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Riscos ocupacionais e o adoecimento de trabalhadores de saúde de um hospital psiquiátrico do Piauí / Occupational risks and illness of the health care workers of a psychiatric hospital in Piauí stateFernandes, Márcia Astrês 16 April 2014 (has links)
A pesquisa teve como objetivo analisar o adoecimento de trabalhadores de saúde de um hospital psiquiátrico e sua associação a riscos ocupacionais. Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo e de abordagem quantitativa, cujos dados foram coletados com 163 trabalhadores de saúde de 12 categorias profissionais em hospital psiquiátrico de Teresina - Piauí, por meio de um questionário aplicado aos sujeitos e um formulário para registro dos dados resultantes da consulta documental as licenças saúde usufruídas pelos trabalhadores no triênio 2010-2012. A estatística descritiva subsidiou a análise dos dados e, para estimar a associação entre os riscos ocupacionais e o adoecimento pelo trabalho foi usado o Teste de Fischer, cujos valores de p menores que 0,05 foram considerados significativos. Os resultados revelaram que a maioria dos trabalhadores apresenta as seguintes características: sexo feminino (84,05%), idades entre 40 anos e 59 anos (77,92%), casados (50,31%), cor auto referida parda (63,19%), escolaridade de nível médio (41,10%). As categorias de auxiliar/técnico de enfermagem representam a metade dos trabalhadores (49,07%), atuantes no regime de 30 horas semanais (49,08%), turno diurno (66,26%) e no setor de internação (66,26%). Por meio do Teste Qui- Quadrado foi identificada associação significativa entre as diferentes categorias profissionais e o nível de esforço físico despendido na execução das atividades laborais (p=0,04), com relação ao esforço mental não houve nível de significância (p=0,966). Os riscos ocupacionais foram identificados por 96,93% dos trabalhadores, dentre os quais: bactérias e vírus (risco biológico - 87,12% ), uso de tabaco pelos pacientes (risco químico - 82,82%), ruído produzido pelos pacientes (risco físico - 81,60%), adoção de postura corporal inadequada e repetitividade/monotonia do trabalho (risco ergonômico - 72,39%) e estresse (risco psicossocial - 71,17%). Grande número de trabalhadores (60,12%) revelou possuir alguma doença, sendo as mais frequentes a Hipertensão Arterial (16,56%) e os problemas do sistema osteomuscular (12,88%). No triênio analisado, 64,41% dos profissionais registraram 297 licenças-saúde que acarretaram o absenteísmo de 4.671 dias. Dos 270 diagnósticos médicos registrados nas licenças saúde, 23,33% dos diagnósticos integram a Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho do Ministério da Saúde. Pelo Teste de Fischer foi constatado que, no ano de 2010, houve associação estatisticamente significativa entre as variáveis diagnósticos das licenças-saúde e os riscos químico (p= 0.03352) e psicossocial (p=0.03161) e, no ano de 2011, foi identificada apenas com o risco químico (p=0.008281). Em 2012 não houve associação significativa entre as variáveis analisadas. Os resultados permitem concluir que os trabalhadores de saúde do hospital psiquiátrico estão adoecendo devido à exposição a agentes de risco químico e psicossocial e que estratégias urgentes devem ser adotadas para solucionar o problema. Esse estudo agrega novos conhecimentos científicos e subsidia o planejamento de ações de promoção da saúde, prevenção de agravos à saúde no ambiente de trabalho e oferece elementos para a realização de novos estudos sobre o problema / The general objective of this study was to analyze the illness of the health care employees of a psychiatric hospital and its association to occupational risks. This descriptive, retrospective, quantitative study was performed with 163 health care employees belonging to 12 different professional categories, all of which worked in a psychiatric hospital in Teresina, the capital city of Piauí. Data collection was performed using a questionnaire and a form to record the data of the documental survey regarding the medical diagnoses declared on the workers\' sickness leaves during the triennium 2010-2012. Data analysis was based on descriptive statistics. Fischer\'s t-test was used to estimate the association between occupational risks and work-related illness, with p < 0.05 considered significant. Results revealed the following characteristics for most employees: female (84.05%), age between 40 and 59 years (77.92%), married (50.31%), self-declared having pardo skin color (63.19%), secondary education level (41.10%). Nearly half (49.07%) of the employees had a position in the nursing auxiliaries/technicians categories. The most adopted work regime was that of 30 weekly hours (49.08%), day shift (66.26%), with most working in the hospitalization sector (66.26%). The chi-squared test showed a significant association between the different professional categories and the level of physical effort employed during the work activities (p=0.04). No significance level was found regarding the mental effort (p=0.966). Occupational risks were identified by 96.93% of the workers, including the following: biological hazard related to bacteria and viruses (87.12%), chemical hazard (82.82%) as some patients smoked, physical hazard (81.60%) due to noises from patients, ergonomic risk (72.39%) due to inadequate posture and the repetition or monotony of work and psychosocial risk (71.17%) of which stress was the most frequent agent. A high number of employees (60.12%) reported having some form of disease, the most frequent being hypertension (16.56%) and musculoskeletal