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Correlação entre a espessura da parede vesical e os achados urodinâmicos em pacientes com lesão medular traumática. Avaliação da influência das alterações morfológicas da bexiga nos resultados da injeção de toxina botulínica tipo-A no detrusor / Association between the bladder wall thickness and urodynamic findings in patients with spinal cord injury. Evaluation of the influence of the morphological changes of the bladder on the results of botulinum toxin type-A injection in the detrusor

José Ailton Fernandes Silva 08 April 2013 (has links)
Medir a espessura da parede vesical (EPV) através da ultrassonografia, correlacioná-la com os parâmetros urodinâmicos e avaliar o papel destes parâmetros para lesão do trato urinário superior. Avaliar também o papel das alterações da forma da bexiga nos resultados de injeção de toxina botulínica tipo-A (BTX-A) no detrusor em pacientes com lesão medular traumática (LMT). Trata-se de dois estudos. O primeiro é um estudo transversal de 272 pacientes com LMT submetidos à ultrassonografia renal e de bexiga e estudo urodinâmico. A parede anterior da bexiga foi medida e comparada com os dados urodinâmicos. A cistografia foi realizada em 57 pacientes. O segundo foi um estudo prospectivo avaliando os resultados da injeção de BTX-A no detrusor em 27 pacientes considerando os achados urodinâmicos (pré e pós procedimento) e as deformidades da bexiga (cistografia). A média da EPV foi de 3,94 mm e foi estatisticamente maior em pacientes com hiperatividade detrusora neurogênica associada à dissinergia vesicoesfincteriana (HDN/DVE), em comparação com aqueles sem DVE (p<0,001). Essa média também foi maior em pacientes com complacência < 20 mL/cmH2O, comparada aos pacientes com complacência &#8805; 20 mL/cmH2O (p<0,001). A média da pressão detrusora máxima (Pdet Max) foi estatisticamente maior nos pacientes com refluxo vesicoureteral (RVU) em comparação com aqueles sem RVU (100,7 vs 61,2 cmH2O respectivamente, p=0,022). Pacientes com complacência < 20 mL/cmH2O apresentaram prevalência de hidronefrose 4,2 vezes maior, comparada aos pacientes com complacência &#8805; 20 mL/cmH2O. Não houve associação estatística entre EPV e hidronefrose ou RVU. Vinte e sete pacientes foram submetidos à injeção de BTX-A no detrusor. A média de tempo de continência urinária foi de 8 meses. Nove pacientes (33,3%) tinham forma vesical alterada e 8 casos (29,6%) tinham divertículos. A capacidade cistométrica máxima, Pdet max, volume reflexo e complacência não apresentaram diferença significativa na presença de divertículos ou alteração da forma. O aumento da EPV está associado à complacência < 20 mL/cmH2O e HDN/DVE em pacientes com LMT. No entanto, não houve relação entre a EPV e hidronefrose ou RVU. Baixa complacência e HDN/DVE são os principais fatores de risco para dano ao trato urinário superior. A presença de divertículos ou alteração da forma vesical não influenciou nos resultados após injeção de BTX-A no detrusor. / To investigate the ultrasonographic bladder wall thickness (BWT), urodynamic parameters and evaluate the role of such measurements for the upper and lower urinary tract deterioration and also assess the role of changes in bladder shape in the outcome of botulinum toxin type A (BTX-A) into the detrusor in patients with spinal cord injury (SCI). There are two studies. First study was a cross-sectional study involving two hundred and seventy two patients with SCI who underwent renal and bladder ultrasonography and urodynamic evaluation. The anterior bladder wall was measured and compared to urodynamic data. Cystography was done in 57 patients. The second was a prospective study about injection of BTX-A into the detrusor performed in 27 patients considering urodynamic parameters and cystography findings. Mean BWT was 3.94 mm. BWT was statistically higher in patients with neurogenic detrusor overactivity associated to detrusor sphincter dyssynergia (NDO/DSD) and in those with compliance < 20 mL/cmH2O. Patients with low compliance (< 20 mL/cmH2O), had 4.2 times higher prevalence of hydronephrosis, compared to patients with compliance &#8805; 20 mL/cmH2O. Mean of Pdet max was statistically higher in patients with vesicoureteral reflux (VUR) compared to those without (100.7 vs 61.2 cmH2O respectively, p=0.022). There was no statistical association between BWT and hydronephrosis or VUR. Twenty seven patients underwent injection of BTX-A into the detrusor. The average time of urinary continence was 8 months. Nine patients (33.3%) had altered bladder shape and 8 cases (29.6%) had diverticula. The maximum cystometric capacity, NDO, reflex volume and compliance showed no statistically significant difference in the presence of diverticula or altered bladder shape. Increased BWT is associated with low compliance and NDO/DSD in patients with SCI. However, there was no relationship between BWT and hydronephrosis or VUR. Low compliance and NDO/DSD are the main risk factors for the upper urinary tract damage. The presence of diverticula or changes in bladder shape did not influence the results after injection of BTX-A into the detrusor.
