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Fatores de risco associados às reações adversas a medicamentos antituberculose : uma revisão sistemáticaResende, Laíse Soares Oliveira 28 August 2013 (has links)
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tese_6767_2011_Laise.pdf: 1611120 bytes, checksum: dc3f71b886d62aa108232580c6306fb6 (MD5) / Introdução: Os problemas relacionados à interrupção e ao abandono do tratamento da tuberculose culminam em aumento da morbimortalidade. A ocorrência de reações adversas a medicamentos (RAM) é apontada como um dos principais fatores relacionados. Objetivo: Identificar evidência científica disponível sobre os fatores de risco associados às reações adversas decorrentes do uso de medicamentos antituberculose. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática em que se buscou estudos sobre fatores de risco associados às reações adversas aos medicamentos antituberculose nas bases Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), no período entre 1965 e 2013 e Literatura Científica e Técnica da América Latina e Caribe (LILACS), no período entre 1982 e 2013. Localizou-se 1389 artigos que passaram por uma triagem a partir da leitura dos títulos e resumos. A partir dessa análise, selecionou-se 85 estudos para serem lidos na íntegra. Ao final, 16 estudos foram incluídos na análise a partir dos critérios de elegibilidade adotados em cada etapa, que tiveram seus dados extraídos para os cálculos de Qui-quadrado, Mantel-haenszel, Odds ratio simples (OR) e combinada (ORc). Resultados: Os fatores de risco significantes para o desenvolvimento de RAM foram: idade (maior que 60 anos), esquemas de tratamento, alcoolismo, anemia, coinfecção pelo vírus da imunodeficiência humana ou vírus da hepatite, polimorfismo da N-acetiltransferase 2 (acetilador lento), além da deficiência de sódio, ferro e albumina. Enquanto as meta-análises evidenciaram que os fatores de proteção das RAM hepáticas são: sexo masculino (ORc=0,38; IC95%=0,20-0,72), idade >35 anos (ORc=0,38; IC95%=0,20-0,72), fenótipo acetilador rápido/intermediário da N-acetiltransferase 2 (ORc=0,41; IC95%=0,18-0,90). Conclusões: Há evidências para subsidiar o manejo de RAM antituberculose nos serviços de saúde pública. / Setting: The problems related to the interruption and the dropout of tuberculosis treatments lead to increased morbi-mortality. Drugs adverse effects are some of the main related reasons. Objective: To identify scientific evidence available about risk factors associated to adverse effects due to antituberculosis drugs usage. Design: A systematic review of studies about risk factors related to adverse effects of antituberculosis drugs selected in MEDLINE database from 1965 to 2013 and in LILACS database from 1982 to 2013. After screening papers by reading all titles and abstracts there were 1.389 approved papers. Based on this analysis, 85 papers were selected to be fully read. At the end, 16 papers were selected to be analyzed due to the eligibility criteria on each step, had their data extracted for calculation of Chi-square, Mantel-Haenszel, Odds ratio (OR) and combined Odds ratio (ORc). Results: Significant risk factors to the development of drugs adverse effects were: age over 60 years, treatment regimen, alcoholism, anemia, coinfection by human immunodeficiency or hepatitis viruses, phenotype slow acetylators of N-acetyltransferase 2 and the deficiency of sodium, iron and albumin. While, meta- analysis showed that protective factors of liver AED are: male (ORc = 0.38, 95%CI= 0.20 to 0.72), age > 35 years (ORc=0.38, CI95%=0.20 to 0.72), acetylator phenotype fast / intermediate of N-acetyltransferase 2 (ORc=0.41, 95% I= 0.18 to 0.90). Conclusion: There is evidence to support the management of antituberculosis AED in public health services.
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Estudo do mecanismo de ação da atividade acaricida de Calea serrata (Asteraceae) em Rhipicephalus (Boophilus) microplus e da sua toxicidade em roedoresRibeiro, Vera Lucia Sardá January 2012 (has links)
O extrato n-hexano de Calea serrata demonstrou atividade acaricida contra larvas de Rhipicephalus (Boophilus) microplus e R. sanguineus. A enzima acetilcolinesterase (AChE), responsável por hidrolisar a acetilcolina nas sinapses colinérgicas, tem sido alvo de pesticidas e sua inibição pelos organofosforados levam à paralisia e morte de artrópodes. O uso intensivo de acaricidas / inseticidas tem provocado resistência em artrópodes, a qual pode estar relacionada com maior atividade de enzimas de detoxicação, como a glutationa-S-transferase (GST). O objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade acaricida do componente isolado do extrato n-hexano, o precoceno II, e do óleo essencial de C. serrata, assim como, determinar a composição química do referido óleo. Com intuito de compreender o mecanismo de ação acaricida do extrato n-hexano de C. serrata, foi investigado o efeito deste extrato sobre a atividade in vitro da AChE em larvas de R. microplus e em estruturas cerebrais de ratos Wistar machos, bem como sobre a modulação da atividade da GST em larvas de R. microplus. O óleo essencial e o precoceno II, o composto isolado, mostraram atividade larvicida. O óleo essencial apresentou diferentes sesquiterpenos em sua constituição química, além de precoceno II. O extrato nhexano de C. serrata inibiu significativamente a atividade in vitro da AChE em larvas de R. microplus e em estruturas cerebrais de ratos. O extrato n-hexano de C. serrata inibiu significativamente a atividade in vitro da GST. Compostos do extrato n-hexano de C. serrata podem ser potenciais inibidores de AChE e de GST, os quais podem contribuir para a sua toxicidade para os carrapatos. Considerando que o aumento da atividade da GST poderia reduzir a eficiência de carrapaticidas, é possível supor que C. serrata possa ser usada como um adjuvante no controle de R. microplus. Os resultados obtidos também suportam a possibilidade de que a inibição da acetilcolinesterase seja um possível mecanismo de ação do extrato n-hexano de C. serrata. / It has been demonstrated that the n-hexane extract of Calea serrata had acaricidal activity against larvae of R. microplus and R. sanguineus. Acetylcholinesterase (AChE), an enzyme that hydrolyses acetylcholine at cholinergic synapses, is a target for pesticides and its inhibition by organophosphates leads to paralysis and death of arthropods. Extensive uses of acaricides/inseticides have induced resistance in arthropods, which can be related to higher activity of detoxification enzymes, such as glutathione-S-transferase (GST).The aims of the present study were to evaluate the acaricide activity of isolated constituent of n-hexane extract, the precocene II, and the essential oil of C.serrata, in addition to determine the chemical composition of essential oil. In order to understand the mechanism of the acaricidal action of C. serrata n-hexane extract, we investigated the effect of this extract on in vitro anticholinesterase activity of larvae from R. microplus and in brain structures of male Wistar rats, as well as, we investigated the effect of C. serrata on GST activity of larvae from R. microplus.The essential oil and the isolated compound, precocene II, showed larvicidal action. Several sesquiterpenes were detected in the essential oil of C. serrata. The n-hexane extract significantly inhibited in vitro acetylcholinesterase activity in R. microplus larvae and rat brain structures. The n-hexane extract of C. serrata inhibited significantly GST activity. Compounds of n-hexane extract from C. serrata may be potential inhibitors of AChE and GST, which may contribute to its tick toxicity. Considering that higher GST activities would reduce the efficiency of the pesticides, we can also suppose that C. serrata may be at least used as an adjuvant in tick control. The results support that inhibition of acetylcholinesterase is a possible mechanism of action of hexane extract at C. serrata.
