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Nas vozes da educação escolar indígena, os sentidos do discurso dos professores xokleng como elemento constitutivo da identidadeHentz, Maria Izabel de Bortoli January 2005 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Lingüistica. / Made available in DSpace on 2013-07-16T00:19:20Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / O objetivo desta tese é analisar os sentidos que os professores xokleng atribuem à educação escolar indígena nos textos que produzem como alunos e como alunos-professores, do curso de formação que realizam, e como professores indígenas em escolas de suas comunidades. Como orientação teórica e metodológica, a pesquisa assume a perspectiva sócio-histórica; desenvolve reflexões sobre a constituição da subjetividade e o papel da linguagem nesse processo; sobre a escola como organização educativa complexa e sobre a escola indígena como espaço de fronteira. Nos conceitos de esferas sociais, de índices sociais de valor, de refração, de discurso, de enunciado e de texto busca compreender e explicitar o caráter social e ideológico do processo de formação do sujeito e dos discursos. Os sujeitos, autores dos textos analisados, são índios xokleng, alunos do Curso de formação e habilitação de professores de 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental para o contexto indígena Xokleng e Kaingang, de 1999 a 2000. Os textos que constituem a base empírica para análise foram produzidos como parte das atividades das disciplinas de Metodologia da Alfabetização e da Leitura, quando alunos; de Estágio supervisionado, quando alunos-professores e como atividades intrínsecas da atividade de professor, quando assumem a posição social de professores das escolas de suas comunidades. Para a análise dos textos segue a proposta de Bakhtin para o estudo da língua (1990, p. 124). Como categorias de análise, consideramos as manifestações verbais e conceptuais, as manifestações visuais e simbólicas e as manifestações comportamentais que constituem os elementos da cultura organizacional da escola (NÓVOA, 1992). Nos textos que produzem, nas diferentes situações de interação, sentidos de educação escolar indígena se produzem. Nos dizeres dos xokleng, vozes de outros discursos se explicitam, mas, quando por eles apropriadas, são reavaliadas. Quando comparados os textos dos diferentes momentos históricos em que produzem, alguns dos sentidos são reafirmados; outros, são reavaliados e outros - "novos" - ainda se produzem. A escola, no discurso dos professores xokleng, é percebida como uma esfera da sociedade ocidental em que se apreende a ler e a escrever. O sentido dessa aprendizagem, no entanto, não era a integração. É também percebida como uma esfera de produção ideológica da sociedade xokleng, na qual se pode ensinar e aprender os saberes da própria cultura.
This thesis aims to analyze the meanings that Xokleng teachers give to indigenous schooling by examining the texts they wrote as students and student-teachers in their qualification course, and as indigenous teachers in their communities' schools. This research is based in the socio-historical perspective taking into consideration its theoretical and methodological guidance. It reflects: (1) on the identity formation and the role of language in this process, (2) on school as a complex educational organization and, (3) on indigenous school as a boundary. Regarding social spheres conceptualization, social value indexes, refraction, speech, elocution and text, this thesis aims to understand and reveal the social and ideological character of the process of subjects and speeches development. The subjects, authors of the analyzed texts, are Xokleng indians, students of the qualification course for Elementary School teachers, from 1st to 4th grade, in the Xokleng and Kaingang indigenous context, from 1999 to 2000. The texts that make the empirical basis for the analysis chapter were written as part of the activities of: (1) the "Metodologia da Alfabetização e Leitura" course (participants as students), (2) the Estágio Supervisionado (participants as student-teachers) and, (3) as inherent activities of teaching, when they take the social role of teachers in their communities' schools. In order to analyze the texts, this thesis follows Bakhtin's proposition for language study (1990, p. 124). As analysis categories we took into consideration the verbal and conceptual manifestations, the visual and symbolic manifestations and the behavioral manifestations that constitute the elements of the school's organizational culture (NÓVOA, 1992). Meanings of indigenous schooling are created in the texts the participants write in different interaction situations. The Xokleng people take into account other people's discourse, but the discourse is reevaluated when acquired by the Xokleng people. When the texts that were written in different historical moments are confronted, some senses are reasserted, others are reevaluated and others - "new" - are created. School has been seen, on Xokleng teachers' speeches, as a sphere of western society in which reading and writing are learned. However, integration is not the purpose of learning. School has also been seen as a sphere of ideological production of Xokleng society, in which the knowledge of its own society can be learnt and taught.
