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O papel da via mammalian target of rapamycin (mTOR) no desenvolvimento da cardiomiopatia séptica induzida por ligadura e perfuração do ceco / The role of the mammalian target of rapamycin (mTOR) pathway in the development of septic cardiomyopathy induced by cecal ligation and puncture

Ana Caroline Silva de Freitas 05 April 2018 (has links)
A disfunção cardíaca, decorrente de um prejuízo na contratilidade miocárdica, tem sido reconhecida como um fator importante que contribui para as altas taxas de mortalidade na sepse. Outro fato importante aponta para o envolvimento das calpaínas na inibição da via de sinalização PI3K/mTOR levando a uma diminuição potencial das taxas globais de síntese proteica através da redução da maquinaria de tradução disponível, o que reforça o envolvimento destes elementos na progressão da disfunção cardíaca na sepse. Metodologia: Foram utilizados camundongos da linhagem C57/BL6 para indução de sepse através da técnica de ligadura e perfuração do ceco separados em quatro grupos: controle com e sem tratamento e sepse moderada com e sem tratamento, o tratamento foi realizado 2 horas antes da cirurgia com inibidor da via mTOR, rapamicina. Foi realizada análise histopatológica em metacrilato e coloração picrosirius para colágeno, western blotting para quantificação da expressão proteica e real-time PCR para quantificação da expressão gênica, por fim realizamos análise funcional através da ecocardiografia. Resultados: Foi encontrado aumento das lesões teciduais e depósito de colágeno no grupo séptico tratado com rapamicina. A análise por western blotting e real-time PCR demonstrou redução das proteínas envolvidas na via mTOR nos grupos sépticos com e sem tratamento com ênfase no grupo tratado e por fim a avaliação funcional mostrou redução dos parâmetros débito cardíaco e fração de ejeção nos grupos sépticos com e sem tratamento. Conclusão: Nossos resultados demonstram que a via mTOR é de extrema importância na estrutura e função cardíacas, visto que sua inibição ocasionou o aumento de lesões e deposição de colágeno juntamente com alterações funcionais, podendo se transformar em um possível alvo terapêutico para futuras pesquisas clínicas em animais e humanos. / Cardiac dysfunction, due to impairment in myocardial contractility, has been recognized as an important factor contributing to the high mortality rates in sepsis. Another important fact is the involvement of the calpain in the inhibition of the PI3K / mTOR signaling pathway leading to a potential decrease in the overall rates of protein synthesis through the reduction of available translation machinery, which reinforces the involvement of these elements in the progression of cardiac dysfunction in sepsis. Methods: C57 / BL6 mice were used for induction of sepsis through the technique of ligation and perforation of the cecum separated into four groups: control with and without treatment and moderate sepsis with and without treatment, treatment was performed 2 hours before surgery with mTOR pathway inhibitor, rapamycin. Histopathological analysis was performed on methacrylate and picrosirius staining for collagen, western blotting for quantification of protein expression and real-time PCR for quantification of gene expression. Finally we performed functional analysis through echocardiography. Results: Increased tissue lesions and collagen deposition were found in the septic group treated with rapamycin. Western blotting and real-time PCR analysis showed reduction of the proteins involved in the mTOR pathway in the septic groups with and without treatment with emphasis in the treated group and finally the functional evaluation showed a reduction of the parameters cardiac output and ejection fraction in the septic groups with and without treatment. Conclusion: Our results demonstrate that the mTOR pathway is extremely important in cardiac structure and function, since its inhibition has resulted in increased lesions and collagen deposition along with functional alterations, and may become a possible therapeutic target for future clinical research in animals and humans.
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Desenvolvimento de um marcador molecular para o diagnóstico e monitoramento da sepse neonatal bacteriana / Development of a molecular marker for diagnosis and monitoring of neonatal bacterial sepsis

Inês Stranieri 21 August 2014 (has links)
A sepse bacteriana constitui a causa mais frequente de óbitos neonatais, e seu diagnóstico é complexo devido à inexistência de um teste laboratorial definitivo. O presente estudo desenvolveu uma técnica de amplificação quantitativa (qPCR) do gene 16S rDNA de bactérias tanto para o diagnóstico de sepse neonatal, quanto para avaliar se a qPCR é capaz de monitorar o tratamento. Para ser recrutado o RN deveria apresentar ao menos dois sinais/sintomas sugestivos de sepse, e dois parâmetros laboratoriais alterados. Amostras de sangue foram colhidas no tempo zero (suspeita de sepse), 48 horas e sete dias após o início da antibioticoterapia. Foram analisados 73 RN (21 RNT e 52 RNPT) com suspeita de sepse neonatal. A hemocultura foi positiva em 32 RN (43,8% - sepse confirmada) e negativa em 41 (56,2% - sepse clínica), enquanto a qPCR foi positiva em 65 RN (89%) e negativa em oito casos (11%). Dentre os 32 RN com sepse confirmada (11 RNT e 21 RNPT), neutrofilia foi encontrada em 22 (68,75%), CRP elevada em 21 (65,62%), plaquetopenia em 15 (46,87%) e leucopenia em 14 (43,75%). Foram analisadas 200 amostras dos 73 casos suspeitos, considerando os três tempos de coleta, resultando em 36 hemoculturas positivas (18,0%) e 135 qPCR positivas (67,5%). Nas 36 hemoculturas positivas houve 38 isolamentos. Bactérias Gram-positivas foram encontradas em 32 amostras (84,21%) e Gram-negativas em seis (15,78%). Staphylococcus coagulase negativa predominou dentre as Gram-positivas (75,0%). No grupo de 32 RN com sepse confirmada a qPCR foi positiva em 30 (30/32 - 93,7%). Em 14 casos (47%) a qPCR antecipou o diagnóstico de sepse quando comparada à hemocultura e foi positiva no tempo zero em 22 casos (68,75%), enquanto a hemocultura foi positiva em 11. Dos 41 casos de sepse clínica, a qPCR foi positiva em 35 (85,4%); em 26 casos (74,3%) já