minutos por 24 horas foram realizadas em obesas mórbidas não diabéticas na pré-menopausa antes e seis meses após BPG. O procedimento foi realizado em balanço calórico neutro por quatro dias. Foram dosados glicose e insulina; GH em todas as amostras e ghrelina às 08:00h, 10:00h, 12:00h, 19:00h e 02:00h. A taxa metabólica de repouso (TMR) foi avaliada por calorimetria indireta e as massas adiposa (MA) e magra (MM) foram medidas por DEXA. RESULTADOS: Houve uma redução de 27% do peso corporal e IMC (de 55,9 ± 6,2 kg/m2 para 40,7 ± 5,8 kg/m2, p<0,001) com elevação de vários parâmetros de secreção de GH (GH basal, GH médio, p<0,05; área, amplitude e número de picos, p<0,001); redução de glicemia (p = 0,03), insulinemia de jejum (p = 0,005) e HOMA (p = 0,004). Não houve diferença nos níveis de ghrelina basal, pós-prandial e médio. O GH médio apresentou correlação negativa com as mudanças no peso (p = 0,003; r = -0,631), IMC (p <0,001; r = -0,731), MA (p = 0,003; r = -0,635), MM (p = 0,02; r = -0,507), circunferência abdominal (p = 0,01; r = -0,555), TMR (p = 0,01; p = -0,539), insulina de jejum (p = 0,014, r = -0,538) e HOMA (p = 0,01; r = -0,560), mas não com a glicemia de jejum (p = 0,13; r = -0,354) e a ghrelina (p = 0,6; r = 0,118). O melhor determinante da secreção de GH foi o IMC sendo responsável por 54% da variação do GH médio (r2 = 0,54). CONCLUSÕES: Há uma recuperação parcial da secreção de GH, reduzida no pré-operatório em obesas mórbidas, após perda de peso induzida seis meses após a cirurgia, indicando que a secreção reduzida não é um fator primário ou causal da obesidade, mas sim uma conseqüência da obesidade e essa recuperação é independente do perfil de secreção de ghrelina / INTRODUCTION: Growth hormone (GH) concentration is decreased in obesity. It is not clear if reduced GH secretion is consequence or cause of the obese state. GH secretion is partially restored by weight loss. There are no published studies about the effect of Roux-en-Y gastric bypass (RYGBP) on GH secretory profile. Ghrelin is a GH releasing peptide produced by stomach, with orexigenic, lipogenic and adipogenic actions. Ghrelin levels oscillate throughout the day and are low in obesity. Circadian changes in ghrelin levels have a role both in energy homeostasis control and GH secretion. Ghrelin levels rise after diet-induced weight loss, but results are controverse in relation to changes in ghrelin levels after bariatric surgeries. In this study, we analyzed GH and ghrelin concentrations in morbidly obese women before and after RYGBP and its relationships with metabolic parameters. METHODS: Blood was sampled at 20-minute intervals during 24 hours in non diabetic pre-menopausal morbid obese women before and six months after RYGBP. The study was done after four days in neutral caloric balance. Fasting glucose and insulin were determined in basal samples. GH concentrations were measured in all samples and ghrelin in serum collected at 08:00h, 10:00h, 12:00h, 19:00h e 02:00h. Resting metabolic rate (RMR) was evaluated by indirect calorimetry and fat mass (FM) and free-fat mass (FFM) were measured by DEXA. RESULTS: A 27% drop in body weight and BMI (55.9 ± 6.2 kg/m2 to 40.7 ± 5.8 kg/m2, p<0.001), augmentation of spontaneous GH secretory episodes (basal and mean levels, p <0.05; area, amplitude and peak frequency, p <0.001); and reduction of fasting glucose (p = 0.03), insulinemia (p = 0.005) and HOMA (p = 0.004) were observed. Neither basal, post-prandial or mean ghrelin were changed. A negative correlation was found between mean GH levels and weight changes (p = 0.003, r = -0.631), BMI (p <0.001, r = -0.731), FM (p = 0.003, r = -0.635), FFM (p = 0.02, r = -0.507), waist (p = 0.01, r = -0.555), RMR (p = 0.01, p = -0.539), fasting insulin (p = 0.014, r = -0.538), as well as HOMA (p = 0.01, r = -0.560), but not between mean GH levels and glucose (p = 0.13, r = -0.354) or ghrelin (p = 0.6, r = 0.118). BMI accounted for 54% of the mean GH variation (r2 = 0.54). CONCLUSIONS: There is a partial recovery of GH secretion after weight loss induced by RYGBP, suggesting that a blunted secretion is not a primary or causal factor of obesity, but a consequence of the obese state. This recovery is independent of ghrelin secretory profile
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Contribuição à investigação das alterações hemostáticas induzidas pelo veneno da serpente Bothrops jararaca em coelhos: estudo das glicoproteínas da membrana, função, secreção e sobrevivência plaquetárias. / Contribution to the investigation of hemostatic disturbances induced by Bothrops jararaca snake venom in rabbits: study of platelet membrane glycoproteins, function, secretion and survival.