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Exclusão socialChristóvão, Mariani Balland January 2003 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. / Made available in DSpace on 2012-10-20T17:03:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1
194145.pdf: 4056160 bytes, checksum: 2beeb1112cb228ba00e7733a5f7dd4eb (MD5) / Esta tese aborda a problemática da sobrevivência dos Xokleng a partir do discurso produzido pelos entrevistados e alunos Xokleng, levando em conta a situação de vida cotidiana comunitária no período anterior de 1914 até ano 2003, sendo abordado sua espiritualidade desde tempos dos mitos ao Cristianismo e as questões de readaptação espiritual e ambiental. Fazemos uma investigação da condição de vida no plano da vida pública e privada, seguindo a narrativa das pessoas mais idosas primeiramente na comunidade, como de outras faixas etárias e destacando os valores e as práticas sociais que envolvem os indígenas dentro de sua terra.
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Arquiteturas xoklengs contemporâneasLoch, Silvia January 2004 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social. / Made available in DSpace on 2012-10-22T06:06:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1
205561.pdf: 4793071 bytes, checksum: 9c79f936cbe0ce2767d4ac8a8eb2a3ee (MD5) / Este trabalho realiza uma etnografia das formas de organização espacial xokleng, índios jê meridionais, habitantes da Terra Indígena de Ibirama/Lãklãnõ (SC). Para isto, parte do estudo de três de suas arquiteturas: as habitações, os aldeamentos e os espaços de convívio em territórios urbanos. A relação entre estas tem se mostrado fundamental para desenvolver temáticas tradicionais, como a do faccionalismo e da conexão entre territorialidade e memória. Elas iluminam também o modo com o qual o grupo tem atuado na sua história de (des)encontros com o Estado Nacional e com as populações que o cercam. As arquiteturas xoklengs contemporâneas desafiam e fazem questionar o que é a materialidade de uma cultura e sua permanência no tempo, porque põe em xeque a dualidade existente entre repetição e inovação.
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“Minha cor não é branca, minha cor não é negra, minha cor é canela”: análise psicossocial da vivência urbana dos Xokleng/Laklãnõ na cidade "loira" de Blumenau/SC / “My color isn't white, my color isn't black, my color is cinnamon”: Psychosocial analysis of urban experience of the Xokleng/Laklãnõ people in the blond city of Blumenau/SCBusarello, Flávia Roberta 14 December 2017 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2017-12-20T12:58:11Z
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Flávia Roberta Busarello.pdf: 21756554 bytes, checksum: 5dca47fef39b8dd8b3e14a7a050ff047 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-12-20T12:58:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Flávia Roberta Busarello.pdf: 21756554 bytes, checksum: 5dca47fef39b8dd8b3e14a7a050ff047 (MD5)
Previous issue date: 2017-12-14 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / The present work deals with the thematic of the native Xokleng/Laklãnõ people's migration
into the city of Blumenau/SC, in order to analyze the experience of being indigenous of
collecting tradition and partition on a “blond” city (an urbanized, capitalist and Germaniccultural
context). The research was built together with Vaiká and Tchului, the informantresearchers
that orientate all the decisions and movements of the research. Therefore its
method is the Research-Action-Participant with reunions at FURB, meetings filled with
coffee and juice on the coffee shop in front of the university, moving around the city and
documents analysis, everything properly registered on field diaries. The theoretical referential
used is: the study groups EDUCOGITANS about the Xokleng/Laklãnõ's language and
culture, the perspective of social psychology critical-dialectic of Sawaia, Sílvia Lane, Lev S.