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Estudo do mecanismo de ação da atividade acaricida de Calea serrata (Asteraceae) em Rhipicephalus (Boophilus) microplus e da sua toxicidade em roedoresRibeiro, Vera Lucia Sardá January 2012 (has links)
O extrato n-hexano de Calea serrata demonstrou atividade acaricida contra larvas de Rhipicephalus (Boophilus) microplus e R. sanguineus. A enzima acetilcolinesterase (AChE), responsável por hidrolisar a acetilcolina nas sinapses colinérgicas, tem sido alvo de pesticidas e sua inibição pelos organofosforados levam à paralisia e morte de artrópodes. O uso intensivo de acaricidas / inseticidas tem provocado resistência em artrópodes, a qual pode estar relacionada com maior atividade de enzimas de detoxicação, como a glutationa-S-transferase (GST). O objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade acaricida do componente isolado do extrato n-hexano, o precoceno II, e do óleo essencial de C. serrata, assim como, determinar a composição química do referido óleo. Com intuito de compreender o mecanismo de ação acaricida do extrato n-hexano de C. serrata, foi investigado o efeito deste extrato sobre a atividade in vitro da AChE em larvas de R. microplus e em estruturas cerebrais de ratos Wistar machos, bem como sobre a modulação da atividade da GST em larvas de R. microplus. O óleo essencial e o precoceno II, o composto isolado, mostraram atividade larvicida. O óleo essencial apresentou diferentes sesquiterpenos em sua constituição química, além de precoceno II. O extrato nhexano de C. serrata inibiu significativamente a atividade in vitro da AChE em larvas de R. microplus e em estruturas cerebrais de ratos. O extrato n-hexano de C. serrata inibiu significativamente a atividade in vitro da GST. Compostos do extrato n-hexano de C. serrata podem ser potenciais inibidores de AChE e de GST, os quais podem contribuir para a sua toxicidade para os carrapatos. Considerando que o aumento da atividade da GST poderia reduzir a eficiência de carrapaticidas, é possível supor que C. serrata possa ser usada como um adjuvante no controle de R. microplus. Os resultados obtidos também suportam a possibilidade de que a inibição da acetilcolinesterase seja um possível mecanismo de ação do extrato n-hexano de C. serrata. / It has been demonstrated that the n-hexane extract of Calea serrata had acaricidal activity against larvae of R. microplus and R. sanguineus. Acetylcholinesterase (AChE), an enzyme that hydrolyses acetylcholine at cholinergic synapses, is a target for pesticides and its inhibition by organophosphates leads to paralysis and death of arthropods. Extensive uses of acaricides/inseticides have induced resistance in arthropods, which can be related to higher activity of detoxification enzymes, such as glutathione-S-transferase (GST).The aims of the present study were to evaluate the acaricide activity of isolated constituent of n-hexane extract, the precocene II, and the essential oil of C.serrata, in addition to determine the chemical composition of essential oil. In order to understand the mechanism of the acaricidal action of C. serrata n-hexane extract, we investigated the effect of this extract on in vitro anticholinesterase activity of larvae from R. microplus and in brain structures of male Wistar rats, as well as, we investigated the effect of C. serrata on GST activity of larvae from R. microplus.The essential oil and the isolated compound, precocene II, showed larvicidal action. Several sesquiterpenes were detected in the essential oil of C. serrata. The n-hexane extract significantly inhibited in vitro acetylcholinesterase activity in R. microplus larvae and rat brain structures. The n-hexane extract of C. serrata inhibited significantly GST activity. Compounds of n-hexane extract from C. serrata may be potential inhibitors of AChE and GST, which may contribute to its tick toxicity. Considering that higher GST activities would reduce the efficiency of the pesticides, we can also suppose that C. serrata may be at least used as an adjuvant in tick control. The results support that inhibition of acetylcholinesterase is a possible mechanism of action of hexane extract at C. serrata.
