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Rupturas moleculares emancipatórias: a potencionalidade da prática do serviço social / Emancipatory molecular ruptures: the potentiality of social work practiceLuiz, Danuta Estrufika Cantoia 06 July 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-07-06 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This study aims at analyzing the potentiality of the Social Work practice to produce emancipatory molecular ruptures in the context of Qualification Programs for Municipal Councilors of Social Assistance in the State of Paraná.
Based on Gramsci s theoretical fundamentals we argue the necessity of qualification and strengthening of these social subjects through the elevation from the common sense to the self-constitution of a critical conscience and consequent stimulation of their social and political performance considered as emancipatory molecular rupture in order that such can contribute to the construction of an anti-hegemony to the instrumental rationality that follows the modern society.
Conferring materiality to this analysis, the research s support is the critic to the hegemonic and contradictory class-nature of the modern society, in what we search for the fundamentals and critical-modern values of social emancipation while process that develops the critical knowledge and reason and the social and politic performance of groups, organizations and segments of subaltern classes to support the necessity of enlargement of the participative democracy and the expansion of the modern public space, as one of the alternatives to revert the hegemonic scenario.
Aiming at facing the hegemonic tendency for passive acceptance of the rationality of modern social practices, in the thesis, we argue that the Modernity contradictory historical scenario that determines social practices development also establishes an emancipatory reason, not above the humans, but as conquest and outcome of its daily fights, that needs to be developed in the most professional and social practices in a sense of contributing to the construction of a new culture for the subaltern class.
Such principle carries as presupposition that Social Work can develop, in its professional practice instance, actions that move molecular ruptures face to the hegemonic perspective and that contribute to give procedural instruments to municipal councilors for this social undertaking.
In order to corroborate such presupposition, it was necessary the appealing to the representative subjects (social workers and qualified councilors) of the practice developed in the Qualification Programs, focused on a theoretical-critical base, what validated the presupposition that moves the present thesis, systematizing and characterizing a professional practice, through the recovery of fundamentals, values, actions, goals and marks that demonstrate the ethic-political and practical commitment of the profession with the social emancipation / O presente estudo tem como objetivo analisar a potencialidade da prática do Serviço Social em produzir rupturas moleculares emancipatórias no contexto dos Programas de Capacitação para Conselheiros Municipais de Assistência Social no Estado do Paraná.
Com base nos fundamentos teóricos gramscianos, argumentamos a necessidade de capacitação e fortalecimento desses sujeitos sociais, através da elevação do senso comum à auto-constituição de uma consciência crítica e conseqüente fomento para o protagonismo social e político - considerada como ruptura molecular emancipatória - para que possam contribuir na construção de uma contra hegemonia à racionalidade instrumental, que perpassa a sociedade moderna.
Conferindo materialidade a essa análise, o eixo norteador da pesquisa constitui-se na crítica ao caráter hegemônico e contraditório de classe da sociedade moderna, na qual buscamos os fundamentos e os valores crítico-modernos da emancipação social enquanto processo que potencializa o conhecimento e a razão críticos e o protagonismo social e político de grupos, organizações e segmentos da classe subalterna para sustentar a necessidade de alargamento da democracia participativa e ampliação do espaço público moderno, como uma das alternativas para reverter o quadro hegemônico.
Com vistas ao enfrentamento à tendência hegemônica de aceitação passiva da racionalidade de práticas sociais modernas instrumentais, na tese, argumentamos que a Modernidade cenário histórico contraditório que determina o desenvolvimento de práticas sociais - também instaura uma razão emancipatória, não acima dos homens, mas como conquista e produto de suas lutas cotidianas, que precisa ser potencializada nas mais diversas práticas profissionais e sociais no sentido de contribuir à construção de uma nova cultura pela classe subalterna.
Nesse eixo norteador tem-se como pressuposto que o Serviço Social pode potencializar, na instância de sua prática profissional, ações que desencadeiem rupturas moleculares frente à perspectiva hegemônica e que contribuam na instrumentalização processual dos conselheiros municipais para esse empreendimento social.