Vigotki and the theory of emotions from Baruch Espinosa. In the course of the research,
through the analysis of the history and fight of Vaiká e Tchului it was possible to analyze the
dialectic social exclusion/inclusion and the ethic-politic of the original people, concluding that
the resistance doesn't happen without the counter resistance and suffering. On the other side,
the migration can weaken the Indigenous Land. The great risk is the split up and the rupture
of the common between the urban indigenous and the one's on the Indigenous Land, and the
one's that live in the city, being favored in great part by the emotion that was most evident
both in Indigenous Land and the blond city of Blumenau, the shame. This way, the need of a
booklet about the rights of the indigenous people on the city was urging, what can be
considered one of the results of the research to strength the fight for rights. The methodology
of Research-Action-Participant also appears as an alternative that respect the World view and
the way of living for the psychosocial praxis among the original people / O presente trabalho trata da temática da migração dos povos originários Xokleng/Laklãnõ
para a cidade de Blumenau/SC, com o objetivo de analisar a experiência de ser indígena de
tradição coletora e de partilha em uma cidade “loira” (contexto urbanizado, capitalista e
cultural germânico). A pesquisa foi construída juntamente com Vaiká e Tchului,
pesquisadoras-informantes que nortearam todas as escolhas e movimentações da pesquisa.
Portanto o método é o de pesquisa ação-participante com reuniões na FURB, encontros
regados a café e suco na cafeteria em frente à universidade, circulando pela cidade e análise
de documentos, tudo devidamente registrado em diário de campo. Os referenciais teóricos
utilizados são: os estudos do grupo EDUCOGITANS sobre a língua e cultura
Xokleng/Laklãnõ, a perspectiva da psicologia social crítico- dialética de Sawaia, Lane, Lev S.
Vigotki e a teoria das emoções de Baruch Espinosa. No decorrer da pesquisa, a partir da
análise da história de luta de Vaiká e Tchului foi possível analisar a dialética
exclusão/inclusão social e o sofrimento ético-político dos povos originários na cidade,
concluindo que a resistência não ocorre sem a contra resistência e sofrimento. Por outro lado,
a migração pode enfraquecer as Terras Indígenas. O grande risco é a cisão e o rompimento do
comum entre os indígenas que migraram para o contexto urbano e os das Terras Indígenas,
sendo favorecida em grande parte pela emoção que ficou mais evidente tanto na Terra
Indígena como na cidade loira de Blumenau a vergonha. Assim foi se delineando a
necessidade de uma cartilha sobre os direitos dos povos indígenas nas cidades o que pode ser
considerado um dos resultados da pesquisa para fortalecer a luta pelos direitos. A metodologia
de pesquisa ação-participante também apresentou uma alternativa que respeita a cosmovisão e
o modo de viver para a práxis psicossocial junto aos povos originários
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O choque entre dois mundos o contato entre o índio e o branco na colonização do Vale do Itajaí :um estudo sobre a interpretação do imigrante europeu a respeito dos Xokleng 1850 - 1914 /Dagnoni, Cátia, Renaux, Maria Luíza, Universidade Regional de Blumenau. Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional. January 2008 (has links) (PDF)
Orientadora: Maria Luiza Renaux. / Dissertação (mestrado) - Universidade Regional de Blumenau, Centro de Ciências Humanas e da Comunicação, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional.
