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Assistência ao parto e presença do acompanhante: um estudo sobre as jovens do Inquérito Nacional sobre Parto e Nascimento - \"Nascer no Brasil / Assistance in childbirth and the companions presence: a study on the young women of the National Survey on Childbirth and Birth - \"Born in Brazil\".Raquel de Jesus Siqueira 16 February 2017 (has links)
Introdução: Estudos sobre a assistência ao parto de mulheres jovens são escassos no país, sobretudo considerando a perspectiva e especificidade das questões envolvidas sobre a reprodução na juventude e das práticas utilizadas com os preceitos da humanização do nascimento na assistência obstétricas voltada para as jovens. Sabe-se que adoção de práticas obstétricas úteis e a presença do acompanhante (suporte contínuo) durante o processo do nascimento traz benefícios aos desfechos maternos e perinatais. Estas práticas são consideradas como bons indicadores para avaliar a qualidade da assistência obstétrica prestada às mulheres. Objetivos: analisar a assistência obstétrica e a presença do acompanhante durante o trabalho de parto e parto das jovens de risco obstétrico habitual entrevistadas no Inquérito Nacional sobre Parto e Nascimento Nascer no Brasil, Região Sudeste; analisar a qualidade da assistência ao parto oferecida às jovens, a partir do exame dos dados sobre as práticas obstétricas; caracterizar a assistência ao parto e descrever a presença do acompanhante, segundo os dois grupos etários de jovens. Métodos: Estudo transversal, a partir dos dados do Inquérito Nacional sobre Parto e Nascimento Nascer no Brasil (NNB), com coleta de dados realizada entre os anos de 2011 e 2012. No presente estudo, a amostra foi composta por 1.212 mulheres jovens entrevistadas pelo inquérito NNB, pertencentes aos hospitais da região Sudeste. Os critérios de inclusão neste estudo foram: mulheres de risco obstétrico habitual com até 24 anos de idade. A análise e a comparação dos dados foram realizadas a partir de dois grupos de mulheres: mulheres entre 13 a 18 anos (adolescentes) e as mulheres entre 19 a 24 anos. A associação entre os grupos de jovens e as variáveis estudadas foi realizada pela análise descritiva bivariada. Foi verificada a associação entre os grupos por meio do teste de associação qui-quadrado de Pearson (x2), com nível de significância de 5 por cento (p < 0,05). Resultados: Foram encontradas altas prevalências de práticas prejudiciais para a condução do trabalho de parto e nascimento das jovens mulheres, como a posição de litotomia (93,6 por cento ), o uso do cateter venoso periférico (70,9 por cento ), restrição de dieta e líquidos (68 por cento ), amniotomia (57,1 por cento ), ocitocina (53,6 por cento ), episiotomia (49,9 por cento ) e a manobra de Kristeller (40,9 por cento ) e houve baixa utilização das práticas consideradas úteis e adequadas para a atenção ao parto, tais como: medidas não farmacológicas de alívio para dor (39,9 por cento ), contato pele-a-pele logo após o nascimento (35,5 por cento ), amamentação na sala de parto (21,3 por cento ) e posição não-supina (5,7 por cento ). Os índices foram capazes de caracterizar a assistência ao parto, demonstrando uma qualidade aquém da desejável. Apenas 25 por cento das jovens tiveram a presença do acompanhante conforme a lei 11.108/05. As jovens de 13 a 18 anos apresentaram prevalência maior de intervenções durante a assistência ao nascimento, apesar de terem sido mais acompanhadas em todos os momentos da internação, em relação as jovens de 19 a 24 anos. Conclusões: Constatou-se que o modelo de assistência oferecido às jovens foi marcado pela presença de intervenções desnecessárias e o baixo uso das boas práticas. A presença do acompanhante não esteve associada a uma menor magnitude de práticas prejudiciais ocorridas no trabalho de parto e parto das jovens / Background: Studies with regards to childbirth assistance of young women are scarce in our country, especially when considering the perspective and specificity of the issues involved in the reproduction among youth and the practices used with the precepts of the humanization of birth in obstetric care for young women. It is known that the adoption of useful obstetrical practices and the presence of the companion (i.e. continuous support) during the birth process bring benefits to both maternal and perinatal outcomes. Such practices are considered as positive indicators when assessing the quality of obstetric care provided to women. Objectives: To analyze obstetric care and the presence of the companion during labour and the delivery of young women at habitual obstetric risk interviewed in the National Birth and Birth Survey - \"Born in Brazil\"; to analyze the quality of delivery assistance offered to young women, based on the examination of data on obstetrical practices; to characterize delivery assistance and describe the presence of the companion, according to the two age groups of young women. Methods: A cross-sectional study based on data collected from the National Birth and Birth Survey - \"Born in Brazil\" (NNB), with data collection performed between 2011 and 2012. In the present study, the sample consisted of 1.212 young women interviewed by the NNB survey, belonging to hospitals located in the Southeast region. The inclusion criteria in such present study were: women of habitual obstetric risk up to 24 years of age. Data analysis and comparison were performed in two groups of women: women between the ages of 13 and 18 (adolescents) and women between the ages of 19 and 24. The association between the groups of young women and the studied variables was performed by the bivariate descriptive analysis. The association between the heretofore mentioned groups was verified by using the Pearson chi-square association test (x2), with a significance level of 5 per cent (p <0,05). Results: A high prevalence of harmful practices was observed with regards to the labour and delivery of young women, such as lithotomy (93,6 per cent ), peripheral venous catheter (70,9 per cent ), diet and fluid restriction (68,9 per cent ), myotomy (57,1 per cent ), oxytocin (53,6 per cent ), episiotomy (49,9 per cent ) and Kristeller Maneuver (i.e. uterine fundal pressure) (40,9 per cent ), (39,9 per cent ), skin-to-skin contact at birth (i.e. immediate contact between mother and the newborn immediately after birth) (35.5 per cent ), breastfeeding in the delivery room (21,3 per cent ), and non-supine position (5,7 per cent ). The indices were able to characterize delivery care, thus demonstrating a quality which is presented as not desirable. Only 25 per cent of the young women were accompanied by the accompanying person according to law 11.108/05. The young women aged between 13 and 18 presented higher interventions prevalence during birth care, although they were more often followed at all times of hospitalization, when compared to young women aged between 19 to 24 years of age. Conclusions: It was therefore found that the assistance model offered to young women was marked by the presence of unnecessary interventions and the low use of good practices. The presence of the companion had no influence on the magnitude of harmful practices during labour and the delivery of the young women