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Avaliação do desenvolvimento de drogas em onco-hematologia : valor preditivo dos estudos de fase I e importância da incorporação da terapia personalizada / Evaluation of the drug development process in oncology-hematology : predictive value of phase I studies and importance of the incorporation of personalized therapyFontes Jardim, Denis Leonardo, 1982- 26 August 2018 (has links)
Orientador: Fernando Ferreira Costa / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-26T08:03:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Resumo: Tradicionalmente, o modelo de desenvolvimento de drogas em onco-hematologia utiliza-se de estudos de fase I como a primeira etapa no desenvolvimento clínico de uma droga. Nesses estudos, procura-se estabelecer a dose recomendada de novos agentes e seu perfil de segurança inicial, sendo as toxicidades o principal desfecho a ser monitorado. Posteriormente, estudos de registro são conduzidos para a aprovação de novas medicações por agências regulatórias. A maioria das medicações foi historicamente desenvolvida para uma população não-selecionada de um subtipo tumoral. No entanto, recentemente, o conhecimento em onco-hematologia vem sofrendo profundas mudanças, principalmente com o advento de novas técnicas de biologia molecular que permitem um melhor conhecimento da biologia das neoplasias. Com isso, é crescente a percepção de que existem subpopulações de pacientes com alterações moleculares específicas que demandam estratégias direcionadas; também é crescente o número de novas drogas de alvo molecular em desenvolvimento. Nesse contexto, é pouco sabido se o modelo tradicional de desenvolvimento de drogas, historicamente utilizado para medicações citotóxicas e para populações não selecionadas, estaria adequado frente essas novas demandas. Neste projeto de doutorado, avaliamos a correlação dos resultados de dose e toxicidade dos estudos de fase I com desfechos semelhantes nos estudos futuros de registro de novas medicações aprovadas pelo Food and Drug Administration (FDA) em onco-hematologia, com ênfase na comparação entre drogas citotóxicas tradicionais e drogas de alvo molecular. Determinamos que em 73% das comparações os estudos de registro adotaram uma dose entre 80% e 100% daquela recomendada pelos estudos de fase I, sendo que para drogas de alvo molecular os estudos clínicos iniciais foram menos preditores da dose futuramente aprovada dos agentes. Setenta por cento das toxicidades clinicamente relevantes em estudos de registro foram ao menos citadas em estudos de fase I, havendo uma correlação positiva com um maior número de pacientes incluídos em estudos iniciais, até cerca de 60 pacientes. Apesar das diferenças entre as populações de um estudo de fase I e de registro, a análise mostrou que um dos objetivos dos estudos de fase I foi cumprido, que seria de garantir a segurança de pacientes através da determinação de dose. Também buscamos comparar a eficácia em termos de controle de neoplasias entre drogas desenvolvidas com o conceito de terapia personalizada em relação àquelas para uma população não selecionada. Através da metodologia de meta-análise, demonstramos que em estudos de registro randomizados utilizados pelo FDA, terapias consideradas personalizadas proporcionaram maiores chances de respostas antitumorais e prolongamento do tempo até progressão de doença. A análise de todos os estudos de registro (randomizados e não randomizados) também mostrou que a terapia personalizada foi um fator independente relacionado ao aumento de sobrevida global dos pacientes. Os resultados obtidos sugerem que, frente as recentes modificações no entendimento de neoplasias e desenvolvimento de drogas, o modelo tradicional de determinação de doses em estudos de fase I necessita de adaptações, principalmente para drogas de alvo molecular, e que a incorporação do conceito de terapia personalizada é benéfica e segura para pacientes / Abstract: Traditionally, phase I trials are the first step in the clinical development model of new drugs in hematology-oncology. Phase I trials aim to establish the recommended dose of new agents for further development and their initial safety profile. Toxicities are the main outcome in these studies. Subsequently, registration trials are conduct to be the basis for drug approval by regulatory agencies, including the Food and Drug Administration (FDA). The majority of new drugs were developed for an unselect histologic type of cancer. Nevertheless, new technologies led to advances in the comprehension of the molecular basis of cancers. There is a growing evidence suggesting that specific molecular subtypes of cancers need specific strategies to target their genetic drivers. Additionally, the availability of new targeted therapies is increasing. In this context, it is not known how the traditional drug development model originally developed for cytotoxic drugs and for an unselect cancer population would perform. In this PhD thesis, we compared dosing and toxicity information from phase I trials with registration trials that led to approval of new drugs for cancer treatment by the FDA, with special attention to the sub-analysis comparing targeted versus cytotoxic agents. In 73% of matched trials (phase I trial and the respective registration trial), the dose from the registration trial was within 20% of the dose recommended by the phase I. In a multivariable analysis, phase I trials of targeted agents were less predictive of the final approved dose when compared to cytotoxic agents. Of the 530 clinically relevant toxicities in later trials, 70% were described in the respective phase I. A significant relationship between increasing the number of patients in phase I (up to 60) and the ability to describe future clinically relevant toxicities was observed. Despite several differences in design and cancer population when compared to registration trials, phase I trials were able to assure safety of patients based on its dose recommendation, which is one of the major objectives of these trials. We also compared efficacy outcomes between anticancer drugs developed under a personalized strategy (biomarker-driven treatment) with drugs developed for an unselected population. In randomized registration trials (using a random-effects meta-analysis model), personalized therapy arms were associated with a higher relative response rate ratio (compared to their corresponding control arms), prolongation of progression-free survival (PFS) and trend towards longer overall survival (OS) in comparison to non-personalized trials. Analysis of experimental arms in all registration trials (randomized and non-randomized) demonstrated that personalized therapy was an independent predictor of better response rates, PFS and OS. Treatment-related mortality rate was similar for personalized and non-personalized trials. Our results suggests that the traditional dose determination model from phase I trials needs further adaptations, especially for new molecularly targeted therapies. In addition, a personalized therapy approach for development of new agents was safe and associated with improved efficacy outcomes. We believe that our results will help to implement strategies for the development of new agents for the treatment of hematologic and solid cancers / Doutorado / Clinica Medica / Doutor em Clínica Médica
