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Efeitos biológicos do laser de baixa potência sobre o cultivo de células-tronco mesenquimais provenientes do tecido adiposo e da medula óssea de cães /Heckler, Marta Cristina Thomas. January 2014 (has links)
Orientador: Rogério Martins Amorim / Coorientador: Fernanda da Cruz Landim / Banca: Marimélia Porcionatto / Banca: Patrícia Fidelis de Oliveira Gregolini / Banca: Marjorie de Assis Golim / Banca: Regina Kiomi Takahira / Resumo: O laser de baixa potência (LBP) é muito utilizado em diferentes ramos da medicina regenerativa e odontologia, onde é aplicado para melhorar o processo de cura e é benéfico em uma variedade de processos patológicos, no qual pode aumentar a taxa de proliferação de várias linhagens celulares. No entanto, poucos são os trabalhos que avaliaram os efeitos do LBP em células-tronco mesenquimais (CTM) caninas. Desta forma, os objetivos do presente trabalho são: caracterizar as células-tronco mesenquimais do tecido adiposo (CTM-TA) e da medula óssea (CTM-MO) caninas, estudar o efeito do laser de baixa potência fosfeto de índio-gálio-alumínio nas densidades de 1,1 e 8,7 J/cm2 sobre o cultivo das mesmas quanto à proliferação e viabilidade celular, à imunogenicidade por meio da expressão do MHC-II e avaliar o cariótipo das células irradiadas e não irradiadas a fim de comprovar a ausência de alterações cromossômicas com a utilização do LBP. O estudo revelou que o LBP não alterou a viabilidade, proliferação celular, expressão de MHC-II e o cariótipo das amostras analisadas entre os grupos. Desta forma, pode-se concluir que o LBP não causa efeitos biológicos às CTM-TA e CTM-MO caninas nas dosagens utilizadas de 1,1 e 8,7 J/cm2. Portanto, outras dosagens devem ser investigadas para estimular a proliferação das CTM caninas sem causar alterações celulares deletérias / Abstract: Low power laser (LPL) is widely used in different fields of regenerative medicine and dentistry, where it is used to improve the healing process and is beneficial in a variety of disease processes, which can increase the rate of proliferation of various cell lineages. However, there are few studies evaluating the effects of LPL on canine mesenchymal stem cells (MSC). Thus, the aims of this study are: to characterize canine mesenchymal stem cells derived from adipose tissue (AT-MSC) and bone marrow (BM-MSC), to investigate the effect of low power laser aluminium gallium indium phosphide at densities of 1.1 and 8.7 J/cm2 on cellular viability and proliferation, immunogenicity by MHC-II expression and evaluate the karyotype of the irradiated and non-irradiated cells in order to identify the absence of chromosomal abnormalities with the use of LPL. The study revealed that LPL did not affect cell viability and proliferation, MHC-II expression and karyotype of the samples analyzed between groups. Thus, we can conclude that LPL cause no biological effects to canine AT-MSC and BM-MSC with the 1.1 and 8.7 J/cm2 dosages used. Therefore, other dosages to stimulate proliferation without causing deleterious cellular changes of canine MSC must be investigated / Doutor
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Investigação da expressão gênica diferencial em resposta aos efeitos da proteína anti-inflamatória Anexina A1 nas células de carcinoma de colo de útero /Prates, Janesly. January 2014 (has links)
Orientador: Flávia Cristina Rodrigues Lisoni / Coorientador: Sonia Maria Oliani / Banca: Edson Guilherme Vieira / Banca: Andréia Machado Leopoldino / Resumo: O carcinoma de colo de útero, também denominado câncer cervical, é o segundo tipo de câncer mundialmente mais frequente em mulheres, sendo a quarta causa de morte em países em desenvolvimento. A carcinogênese de colo de útero está relacionada com alterações genéticas, infecção pelo Papilomavirus Humano (HPV), angiogênese e processos inflamatórios. A idéia de que a inflamação está envolvida na tumorigênese é apoiada pela observação de que surge frequentemente em áreas de inflamação crônica. Por outro lado, a resposta inflamatória é controlada pela ação de mediadores anti-inflamatórios, que atuam para manter a homeostasia da resposta imunológica e prevenir a lesão tecidual. Entre esses mediadores destacamos a anexina-A1 (ANXA1), proteína de 37 kDa, que é expressa pelas células tumorais e atua como moduladora do processo inflamatório. Diante dessas considerações, investigamos, in vitro, a influência dessa proteína nas células SiHa sobre a morfologia, proliferação e expressão gênica e proteica. Para isso foi cultivada a linhagem celular SiHa em meio completo e tratada com o peptídeo ANXA1Ac2-26 para avaliar o efeito dessa proteína nos tempos de 2, 4, 24, 48 e 72 horas na morfologia e proliferação celular. Os resultados mostraram que o peptídeo não alterou a morfologia das células