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Ferrovia São Paulo - Rio Grande e os indios Xokleng - relações interetnicas e modernidade no Brasil meridionalPereira, Walmir da Silva January 1995 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2012-10-16T08:20:04Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2016-01-08T19:31:53Z : No. of bitstreams: 1
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A ocupação do território Xokleng pelos imigrantes italianos no sul catarinense (1875-1925)Selau, Maurício da Silva January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-graduação em História / Made available in DSpace on 2012-10-22T12:52:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1
248673.pdf: 6105495 bytes, checksum: 395fcabbe6258b0a9ae0d7a0ca570ac8 (MD5) / O presente trabalho analisa os conflitos envolvendo os Xokleng e os imigrantes italianos no Sul Catarinense nas últimas décadas do século XIX e nas primeiras do século XX, no contexto da grande imigração européia para o Brasil e na expansão das áreas coloniais como forma de expansão da fronteira agrícola em locais considerados #vazios demográficos# pelo governo brasileiro. Entretanto, o #vazio demográfico# era uma ficção, pois no Sul Catarinense, nas áreas de mata atlântica e mata e araucária vivia o grupo indígena Xokleng sem contato com a sociedade nacional # entendida aqui como o conjunto da população que vivia sob as esferas administrativas da sociedade brasileira e a ela sentindo-se pertencentes. Vivendo com base em um nomadismo estacional, este grupo fazia da caça e da coleta nestas florestas as atividades principais para obter os alimentos suficientes para o seu sustento. A decisão do governo imperial de implantar colônias em locais onde havia uma população indígena contribuiu para que um clima de conflito se estabelecesse na região, pois duas populações com culturas distintas colocadas em um mesmo espaço levariam a uma disputa pelo controle do território e dos recursos nele disponíveis para a sobrevivência de ambos os grupos. O presente trabalho analisa estes conflitos envolvendo os Xokleng e os imigrantes, demonstrando que as representações construídas pelos últimos sobre os primeiros foram importantes para justificar a morte imposta a estes. Entendendo representação como as construções que um determinado grupo humano elabora para explicar a si próprio suas escolhas e condutas mediante uma determinada realidade, um grupo humano localiza outro grupo dentro de seu esquema de referências para classificá-lo de acordo com suas crenças e práticas culturais, justificando as ações empreendidas em relação aos mesmos. Trabalhamos representação como meio para atingir o conhecimento sobre o conflito pela posse do território entre imigrantes europeus e os Xokleng no final do século XIX e início do século XX no Sul Catarinense. Trabalhamos a idéia de representação associada ao conceito de invenção da etnicidade, pois compreendemos que os conflitos entre os Xokleng e os imigrantes também se inserem na esfera da etnicidade, que foi por vezes mobilizada entre os imigrantes para justificar suas posições, marcando a diferença entre seu grupo e o grupo indígena e colocando entre os dois uma fronteira que acabou por tornar-se intransponível. Assim, demonstramos como a luta pela posse do território, mediante a implantação de colônias com imigrantes, associada à ação dos bugreiros contribuiu para a desintegração do modo de vida Xokleng no Sul Catarinense. O trabalho discute a exploração do território Sul Catarinense visando a implantação de colônias por parte do governo imperial e como esta exploração preparou as bases para a espoliação das terras indígenas na região, com base na legislação da época. Nesta perspectiva, a fundação de colônias representou uma modificação na paisagem do Sul Catarinense, uma vez que o modo de vida dos imigrantes levou a uma contínua diminuição da floresta reduzindo as condições de sobrevivência do grupo Xokleng, desarticulando seu modo de vida. Demonstra-se que o extermínio do grupo Xokleng no Sul Catarinense e a conseqüente espoliação de suas terras foi possível devido à política indigenista do século XIX que previa #guerra# os botocudos, entre os quais estão incluídos os Xokleng. Esta #guerra# serviu de terreno para a construção de representações sobre este grupo indígena que será apropriada pelos imigrantes e externado por meio do termo #bugre#, que classificava os indígenas como incapazes de convívio com a sociedade da qual os imigrantes faziam parte. Surge, portanto, as justificativas para as ações que foram desenvolvidas visando a garantia de segurança nas colônias, ou seja, o trabalho dos bugreiros, que consistia no extermínio dos Xokleng, com aval das autoridades constituídas.
