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"Prevenção da transmissão vertical do HIV/aids: compreendendo as crenças e percepções das mães soropositivas" / "Prevention for mother-to-child transmission: understanding HIV positive mothers beliefs and perceptions"Lis Aparecida de Souza Neves 12 July 2005 (has links)
As medidas preventivas da transmissão vertical do HIV podem efetivamente reduzir as taxas da infecção nas crianças. No entanto, são necessárias a participação e adesão das mães ao tratamento. Buscando compreender as crenças que influenciam o comportamento das mães portadoras do HIV em relação às medidas profiláticas da transmissão vertical, desenvolvemos este estudo qualitativo. Foram entrevistadas 14 mulheres portadoras do HIV cujos filhos nasceram no município de Ribeirão Preto e tinham no mínimo 6 meses de vida. Os dados foram tratados de acordo com o método da Análise de Conteúdo e interpretados utilizando-se como referencial teórico o Modelo de Crenças em Saúde (Rosenstock, 1974), composto pelas dimensões susceptibilidade percebida, severidade percebida, benefícios percebidos e barreiras percebidas. Na análise emanaram categorias que evidenciam as contradições da epidemia da aids: na susceptibilidade percebida emergiram invulnerabilidade antes da gravidez, o pré-natal e susceptibilidade da criança; quanto à severidade da doença subestimação do HIV e medo da morte; crescer saudável e não ser como eu, foram os benefícios percebidos pelas mães; em relação às barreiras possíveis, encontramos a descrença na existência do vírus, dificuldades financeiras e omissão do diagnóstico. Alguns aspectos das crenças podem ser considerados tanto como facilitadores como dificultadores da adesão materna, dependendo do contexto sócio-econômico e cultural em que vive a mãe. Conhecer a percepção das mães acerca das crenças que motivam os seus comportamentos proporciona aos profissionais de saúde maior compreensão desses comportamentos, permitindo ainda a possibilidade de elaboração de um planejamento mais efetivo de cuidados dentro de um contexto culturalmente significativo, com maior probabilidade de promover a adesão da clientela. / Prevention measures for the mother-to-child transmission of the HIV virus may effectively reduce infection rates in children. However, for such effectiveness to come true, mothers have to comply with the treatment. This study was carried out aiming to understand the beliefs which influence the HIV positive mothers behaviors towards prevention methods against mother-to-child transmission. Fourteen HIV infected women whose children were at least 6 months old and all born in Ribeirão Preto county were interviewed. Data were studied according to the Content Analyses method and interpreted using as a theoretical reference the Health Belief Model (Rosenstock, 1974), formed by the following dimensions: perceived susceptibility, perceived severity, perceived benefits and perceived obstacles. As we analyzed those data we came up with some under categories showing the AIDS epidemic paradox: in the perceived susceptibility appeared: invulnerability prior to pregnancy; pre delivery; a childs susceptibility as for the disease seriousness. Underestimation of the HIV virus; fear of death; healthy growing up; and not the same as me were the benefits mentioned by the mothers. As for the possible barriers, we found things like: disbelief in the virus existence; financial problems; diagnosis omission. Some aspects of the beliefs may be considered both helpers and trouble-makers for a mothers adhesion, varying according to the social, economic and cultural environment the mother lives in. Getting to know a mothers perception regarding the beliefs motivating their behaviors provides the health professionals a higher understanding of such behaviors, allowing the possibility of making up an effective care plan within the context culturally meaningful, with a higher probability of promoting patients adhesion.
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Prevalência de toxoplasmose aguda em gestantes, incidência de toxoplasmose congênita e desempenho de testes diagnósticos em toxoplasmose congênitaVarella, Ivana Rosângela dos Santos January 2007 (has links)
Introdução: A infecção aguda pelo Toxoplasma gondii em gestantes pode determinar infecção fetal através de passagem transplacentária. As crianças afetadas podem desenvolver coriorretinite e déficit neurológico, na ausência de tratamento adequado. Objetivos: Estimar a prevalência de toxoplasmose aguda em gestantes atendidas na maternidade do Hospital Nossa Senhora da Conceição, avaliando possíveis diferenças nas freqüências ao longo do período estudado; medir a incidência de toxoplasmose congênita (TC) e estimar a taxa de transmissão vertical em crianças nascidas neste hospital; avaliar a acurácia de testes diagnósticos em TC, aplicados no momento do nascimento, na população de crianças estudadas. Métodos: Inicialmente um estudo transversal foi desenvolvido para identificar as pacientes que apresentaram critérios de infecção aguda na gestação, atendidas na maternidade no momento do parto, entre outubro de 1998 e dezembro de 2005. Novas tecnologias foram introduzidas para detecção diagnóstica ao longo deste período. Entre outubro de 1998 e dezembro de 2001 (período 1), utilizou-se o método microparticle enzyme immunoassay – MEIA e entre janeiro de 2002 e dezembro de 2005 (período 2) foi utilizada a técnica de captura de IgM e o teste de avidez de IgG com o método enzyme linked fluorescent assay – ELFA (VIDAS). Os recém-nascidos identificados a partir deste estudo inicial foram incluídos em um estudo de coorte histórico, com tempo de acompanhamento aproximado de doze meses, para estabelecer o diagnóstico definitivo de toxoplasmose congênita, obtido em dois momentos: (1) logo após o nascimento; (2) aos 12 meses, aproximadamente. Para a definição de caso da infecção aguda na gestação e de toxoplasmose congênita foi utilizado o sistema de classificação elaborado por Lebech et al., com adaptações (quadro 1). Aqueles casos classificados como improváveis foram excluídos do cálculo da prevalência de toxoplasmose aguda em gestantes e de incidência de TC. Para avaliar a acurácia de testes diagnósticos em TC realizados no momento do nascimento utilizou-se, como padrão ouro para o diagnóstico definitivo, a concentração de anticorpos IgG em torno de 12 meses de vida. Um bebê infectado deve ter concentrações iguais ou mais elevadas de IgG nesta idade quando comparadas às encontradas no nascimento. Houve comparação independente e cega dos métodos diagnósticos avaliados em relação ao padrão ouro. A dosagem de anticorpos IgG e IgM em recém-nascidos foi processada com o método microparticle enzyme immunoassay (MEIA). Análise: Para comparar proporções foi utilizado o teste qui-quadrado com correção de Yates, teste exato de Fisher, quando necessário, e Teste t de Student para comparação entre médias de duas amostras independentes com distribuição simétrica. Na avaliação do desempenho de testes diagnósticos foram obtidos resultados de sensibilidade, especificidade, razões de verossimilhança (RV) positiva e negativa dos testes diagnósticos – hemograma, exame do líquor, ecografia transfontanelar, exame de fundo de olho (EFO) e a detecção de anticorpos IgM para toxoplasmose (MEIA) e do DNA do toxoplasma com reação em cadeia da polimerase – método Nested (RCP-Nested) séricos. Resultados: Em uma população de 41.112 gestantes, a prevalência de toxoplasmose aguda foi de 4,8 para cada 1.000 gestantes (IC95%: 4,2 a 5,6). Houve redução significativa na