Santoro, Marcelo Larami 15 May 2002 (has links)
Que o envenenamento pela serpente Bothrops jararaca causa distúrbios hemorrágicos sistêmicos, com alteração da coagulação e fibrinólise sangüíneas, é notório. Contudo, pouco se sabe sobre a ação in vivo desse veneno sobre as plaquetas. Em estudos recentes, demonstrou-se que esse veneno causa trombocitopenia, distúrbios da agregação e diminuição do número de corpos densos plaquetários, que, dessarte, sugeriam a ativação das plaquetas circulantes. Com o escopo de comprovar esta hipótese e melhor caracterizar as ações in vivo desse veneno sobre as plaquetas, serviu-se de um modelo experimental que empregava coelhos para o envenenamento pela B. jararaca. No grupo experimental, os animais foram injetados i.v. com o veneno da B. jararaca (60 µg/kg) e no grupo controle com salina. Previamente à administração de salina ou veneno, os coelhos tiveram suas plaquetas marcadas ex vivo com NHS-biotina. Para a avaliação das alterações plaquetárias, amostras de sangue foram coletadas seqüencialmente, em intervalos de tempo que variaram de 1 a 144 horas após a administração do veneno ou salina. Durante o envenenamento, houve trombocitopenia, hipofibrinogenemia, elevação dos níveis plasmáticos do fator de von Willebrand, diminuição da função plaquetária no sangue total induzida pela botrocetina e pelo colágeno e diminuição da secreção de ATP. Não obstante, os níveis plasmáticos de fator plaquetário 4, um marcador específico da ativação plaquetária in vivo, e os níveis intraplaquetários de serotonina se mantiveram constantes. Pela citometria de fluxo, observou-se um decréscimo significativo da expressão do epítopo da GPIIb-IIIa reconhecido pelo anticorpo monoclonal P2, porém isso não foi observado ao utilizar-se anticorpos policlonais. A expressão de fibrinogênio ou dos produtos de degradação do fibrinogênio/fibrina (PDF) na membrana plaquetária também não sofreu alteração significativa ao longo do tempo. Houve, todavia, elevações significativas da P-selectina plaquetária, um receptor cuja expressão é indicativa de ativação plaquetária, e do epítopo induzido por ligantes (LIBS1) da GPIIIa. A porcentagem de plaquetas reticuladas na circulação, assim como os tempos de sobrevivência plaquetária, não foram estatisticamente diferentes entre os dois grupos. As análises histológicas e imuno-histoquímicas dos órgãos dos coelhos mostraram que as plaquetas circulantes são retidas entre redes de fibrina nos capilares pulmonares. Os resultados obtidos sugerem que a trombina engendrada pelos componentes pró-coagulantes deste veneno desempenha uma função essencial na patogenia dos distúrbios da coagulação e plaquetários observados neste modelo de envenenamento. O aumento da expressão de P-selectina no grupo experimental comprovou a hipótese inicial de que as plaquetas dos coelhos envenenados são verdadeiramente ativadas na circulação. Os dados ora apresentados demonstram definitivamente que a diminuição do fibrinogênio ou o aumento dos PDF não são a causa fundamental da disfunção plaquetária observada no envenenamento botrópico e que outro(s) composto(s) parece(m) estar envolvido(s) com estes distúrbios plaquetários. / In spite of being well established that Bothrops