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Progesterona natural na prevenção do parto prematuro em gestação gemelar: estudo randomizado, duplo-cego, placebo controlado / Vaginal progesterone for the prevention of preterm birth in twin gestation: a randomized placebocontrolled double-blind studyHernandez, Wagner Rodrigues 16 December 2015 (has links)
OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi investigar o uso de progesterona natural vaginal para a prevenção de parto prematuro em gestações gemelares. Delineamento do estudo: foi realizado um estudo prospectivo, randomizado, duplo-cego, placebo controlado, que avaliou 390 gestações gemelares concebidas naturalmente entre mães sem história de prematuridade que estavam recebendo cuidados pré-natais em centro único. Mulheres com gestações entre 18 e 21 semanas e 6 dias foram aleatoriamente randomizadas para o grupo progesterona vaginal diária (200 mg) ou placebo até 34 semanas e 6 dias de gestação. O desfecho primário foi a diferença de idade gestacional média no parto; os resultados secundários foram a taxa de parto espontâneo < 34 semanas de gestação e a taxa de mortalidade e morbidade neonatal composta entre os grupos. RESULTADOS: As características gerais dos grupos foram semelhantes. A análise final incluiu 189 mulheres no grupo progesterona e 191 no grupo placebo. Nenhuma diferença (p=0,095) na idade gestacional média foi observada entre o grupo progesterona (35,08 ± 3,19 [DP]) e placebo (35,55 ± 2,85). A incidência de parto espontâneo com < 34 semanas de gestação foi de 18,5% no grupo de progesterona e 14,6% no grupo placebo (OR = 1,32; 95% intervalo de confiança, 0,24 - 2,37). Nenhuma diferença no resultado neonatal composto e mortalidade foi observada entre a progesterona (15,5%) e o grupo placebo (15,9%) (odds ratio, 1,01; 95% intervalo de confiança, 0,58 - 1,75). CONCLUSÃO: Em gestação gemelar, população não selecionada, o uso de progesterona natural micronizada 200mg/dia não reduz a incidência de parto prematuro espontâneo / OBJECTIVE: The purpose of this study was to investigate the use of vaginal progesterone for the prevention of preterm delivery in twin pregnancies. STUDY DESIGN: We conducted a prospective, randomized, double-blind, placebo-controlled trial that involved 390 naturally conceived twin pregnancies among mothers with no history of preterm delivery who were receiving antenatal care at a single center. Women with twin pregnancies between 18 and 21 weeks and 6 days\' gestation were assigned randomly to daily vaginal progesterone (200 mg) or placebo ovules until 34 weeks and 6 days\' gestation. The primary outcome was the difference in mean gestational age at delivery; the secondary outcomes were the rate of spontaneous delivery at < 34 weeks\' gestation and the rate of neonatal composite morbidity and mortality in the treatment and no treatment groups. RESULTS: The baseline characteristics were similar in both groups. The final analysis included 189 women in the progesterone group and 191 in the placebo group. No difference (P .095) in the mean gestational age at delivery was observed between progesterone (35.08 ± 3.19 [SD]) and placebo groups (35.55 ± 2.85). The incidence of spontaneous delivery at < 34 weeks\' gestation was 18.5% in the progesterone group and 14.6% in the placebo group (odds ratio, 1.32; 95% confidence interval, 0.24 - 2.37). No difference in the composite neonatal morbidity and mortality was observed between the progesterone (15.5%) and placebo (15.9%) groups (odds ratio, 1.01; 95% confidence interval, 0.58 -1.75). CONCLUSION: In non-selected twin pregnancies, vaginal progesterone administration does not prevent preterm delivery
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Por que 90%?: uma análise das taxas de cesárea em serviços hospitalares privados do município de São PauloPatah, Luciano Eduardo Maluf 27 February 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-02-27T00:00:00Z / The rates of cesarean section have shown a progressive growth in the last twenty years in several countries, including Brazil. Such fact, considered a public health problem, has raised questions about the factors involved in deciding the type of delivery. This study aimed to analyze the factors associated with the choice for cesarean sections in the Brazilian private health system, which has the highest rates in the world for this procedure. It was assumed that the way the obstetric practice is organized in this private health insurance system, which involves socio-cultural and economic factors of both pregnant women and doctors, would favor this situation. This analysis was carried out through interviews with 250 women who had given birth and with 171 doctors who had provided care to these patients. Results have shown a meaningful association between cesarean sections and a higher level of education, income greater than 10 minimum wages and employment among the women who were subjected to surgical procedures in 88% of the deliveries made. These patients showed high negotiation power with doctors, with whom they develop a close doctor-patient relationship: 80% of them considered they were participants in the decision making regarding the type of delivery and above 95% of satisfaction with the delivery made was found. Among the factors involved in the decision for a cesarean section by the patients, the possibility to schedule the delivery was the most relevant one. It was found that a considerable number of women changed their minds as to the type of delivery desired during the