Para corroborar esse pressuposto, foi necessária a recorrência aos sujeitos representativos (assistentes sociais e conselheiros capacitados) da prática desenvolvida nos Programas de Capacitação, à luz de uma fundamentação teórico-crítica, a qual validou o pressuposto que move a presente tese, sistematizando e caracterizando uma prática profissional, através do resgate dos fundamentos, valores, procedimentos, objetivos e marcas que evidenciam o compromisso ético-político e prático da profissão com a emancipação social
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Trabalhadores-artistas: cenas de trabalho, organização e ação coletiva no Brasil e Portugal / Artist-workers: scenes of work, organization and collective action in Brazil and PortugalJoana Soares Marques 02 September 2016 (has links)
Esta pesquisa pretende unir forças a outros trabalhos que, sob diferentes abordagens teóricas e empíricas, investigam formas alternativas de organização social e de produção, tomando como objeto os coletivos de trabalhadores-artistas no Brasil e em Portugal, com destaque para os coletivos teatrais. A noção de trabalhador-artista refere-se àqueles que têm consciência da sua condição de trabalhador e atuam estética e politicamente a partir dessa condição. Para compreender os sentidos desse coletivismo, utilizou-se uma estratégia metodológica que integrou a análise de fontes históricas, estatísticas e documentais, realização de um inquérito por questionário, entrevistas, observação participante e o aprofundamento de dois estudos empíricos. O coletivismo é analisado sob a dupla perspectiva das formas de organização coletiva da produção e das dinâmicas de ação coletiva, o que por sua vez se articula com o contexto geral das relações de trabalho e produção no neoliberalismo. A problematização de nossa abordagem situa-se entre o processo de precarização do trabalho, as estratégias de auto-organização e a transformação social emancipatória. / This research intends to join forces with other works that, from different theoretical and empirical approaches, investigate alternative forms of social and production organization, taking as object the collectives of artist-workers in Brazil and Portugal, notably the theater collectives. The notion of artist-worker relates to those who are self-conscious of their condition as workers and act politically and aesthetically from that condition. In order to understand the meanings of this collectivism, the methodological strategy integrated the analysis of historical, statistical and documentary sources, conducting a survey, interviews, participant observation and the deepening of two empirical studies. Collectivism is envisaged under the double perspective of the forms of collective organization of production and the dynamics of collective action, which in turn relates to the general context of work and production relations within neoliberalism. Our issue lies between the process of work precariousness, self-organizing strategies and emancipatory social transformation.
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Práticas e sentidos das cooperativas de trabalho: um estudo a partir da economia solidáriaAnjos, Eliene Gomes dos 18 April 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-04-18 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Neste estudo, investigamos as cooperativas de trabalho da economia solidária. Objetivamos examinar as relações de trabalho e o sentido que esse adquire, para avaliar em que medida e baseados em quais condições as práticas e sentidos representam avanços efetivos para a emancipação dos(as) trabalhadores(as). Para tanto, nos utilizamos da pesquisa quantitativa, com dados do Primeiro Mapeamento Nacional dos Empreendimentos Econômicos Solidários, realizado entre 2005 e 2007; e da pesquisa qualitativa, com a observação direta nos circuitos da economia solidária e quatro estudos de caso. Com base no subconjunto da base de dados, formado somente pelas cooperativas que declararam ter sócios(as) trabalhando no empreendimento e que realizavam a produção ou a prestação de serviços no coletivo, dispusemos de um banco com 1.257 cooperativas para análise. Essa etapa da investigação demonstrou que essas cooperativas enfrentam inúmeras dificuldades para alcançar um desempenho econômico que assegure os direitos sociais, limitando-se, a maioria delas, a remunerarem os/as trabalhadores(as) por produtividade ou horas trabalhadas. Por outro lado, constatamos que as cooperativas ampliaram a participação política dos(as) trabalhadores(as) ao se inserirem nos espaços de reivindicação política da economia solidária e com as demandas em seu entorno. Já a pesquisa qualitativa, realizada em Salvador e em eventos da economia solidária, referendou o quadro descrito com os dados estatísticos, contribuindo para demonstrar que as pessoas que estão nestas experiências são, em sua maioria, mulheres, negras(os), trabalhadores(as) com baixa ou nenhuma qualificação profissional. Em outros termos, verificamos que os/as trabalhadores(as) associados(as) são oriundos de segmentos que historicamente vivenciam processos de exclusão, inseridos(as) em ocupações informais. Nesse contexto, as cooperativas de trabalho da economia solidária propiciam uma situação contraditória. Ao mesmo tempo em que o trabalho associado assume um sentido emancipatório ? uma