The present work analyses the conflicts involving the Xokleng and the Italian immigrants in the south of Santa Catarina in the last decades of the 19th century and in the first decades of the 20th century in the context of the great European immigration to Brazil and in the expansion of the colonization areas as a way of expansion of the agricultural frontier in places considerate #demographical empties# by the Brazilian government. However, the #demographical empties# was a fiction, because in the south of Santa Catarina, in the areas of Atlântica and Araucária forests, there was the indigenous group Xokleng without contact with the national society - which is understood here as the conjunct of population who lived under the administrative sphere of the Brazilian society and who felt pertaining to it. Living based in a stationary nomadism, this group used the hunting and the levy in these forests as their main activities to get the sufficient food for their maintenance. The decision of the imperial government of establishing colonies in places where there were indigenous population contributed to create a conflict climate in the region, because two populations with distinct cultures placed in the same space would lean to fight for the control of the territory and for the available resources for survival of both of the groups found in it. The present work analysis these conflicts between the Xokleng and the immigrants and it shows that the representations made by the last over the first ones were important to justify the death enforced to them. Understanding representation as the constructions that a determinate human group creates to explain its choices and conducts in front of determined reality, a human group places another group in its reference schemes to classify it according to its beliefs and cultural usages, justifying the actions attempted to this other one. We use the representation as a way to reach the knowledge about the conflict for the ownership of the territory between the European immigrants and the Xokleng by the end of the 19th century and beginning of the 20th century in the South of Santa Catarina. We use the idea of representation associated with the concept of the ethnical approach invention, since we understand that the conflicts between the Xokleng and the immigrants are also inserted in the sphere of the etnicidade, which was used many times by the immigrants to justify their positions, marking the difference between their group and the indigenous group and putting between the two ones a frontier that became insurmountable. That way, we show how the fight for the ownership of the territory when there is the implantation of colonies with immigrants, associated with the action of the bugreiros, contributed for the disintegration of the Xokleng way of life in the south of Santa Catarina. The work discusses the explorations of the south of Santa Catarina territory aiming the implantation of colonies by the imperial government and how this exploration prepared the bases for the spoliation of the indigenous lands in the region based on the epoch legislation. In this perspective, the colony foundation represented a modification in the south of Santa Catarina landscape, since the way of life of the immigrants caused a continuing decrease of the forest, decreasing the survival conditions of the Xokleng and disarticulating their way of life. It is shown that the Xokleng group extermination in the south of Santa Catarina and the consequent spoliation of its lands were possible due to the indigenista politics of the 19th century which foresaw #war# against the botocudos, among them the Xokleng. This #war# supplied the creation of representations against this indigenous group that was appropriated by the immigrants and uttered by the term #bugre#, which classifies the Indians as incapables of cohabiting in the society of the immigrants. So it comes the justifying for the actions that were developed to guarantee the security in the colonies, in other words, the work of the bugreiros, which was the Xokleng extermination, with the surety of the constituted authorities.
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Entre fronteirasViana, Iclícia January 2017 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2017. / Made available in DSpace on 2018-01-16T03:20:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2017 / Esta pesquisa se insere na relação de indígenas com o contexto universitário. Especificamente, objetiva compreender como têm sido as experiências de estudantes indígenas que pertencem ao Povo Laklãnõ/Xokleng em cursos de graduação e pós-graduação em uma universidade pública do Sul do Brasil. A perspectiva metodológica se apoia em uma concepção na qual a pesquisa se dá no cotidiano a partir de um campo-tema. Fizeram parte deste campo-tema, diferentes espaços e momentos que possibilitaram a construção de informações sobre estas experiências, entre eles uma roda de conversa, a convivência no cotidiano da universidade, visitas à Terra Indígena Laklãnõ, bem como outros espaços de encontro como manifestações politicas, grupos de estudo, festas, redes sociais e mídias. A pesquisa aponta quatro