system problems (12.88%). Considering the analyzed triennium, 64.41% of the health care employees at the referred hospital reported 297 sickness leaves, which added up to in 4,671 days of absenteeism. Of the 270 medical diagnoses recorded on the sickness leaves, 23.33% are among those of the List of Work-Related Diseases of the Ministry of Health. For the year 2010, Fischer\'s test showed a statistically significant association between the diagnoses reported on the sickness leaves and chemical hazards (p= 0.03352) and psychosocial risk (p=0.03161), whereas in 2011, statistical significance was found only with chemical hazard (p=0.008281). In 2012 no significant associations were found between the variables analyzed. These data allow us to conclude that the employees from the referred psychiatric hospital have fallen ill due to exposure to chemical hazards and psychological risk, and that urgent strategies must be adopted to solve the problem. The present study results add new scientific knowledge and support the development of plans to promote health promotion actions and avoid work-related diseases due to exposure to occupational risks. Furthermore, this study offers elements to conduct new studies on the same theme
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Efeitos de um programa de exercícios físicos no local de trabalho sobre a flexibilidade e percepção de dor musculoesquelética entre trabalhadores de escritório / Effects of a workplace program of physical exercise on flexibility and perception of musculoskeletal pain among office workersLima, Valquíria Aparecida de 15 April 2009 (has links)
Este estudo foi concebido com o objetivo de avaliar os efeitos de um programa de exercícios no local de trabalho sobre a flexibilidade e a percepção de dor musculoesquelética entre trabalhadores de escritório, e sua relação com a freqüência semanal de participação. Quarenta e nove funcionários de escritório de uma empresa do setor farmacêutico localizada na cidade de São Paulo foram distribuídos randomicamente em três grupos, de acordo com o número semanal de sessões propostas: duas (RG2), três (RG3) e cinco (RG5) vezes por semana, respectivamente. O programa incluiu sessões de exercícios de 10 minutos compostas por alongamento, resistência muscular localizada, automassagem, massagem e técnicas de relaxamento, por um período de seis meses. Durante o período do programa também foram realizadas três palestras para os participantes com informações sobre exercícios no local de trabalho, atividade física e postura corporal. Para avaliar a flexibilidade de punhos e coluna cervical foi utilizado um inclinômetro de dupla escala e o teste do Terceiro Dedo ao Chão para avaliar a flexibilidade da coluna lombar. A versão curta do Inventário para Dor de Wisconsin foi utilizada para avaliar a percepção de dor musculoesquelética. As avaliações foram realizadas no início do programa (M0) e após três (M3) e seis meses (M6). O teste de Kolmogorov-Smirnov foi aplicado para testar a normalidade das variáveis quantitativas. A ANOVA bifatorial com teste de Tukey foi utilizada como método de comparação múltipla para avaliar diferenças das distribuições normais. Estatísticas para o teste do Terceiro Dedo ao Chão e intensidade de dores corporais foram obtidas pela ANOVA de Friedman e teste de Wilcoxon, respectivamente. Após a análise dos dados verificouse que houve aumento significativo nos valores de flexibilidade de cervical e lombar e punhos para todos os grupos randomizados. O grupo RG5 apresentou a mais significante redução na intensidade de dor relatada. Este estudo demonstrou que a participação em um programa de bem estruturado de exercícios no local de trabalho pode contribuir para o aumento da flexibilidade e para a redução da intensidade de dores musculoesqueléticas. / This study was designed to evaluate the effects of a workplace exercise program on flexibility and perception of muscular pain among office workers, and their relationship with the weekly frequency of participation. Forty nine office employees from a pharmaceutical company in the city of Sao Paulo were randomized into three groups according to the number of proposed weekly sessions: twice (RG2), three (RG3) and five (RG5) times respectively). The program included 10 minutes exercise sessions of stretching, resistance training, self-massage, massage and relaxation techniques for a six-month period. Participants also took part in three short lectures during the period of the program. A dual-scale inclinometer was used to measure wrist and cervical spine flexibility and the fingertip-to-floor test was used to estimate the low back range of flexibility. The short version of the Wisconsin Brief Pain Questionnaire was used to assess muscular pain perception. Evaluations were carried out at Baseline (M0), and after 3 (M3) and 6 (M6) months. Kolmogorov- Smirnov test was applied to test normality of quantitative variables. TWO-WAY ANOVA with Tukeys test was used as a multiple comparison method to evaluate differences over time for normal distributions. Statistics for the fingertip-to-floor test and body pain intensity were obtained by ANOVA and Friedman and Wilcoxon test, respectively. Data demonstrated statistically significant improvement in flexibility of the cervical and lumbar spine and wrists in all groups of randomization. The RG5 presented the most significant decrease of reported pain intensity. This study demonstrated that participating in a well-structured workplace program of physical exercises may contribute to improve flexibility and decrease the musculoskeletal pain intensity.