vez que os/as trabalhadores(as) participam das tomadas de decisão, gestionam coletivamente o empreendimento e se apropriam dos seus resultados ?, também impele à intensificação desse trabalho, caracterizado pela instabilidade, aproximando-se, dessa forma, do trabalho precário. Não obstante, os segmentos que dispõem sua força de trabalho nessas cooperativas conseguiram avanços nas condições de trabalho, se comparadas às formas laborais praticadas anteriormente. No que se refere aos direitos sociais, essas cooperativas ainda têm um longo percurso, pois não conseguiram viabilidade econômica que pudesse assegurar-lhes a sobrevivência. Logo, se impõe a necessidade de uma nova regulação para que esses segmentos não continuem inseridos no trabalho precário e apartados da proteção social, situação essa que persiste nos percursos ocupacionais daqueles(as) que hoje se utilizam da autogestão para garantirem sua reprodução. / In the present study, we investigated the labor cooperatives of solidarity economy. The aim of the sudy was to examine the labor relations and the meaning that labor takes, in order to assess to what extent and under what conditions the practices and meanings represent effective advances toward workers emancipation. To that end, we relied on quantitative research with data from the first nationwide mapping of solidarity economy enterprises, conducted between 2005 and 2007, and on qualitative research based on direct observation in the circles of solidarity economy, as well as four case studies. From the database subset consisting exclusively of cooperatives that claimed to have members working in the enterprise and to undertake collective production or rendering of services, we had data of 1257 cooperatives available for analysis. This step of the investigation revealed that those cooperatives face countless hardships to achieve such economic performance as to guarantee the workers social rights, and are limited, in most cases, to paying their workers on the basis of productivity or hours worked. On the other hand, we found that the cooperatives have widened the political participation of workers as they have been included in the spaces of political claims of solidarity economy and the demands surrounding it. The qualitative research, conducted in Salvador and during solidarity economy events, corroborated the picture drawn by the statistical data, thus contributing to demonstrate that the people involved in those experiences are mostly women, black individuals, workers with no or low professional qualification. In other words, we found that the associated workers come from segments of the population that have historically experienced processes of exclusion and were involved in informal occupations. In that context, solidarity economy labor cooperatives create a contradictory instance. While associated labor carries a sense of emancipation, since the workers take part in the decision-making process, manage the enterprises collectively and share their outcomes, it also promotes the intensification of that form of labor, which is marked by instability ? thus resembling precarious work. Nevertheless, the segments that contribute their workforce to those cooperatives accomplished advances in working conditions when compared with the forms of labor formerly exercised. As far as social rights are concerned, those cooperatives still have a long way to go, since they have not achieved economic viability to assure those rights. Therefore, the need for a new regulation is imperative in order to prevent precarious work and alienation from social protection ? a situation often encountered in the occupational paths of those who currently resort to selfmanagement to ensure their reproduction.
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Educação do campo e agroecologia: emancipação e resistência camponesa a partir da formação popular - caso da escola latino americana de agroecologia - ELAA / Education of the countryside and agroecology: peasant emancipation and resistance based on popular education - the case of the Latin-American School of Agroecology (ELAA)Souza, Alessandra Silva de 27 September 2018 (has links)
Este trabalho analisa uma experiência em Educação do Campo e Agroecologia, partindo da compreensão de que, para se contrapor à hegemonia do capital sobre a produção e as relações sociais no campo, o campesinato precisa produzir um conhecimento contra-hegemônico e uma produção que atinja as suas reais necessidades: educação popular e produção limpa. O objeto de nossa análise foi curso superior de Tecnólogo em Agroecologia desenvolvido na Escola Latino Americana de Agroecologia ELAA, situada no Assentamento Contestado em Lapa/PR. Esse curso foi viabilizado a partir da luta e pressão política dos movimentos sociais vinculados à Via Campesina, que impulsionaram os governos venezuelano e brasileiro a estabelecer um acordo de cooperação no ano de 2005 e é realizado com base em recursos disponibilizados pelo Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária PRONERA. Buscamos compreender se a ELAA, que se propõe a ser um projeto para emancipação social e resistência camponesa a partir da Educação do Campo, alcança tal objetivo. Nossa abordagem traz a contextualização desse território e as relações sociais ali estabelecidas a auto-organização do assentamento e