eixos principais baseados nas experiências singulares e coletivas neste espaço: 1) os projetos coletivos, familiares e singulares que marcam suas presenças na universidade; 2) as experiências frente às dificuldades e possibilidades de acesso, permanência; 3) os estereótipos, preconceitos e racismos vividos neste contexto, próprios da colonialidade na sociedade brasileira e 4) como a vida Laklãnõ/Xokleng é trazida para a universidade. Observou-se que a universidade configura-se hoje como um território de luta, que está sendo demarcado pela presença indígena, e que tenciona o imaginário social sobre estes povos produzindo novidades no encontro interétnico e produzindo fissuras que questionam os lugares identitários aprisionadores. Ao mesmo tempo, foi possível compreender que assim como em outros momentos de sua história, o povo Laklãnõ/Xokleng em sua especificidade, segue re-existindo fazendo uso agora da educação superior como instrumento de visibilização para sua existência e resistência, a qual marca sua história desde os primeiros contatos com o não indígena. / Abstract : This research is insered in the relation of indigenous people in a university context. Specifically, it has the objective of comprehend how the experiences of Laklãnõ/ Xokleng indigenous people has occured in graduation and post graduation courses of a public university in South of Brazil. The methodology perspective is based on a conception in which the research occurs on the daily life trough a theme field. It was a part of this theme-field different spaces and moments that enable the construction of informations about these experiences, among them a round of conversation, the co existence at the university daily life, visits to the Laklãnõ Indigenous Land, as well as other metting spaces as political manifestations, study group, parties, social web and medias. The research points to four main axes based on the singular and collective experiences on this space: 1) collective, familiar and singular experiences that mark their presence at the University; 2) the experiences of difficult and possibilities of access and stay; 3) the stereotypes, prejudices ans racism experienced in this context, proper of the coloniality of Brazilian society and 4) how Laklãnõ/Xokleng life has been brought to university. It has been observed that university configures nowadays as a struggle territory, that has been demarcated by Indigenous presence, and that tenses the social imaginary about these people producing new features over the interethnic meetings and producing fissures that question the imprisioning identitary places. At the same time, it was possible to understand that as in other moments of their history, the Laklãnõ/Xokleng people on their specifity, continue re- existing, now making use of higher education as an instrument of visibilizing their existence and resistance, that mark their history since the first contacts with the no Indigenous.
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"Se nós não fosse guerreio nós não existia mais aqui"Guerola, Carlos Maroto January 2017 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2017. / Made available in DSpace on 2017-07-25T04:11:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2017 / A presente pesquisa foi desenvolvida dentro da área de estudos da Linguística Aplicada indisciplinar, a partir da metodologia de pesquisa etnográfica, no âmbito do programa de formação continuada de professores indígenas Ação Saberes Indígenas na Escola (ASIE), criado a nível nacional pelo Ministério de Educação em 2013 e implementado em Santa Catarina pela UFSC entre 2015 e 2017. O trabalho tem como objetivo geral construir alternativas teóricas para o ensino-aprendizagem escolar das línguas guarani, kaingang e laklãnõ-xokleng, reinventadas enquanto processos sociais, visando o fortalecimento da luta dessas populações. Essas alternativas teóricas são construídas com base em discursos (dos quais se oferece registro audiovisual) enunciados por professores, lideranças e sábios durante os Grandes Encontros da ASIE em terras indígenas, assim como com base nas reflexões em torno das práticas materiais desses Grandes Encontros nas quais se constatou a enunciação natural, fácil, espontânea e abundante em línguas indígenas. Em prol da análise interpretativa desses discursos e práticas materiais, é tecida uma fundamentação teórica (que tem como insumo principal postulados de Mikhail Bakhtin e Michel Foucault) em torno do discurso, das línguas e do controle que se exerce sobre os mesmos por meio de procedimentos que buscam estabelecer regras, de acordo com geografias e economias políticas de verdade, para legitimar e privilegiar certos discursos e enunciadores, destacando o papel da instituição escolar nesse processo. Seguidamente, são problematizados os discursos que a tradição linguística e filológica ocidental tem privilegiado em relação às línguas, principalmente aqueles que as representam como sistemas autônomos de normas indestrutíveis. Caracterizando tais discursos sobre as línguas como invenções a serviço da dominação política e econômica colonial e neocolonial, com efeitos colaterais particularmente nocivos para os povos