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Efeito da aplicação de acetato de triancinolona sem preservativo (Triensence®) na retina: estudo morfológico, eletrorretinográfico e em cultura de células retinianas / EFFECTS OF PRESERVATIVE-FREE TRIAMCINOLONE ACETONIDE (TRIESENCE®) ON RETINAL CELLS: AN IN VIVO MORPHOLOGIC AND ELETRORETINOGRAPHIC, AND IN VITRO TISSUE CULTURE STUDYZacharias, Leandro Cabral 21 June 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: Injeções intravítreas de acetato de triancinolona são utilizadas no tratamento de uma série de doenças retinianas. Estudos in vitro demonstram toxicidade, mas não está ainda claro se está relacionada ao preservativo ácido benzílico. Recentemente, uma formulação sem preservativo (Triesence®) foi aprovada nos Estados Unidos da América para uso intraocular. Entretanto, não existem estudos avaliando os efeitos in vitro e in vivo desta formulação. OBJETIVOS: Avaliar os efeitos do Triesence® em culturas de células retinianas e em um modelo experimental animal. MÉTODOS: As culturas de células ARPE--19 e R28 foram tratadas por 24 horas com Triesence® em cristais (TRIc) nas doses de 1000, 500, 200 ou 100 g/mL, ou solubilizado (TRIs) nas doses de 1000, 500 ou 200 ?g/mL. O Triesence® foi solubilizado após a centrifugação da droga, descarte do sobrenadante contendo o veículo, e em seguida ressuspensão da droga em quantidade equivalente de dimetilsulfóxido (DMSO). A porcentagem de viabilidade celular (VC) foi avaliada em ensaio de exclusão com azul de tripan. O potencial de membrana mitocondrial, foi analisado com o ensaio JC1. A atividade da caspase--3/7 foi mensurada por ensaio com fluoróforos. Trinta coelhos borboletas (Oryctolagus Cuniculum) foram divididos em três grupos e receberam 3 quantidades diferentes de Triesence® intravítreo: 1, 4, ou 8 mg. Após a anestesia, o olho direito (OD) recebeu a droga, enquanto o olho esquerdo (OE) recebeu o mesmo volume de solução salina balanceada. Ao final de 30 dias, o eletrorretinograma (ERG) foi registrado. Após realização do ERG, os animais foram sacrificados e os olhos coletados para análise morfológica. Doze outros coelhos foram submetidos somente a análise morfológica após 7 dias da aplicação. OS ERGs foram registrados com o sistema RETIport (Roland Consult, Alemanha), com um estimulador Ganzfeld Q450 SC. O teste de postos com sinais de Wilcoxon foi utilizado para comparar as amostras relacionadas. Para estímulos escotópicos, o valor logarítmico das amplitudes médias da onda b foi relacionado ao valor logarítmico da intensidade luminosa de cada estímulo, e a amplitude máxima da onda b (Vmax), a intensidade luminosa necessária para se atingir 50% do valor do Vmax (k), e a inclinação da curva (n) foram analisados utilizando--se os testes estatísticos ANOVA e t de Student pareado bicaudal. Resumo RESULTADOS: TRIc causa diminuição significativa na viabilidade celular em todas as concentrações e linhagens testadas, o que é minimizado pela solubilização da droga. Mesmo o TRIs demonstrou aumento da regulação da caspase 3/7, indicativo de apoptose in vitro, mas não houve aumento da atividade no ensaio JC1. O ERG escotópico evidenciou uma queda estatisticamente significativa de aproximadamente 7% no Vmax no grupo recebendo 8 mg a droga, mas não houve alteração significativa nos parâmetros k ou n em nenhuma concentração testada. O ERG fotópico evidenciou amplitudes de onda b significativamente reduzidas nos grupos que receberam 4 ou 8 mg, mas não no que recebeu 1 mg. Observou--se redução na amplitude do flicker para 24 ou 30 Hertz (Hz) no grupo que recebeu 8 mg, e para 30 Hz no grupo que recebeu 4 mg. Não foram notadas diferenças nos ensaios Hematoxilina--Eosina (H&E), Tunnel, Fluoro--Jade B ou GFAP (proteína glial fibrilar ácida) entre retinas tratadas e controle após 30 dias. Entretanto, após 7 dias, observou--se marcação positiva para proteína glial fibrilar ácida nas células de Müller. CONCLUSÃO: TRIc causa uma diminuição significativa na viabilidade celular em culturas de células retinianas. Após solubilizada, a droga não causa este efeito ou tampouco altera-o. Mesmo o TRIs causa aumento dos níveis de caspase 3/7, sugerindo apoptose. No modelo experimental em coelhos, foram observadas alterações morfológicas e eletrorretinográficas após a injeção intravítrea de Triesence®. Células de Müller apresentaram expressão de GFAP após 7 dias, mas não após 30 dias, sugerindo ativação transitória deste tipo celular. Não foram encontrados sinais de necrose ou apoptose, mesmo nas doses mais elevadas. Os resultados do ERG sugerem toxicidade retiniana após aplicação intravítrea de 4 ou 8 mg de Triesence® (4 a 8 vezes a dose clínica terapêutica) / INTRODUCTION: Intravitreous triancinolone acetonide is used to treat various retinal disorders. In vitro studies show toxicity, but it is not clear if that is related to the preservative benzyl alcohol. Recently, a formulation without preservative (Triesence®) was approved for intraocular use. However, no in vitro or in vivo studies with this formulation have been reported in literature so far. OBJECTIVES: To evaluate the effects of the exposure of Triesence® on retinal cells in culture and on an in--vivo rabbit model. METHODS: ARPE--19 and R28 cell cultures were treated for 24 hours with 1000, 500, 200 or 100 ?g/mL of crystalline (TRIc) or 1000, 500 or 200 g/mL of solubilized (TRIs) Triesence®. The drug was solubilized by centrifuging it, discarding the supernatant containing the vehicle and then resuspending the pellet in an equivalent amount of Dimethyl