da ELAA, a hierarquização presente nestes espaços e a formação recebida. Nos remetemos à educação popular, à pedagogia da alternância, bem como às reflexões e práticas desenvolvidas ao longo da recente história da Educação do Campo. A formação em Agroecologia oferecida pela ELAA foi analisada com base em bibliografia especializada, documentos da escola e dos movimentos sociais, entrevistas dos(as) colaboradores(as), educadores(as), educandos(as), etc. Neste processo vislumbramos que a Agroecologia por si só já é uma forma de resistência camponesa e que a formação na ELAA é uma construção social cotidiana que se torna uma experiência com potencial emancipador para os camponeses a partir da aceitação da necessidade de sua constante reflexão e reestruturação por parte dos sujeitos envolvidos. / This study analyzes an initiative in Education of the Countryside and Agroecology. It builds on the premise that in order to oppose the hegemony of capital over production and social relations in the countryside, the peasantry needs to produce counter-hegemonic knowledge and a type of production that fulfills its real necessities: popular education and clean production. The focus of our analysis is the Bachelor of Technology in Agroecology offered at the Latin-American school of agroecology ELAA, located in the Contestado agrarian reform settlement in Lapa, Paraná (Brazil). This program was created from struggle and political pressure enacted by social movements linked to La Via Campesina, which prompted the Venezuelan and Brazilian governments to establish a cooperation agreement in 2005. It is implemented with funds made available through the National Program of Education in Agrarian Reform PRONERA. We seeked to understand if ELAA, which sets itself as an objective to be a project for social emancipation and peasant resistance based on Education of the Countryside, reaches this goal. Our approach contextualized this territory and the social relations established there the settlements and ELAAs self-organization, the hierarchies present in these spaces, and the training offered in itself. We refer to popular education, alternance pedagogy as well as reflection and practices developped throughout Education of the Countrysides recent history. The training in Agroecology offered at ELAA was analyzed based on specialized literature, documents produced by the school and social movements, interviews with collaborators, educators and students, etc. In this process, we can see that Agroecology in itself is already a type of peasant resistance and that the training offered at ELAA is a daily social construction. This experience gains emancipatory potential for peasants starting with these subjects acceptation of the necessity of its constant questioning and restructuration.
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Psychothérapie et émancipation sociale : une exploration éthique et sociologiqueGirard, Lucie 01 1900 (has links)
Cette thèse théorique porte sur la psychothérapie et en particulier sur deux formes - la psychanalyse et la thérapie brève de l'école de Palo Alto - qu'elle entend examiner dans le cadre de débats portant principalement sur les efforts métathéoriques pour penser la modernité, la postmodernité et les phénomènes qui les accompagnent: rationalisation, individualisation, scepticisme ou relativisme cognitif et moral. Il est proposé que la psychothérapie puisse être considérée, au-delà de ce qui a été dit sur le caractère essentiellement narcissique de cette pratique, comme une contribution à l’émancipation sociale en favorisant le développement moral des personnes. Il s’agit ici de montrer que l’on peut faire une autre lecture de cette réalité, et ce à l’aide de ressources fournies par la tradition sociologique. Ce développement moral des personnes serait favorisé par un fonctionnement autoréflexif et des compétences communicationnelles, ces dernières traduisant, dans la pensée d’Habermas, la conscience morale. Mais pour qu’il y ait fonctionnement autoréflexif, il faut pouvoir accepter une capacité à connaître, à se connaître, ce que n’admettent pas d’emblée les thérapies influencées par le postmodernisme. Or l’examen des discours tenus par les praticiens eux-mêmes sur leurs pratiques révèle une influence du postmodernisme, que ce soit sous la forme du constructivisme, du constructionnisme social ou plus généralement d’un certain scepticisme et d’un refus concomitant de l'expertise et de l'autorité, une situation paradoxale pour une pratique professionnelle. Les deux formes de thérapies retenues censées représenter les deux pôles de l'intervention thérapeutique - le pôle technique, stratégique et le pôle expressiviste, communicationnel – sont examinées à la lumière de propositions mises de l’avant par Habermas, notamment sur les rationalités stratégique et communicationnelle ainsi que la situation idéale de parole. La psychothérapie apparait ici comme une contribution inestimable à une rationalisation du monde vécu. Forte d’un approfondissement des notions de modernité et de postmodernisme, l’exploration se poursuit avec une critique détaillée d’ouvrages de Foucault portant sur les pratiques disciplinaires, la grande objection à concevoir les psychothérapies comme émancipatrices. La thèse tend à démontrer que ces analyses ne reflètent plus une situation contemporaine.