no tempo zero. O teste de McNemar encontrou discordância entre os resultados das hemoculturas e qPCR (p<0,0001, IC de 95%), indicando superioridade da qPCR. Houve nove óbitos na casuística, todos com hemocultura e qPCR positiva. Em seis dos nove óbitos somente a terceira hemocultura foi positiva, enquanto a qPCR foi positiva em cinco casos já no tempo zero e não negativou em seis casos. A qPCR empregou a técnica de touchdown, com temperaturas de annealing decaindo de 66 a 62oC, limiar de detecção entre 1-10 UFC/mL. As cargas bacterianas foram em geral baixas (< 50 UFC/mL) mesmo nos casos com sepse confirmada e óbitos, porém quando as medianas das cargas bacterianas no tempo zero dos grupos com sepse confirmada (37,10 UFC/mL) e sepse clínica (24,49 UFC/mL) foram comparadas, foi encontrada uma diferença estatisticamente significante (p=0,0402). O estudo concluiu que a qPCR é capaz de detectar mais casos de sepse neonatal que a hemocultura, antecipando o diagnóstico na maior parte deles. Em relação à monitorização do tratamento, a qPCR apresentou associação com o sucesso ou falha terapêutica, negativou em casos que tiveram evolução favorável, não negativou na maior parte dos óbitos, porém há necessidade de confirmação destes dados / Bacterial sepsis constitutes one of the most frequent causes of neonatal deaths and its diagnosis is difficult due to the lack of a definitive laboratorial approach. The present study developed a bacterial 16S rDNA-based quantitative real time polymerase chain reaction (qPCR) both to the diagnosis of neonatal sepsis and to evaluate if qPCR is capable of monitoring antimicrobial treatment. For enrollment, the newborn (NB) should present, at least, two signs/symptoms suggestive of sepsis, and two abnormal laboratory parameters. Blood samples were collected on day zero (suspected sepsis), 48 hours and 7 days after the initiation of antibiotic therapy. Seventy-three newborns with suspected sepsis were recruited (21 term NB and 52 preterm NB), blood culture was positive in 32 (43.8% - confirmed sepsis) and negative in 41 (56.2% - clinical sepsis), while qPCR was positive in 65 (89.0%) and negative in 8 cases (11.0%). Considering the group of 32 NB with confirmed sepsis (11 TNB and 21PTNB), qPCR was positive in 30 (30/32 - 93.7%). Neutrophilia was found in 22 NB (68.75%), elevated CRP in 21 (65.62%), thrombocytopenia in 15 (46.87%) and leukopenia in 14 (43.75%). Of the 73 cases, taking into account the three collected samples (day zero, 48h and 7 days), 200 samples were analyzed, with 36 positive blood culture (18.0%) and 135 positive qPCR (67.5%). Of the 36 positive blood cultures, there were 38 bacterial isolations. Gram-positive bacteria were found in 32 samples (84.21%) and Gram-negative in 6 (15.78%). Coagulase-negative Staphylococcus was predominant in the Grampositive group (75.0%). In 14 cases, qPCR anticipated the diagnosis when compared with blood culture, and was positive in 22 cases on day zero (68.75%), whereas blood culture was positive in 11. Among the 41 cases of clinical sepsis, qPCR was positive in 35 (85.4%); of these 26 (74.3%) on day zero. McNemar test found discordance between the results of blood cultures and qPCR (p < 0.0001, CI of 95%), indicating superiority of qPCR. There were nine deaths in the casuistic, all with positive blood culture and qPCR. In six of the nine deaths only the third blood culture was positive, while qPCR was positive in five cases already on day zero, and was still positive in the third sample in 6 cases. The qPCR employed the touchdown technique, with annealing temperatures decreasing from 66 to 62oC, detection threshold between 1-10 CFU/ml. Bacterial loads were generally low ( < 50 CFU/ml), even in those cases with confirmed sepsis and deaths, however when bacterial load medians on day zero were compared between confirmed (37.1 CFU/ml) and clinical (24.49 CFU/ml) sepsis groups, a statistically significant difference was found (p = 0.0402). The study concluded that qPCR can detect more cases of neonatal sepsis than blood culture, anticipating the diagnosis in most of them. Regarding the monitoring of treatment, qPCR was associated with success or treatment failure, became negative in cases that progressed favorably, remained positive in the majority of the deaths, however these data need to be confirmed
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Hormônios tireoidianos em recém-nascidos a termo com sepse neonatal / Thyroid hormones in full-term newborn infants with neonatal sepsis

Maria Helena Baptista Nunes da Silva 22 January 2008 (has links)
Recém-nascidos com sepse apresentam sintomas clínicos e alterações laboratoriais por tempo e gravidade variáveis. A sepse neonatal pode comprometer diversos tecidos e modificar a ação das enzimas, incluindo a desiodase tipo 1, responsável pela formação do T3 plasmático a partir do T4 nos tecidos periféricos. Além disso, em certos períodos da doença, pode haver uma ação reduzida do T4 em níveis teciduais. Estas alterações são identificadas como Doença Não Tireoidiana, e pouco se conhece sobre ela no período neonatal. Os objetivos deste estudo foram determinar os níveis séricos dos hormônios tireoidianos em recém-nascidos a termo durante a sepse e a convalescença, verificando a presença da Doença Não Tireoidiana e determinando seus padrões na sepse de curta duração, na sepse prolongada e no choque séptico. Foram estudados 28 recém-nascidos a termo com sepse, 12 com duração prolongada por mais de oito dias e 15 com choque séptico. Os recém-nascidos que tiveram sepse prolongada foram os que apresentaram maior perda de peso desde o nascimento até o início da doença, média de 21 dias, e que tiveram culturas positivas para fungos. Doença Não Tireoidiana foi encontrada em 60,7% dos casos, prevalente nos recém-nascidos com sepse de prolongada duração, dentre os quais a prevalência foi inversamente relacionada ao tempo do prolongamento da sepse. A Doença Não Tireoidiana não apresentou correlação com o choque séptico. A síndrome do T3 baixo, caracterizada por T3 baixo, TSH normal e T3 reverso geralmente aumentado, foi encontrada em 58,8% dos casos, sem diferença com a duração da sepse. O nível sérico de T3 foi mais baixo na sepse do que na convalescença sem diferença com