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Tratamento da síndrome da bexiga hiperativa neurogênica feminina na doença de Parkinson através da estimulação transcutânea do nervo tibial posterior

Araújo, Tatiane Gomes de January 2017 (has links)
Base teórica: Disfunções do trato urinário inferior são sintomas não motores comuns na Doença de Parkinson (DP) e incluem a Síndrome da Bexiga Hiperativa Neurogênica (SBHN), caracterizada pela urgência miccional, com ou sem urgeincontinência, acompanhada de aumento da frequência urinária e noctúria. A estimulação do nervo tibial posterior (ENTP) é uma das modalidades de tratamento disponíveis para o tratamento da SBHN. Objetivo: Determinar e comparar os efeitos do tratamento com ENTP em pacientes com DP e sintomas de SBHN e a manutenção dos resultados em 1 e 3 meses após o término do tratamento. Métodos: Ensaio-clínico, duplo-cego, randomizado, controlado e comparado com placebo. A pesquisa foi realizada com mulheres com DP e sintomas de SBHN no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Para o tratamento com ENTP domiciliar por 12 semanas as pacientes foram divididas em dois grupos: grupo ENTP e grupo ENTP sham/placebo. A avaliação da resposta pré e pós-tratamento foi realizada através de formulário específico, questionários de avaliação da incontinência urinária e qualidade de vida (OAB-V8 e KHQ) e de um diário miccional (DM) de 24 horas. Após, o fim do tratamento foi feito seguimento dos resultados para avaliação da melhora subjetiva em 30 e 90 dias. Resultados: O grupo ENTP apresentou uma diminuição da noctúria, número de episódios de urgência micciional e urge-incontinência, número de uso de proteções para incontinência, pontuação OAB-V8 e em sete domínios do KHQ (p <0,001). Embora, o grupo controle também tenha apresentado melhora dos sintomas, o grupo ENTP apresentou uma melhora superior no final do tratamento nas medidas do DM, OAB-V8 e na maioria dos domínios do KHQ. A ETNTP foi considerada um tratamento efetivo para SBHN em 93,3%, enquanto 33,3% dos tratados com placebo também melhoraram (p = 0,002). No seguimento de 30 e 90 dias, 53,3% e 33,31%, respectivamente, do grupo ENTP relataram que mantinham- se melhores dos sintomas da SBHN. Conclusão: a ENTP foi um tratamento efetivo para as pacientes com DP e SBHN. Nossa hipótese de superioridade clínica do grupo ENTP foi confirmada e a melhora subjetiva foi considerada positiva, mesmo que parcialmente em 30 e 90 dias após fim do tratamento. / Blackround: Lower urinary tract dysfunctions are common non-motor symptoms in Parkinson's disease (PD) and include Neurogenic Overactive Bladder Syndrome (NOBS), characterized by urinary urgency, with or without urge incontinence, accompanied by increased urinary frequency and nocturia . Posterior Tibial Nerve Stimulation (PTNS) is one of the treatment modalities available for the treatment of NOBS. Objective: To determine and compare the effects of PTNS treatment in patients with PD and NOBS symptoms and to maintain long-term results (1 and 3 months). Methods: Controlled, randomized, double-blind and compared with placebo clinical trial. The research was carried out with women with PD and symptoms of NOBS at the Hospital de Clínicas de Porto Alegre. For treatment with PTNS at 12 weeks, patients were divided into two groups: PTNS group and PTNS sham/placebo group. The evaluation of the pre- and post-treatment response was through a specific form, questionnaires to evaluate incontinence and quality of life (OVA-V8 and KHQ), and a voiding diary. After the end of the treatment, the results were followed up to evaluate the subjective improvement in 30 and 90 days. Results: The PTNS group presented a decreased nighttime urinary frequency, number of urgency and urinary incontinence episodes, number of incontinence protection, OAB-V8 and 7 domains of KHQ (p<0.001). Although the control group also showed improvement of the symptoms, the ENTP group presented a superior improvement at the end of the treatment in DM, OAB-V8 and most KHQ domains. PTNS was considered an effective treatment for OAB in 93.3%, while 33.3% of those treated with placebo was considered a responder (p=0.002). After 30 and 90 days, 53.3% and 33.31%, respectively, of the ENTP group reported that they maintained better SBHN symptoms. Conclusion: PTNS was an effective treatment for patients with PD and NOBS. Our hypothesis of clinical superiority of the ENTP group was confirmed and the subjective improvement was considered positive, even if partially at 30 and 90 days after the end of the treatment.!