SiHa, no entanto diminuiu a proliferação celular, evidenciando o tempo de 72 horas como o mais significante pelas análises estatísticas, seguido de um novo cultivo para posterior análise imunocitoquímica ultraestrutural, extração de RNA e desenvolvimento da técnica de Hibridização Subtrativa Rápida (RaSH). A validação dos seis genes diferencialmente expressos foi realizada por PCR quantitativo em tempo real (RT-qPCR). A expressão da proteina ANXA1 foi observada diminuida nas células SiHa tratadas com o peptídeo pelas análises imunocitoquímicas ultraestruturais. A técnica de RaSH resultou em 82 genes .. / Abstract: Carcinoma of the cervix, also called cervical cancer is the second most common cancer in women worldwide and is the fourth leading cause of death in developing countries. The cervical carcinogenesis is related to genetic alterations, infection with Human Papillomavirus (HPV), angiogenesis and inflammation. The idea that inflammation is involved in tumorigenesis is supported by the observation that often arises in areas of chronic inflammation. Furthermore, the inflammatory response is controlled by the action of anti- inflammatory mediators that act to maintain homeostasis of the immune response and prevent tissue damage. Among these mediators is included annexin A1 (ANXA1), a protein of 37 kDa, which is expressed by tumor cells and acts as a modulator of the inflammatory process. Given these considerations, we investigated in vitro the influence of this protein in SiHa cells on the morphology, proliferation and gene and protein expression. In order to realize this aim, the cell line SiHa was cultured in complete medium and treated with the peptide ANXA1Ac2 -26 to evaluate the effect of this protein on times 2, 4, 24, 48 and 72 hours in morphology and cell proliferation. The results showed that the peptide did not alter the morphology of SiHa cells, but decreased cell proliferation, indicating the time 72 hours as the most significant by statistical analysis, followed by a further cultivation for subsequent ultrastructural immunocytochemical analysis, RNA extraction, and development of technical Rapid Subtractive Hybridization (RaSH). The validation of six differentially expressed genes was performed by quantitative real-time PCR (RT- qPCR). The expression of ANXA1 was decrease in cells treated with the peptide observed by ultrastructural immunocytochemical analysis. The RaSH technique resulted in 82 differentially expressed genes after treatment with ANXA1Ac2 -26. Six of these genes (HIF1A, ID1, LDHA, NCOA3, RAB13, TPT1), because their ... / Mestre
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Mecanismos celulares e moleculares de ação dos glicocorticóides endógenos sobre a mobilização de neutrófilos / Cellular and molecular mechanisms of action of endogenous glucocorticoids on the neutrophil mobilizationDanielle Maia de Holanda Cavalcanti 28 April 2010 (has links)
Temos mostrado que os glicocorticóides endógenos (GE) modulam o rolling e a aderência de neutrófilos in vivo, mediando a expressão de moléculas de adesão no leucócito e no endotélio. Adicionalmente, os GE controlam a maturação neutrofílica na medula e a sua mobilização para o sangue periférico. O presente trabalho visou investigar os mecanismos moleculares e celulares envolvidos na modulação exercida pelos GE neste processo. Utilizando ratos Wistar submetidos à adrenalectomia bilateral, tratados com RU 38486 ou controles (falso-operados, tratados com veículo ou não manipulados), foi demonstrado que: 1) os GE controlam, negativamente, a expressão de L-selectina em neutrófilos circulantes e ICAM-1, VCAM-1, PECAM-1, VAP-1 na célula endotelial e, positivamente, a expressão de L-selectina em granulócitos da medula óssea via seu receptor citosólico (GCR); 2) o mecanismo envolvido no controle dos GE sobre a expressão de L-selectina é independente de ação sobre sua expressão gênica ou da atividade de NFkB, mas dependente da expressão de anexina-A1, como verificado em camundongos knockouts (KO) para esta proteína 3) o controle da expressão de moléculas de adesão endotelial é dependente de ações sobre a expressão gênica, via translocação nuclear do NFkB; 4) a neutrofilia detectada em animais adrenalectomizados (ADR) é mediada pelo GCR, e dependente de anexina- A1; 5) a neutrofilia parece ser dependente da ação da anexina-A1 sobre a secreção de SDF-1 na medula óssea e expressão de CXCR-4 em neutrófilos circulantes e da medula; 6) concentrações circulantes elevadas de GE induzidas pela administração de ACTH confirmaram o controle dos GE, via anexina A-1, sobre o tráfego de neutrófilos da medula óssea para o sangue, mas sugerem um controle diferencial dos GE e anexina A-1 sobre a expressão de L-selectina em células da medula e do sangue circulante. Estes dados mostram mecanismos inéditos