o tempo de duração da doença. Não foi encontrada elevação de T3 reverso. A síndrome do T4 e T3 baixo, caracterizada por T4 e T3 baixo e TSH normal, foi encontrada em 29,5%, sem diferença com o tempo de duração da doença, apenas no choque séptico, retornando aos níveis normais na convalescença em ambos os grupos. A síndrome Mista que resulta da combinação de anormalidades foi encontrada em 11,7% dos casos, sem diferença com a duração da doença ou choque séptico. Doença Não Tireoidiana esteve presente nos recém-nascidos a termo com sepse, mais freqüente nos de prolongada duração. Síndrome do T3 baixo foi o padrão mais freqüente, porém sem elevação do T3 reverso; e a síndrome do T4 e T3 baixo só foi encontrada no choque séptico, embora sem relação com o mesmo. / Newborn infants with sepsis present clinical symptoms and laboratory alterations of varying lengths of time and degrees of severity. Neonatal sepsis may harm certain kinds of tissue and change the function of enzymes including Type 1 Deiodinase, which is responsible for the creation of Plasmatic T3 from T4 in peripheral tissues. Additionally, in certain periods of the illness there might be a reduced action of the T4 in tissue levels. These alterations are known as Nonthyroidal Illnesses. Little is known about Nonthyroidal Illnesses regarding these alterations during the neonatal period. The objective of this study was to determine the thyroidal hormone serum levels in full-term newborn infants during sepsis and convalescence, verifying the presence and determining the standards of the Nonthyroidal Illness in short-term sepsis, in prolonged sepsis and septic shock. 28 full-term newborn infants with sepsis were studied, along with 12 full-term newborn infants with prolonged sepsis in excess of eight days, and 15 with septic shock. The newborn infants who had prolonged sepsis were those who presented the greatest weight loss from birth through the start of the illness, 21 days on average, and whose cultures tested positive for bacteria. Nonthyroidal Illness was found in 60.7% of the cases; being most prevalent in newborn infants with prolonged sepsis, amongst whom the prevalence was inversely related to the prolonged time with sepsis. There was no correlation between Nonthyroidal Illness with septic shock. Low T3 syndrome, characterized by low T3, normal TSH and generally increased reverse T3, was found in 58.8% of the cases, with there being no difference in the length of the sepsis. The T3 serum level was lower in sepsis than in convalescence, with there being no difference in the duration of the illness. Elevated reverse T3 was not found. Low T4 and T3 syndrome, characterized by low T3 and T4, normal TSH was found in 29.5% of the cases, with there being no difference with the length of the illness duration and only found in septic shock, returning to normal levels in convalescence in both groups. The Mixed Syndrome, which results from the combination of abnormalities, was found in 11.7% of the cases, and there was no difference regarding length of illness or septic shock. Nonthyroidal Illness was present in full-term newborn infants with sepsis, and was most common in those of prolonged duration sepsis. Low T3 Syndrome was the most common standard. However, in the absence of elevated reverse T3 and T4 and T3 syndrome, it was only found during septic shock; even though it was unrelated to the same.
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Epidemiologia da sepse em crianças internadas em unidades de terapia intensiva pediátrica da América Latina / Epidemiology of sepsis in children admitted to Pediatric Intensive Care Units in Latin America

Daniela Carla de Souza 20 May 2016 (has links)
Introdução: A sepse, ou resposta inflamatória do organismo à infecção, é uma das principais doenças da infância, consome parcela substancial dos recursos financeiros das unidades de terapia intensiva, sendo causa comum de óbito em crianças. Essa doença é considerada um problema de saúde pública em expansão, negligenciada por muitos setores da sociedade. Objetivo: Descrever a prevalência e mortalidade por sepse em crianças admitidas em Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) da América Latina. Desenho: Estudo prospectivo, multicêntrico, observacional. Ambiente: Vinte e uma UTIPs de cinco países da América Latina. Pacientes: Todas as crianças com idades entre 29 dias e 17 anos admitidas nas UTIPs participantes no período de 1 de junho a 30 de setembro de 2011. Características clínicas, demográficas e dados laboratoriais das primeiras 24 horas de internação na UTIP foram registrados. As crianças foram acompanhadas até a alta da UTIP ou óbito. Sepse foi definida de acordo com a International Pediatric Sepsis Consensus Conference (2005). Intervenções: Nenhuma. Resultados: Dos 1090 pacientes incluídos, 464 preenchiam os critérios de sepse. A prevalência de sepse, sepse grave e choque séptico foi de 42,6%, 25,9% e 19,8%, respectivamente. A mediana de idade dos pacientes com sepse foi de 11,6 meses (IQR: 3,2 - 48,7), 43% tinham uma ou mais doenças crônicas. A prevalência de sepse foi maior nas crianças menores de 1 ano de idade e caiu drasticamente nos adolescentes (50,4 vs 1,9%; p < 0,001). A mortalidade global por sepse foi de 14,2% e foi consistentemente maior com o aumento da gravidade da doença: 4,4% para sepse, 12,3% para sepse grave e 23,1% para choque séptico. Vinte e cinco por cento dos óbitos ocorreram durante as primeiras 24 horas de internação na UTIP. A análise multivariada demonstrou que os escores PRISM (OR 1,06, IC 95% 1,02 - 1,11; p= 0,005) e PELOD (OR 1,06, IC 95% 1,02 - 1,11; p= 0,001), a presença de duas ou mais doenças crônicas (OR 2,74, IC 95% 1,40 - 5,36; p= 0,003) e a admissão na UTIP proveniente da enfermaria (OR 2,44, IC 95% 1,19 - 5,01; p= 0,015) foram fatores independentes associados com o óbito por sepse na população estudada. Conclusões: Tanto a prevalência quanto a mortalidade por sepse foram elevadas nessa amostra de crianças admitidas em UTIP da América Latina / Introduction: Sepsis, or the systemic inflammatory response to infection, is a major childhood disease, wastes a substantial amount of the intensive care units\' financial resources and is a common cause of death in children. The disease