prevalência de toxoplasmose aguda nas gestantes deste hospital a partir do ano 2002 (P=0,008). O diagnóstico de toxoplasmose congênita foi definitivo em 37 crianças entre 40.727 nascidos vivos no período estudado, atingindo uma incidência de 0,9 para cada 1.000 nascimentos (IC95%: 0,6 a 1,3). Logo após o nascimento, entre os 200 recém-nascidos expostos ao T. gondii, resultado de 199 gestantes infectadas, 25 bebês apresentaram critérios diagnósticos de toxoplasmose congênita, atingindo taxa de transmissão vertical de 12,5% (IC 95%: 8,2% - 17,9%). Após o seguimento foram detectados mais 12 casos, aumentando esta taxa para 18,5% (IC 95%: 13,4% – 24,6%). Para avaliar a acurácia de testes diagnósticos aplicados no momento do nascimento, foram identificadas 31 crianças com TC, de acordo com o padrão ouro, entre 136 expostas ao protozoário intra-útero e que completaram seguimento até os 12 meses de vida. Os testes que apresentaram melhor desempenho isoladamente na predição do diagnóstico, foram detecção de anticorpos IgM específicos, EFO e RCPNested atingindo razões de verossimilhança positivas de 119,3 (IC95%: 7,40 – 1923,92), 49,9 (IC95%: 3,0 – 838,2) e 24,8 (IC95%: 3,22 – 190,35), respectivamente. A RV negativa para IgM foi 0,4 (IC95%: 0,3 – 0,6), mas para o EFO e RCP-Nested foi apenas 0,7 (IC95%: 0,6 – 0,9). Conclusão: A prevalência de toxoplasmose aguda em gestantes incluídas neste estudo foi inferior à encontrada na França e na Bélgica, mas foi mais elevada quando comparada às descritas na Suécia, Noruega, Dinamarca e Nova Iorque. A prevalência estimada neste estudo foi similar a de outros locais do Brasil, como Mato Grosso do Sul, mas inferior à obtida no Distrito Federal. Esta variabilidade nas estimativas pode estar relacionada com os diferentes métodos diagnósticos utilizados no rastreamento, ou ainda, com os diferentes fatores de risco envolvidos na transmissão da doença. Em nosso estudo, esta freqüência diminuiu a partir do ano de 2002, o que não pode ser atribuível à introdução do teste de avidez de IgG, uma vez que a média de idade gestacional na realização deste exame foi tardia. Entretanto, existe a possibilidade de que o teste de captura de IgM com o método ELFA tenha contribuído para diminuir os casos falso-positivos de IgM, o que poderá ser confirmado com futuros estudos. Estes resultados apontam que a introdução de novas tecnologias no laboratório deve ser acompanhada de esforços para melhorar as condições de acesso precoce das gestantes ao pré-natal de referência, com o objetivo de não perder a oportunidade para melhor discriminar as gestantes sem doença e evitar procedimentos invasivos, desnecessários e onerosos. A incidência de toxoplasmose congênita e a taxa de transmissão vertical foram elevadas. Estas freqüências podem estar subestimadas devido às perdas no seguimento. Para avaliar o efeito das perdas na validade do estudo, foram comparadas as características da população de gestantes e de recém-nascidos do grupo de bebês com seguimento completo em relação ao grupo que não retornou para o seguimento. Estas características foram semelhantes nos dois grupos, portanto, consideramos que o percentual de perdas, embora elevado, não prejudicou a validade do estudo. A identificação de 12 casos adicionais de TC com o seguimento dos bebês reforça a necessidade de monitoramento sorológico durante o primeiro ano de vida, mesmo sem evidência de infecção congênita ao nascimento. Na avaliação dos testes diagnósticos aplicados ao nascimento, a detecção de anticorpos IgM específicos no sangue do neonato, o EFO e o RCP-Nested sérico demonstraram melhor desempenho para identificar os bebês com TC. Entretanto, para afastar este diagnóstico, apenas o resultado não reagente de anticorpos IgM específicos apresentou maior utilidade, mas com efeito de pequena magnitude. / Introduction: The acute infection by Toxoplasma gondii in pregnant women may cause fetal infection by means of the transplacental transfer. Affected children may develop chorioretinitis and neurological deficit in the absence of a proper treatment. Objectives: To estimate the prevalence of acute toxoplasmosis in pregnant women cared for at the maternity ward of Hospital Nossa Senhora da Conceição, evaluating possible differences in frequencies along the period of study; to measure the incidence of congenital toxoplasmosis (CT), and estimate the rate of vertical transmission in children who were born in this hospital; to evaluate the accuracy of diagnostic tests in CT, applied at the moment of the birth, in the population of studied children. Methods: Initially a cross-sectional study was developed to identify the patients who presented criteria of acute infection in the pregnancy, cared for at the maternity ward at the moment of the labor, between October 1998 and December 2005. New technologies have been introduced for diagnostic detection along this period. Between October 1998 and December 2001 (period 1) the microparticle enzyme immunoassay – MEIA was used, while between January 2002 and December 2005 (period 2) the IgM capture technique and the IgG avidity test with the enzyme linked fluorescent assay – ELFA (VIDAS) method were used. Those newborns (NB) identified at this initial study were included in a historical cohort study, with an approximate follow-up time of twelve months, to establish the definitive diagnosis of congenital toxoplasmosis, obtained in two moments: (1) soon after birth; (2) at 12 months, approximately. For the definition of cases of acute infection in pregnancy and congenital toxoplasmosis, the classification system elaborated by Lebech et al. was used with adaptations (Picture 1). Those cases that were classified as unlikely were excluded from the prevalence calculation of acute toxoplasmosis in pregnant women and from the incidence of CT. In order to evaluate the accuracy of diagnostic tests in CT accomplished at the moment of birth, the concentration of IgG antibodies around 12 months of age was used as a gold standard for the ultimate diagnosis. An infected baby must have equal or higher concentrations of IgG at this age when compared to the ones found at birth. An independent and blind comparison of the diagnostic methods evaluated in relation to the gold standard was performed. The dosage of IgG and IgM antibodies in newborns was processed with the microparticle enzyme immunoassay (MEIA) method. Analysis: In order to compare proportions, a chi square test with Yates correction, an exact Fisher test when necessary, and a Student's t-test for comparison between means of two independent samples with symmetrical distribution were used. In the performance evaluation of diagnostic tests, results of sensitivity, specificity, positive and negative likelihood ratio (LR) of the diagnostic tests – hemogram, liquor test, transfontanellar ultrasonography brain scan, ophthalmoscopy, and detection of IgM antibodies for toxoplasmosis (MEIA) and the DNA of the toxoplasm with polymerase chain reaction – method Nested (PCR-Nested) serum were obtained. Results: In a population of 41,112 pregnant women, the prevalence of acute toxoplasmosis was 4.8 per 1,000 pregnant women (CI95%: 4.2 to 5.6). There was a significant decrease in the prevalence of acute toxoplasmosis in pregnant women of this hospital from 2002 on (P=0.008). The diagnosis of congenital toxoplasmosis was definitive in 37 children among 40,727 live births in the studied period, reaching an incidence of 0.9 per 1,000 births (CI95%: 0.6 to 1.3). Soon after the birth, among the 200 newborns exposed to the T. gondii, resulting from 199 pregnant women, 25 