sulfoxide (DMSO). Percentage of cell viability (VC) was evaluated by a trypan blue dye--exclusion assay. The mitochondrial membrane potential was analyzed with the JC--1 assay. The caspase--3/7 activity was measured by a fluorochrome assay. Thirty pigmented rabbits (Oryctolagus Cuniculum) were assigned to 3 different intravitreal drug concentrations of Triesence®: 1, 4 or 8 mg. The animals were anesthetized and the right eye (OD) received drug, while the left eye (OS) received balanced salt solution. After 30 days, electroretinogram (ERG) was recorded. ERGs were recorded with the RETIport system (Roland Consult, Germany) with a Ganzfeld Q450 SC stimulator. Wilcoxon signed rank test was used to compare related samples. After the ERG, the animals were euthanized and the eyes were collected for morphological analysis. Twelve other rabbits had histology only analysis after 7 days of injection. Dark--adapted b--wave mean amplitudes were plotted as log response versus log light intensity curves, and the maximum The mitochondrial membrane potential was analyzed with the JC--1 assay. The caspase--3/7 activity was measured by a fluorochrome assay. Thirty pigmented rabbits (Oryctolagus Cuniculum) were assigned to 3 different intravitreal drug concentrations of Triesence®: 1, 4 or 8 mg. The animals were anesthetized and the right eye (OD) received drug, while the left eye (OS) received balanced salt solution. After 30 days, electroretinogram (ERG) was recorded. ERGs were recorded with the RETIport system (Roland Consult, Germany) with a Ganzfeld Q450 SC stimulator. Wilcoxon signed rank test was used to compare related samples. After the ERG, the animals were euthanized and the eyes were collected for morphological analysis. Twelve other rabbits had histology only analysis after 7 days of injection. Dark--adapted b--wave mean amplitudes were plotted as log response versus log light intensity curves, and the maximum
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Efeito da aplicação de acetato de triancinolona sem preservativo (Triensence®) na retina: estudo morfológico, eletrorretinográfico e em cultura de células retinianas / EFFECTS OF PRESERVATIVE-FREE TRIAMCINOLONE ACETONIDE (TRIESENCE®) ON RETINAL CELLS: AN IN VIVO MORPHOLOGIC AND ELETRORETINOGRAPHIC, AND IN VITRO TISSUE CULTURE STUDYLeandro Cabral Zacharias 21 June 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: Injeções intravítreas de acetato de triancinolona são utilizadas no tratamento de uma série de doenças retinianas. Estudos in vitro demonstram toxicidade, mas não está ainda claro se está relacionada ao preservativo ácido benzílico. Recentemente, uma formulação sem preservativo (Triesence®) foi aprovada nos Estados Unidos da América para uso intraocular. Entretanto, não existem estudos avaliando os efeitos in vitro e in vivo desta formulação. OBJETIVOS: Avaliar os efeitos do Triesence® em culturas de células retinianas e em um modelo experimental animal. MÉTODOS: As culturas de células ARPE--19 e R28 foram tratadas por 24 horas com Triesence® em cristais (TRIc) nas doses de 1000, 500, 200 ou 100 g/mL, ou solubilizado (TRIs) nas doses de 1000, 500 ou 200 ?g/mL. O Triesence® foi solubilizado após a centrifugação da droga, descarte do sobrenadante contendo o veículo, e em seguida ressuspensão da droga em quantidade equivalente de dimetilsulfóxido (DMSO). A porcentagem de viabilidade celular (VC) foi avaliada em ensaio de exclusão com azul de tripan. O potencial de membrana mitocondrial, foi analisado com o ensaio JC1. A atividade da caspase--3/7 foi mensurada por ensaio com fluoróforos. Trinta coelhos borboletas (Oryctolagus Cuniculum) foram divididos em três grupos e receberam 3 quantidades diferentes de Triesence® intravítreo: 1, 4, ou 8 mg. Após a anestesia, o olho direito (OD) recebeu a droga, enquanto o olho esquerdo (OE) recebeu o mesmo volume de solução salina balanceada. Ao final de 30 dias, o eletrorretinograma (ERG) foi registrado. Após realização do ERG, os animais foram sacrificados e os olhos coletados para análise morfológica. Doze outros coelhos foram submetidos somente a análise morfológica após 7 dias da aplicação. OS ERGs foram registrados com o sistema RETIport (Roland Consult, Alemanha), com um estimulador Ganzfeld Q450 SC. O teste de postos com sinais de Wilcoxon foi utilizado para comparar as amostras relacionadas. Para estímulos escotópicos, o valor logarítmico das amplitudes médias da onda b foi relacionado ao valor logarítmico da intensidade luminosa de cada estímulo, e a amplitude máxima da onda b (Vmax), a intensidade luminosa necessária para se atingir 50% do valor do Vmax (k), e a inclinação da curva (n) foram analisados utilizando--se os testes estatísticos ANOVA e t de Student pareado bicaudal. Resumo RESULTADOS: TRIc causa diminuição significativa na viabilidade celular em todas as concentrações e linhagens testadas, o que é minimizado pela solubilização da droga. Mesmo o TRIs demonstrou aumento da regulação da caspase 3/7, indicativo de apoptose in vitro, mas não houve aumento da atividade no ensaio JC1. O ERG escotópico evidenciou uma queda estatisticamente significativa de aproximadamente 7% no Vmax no grupo recebendo 8 mg a droga, mas não houve alteração significativa nos parâmetros k ou n em nenhuma concentração testada. O ERG fotópico evidenciou amplitudes de onda b significativamente reduzidas nos grupos que receberam 4 ou 8 mg, mas não no que recebeu 1 mg. Observou--se redução na amplitude do flicker para 24 ou 30 Hertz (Hz) no grupo que recebeu 8 mg, e para 30 Hz no grupo que recebeu 4 mg. Não foram notadas diferenças nos ensaios Hematoxilina--Eosina (H&E), Tunnel, Fluoro--Jade B ou GFAP (proteína glial fibrilar ácida) entre retinas tratadas e controle após 30 dias. Entretanto, após 7 dias, observou--se marcação positiva para proteína glial fibrilar ácida nas células de Müller. CONCLUSÃO: TRIc causa uma diminuição significativa na viabilidade celular em culturas de células retinianas. Após solubilizada, a droga não causa este efeito ou tampouco altera-o. Mesmo o TRIs causa aumento dos níveis de caspase 3/7, sugerindo apoptose. No modelo experimental em coelhos, foram observadas alterações morfológicas e eletrorretinográficas após a injeção intravítrea de Triesence®. Células de Müller apresentaram expressão de GFAP após 7 dias, mas não após 30 dias, sugerindo ativação transitória deste tipo celular. Não foram encontrados sinais de necrose ou apoptose, mesmo nas doses mais