pregnancy, particularly among those who wanted normal delivery at the beginning and finally chose a cesarean section at the end of the gestation. For the doctors, main factors associated with the surgery were maternal insecurity regarding vaginal delivery, request for caesarean section made by pregnant women, form of remuneration for this kind of procedure and current medical training. When women doctors were asked what kind of delivery they would like to have if they were pregnant, 40% said they would choose the cesarean section. In spite of this preference, the cesarean section rate found among women doctors and doctors’ wives was lower when compared to the rate of this procedure among interviewed patients. We have noticed that a cesarean section is perceived as a safe means of birth both by the patients and the doctors. We have concluded, from the perception of two players within this health care chain, that the cesarean section rates reach figures around 90% due to the organization way of the obstetric practice inserted in the Brazilian private health care model, the socio-cultural characteristics of women assisted by this health system and the educational background of physicians. / As taxas de cesárea têm apresentado elevação progressiva nos últimos vinte anos em diversos países, inclusive no Brasil. Esse estudo objetivou analisar os fatores associados à escolha pela cesárea no sistema privado de saúde brasileiro. Esta análise foi feita por meio de entrevistas com 250 mulheres após o parto e com 122 médicos que prestaram assistência a essas pacientes. Os resultados demonstraram associação significativa entre a realização de cesáreas, maior nível de escolaridade, renda superior a 10 salários mínimos e emprego entre as mulheres, que foram submetidas a essa cirurgia em 88% dos partos realizados. O principal fator envolvido na decisão pela cesariana para as pacientes foi a praticidade em agendar o parto. Para os médicos, os principais fatores associados à realização da cirurgia foram a insegurança materna pelo parto vaginal, a solicitação de cesárea pela gestante, a forma de remuneração pelo procedimento e a formação médica atual. Concluímos, a partir da percepção de dois agentes dessa cadeia de assistência, que as taxas de cesárea atingem cifras ao redor de 90% em decorrência da forma de organização da prática obstétrica inserida no modelo privado de saúde brasileiro, das características sócio-culturais das mulheres assistidas por esse sistema de saúde e da formação dos profissionais de medicina.
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Impacto nas taxas de lacerações obstétricas do esfíncter anal com o uso restrito da episiotomia em um hospital escolaSchneider, Samanta January 2017 (has links)
Introdução: A laceração obstétrica do esfíncter anal (LOEA) está associado com incontinência anal. A episiotomia foi proposta como uma forma de proteção do esfíncter anal no parto, especialmente a episiotomia mediolateral; entretanto, diversos estudos mostraram que o uso de rotina da episiotomia não reduz o risco de LOEA. Objetivo: Este estudo tem por objetivo analisar se a redução na taxa de episiotomia em hospital escola no Brasil foi associada a um aumento na incidência de lacerações obstétricas do esfíncter anal, além de fatores associados a elas. Métodos: Estudo observacional, transversal e retrospectivo, realizado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Foram incluídos todos os partos vaginais de gestações únicas, apresentação cefálica, a partir de 34 semanas de idade gestacional, realizados em 2011-2012 (uso liberal da episiotomia) e 2015-2016 (uso restrito da episiotomia), e comparados em relação a taxa de episiotomia mediolateral e de LOEA. Resultados: foram analisados 4268 partos (2043 no período de 2011-2012, 2225 de 2015-2016), foram analisados 2043 partos. A taxa de episiotomia reduziu de 59.4% para 44.2% (p≤0.0001). No período 2011-2012, ocorreram 10 lacerações obstétricas do esfíncter anal em 2043 partos (0.48%), enquanto que no período 2015-2016, ocorreram 31 lacerações em 2225 partos (1.39%). Houve interação quando comparado os dois períodos em relação a realização de episiotomia e a ocorrência de LOEA (p≤0.0001). A episiotomia foi fortemente associada a não ocorrência de LOEA em 2011-2012 (59.5%), enquanto que não ter episiotomia foi associado ao grupo com (67.7%) e sem LOEA (55.7%) em 2015-2016. Fatores associados a LOEA foram indução do parto e distócia de ombro. Conclusão: Houve um aumento na taxa de lacerações do esfíncter anal com a diminuição da taxa de episiotomia. A episiotomia de rotina foi prote / Introduction: Obstetric anal sphincter tear (OAST) is associated with anal incontinence. Episiotomy was proposed as a form of protection of the anal sphincter at delivery, especially mediolateral episiotomy; however, several studies have shown that routine use of episiotomy does not reduce the risk of OAST. Objective: This study aims to analyse whether the reduction in the rate of episiotomy in a school hospital in Brazil was associated with an increase in the incidence of obstetric lacerations of the anal sphincter, in addition to associated factors. Methods: Observational, cross-sectional and retrospective study, conducted at Hospital de Clínicas, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil. We included all vaginal deliveries of single pregnancies, cephalic presentation, from 34 weeks of gestational age, performed in 2011-2012 (liberal episiotomy) and 2015- 2016 (restricted episiotomy), and compared in relation to the rate of mediolateral episiotomy and OAST. Results: 4268 births were analysed (2043 in 2011-2012 and 2225 in 2015-2016). The episiotomy rate decreased from 59.4% to 44.2% (p≤0.0001). In 2011-2012, there were 10 obstetric anal sphincter lacerations in 2043 births (0.48%), while in the period 2015-2016 there were 31 lacerations in 2225 births (1.39%). There was interaction when comparing the two periods in relation to the episiotomy and the occurrence of OAST (p≤0.0001). Episiotomy was strongly related to 2011-2012 group with no OAST (59.5%), while not having an episiotomy was related to both OAST (67.7%) and no OAST (55.7%) group in 2015-2016. Factors associated with OAST were labor induction and shoulder dystocia. Conclusion: There was an increase in the rate of lacerations of the anal sphincter with a decrease in the rate of episiotomy. Routine episiotomy was protective.