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Acidentes e doenças relacionadas ao trabalho na indústria de calçados de Franca-SP / Accidents and occupational diseases in the footwear industry of Franca-SPDathiê de Mello Franco-Benatti 02 September 2011 (has links)
O mundo do trabalho vive um extraordinário avanço tecnológico caracterizado pela introdução de modernas tecnologias, automação acelerada, que resultam em novas formas de racionalização e organização do trabalho e no aumento da exploração intensiva da força de trabalho. Esse processo foi marcado pela reestruturação produtiva, que resultou em maior intensificação e precarização do trabalho, fatos que refletiram nas relações e nas condições laborais. O setor calçadista, conhecido pela grande capacidade de geração de empregos, também foi atingido por essas mudanças, com consequentes agravos à saúde de seus trabalhadores. Tendo como pano de fundo este quadro de transformações, foi objetivo da pesquisa investigar como se acidentam e adoecem no trabalho os trabalhadores envolvidos na produção de calçados em Franca (SP) e como isto repercute em suas vidas, dentro e fora do espaço produtivo. A pesquisa, de cunho qualitativo, teve como principal técnica de coleta de dados a entrevista. Foram entrevistados 20 trabalhadores, 15 mulheres e cinco homens; um profissional da área da saúde e dois representantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Calçados de Franca. Os trabalhadores entrevistados foram contatados através do sindicato da categoria, que também forneceu as Comunicações de Acidentes de Trabalho (CATs) utilizadas como fonte de informações. Os resultados demonstraram que o trabalho na produção de calçados tem sido fonte de agravos à saúde dos trabalhadores. Os dados obtidos pela pesquisa permitiram relacionar os acidentes e doenças apresentados pelos trabalhadores à organização e às condições do trabalho às quais estão submetidos. As principais queixas foram: LER lesões por esforços repetitivos, ferimentos corto-contusos, amputações de membros superiores (mãos, dedos, antebraços e braços), dores lombares, estresse, depressão, ansiedade, tristeza, angústia, além de terem se referido a sentimentos de insatisfação e desvalorização no trabalho. Os dados revelaram também como os episódios de acidentes e doenças ocupacionais repercutiram na vida dos trabalhadores. A violência sofrida pelos trabalhadores não se resumiu apenas ao acidente em si e às circunstâncias em que ocorreu, mas se estendeu pelo longo processo de tratamento e pela trajetória institucional percorrida para estabelecer o nexo entre o acidente e/ou doença e o seu trabalho. / The labor world is currently experiencing a remarkable technological advance characterized by the introduction of modern technologies, accelerated automation, which results in new ways of work rationalization and organization and the increase of workforce exploration. This process was marked by a productive restructuring which resulted in the work being more intensive and precarious, thus affecting work relations and conditions. The footwear sector, known for its huge capacity of generating new work positions, was also affected by these changes, resulting in a consequential damage of the workers health. Having these aforementioned transformations as backdrop, this research has as its purpose investigate how the footwear workers of Franca (SP) get injured and ill and analyze the consequences these injuries and illnesses bring into their lives both in the workplace and their private lives. The research has a qualitative approach and gathers data through personal interviews. A total of 20 workers, including 15 women and five men, were interviewed. A health professional and two Footwear Industry Union representatives were also interviewed. The workers were contacted through their Union. The Union has also provided the Work Accident Reports (CATs) which were used as source of information. The results showed that working in the footwear production has been a source of hazards to the workers health. The data allowed the research to relate accidents and illnesses suffered by workers to the working conditions and organizations to which they are submitted. The main complaints were: RSI repetitive strain injuries, wounds, amputation of members (hands, fingers, forearms and arms), backaches, stress, depression, anxiety, sadness and grief. They have also demonstrated being dissatisfied with their jobs and feeling undervalued. The data also revealed how occupational accidents and illnesses episodes affected the workers lives. The violence experienced by workers is not enclosed in the accident itself and the circumstances in which it happened, it is extended through a long treatment/healing process and also by the institutional path which must be followed in order to establish a connection between the accident and/or illness to the work.