is considered a growing public health problem, often overlooked by several sections of our community. Objective: To report the sepsis-related prevalence and mortality among critically ill children admitted to Pediatric Intensive Care Units (PICUs) in Latin America. Design: A prospective, multicenter cohort study. Setting: Twenty-one PICUs, located in five Latin America countries. Patients: All children from 29 days to 17 years old admitted to the participating PICUs from June to September, 2011. Clinical, demographic and laboratory data were registered within the first 24 hours of admission. Outcomes were registered at PICU discharge or death. Sepsis was defined according to the International Pediatric Sepsis Consensus Conference (2005). Results: Among 1090 included patients, 464 had sepsis. The prevalence of sepsis, severe sepsis and septic shock was 42.6%, 25.9% and 19.8%, respectively. The median age of sepsis patients was 11.6 months (IQR 3.2-48.7), 43% of whom had one or more prior chronic conditions. The prevalence of sepsis was higher in children under 1 year and very low in adolescents (50.4 vs 1.9%, p= 0.001). Sepsis-related mortality was 14.2% and was consistently higher with increasing sepsis severity: 4.4% for sepsis, 12.3% for severe sepsis and 23.1% for septic shock. Twenty-five percent of the deaths occurred within the first 24 hours of admission. Multivariate analysis showed that PRISM (OR 1.06, 95% CI 1.02 - 1.11, p= 0.005) and PELOD scores (OR 1.06, 95% CI 1.02 - 1.11, p= 0.001), the presence of two or more chronic conditions (OR 2.74, 95% CI 1.40 - 5.36, p= 0.003) and admission from pediatric wards (OR 2.44, 95% CI 1.19 - 5.01, p= 0.015) were independently associated with death. Conclusions: We observed high sepsis related prevalence and mortality among this sample of children admitted to PICUs in Latin America
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Dosagem de HLA-DR (Human Leukocyte antigen DR) de mononucleares para avaliação de imunoparalisia em pacientes sépticos na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) de um Hospital Terciário / Mononuclear HLA-DR (Human Leukocyte antigen DR) dosage for the evaluation of immunoparalysis in pediatric septic patients of a tertiary Intensive Care Unit (PICU)

Talita Freitas Manzoli 09 May 2017 (has links)
O presente estudo avaliou a ocorrência de imunoparalisia e sua associação com pior prognóstico em pacientes pediátricos internados em uma UTI de hospital terciário. Para determinar a presença de imunoparalisia procedeu-se a dosagem da expressão de mHLA-DR usando o QuantiBRITE TM Anti HLA-DR/ Anti- Monocyte, um novo reagente que padroniza os valores da citometria de fluxo para o mHLA-DR. Determinamos a expressão de mHLA-DR em 30 pacientes com sepse grave ou choque sépticos admitidos na UTI Pediátrica no período do estudo, mHLA-DR foi quantificado por duas vezes: entre os dias 3 a 5 (mHLA-DR1) e 5 a 7 (mHLA-DR2) após o inicio do quadro séptico. Também foi calculado o deltamHLA-DR (mHLA-DR2 - mHLA-DR1). Dosamos, ainda, o mHLA-DR em vinte e um controles hígidos. O objetivo do estudo foi determinar se a expressão de mHLA-DR correlaciona-se com a mortalidade em pacientes sépticos pediátricos. Os resultados mostram que o mHLA-DR foi significativamente menor nos pacientes sépticos do que nos controles (p = 0.0001). A mortalidade foi de 46% nos pacientes com valores negativos ou < 1000 mAb/cell de deltaHLA-DR, e 7% em pacientes com valores positivos ou > 1000 mAb/cell de deltaHLADR. O deltamHLA-DR médio foi significativamente diferente entre sobreviventes e pacientes que foram a óbito (p = 0.023). Dessa forma, após a análise estatística dos resultados concluímos que o deltaHLA-DR correlaciona-se com a mortalidade em pacientes pediátricos com sepse grave e choque séptico / This study analysis the presence of Immunoparalysis and its association with prognosis in pediatric septic patients of a Tertiary Intensive Care Unit. To determine the presence of immunoparalysis we performed the mHLA-DR dosage using the QuantiBRITE TM Anti HLA-DR/ Anti- Monocyte, a novel reagent that standardizes flow cytometry values. We determined mHLA-DR expression in 30 patients with severe sepsis or septic shock admitted to PICU, mHLA-DR expression was quantified between days 3-5 and 5-7 after the onset of sepsis and calculated the deltamHLA-DR (mHLA-DR2 - mHLADR1). We also measured mHLA-DR levels in twenty-one healthy patients. The objective of this study was to determine if mHLA-DR values correlate with mortality in pediatric septic patients. The results showed that the mean mHLA-DR expression was significantly lower in septic patients compared with controls (p = 0.0001). Mortality was 46% in patients with negative deltaHLA-DR or < 1000 mAb/cell and 7% in patients with positive deltaHLA-DR or > 1000 mAb/cell. Mean deltamHLA-DR levels were significantly different between survivors and non-survivors (p = 0.023). After statistical analysis we concluded that deltaHLA-DR correlates with mortality in pediatric patients with septic shock or severe sepsis
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Resposta inflamatória sistêmica e alterações no metabolismo lipídico em crianças e adolescentes gravemente doentes / Systemic inflammatory response and changes in lipid metabolism in critically ill children and adolescents

Ana Carolina Gouvêa Bermudes 31 March 2015 (has links)