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Impacto nas taxas de lacerações obstétricas do esfíncter anal com o uso restrito da episiotomia em um hospital escolaSchneider, Samanta January 2017 (has links)
Introdução: A laceração obstétrica do esfíncter anal (LOEA) está associado com incontinência anal. A episiotomia foi proposta como uma forma de proteção do esfíncter anal no parto, especialmente a episiotomia mediolateral; entretanto, diversos estudos mostraram que o uso de rotina da episiotomia não reduz o risco de LOEA. Objetivo: Este estudo tem por objetivo analisar se a redução na taxa de episiotomia em hospital escola no Brasil foi associada a um aumento na incidência de lacerações obstétricas do esfíncter anal, além de fatores associados a elas. Métodos: Estudo observacional, transversal e retrospectivo, realizado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Foram incluídos todos os partos vaginais de gestações únicas, apresentação cefálica, a partir de 34 semanas de idade gestacional, realizados em 2011-2012 (uso liberal da episiotomia) e 2015-2016 (uso restrito da episiotomia), e comparados em relação a taxa de episiotomia mediolateral e de LOEA. Resultados: foram analisados 4268 partos (2043 no período de 2011-2012, 2225 de 2015-2016), foram analisados 2043 partos. A taxa de episiotomia reduziu de 59.4% para 44.2% (p≤0.0001). No período 2011-2012, ocorreram 10 lacerações obstétricas do esfíncter anal em 2043 partos (0.48%), enquanto que no período 2015-2016, ocorreram 31 lacerações em 2225 partos (1.39%). Houve interação quando comparado os dois períodos em relação a realização de episiotomia e a ocorrência de LOEA (p≤0.0001). A episiotomia foi fortemente associada a não ocorrência de LOEA em 2011-2012 (59.5%), enquanto que não ter episiotomia foi associado ao grupo com (67.7%) e sem LOEA (55.7%) em 2015-2016. Fatores associados a LOEA foram indução do parto e distócia de ombro. Conclusão: Houve um aumento na taxa de lacerações do esfíncter anal com a diminuição da taxa de episiotomia. A episiotomia de rotina foi prote / Introduction: Obstetric anal sphincter tear (OAST) is associated with anal incontinence. Episiotomy was proposed as a form of protection of the anal sphincter at delivery, especially mediolateral episiotomy; however, several studies have shown that routine use of episiotomy does not reduce the risk of OAST. Objective: This study aims to analyse whether the reduction in the rate of episiotomy in a school hospital in Brazil was associated with an increase in the incidence of obstetric lacerations of the anal sphincter, in addition to associated factors. Methods: Observational, cross-sectional and retrospective study, conducted at Hospital de Clínicas, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil. We included all vaginal deliveries of single pregnancies, cephalic presentation, from 34 weeks of gestational age, performed in 2011-2012 (liberal episiotomy) and 2015- 2016 (restricted episiotomy), and compared in relation to the rate of mediolateral episiotomy and OAST. Results: 4268 births were analysed (2043 in 2011-2012 and 2225 in 2015-2016). The episiotomy rate decreased from 59.4% to 44.2% (p≤0.0001). In 2011-2012, there were 10 obstetric anal sphincter lacerations in 2043 births (0.48%), while in the period 2015-2016 there were 31 lacerations in 2225 births (1.39%). There was interaction when comparing the two periods in relation to the episiotomy and the occurrence of OAST (p≤0.0001). Episiotomy was strongly related to 2011-2012 group with no OAST (59.5%), while not having an episiotomy was related to both OAST (67.7%) and no OAST (55.7%) group in 2015-2016. Factors associated with OAST were labor induction and shoulder dystocia. Conclusion: There was an increase in the rate of lacerations of the anal sphincter with a decrease in the rate of episiotomy. Routine episiotomy was protective.