babies showed diagnostic criteria of congenital toxoplasmosis, reaching a vertical transmission rate of 12.5% (CI 95%: 8.2% - 17.9%). After the follow-up, another 12 cases were detected, increasing this rate to 18.5% (CI 95%: 13.4% – 24.6%). In order to evaluate the accuracy of diagnostic tests applied at the moment of birth, 31 children with CT were identified according to the gold standard, among 164 ones who were exposed to protozoan intra-uterus and who completed their follow-up until 12 months of age. The tests that showed better performance when isolate in the prediction of the diagnosis were the detection of specific IgM antibodies, ophthalmoscopy, and PCR-Nested reaching positive RV of 119.3 (CI95%: 7.40 – 1923.92), 49.9 (CI95%: 3.0 – 838.2), and 24.8 (CI95%: 3.22 – 190.35), respectively. The negative RV for IgM was 0.4 (CI95%: 0.3 – 0.6), but for ophthalmoscopy and PCR-Nested it was 0.7 (CI95%: 0.6 – 0.9) only. Conclusion: The prevalence of acute toxoplasmosis in pregnent women included in this study was lower than the one found in France and Belgium, but was higher when compared to the ones described in Sweden, Norway, Denmark, and New York. The estimated prevalence in this study was similar to the one from other locations in Brazil, such as Mato Grosso do Sul, but lower to the one obtained in Brasília. This variability in the estimates may be related to the different methods for diagnosis used in the screening or even to the different risk factors involved in the transmission of the disease. In our study, this frequency decreased from 2002 on, and this cannot be attributed to the introduction of the IgG avidity test, since the means of gestational age at the accomplishment of this test was late. However, there is a possibility that the IgM capture test with the ELFA method has contributed to decrease the frequency of false-positive cases of IgM, what can be confirmed with future studies. These results signal that the introduction of new technologies in the laboratory must be accompanied by efforts to improve conditions for an early access of pregnant women to the reference prenatal care, aiming to prevent the loss of opportunities of better discriminating pregnant women that are not sick and avoiding unnecessary and expensive invasive procedures. The incidence of congenital toxoplasmosis and the rate of vertical transmission were elevated. These frequencies may be underestimated due to the losses in the follow-up. In order to evaluate the effect of losses in the study validity, characteristics of the population of pregnant women and newborns belonging to the group of babies with full follow-up in relation to the group that did not return for the follow-up were compared. These characteristics were similar in the two groups, therefore we consider that the percentual of losses, even though high, did not endanger the validity of the study. The identification of twelve additional cases of congenital toxoplasmosis with the follow-up of the babies reinforces the need of a serological monitoring during the first year of life, even without any evidence of congenital infection at birth. In the evaluation of diagnostic tests applied at birth the detection of specific IgM antibodies in the blood of the newborn, the ophthalmoscopy, and the serum PCR-Nested showed a better performance to identify babies with CT. However, in order to discard this diagnosis, only the non-reagent IgM specific antibodies result showed higher utility, with a small magnitude effect though.
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Estudo de uma família com segregação simultânea de duas doenças ligadas ao XMelgar, Dantón January 2008 (has links)
Objetivo: Analisar os aspectos clínicos, bioquímicos e moleculares uma família com vários membros afetados por duas doenças ligadas ao X: mucopolisacaridose II e miopia de alto grau. Métodos: Na avaliação familiar de um paciente com Mucopolissacaridose II se descobrem vários meninos afetados pela mesma doença e outros por miopia de alto grau. Os pacientes com MPS II foram estudados com testes clínicos, bioquímicos e moleculares. Os pacientes com miopia foram submetidos a um exame oftalmológico completo, incluindo retinografia, teste de Isihara e eletroretinografia. Resultados e Discussão: O primeiro resultado encontrado na análise de DNA do caso índice foi uma mutação comum no exon 8 (G374G), presente em todos os meninos afetados e ausente nos irmãos normais. Surpreendentemente, a alteração encontrada nos hemizigotos não foi detectada nas heterozigotas obrigatórias, por razões não esclarecidas. Adicionalmente, quando da análise completa do gene da IDS foi encontrado nos afetados e portadoras um rearranjo complexo, com inversão entre o gene e o pseudogene, o que é provavelmente a causa da doença. A miopía encontrada em cinco meninos da mesma irmandade foi de - 9 a - 18 D. Três deles apresentavam nistagmo, e dois estrabismo. A retinografía mostrou mudanças fundoscópicas típicas. O eletroretinograma e o teste a cor de Ishihara foram normais. Conclusões: A mucopolissacaridose II é causada pela deficiência da enzima iduronato- 2-sulfatase, codificada por um gene localizado na região Xq28, com elevada heterogeneidade observada em diferentes populações relatadas na literatura. Em relação à miopia, os resultados encontrados na pesquisa bibliográfica revelaram 12 formas autossômicas e 2 ligadas ao X. A miopia de alto grau ligada ao X, com teste de cor normal, permite descartar a MYP1, enquanto a presença de nistagmo e de estrabismo descarta a MYP13. A presença de duas doenças ligadas ao X em uma mesma família parece ser muito rara, não tendo sido descrita previamente na literatura. / Purpose: To study the clinical, biochemical and molecular aspets of a family with several members affected by two X-linked diseases: mucopolysaccharidosis II and high-grade myopia. Methods: On the family study of a patient with Mucopolysaccharidosis II it was discovered several boys affected by the same disease and others by high-grade myopia. The patients with MPS II were studied with clinical, biochemical and molecular tests. The patients with myopia were submitted to a complete ophthalmologic evaluation, including retinography, Ishihara test and electroretinography. Results and Discussion: The first result found on the DNA analysis of the index case was a common mutation on exon 8 (G374G), also found in all affected boys but not on their normal brothers. The abnormality found on the affected patients was not found on the obligatory carriers, due to reasons so far not understood. In addition, on the full analysis of the IDS gene it was found a complex rearrangement, with inversion involving gene and pseudogene, which is probably the cause of the disease. The myopia found in five boys of the same sibship was of -9 to -18 D. Three of them presented nistagmus, and two strabismus. The retinography showed typical fundoscopic findings. The electroretinogram and the Ishihara color test were normal. Conclusions: The mucopolysaccharidosis II is caused by the deficiency of the enzyme iduronate-2-sulfatase, codified by a gene mapped to Xq28, with high heterogeneity observed in different populations, reported on the literature. Concerning the myopia, the results found on the bibliography search indicated 12 autosomic and 2 X-linked forms. The X-linked high-grade myopia, with normal color test, allow us to discard MYP1. The presence of nystagmus and strabismus discards MYP13. The occurrence of two X-linked diseases in the same family seems to be very rare, and was not described previously in the literature.