elevadas. Os resultados do ERG sugerem toxicidade retiniana após aplicação intravítrea de 4 ou 8 mg de Triesence® (4 a 8 vezes a dose clínica terapêutica) / INTRODUCTION: Intravitreous triancinolone acetonide is used to treat various retinal disorders. In vitro studies show toxicity, but it is not clear if that is related to the preservative benzyl alcohol. Recently, a formulation without preservative (Triesence®) was approved for intraocular use. However, no in vitro or in vivo studies with this formulation have been reported in literature so far. OBJECTIVES: To evaluate the effects of the exposure of Triesence® on retinal cells in culture and on an in--vivo rabbit model. METHODS: ARPE--19 and R28 cell cultures were treated for 24 hours with 1000, 500, 200 or 100 ?g/mL of crystalline (TRIc) or 1000, 500 or 200 g/mL of solubilized (TRIs) Triesence®. The drug was solubilized by centrifuging it, discarding the supernatant containing the vehicle and then resuspending the pellet in an equivalent amount of Dimethyl sulfoxide (DMSO). Percentage of cell viability (VC) was evaluated by a trypan blue dye--exclusion assay. The mitochondrial membrane potential was analyzed with the JC--1 assay. The caspase--3/7 activity was measured by a fluorochrome assay. Thirty pigmented rabbits (Oryctolagus Cuniculum) were assigned to 3 different intravitreal drug concentrations of Triesence®: 1, 4 or 8 mg. The animals were anesthetized and the right eye (OD) received drug, while the left eye (OS) received balanced salt solution. After 30 days, electroretinogram (ERG) was recorded. ERGs were recorded with the RETIport system (Roland Consult, Germany) with a Ganzfeld Q450 SC stimulator. Wilcoxon signed rank test was used to compare related samples. After the ERG, the animals were euthanized and the eyes were collected for morphological analysis. Twelve other rabbits had histology only analysis after 7 days of injection. Dark--adapted b--wave mean amplitudes were plotted as log response versus log light intensity curves, and the maximum The mitochondrial membrane potential was analyzed with the JC--1 assay. The caspase--3/7 activity was measured by a fluorochrome assay. Thirty pigmented rabbits (Oryctolagus Cuniculum) were assigned to 3 different intravitreal drug concentrations of Triesence®: 1, 4 or 8 mg. The animals were anesthetized and the right eye (OD) received drug, while the left eye (OS) received balanced salt solution. After 30 days, electroretinogram (ERG) was recorded. ERGs were recorded with the RETIport system (Roland Consult, Germany) with a Ganzfeld Q450 SC stimulator. Wilcoxon signed rank test was used to compare related samples. After the ERG, the animals were euthanized and the eyes were collected for morphological analysis. Twelve other rabbits had histology only analysis after 7 days of injection. Dark--adapted b--wave mean amplitudes were plotted as log response versus log light intensity curves, and the maximum
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Audiometria de altas frequências em pacientes pediátricos que receberam tratamento antineoplásico com cisplatinaEscosteguy, Juliana Ribas January 2010 (has links)
Introdução: A cisplatina pode causar danos permanentes à cóclea, inicialmente pelas células ciliadas externas da espira basal, apresentando como conseqüências alterações da seletividade frequencial da cóclea e perda auditiva neurossensorial irreversível. A audiometria de altas freqüências, por avaliar freqüências auditivas acima de 8.000 Hz, tem sido considerada como método eficaz para monitoramento e diagnóstico precoce da ototoxicidade em indivíduos expostos à cisplatina. O objetivo deste trabalho foi avaliar a audição de pacientes pediátricos que receberam cisplatina através da audiometria de altas freqüências e comparar com os resultados da audiometria tonal limiar e emissões otoacústicas por produto de distorção. Pacientes e métodos: Pacientes do Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre que receberam quimioterapia com cisplatina entre 1991 e 2008, foram incluídos nas análises. Resultados: Quarenta e dois pacientes foram avaliados. A mediana de idade à avaliação foi 14.5 anos (4 a 37 anos). Foi detectada alteração auditiva nas frequências convencionais em 24 pacientes (57%), alterações nas emissões otoacústicas foram encontradas em 27 (64%) pacientes e, quando submetidos à audiometria de altas frequências esta anormalidade foi observada em 36 indivíduos (86%). Conclusão: Os resultados sugerem que a audiometria de altas freqüências é mais efetiva do que a audiometria tonal limiar e as emissões otoacústicas por produto de distorção para detectar alterações auditivas, podendo ser exame útil na prática clínica para monitoramento e diagnóstico precoce em pacientes tratados com medicações ototóxicas. / Introduction: Cisplatin may cause permanent cochlear damage by changing cochlear frequency selectivity and can lead to irreversible sensorineural hearing loss. High-frequency audiometry is able to assess hearing frequencies above 8,000 Hertz (Hz); hence, it has been considered a high-quality method to monitor and diagnose early and asymptomatic signs of ototoxicity in patients receiving cisplatin. The aims were to evaluate hearing losses induced by cisplatin in pediatric patients through high-frequency audiometry and compare the diagnostic efficacy to standard pure-tone audiometry and distortion-product otoacoustic emissions Patients and methods: Patients who had received cisplatin chemotherapy between 1991 and 2008 at the Hospital de Clínicas de Porto Alegre Pediatric Unit, Brazil, were included in the analysis. Results: Forty-two patients were evaluated. The median age at study assessment was 14.5 years (range 4 to 37 years). Hearing loss was detected in 24 patients (57%) at conventional frequencies. Alterations of otoacoustic emissions were found in 64% of evaluated patients and hearing loss was observed in 36 patients (86%) when high-frequency test was added. The mean cisplatin dose was significantly higher (p=0,046) for patients with hearing impairment at conventional frequencies. Conclusion: The results suggest that high-frequency audiometry is more effective than pure-tone audiometry and distortion product otoacoustic emissions in detecting hearing loss, particularly at higher frequencies. It may be a useful tool the clinic for early diagnosis and monitoring of patients treated with ototoxic drugs to prevent further deterioration of hearing function.