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Intervenção fisioterapêutica na assistência ao trabalho de parto / Physiotherapy intervention during laborEliane Rodrigues Bio 24 October 2007 (has links)
A assistência ao trabalho de parto envolve constante atualização sobre as intervenções obstétricas benéficas e necessárias para o nascimento seguro. Neste sentido, há uma redescoberta das posturas verticais e da liberdade de movimento da parturiente como prática eficiente para facilitar o trabalho de parto. Paralelamente, há uma tendência mundial à valorização do parto vaginal, a despeito das altas taxas de cesárea em nosso meio. Nesse contexto, se insere a proposta de intervenção fisioterapêutica na assistência ao trabalho de parto, com o objetivo de avaliar a influência da mobilidade da parturiente sobre a progressão da fase ativa, sobre a evolução da dilatação cervical e para facilitar o parto vaginal. Foi realizado um ensaio clínico controlado prospectivo, com análise comparativa entre um grupo de estudo e um grupo controle, no Centro Obstétrico do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo. Os critérios de inclusão foram: primigestas em trabalho de parto espontâneo com pelo menos duas contrações a cada dez minutos e cérvico-dilatação de 3 a 4 cm; idade gestacional entre 37 e 42 semanas; feto único em apresentação cefálica fletida e concordância em assinar o termo de consentimento livre e esclarecido. Foram excluídas parturientes com patologias clínicas. As parturientes foram acompanhadas pela mesma fisioterapeuta durante toda a fase ativa e orientadas a manterem-se em posições verticais e em movimento coordenado, principalmente a mobilidade pélvica.O grupo controle teve acompanhamento obstétrico sem a presença do fisioterapeuta e foi selecionado retrospectivamente, a partir dos registros de prontuário, com os mesmos critérios de inclusão e exclusão. A amostra estudada foi de 132 parturientes: 70 no grupo de estudo e 62 no grupo controle. No grupo de estudo, 62 parturientes (89%) evoluíram para parto vaginal e oito (11%) para cesárea. Entre as parturientes que evoluíram para parto vaginal, 50 o fizeram sem uso de ocitócico e a média de duração da fase ativa foi de 5h16min, enquanto que no grupo controle foi de 8h28min (p<0,001);nenhuma parturiente fez uso de analgésicos durante a fase ativa, ao passo que no grupo controle 62% das parturientes necessitaram de fármacos (p<0,001); quanto a anestesia para o parto, nas parturientes do grupo de estudo 12% não fizeram uso de anestesia, 76% usaram anestesia entre 9 e 10 cm de dilatação; no controle, todas as parturientes usaram algum tipo de anestesia e 40% delas o fizeram entre 7 e 8cm de dilatação (p<0,001). As 12 parturientes que evoluíram para parto vaginal com uso de ocitocina durante a fase ativa, devido a hipoatividade uterina, tiveram, em média, 7h de fase ativa e o controle, 11h (p=0,059); o grupo de estudo iniciou mais tardiamente o uso de ocitocina e durante menos tempo(p<0,05); nenhuma parturiente fez uso de analgésicos, enquanto que no controle 83% usaram fármacos para analgesia (p<0,001). Concluiu-se que a ação na estrutura osteomuscular facilitou a progressão da fase ativa, a mobilidade pélvica promoveu a evolução da dilatação e o uso consciente do corpo favoreceu o parto vaginal. / Obstetrics intervention during labor involves a continuous up date on childbirth safety. Thus, vertical positions and free movements of woman, have been rediscovered as an efficient practice, to make easy the evolution of labor. Parallelly, there is a worldwide opinion supporting natural childbirth, despite the high scores of cesarean section in our country. This is the argument of physiotherapy intervention during labor for evaluate the influence of the maternal mobility on the progression of the active phase of labor, on the evolution of cervical dilatation and to facilitate the vaginal delivery. A prospective clinical trial was conducted through comparative analysis among a treatment group and a control group, in the Obstetric Center of the Hospital Universitário da Universidade de São Paulo. The inclusion criteria were: primigravidae with spontaneous labor with two uterine contractions every ten minutes and 3 or 4 cm of cervical dilatation; with 37 to 42 weeks of pregnancy; with a single fetus on cephalic presentation, besides the agreement to sign the free and informed consent term. Patients with clinical affections were excluded. Patients were assisted by the same physiotherapist during the whole active phase and encouraged to stay in vertical positions and to move in coordenation and specially pelvic mobility. Control group had an obstetric support without the presence of the physiotherapist and it was selected retrospectively, according to the same inclusion and exclusion criteria. 132 primigravidae were accompained: 70 in the treatment group and 62 in the control group. In the treatment group, 62 (89%) evolved to vaginal delivery and eight (11%) evolved to cesarean section. Among the patients who evolved to vaginal delivery, 50 didn\'t use ocitocina and the mean of active phase was 5h16min, and in the control group the mean was 8h28min (p<0,001); none of the patients used analgesics during the active phase, but in the control group 62% of the patients needed farmacos (p<0,001); as far as anesthesia for delivery is concearned, in the treatment group 12% didn\'t use any, 76% used anesthesia between 9 and10cm of dilatation; in the control group, all the patients used some kind of anesthesia and 40% of them did it between 7 and 8cm of dilatation (p<0,001). The 12 patients who evolved to vaginal delivery with ocitocina during the active phase, due to an uterine hipoactivity, had a mean of 7h duration active phase and the control group, 11h (p=0,059); the treatment group started later with the ocitocina and for a short period of time (p<0,05); none of the patients used analgesics whereas in the control group 83% used farmacos for analgesia (p<0,001). It follows that the intervention in the osteo and muscular structure facilited the progression of active phase, the pelvic mobility promoted the evolution of dilatation and the conscious use of the body improved the vaginal delivery.