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Novas práticas de saúde para reduzir a transmissão vertical do HIV em serviços de referênciaFerreira, Milena Moreira January 2014 (has links)
Introdução: O crescente aumento do número de casos de AIDS em mulheres evidencia um progressivo aumento da Transmissão Vertical (TV) do HIV, gerando assim a necessidade de focalizarmos esforços no intuito de impedir ou minimizar este tipo de transmissão. Objetivos: avaliar as condutas profiláticas adotadas para redução da TV do HIV em serviços de referência pertencentes à 7ª CRS. Metodologia: Os dados foram obtidos por meio de pesquisa de campo retrospectiva com análise quanti-qualitativa dos formulários de cadastro, fichas de notificação e investigação compulsória, além de prontuários das gestantes e puérperas soro positivas para o HIV, no período de 01 de janeiro de 2010 a 01 de janeiro de 2013 mediante aprovação ética. Resultados: A população estudada compreendeu um universo de 22 mulheres notificadas como Gestante HIV +, dentre as quais 72% foram notificadas na cidade de Bagé, e destas, 9% foram notificadas em 2010, 27,3% em 2011 e 63,7% em 2012. A faixa etária de maior prevalência é de 15 a 24 anos (59%), 50% das mulheres não teve a via de parto nem a evolução da gravidez informada e 60% não tem registro de profilaxia no período intra-parto. Em 50% das fichas, não foi informado o uso da medicação pela criança nas primeiras 24h e 59% das notificações foram feitos por profissional enfermeiro. Pôde-se caracterizar com os dados coletados os aspectos individual, escolar e sócio-demográfico da 7ª CRS. Indo ao encontro das informações publicadas por Brasil (2013), este estudo evidencia uma sub-enumeração de casos no SINAN, pois apenas 63% das mulheres foram notificadas/cadastradas nos sistemas de informação. Considerações: As práticas de saúde adotadas pelos serviços estão de acordo Protocolo Vigente, no que se trata da administração da TARV a partir da 14ª semana de gestação, da escolha, sempre que possível da via de parto, a administração de medicamentos intra-parto, a inibição da lactação, o uso do ARV no bebê e o fornecimento de fórmula láctea. As medidas educativas necessárias para qualificar o atendimento realizado na região de saúde estudada relacionam-se principalmente à qualidade das informações das ações de saúde (alimentação dos bancos de dados dos sistemas), além de estimular a população em geral para o conhecimento do prénatal e das testagens para HIV. Para que pudéssemos trabalhar acerca deste tema, discutimos os resultados do estudo em equipe no SAIS de Bagé, e pensamos em algumas estratégias que nos aproxime dos demais profissionais da rede. Criamos um perfil em uma rede social, onde estão sendo postadas diariamente informações acerca dos temas: HIV, AIDS, DSTs, Hepatites Virais, medidas de prevenção, meios de transmissão, atividades do serviço, dados importantes, dentre tantas outras informações, sendo imprescindível relatar que todos os componentes da equipe tem acesso a senha, para que possa sentir-se ator no processo de educação da comunidade. Logo, serão propostas oficinas e fóruns, com os temas em questão para discutir com a comunidade local, com o apoio da equipe da 7ª CRS/RS. / The increasing number of AIDS cases among women reveals a progressive increase of Vertical Transmission (VT) of HIV, thus generating the need of focusing efforts in order to prevent or minimize this type of transmission. The aim of the study was to evaluate the prophylactic measures adopted to reduce HIV in TV reference belonging to the 7th CRS services. Data were obtained from retrospective research field with quantitative and qualitative analysis of the registration forms, reporting forms and compulsory research, and medical records of pregnant and postpartum serum positive for HIV in the period from January 1, 2010 to January 1, 2013 by ethical approval. The study population comprised a universe of 22 women reported / registered as HIV + Pregnant Women, among which 72% were reported in the city of Bage, while 09% reported in 2010, 27.3% in 2011 and 63.7% in the year 2012 the most prevalent age group is 15-24 years (59%), 50% of women had no way of delivery, or pregnancy outcome informed and 60% have no record of prophylaxis in intra period partum. In 50% of the chips, was not informed use of medication by the child in the first 24h and 59% of registrations / notifications were made by professional nurses. Could be characterized with the data the individual, school and socio-demographic aspects of CRS 7th. Going against the information published by Brazil (2013), this study highlights an under-enumeration of cases in SINAN because only 75% of women were reported / registered in information systems. Practices adopted by health services meet the Effective Protocol, it is the administration of ART from the 14th week of gestation, the choice where possible the mode of delivery, medication administration intra-partum, the inhibition of lactation, the use of ARVs in providing baby and milk formula. Educational measures to improve service held at the health region studied relate primarily to information quality of health (nutrition database systems), in addition to encouraging the general population to the knowledge of prenatal and testings for HIV. So we could work on this subject, discuss the results of the study team at SAIS Bage, and think of some strategies that bring us closer to the other networking professionals. We created a profile on a social network, where they are being posted daily information on the topics: HIV, AIDS, STDs, Viral Hepatitis, prevention, transmission media, service activities, important data, among many other information, is indispensable report that all team members have access to the password, so you can feel an actor in the process of educating the community. Soon, workshops and forums will be proposed, with the issues in question to discuss with the local community, with the support of the 7th CRS / RS staff.