Introdução: Durante a síndrome da resposta inflamatória sistêmica acontecem importantes alterações no metabolismo lipídico. Estas alterações são descritas nos pacientes adultos com sepse grave, porém o perfil lipídico no paciente pediátrico gravemente doente é pouco conhecido. Além disso, nos pacientes gravemente doentes baixas concentrações de colesterol foram associadas a maior gravidade da doença e aumento na mortalidade. Objetivos: Avaliar a relação entre a intensidade da reposta inflamatória e alterações no perfil lipídico em crianças e adolescentes gravemente doentes à admissão na UTI e se estas alterações se atenuam à medida que há resolução do processo inflamatório. Métodos: Analisamos o perfil lipídico de 40 pacientes com SIRS/sepse admitidos numa UTI Pediátrica de nível I. A Proteína C Reativa (PCR) foi utilizada para caracterizar resposta inflamatória. Mensuramos os níveis séricos de triglicerídeos (TG), colesterol total (CT), lipoproteína de alta densidade (HDL), lipoproteína de baixa densidade (LDL) e apolipoproteínas à admissão e no sétimo dia de internação. Utilizamos um grupo controle de 42 pacientes pediátricos avaliados no pronto socorro que não apresentavam sinais de sepse. Foi utilizado o Pediatric Risk of Mortality Score nos pacientes admitidos na UTI e realizada avaliação nutricional nos dois grupos. Resultados: As concentrações de PCR apresentaram-se bastante elevadas no 1º dia do estudo e tiveram uma redução significativa durante a evolução. Os pacientes internados na UTI tiveram níveis significativamente mais baixos de CT, HDL, LDL bem como concentrações mais altas de TG em comparação ao grupo controle. Houve um aumento significativo nos níveis de CT, HDL, LDL e apolipoproteínas entre o primeiro e sétimo dias de estudo. Não houve relação entre a classificação nutricional e as concentrações de lipoproteínas. Conclusão: Durante a resposta inflamatória encontramos níveis séricos mais baixos de lipídeos e apolipoproteínas com associação inversa em relação às concentrações de PCR. À medida que houve resolução da resposta inflamatória os níveis de CT, HDL, LDL e apolipoproteínas aumentaram mostrando relação direta entre as alterações no perfil lipídico e a inflamação. As alterações no perfil lipídico não se associaram ao estado nutricional / Introduction: During the course of systemic inflammatory response syndrome, there are important changes in lipid metabolism. These changes are described in adult patients with severe sepsis, but little is known about lipid profile in critically ill pediatric patients. Furthermore, in critically ill patients low cholesterol levels were shown to be correlated with the severity of disease and associated with higher mortality rates. Purpose: To evaluate the relationship among the intensity of the inflammatory response and changes in lipid profile in critically ill children and adolescents on admission to the PICU and whether these changes are attenuated as there is resolution of the inflammatory process. Materials and Methods: We analyzed the serum lipid in 40 patients with SIRS/sepsis admitted to the level I pediatric ICU. The C-reactive protein (CRP) was used to characterize the inflammatory response. We measured serum levels of triglyceride (TG), total cholesterol (TC), high density lipoprotein (HDL), low density lipoprotein (LDL) and apolipoprotein on admission and on the seventh day of hospitalization. We used a control group of 42 pediatric patients seen in emergency department without sepsis. Severity of disease was evaluated with Pediatric Risk of mortality score (PRISM) on admission and nutrition classification was performed in all patients. Results: CRP concentrations were very high on the first day of the study and had a significant reduction during evolution. On admission to the PICU, patients had significantly lower levels of TC, HDL, LDL as well as higher concentrations of TG in comparison with control group. There was a significant increase in the TC, HDL, LDL and apolipoprotein levels between the first and seventh days of the study. There was no relationship between the nutritional classification and lipoproteins levels. Conclusions: During the systemic inflammatory response we found lower serum levels of lipids and apolipoproteins with negative correlation in relation to CRP. As improvement in the inflammatory response, the levels of CT, HDL, LDL and apolipoprotein increased showing a direct relationship among changes in lipid profile and inflammation. Changes in lipid profile were not associated with nutritional status
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Influência dos níveis séricos de bilirrubina sobre a ocorrência e a evolução da sepse neonatal em recém-nascidos pré-termo com idade gestacional menor que 36 semanas / Influence of serum bilirubin levels on the occurrence and course of neonatal sepsis in preterm infants younger than 36 gestational age weeks

Claudio Ribeiro Aguiar 04 July 2007 (has links)
INTRODUÇÃO: nos recém-nascidos, diversos componentes das defesas antioxidantes têm se mostrado deficientes. A bilirrubina possui potente ação antioxidante podendo compensar a deficiência dos demais componentes. Essa ação é potencializada pela biliverdina redutase. Esse estudo teve como objetivo identificar o efeito protetor da bilirrubina sobre a sepse neonatal em recém nascidos prematuros. MÉTODOS: estudo de coorte realizado em duas UTI neonatais. Participaram recém-nascidos com idade gestacional inferior a 36 semanas e peso de nascimento entre 750 e 1750 g. As determinações da bilirrubina e da carbonil proteína fizeram-se: a) ao nascimento b) com três dias c) com sete dias e d) com 14 dias de vida. Utilizou-se o teste t de Student nas comparações entre médias. Com as medidas de bilirrubina com três dias foi construída curva ROC. O ponto de inflexão dessa curva separou um grupo exposto a níveis altos de outro (controle) com níveis baixos de bilirrubina. Determinou-se Risco Relativo e intervalo de confiança de 95%. Para variáveis categóricas, utilizou-se o teste do Qui quadrado. A significância estatística foi &#945;=5%. RESULTADOS: o estudo incluiu 53 pacientes. Sepse foi confirmada por hemocultura em 24 pacientes (45,3%). Foram 12 (22,6%) os pacientes com sepse clínica perfazendo 36 (67,9%) pacientes com todas formas de sepse. Sepse grave foi diagnosticada em 21 pacientes (39,6%). Nas comparações entre os valores de bilirrubina nos pacientes que apresentaram cada uma das três formas de sepse e nos pacientes sem sepse houve diferença significante na maioria das situações. Não houve diferença significante nas medidas ao nascimento em todas as formas de sepse e nas medidas aos 14 dias para os pacientes com sepse grave. Ótimos resultados estatísticos ocorreram nas comparações com três dias de vida entre pacientes com sepse comprovada e pacientes sem sepse com p= 0,0009. O ponto de inflexão da curva ROC, com bilirrubina em 9,8mg% separou os pacientes em grupo exposto e não exposto. Comparação quanto à presença ou não de sepse entre os grupos mostrou diferença estatisticamente significante, considerando-se cada uma das formas de sepse analisadas. Para sepse