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POSIÇÕES VERTICALIZADAS NO PARTO E A PREVENÇÃO DE LACERAÇÕES PERINEAIS: METANÁLISERocha, Bruna Dedavid da 18 August 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-08-18 / The model of obstetric and neonatal care at the national level, is experiencing important changes regarding the qualification and humanization of care. The importance of the insertion of obstetrical nurses in this scenario and the carrying out of research based on scientific evidence are highlighted. The objective was to perform a systematic review with meta-analysis to investigate whether the adoption of vertical positions by the woman, in childbirth, compared to the lithotomic position, prevents perineal lacerations. The first manuscript was an integrative review of literature, by searching the bases PubMed and Lilacs, on methods for prevention of perineal lacerations. The final sample consisted of 16 articles and emerged three thematic categories: factors related to the practice of episiotomy and the occurrence of perineal lacerations and indications for the performance, approach of the professional that provides assistance to normal delivery and strategies for prevention of perineal lacerations.The second manuscript concerns a systematic review. For this study, the Lilacs, Pubmed, Cinahl, Cochrane Library, Web of Science, Science Direct, Scopus, Google Schoolar and Open Gray databases were delineated as the main descriptors in english and portuguese: posture, second stage labor, posição and segunda fase de trabalho de parto. Moreover, only primary studies were carried out, which included parturients in active labor, who adopted vertical positions or lithotomic position at the time of delivery, and the prevention or not of perineal lacerations when adopting these positions. No temporal or language cut of studies was delimited. The relevance tests I and II were performed by two independent reviewers. The quality of the evidence was evaluated, according to the GRADE System, and meta-analysis of the results. Scientific evidence has emerged that it is not possible to say with certainty that vertical positions prevent perineal lacerations, compared to the lithotomic position. The product resulting from the research process is a systematic review with meta-analysis, which, based on evidence-based practice, is the best evidence available for clinical decision-making. / O modelo de assistência obstétrica e neonatal em âmbito nacional, está vivenciando mudanças importantes, referentes a qualificação e humanização da assistência. Destaca-se a importância da inserção de enfermeiras obstétricas nesse cenário e a realização de pesquisas baseadas em evidências científicas. Objetivou-se realizar uma revisão sistemática com metanálise, para investigar se a adoção de posições verticalizadas pela mulher, no parto, comparada à posição litotômica, previne lacerações perineais. Emergiram dois artigos da dissertação. O primeiro manuscrito realizado foi uma revisão integrativa de literatura, elaborada a partir do projeto de pesquisa. Foi realizada busca nas bases Pubmed e Lilacs, sobre métodos para prevenção de lacerações perineais. A amostra final foi composta de 16 artigos e emergiram três categorias temáticas quais sejam: fatores relacionados à prática da episiotomia e ocorrência de lacerações perineais e indicações para a realização; abordagem do profissional que presta assistência ao parto normal e estratégias para prevenção de lacerações perineais. O segundo manuscrito diz respeito a uma revisão sistemática. Para esse estudo foram elencadas as bases de dados Lilacs, Pubmed, Cinahl, Cochrane Library, Web of Science, Science Direct, Scopus, Google Schoolar e Open Gray e delimitados como principais descritores em inglês e português: posture, second stage labor, posição e segunda fase de trabalho de parto. Ainda, selecionou-se apenas estudos primários, que contemplassem parturientes em trabalho de parto ativo, que adotaram posições verticalizadas ou posição litotômica, no momento do parto, e a prevenção ou não de lacerações perineais ao adotarem essas posições. Não foi delimitado recorte temporal ou idioma dos estudos. Os testes de relevância I e II foram realizados por dois revisores independentes. Foi avaliada a qualidade da evidência científica dos estudos, de acordo com o Sistema GRADE, e realizada metanálise dos resultados. Emergiu a evidência científica de que não é possível afirmar com certeza, que as posições verticalizadas previnem lacerações perineais, quando comparadas à posições horizontais. O produto resultante do processo da pesquisa configura-se como revisão sistemática com metanálise, a qual, mediante a prática baseada em evidências, se fundamenta como a melhor evidência disponível para a tomada de decisão clínica.
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MensuraÃÃo ultra-sonogrÃfica do colo uterino versus Ãndice de bishop na prediÃÃo do parto vaginal apÃs induÃÃo com misoprostol / The transvaginal ultrasound cervical assessment and Bishop score, in the prediction of vaginal delivery after induction of labor with misoprostolJose Richelmy Brazil Frota AragÃo 19 December 2008 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Objetivos: comparar a mensuraÃÃo ultra-sonogrÃfica transvaginal do colo uterino e o Ãndice de Bishop, na prediÃÃo do parto vaginal apÃs induÃÃo do trabalho de parto com misoprostol 25mcg, assim como, determinar os principais fatores relacionados à evoluÃÃo para parto vaginal. Sujeitos e MÃtodos: realizou-se estudo de validaÃÃo de tÃcnica diagnÃstica na Maternidade-Escola Assis Chateaubriand da Universidade Federal do CearÃ, com 126 gestantes com indicaÃÃo para induÃÃo do trabalho de parto que foram avaliadas pelo Ãndice de Bishop e ultra-sonografia transvaginal para mensuraÃÃo cervical. As pacientes foram submetidas à ultra-sonografia obstÃtrica transabdominal, para avaliaÃÃo da estÃtica e peso fetais e Ãndice de lÃquido amniÃtico, e à cardiotocografia basal para avaliaÃÃo da vitalidade