jararaca snake venom causes blood coagulation and fibrinolysis disturbances in patients, scant information about blood platelet disorders during envenomation is available. In recent investigations, thrombocytopenia, platelet aggregation disturbances and decreased numbers of platelet dense bodies were observed following venom administration, suggesting that circulating platelets had been activated. In order to prove this hypothesis and to gain a better characterization of the in vivo role of this venom on platelets, an experimental model of B. jararaca envenomation was utilized. Rabbits were injected i.v. either with B. jararaca venom (60 µg/kg) (experimental group) or saline (control group). Previously to saline or venom administration, rabbit platelets were labeled ex vivo with NHS-biotin. To evaluate platelet disturbances, blood samples were collected consecutively, at time intervals that varied from 1 to 144 hours after venom or saline administration. During envenomation, there were thrombocytopenia, hypofibrinogenemia, elevation of von Willebrand factor plasma levels, reduced botrocetin- and collagen-induced platelet aggregation in whole blood, and decreased ATP secretion. However, plasma levels of platelet factor 4, a specific marker of in vivo platelet activation, and intraplatelet serotonin levels remained constant. By flow cytometry, a significant decrease on the expression of GPIIb-IIIa epitope recognized by P2 monoclonal antibody was observed; however, this was not observed when polyclonal antibodies were employed. Fibrinogen or fibrin(ogen) degradation product (FDP) expression on platelet surface showed no significant alteration. Nonetheless, significant elevations of platelet P-selectin, a receptor whose expression is indicative of platelet activation, and of ligand-induced binding sites (LIBS1) of GPIIIa were noted. The percentage of circulating reticulated platelets, as well as platelet survival times, were not statistically different between the two groups. Histopathological and immunohistochemical analyses of rabbit organs demonstrated that circulating platelets were sequestered among fibrin deposits in pulmonary capillaries. These results suggest that thrombin generated by procoagulating components of B. jararaca venom has an essential role in the pathogenesis of platelet and coagulation disorders in this experimental model. Increased expression of P-selectin in the experimental group proves the initial hypothesis that platelets of envenomed rabbits are indeed activated in the circulation. The data presented herein demonstrate definitively that decreased fibrinogen or increased FDP levels are not the primary cause of the platelet dysfunction observed in bothropic envenomation, but other substances seem to be responsible for it.
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Contribuição à investigação das alterações hemostáticas induzidas pelo veneno da serpente Bothrops jararaca em coelhos: estudo das glicoproteínas da membrana, função, secreção e sobrevivência plaquetárias. / Contribution to the investigation of hemostatic disturbances induced by Bothrops jararaca snake venom in rabbits: study of platelet membrane glycoproteins, function, secretion and survival.