confirmada encontrou-se RR=0,39 (IC95% 0,22- 0,71) e p=0,0008. Nas curvas padrão para bilirrubina, houve diferença significante entre as áreas das duas curvas, com os pacientes sem sepse apresentando área maior. A correlação entre os valores máximos de bilirrubina e os valores máximos da carbonil proteína foi inversa e estatisticamente significante (p=0,016). A diferença entre os valores da carbonil proteína nos pacientes com cada uma das formas de sepse analisadas e os dos pacientes sem sepse, não atingiu significância estatística. O conjunto dos resultados do estudo mostra uma relação estatisticamente significante entre níveis mais elevados de bilirrubina e menor incidência e gravidade da sepse neonatal e uma correlação significante entre bilirrubina e carbonil proteína. CONCLUSÃO: maiores níveis séricos de bilirrubina protegem os prematuros da ocorrência e gravidade da sepse devido as suas propriedades antioxidantes. / INTRODUCTION: several components of the antioxidative defenses are deficient in the newborn. Bilirubin is a potent antioxidant and can counterbalance the deficiency of those components. This antioxidant action is potencialized by biliverdin reductase. The present study aimed at identifying the protective effect of bilirubin on neonatal sepsis in premature babies. METHODS: cohort study, carried out in two neonatal intensive care unities. Newborns younger than 36 gestational age weeks and birth weight between 750 and 1750g were included in the study. Bilirubin and protein carbonyl measurements were performed: a) at birth, b) at day three, c) at day seven, d) at day fourteen. Student t test was used for mean comparisons. Bilirubin measurements at day three were used to build a ROC curve. The inflection point of this curve separated the high bilirubin from the low bilirubin group. Relative risk and 95% confidence interval were determined. Chi-square test was applied for categorical variables and the significance level was set at &#945;=5%. RESULTS: fifty-three patients were included in the study. Twenty-four patients (45.3%) had proven sepsis, twelve (22.6%) had clinical sepsis, totaling 36 (67.9%) patients with all forms of sepsis and 21 (39.6%) patients with severe sepsis. Comparisons between bilirubin values in patients with each form of sepsis and patients without sepsis showed significant differences in most of the situations. There was no statistically significant difference in birth measures in all forms of sepsis as well as in day 14 measurements for severe sepsis. Very good statistical results were found on day three comparisons between proven sepsis and no sepsis patients p=0.0009. The ROC curve inflection point, with bilirubin level at 9.8 mg%, identified an exposed and a non-exposed group. Comparisons regarding the presence of sepsis between groups showed a statistically significant difference, considering each of the analyzed sepsis forms. For proven sepsis RR=0.39 (95%CI 0.22-0.71) p=0.0008. Bilirubin curves showed a significant difference between the areas of the two curves, with patients without sepsis displaying a larger area. The correlation between bilirubin maximum values and protein carbonyl maximum values was inverse and significant (p=0.016). The difference regarding protein carbonyl values between patients with each form of sepsis and patients without sepsis did not reach statistical significance. These results show a statistical significant relation between higher bilirubin levels and a lower incidence and severity of neonatal sepsis and a significant correlation between bilirubin and protein carbonyl. CONCLUSION: higher bilirubin levels protect premature babies from the occurrence and severity of sepsis due to its antioxidative properties.
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Alterações funcionais de mitocondrias hepáticas na tolerância ao lipopolissacarídeo (LPS) / Functional alterations of hepatic mitochondria in lipopolysaccharide tolerance (LPS)

André Augusto Botêga Silva 27 October 2017 (has links)
O presente estudo tem por objetivo principal avaliar as alterações funcionais precoces de mitocôndrias hepáticas de ratos wistar submetidos ao estímulo de sepse através da técnica de ligadura cecal e punção (cecal ligation and puncture-CLP) e indução de tolerância ao lipopolissacarídeo (LPS) de Escherichia coli. As mitocôndrias exercem papel na alteração do metabolismo celular de pacientes sépticos. Os objetivos do presente trabalho foram: (1) padronizar a técnica de indução a tolerância para ratos wistar com LPS de E. coli (2) avaliar a função mitocondrial fosforilativa e oxidativa; (3) quantificar DNA mitocondrial em tecido hepático de animais submetidos à CPL e tolerância; (4) verificar a expressão dos genes responsáveis pela biogênese mitocondrial e replicação do DNA mitocondrial: nuclear respiratory factor (NRF-1), mitochondrial transcription factor A (TFAM) e peroxisome proliferator-activated receptor gamma coactivator 1-alpha (PGC-1alfa); (5) avaliar a função dos complexos respiratórios I e IV. Os resultados encontrados no presente estudo revelaram que: (a) a taxa de mortalidade dos animais submetidos a tolerância foi de 10% quando submetidos à dose letal de LPS, enquanto a taxa de mortalidade dos animais controle foi de 100% quando submetidos à dose letal de LPS; (b) observou-se que o grupo do controle respiratório que recebeu doses controladas de LPS e foi submetido à CLP apresentou razão igual ao grupo Controle, sugerindo que a fosforilação oxidativa se manteve igual ao basal, enquanto o grupo que foi submetido ao procedimento de CLP sem indução a tolerância apresentou piora da razão do controle respiratório em relação ao grupo controle; (c) a quantificação de DNA mitocondrial mostrou-se maior nos animais submetidos a CLP sem prévia indução a tolerância, com igual aumento da expressão dos fatores de biogênese mitocondrial em relação aos demais grupos; (d) houve diferença significativa na avaliação da funcionalidade dos complexo I, porém o complexo IV se manteve igual em todos os grupos. Concluiu-se que a indução a tolerância altera positivamente a função mitocondrial em animais submetidos à CLP / The aim of this study was to evaluate the early functional alterations of hepatic mitochondria of wistar rats submitted to the