fetal. Procedeu-se à induÃÃo do trabalho de parto com misoprostol vaginal e sublingual, um dos comprimidos contendo 25mcg da droga e o outro apenas placebo. Os comprimidos foram administrados a cada seis horas, em um numero mÃximo de oito. A anÃlise estatÃstica foi realizada com o programa SPSS 10.0 (SPSS Co, Chicago, IL, USA), utilizando-se distribuiÃÃo de frequÃncias, mÃdias, desvios-padrÃo e medianas; assim como, anÃlise univariada e construÃÃo de curvas ROC, correlacionando Ãndice de Bishop e parto vaginal, e medida ultra-sonogrÃfica do colo uterino e parto vaginal. Em anÃlise multivariada foram pesquisadas outras variÃveis relacionadas ao parto vaginal. Resultados: atravÃs de curva ROC correlacionando a mensuraÃÃo do colo uterino por ultra-sonografia transvaginal e a evoluÃÃo para o parto vaginal, evidenciou-se uma Ãrea sob a curva de 0,513 com p=0,801. Outra curva ROC, analisando a relaÃÃo da avaliaÃÃo cervical pelo Ãndice de Bishop com o parto vaginal, demonstrou Ãrea sob a curva de 0,617 com p=0,025. AtravÃs de anÃlise de regressÃo logÃstica mÃltipla, evidenciou-se paridade ≥ 1, escore de Bishop ≥ 4 e presenÃa de lÃquido amniÃtico claro como associados à evoluÃÃo para o parto vaginal. ConclusÃes: a medida ultra-sonogrÃfica transvaginal do colo uterino nÃo foi boa preditora da evoluÃÃo para parto vaginal em pacientes com trabalho de parto induzido com misoprostol. O Ãndice de Bishop foi melhor preditor para parto vaginal nestas circunstÃncias. Os fatores preditivos mais importantes para parto vaginal, apÃs induÃÃo com misoprostol, foram paridade ≥ 1, Ãndice de Bishop ≥ 4 e presenÃa de lÃquido amniÃtico claro
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Efeito da eletroestimulação nervosa transcutânea no alívio da dor em nulíparas, na fase ativa do trabalho de parto / Effect of transcutaneous nervous electrical Stimulation for pain relief in nulliparous women in active phase of laborLicia Santos Santana 18 November 2011 (has links)
A eletroestimulação nervosa transcutânea (ENT) é um recurso que consiste em administrar impulsos ou estímulos elétricos de frequência variável, assimétricos ou simétricos de correntes bifásicas através de eletrodos superficiais aplicados sobre a região dolorosa. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da ENT no alívio da dor na fase ativa da dilatação, no trabalho de parto, e constatar o grau de satisfação das parturientes em relação à experiência vivida durante o estudo. Trata-se de um ensaio clínico randomizado e controlado com 46 parturientes, divididas em grupo controle (GC) e grupo de intervenção (GI). Todas as pacientes eram primigestas, com dilatação cervical de 4 cm, em trabalho de parto espontâneo, com contrações regulares para essa fase, sem uso de drogas ocitócicas ao longo do trabalho de parto, de baixo risco gestacional, com membranas ovulares íntegras e feto único. A aplicação da ENT foi feita pela pesquisadora responsável, fixando dois pares de eletrodos nas regiões paravertebrais, um nas raízes nervosas de T10 a L1 e outro par entre S2 e S4. Os parâmetros utilizados na ENT foram: frequência de 100 Hz, largura de pulso de 100 us, intensidade de acordo com a sensibilidade da paciente e duração da aplicação de 30 minutos contínuos. A avaliação da dor foi realizada imediatamente, antes e após a terapêutica, com a escala categórica numérica (ECN), a escala visual analógica (EVA), o diagrama corporal da localização e Questionário McGill na forma reduzida. No puerpério, além dessas avaliações, o grau de satisfação da paciente com relação à intervenção e a presença de um profissional de saúde durante a fase ativa do trabalho de parto foram pesquisados. Os resultados mostraram que houve diferenças estatísticas significantes entre os dois grupos estudados, com relação à intensidade da dor, após a aplicação da ENT, com apenas 34% das pacientes do GI mantendo a classificação da dor como 7 ou mais, em contraste com 83% das pacientes do GC. Por outro lado, não houve diferenças estatísticas em relação à localização da dor, após a aplicação da ENT. As parturientes do GI ficaram mais satisfeitas com a experiência vivida e com o suporte contínuo recebido, durante o período estudado. Os resultados maternos e perinatais foram semelhantes nos dois grupos estudados. Os resultados encontrados demonstram que a aplicação da ENT, no início da fase ativa do trabalho de parto, alivia a dor das parturientes. Além disso, a presença de suporte contínuo exerce efeito positivo sobre as pacientes submetidas a essa intervenção / The transcutaneous electrical nervous stimulation (TENS) is a resource that consists of administering electrical impulses or stimuli of variable frequency, asymmetric or symmetric of two-phase chains to superficial electrodes applied on the painful region. The objective of this study was to evaluate the effect of TENS for pain relief during the active phase of cervix dilation in labor and to assess the degree of maternal satisfaction related to the experience during the study. This is a randomized controlled trial with 46 pregnant women, divided into control group (CG) and intervention group (IG). All patients were primiparous with cervical dilation of 4 cm in spontaneous labor with regular contractions for this phase without the use of oxytocic drugs during labor, lowrisk pregnant women with intact membranes and a single fetus. The application of the TENS was made by the researcher in charge, setting two pairs of electrodes in the paravertebral regions, at the level of the nerve roots from T10 to L1 and another pair between S2 to S4. The parameters used in TENS were: frequency 100 Hz, pulse width 100 us, intensity according to the sensitivity of the patient and duration of application of 30 continuous minutes. Pain assessment was performed immediately before and after therapy with the numerical categorical scale (ECN), the visual analogue scale (VAS), the body chart for pain location and the reduced form of McGill Questionnaire. In the puerperium, in addition to these assessments, the