Marcelo Larami Santoro 15 May 2002 (has links)
Que o envenenamento pela serpente Bothrops jararaca causa distúrbios hemorrágicos sistêmicos, com alteração da coagulação e fibrinólise sangüíneas, é notório. Contudo, pouco se sabe sobre a ação in vivo desse veneno sobre as plaquetas. Em estudos recentes, demonstrou-se que esse veneno causa trombocitopenia, distúrbios da agregação e diminuição do número de corpos densos plaquetários, que, dessarte, sugeriam a ativação das plaquetas circulantes. Com o escopo de comprovar esta hipótese e melhor caracterizar as ações in vivo desse veneno sobre as plaquetas, serviu-se de um modelo experimental que empregava coelhos para o envenenamento pela B. jararaca. No grupo experimental, os animais foram injetados i.v. com o veneno da B. jararaca (60 µg/kg) e no grupo controle com salina. Previamente à administração de salina ou veneno, os coelhos tiveram suas plaquetas marcadas ex vivo com NHS-biotina. Para a avaliação das alterações plaquetárias, amostras de sangue foram coletadas seqüencialmente, em intervalos de tempo que variaram de 1 a 144 horas após a administração do veneno ou salina. Durante o envenenamento, houve trombocitopenia, hipofibrinogenemia, elevação dos níveis plasmáticos do fator de von Willebrand, diminuição da função plaquetária no sangue total induzida pela botrocetina e pelo colágeno e diminuição da secreção de ATP. Não obstante, os níveis plasmáticos de fator plaquetário 4, um marcador específico da ativação plaquetária in vivo, e os níveis intraplaquetários de serotonina se mantiveram constantes. Pela citometria de fluxo, observou-se um decréscimo significativo da expressão do epítopo da GPIIb-IIIa reconhecido pelo anticorpo monoclonal P2, porém isso não foi observado ao utilizar-se anticorpos policlonais. A expressão de fibrinogênio ou dos produtos de degradação do fibrinogênio/fibrina (PDF) na membrana plaquetária também não sofreu alteração significativa ao longo do tempo. Houve, todavia, elevações significativas da P-selectina plaquetária, um receptor cuja expressão é indicativa de ativação plaquetária, e do epítopo induzido por ligantes (LIBS1) da GPIIIa. A porcentagem de plaquetas reticuladas na circulação, assim como os tempos de sobrevivência plaquetária, não foram estatisticamente diferentes entre os dois grupos. As análises histológicas e imuno-histoquímicas dos órgãos dos coelhos mostraram que as plaquetas circulantes são retidas entre redes de fibrina nos capilares pulmonares. Os resultados obtidos sugerem que a trombina engendrada pelos componentes pró-coagulantes deste veneno desempenha uma função essencial na patogenia dos distúrbios da coagulação e plaquetários observados neste modelo de envenenamento. O aumento da expressão de P-selectina no grupo experimental comprovou a hipótese inicial de que as plaquetas dos coelhos envenenados são verdadeiramente ativadas na circulação. Os dados ora apresentados demonstram definitivamente que a diminuição do fibrinogênio ou o aumento dos PDF não são a causa fundamental da disfunção plaquetária observada no envenenamento botrópico e que outro(s) composto(s) parece(m) estar envolvido(s) com estes distúrbios plaquetários. / In spite of being well established that Bothrops jararaca snake venom causes blood coagulation and fibrinolysis disturbances in patients, scant information about blood platelet disorders during envenomation is available. In recent investigations, thrombocytopenia, platelet aggregation disturbances and decreased numbers of platelet dense bodies were observed following venom administration, suggesting that circulating platelets had been activated. In order to prove this hypothesis and to gain a better characterization of the in vivo role of this venom on platelets, an experimental model of B. jararaca envenomation was utilized. Rabbits were injected i.v. either with B. jararaca venom (60 µg/kg) (experimental group) or saline (control group). Previously to saline or venom administration, rabbit platelets were labeled ex vivo with NHS-biotin. To evaluate platelet disturbances, blood samples were collected consecutively, at time intervals that varied from 1 to 144 hours after venom or saline administration. During envenomation, there were thrombocytopenia, hypofibrinogenemia, elevation of von Willebrand factor plasma levels, reduced botrocetin- and collagen-induced platelet aggregation in whole blood, and decreased ATP secretion. However, plasma levels of platelet factor 4, a specific marker of in vivo platelet activation, and intraplatelet serotonin levels remained constant. By flow cytometry, a significant decrease on the expression of GPIIb-IIIa epitope recognized by P2 monoclonal antibody was observed; however, this was not observed when polyclonal antibodies were employed. Fibrinogen or fibrin(ogen) degradation product (FDP) expression on platelet surface showed no significant alteration. Nonetheless, significant elevations of platelet P-selectin, a receptor whose expression is indicative of platelet activation, and of ligand-induced binding sites (LIBS1) of GPIIIa were noted. The percentage of circulating reticulated platelets, as well as platelet survival times, were not statistically different between the two groups. Histopathological and immunohistochemical analyses of rabbit organs demonstrated that circulating platelets were sequestered among fibrin deposits in pulmonary capillaries. These results suggest that thrombin generated by procoagulating components of B. jararaca venom has an essential role in the pathogenesis of platelet and coagulation disorders in this experimental model. Increased expression of P-selectin in the experimental group proves the initial hypothesis that platelets of envenomed rabbits are indeed activated in the circulation. The data presented herein demonstrate definitively that decreased fibrinogen or increased FDP levels are not the primary cause of the platelet dysfunction observed in bothropic envenomation, but other substances seem to be responsible for it.