stimulation of sepsis through the technique of cecal ligation and puncture (CLP) and induction of tolerance to lipopolysaccharide (LPS) of Escherichia coli. Mitochondria play a role in altering the cellular metabolism of septic patients. The objectives of the present study were: (1) to standardize the tolerance induction technique for wistar rats with E. coli LPS (2) to evaluate the mitochondrial phosphorylation and oxidative function; (3) quantify mitochondrial DNA in hepatic tissue of animals submitted to CPL and tolerance; (4) to verify the expression of genes responsible for mitochondria biogenesis and mitochondrial DNA replication nuclear mitochondrial biogenesis (NRF-1), mitochondrial transcription factor A (TFAM) and peroxisome proliferator-activated receptor gamma coactivator 1-alpha (PGC-1alpha); (5) to evaluate the function of respiratory complexes I and IV. The results found in the present study revealed that: (a) the mortality rate of the animals submitted to tolerance was 10% when submitted to the lethal dose of LPS, whereas the mortality rate of the control animals was 100% when submitted to the lethal dose of LPS; (B) it was observed that the group receiving controlled doses of LPS and submitted to CLP presented a ratio equal to the control group, suggesting that oxidative phosphorylation remained the same at baseline, whereas the group that underwent CLP procedure without induction of tolerance presented worsening of the respiratory control ratio in relation to the control group; (C) the mitochondrial DNA quantification was higher in the animals submitted to CLP without prior tolerance induction, with an equal increase in mitochondrial biogenesis factors expression in relation to the other groups; (D) there was significant difference in the evaluation of the functionality of complexes I, but no difference in complex IV in all groups. It was concluded that induction of tolerance positively alters mitochondrial function in animals submitted to CLP
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Papel da enzima indoleamina 2,3-dioxigenase (IDO) na imunossupressão induzida pela sepse / Role of enzyme Indoleamine 2, 3-dioxygenase (IDO) in the development of sepsis-induced immunosuppression

Raphael Gomes Ferreira 26 October 2016 (has links)
Em alguns casos, pacientes que sobreviveram a uma sepse grave podem desenvolver um quadro de imunossupressão, caracterizado pela expansão dos linfócitos T reguladores (Tregs). Porém, apesar de inúmeros avanços, os mecanismos associados à expansão das Tregs, ainda não estão completamente esclarecidos. Nesse sentido, trabalhos recentes demonstraram que a atividade da enzima Indoleamina 2,3-Dioxigenase (IDO), responsável pela formação da quinurenina a partir da degradação do aminoácido essencial triptofano, está relacionada à diferenciação das Tregs e com o desenvolvimento de um quadro de tolerância. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi investigar o papel da IDO no desenvolvimento da imunossupressão induzida pela sepse. Os resultados demonstraram um aumento da expressão proteica e da atividade enzimática da IDO no baço de camundongos que sobreviveram à sepse grave. Para avaliar o desenvolvimento da imunossupressão, os camundongos foram desafiados com células do melanoma B16-F10. A inibição farmacológica da IDO promoveu redução do crescimento tumoral nos camundongos que sobreviveram à sepse, por um mecanismo dependente da redução na diferenciação das Tregs e das células C11b+ Ly6G+ no baço e da ativação de células CD8+ produtoras de IFN- ?, no linfonodo drenate da região tumoral. Adicionalmente, foi demonstrado que, o receptor de hidrocarbonetos de arila (AhR) está associado ao aumento da expressão da IDO, nos camundongos que sobreviveram à sepse. Ainda, os resultados demonstraram que células CD11C+ são as principais responsáveis por expressar a IDO no baço de camundongos que sobreviveram à sepse. Por fim, células CD11C+ isoladas do baço de camundongos que sobreviveram a sepse, foram mais efetivas em induzir a diferenciação das Tregs quando comparadas a células CD11C+ provenientes de camundongos naive. Em conjunto, os resultados sugerem que a ativação do AhR pela quinurenina é importante para expressão da IDO nas células CD11C+ encontradas no baço de camundongos que sobreviveram à sepse, o que por sua vez, está associado com a expansão das Tregs e com o desenvolvimento do quadro de imunossupressão. / Immunosuppression has been shown to be one long-term sequels of severe sepsis, which is mainly characterized by the expansion of regulatory T cells (Tregs). However, the mechanisms underlying Tregs expansion after sepsis remain poor understood. Indoleamine 2,3-dioxygenase (IDO), an enzyme that initiates the kynurenine pathway of tryptophan degradation, has been implicated in promoting Tregs generation. Therefore, we propose to investigate the role of IDO in the development of sepsis-induced immunosuppression. The results presented here demonstrated that there is an increase in both IDO protein expression and IDO enzymatic activity in spleen of sepsis-surviving mice. Employing a melanoma mouse model as a second challenge in sepsis-surviving mice, we found that pharmacological inhibition of IDO suppressed the enhanced tumor growth observed in sepsis-surviving mice. Importantly, inhibition of IDO decreased the expansion of Tregs in sepsis-surviving mice, leading to reduced CD11b+ Ly6G+ cells frequency in spleen and activation of INF-? production by CD8+ in draining lymph, after tumor challenge. Moreover, the results suggest that aryl hydrocarbon receptor (AhR) is associated with increased IDO expression found in sepsis-surviving mice. Furthermore, we identified that a CD11C+ population of cells are expressing IDO in spleen of sepsis surviving mice. In addition, CD11C+ cells isolated from spleen of sepsis-surviving mice, presented a higher capacity to induce a regulatory phenotype in naïve CD4+ CD25- T than CD11C+ isolated from naïve mice. Taken together, our results suggest that AhR activation by kynurenine during acute phase of sepsis is important to IDO expression in a specific CD11C+. This new sepsis-induced CD11C+ IDO+ population is important to Treg cells expansion and immunosuppression development in sepsis-surviving mice.