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Audiometria de altas frequências em pacientes pediátricos que receberam tratamento antineoplásico com cisplatinaEscosteguy, Juliana Ribas January 2010 (has links)
Introdução: A cisplatina pode causar danos permanentes à cóclea, inicialmente pelas células ciliadas externas da espira basal, apresentando como conseqüências alterações da seletividade frequencial da cóclea e perda auditiva neurossensorial irreversível. A audiometria de altas freqüências, por avaliar freqüências auditivas acima de 8.000 Hz, tem sido considerada como método eficaz para monitoramento e diagnóstico precoce da ototoxicidade em indivíduos expostos à cisplatina. O objetivo deste trabalho foi avaliar a audição de pacientes pediátricos que receberam cisplatina através da audiometria de altas freqüências e comparar com os resultados da audiometria tonal limiar e emissões otoacústicas por produto de distorção. Pacientes e métodos: Pacientes do Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre que receberam quimioterapia com cisplatina entre 1991 e 2008, foram incluídos nas análises. Resultados: Quarenta e dois pacientes foram avaliados. A mediana de idade à avaliação foi 14.5 anos (4 a 37 anos). Foi detectada alteração auditiva nas frequências convencionais em 24 pacientes (57%), alterações nas emissões otoacústicas foram encontradas em 27 (64%) pacientes e, quando submetidos à audiometria de altas frequências esta anormalidade foi observada em 36 indivíduos (86%). Conclusão: Os resultados sugerem que a audiometria de altas freqüências é mais efetiva do que a audiometria tonal limiar e as emissões otoacústicas por produto de distorção para detectar alterações auditivas, podendo ser exame útil na prática clínica para monitoramento e diagnóstico precoce em pacientes tratados com medicações ototóxicas. / Introduction: Cisplatin may cause permanent cochlear damage by changing cochlear frequency selectivity and can lead to irreversible sensorineural hearing loss. High-frequency audiometry is able to assess hearing frequencies above 8,000 Hertz (Hz); hence, it has been considered a high-quality method to monitor and diagnose early and asymptomatic signs of ototoxicity in patients receiving cisplatin. The aims were to evaluate hearing losses induced by cisplatin in pediatric patients through high-frequency audiometry and compare the diagnostic efficacy to standard pure-tone audiometry and distortion-product otoacoustic emissions Patients and methods: Patients who had received cisplatin chemotherapy between 1991 and 2008 at the Hospital de Clínicas de Porto Alegre Pediatric Unit, Brazil, were included in the analysis. Results: Forty-two patients were evaluated. The median age at study assessment was 14.5 years (range 4 to 37 years). Hearing loss was detected in 24 patients (57%) at conventional frequencies. Alterations of otoacoustic emissions were found in 64% of evaluated patients and hearing loss was observed in 36 patients (86%) when high-frequency test was added. The mean cisplatin dose was significantly higher (p=0,046) for patients with hearing impairment at conventional frequencies. Conclusion: The results suggest that high-frequency audiometry is more effective than pure-tone audiometry and distortion product otoacoustic emissions in detecting hearing loss, particularly at higher frequencies. It may be a useful tool the clinic for early diagnosis and monitoring of patients treated with ototoxic drugs to prevent further deterioration of hearing function.