Enfin, la thèse examine le débat entre Habermas et Foucault sous l'angle des rapports critique-pouvoir : si le savoir est toujours le produit de rapports de pouvoir et s’il a toujours des effets de pouvoir, comment peut-il prétendre être critique ? Il en ressort que l'œuvre d’Habermas, en plus de posséder beaucoup plus d'attributs susceptibles d'appuyer la problématique, offre une théorisation plus équilibrée, plus nuancée des gains liés à la modernité, tandis que Foucault, outre qu'il n'offre aucun espoir de progrès ou gains en rationalité, nous lègue une conception du pouvoir à la fois plus réaliste (il est imbriqué dans toute communication et toute interaction), mais plus fataliste, sans possibilité de rédemption par le savoir. La thèse se conclut par un retour sur la notion d’individualisme avec L. Dumont, Lipovetsky, Taylor, ainsi que Bellah et al. pour discuter des phénomènes sociaux liés, pour certains critiques, à l’existence des psychothérapies, notamment l’instrumentalité des relations. / This theoretical thesis is about psychotherapy and particularly about two forms - psychoanalysis and brief therapy as conceived by the Palo Alto group – which are examined within debates bearing on metatheoretical efforts to think modernity, postmodernity and related phenomena: rationalization, individuation, scepticism or cognitive and moral relativism. As an alternative to popular ideas suggesting that psychotherapy is essentially a narcissistic practice, the proposed thesis is that psychotherapy could also be considered an emancipatory practice on a social level by contributing to the moral development of individuals. This is demonstrated using resources supplied by the sociological tradition, especially the notion of rationalization. This moral development of individuals would be emphasized by self-reflexive functioning and communicative competences, this last term representing moral consciousness in Habermas’ thinking. But in order that there be self-reflexive functioning, one has to accept the idea that one has a capacity to know and to know himself or herself, an idea which is not clearly accepted by self-proclaimed «postmodern» therapies at the turn of the millennium. An examination of discourses held by practitioners reveals an influence by postmodernism, whether in the form of constructivism, social constructionism or more generally scepticism with a related refusal of expertise and authority, a paradoxical situation for a professional practice. The two forms of therapy examined are presumed to represent the opposite poles of typical rationalities regarding therapeutic change: the strategic-technical vs the expressive-communicational. The therapies are naturally compared and evaluated against proposals put forward by Habermas regarding, among others, the two distinct rationalities that he sees at work in late modern societies and the ideal speech situation. Psychotherapy appears in this context as a most valuable contribution to Lifeworld rationalization. Having defined and evaluated the notions of modernity and postmodernism to grasp the intellectual background to key postures in postmodern therapies, the theoretical exploration continues with a critical and detailed examination of works by Foucault bearing on disciplinary practices, the great objection to seeing psychotherapy as emancipatory. The examination tends to show that his analysis does not reflect the contemporary situation regarding psychotherapy. The thesis examines also the Habermas-Foucault debate on critique and power: if knowledge is always the product of power relations and if it always has power effects, how can it practice critique? The work of Habermas offers not only more support to the general thesis but also a more differentiating and more well-balanced theorization of modernity, while Foucault, besides that he offers no hope of progress or gains in rationality, bequeaths us a more realistic conception of power – it is a part of all communication and interaction – but also more fatalist, without possibility of redemption by knowledge. The thesis ends with a review of the notion of individualism with L. Dumont, Lipovetsky, Taylor and Bellah et al. to discuss social phenomena associated by certain critics to psychotherapy, notably instrumental relations.