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Transmissão vertical do virus da imunodeficiencia humana em uma coorte de gestantes em Campinas entre 2000 e 2009 / Mother-to-child transmission of human immunodeficiency virus in a cohort of pregnant women in Campinas from 2000 to 2009Delicio, Adriane Maira, 1979- 14 August 2018 (has links)
Orientador: Helaine Maria Besteli Pires Milanez / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-14T07:08:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2009 / Resumo: Objetivo: avaliar a transmissão vertical (TV) do HIV e fatores associados em gestantes soropositivas acompanhadas em um serviço universitário brasileiro (CAISM/UNICAMP) entre 2000 e 2009. Sujeitos e Métodos: coorte histórica de 452 gestações e seus recém-nascidos. Os dados foram coletados dos prontuários e registrados em fichas específicas. Crianças sem seguimento foram convocadas para definição diagnóstica. Análise dos dados: análise descritiva através de distribuição percentual e de médias; teste de X², exato de Fisher, t de Student, Mann-Whitney e ANOVA, razão de risco e intervalo de confiança. Resultados: A TV foi de 3,6%. A idade média das gestantes foi 27 anos; principal categoria de exposição foi a sexual (86,5%); 55% já apresentava o diagnóstico prévio à gravidez. Sessenta e dois por cento não estavam em uso de TARV ao engravidar. CD4 médio inicial foi de 474 células/ml e 70.3% apresentaram carga viral indetectável no terceiro trimestre. Como TARV, 55% usaram esquemas com IP e 35% com nevirapina. Monoterapia com AZT foi utilizada em 5,5%. Idade gestacional média no parto foi de 37,2 semanas e em 92% a via foi cesárea; 97,2% receberam AZT endovenoso. Os fatores associados à TV foram: baixa contagem de CD4, elevada carga viral, tempo reduzido de TARV, presença de alterações gestacionais (anemia, RCF, oligoâmnio), coinfecções durante o pré-natal (CMV e toxoplasmose) e presença de trabalho de parto. Uso de TARV potente, parto por cesárea e uso do AZT pelo RN foram fatores protetores. Má adesão ao tratamento esteve presente em 13 dos 15 casos infectados; em sete houve presença de coinfecção neonatal (CMV e toxoplasmose). Conclusão: Fatores de risco para TV foram comprometimento do estado imunológico da gestante, menor tempo de terapia, coinfecções (CMV e toxoplasmose) e presença de trabalho de parto. O uso de TARV potente e a realização de cesárea foram fatores protetores para a TV do HIV. / Abstract: Objectives: to evaluate mother-to-child transmission (MTCT) rates and related factors in HIV-infected pregnant women from CAISM/UNICAMP between 2000 and 2009. Subjects and methods: cohort of 452 HIV-infected pregnant women and their newborns. Data was collected from recorded files and undiagnosed children were enrolled for investigation. Statistical analysis: qui-square test, Fisher exact test, Student t test, Mann-Whitney test, ANOVA, risk ratio and confidence intervals. Results: MTCT occurred in 3.6%. The study population displayed a mean age of 27 years; 86.5% were found to have acquired HIV through sexual contact; 55% were aware of the diagnosis prior to the pregnancy; 62% were not using HAART. Mean CD4 cell-count was 474 cells/ml and 70.3% had undetectable viral loads in the third trimester. HAART included nevirapine in 35% of cases and protease inhibitors in 55%; Zidovudine monotherapy was used in 5.5%. Mean gestational age at delivery was 37.2 weeks and in 92% by caesarian section; 97.2% received intravenous zidovudine. Implicated factors related to MTCT were: low CD4 cell counts, elevated viral loads, maternal aids, shorter periods receiving HAART, maternal concurring illnesses (anemia, IUGR, oligodydramnium), coinfections (CMV and toxoplasmosis) and the occurrence of labor. Use of HAART for longer periods, caesarian delivery and oral zidovudine for the newborns were associated with a decreased risk. Poor adhesion to treatment was present in 13 of the 15 cases of transmission; in 7, co-infections were diagnosed (CMV and toxoplasmosis). Conclusion: Use of HAART and caesarian delivery are protective factors in mother-to-child transmission of HIV. Maternal coinfecctions and maternal concurring illnesses were risk factors for MTCT. / Universidade Estadual de Campi / Ciencias Biomedicas / Mestre em Tocoginecologia
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Soroprevalencia e epidemiologia molecular do herpesvirus humano 8 (HHV-8) em populações brasileirasCunha, Andrea Mendonça Gusmão 24 February 2005 (has links)
Orientador: Fernando Ferreira Costa, Sandra Cecilia Botelho Costa / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-04T04:21:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2005 / Resumo: O Herpesvírus Humano 8 (HHV-8) foi identificado em 1994 por CHANG et al em biópsia de pele de pacientes com sarcoma de Kaposi associado à Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA). O HHV-8 é um oncovírus membro da família Herpesviridae, sub-família Gamaherpesvirinae e gênero Rhadinovirus, o único do gênero a infectar humano. Possui ultraestrutura semelhante à de outros herpesvírus, apresentando regiões de DNA homólogas a dois gama-herpesvírus: Epstein-Barr Vírus (EBV) e o Herpes Vírus Saimiri (HVS), ambos com potencial oncogênico. Estudos revelaram a associação entre o HHV-8 e todas as formas de SK: clássica, endêmica, relacionadas à AIDS e associado a transplantes, além de outras lesões proliferativas das linhagens linfóides, relacionadas ou não à AIDS, como o linfoma primário de serosas (PEL) ou linfoma de cavidades do corpo (BCBL) e a doença de Castleman multicêntrica (DCM). No presente estudo, com a utilização dos ensaios sorológicos de imunofluorescência indireta foi possível determinar que o HHV-8 é endêmico em duas tribos indígenas (Tiriyó e Waiampi), localizadas na região Amazônica. Anticorpos anti-HHV-8 foram detectados em 56,8% dos índios (558/982), em todas as faixas etárias (0-81 anos) e em ambos os sexos. Nessas populações, a elevada prevalência em crianças menores de 2 anos (44,4%) e crianças de 2-9 anos (35.0%) sugerem a existência de vias de transmissão não-sexual do HHV-8, através da transmissão vertical ou pelo contato com secreções contaminadas. A soroprevalência do HHV-8 em doadores de sangue da cidade de Campinas foi baixa (2,8%), sendo todos os casos positivos pertencentes ao sexo masculino (9/319) e faixa etária de 31 a 50 anos. Curiosamente, todos os casos de pacientes com SK acompanhados no Hospital de Clínicas da Unicamp também pertenceram ao sexo masculino, sendo detectados anticorpos anti-HHV-8 em todos os casos de SK avaliados. A genotipagem do HHV-8 através do sequenciamento de regiões hipervariáveis do genoma viral, como a ORF-K1, possibilitou a classificação dos principais