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Audiometria de altas frequências em pacientes pediátricos que receberam tratamento antineoplásico com cisplatinaEscosteguy, Juliana Ribas January 2010 (has links)
Introdução: A cisplatina pode causar danos permanentes à cóclea, inicialmente pelas células ciliadas externas da espira basal, apresentando como conseqüências alterações da seletividade frequencial da cóclea e perda auditiva neurossensorial irreversível. A audiometria de altas freqüências, por avaliar freqüências auditivas acima de 8.000 Hz, tem sido considerada como método eficaz para monitoramento e diagnóstico precoce da ototoxicidade em indivíduos expostos à cisplatina. O objetivo deste trabalho foi avaliar a audição de pacientes pediátricos que receberam cisplatina através da audiometria de altas freqüências e comparar com os resultados da audiometria tonal limiar e emissões otoacústicas por produto de distorção. Pacientes e métodos: Pacientes do Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre que receberam quimioterapia com cisplatina entre 1991 e 2008, foram incluídos nas análises. Resultados: Quarenta e dois pacientes foram avaliados. A mediana de idade à avaliação foi 14.5 anos (4 a 37 anos). Foi detectada alteração auditiva nas frequências convencionais em 24 pacientes (57%), alterações nas emissões otoacústicas foram encontradas em 27 (64%) pacientes e, quando submetidos à audiometria de altas frequências esta anormalidade foi observada em 36 indivíduos (86%). Conclusão: Os resultados sugerem que a audiometria de altas freqüências é mais efetiva do que a audiometria tonal limiar e as emissões otoacústicas por produto de distorção para detectar alterações auditivas, podendo ser exame útil na prática clínica para monitoramento e diagnóstico precoce em pacientes tratados com medicações ototóxicas. / Introduction: Cisplatin may cause permanent cochlear damage by changing cochlear frequency selectivity and can lead to irreversible sensorineural hearing loss. High-frequency audiometry is able to assess hearing frequencies above 8,000 Hertz (Hz); hence, it has been considered a high-quality method to monitor and diagnose early and asymptomatic signs of ototoxicity in patients receiving cisplatin. The aims were to evaluate hearing losses induced by cisplatin in pediatric patients through high-frequency audiometry and compare the diagnostic efficacy to standard pure-tone audiometry and distortion-product otoacoustic emissions Patients and methods: Patients who had received cisplatin chemotherapy between 1991 and 2008 at the Hospital de Clínicas de Porto Alegre Pediatric Unit, Brazil, were included in the analysis. Results: Forty-two patients were evaluated. The median age at study assessment was 14.5 years (range 4 to 37 years). Hearing loss was detected in 24 patients (57%) at conventional frequencies. Alterations of otoacoustic emissions were found in 64% of evaluated patients and hearing loss was observed in 36 patients (86%) when high-frequency test was added. The mean cisplatin dose was significantly higher (p=0,046) for patients with hearing impairment at conventional frequencies. Conclusion: The results suggest that high-frequency audiometry is more effective than pure-tone audiometry and distortion product otoacoustic emissions in detecting hearing loss, particularly at higher frequencies. It may be a useful tool the clinic for early diagnosis and monitoring of patients treated with ototoxic drugs to prevent further deterioration of hearing function.
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Estudo de toxicologia clÃnica de trÃs fitoterÃpicos à base de associaÃÃes de plantas, mel e prÃpolis em voluntÃrios sadios / Clinical Toxicity Study of Phythomedicines in Healthy VolunteersJanaina Pinho Tavares 18 March 2005 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / MelparatosseÂ, Calmatoss e Saratosse sÃo produtos fitoterÃpicos, compostos de associaÃÃes de plantas, incorporados a prÃpolis e mel, em forma de xarope, utilizados no tratamento de vÃrias patologias que acometem o trato respiratÃrio. O estudo teve como objetivo avaliar a seguranÃa dessas formulaÃÃes em seres humanos. Esse estudo consistiu de trÃs ensaios clÃnicos abertos, com 26 voluntÃrios saudÃveis de ambos os sexos, com idade variando entre 18 e 49 anos, que receberam, por via oral, quatro doses de 15mL de um dos trÃs fitoterÃpicos, durante 21 dias ininterruptos; 28 dias, no caso do SaratosseÂ. Os voluntÃrios foram incluÃdos no estudo somente quando considerados saudÃveis, apÃs avaliaÃÃo clÃnica, exame fÃsico e exames laboratoriais que antecederam o estudo. A avaliaÃÃo laboratorial incluÃa: anÃlises hematolÃgicas, bioquÃmicas e sorolÃgicas. Essa mesma avaliaÃÃo foi repetida ao tÃrmino de cada semana de tratamento e no pÃs-estudo, sete dias apÃs a Ãltima administraÃÃo. Os exames clÃnicos, eletrocardiogrÃfico e laboratoriais nÃo evidenciaram sinais de toxicidade nos diversos ÃrgÃos e sistemas avaliados. Os eventos adversos relatados nos trÃs estudos foram: palpitaÃÃo, dispnÃia, astenia, tosse, tontura, aumento de transaminases, disÃria, mialgia, constipaÃÃo (n=1); pirose, flatulÃncia, dismenorrÃia, odontalgia, mal-estar (n=2); nÃusea, enxaqueca, sonolÃncia (n=3); diarrÃia, epigastralgia, dor abdominal (n=4); cefalÃia (n=9); gripe (n=9); faringite (n=11). Esses eventos foram classificados como possivelmente ou nÃo atribuÃdos aos fitoterÃpicos. Os xaropes MelparatosseÂ, Calmatoss e Saratosse foram bem tolerados pelos voluntÃrios. / MelparatosseÂ, Calmatoss e Saratosse are phytomedicine products used for the treatment of several pulmonary diseases. Their compositions include medicinal plants, as well as honey and propolis, as syrups. The study aimed to assay these formulations for their safe use in humans. It consisted of three open clinical trials with 26 healthy volunteers of both sexes each one. The vontunteers age ranged from 18 to 49 years old and they received an oral dose of 15 mL of one of these three products for uninterrupted 21 days- except SaratosseÂ, 28 days -, four times a day. To get in to the trials, the volunteers had to be considered as healthy after clinical evaluation, physical examination and laboratory tests. The laboratory tests included hematological, biochemical and serological analysis. This evaluation was repeated at the end of every week of treatment, and seven days after the last administration. Clinical, electrocardiographic and laboratory tests did not show any evidence of toxic signs in the various organs and systems studied. Adverse events related at the studies were: tachycardia, dyspnea, asthenia, cough, dizziness, increase of transaminase, dysuria, muscle pain, constipation (n=1); pyrosis, flatulence, dysmenorrhea, dental pain, malaise (n=2); nausea, migraine, drowsiness (n=3); diarrhea, epigastralgy, abdominal pain (n=4); headache (n=9); flu (n=9); pharyngitis (n=11). All the events were classified as possible or not related to the phytomedicines assayed. Those events were well tolerated by all volunteers.
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