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Biofeedback EMG ou eletroestimulação transcutânea parassacral em crianças com disfunção do trato urinário inferior: estudo prospectivo e randomizado / EMG Biofeedback or parasacral transcutaneous eletrical nerve stimulation in children with lower urinary tract dysfunction: study prospective randomized

Joceara Neves dos Reis 30 November 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: A disfunção do trato urinário inferior (DTUI) pode decorrer de contrações vesicais durante a fase de enchimento (hiperatividade do detrusor) ou a falta de coordenação entre a contração vesical e o relaxamento dos músculos do assoalho pélvico durante o esvaziamento vesical (disfunção miccional). Várias publicações sugerem benefícios do uso de biofeedback eletromiográfico (EMG) e eletroestimulação transcutânea parassacral (ENTP) no tratamento destas condições. Contudo faltam estudos controlados comparando estas duas formas de tratamento. OBJETIVO: Comparar a eficácia das técnicas de biofeedback EMG e ENTP em crianças com DTUI. MÉTODOS: Estudo prospectivo e randomizado com 64 crianças, sendo 43 meninas e 21 meninos com idade média 9,39 anos. As crianças foram divididas em dois grupos de tratamento: grupo biofeedback (GB) e grupo de ENTP (GE). Os critérios para avaliar a eficácia do tratamento foram a taxa de resolução dos sintomas noturnos e diurnos, comprovados por diário miccional, urofluxometria, questionários (DVSS - Dysfunction voiding symptoms score), avaliação da qualidade de vida (QV), melhora da constipação e do número de episódios de infecção do trato urinário (ITU).RESULTADOS: No GB 54,9% das crianças tiveram resposta completa e no GE 60,6% em relação a melhora diurna (p=0,483) e 29,6% e 25% em relação a melhora noturna respectivamente (p=0,461). Em relação ao diário miccional, urofluxometria e DVSS, ambos os grupos tiveram melhora estatisticamente significante (p=0,001), porém a QV não teve diferença entre os grupos (p=0,959 e p=0,065). Na avaliação da constipação, houve decréscimo no GB de 61,3% para 19,4% (p=0,002) e no GE de 33,3% para 6,2% (p=0,013). Nenhuma criança apresentou ITU após o término do tratamento (p < 001). CONCLUSÃO: O biofeedback EMG e a ENTP são efetivos para o tratamento de DTUI.Esta eficácia se traduz por melhora dos sintomas diurnos e noturnos bem como na avaliação feita por questionário e urofluxometria. Ambas as técnicas se mostrarm eficazes, embora o biofeedback tenha requerido um menor número de sessões / INTRODUCTION: The lower urinary tract dysfunction (LUTD) may be due to bladder contractions during the filling phase (detrusor overactivity) or the lack of coordination between bladder contraction and relaxation of the pelvic floor muscles during bladder emptying (voiding dysfunction ). Several publications have suggested benefits of using electromyographic biofeedback (EMG) and parasacral transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) in treating these conditions. However there is a lack of controlled studies comparing these two forms of treatment. OBJECTIVE: To compare the effectiveness of EMG biofeedback and parasacral TENS techniques in children with DTUI. METHODS: A prospective and randomized study with 64 children, 43 girls and 21 boys, mean age 9.39 years. The children were divided into two treatment groups: biofeedback group and parasacral TENS. The criteria for assessing the effectiveness of techniques were the rate of resolution of daytime and nighttime symptoms, improvements in voiding diary, uroflowmetry and questionnaires. (DVSS - Dysfunction voiding symptoms score). We also acessed changes in quality of life (QOL) constipation and number of episodes of lower urinary tract infection (UTI). RESULTS: GB 54.9% of children had complete response in EMG biofeedback group and 60.6% in those treated by parasacral TENS in daytime symptoms (p = 0.483) and 29.6% and 25% in night time respectively (p = 0.461). Regarding the voiding diary, uroflowmetry and DVSS, both groups had statistically significant improvement (p = 0.001), but the QOL showed no difference between groups (p = 0.959 and p = 0.065). In the evaluation of constipation, there was a decrease in EMG biofeedback group 61.3% to 19.4% (p = 0.002) and in parasacral TENS group 33.3% to 6.2% (p = 0.013). No child had UTI after the end of treatment (p <.001). CONCLUSION: EMG biofeedback and the parasacral TENS are effective for treating DTUI. This efficiency translates into improved daytime and nighttime symptoms as well as in the evaluation made by questionnaire and uroflowmetry. Both techniques showed excellent results, although biofeedback required a fewer number of sessions