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Por uma sociologia das emergências: perspectivas emancipatórias nos territórios de produção das ausências amazônicasLacerda, Luiz Felipe Barboza 29 March 2016 (has links)
Submitted by Silvana Teresinha Dornelles Studzinski (sstudzinski) on 2016-06-13T19:11:38Z
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Previous issue date: 2016-03-29 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos / A tese parte de determinada análise sócio-histórica da Amazônia ao questionar: Como o Estado brasileiro tem estabelecido relações com os povos nativos da Floresta? Quais as implicações das intervenções propagadas pelo Estado e demais entidades de apoio nesses territórios? De que maneira e com que estratégias os povos indígenas e ribeirinhos lidam com o avanço das práticas exploratórias sobre suas culturas e territórios? Asseveramos que o processo denominado “progresso” concebe a Floresta enquanto um empecilho à sua noção de desenvolvimento, estabelecendo com ela uma relação utilitarista, de nexo comercial e gerando a invisibilidade social das populações que Nela residem. O estudo se propõe a discutir o que é necessário para que tais populações possam tomar frente dos processos de intervenção em seus territórios. Para tanto buscamos avaliar se os princípios da cooperação, da solidariedade e da autogestão podem auxiliar e em que medida, na construção de coletivos comunitários capazes de exercer este protagonismo em busca de desejada Emancipação Social e Bem Viver. Ao longo do percurso, percebeu-se que não basta pensarmos outras formas de intervir, mas também é imperativo inovar nas formas de avaliar as intervenções. Para tanto, empreendemos intensa e minuciosa imersão em vinte comunidades indígenas e ribeirinhas do Alto Solimões, realizando visitas, observações, além de vinte duas entrevistas, onze grupos focais e o trabalho sobre quatro narrativas de histórias de vida. Para esta imersão, fazemos uso do olhar da Samaúma, da Onça e da formiga Tucandeira, posturas metafóricas extraídas da realidade da Floresta para melhor compreendê-la. / This thesis starts from some questions to make a social-historical analysis of Amazon. How the Brazilian state, over time, has established relations with the native peoples of the Amazon Forest? What are the implications of interventions carried out by the State and other civil actors in these territories? How and with what strategies indigenous peoples and river-dwelling communities deal with the advancement of the exploitative capitalist practices over their cultures and territories? We assert that the process called "progress" sees the forest as an obstacle to its notion of development, establishing with it a utilitarian relationship, based on commercial nexus, generating social invisibility to people that lives in it. For such populations, emancipating themselves means to seek autonomy and sovereignty on basic and reproductive aspects of everyday life, precisely in what public policies did not managed to build in the Amazon territories. The thesis aims to discuss what is needed for such populations to take the lead of the intervention processes in their territories, in order to direct investments to what they believe foster real emancipation and development, in their own terms. The hypothesis we worked with is that the principles of cooperation, solidarity and self-management are effective tools in building stronger communities, able to take these processes forward in pursuit of their goals of Good Living. We noticed that it’s not enough to think of new forms of intervention, but it is also imperative to innovate in ways we evaluate these interventional practices. To demonstrate these hypotheses, as well as its consequences, we undertook intense and thorough immersion in twenty-two indigenous and river-dwelling communities in the Alto Solimões, Amazon territory of production of absences. For this immersion, we used the Samaúma’s, the Onça’s and the Tucandeira Ant’s looks, metaphors drawn from the forest reality, in order to better understand it.
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Serviço social e a ação sócio-pastoral da Igreja Católica: assistência, promoção humana e emancipação socialSilva, Edson Gonçalves Pelagalo Oliveira 14 May 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-05-14 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The Catholic Church has had a fundamental importance in Brazilian society from its arrival with the Portuguese colonization to the present day. In addition to religious matters, it provides countless assistance actions and services to individuals or families in situation of social vulnerability. The relationship between the Catholic Church and Social Work begins in the 1930‟s with the establishment of the Center for Studies and Social Action CEAS, followed by the creation of the Social Work course and the foundation of the Pontifical Catholic University of São Paulo PUC-SP and many social and pastoral initiatives. The ecclesiastical social action is revealed in actions, services, programs, campaigns and projects concentrated on dimensions such as social assistance, human promotion and social emancipation. It involves a series of institutional actors and social subjects dedicated to promoting and guaranteeing human dignity and the fundamental rights to life. Those issues are addressed from the perspective of the Charity Seminar sponsored by the Archdiocese of São Paulo since the year 2000. The actions analyzed correspond to data from Ipiranga Episcopal Region / A Igreja Católica tem fundamental importância na sociedade brasileira desde sua chegada com a colonização portuguesa até os dias atuais. Além das questões religiosas, vem respondendo por inúmeras ações e serviços assistenciais de atendimento a indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade social. A relação Igreja Católica e Serviço Social inicia-se a partir dos anos 30 com a formação do Centro de Estudos e Ação Social CEAS, depois com a criação do curso de Serviço Social e fundação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC-SP, e pelas inúmeras iniciativas de ações sociais e pastorais. A ação social eclesial revela-se com ações, serviços, programas, campanhas e projetos concentrados em dimensões como da assistência social, promoção humana e emancipação social. Envolve inúmeros atores institucionais e sujeitos sociais que se dedicam na promoção e garantia da dignidade humana e dos direitos fundamentais à vida. Estas questões são abordadas a partir do Seminário da Caridade promovido pela Arquidiocese de São Paulo a partir do ano 2000. As ações analisadas correspondem aos dados da Região Episcopal Ipiranga