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Avaliação sequencial do colo uterino e do teste para proteína-1 fosforilada ligada ao fator de crescimento insulina -símile na predição do parto prematuro / Sequential evaluation of the cervix and test for phosphorylated insulin-like growth factor binding protein-1 in the prediction of preterm delivery

Rolnik, Daniel Lorber 06 November 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: O antecedente de parto prematuro espontâneo em gestação anterior é considerado o principal e mais importante fator de risco clínico para prematuridade, principal causa de morbidade e mortalidade neonatal. Cerca de 25% das pacientes que tiveram parto prematuro apresentarão recorrência. A prevenção secundária consiste na pesquisa de marcadores de maior risco, com o intuito de instituir medidas terapêuticas apropriadas e de evitar tratamentos desnecessários. A hipótese do presente estudo é a de que existe correlação entre os resultados da avaliação do colo uterino e do teste para proteína-1 fosforilada ligada ao fator de crescimento insulina-símile (phIGFBP-1) e que a utilização de ambos em associação possa predizer a ocorrência de parto prematuro com maior sensibilidade. OBJETIVOS: Averiguar a utilidade da medida do comprimento do colo uterino e do teste para phIGFBP-1 na predição do parto prematuro antes de 37 e de 34 semanas, a existência de relação dos testes entre si, o melhor valor de corte da medida do colo em diferentes idades gestacionais e a melhor época de realização de cada um dos exames. MÉTODO: Foram compilados e submetidos a análise secundária os dados de 101 gestantes com antecedente de parto prematuro atendidas no Setor de Baixo Peso Fetal da Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, entre 2003 e 2008. A medida do comprimento cervical e o teste para phIGFBP-1 foram realizados a cada três semanas, entre 24 e 34 semanas de gestação, e comparados com o desfecho de parto prematuro e nascimento com 34 semanas ou menos, e o melhor valor de corte do colo uterino foi estabelecido por meio de curva de características operacionais. RESULTADOS: Das 101 gestações estudadas, 25 (24,8%) terminaram em parto prematuro, das quais 12 (11,9%) ocorreram com 34 semanas ou menos. As idades gestacionais médias de avaliação foram de 24, 27, 30 e 33 semanas, e os valores de corte do colo uterino foram de 22, 21, 20 e 16 mm, respectivamente. A medida do comprimento do colo apresentou maior sensibilidade (cerca de 70%) e foi capaz de predizer o parto prematuro em todas as avaliações. O teste para phIGFBP-1 não foi útil com 24 semanas, porém foi capaz de detectar de forma independente o risco de prematuridade com 27, com 30 e com 33 semanas. Houve associação estatística dos exames entre si, de forma que o comprimento cervical médio foi menor em gestantes com teste positivo para phIGFBP-1. A associação dos exames elevou a sensibilidade e o valor preditivo negativo de forma significativa. CONCLUSÕES: A medida do comprimento do colo pela ultrassonografia transvaginal constitui bom marcador de risco para parto prematuro com 24 semanas, e o teste para phIGFBP-1 é útil após 27 semanas. A associação dos dois exames possui alta sensibilidade e alto valor preditivo negativo em gestantes de alto risco para prematuridade espontânea, e a realização do primeiro com 24 semanas e do segundo com 27 semanas constitui bom modelo preditivo para o parto prematuro / INTRODUCTION: The history of spontaneous preterm birth in a previous pregnancy is considered the main and most important clinical risk factor for preterm birth, the leading cause of neonatal morbidity and mortality. About 25% of these patients will deliver prematurely again. Secondary prevention consists in the search for markers of increased risk, in order to institute appropriate therapeutic actions and to avoid unnecessary treatments. The hypothesis of this study is that there is a correlation between the results of the evaluation of the cervix and the test for phosphorylated insulin-like growth factor binding protein-1 (phIGFBP-1) and that the use of both in combination can predict the occurrence of preterm delivery with higher sensitivity. OBJECTIVES: To investigate the