subtipos virais (A, B, C, D e E). Para realizar a genotipagem do HHV-8 nós padronizamos técnicas moleculares para amplificação dos fragmentos VR1 e VR2 da região hipervariável ORF-K1 do HHV-8, possibilitando a construção de árvores filogenéticas e a determinação dos subtipos virais. Em pacientes com SK da cidade de Campinas foram detectados os subtipos A, B e C do HHV-8, com maior percentual do subtipo C. Em índios da região Amazônica foram detectados os subtipos A e E do HHV-8. Nosso estudo foi o primeiro a realizar genotipagem em amostras de indivíduos com sorologia positiva para o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) da cidade de Salvador, sendo detectados os subtipos B e subtipo indeterminado do HHV-8. Com isso, foi possível determinar que os subtipos A, B, C e E do HHV-8 estão presentes em populações brasileiras. Todas as seqüências nucleotídicas dos fragmentos VR1 e VR2 do HHV-8 obtidas no presente estudo serão depositadas no banco de dados NCBI/Nucleotide Sequence Database (GenBank) informando a comunidade científica mundial dados relevantes referentes às cepas do HHV-8 circulantes no Brasil. Em nosso estudo, a análise de amostras provenientes de doadores de sangue e pacientes com sarcoma de Kaposi da cidade de Campinas, pacientes HIV positivos de Salvador e de índios da região Amazônica resultou na obtenção de dados de soroprevalência e de epidemiologia molecular do HHV-8 em populações brasileiras. O conhecimento de técnicas sorológicas e moleculares aplicado no presente estudo poderá ser utilizado pelos Laboratórios de Biologia Molecular da Unicamp e do LASP/CPqGM/Fiocruz, possibilitando a implantação de técnicas para o diagnóstico e genotipagem do HHV-8 nos referidos centros / Abstract: CHANG et al first identified human Herpesvirus Type 8 (HHV-8) in 1994 from skin biopsies of patients with Acquired Immunodeficiency Syndrome (AIDS) associated Kaposi¿s Sarcoma (KS). HHV-8 is an oncovirus from the Herpesviridae family, Gamaherpesvirinae subfamily and Rhadinovirus genus. It is the only one of its genus to infect humans. Its ultra structure reminds other herpesvirus, presenting DNA regions similar to two gama-herpesvirus: Epstein-Barr Virus (EBV) and Saimiri Herpesvirus (SHV), both with oncogenic potential. Studies have revealed the association between HHV-8 and all forms of KS: classic, endemic, related to AIDS and associated to transplants, besides other lymphoid proliferative diseases related or not to AIDS, such as primary effusion lymphoma (PEL), body cavity lymphoma (BCBL) and Castleman's disease (CD). In this study, using indirect immunofluorescence serologic assays, it was possible to determine that HHV-8 is endemic in two Amerindian tribes (Tiriyo and Waiampi), from the Amazon region. Anti-HHV-8 antibodies were detected in 56.8% of the Amerindians (558/982), in all ages (0-81 years old) and both sexes. In these populations, high prevalence in children younger than 2 years old (44.4%) and children from 2 to 9 years old (35.0%) suggests non-sexual routs of transmission of HHV-8, through vertical transmission or contact to contaminated secretions. HHV-8 seroprevalence in blood donors from Campinas was low (2.8%). All positive cases were male (9/319) with 31 to 50 years of age. Curiously, all KS patients assessed in our study were male and anti-HHV-8 antibodies were detected in all cases. Genotyping of HHV-8 through sequencing of hypervariable regions of the viral genome, such as ORF-K1, made possible formulate a classification of the main viral subtype (A, B, C, D and E) and its variants. In order to perform HHV-8 genotyping, we standardized molecular techniques for amplification and sequencing of two fragments (VR1 and VR2) from the hypervariable ORF-K1 region of HHV-8, building up phylogenetic trees and determining viral subtypes. Patients with SK from the city of Campinas had subtypes A, B and C detected, with greater frequency of subtype C. Subtypes A and E were detected in Amazonic Amerindians. This study was the first to perform genotyping in samples of patients with Human Immunodeficiency Virus (HIV) positive serology from the city of Salvador, detecting subtype B and an undetermined subtype. Thus, it was possible to determine that HHV-8 subtypes A, B, C and E are present in Brazilian populations. All nucleotide sequences of HHV-8 fragments VR1 and VR2 found during this study will be deposit at the NCBI/Nucleotide Sequence Database (GenBank), informing the scientific community with important data of HHV-8 strains in Brazil. Analysis of samples from blood donors and Kaposi¿s Sarcoma in Campinas, HIV positive patients in Salvador and Amerindians from the Amazon region made up a databank of seroprevalence and molecular epidemiology of HHV-8 in Brazilian populations. The knowledge of serological and molecular techniques developed in this study may be used by Molecular Biology Laboratories at Unicamp and LASP/Fiocruz, allowing the implantation of HHV-8 diagnostic and genotyping techniques in these centers / Doutorado / Ciencias Biomedicas / Doutor em Ciências Médicas
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Fatores associados ao desconhecimento do status sorológico para o HIV em gestantesda Silva Noqueira Carvalho, Juliana 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Este trabalho teve como objetivo estimar a prevalência de mulheres que chegam ao trabalho
de parto sem o conhecimento do resultado da sorologia para o HIV do pré-natal e conhecer os
fatores associados a este desconhecimento. Trata-se de um estudo de corte transversal,
realizado em três maternidades públicas da região metropolitana do Recife. A população de
estudo foi composta de 528 puérperas, divididas por amostra estratificada entre as três
maternidades. Os dados foram obtidos através de entrevistas face a face com questionário
estruturado e por consulta a documentos como cartão de pré-natal, laudos de exames e
prontuários no período de junho a setembro de 2010. Para o cálculo da medida de prevalência
do desfecho, considerou-se como o desconhecimento do resultado da sorologia, a ausência de
registro do resultado da sorologia para o HIV do primeiro e/ou terceiro trimestre de gestação
no cartão de pré-natal ou não apresentação do laudo do exame na ocasião do internamento
para o parto, resultando em uma prevalência de 39,6% de desconhecimento para as três
maternidades participantes do estudo. Para medir a associação entre as variáveis preditoras e o
desfecho, foi calculada a razão de chances ou odds ratio. Após o cálculo destas medidas, foi
verificada associação estatisticamente significante entre as variáveis: (1) ser do estado
conjugal não unida , com valor de p = 0,034, OR = 1,61, IC 95% (1,01 2,58), (2) usar