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[en] SOCIALENVIRONMENTAL EMANCIPATION: FOR A CRITICAL ENVIRONMENTAL THEORY / [pt] EMANCIPAÇÃO SOCIOAMBIENTAL: POR UMA TEORIA CRÍTICA AMBIENTALFRANCLIM JORGE SOBRAL DE BRITO 19 December 2017 (has links)
[pt] Emancipação socioambiental: por uma Teoria Crítica Ambiental busca discutir hermeneuticamente os contrastes da emancipação social oriunda da tradição marxista da Escola de Frankfurt em suas duas versões, sistematizadas por Theodor Adorno e Max Horkheimer - a primeira radicada no materialismo
interdisciplinar e a segunda balizada pelo contexto da razão instrumental - e dos teóricos-críticos contemporâneos, como Boaventura Souza Santos. A começar pela análise analítico-descritiva, desenvolve-se o tema apresentando o status quo da emancipação social desde a conceituação da racionalidade instrumental como efetivo paradigma do sistema capitalista. Em seguida, estudam-se as influências dessa modalidade racional a partir dos pressupostos ético-políticos que a consubstanciam, a saber, os Direitos Humanos, a dignidade da pessoa humana e os modelos democráticos hegemônicos, a fim de se constatar os limites da emancipação social no enredo desenvolvimentista-liberal. Uma vez estruturado o contexto crítico da emancipação social pelas contingências teóricas e críticas, desvela-se a crise ambiental proveniente do modo de produção capitalista, fundamentado na instrumentalidade técnico-científica, a fim de se descobrir o socioambientalismo como novo interlocutor da ação política no que se refere à
emancipação socioambiental. Para tanto, o texto projeta-se dialeticamente nas perspectivas emancipatórias presentes na racionalidade socioambiental, em oposição à racionalidade instrumental, e se serve da análise descritiva das ferramentas de cooptação economicista ambiental para justificar que a crise
ecológica hodierna, parametrizada pela cientificidade capitalista e seus derivados - sobretudo a desigualdade dos atores sociais, o aumento da pobreza e a degradação ambiental -, tem consistentes pontos convergentes e demanda politicamente novos saberes. O modelo de ação política em que se situa o texto está referenciado pelo ecossocialismo, posicionando a ecologia política como precursora de uma nova cultura social e ambiental lastreada pelo conceito coletivista do modo de existir com os outros - humanos e não-humanos. À guisa de conclusão, tem-se a atualização do pressuposto da Teoria Crítica no que se
refere à sua dimensão principiológica: a emancipação socioambiental como possibilidade de se compreender as complexidades do tempo presente e de ser capaz de reinterpretar e resignificar, a partir de matrizes políticas, sociais e ambientais, a racionalidade socioambiental como pressuposto de uma configuração da relação homem-natureza. / [en] Social-Environmental Emancipation: for a Critical Environmental Theory tries to hermeneutically discuss the contrasts of social emancipation from the Marxist tradition of the Frankfurt School in its two versions, systematized by Theodor Adorno and Max Horkheimer - the first one taking root in the interdisciplinary materialism and the second one marked by the context of the instrumental reason -, and of the contemporary theoretical-critical ones such as Boaventura Souza Santos. Starting from the analytical-descriptive assessment, the subject is developed by presenting the status quo of social emancipation from the conceptualization of instrumental rationality as an effective paradigm of the capitalist system. Then, the influences of this rational modality are studied from the ethical-political assumptions that substantiate it, that is, Human Rights, the dignity of the human being and the hegemonic democratic models, in order to
define the limits of social emancipation in the developmental-liberal scenario. Once the critical context of social emancipation through theoretical and critical contingencies has been structured, the environmental crisis from the capitalist production mode, based on the technical-scientific instrumentality, is unveiled so
that the social environmentalism is discovered as a new interlocutor of the political action in what regards the social-environmental emancipation. On that purpose, the text dialectically projects itself in the emancipatory perspectives found in the social-environmental rationality, as opposed to the instrumental
rationality, and uses the descriptive analysis of the environmental economicsbased co-optation tools to justify the fact that the current ecological crisis, parameterized by the capitalist scientificity and its derivatives – especially the inequality of the social actors, increasing poverty and environmental degradation - has consistent convergent points and politically demands new knowledge. The
political action model in which the text is located is referred by ecosocialism, positioning political ecology as precursor of a new social and environmental culture based on the collectivist concept of the way of existing with the others - human and non-human.To conclude, the Critical Theory assumption is updated in
what regards its principiologic dimension: the social-environmental emancipation as a possibility to understand the complexities of the present times and to be able to reinterpret and give a new meaning, from political, social and environmental matrixes, to the social-environmental rationality as an assumption for a configuration of the man-nature relationship.