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Prevalência da disfunção do trato urinário inferior em indivíduos com síndrome de Down / Prevalence of lower urinary tract dysfunction in individuals with Down syndrome

Mrad, Flávia Cristina de Carvalho 23 November 2012 (has links)
Submitted by isabela.moljf@hotmail.com (isabela.moljf@hotmail.com) on 2017-07-04T10:50:56Z No. of bitstreams: 1 flaviacristinadecarvalhomrad.pdf: 25667828 bytes, checksum: 67558dd38cd5b84d1921ca5e06445e03 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2017-08-08T14:22:44Z (GMT) No. of bitstreams: 1 flaviacristinadecarvalhomrad.pdf: 25667828 bytes, checksum: 67558dd38cd5b84d1921ca5e06445e03 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-08-08T14:22:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 flaviacristinadecarvalhomrad.pdf: 25667828 bytes, checksum: 67558dd38cd5b84d1921ca5e06445e03 (MD5) Previous issue date: 2012-11-23 / A disfuncão do trato urinario inferior (DTUI) é uma alteracão comum em crianças. Dados sobre sua prevalência em indivíduos com síndrome de Down (SD) são escassos. O presente estudo transversal tem como objetivo investigar a prevalência da DTUI em indivíduos com SD pertencentes ao Ambulatório da Síndrome de Down, único com critérios específicos de atendimento em Minas Gerais, Brasil. Os sintomas da DTUI foram avaliados através da aplicação da versão adaptada e validada para população brasileira do Dysfunctional Voíding Symptom Score (DVSS). No DVSS, os valores de corte para indicar a presença de DTUI foram maior do que seis para indivíduos do sexo masculino e maior do que nove para indivíduos do sexo feminino. Dos 114 indivíduos avaliados, 84 foram incluíduos, com idade variando de quatro a 57 anos (média 19,10 anos ± 12,02), sendo 66,70% do gênero feminino. A prevalência encontrada foi de 27,38%. Os sintomas foram mais frequentes nos indivíduos do gênero masculino (OR 3,06; IC 95% (1,131 a 8,321); p=0,03) e com a idade menor ou igual á 10 anos (OR 5,22; IC 95% (1,867 a 14,61); p= 0,001). Estes achados tornam-se importantes para alertar os profissionais envolvidos no seguimento destes indivíduos, orientando sobre a necessidade de investigação padronizada da DTUI, objetivando a prevenção e/ou a correta intervenção terapêutica. / Lower urinary tract dysfunction (LUTD) is a common problem in children. Data on it's prevalence in individuals with Down syndrome (DS) is scarce. This cross-sectional study aims to investigate the prevalence of LUTD in individuals with DS, members of the Down Syndrome Clinic, the only one with specific treatment criteria in Minas Gerais, Brazil. The LUTD symptoms were assessed through the application of the validated and adapted version of the Dysfunctional Voiding Symptom Score (DVSS) for the Brazilian population. The cut-point to indicate the LUTD presence were > 6 for male individuals and > 9 for female individuals. Of the 114 individuals assessed, 84 were eligible, with ages varying from 0 to 57 years (medium age 19.10 years ± 12.02), of these 66.70% being female. The prevalence found was of 27.38%. The symptoms were more frequent in males (OR 3.06; IC 95% (1.131 to 8.321); p=0.03) and of age lower or equal to 10 years (OR 5.22; IC 95% (1.867 to 14.61); p= 0.001). These findings are important to alert the professionals involved in the follow-up of such patients, informing them of the need to standardize the investigation of the LUTD, aiming to prevent and/or the correct therapeutic intervention.