do controle dos GE sobre o tráfego de neutrófilos, que diferem em cada microambiente e tipo celular envolvido neste complexo fenômeno. / We have shown that endogenous glucocorticoids (GE) modulate the rolling and adhesion of neutrophils in vivo, mediating the expression of adhesion molecules on leukocytes and the endothelium. Additionally, the GE control neutrophil maturation in bone marrow and mobilization to peripheral blood. This work aimed to investigate the molecular and cellular mechanisms involved in the modulation exerted by GE in this process. Using male Wistar rats, submitted to bilateral adrenalectomy, treatment with RU 38 486 or controls (sham operated, vehicle or non manipulated), it was shown that: 1) GE control, negatively, L-selectin expression on circulating neutrophils and ICAM-1, VCAM-1, PECAM-1, VAP-1 on endothelial cell and, positively, L-selectin expression on bone marrow granulocytes via their cytosolic receptor (GCR); 2) the mechanism involved in the control of GE on the L-selectin expression is independent of its action on gene expression or NFkB activity, but dependent on the expression of anexina-A1, as observed in mice knockouts for this protein; 3) the control of endothelial adhesion molecules is dependent on gene expression, via NFkB translocation; 4) the neutrophilia detected in adrenalectomized animals (ADR) is mediated by GCR, and dependent on anexina-A1; 5) the neutrophilia seems to be dependent on the action of annexin A-1 on SDF-1α secretion in bone marrow and expression of CXCR-4 in peripheral blood and bone marrow; 6) high circulating concentrations of GE induced by administration of ACTH confirmed the control of GE, via the annexin-1, on the traffic of neutrophils from the bone marrow to the blood, but suggest a differential control of GE and annexin A-1 on the L-selectin expression in the bone marrow and circulating blood. These data indicate unpublished mechanisms of control of GE on the traffic of neutrophils, which differ in each microenvironment and cell type involved in this complex phenomenon.
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Investigação da proteína Anexina A1 em placentas humanas infectadas por Zika vírus /Mendes, Rafaela Batista Molás. January 2019 (has links)
Orientador: Sonia Maria Oliani / Coorientador: Jusciele Brogin Moreli / Banca: Estela Maris Andrade Forell Bevilacqua / Banca: Flávia Cristina Rodrigues Lisoni / Resumo: Introdução: A associação da infecção por Zika vírus (ZIKV) com malformação congênita e sequelas neurológicas trouxe uma preocupação global significativa. Estudos recentes têm mostrado que a infecção viral induz altos níveis de inflamação nas vilosidades placentárias. Neste contexto, a proteína anti-inflamatória anexina 1 (ANXA1) tem sido avaliada especialmente em células de defesa e associada com atividades antiparasitárias em explantes placentários infectados. Embora esses efeitos tenham sido explorados em diversas investigações, suas atividades ainda não estão completamente esclarecidas em placentas infectadas com ZIKV. Objetivos: Avaliar o envolvimento da proteína ANXA1 em placentas de mães infectadas pelo ZIKV. Materiais e métodos: Com o sangue materno e placentas, usando a técnica PCR em tempo real, foi possível classificar três grupos de estudo: (i) Neg/Neg (mãe e placenta negativas para o vírus), (ii) Pos/Neg (mãe infectada com vírus e placenta negativa) e (iii) Pos/Pos (mãe e placenta infectadas com vírus). Os fragmentos placentários foram fixados, incluídos em parafina e analisados para presença do ZIKV (anti-flavivirus 4g2), estruturalmente e para imunomarcações de células trofoblásticas (citoqueratina), mesenquimais e endoteliais (vimentina) e vasos (α-sma). As células inflamatórias foram analisadas por imunofluorescência e os níveis das citocinas IL-1β, IL-6, IL-10, TNF-α, IL-8 pelo analisador Multiplex Magpix. A expressão da ANXA1 foi avaliada por... / Abstract: Introduction: The association of Zika virus infection (ZIKV) with congenital malformation and neurological sequelae brought a significant global concern. Recent studies have shown that maternal viral infection induces inflammation in the placental tissue. In this context, the antiinflammatory protein annexin 1 (ANXA1) has been specially related to resolution of inflammation through multiple mechanisms and associated with antiparasitic activity in infected placental explants. Although these effects have been explored in several investigations, its activities have not yet been fully elucidated in placentas infected with ZIKV. Objectives: This study was conducted to evaluate the involvement of ANXA1 in placentas of ZIKV-infected mothers. Methods: With maternal blood and placenta, using the rt-PCR techinique, It was classified three study groups: Neg/Neg (mother and placenta negative for the virus), Pos/Neg (infected mother, but no virus detected in placenta) and Pos/Pos (mother and placenta infected with ZIKV). Placental fragments were fixed, embedded in paraffin and analyzed for the presence of ZIKV (anti-flavivirus 4g2), structurally, and immunohistochemistry for trophoblast (cytokeratin), mesenchymal and endothelial cells (vimentin) and arterial vessels (α-sma). Inflammatory cells were analyzed by immunofluorescence (CD-3, CD-15 and CD45 positive cells) and levels of the cytokines IL-1β, IL-6, IL-10, TNF-α, IL-8 by the Magpix Multiplex analyzer. ANXA1 expression was assessed ... / Mestre