usefulness of the measurement of the cervical length and phIGFBP-1 rapid test in the prediction of preterm birth before 37 and 34 weeks, the existence of a relationship between the tests themselves, the best cutoff value of cervical length measurement at different gestational ages and the best time to carry out each of the exams. METHODS: Data of 101 women with previous preterm birth assisted at the Obstetrical Clinic of the Hospital das Clínicas, Faculty of Medicine, University of São Paulo between 2003 and 2008 were collected and subjected to secondary analysis. The measurement of cervical length and the phIGFBP-1 test were performed every three weeks, between 24 and 34 weeks gestation, and compared with the outcome of premature birth before 37 and 34 weeks, and the best cutoff value of the cervix was determined by receiver operator characteristic curves. RESULTS: Of the 101 pregnancies studied, 25 (24.8%) ended in preterm birth, of which 12 (11.9%) occurred at 34 weeks or less. The mean gestational age in each evaluation was 24, 27, 30 and 33 weeks, and the cutoff of the cervix were 22, 21, 20 and 16 millimeters, respectively. The measurement of cervical length showed the highest sensitivity (approximately 70%) and was able to predict preterm birth in all evaluations. The phIGFBP-1 test was not useful at 24 weeks, but was able to independently detect the risk of prematurity at 27, 30 and 33 weeks. Statistical association between the exams was observed, so that the mean cervical length was lower in pregnant women testing positive for phIGFBP-1. The combination of both tests significantly increased the sensitivity and negative predictive value. CONCLUSIONS: The measurement of cervical length by transvaginal ultrasound is a good marker of risk for preterm delivery at 24 weeks, and the test for phIGFBP-1 is useful after 27 weeks. The association of the two tests is valuable and shows high sensitivity and high negative predictive value in women at high risk for spontaneous preterm birth, when the first is preformed with 24 weeks, and the second with 27 weeks
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Avaliação sequencial do colo uterino e do teste para proteína-1 fosforilada ligada ao fator de crescimento insulina -símile na predição do parto prematuro / Sequential evaluation of the cervix and test for phosphorylated insulin-like growth factor binding protein-1 in the prediction of preterm delivery

Daniel Lorber Rolnik 06 November 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: O antecedente de parto prematuro espontâneo em gestação anterior é considerado o principal e mais importante fator de risco clínico para prematuridade, principal causa de morbidade e mortalidade neonatal. Cerca de 25% das pacientes que tiveram parto prematuro apresentarão recorrência. A prevenção secundária consiste na pesquisa de marcadores de maior risco, com o intuito de instituir medidas terapêuticas apropriadas e de evitar tratamentos desnecessários. A hipótese do presente estudo é a de que existe correlação entre os resultados da avaliação do colo uterino e do teste para proteína-1 fosforilada ligada ao fator de crescimento insulina-símile (phIGFBP-1) e que a utilização de ambos em associação possa predizer a ocorrência de parto prematuro com maior sensibilidade. OBJETIVOS: Averiguar a utilidade da medida do comprimento do colo uterino e do teste para phIGFBP-1 na predição do parto prematuro antes de 37 e de 34 semanas, a existência de relação dos testes entre si, o melhor valor de corte da medida do colo em diferentes idades gestacionais e a melhor época de realização de cada um dos exames. MÉTODO: Foram compilados e submetidos a análise secundária os dados de 101 gestantes com antecedente de parto prematuro atendidas no Setor de Baixo Peso Fetal da Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, entre 2003 e 2008. A medida do comprimento cervical e o teste para phIGFBP-1 foram realizados a cada três semanas, entre 24 e 34 semanas de gestação, e comparados com o desfecho de parto prematuro e nascimento com 34 semanas ou menos, e o melhor valor de corte do colo uterino foi estabelecido por meio de curva de características operacionais. RESULTADOS: Das 101 