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Comparação da eletroestimulação transcutânea do nervo tibial e eletroestimulação intravaginal no tratamento dos sintomas do trato urinário inferior em mulheres com esclerose múltipla / Comparison of transcutaneous tibial nerve stimulation and intravaginal neuromuscular electrical stimulation in the treatment of lower urinary tract symptoms in women with multiple sclerosis

Lúcio, Adélia Correia, 1982- 24 August 2018 (has links)
Orientador: Carlos Arturo Levi D'Ancona / Texto em português e inglês / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-24T18:45:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Lucio_AdeliaCorreia_D.pdf: 1271743 bytes, checksum: 0b9b6397ac1c0ba8278df2217374c852 (MD5) Previous issue date: 2014 / Resumo: Objetivos: O objetivo do presente estudo foi comparar as duas modalidades de eletroterapia mais utilizadas na prática clínica para o tratamento de sintomas do trato urinário inferior (STUI), a eletroestimulação transcutânea do nervo tibial e eletroestimulação intravaginal, em mulheres com esclerose múltipla (EM) bem como investigar a influência na função sexual e Qualidade de Vida (QV). Métodos: Foi realizado um ensaio clínico prospectivo, randomizado e cego, composto por trinta mulheres com EM e STUI alocadas aleatoriamente em um dos três grupos e foram tratadas durante 12 semanas: Grupo I: treinamento dos músculos do assoalho pélvico (MAP) com biofeedback eletromiográfico (EMG) e eletroestimulação placebo (GI, n= 10), Grupo II: treinamento dos MAP com biofeedback EMG e eletroestimulação intravaginal (GII, n= 10), Grupo III: treinamento dos MAP com biofeedback EMG e eletroestimulação transcutânea do nervo tibial (GIII, n= 10). As avaliações, realizadas antes e após o tratamento, foram: teste do absorvente de 24 horas, diário miccional de três dias, função dos MAP de acordo com o esquema PERFECT, tônus e habilidade de relaxamento dos MAP, flexibilidade da abertura vaginal e estudo urodinâmico que avaliou a capacidade cistométrica máxima, complacência da bexiga, amplitude máxima da hiperatividade detrusora, fluxo máximo (Qmax), pressão do detrusor no Qmax e volume residual pós-miccional. Foram utilizados os questionários: OAB-V8, ICIQ-SF, Qualiveen e, o questionário de sexualidade, FSFI. Resultados: Após o tratamento, todos os grupos apresentaram redução no peso dos absorventes e redução dos episódios de urgência e urge incontinência. Apresentaram melhora em todos os domínios do esquema PERFECT, diminuição da pontuação dos questionários OAB-V8, ICIQ-SF e aumento na pontuação dos domínios excitação, lubrificação vaginal, satisfação no escore total do questionário FSFI. GII melhorou significantemente quando comparado à GI e GIII em relação ao tônus, flexibilidade e capacidade de relaxamento dos MAP e na pontuação do questionário OAB-V8. Conclusão: Os resultados sugerem que o treinamento dos MAP isoladamente ou em combinação com a eletroestimulação transcutânea do nervo tibial ou eletroestimulação intravaginal é eficaz no tratamento de STUI e função sexual de mulheres com EM, sendo que a combinação do treinamento dos MAP com a eletroestimulação intravaginal oferece vantagens adicionais na redução do tônus muscular e STUI / Abstract: Objectives: The aim of this study is to compare two methods of electrotherapy, most used in clinical practice for the treatment of lower urinary tract symptoms (LUTS), the transcutaneous tibial nerve electrostimulation and intravaginal electrostimulation in women with multiple sclerosis (MS) and its influence on sexual function and Quality of Life (QOL) of these women. Methods: A prospective, randomized, blinded clinical trial was carried out. Thirty women with MS and LUTS were randomly allocated into one of three groups and received treatment for 12 weeks: Group I: pelvic floor muscle training (PFMT) with electromyographic (EMG) biofeedback and sham electrostimulation (GI, n=10), Group II: PFMT with EMG biofeedback and intravaginal electrostimulation (GII, n=10), Group III: PFMT with EMG biofeedback and transcutaneous tibial nerve stimulation (GIII, n=10). Assessments, performed before and after the treatment, included: 24 hours pad test, three days bladder diary, PFM functioning according to the PERFECT scheme, tone and ability to relax PFM, flexibility of vaginal opening and maximum cystometric capacity, bladder compliance, maximum