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Possíveis doenças físicas e mentais relacionadas ao manuseio de agrotóxicos em atividades rurais, na região de Atibaia, SP/Brasil / Possible physical and mental diseases related to the handling of pesticides in rural activities in the region of Atibaia, SP/BrazilPaulo Junior Paz de Lima 10 September 2008 (has links)
O Brasil está entre os principais consumidores mundiais de agrotóxicos, afetando, particularmente, a classe trabalhadora que o manuseia. Objetivos: Descrever o perfil de morbidade dos trabalhadores usuários do Programa de Saúde da Família de Rio Abaixo, Atibaia/SP e identificar as possíveis doenças relacionadas ao uso de agrotóxicos em atividades rurais. Além disso, buscou-se conhecer o cotidiano dos trabalhadores, bem como avaliar sua exposição aos agrotóxicos no desenvolvimento das atividades ocupacionais. Método: A pesquisa é um estudo transversal descritivo com residentes dos Bairros de Laranjal, Pedreira, Ponte Alta e Rio Abaixo, em Atibaia/SP. Foram analisadas 267 fichas de cadastro do PSF de Rio Abaixo, 101 prontuários médicos e entrevistados 82 trabalhadores rurais residentes na região de estudo. Resultados: As análises de conteúdo foram realizadas a partir da construção a priori de categorias mais gerais de acordo com os objetivos propostos. Os resultados apresentam dados como: tipo de construção das residências, abastecimento e tratamento de água, coleta de lixo, queixa de saúde e condições referidas, destino das fezes e urina etc. Além disso, privilegiou-se um mapeamento das condições de saúde dos envolvidos a partir do monitoramento do manuseio de agrotóxico: tipos utilizados, tempo de uso, periodicidade, intoxicação, tempo de exposição, lavouras cultivadas entre outros. Discussão: Os resultados sugerem uma relação entre as queixas de saúde e condições referidas e a exposição dos trabalhadores aos agrotóxicos, além de outros fatores. Conclusão: Podemos inferir, diante dos dados apontados, que há uma relação entre as queixas de saúde (doenças) dos trabalhadores estudados e as suas condições de trabalho e o manuseio de agrotóxicos. Ainda assim, faz-se necessário um estudo mais aprofundado desta população, no intuito de investigar com mais especificidade os efeitos das exposições crônicas aos agrotóxicos. / Brazil is among the world\'s largest consumers of pesticides, affecting especially the working class that handles. Objectives: Describe the profile of users of the morbidity of workers of the Family Health Program (Programa de Saúde da Família PSF) of Rio Abaixo, Atibaia/SP and identify possible diseases related to the use of pesticides in rural activities. Moreover, sought to know the daily life of workers and assess their exposure to pesticides in the development of occupational activities. Method: The study is a cross sectional study with residents of neighbourhoods of Laranjal, Pedreira, Ponte Alta e Rio Abaixo, in Atibaia/SP. We examined 267 sheets of registration of PSF from Rio Abaixo, 101 medical workers and interviewed 82 rural residents in the area of study. Results: the analysis of content was taken from the building in advance of more general categories according to the proposed objectives. The results show data such as: type of construction of houses, water supply and treatment, garbage collection, health and conditions of complaint referred to, fate of feces and urine so. Moreover, emphasis was a mapping of the health of those involved from the monitoring of the handling of pesticides: type used, time of use, frequency, poisoning, exposure time, among other cultivated crops. Discussion: The results suggest a relationship between health complaints and conditions referred to and exposure of workers to pesticides, and other factors. Conclusion: we can infer, given the data highlighted, that there is a relationship between health complaints (diseases) of these workers studied and their working conditions and handling of pesticides by them. Yet, we believe, it is needed further studies of this population in order to investigate the effects of chronic exposures to pesticides in this population.
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A abordagem da questão do trabalho no campo da Saúde Coletiva e no Sistema Único de Saúde: limites e desafios / The approach to the issue of work in the field of Collective Health and in the Brazilian Unified Health System: limits and challengesCunha, Francisco Mogadouro da 18 September 2019 (has links)
A partir do referencial teórico marxista e da centralidade do trabalho, estudamos como o campo da Saúde Coletiva e o Sistema Único de Saúde (SUS) vêm abordando a questão do trabalho. Partimos da hipótese de que o trabalho é fator central na determinação social da saúde, mas que a atuação estatal sobre essa questão é precária e insuficiente; ao mesmo tempo, entendemos que o campo da Saúde Coletiva vem se afastando do debate sobre o trabalho em uma perspectiva emancipatória. Realizamos revisão narrativa de 53 artigos publicados em três periódicos do campo, sendo 34 propriamente teóricos e 19 referentes a políticas públicas. Apresentamos o debate organizado por categorias, seguido de balanço crítico. Identificamos que é pouco abordada a relação entre o campo denominado Saúde do Trabalhador e o campo da Saúde Coletiva. Notamos a relativa ausência do debate sobre a determinação social da saúde, ao mesmo tempo que o termo determinantes sociais da saúde aparece com frequência. Constatamos que as obra de Marx e da Sociologia do Trabalho são relativamente pouco citadas, embora possam contribuir para a compreensão do trabalho em perspectiva emancipatória. Avaliamos que o debate sobre a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador aparece nos artigos de forma descritiva, abordando pouco a precariedade e a insuficiência da atenção à saúde dos trabalhadores no SUS. O papel da Atenção Primária à Saúde é mencionado sem levar em conta que a população trabalhadora já é atendida por esses serviços, como se as questões de Saúde do Trabalhador constituíssem uma nova atribuição. Os desafios estruturais do SUS são abordados de forma fragmentada e superficial. A atuação desarticulada dos setores do Estado sobre a questão do trabalho é retratada, mas não se analisa as contradições de forma mais ampla. Consideramos que é necessário retomar a articulação entre a Reforma Sanitária Brasileira e a perspectiva revolucionária de superação do capitalismo, ao menos em termos teóricos. / Based on the Marxist theory and on the theoretical reference of the centrality of work, we study how the field of Collective Health and the Brazilian Unified Health System (UHS) have been approaching the issue of work. We start from the hypothesis that work is a central factor in the social determination of health, but that state action on this issue is precarious and insufficient. At the same time, we understand that the field of Collective Health has been moving away from the debate about work in an emancipatory perspective. We carried out a narrative review of 53 articles published in three journals of the field, 34 of which are theoretical and 19 are related to public policies. We present the debate organized by categories, followed by critical review. We identify that the relationship between the field called Occupational Health and the field of Collective Health is little discussed. We note the relative absence of the debate on the social determination of health, while the term social determinants of health appears frequently. We find that the work of Marx and the Sociology of Work are relatively little cited, although they may contribute to the understanding of work in an emancipatory perspective. We evaluate that the debate about the National Network of Integral Attention to Workers\' Health appears in the articles in a descriptive way, addressing little the precariousness and insufficiency of health care of workers in the UHS. The role of Primary Health Care is mentioned without taking into account that the working population is already served by these services, as if Workers\' Health issues constituted a new assignment. The structural challenges of UHS are addressed in a fragmented and superficial way. The disjointed performance of the state sectors on the issue of work is portrayed, but contradictions are not analyzed more broadly. We consider that it is necessary to resume the articulation between the Brazilian Sanitary Reform and the revolutionary perspective of overcoming capitalism, at least in theoretical terms.