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Influência dos níveis séricos de bilirrubina sobre a ocorrência e a evolução da sepse neonatal em recém-nascidos pré-termo com idade gestacional menor que 36 semanas / Influence of serum bilirubin levels on the occurrence and course of neonatal sepsis in preterm infants younger than 36 gestational age weeks

Aguiar, Claudio Ribeiro 04 July 2007 (has links)
INTRODUÇÃO: nos recém-nascidos, diversos componentes das defesas antioxidantes têm se mostrado deficientes. A bilirrubina possui potente ação antioxidante podendo compensar a deficiência dos demais componentes. Essa ação é potencializada pela biliverdina redutase. Esse estudo teve como objetivo identificar o efeito protetor da bilirrubina sobre a sepse neonatal em recém nascidos prematuros. MÉTODOS: estudo de coorte realizado em duas UTI neonatais. Participaram recém-nascidos com idade gestacional inferior a 36 semanas e peso de nascimento entre 750 e 1750 g. As determinações da bilirrubina e da carbonil proteína fizeram-se: a) ao nascimento b) com três dias c) com sete dias e d) com 14 dias de vida. Utilizou-se o teste t de Student nas comparações entre médias. Com as medidas de bilirrubina com três dias foi construída curva ROC. O ponto de inflexão dessa curva separou um grupo exposto a níveis altos de outro (controle) com níveis baixos de bilirrubina. Determinou-se Risco Relativo e intervalo de confiança de 95%. Para variáveis categóricas, utilizou-se o teste do Qui quadrado. A significância estatística foi &#945;=5%. RESULTADOS: o estudo incluiu 53 pacientes. Sepse foi confirmada por hemocultura em 24 pacientes (45,3%). Foram 12 (22,6%) os pacientes com sepse clínica perfazendo 36 (67,9%) pacientes com todas formas de sepse. Sepse grave foi diagnosticada em 21 pacientes (39,6%). Nas comparações entre os valores de bilirrubina nos pacientes que apresentaram cada uma das três formas de sepse e nos pacientes sem sepse houve diferença significante na maioria das situações. Não houve diferença significante nas medidas ao nascimento em todas as formas de sepse e nas medidas aos 14 dias para os pacientes com sepse grave. Ótimos resultados estatísticos ocorreram nas comparações com três dias de vida entre pacientes com sepse comprovada e pacientes sem sepse com p= 0,0009. O ponto de inflexão da curva ROC, com bilirrubina em 9,8mg% separou os pacientes em grupo exposto e não exposto. Comparação quanto à presença ou não de sepse entre os grupos mostrou diferença estatisticamente significante, considerando-se cada uma das formas de sepse analisadas. Para sepse confirmada encontrou-se RR=0,39 (IC95% 0,22- 0,71) e p=0,0008. Nas curvas padrão para bilirrubina, houve diferença significante entre as áreas das duas curvas, com os pacientes sem sepse apresentando área maior. A correlação entre os valores máximos de bilirrubina e os valores máximos da carbonil proteína foi inversa e estatisticamente significante (p=0,016). A diferença entre os valores da carbonil proteína nos pacientes com cada uma das formas de sepse analisadas e os dos pacientes sem sepse, não atingiu significância estatística. O conjunto dos resultados do estudo mostra uma relação estatisticamente significante entre níveis mais elevados de bilirrubina e menor incidência e gravidade da sepse neonatal e uma correlação significante entre bilirrubina e carbonil proteína. CONCLUSÃO: maiores níveis séricos de bilirrubina protegem os prematuros da ocorrência e gravidade da sepse devido as suas propriedades antioxidantes. / INTRODUCTION: several components of the antioxidative defenses are deficient in the newborn. Bilirubin is a potent antioxidant and can counterbalance the deficiency of those components. This antioxidant action is potencialized by biliverdin reductase. The present study aimed at identifying the protective effect of bilirubin on neonatal sepsis in premature babies. METHODS: cohort study, carried out in two neonatal intensive care unities. Newborns younger than 36 gestational age weeks and birth weight between 750 and 1750g were included in the study. Bilirubin and protein carbonyl measurements were performed: a) at birth, b) at day three, c) at day seven, d) at day fourteen. Student t test was used for mean comparisons. Bilirubin measurements at day three were used to build a ROC curve. The inflection point of this curve separated the high bilirubin from the low bilirubin group. Relative risk and 95% confidence interval were determined. Chi-square test was applied for categorical variables and the significance level was set at &#945;=5%. RESULTS: fifty-three patients were included in the study. Twenty-four patients (45.3%) had proven sepsis, twelve (22.6%) had clinical sepsis, totaling 36 (67.9%) patients with all forms of sepsis and 21 (39.6%) patients with severe sepsis. Comparisons between bilirubin values in patients with each form of sepsis and patients without sepsis showed significant differences in most of the situations. There was no statistically significant difference in birth measures in all forms of sepsis as well as in day 14 measurements for severe sepsis. Very good statistical results were found on day three comparisons between proven sepsis and no sepsis patients p=0.0009. The ROC curve inflection point, with bilirubin level at 9.8 mg%, identified an exposed and a non-exposed group. Comparisons regarding the presence of sepsis between groups showed a statistically significant difference, considering each of the analyzed sepsis forms. For proven sepsis RR=0.39 (95%CI 0.22-0.71) p=0.0008. Bilirubin curves showed a significant difference between the areas of the two curves, with patients without sepsis displaying a larger area. The correlation between bilirubin maximum values and protein carbonyl maximum values was inverse and significant (p=0.016). The difference regarding protein carbonyl values between patients with each form of sepsis and patients without sepsis did not reach statistical significance. These results show a statistical significant relation between higher bilirubin levels and a lower incidence and severity of neonatal sepsis and a significant correlation between bilirubin and protein carbonyl. CONCLUSION: higher bilirubin levels protect premature babies from the occurrence and severity of sepsis due to its antioxidative properties.

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