amplitude of detrusor overactivity, maximum flow rate (Qmax), detrusor pressure at Qmax and post-void residual volume outcomes of urodynamic study. The questionnaires included: OAB-V8, ICIQ-SF, Qualiveen and, the questionnaire of sexuality, FSFI. Results: After treatment, all groups showed a reduction in pad weight and reduced episodes of urgency and urge incontinence. They also showed improvements in all domains of the PERFECT scheme, decreased scores of OAB-V8 and ICIQ-SF questionnaires and increased scores of arousal, vaginal lubrication, satisfaction and total score domains of FSFI questionnaire. GII was significantly improved when compared to GI and GIII related to tone, flexibility and relaxation of PFM and, also, in the score of OAB-V8 questionnaire. Conclusion: The results suggest that PFMT alone or in combination with intravaginal electrostimulation or transcutaneous tibial nerve electrostimulation is effective in the treatment of LUTS and sexual function in MS patients, with the combination of PFMT and intravaginal electrostimulation offering some advantage in the reduction of muscle tone and LUTS / Doutorado / Fisiopatologia Cirúrgica / Doutora em Ciências
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Embolização seletiva das artérias prostáticas no tratamento da hiperplasia protática benigna / Selective arterial prostatic embolization to treat benign prostatic hyperplasia

Motta Leal Filho, Joaquim Mauricio da 17 February 2014 (has links)
Hiperplasia prostática benigna (HPB) é considerada a neoplasia masculina mais comum, além de ser a principal causa de sintomas do trato urinário baixo (STUB) em homens idosos. Se não tratada ou mal tratada, poderá levar o paciente a quadro de retenção urinária aguda, incontinência e infecção do trato urinário, progredindo em gravidade com a idade. Apesar do desenvolvimento de técnicas alternativas, a ressecção transuretral da próstata (RTU) continua sendo considerada o tratamento cirúrgico padrão ouro para HPB. Não obstante, a RTU pode estar associada a muitas comorbidades como, sangramento, sintomas urinários irritativos, disfunção sexual e ejaculação retrógrada. Por essa razão, o desenvolvimento de modalidades de tratamentos minimamente invasivos para o tratamento de HPB constitui um campo interessante de pesquisa clínica. Os objetivos deste estudo foram: (1) avaliar a viabilidade, a segurança e a eficácia da embolização das artérias prostáticas (EAP) nos pacientes com retenção urinária devido à HPB, (2) avaliar a porcentagem de redução volumétrica da próstata e a qualidade de vida após a EAP nos pacientes com retenção urinária devido à HPB. No presente estudo, Fase I prospective centro único, 11 pacientes portadores de retenção urinária devido à HPB foram tratados por meio da EAP entre agosto de 2009 e novembro de 2011. Exame físico, questionários de sintomas e qualidade de vida (International Prostate Symptom Score (IPSS) e Quality of Life (QoL)), dosagem do antígeno prostático específico (PSA), exames de imagens de ultrassom (US) e ressonância magnética (RM), e estudos urodinâmicos foram realizados antes e 1, 3, 6, e 12 meses depois da EAP. O tamanho da próstata variou de 30 a 90 gramas, e as embolizações foram realizadas com microesferas (Embospheres) de 300-500?m. O sucesso técnico (EAP bilateral) foi atingido em 75%, e o sucesso clínico (retirada do cateter vesical de demora e melhora dos sintomas) foi obtido em 91% (10 de 11 pacientes) dos casos. Síndrome pósembolização manifestou-se com dor leve no períneo, retropúbica e uretral. Não foram observadas complicações maiores. Ao final do primeiro ano de seguimento, sintomas eram leves com a média do IPSS de 2,8 pontos (p = 0,04), a média da QoL era de 0,4 pontos (p = 0,001), a média do PSA diminuiu de 10,1 para 4,3 ng/mL (p = 0,003), a média do volume prostático reduziu de 69,7 para 46,3 gramas (p = 0,002) e de 62 para 42,7 gramas (p = 0,004) medidos por RM e US, respectivamente, a média do pico de fluxo máximo (Qmax) aumentou de 4,2 para 10,8 mL/sec (p = 0,009), a média da pressão detrusora (Pdet) diminuiu de 85,7 para 51,5 cmH2O (p = 0,007), a média do resíduo final pós-miccional diminuiu de 160,5 para 60ml (p = 0,04) e não foi observada disfunção sexual. A EAP para o tratamento da retenção urinária causada por HPB demonstrou ser um procedimento viável, seguro e eficaz, além de poder reduzir o volume prostático em mais de 30% e