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A comparison of coronary heart disease risk factor prevalence among offshore and onshore workers in the petroleum industry in NigeriaIwot, Isang A. 12 1900 (has links)
Thesis (MFamMed)--Stellenbosch University, 2015. / Background: Coronary heart disease is a global public health problem. Formerly considered rare in sub-Saharan Africa, evidence has shown that urbanization and the adoption of more affluent and sedentary lifestyle in subpopulations of this region, may result in increased prevalence. One such subpopulation is workers in the Nigerian petroleum industry and this study examines their risk factors for coronary heart disease. In addition the study compares the risk profile of onshore and offshore workers.
Method: This is a descriptive cross sectional study undertaken to determine the level of risk factors for the development of cardiovascular disease in two groups of male workers of the petroleum industry in Nigeria; the onshore and the offshore workers. Four hundred workers were randomnly selected and invited to participate, with a desired sample size of 234. The data was collected by using an electronic questionnaire to explore life style factors like exercise, diet, and smoking that predispose to this disease. Anthropometric indices included body mass index, waist circumference and waist to hip ratio. Biochemical tests included lipid profile and fasting blood glucose. Systolic and diastolic blood pressure was also recorded. The prevalence of known hypertension and diabetes as well as the metabolic syndrome were determined. The questionnaire data was analysed and compared with the chi-square test using the software, Epi-info 2008 Windows Version 3.5.1 and the means of the continuous variables were determined and compared using analysis of variance (ANOVA).
Results: 121 onshore and 110 offshore workers participated. Overall the cardiovascular risk profile of onshore versus offshore workers in the oil industry was worse. Onshore workers had increased waist circumference,; though there was no significant difference in the Waist-Hip Ratio, increased rates of metabolic syndrome, diabetes and hypertension and were less physically active.
Dietary differences were less marked, but more beef and chicken were consumed by onshore while more fish was consumed by offshore workers. Conversely the offshore workers had a higher BMI and lower levels of protective HDL. Overall, in this population, the BMI and the umber of diabetics were higher and the HDL lower than the country figures.
Conclusion
The obesity profile of the two groups was comparable to that of the Western nations and could become worse. This also reflects the fact that within Nigeria there are sub-populations with cardio-metabolic profiles that depart significantly from the national average. This is most probably due to dietary factors and poor exercise habits and calls for intervention through health promotional activities / AFRIKAANSE OPSOMMING: Nie beskikbaar
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A banaliza??o da injusti?a social no cotidiano de trabalho : a prop?sito da viol?ncia no trabalho e amea?a ? sa?de do trabalhadorBila, Neyla Ivanete Gomes de Farias Alves 29 December 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-12-29 / Analyzes the factors that unleash violence by banalization of the problems and health questions of workers in a federal public institution, in Natal/RN. It analyzes transformations in the world of the work, with its politic, social and economic determinatives and its relation to the worker health. Boarding the violence in the work enviroment and its implications to the worker health, focusing on the banalization of problems faced by the workers as a kind of violence in and with the work. It was chosen an analitic methodology with qualitative approach, through the collection tecnic and information analyzes according to the thematic oral history, with recorders of authorized personal narratives, through individual interview with a semi-structured guide. In the analyzis of results it were made empiric cathegories: the daily work enviroment and its influence to the worker profession and life; the violence presents in the work enviroment and its consequences to the worker life and health; the banalization of the social injustice, due to violence against the worker that broked their dreams concerned to the nursing contribution. The results revealed the ordinary work of these workers showing enviromental and organizational unhealthy conditions, caracterized by physical and tecnical insecurity; absence and disqualification of instrumental and human supplies; overload and complexity service; bad distribution of the duties and pressure to the deadline and productivity, producing tension, conflict and anxiety related to the users, colleagues, superiors and to the duties. In the work enviroment, it were identified a external violence, caracterized by physical and verbal aggresion, psychic suffering, worker depreciation; and