level of patient satisfaction related to the intervention and the presence of a health professional during the active phase of labor has been searched. The results showed statistically significant differences between the two groups regarding the intensity of pain following the implementation of the TENS, with only 34% of IG patients maintaining the score of pain as 7 or more, in contrast to 83% of CG patients. On the other hand, no statistical differences related to the location of the pain after the application of TENS. The mothers of the IG were more satisfied with the experience and the ongoing support received during the study period. The maternal and perinatal outcomes were similar in both groups. The results show that the application of TENS in the early active phase of labor relieves maternal pain. Moreover, the presence of ongoing support has a positive effect on patients undergoing this intervention
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Validação da calculadora de risco para parto pré-termo antes da 34ª semana de gestação disponibilizada pela Fetal Medicine Foundation: um estudo caso-controle em uma população de mulheres brasileiras / Risk calculator validation for preterm delivery before 34 weeks of pregnancy provided by the Fetal Medicine Foundation: a case-control study in a population of Brazilian womenÊnio Luís Damaso 16 September 2016 (has links)
Introdução: Prematuridade é a principal causa de morbimortalidade perinatal. A aplicação de um instrumento que identifique o grupo de pacientes de risco para parto pré-termo (PPT) permitirá a aplicação de estratégias de prevenção e reduzirá essa complicação. Objetivos: validar a calculadora de risco para PPT espontâneo antes da 34ª semana de gestação, disponibilizada pela Fetal Medicine Foundation (FMF), em uma amostra de mulheres brasileiras. Métodos: Estudo retrospectivo, observacional que analisou 1325 gestantes admitidas para seguimento pré-natal. Variáveis maternas de interesse foram coletadas por meio da análise de questionários, prontuários e contato telefônico. Em seguida, os dados foram inseridos na calculadora para cálculo do risco de PPT. As gestantes foram divididas em dois grupos de acordo com a ocorrência de PPT antes da 34ª semana (Grupo 1) ou parto após 37 semanas de gestação (Grupo 2). Análise de regressão múltipla foi efetuada para avaliar os efeitos das variáveis estudadas sobre a ocorrência de parto pré-termo antes da 34ª semana e para a construção de um modelo de discriminação, que foi avaliado pelo índice c. Curva ROC foi utilizada para os cálculos de sensibilidade e especificidade e, com base nesses valores, do valor de corte acima do qual o risco de PPT antes de 34 semanas foi significativamente maior em nossa amostra de pacientes. Resultados: A prevalência de PPT espontâneo antes da 34ª semana foi de 1.3%. As variáveis que apresentaram diferenças significativas entre os Grupos 1 e 2 foram: tabagismo (p=0,0002), antecedente de prematuridade de prematuridade repetitiva entre 16 - 30 semanas sem parto prévios a termo e de prematuridade eletiva (p<0,0001 e p=0,0271, respectivamente) e risco calculado de PPT antes de 34 semana (1.32% X 0.78%, p<0,01). A regressão múltipla confirmou que o tabagismo e os antecedentes de PPT aumentaram o risco de PPT espontâneo em nossa amostra. Na avaliação do desempenho do teste índice para detectar PPT antes de 34 semanas, observou-se área sob a curva significante de 0.64 e o ponto de corte acima do qual o risco de PPT aumenta significativamente foi 0.7%. Conclusões: a calculadora de risco de PPT antes da 34ª semana da FMF é um bom instrumento para rastrear gestantes em nossa amostra populacional e o valor de corte acima do qual esse risco aumenta é 0.7%. / Introduction: Prematurity is the leading cause of perinatal morbidity and mortality. The use of an instrument to identify the group of patients at risk for preterm birth (PTB) will allow the implementation of prevention strategies, therefore reducing this complication. Objectives: To validate the calculator for assessment of risk for spontaneous delivery before 34 weeks of pregnancy, provided by the Fetal Medicine Foundation (FMF) for a group of Brazilian women. Methods: This retrospective and observational cohort study comprised 1,325 women undergoing routine antenatal care. Maternal variables were collected through the analysis of questionnaires, medical records and telephone calls. Then the data were inserted in the software to calculate the risk of PTB. The patients were divided in two groups according to the occurrence of PTB before 34 weeks (Group 1) or birth after 37 weeks of pregnancy (Group 2). Multilevel regression analysis was used to determine the effects of maternal characteristics on the occurrence of PTB before 34 weeks and to build a discrimination model which was evaluated by the index c. ROC curve was used to determine sensitivity and specificity, and the cutoff value above which it the risk of PTB before 34 weeks was significantly higher in our patient sample. Results: The prevalence of spontaneous PTB before 34 weeks was 1.3%. Variables that showed significant differences between groups 1 and 2 were: smoking (p=0.0002), history of repetitive PTB between 16-30 weeks without prior term and elective PTB (p<0.0001 and p=0.0271, respectively), and the risk of PTB before 34 week (1.32% vs. 0.78%, p<0.01). Multilevel regression analysis confirmed that smoking and history of PTB increased the risk of spontaneous PTB in our patient sample. On the assessment of performance index test to detect PPT before 34 weeks there was a significant area under the curve of 0.64 and the cutoff above which it the risk of PTB before 34 weeks was significantly higher was 0.7 %. Conclusions: the calculator for assessment of risk for spontaneous delivery before 34 weeks of pregnancy is a good tool for screening pregnant women in our population sample and the cutoff value above which it the risk increases is 0.7%.
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