melhorar os STUB e a qualidade de vida / Benign prostatic hyperplasia (BPH) is considered the most common neoplasm in men and is the main cause of lower urinary tract symptoms (LUTS) in the aging male. If left untreated or not effectively treated, can lead to acute urinary retention, incontinence, and urinary tract infections, progressing in severity with age. Despite the development of alternative techniques, transurethral resection of the prostate (TURP) is still considered the gold standard surgical treatment for BPH. However, TURP procedures can be associated with substantial morbidities such as bleeding, irritative urinary symptoms, erectile dysfunction and ejaculatory disorders. For this reason, the development of minimally invasive modalities for treatment of BPH has constituted an interesting field of research. The study objectives were: (1) to evaluate the feasibility, safety and efficacy of the prostatic artery embolization (PAE) in patients with urinary retention due to BPH, (2) to evaluate the percentage of reduction in prostate volume and quality of life after PAE in patients with urinary retention due to BPH. In the present study, a single-center prospective phase I study, 11 patients with urinary retention due to BPH were treated by PAE between August 2009 and November 2011. Physical examination, International Prostate Symptom Score (IPSS) and Quality of Life (QoL), prostate specific antigen (PSA) measurement, ultrasound (US) and magnetic resonance imaging (MRI), and urodynamic tests were performed at baseline, 1, 3, 6 and 12 months after PAE. Prostate size ranged from 30 to 90g, and embolizations were performed with 300- 500-?m Embosphere microspheres. Technical success (ie, bilateral PAE) was obtained in 75%, and clinical success (ie, catheter removal and symptom improvement) was obtained in 91% (10 of 11patients) of the cases. Postembolization syndrome manifested as mild pain in the perineum, retropúbica area, and/ or urethra. No major complications were observed. At the first year follow-up, symptoms were mild with the mean IPSS score was 2.8 points (p = 0.04), mean QoL was 0.4 points (p = 0.001), mean PSA decreased from 10.1 to 4.3 ng/mL (p = 0.003), mean prostate volume reduce from 69.7 to 46.3g (p = 0.002) and from 62 to 42.7 (p = 0.004) by MRI and US respectively, maximum urinary flow (Qmax) improved from 4.2 to 10.8 mL/sec (p = 0.009), detrusor pressure (Pdet) decreased from 85.7 to 51.5 cmH2O (p = 0.007), post-void residual decreased from 160.5 to 60ml (p = 0.04) and no erectile dysfunction was observed. PAE for the treatment of urinary retention caused by BPH demonstrated to be a feasible, safe and effective procedure. PAE can reduce the prostate volume greater than 30% and improve clinical symptoms and QoL
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Embolização seletiva das artérias prostáticas no tratamento da hiperplasia protática benigna / Selective arterial prostatic embolization to treat benign prostatic hyperplasia

Joaquim Mauricio da Motta Leal Filho 17 February 2014 (has links)
Hiperplasia prostática benigna (HPB) é considerada a neoplasia masculina mais comum, além de ser a principal causa de sintomas do trato urinário baixo (STUB) em homens idosos. Se não tratada ou mal tratada, poderá levar o paciente a quadro de retenção urinária aguda, incontinência e infecção do trato urinário, progredindo em gravidade com a idade. Apesar do desenvolvimento de técnicas alternativas, a ressecção transuretral da próstata (RTU) continua sendo considerada o tratamento cirúrgico padrão ouro para HPB. Não obstante, a RTU pode estar associada a muitas comorbidades como, sangramento, sintomas urinários irritativos, disfunção sexual e ejaculação retrógrada. Por essa razão, o desenvolvimento de modalidades de tratamentos minimamente invasivos para o tratamento de HPB constitui um campo interessante de pesquisa clínica. Os objetivos deste estudo foram: (1) avaliar a viabilidade, a segurança e a eficácia da embolização das artérias prostáticas (EAP) nos pacientes com retenção urinária devido à HPB, (2) avaliar a porcentagem de redução volumétrica da próstata e a qualidade de vida após a EAP nos pacientes com retenção urinária devido à HPB. No presente estudo, Fase I prospective centro único, 11 pacientes portadores de retenção urinária devido à HPB foram tratados por meio da EAP entre agosto de 2009 e novembro de 2011. Exame