gestações estudadas, 25 (24,8%) terminaram em parto prematuro, das quais 12 (11,9%) ocorreram com 34 semanas ou menos. As idades gestacionais médias de avaliação foram de 24, 27, 30 e 33 semanas, e os valores de corte do colo uterino foram de 22, 21, 20 e 16 mm, respectivamente. A medida do comprimento do colo apresentou maior sensibilidade (cerca de 70%) e foi capaz de predizer o parto prematuro em todas as avaliações. O teste para phIGFBP-1 não foi útil com 24 semanas, porém foi capaz de detectar de forma independente o risco de prematuridade com 27, com 30 e com 33 semanas. Houve associação estatística dos exames entre si, de forma que o comprimento cervical médio foi menor em gestantes com teste positivo para phIGFBP-1. A associação dos exames elevou a sensibilidade e o valor preditivo negativo de forma significativa. CONCLUSÕES: A medida do comprimento do colo pela ultrassonografia transvaginal constitui bom marcador de risco para parto prematuro com 24 semanas, e o teste para phIGFBP-1 é útil após 27 semanas. A associação dos dois exames possui alta sensibilidade e alto valor preditivo negativo em gestantes de alto risco para prematuridade espontânea, e a realização do primeiro com 24 semanas e do segundo com 27 semanas constitui bom modelo preditivo para o parto prematuro / INTRODUCTION: The history of spontaneous preterm birth in a previous pregnancy is considered the main and most important clinical risk factor for preterm birth, the leading cause of neonatal morbidity and mortality. About 25% of these patients will deliver prematurely again. Secondary prevention consists in the search for markers of increased risk, in order to institute appropriate therapeutic actions and to avoid unnecessary treatments. The hypothesis of this study is that there is a correlation between the results of the evaluation of the cervix and the test for phosphorylated insulin-like growth factor binding protein-1 (phIGFBP-1) and that the use of both in combination can predict the occurrence of preterm delivery with higher sensitivity. OBJECTIVES: To investigate the usefulness of the measurement of the cervical length and phIGFBP-1 rapid test in the prediction of preterm birth before 37 and 34 weeks, the existence of a relationship between the tests themselves, the best cutoff value of cervical length measurement at different gestational ages and the best time to carry out each of the exams. METHODS: Data of 101 women with previous preterm birth assisted at the Obstetrical Clinic of the Hospital das Clínicas, Faculty of Medicine, University of São Paulo between 2003 and 2008 were collected and subjected to secondary analysis. The measurement of cervical length and the phIGFBP-1 test were performed every three weeks, between 24 and 34 weeks gestation, and compared with the outcome of premature birth before 37 and 34 weeks, and the best cutoff value of the cervix was determined by receiver operator characteristic curves. RESULTS: Of the 101 pregnancies studied, 25 (24.8%) ended in preterm birth, of which 12 (11.9%) occurred at 34 weeks or less. The mean gestational age in each evaluation was 24, 27, 30 and 33 weeks, and the cutoff of the cervix were 22, 21, 20 and 16 millimeters, respectively. The measurement of cervical length showed the highest sensitivity (approximately 70%) and was able to predict preterm birth in all evaluations. The phIGFBP-1 test was not useful at 24 weeks, but was able to independently detect the risk of prematurity at 27, 30 and 33 weeks. Statistical association between the exams was observed, so that the mean cervical length was lower in pregnant women testing positive for phIGFBP-1. The combination of both tests significantly increased the sensitivity and negative predictive value. CONCLUSIONS: The measurement of cervical length by transvaginal ultrasound is a good marker of risk for preterm delivery at 24 weeks, and the test for phIGFBP-1 is useful after 27 weeks. The association of the two tests is valuable and shows high sensitivity and high negative predictive value in women at high risk for spontaneous preterm birth, when the first is preformed with 24 weeks, and the second with 27 weeks

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