internal, caracterized by: moral and psychological molestations and accupational structural violence. These kinds of violence bring consequences to the life, that is, professional, economic and moral order of factors and to the health by biological, mental and emocional factors. The banalization of social injustice during the daily work was discussed in the aspects of banalization of problems and work conditions, the health, qualification banalizations and professional valorization. The workers expectatives pointed out to the necessity of: secure conditions of work; trainning and tecnical assistance; politics of attention to the physical, mental and social health to the workers and their family. We conclude the enviromental and organizational conditions of the workers interviewed do not offer physical and tecnical security that they need to the execution of their activities, neither offer comfort or physical and psychological satisfactions. The politic the instituition has used points out to the depreciation and inhumanization of them producing feelings as unsatisfaction, frustation and indignation related to the institution and the work, bringing suffering and physical and mental sicking. We noticed the most terrible violence found in the work enviroment is the banalization of social injustice related do the problems and health of these workers, producing a slowly debility and simbolic death of their lifes. Therefore, it is necessary the implementation of a politic that promotes assurance, health and integral education, valorization and humanization of these workers / Analisa os fatores que desencadeiam viol?ncia pela banaliza??o dos problemas e das quest?es da sa?de dos trabalhadores em uma institui??o p?blica federal, em Natal/RN. Analisa as transforma??es no mundo do trabalho, com seus determinantes pol?ticos, sociais e econ?micos e sua rela??o com a sa?de do trabalhador. Aborda a viol?ncia no ambiente de trabalho e suas implica??es na sa?de do trabalhador, enfocando a banaliza??o dos problemas enfrentados por esses trabalhadores como uma forma de viol?ncia no e com o trabalho. Foi utilizada metodologia anal?tica com abordagem qualitativa, atrav?s da t?cnica de coleta e an?lise de informa??es segundo a hist?ria oral tem?tica, com grava??es consentidas de narrativas pessoais, atrav?s da entrevista individual com roteiro semi-estruturado. Na an?lise dos resultados foram constru?das as categorias emp?ricas: o cotidiano no ambiente de trabalho e sua influ?ncia na profiss?o e na vida dos trabalhadores; a viol?ncia presente no ambiente de trabalho e suas conseq??ncias na vida e na sa?de dos trabalhadores; a banaliza??o da injusti?a social, a prop?sito da viol?ncia contra o trabalhador e sonhos divisados, a prop?sito da contribui??o da enfermagem. Os resultados revelam que o cotidiano de trabalho desses trabalhadores, apresentam condi??o ambiental e organizacional insalubres, caracterizada pela inseguran?a f?sica e t?cnica; falta e desqualifica??o de recursos instrumentais e humanos; sobrecarga e complexidade do servi?o; m? distribui??o das tarefas e press?o por prazo e produtividade, gerando tens?o, conflito e ansiedade relacionados com os usu?rios, colegas, superiores, e com a tarefa. No ambiente de trabalho foram identificadas a viol?ncia externa, caracterizada por agress?o f?sica e verbal, sofrimento ps?quico e desvaloriza??o do trabalhador e interna, caracterizada por ass?dio moral, ass?dio psicol?gico, e viol?ncia estrutural ocupacional. Essas formas de viol?ncia trazem conseq??ncias ? vida, explicitadas por fatores de ordem profissional, econ?mica e moral, e ? sa?de, por fatores de ordem biol?gica, mental e emocional. A banaliza??o da injusti?a social no cotidiano de trabalho foi discutida nos aspectos da banaliza??o dos problemas e das condi??es de trabalho, da banaliza??o da sa?de, e da banaliza??o da qualifica??o e valoriza??o profissional. As expectativas dos trabalhadores apontaram para a necessidade de: condi??es de trabalho seguras; treinamentos e assist?ncia t?cnica; pol?tica de aten??o a sa?de f?sica, mental e social para os trabalhadores, extensiva ? fam?lia. Conclui-se que as condi??es ambientais e organizacionais dos trabalhadores pesquisados, n?o oferecem
seguran?a f?sica e t?cnica de que os trabalhadores necessitam para a execu??o de suas atividades, nem oferecem conforto e bem-estar f?sico e ps?quico. A pol?tica que vem sendo utilizada pela institui??o, aponta para a desvaloriza??o e desumaniza??o destes, acarretando sentimento de insatisfa??o, frustra??o e indigna??o com respeito a institui??o e ao trabalho, acarretando sofrimento e adoecimento f?sico e mental. Constatou-se que a forma mais cruel de viol?ncia presente no ambiente de trabalho ? a banaliza??o da injusti?a social diante dos problemas e sa?de desses trabalhadores, gerando padecimento lento e morte simb?lica de seus sonhos e de suas vidas. Portanto faz-se necess?rio a implementa??o de uma pol?tica que promova seguran?a, sa?de, educa??o integral, valoriza??o e humaniza??o desses trabalhadores.