indígenas, aponta-se, posteriormente, para o modo em que esses discursos e consequências nocivas continuam vivas ainda hoje em práticas escolares, o que não é diferente em contextos indígenas. Em prol de contribuir para a reconfiguração dessa situação, criticada pelos participantes da pesquisa, propõe-se uma reinvenção das línguas com base nas teorizações do geógrafo David Harvey, que caracteriza os processos sociais como consistentes na articulação de seis momentos interdependentes, quais sejam, discurso, poder, instituições, práticas materiais, relações sociais e imaginário. A partir da interação entre a fundamentação teórica e os dados etnográficos, gerados ao longo de 34 meses de envolvimento em campo do pesquisador também enquanto supervisor da ASIE na UFSC, a análise se desenvolve em torno desses momentos e das categorias força, luta, sistema, papel, tempo e espaço. A partir da reflexão, com base nessas categorias, em torno das práticas materiais retratadas em relatos literário-fotográficos, propõe-se uma alternativa teórica para o ensino-aprendizagem escolar de línguas indígenas consistente em professores e estudantes participarem, em virtude da força e da luta indígena, em práticas de liberdade de educação escolar diferenciada, isto é, em práticas pautadas nas orientações dos mais velhos e desenvolvidas em espaços-tempos que favoreçam o estreitamento e fortalecimento da convivência, da prática, da oralidade e do movimento conjunto entre anciões, professores e estudantes, assim como as crenças, valores e desejos associados a esses tempos-espaços e relações sociais, dentro de uma temporalidade híbrida entre a temporalidade da educação indígena e a temporalidade da educação escolar.<br> / Abstract : This research was conducted in the field of indisciplinarian Applied Linguistics, following an ethnographic methodological approach, within the in-service indigenous teachers training program Ação Saberes Indígenas na Escola (ASIE), created at a national level by the Brazilian Department of Education in 2013 and implemented in the state of Santa Catarina by UFSC between 2015 e 2017. Its main goal is to build theoretical alternatives for teaching-learning Guarani, Kaingang and Laklãnõ-Xokleng languages, reinvented as social processes, at school, aiming at strengthening the struggle of those populations. These theoretical alternatives are built upon discourses (of which audiovisual register is offered) uttered by teachers, chiefs and sages during the Great Meetings of ASIE in indigenous lands, as well as upon reflections on the material practices of those Meetings in which natural, easy, spontaneous and abundant utterance in indigenous languages was witnessed. To serve the interpretive analysis of those discourses and practices, the theoretical background (that relies primarily on Mikhail Bakhtin e Michel Foucault) focuses on discourse, languages and how control is exerted over them through procedures that aim at establishing rules, grounded on geographies and political economies of truth, in order to legitimate and favor certain discourses and utterers, highlighting the role of schools within this process. Afterwards, the discourses on languages favored by Western linguistic and philological tradition are questioned, chiefly those that represent them as autonomous systems of indestructible rules. Characterizing those discourses on languages as inventions that serve the purposes of colonial and neo-colonial political and economic domination, with particularly harmful effects on indigenous populations, it is discussed next how those discourses and harmful effects are kept alive still today in school practices, also in those of indigenous contexts. In order to contribute to change that situation, criticized by the participants of the research, a reinvention of languages is proposed grounded on David Harvey?s theory that describes social processes as consisting in the articulation of six interdependent moments, i.e., discourse, power, institutions, material practices, social relations and imaginary. Through the interaction between the theoretical background and the ethnographic data, generated throughout 34 months during which the researcher was in the field also as supervisor of ASIE at UFSC, the analysis is carried out around those moments and the categories strength, struggle, system, paper, time and space. Upon the reflection, grounded on those categories, on the material practices portrayed in literary-photographic tales, a theoretical alternative is put forward to teach-learn indigenous languages as social processes at school that consists in teachers and students getting involved, by virtue of the indigenous strength and struggle, in differentiated school practices of freedom, that is, practices whose guidelines are provided by the elderly and are developed in times-spaces that favor the strengthening of the coexistence, the practice, the orality and the shared movement of the elderly, teachers and students, as well as the believes, values and desires associated to those times-spaces and social relationships, within a hybrid temporality between the temporality of indigenous education and the temporality of school education.