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[en] ANALYSIS OF THE BOLSA FAMÍLIA PROGRAM IN LIGHT OF THE THEORY OF JUSTICE OF NANCY FRASER / [pt] ANÁLISE DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA À LUZ DA TEORIA DE JUSTIÇA DE NANCY FRASERFRANCISCO HAAS 04 November 2016 (has links)
[pt] A presente tese de pesquisa doutoral estará alicerçada no conceito tridimensional de justiça desenvolvido pela filósofa contemporânea da teoria crítica - Nancy Fraser. O objetivo é investigar os impactos que o Programa Bolsa Família - PBF - gerou na diminuição das desigualdades sociais na vida das famílias beneficiárias quanto aos aspectos da redistribuição, do reconhecimento e da participação paritária. Realizamos análise bibliográfica das pesquisas feitas sobre o Programa Bolsa Família do ano de 2003 a 2014. O percurso teórico desta tese buscou o aprofundamento dos conceitos de pobreza e de exclusão social, a análise do processo de desenvolvimento brasileiro e das políticas públicas para o enfrentamento das desigualdades sociais nas décadas de 60 a 90, focalizando também a experiência da transição democrática pós-Constituição Federal de 1988. Levamos em consideração os princípios constitucionais de 1988 e os tratados internacionais que respaldam a responsabilidade do Estado e da sociedade brasileira para a implantação de políticas sociais como o Programa Bolsa Família. Concluímos que o PBF produziu resultados importantes na vida dos beneficiários, garantindo a justiça redistributiva e de reconhecimento e potencializando essas pessoas para a paridade participativa como sujeitos integrais na sociedade. Reconhecemos o avanço do desenho institucional da política social brasileira, proporcionado pelo PBF, inaugurando assim um novo modelo de proteção social,
capaz de identificar a vulnerabilidade social das famílias brasileiras em situação de pobreza e de articular a redistribuição de renda e o reconhecimento, por meio do Sistema Único da Assistência Social - Suas. / [en] This doctoral research thesis is founded on the three-dimensional concept of justice developed by contemporary philosopher of critical theory Nancy Fraser. The objective is to investigate the impact that the Bolsa Família Program (PBF) generated in the reduction of social inequalities in the lives of beneficiary families considering aspects of redistribution, recognition and equal participation. An literature review of research was conducted on the Bolsa Família Program from 2003 to 2014. The theoretical path of this thesis aimed the investigation of the concepts of poverty and social exclusion, the analysis of the Brazilian development process and the public policies for dealing with social inequalities from the 60 s to the 90 s also focusing on the democratic transition experience post-constitution of 1988. We took into account the constitutional principles of 1988 and international treaties that support the responsibility of the Brazilian State and society to the implementation of social policies such as the Bolsa Família Program. We concluded that the PBF produced important results in the lives of the beneficiaries, ensuring redistributive and recognition justice, empowering those people to participatory parity as integral individuals in society. We recognize the progress of the institutional design of the Brazilian social policy, provided by the PBF, starting a new model of social protection, able to identify the social vulnerability of the Brazilian families in state of poverty and to articulate the redistribution of income and the recognition by the Single Social Assistance System - Suas.
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