físico, questionários de sintomas e qualidade de vida (International Prostate Symptom Score (IPSS) e Quality of Life (QoL)), dosagem do antígeno prostático específico (PSA), exames de imagens de ultrassom (US) e ressonância magnética (RM), e estudos urodinâmicos foram realizados antes e 1, 3, 6, e 12 meses depois da EAP. O tamanho da próstata variou de 30 a 90 gramas, e as embolizações foram realizadas com microesferas (Embospheres) de 300-500?m. O sucesso técnico (EAP bilateral) foi atingido em 75%, e o sucesso clínico (retirada do cateter vesical de demora e melhora dos sintomas) foi obtido em 91% (10 de 11 pacientes) dos casos. Síndrome pósembolização manifestou-se com dor leve no períneo, retropúbica e uretral. Não foram observadas complicações maiores. Ao final do primeiro ano de seguimento, sintomas eram leves com a média do IPSS de 2,8 pontos (p = 0,04), a média da QoL era de 0,4 pontos (p = 0,001), a média do PSA diminuiu de 10,1 para 4,3 ng/mL (p = 0,003), a média do volume prostático reduziu de 69,7 para 46,3 gramas (p = 0,002) e de 62 para 42,7 gramas (p = 0,004) medidos por RM e US, respectivamente, a média do pico de fluxo máximo (Qmax) aumentou de 4,2 para 10,8 mL/sec (p = 0,009), a média da pressão detrusora (Pdet) diminuiu de 85,7 para 51,5 cmH2O (p = 0,007), a média do resíduo final pós-miccional diminuiu de 160,5 para 60ml (p = 0,04) e não foi observada disfunção sexual. A EAP para o tratamento da retenção urinária causada por HPB demonstrou ser um procedimento viável, seguro e eficaz, além de poder reduzir o volume prostático em mais de 30% e melhorar os STUB e a qualidade de vida / Benign prostatic hyperplasia (BPH) is considered the most common neoplasm in men and is the main cause of lower urinary tract symptoms (LUTS) in the aging male. If left untreated or not effectively treated, can lead to acute urinary retention, incontinence, and urinary tract infections, progressing in severity with age. Despite the development of alternative techniques, transurethral resection of the prostate (TURP) is still considered the gold standard surgical treatment for BPH. However, TURP procedures can be associated with substantial morbidities such as bleeding, irritative urinary symptoms, erectile dysfunction and ejaculatory disorders. For this reason, the development of minimally invasive modalities for treatment of BPH has constituted an interesting field of research. The study objectives were: (1) to evaluate the feasibility, safety and efficacy of the prostatic artery embolization (PAE) in patients with urinary retention due to BPH, (2) to evaluate the percentage of reduction in prostate volume and quality of life after PAE in patients with urinary retention due to BPH. In the present study, a single-center prospective phase I study, 11 patients with urinary retention due to BPH were treated by PAE between August 2009 and November 2011. Physical examination, International Prostate Symptom Score (IPSS) and Quality of Life (QoL), prostate specific antigen (PSA) measurement, ultrasound (US) and magnetic resonance imaging (MRI), and urodynamic tests were performed at baseline, 1, 3, 6 and 12 months after PAE. Prostate size ranged from 30 to 90g, and embolizations were performed with 300- 500-?m Embosphere microspheres. Technical success (ie, bilateral PAE) was obtained in 75%, and clinical success (ie, catheter removal and symptom improvement) was obtained in 91% (10 of 11patients) of the cases. Postembolization syndrome manifested as mild pain in the perineum, retropúbica area, and/ or urethra. No major complications were observed. At the first year follow-up, symptoms were mild with the mean IPSS score was 2.8 points (p = 0.04), mean QoL was 0.4 points (p = 0.001), mean PSA decreased from 10.1 to 4.3 ng/mL (p = 0.003), mean prostate volume reduce from 69.7 to 46.3g (p = 0.002) and from 62 to 42.7 (p = 0.004) by MRI and US respectively, maximum urinary flow (Qmax) improved from 4.2 to 10.8 mL/sec (p = 0.009), detrusor pressure (Pdet) decreased from 85.7 to 51.5 cmH2O (p = 0.007), post-void residual decreased from 160.5 to 60ml (p = 0.04) and no erectile dysfunction was observed. PAE for the treatment of urinary retention caused by BPH demonstrated to be a feasible, safe and effective procedure. PAE can reduce the prostate volume greater than 30% and improve clinical symptoms and QoL

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