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Coleções etnográficasFürbringer, Nádia Philippsen January 2013 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2013-12-05T23:45:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Retomo o lugar das pesquisas antropológicas acerca de coleções etnográficas. Ainda que haja uma lacuna nas pesquisas em museus e/ou com coleções, a prática de colecionismo na Antropologia permaneceu em todos esses anos. A análise parte das coleções do antropólogo Sílvio Coelho dos Santos, que em decorrência de sua profissão de antropólogo colecionou objetos indígenas que foram doados ao Museu de Arqueologia e Etnologia (Marque) ligado a Universidade Federal de Santa Catarina e compõe o acervo de Etnologia Indígena. Soma-se a esse conjunto, centenas de diapositivos e Diários de Campo que foram acumulados em décadas de pesquisa. Ocorre que essas coleções estão em processo de reapropriações, as novas articulações tem ressignificado tais objetos e o próprio sistema museal. Meu campo parte da observação dessas reapropriações: o processo da exposição de curadoria compartilhada de longa duração (curadoria que integra técnicos do Museu e indígenas); e o interesse de grupos indígenas, que são os alunos da Licenciatura Indígena da UFSC (Kaingang, Xokleng e Guarani) em conhecer essas diversas coleções. Além também da constituição de uma galeria virtual de imagens produzidas em contextos de pesquisa etnográfica do Professor Silvio Coelho dos Santos, como estratégia de comunicação e documentação de acervos museológicos, através do processo de compartilhamento de imagens em ambientes virtuais, em exposições museográficas e em oficinas de extensão universitária. Primeiramente com a contribuição dos Tikuna e em seguida dos Xokleng (Licenciatura Intercultural Indígena/UFSC) na construção das informações sobre estas imagens. São diversos sujeitos que contribuem na construção das memórias que contornam tanto o próprio Silvio Coelhos dos Santos e seus interlocutores em outrora, quanto o que o seu olhar enfocou em tantas imagens e descrições de seus diários de campo. Narrativas que emergem a partir da vida dos objetos e documentos que fazem parte de coleções etnográficas, novas vozes que contam outras histórias.<br> / Abstract : I return to anthropological research about ethnographic collections. While there is a gap in research in museums and /or collections, the practice of collecting in anthropology remained all these years. The analysis is about the collections of the anthropologist Silvio Coelho dos Santos, who because of their profession of anthropologist, collected objects that were donated to Museum of Archaeology and Ethnology (Marque) connected to the Federal University of Santa Catarina (UFSC) and composes the collection of Indigenous Ethnology. Added to this set, hundreds of slides and diaries of field that were accumulated over decades of research. It happens that these collections are in the process of reappropriations, new joints have reframed such museum objects and the system itself. My field part of these reappropriations observation: the process of curating the exhibition shared long-term (curator of the Museum which integrates technical and indigenous), and the interest of indigenous groups, who are students of Bachelor Intercultural Indigenous in UFSC (Kaingang, Xokleng and Guarani ) to meet these diverse collections. Besides also the creation of a virtual gallery of images produced in contexts of ethnographic research of Professor Silvio Coelho dos Santos, as a strategy for communication and documentation of museum collections, through the process of sharing images in virtual environments, exhibitions and workshops museographic university extension. First with the contribution of Tikuna and then the Xokleng (Bachelor Intercultural Indigenous / UFSC) in the construction of information on these images. There are several individuals who contribute to the construction of the memories that surround both himself Silvio Coelho dos Santos and its partners in the past, as his gaze focused on so many pictures and descriptions of their field diaries. Narratives that emerge from the life of objects and documents that are part of ethnographic collections, new voices that tell other stories.
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