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O estresse laboral da equipe de saúde da família : implicações para saúde do trabalhador / Él estresse él trabajo del equipo de la salud de la familia : implicaciones para la salud del trabajador / It stress labor of the team of family health : implications for health of the workerTrindade, Letícia de Lima January 2007 (has links)
O trabalho das Equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF), se por um lado representa um importante recurso de melhoria da assistência à saúde da população, por outro, produz demandas, por vezes complexas, aos trabalhadores, os quais, freqüentemente, necessitam usar mecanismos de adaptação e enfrentamento. Deste modo, objetivou-se compreender o estresse laboral vivenciado pelos trabalhadores das equipes da ESF de Santa Maria e as implicações para sua saúde. O estudo foi do tipo híbrido e descritivo, desenvolvido junto aos trabalhadores das dezesseis (16) equipes de ESF do Município. A amostra contou com 86 trabalhadores (médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, odontólogo, auxiliar de consultório dentário e agente comunitário de saúde). A pesquisa ocorreu em duas etapas: na primeira foram identificados os trabalhadores com a Síndrome de Burnout; e na segunda foi realizada uma entrevista semi-estruturada com os trabalhadores que apresentaram os maiores e os menores escores da Síndrome. A análise dos dados quantitativos mostrou que o sexo feminino é predominante nas equipes da ESF de Santa Maria (84,9%), que a maioria possui companheiro (68,2%), tem filhos (69,4%) e não realiza atividades físicas (62,8%). Entre os sujeitos do estudo identificaram-se seis trabalhadores em Burnout. A idade jovem teve associação estatisticamente significativa com os níveis de estresse apresentados pelos trabalhadores (p= 0,034). A entrevista revelou que a satisfação pela resolutividade do trabalho prestado e seu reconhecimento pela comunidade converge entre os dois grupos em estudo: trabalhadores desgastados e não desgastados; e que estes utilizam formas de enfrentamento direcionadas, predominantemente às emoções, enquanto os não-esgotados resolvem os problemas do cotidiano laboral com apoio do grupo de trabalho. Os dados apontam para a importância de ações que valorizem a saúde dos trabalhadores, bem como favoreçam o relacionamento interpessoal entre os membros da equipe da ESF. / The work of the groups from the Social Program Family’s Health (ESF) represents on one hand a very important strategy of improving the assistance to the population’s health; on the other hand it sometimes produces complex demands to the workers, requiring a frequent usage of mechanisms of adaptation and confrontation. This way the aim of this study was to understand the labor stress which is been lived by the workers in the ESF groups in Santa Maria and its implications to their lives. This study was hybrid and descriptive. It was developed with the professionals from sixteen groups of the Family´s Health program in that city. The sample of this study counted on 86 professionals (doctor, nurse, nurse technician, dentist, dentist’s auxiliary and community agent of health). The research happened in two parts: in the first one the quantitative data was collected through the Burnout’ Inventory and in the second part a semi-structured interview was given by the professionals who presented the highest and the lowest scores according to Burnout. The analysis of the quantitative data has unveiled the women are predominant among the ESF professionals in Santa Maria (84, 9%), the majority of them have a spouse (68, 2%), have children (69, 4%) and they do not practice any kind of physical activity (62, 8%). Among the people who were part of this study, it was possible to identify six who work in Burnout. The young age was statistically associated with the stress levels presented by the professionals (p= 0,034). The interview has unveiled that the main sources of stress in exhausted workers who use the confrontation predominating to emotions while the people who do not feel exhausted try to solve their daily problems counting on their work group. The outcomes point to the importance of actions which value the workers´ health, as well as to the importance of the interpersonal relationship between the workers from ESF / El trabajo de los equipos de la Estrategia de la Salud de las Familias (ESF), si por un lado representa una importante combinación de acciones de mejora de la asistencia a la salud de la población, por otro, produce demandas, algunas veces complejas, a los trabajadores, que necesitan frecuentemente el uso de mecanismos de adaptación y enfrentamiento. De ese modo, se tuvo por objetivo comprender el estrés laboral vivenciado por los trabajadores de los equipos de la ESF de Santa María y las implicaciones para su salud. El estudio fue del tipo híbrido y descriptivo, desarrollado junto a los profesionales de los dieciséis (16) equipos de la Estrategia de Salud de la Familia de la Municipalidad de Santa María. La muestra del estudio contó con 86 profesionales (médico, enfermero, técnico en enfermería, odontólogo, auxiliar de consultorio dentario y agente de salud). La investigación ocurrió en dos etapas; en la primera fueron colectados los datos cuantitativos a través del Inventario de Burnout; y, en la segunda fue realizada una encuesta semiestructurada con los profesionales que presentaron los mayores y menores resultados de Burnout. El análisis de los datos cuantitativos permitió revelar que el sexo femenino es predominante entre los profesionales de la ESF de Santa María (84,9%), que la mayoría tiene compañero (68,2%), tiene hijos (69,4%) y no practica actividades físicas (62,8%). Entre los sujetos de la investigación se identificaron seis trabajadores con Burnout. La edad joven fue estadísticamente asociada con los niveles de estrés presentados por los profesionales (p=0.034). La encuesta reveló cuales las fuentes de estrés de los trabajadores agotados, y que estos utilizan formas de enfrentamiento direccionadas predominantemente a las emociones, mientras que los no agotados buscan resolver los problemas cotidianos con apoyo del grupo de trabajo. Los resultados apuntan para la importancia de las acciones que valoren la salud de los trabajadores, bien como para el valor del reracionamiento interpersonal en el trabajo de los miembros de la ESF.