método contraceptivo hormonal ao engravidar, com valor de p = 0,039, OR = 1,63, IC 95%
(1,05 2,51) e (3) iniciar o pré-natal no 2º ou 3º trimestre de gravidez, com valor de p =
0,015, OR = 1,62, IC 95% (1,08 2,43). Após ajuste dessas variáveis pelo modelo de
regressão logística, permaneceu estatisticamente significante apenas ser do estado conjugal
não unida , com valor de p = 0,041, OR = 1,61, IC 95% (1,01 2,55). As demais variáveis
permaneceram próximas da significância estatística, porém perderam importância ao ser
controlado o efeito de confundimento entre as variáveis. Concluiu-se com este trabalho que
existem falhas no que se diz respeito ao papel do serviço de saúde, quando capta tardiamente
as gestantes para o início do pré-natal, dificultando a realização e o recebimento de exames
importantes; e quando não registra adequadamente os resultados dos exames realizados
durante a assistência pré-natal no cartão, bem como foram identificados fatores que estãoassociados ao perfil da mulher entrevistada, como ser do estado conjugal não unida e não
estar pretendendo engravidar e usando método contraceptivo ao saber da última gravidez, fato
que poder ter retardado a aceitação da gravidez e o início do pré-natal
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Fatores associados ao tempo entre o nascimento e o início daamamentação entre mães soronegativas que realizaram teste rápidoanti-HIV em hospitais Amigos da Criança no município do Rio de Janeiro, 2006 / Factors associated with the time between birth and the initiation of breastfeeding involving mothers with HIV-negative rapid tests that have undergone anti-HIV tests at the Friends of Children Hospitals located in the municipal area of Rio de Janeiro, 2006Possolli, Glaucia Talita January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / O teste rápido anti-HIV é um recurso importante de triagem em parturientes que apresentam sorologia desconhecida, para a prevenção da transmissão vertical. Os Hospitais Amigos da Criança se comprometem a prestar ajuda ao início do aleitamento materno na primeira meia hora de vida, porém a realização do teste rápido pode interferir neste procedimento. Objetivos: Avaliar os fatores associados ao tempo entre o nascimento e oinício da amamentação entre mães soronegativas que realizaram teste rápido anti-HIV em Hospitais Amigos da Criança no município do Rio de Janeiro, RJ. Metodologia: Trata-se de um estudo de coorte sendo a população do estudo composta por todas as mulheres que realizaram o teste rápido anti-HIV durante a internação para o parto. Depois de aplicados os fatores de exclusão, permaneceram no estudo 932 mulheres. Foi utilizada a análise desobrevida, sendo o tempo de sobrevivência contado a partir do nascimento até a primeira mamada. As curvas de sobrevida foram estimadas pelo método Kaplan-Meier e o teste dePeto foi utilizado para compará-las. Para avaliar o efeito conjunto das variáveis independentes foi utilizado o modelo de riscos proporcionais de Cox, através da análise hierarquizada. Por ferir o princípio de proporcionalidade de riscos o banco de dados foi desmembrado em dois: um com hospitais de condutas conservadoras e outro com hospitais de condutas facilitadoras do aleitamento materno ao nascimento. Os resíduos foram analisados pelos testes de Schoenfeld e de Martingale. Resultados: O tempo mediano de inicio da amamentação para os hospitais com condutas facilitadoras frente ao aleitamento materno foi de 30 minutos e para os hospitais com condutas restritivas o tempo mediano foi de 375 minutos. (...)Considerações Finais: Os achados mostram que fatores ligados à operacionalização do teste rápido postergam o inicio do aleitamento materno, independente do tipo de conduta do hospital. É necessária a revisão dessas práticas para que seja preservado o cumprimento do passo 4 nos Hospitais Amigos da Criança. / Introduction: The rapid anti-HIV test is an important resource in selecting pregnant women
who present unknown serumology to prevent vertical transmission. The Friends of Children
Hospitals are committed to promoting maternal feeding in the first half an hour of life, but
there is a realization that the rapid test can interfere with this procedure. Objectives: To
analyze the factors associated with the time between birth and the beginning of breastfeeding
involving mothers with HIV-negative rapid tests, mothers who have undergone the rapid anti-
HIV tests at the Friends of Children Hospitals in the municipal area of Rio de Janeiro, RJ.
Methodology: This is a cohort study of all women who have undergone the rapid HIV test from the time of their admission to the time of giving birth. After applying exclusion factors, 932 women remained in the study. The analysis utilizes survival, defined as the time of
survival from the moment of birth until the first feeding. The survival curves were estimates
based on the Kaplan-Meier method and the Peto test was utilized for comparison. To evaluate
the joint effect of independent variables, the Cox model of proportional risks was used across
the hierarchical analysis. By effecting the principle of proportionality of risks, the data base was divided into two: one of hospitals with conservative practices and the other with hospitals whose practices facilitated maternal feeding at the time of birth. The residuals were analyzed using the tests of Schoenfeld and of Martingale. Results: The median time from initiation of maternal feeding in the hospitals with facilitating practices was 30 minutes, and in the hospitals with restrictive practices, the median time was 375 minutes. Risk factors and
protection outcomes common to both facilitating and conservative conduct were found: level
of education, result of rapid test to be known after the birth (RR=1,454 (IC95% 1.116-1.894);
RR=1,649 (IC95% 1.346-2.020)) and Cesarian section (RR=1,750 (IC95% 1.381-2.217);
RR=3,381 (IC95% 3.030-4.854)). There were risk factors for mothers from maternity wards
with facilitating practices: non-whites (RR=1,203 (IC95% 0.952-1.520) to initiate the prenatal
in the third trimester (RR=1.857 (IC95% 1.163-2.967)), with less than four consultations in the pre-natal period (RR=1,096 (IC95% 0.744-1.613)), and who make the anti-HIV examination during the first trimester (RR=1,004 (IC95% 0.771-1.301)). Risk factors were found for child-bearing age mothers in maternity wards with conservative
practices (RR=1,011 (IC 95% 0.995-1.027)). Some Considerations: What was found shows that factors linked to the operationalisation of the rapid test postpone the beginning of maternal feeding, independent of the type of conduct in a hospital. It is necessary to revise these practices to preserve and fulfill the four steps at the Friends of Children Hospitals.
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Sífilis em gestantes e o tratamento do parceiro sexualDallé, Jessica January 2017 (has links)
Introdução: A sífilis em gestantes é um problema de saúde pública, com casos crescentes a cada ano. O tratamento do parceiro sexual da gestante com sífilis, é de suma importância, pois a falta de tratamento deste pode invalidar todas as medidas de controle instituídas durante o cuidado pré-natal. Objetivo: Descrever a ocorrência de tratamento do parceiro sexual e avaliar fatores maternos que favorecem a realização do tratamento do parceiro sexual das gestantes com sífilis gestacional atendidas no Hospital Fêmina (HFE). Método: Estudo transversal descritivo onde foram descritos os casos de pacientes com diagnóstico de sífilis gestacional atendidas no Serviço de Obstetrícia do HFE no período de 01 de janeiro de 2007 a 31 de dezembro de 2014, e seus respectivos parceiros. A coleta de dados foi realizada através dos dados encaminhados pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Fêmina à Vigilância em Saúde do Município de Porto Alegre em sífilis, em conjunto com os prontuários das pacientes estudadas. O projeto teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do Grupo Hospitalar Conceição com protocolo de número 47914815.2.0000.5530. Resultados: Foram identificados 771 casos de sífilis em gestantes, e desses 570 não tinham informações sobre o tratamento do parceiro sexual da gestante. Dos 201 casos de gestantes com informações sobre o tratamento do parceiro sexual, 25 (12,44%) parceiros foram adequadamente tratados. Na análise univariada comparando gestantes com parceiros tratados para sífilis e não tratados, identificaram-se características associadas à ocorrência de tratamento adequado do parceiro em relação a mulheres que apresentaram sífilis gestacional: a) mais de oito anos de estudo (p=0.022), b) acompanhamento pré-natal adequado (p=0.010) e diagnóstico da sífilis no pré-natal (p=0.003). Conclusão: Escolaridade, diagnóstico precoce de sífilis, e a realização de pré-natal adequado parecem ser fatores determinantes para o adequado tratamento do parceiro e prevenção da transmissão vertical da doença. / Introduction: Syphilis in pregnant women is a public health problem, with increasing cases each year. Treatment of the sexual partner of the pregnant women with syphilis is very important because the lack of treatment may invalidate all control measures imposed during prenatal care. Objective: to describe the occurrence of treatment of the sexual partner and evaluate maternal factors that favor the realization of the treatment of the sexual partner of pregnant women with gestational syphilis treated in Hospital Fêmina. Method: This is a cross-sectional descriptive study, in which were described the cases of patients diagnosed with gestational syphilis in the Obstetrics Department of Hospital Fêmina, and their partners, from January 1st 2007 to December 31st 2014. Data collection was done through the data sent by the Department of Infection Control to Department of Health Surveillance of Porto Alegre in syphilis, along with the records of patients. Ethical principles will be were respected. The project had approval of the ethics committee of Grupo Hospitalar Conceição under protocol number 47914815.2.0000.5530. Results: 771 cases of syphilis in pregnant women were identified. No information on the treatment of the sexual partners was available in 570 of these cases. Among the 201 cases presenting information about the partners treatment, 25 (12.44%) of them were adequately treated. In the univariate analysis comparing women whose partners were treated for syphilis with those untreated demonstrates the associated characteristics as: a) more than eight years of study (p =0.022); b) adequate prenatal care (p= 0.010) and diagnosis of syphilis in prenatal care (p= 0.003). Conclusion: The years of study, the early diagnosis of syphilis and an adequate prenatal care appear to be determining factors for appropriate partner treatment and prevention of the vertical transmission of the disease.
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Utilização das recomendações para profilaxia de transmissão vertical do HIV / Use the recommendations of the preventive therapy antiretroviral mother to child transmission of HIVAlmeida, Bruna Lígia Ferreira 05 April 2013 (has links)
Submitted by Erika Demachki (erikademachki@gmail.com) on 2014-10-08T21:42:51Z
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Previous issue date: 2013-04-05 / The feminization of the epidemic have many consequences, among them, the
increasing number of HIV-infected children with mother to child transmission as the
main route of infection. In 2010, the Ministry of Health created the recommended
prophylaxis manual of mother to child HIV transmission and antiretroviral therapy in
pregnant women and other behaviors related to prevention of mother to child HIV
transmission. The objective of this study was to analyze if the recommendations of
the Ministry of Health as control of mother to child HIV transmission are being taken
by pregnant women and health professionals of a public maternity hospital in
Goiânia. Research conducted between March and May 2012, divided into two
stages: cross-sectional study, which consisted in the analysis of medical records of
323 HIV positive pregnant women seen at a public hospital in the State of Goiás
between years 2006 to 2011, and second it is cross-sectional study involving 25
professionals working in maternity and obstetric center of this institution. Among the
323 records analyzed, 48.9% of pregnant women were included in the age group
between 25 to 34 years old, 68.7% were single, 65.6% brown, 50.5% had study time
between 4-7 years and 74.9% were unemployed. We checked the main risks related
to mother to child HIV transmission in the 323 analyzed records. Among of the
professionals surveyed, 76% have inadequate knowledge about HIV testing in
pregnant women, 80% unaware the gestational age in what is realized elective
caesarean, 66% do not know the dose to attack AZT and the elapsed time before
child-birth, 84% do not know which method is indicated for lactation inhibition. The
data observed in our study are alarming and show gaps in care for HIV positive
pregnant women and newborns exposed, through information obtained that
contradict this practice. / Nos últimos anos houve uma mudança do perfil da epidemia do HIV/aids, chamado
por feminização da epidemia de HIV, um número crescente de mulheres em todo o
mundo estão infectadas, sendo que mulheres e meninas constituem quase metade
de todas as pessoas que vivem com vírus. A feminização da epidemia têm
numerosas consequências, dentre elas, o aumento do número de crianças
infectadas pelo HIV tendo a transmissão vertical como principal via de infecção. Em
2010, o Ministério da saúde criou o manual de Recomendações de profilaxia de
transmissão vertical do HIV e terapia antirretroviral em gestantes e as demais
condutas relacionadas a profilaxia da transmissão vertical do HIV. Assim, o objetivo
geral deste estudo foi analisar se as medidas recomendadas pelo Ministério da
Saúde como controle da transmissão vertical do HIV estão sendo adotadas por
gestantes e profissionais de saúde de uma maternidade pública de Goiânia, Goiás.
Pesquisa realizada entre março a maio de 2012, dividida em duas etapas: a primeira
trata-se de estudo transversal, que consistiu na análise de 323 prontuários de
gestantes HIV positivo atendidas em uma maternidade pública do Estado de Goiás
entre os anos de 2006 a 2011, e a segunda trata-se de um estudo transversal
envolvendo 25 profissionais atuantes na Maternidade e Centro Obstétrico desta
Instituição. Dentre o 323 prontuários analisados, 48,9% das gestantes estavam
inseridas na faixa etária entre 25 a 34 anos de idade, 68,7% eram solteiras, 65,6%
pardas, 50,5% possuíam tempo de estudo entre 4 a 7 anos e 74,9% não possuíam
vínculo empregatício. Foram verificados os principais riscos relacionados à
transmissão vertical do HIV nos 323 prontuários analisados. Dos profissionais
investigados 76% apresentam conhecimento inadequado sobre o teste anti-HIV na
gestantes, 80% desconhecem com que idade gestacional realiza-se a cesárea
eletiva, 66% não sabem a dose para ataque do AZT e o tempo utilizado antes do
parto, 84% não conhecem qual o método indicado para inibição da lactação. Os
dados observados em nosso estudo são preocupantes e evidenciam lacunas
existentes na assistência prestada às gestantes HIV positivos e RN expostos,
através de informações obtidas que contradizem essa prática.
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