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Trabalho precário e morte por acidente de trabalho: a outra face da violência e a invisibilidade do trabalho.Nobre, Letícia Coelho da Costa January 2007 (has links)
p. 1-283 / Submitted by Santiago Fabio (fabio.ssantiago@hotmail.com) on 2013-04-30T17:49:55Z
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Previous issue date: 2007 / Estudo descritivo das mortes por causas externas, ocorridas em 2004, entre homens e mulheres, de 10 a 69 anos de idade, residentes na capital e dois outros municípios da Região Metropolitana de Salvador, com objetivos de determinar a magnitude da participação dos acidentes de trabalho dentre as mortes violentas; avaliar a validade da informação sobre a causa básica de óbitos por acidentes de trabalho, nas declarações de óbitos por causas externas. Realizadas entrevistas domiciliares a familiares das pessoas falecidas, investigando as circunstâncias da morte, as situações de trabalho, as ocupações e demais variáveis sócio-demográficas. A causa básica de óbito foi reconstituída e codificada segundo normas da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10). Foram estudados 648 óbitos por causas externas; 75,3% eram pessoas ocupadas; somente 26,5% tinham um contrato formal de trabalho. Foi estimado um percentual de 19,4% (126) de acidentes de trabalho em atividade lícita e 5,6% (36) em atividade ilícita; 56,8% dos óbitos foram devidos a homicídio; 27,2% acidentes de transporte; 14,2% outros acidentes e 1,9% suicídios. Estimados subregistro das mortes no trabalho (92,6%); sensibilidade (7,14%); especificidade (99,81%); valor preditivo positivo (90,0%); valor preditivo negativo (81,66%); elevado índice de discordância entre as causas básicas de óbito (52,8%), maior entre mulheres (61,4%); em maiores de 30 anos de idade (64,0%) e entre acidentes de transporte (84,7%) e suicídios (82,8%). O estudo demonstrou importante contribuição dos acidentes de trabalho nas mortes por causas externas, com proporções variáveis conforme o tipo de violência e identificou uma sensibilidade muito baixa do sistema oficial de informações sobre mortalidade para identificar as mortes no trabalho. / Salvador
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Ases do asfalto: vitimização e responsabilização no trabalho de motoboys de Salvador.Oliveira, Maria Angelica Riccio January 2006 (has links)
p. 1-193 / Submitted by Santiago Fabio (fabio.ssantiago@hotmail.com) on 2013-05-02T19:00:23Z
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Previous issue date: 2006 / O presente estudo destaca a relação entre violência e trabalho, enfocando a vitimização do trabalhador no ambiente de trabalho. Contempla a categoria dos motoboys, trabalhadores que executam serviços de entrega mediante a utilização de motocicletas, para vencer distâncias, economizando tempo e superando o congestionamento das vias públicas. Compreender as percepções e práticas dos motoboys acerca da própria vitimização por atos de violência no trabalho é o principal objetivo deste estudo. A pesquisa possui caráter exploratório, e foi desenvolvida através de metodologia qualitativa, utilizando técnicas de observação direta e de entrevista. Foram entrevistadas 59 pessoas, subdivididas em trabalhadores (53), donos de empresa de moto-entrega (03), o comandante do Esquadrão Águia (01), um instrutor de motociclistas (01), e o presidente do Sindicato dos Motociclistas, Motoboys e Mototaxistas do Estado da Bahia (01). As observações diretas foram realizadas em audiências públicas e eventos sócio-culturais do segmento. A categoria está representada predominantemente por homens jovens, com idade entre 30 e 38 anos, negros-mestiços, 2º grau completo, casados e com filhos. Na percepção destes trabalhadores, o comportamento desrespeitoso e agressivo dos motoristas nas vias públicas, os assaltos, os acidentes, e especialmente a violência policial, são as principais formas de vitimização a que estão expostos. O deslocamento em serviço por zonas de alta criminalidade expõe os trabalhadores à ação dos delinqüentes locais, levando-os a desenvolverem suas próprias formas de proteção. A acomodação, o comportamento de evitação e a adoção de atitudes agressivas, são recursos comumente utilizados pelos motoboys em resposta a comportamentos percebidos como violentos. Na perspectiva organizacional, os motoboys são culpabilizados pelos delitos de que são vítimas, sendo apontados como autores ou cúmplices das ocorrências criminosas, e tendo que assumir total responsabilidade pelos prejuízos decorrentes dos referidos eventos. Ter a moto tomada de assalto, assumir o prejuízo total, perder o emprego, e ainda ficar marcado negativamente pelo ocorrido, são situações de responsabilização extrema que fazem parte do dia-a-dia do motoboy. Urgente se faz que a categoria seja reconhecida legalmente em todo o país, que seja desmistificada a associação dos trabalhadores ao crime, e que políticas públicas sejam instituídas e/ou implementadas para enfrentamento do problema e proteção ao segmento. / Salvador
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