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Investigação da ação da proteína anexina A1 sobre o processo de angiogênese induzido pelo fator de crescimento do endotélio vascular : modelos experimentais in vivo e in vitro /Lacerda, Jéssica Zani. January 2015 (has links)
Orientador: Sonia Maria Oliani / Banca: Claudia Regina Bonini Domingos / Banca: Janetti Nogueira de Francischi / Resumo: Introdução: A proteína anexina A1 (ANXA1) está envolvida principalmente na regulação dos processos inflamatórios, proliferativos, crescimento e diferenciação celular. Embora esses efeitos tenham sido explorados em diversas investigações, são raros os estudos na angiogênese. A terapia angiogênica consiste no controle do crescimento vascular, e a descoberta da ação da proteína ANXA1 nesse processo resultaria no desenvolvimento de novos procedimentos terapêuticos. Objetivo: em função da importância do entendimento da ação reguladora da ANXA1 na formação de novos vasos, o objetivo das nossas investigações foi avaliar, in vivo e in vitro, o mecanismo de ação dessa proteína sobre a angiogênese, na vigência do fator de crescimento do endotélio vascular - subtipo A (VEGF-A). Métodos: Nas investigações in vivo avaliamos os efeitos da ANXA1 sobre a cinética de formação de novos vasos da rede microcirculatória da região dorsal da pele de camundongos BALB/c selvagens (WT) e destituídos do gene para ANXA1 (AnxA1-/-). Na linhagem de células endoteliais de veias umbilicais humanas (HUVEC) investigamos o efeito da ANXA1 na viabilidade celular, proliferação, migração, formação de tubos, aderência e expressão de moléculas de adesão. Resultados: Os animais WT tratados com o peptídeo ANXA12-26 (1 mg/kg) ou VEGF e, os AnxA1-/- tratados com VEGF (10 ng/10 μL) apresentam aumento da neovascularização na pele. Nas células HUVEC, a análise da viabilidade não mostra diferenças significantes com ANXA12-26 nas concentrações de 1, 10 e 30 μM. Enquanto, a proliferação celular aumenta com o VEGF e/ou tratamento com ANXA12-26 (1 μM). No entanto, a migração celular aumenta após o tratamento com ANXA12-26 (10 μM) e, associado ao VEGF, nas concentrações de 10 e 30 μM. A tubulogênese aumenta após indução com VEGF e não altera após tratamento com ANXA12-26 (1, 10 ou 3... / Abstract: Introduction: The annexin A1 protein (ANXA1) is mainly involved in the regulation of inflammation, proliferative, growth and cell differentiation. Although these effects have been studied in several investigations, are scarce the studies in angiogenesis. The angiogenic therapy consists in the vascular growth control, and the discovery of ANXA1 protein action in this process result in the development of new therapeutic procedures. Aim: According to the importance of understanding the ANXA1 regulatory action in the new vessels formation, the objective of our research was to evaluate in vivo and in vitro, the action mechanism of this protein on angiogenesis, in the presence of the growth factor vascular endothelial - subtype A (VEGF-A). Methods: In vivo investigations have evaluated the ANXA1 effects on the kinetics of formation of new vessels of microcirculatory network of dorsal skin of BALB/c wild (WT) and ANXA1 depleted (AnxA1-/-) mice. In endothelial cells from human umbilical vein lineage (HUVEC) investigated the effect of ANXA1 on cell viability, proliferation, migration, tube formation, cell adhesion and molecules adhesion expression. Results: The WT animals treated with peptide ANXA12-26 (1 mg/kg) and VEGF and the AnxA1-/- animals treated with VEGF (10 ng/10 μL) show an increase of neovascularization in the skin. In HUVEC cells, the viability analysis does not show significant differences with ANXA12-26 at concentrations of 1, 10 and 30 μM. While, the cell proliferation increases with VEGF and/or ANXA12-26 treatments (1 μM). However, cell migration increases after ANXA12-26 treatment (10 μM) and, associated with VEGF, in concentrations of 10 and 30 μM. The tubulogenesis increases after induction with VEGF and does not change after ANXA12-26 treatment (1, 10 or 30 μM). In contrast, VEGF associated with ANXA12-26 (10 μM) enhance the formation of tubular structures. The ANXA12-26 peptide increases the expression of β3 integrin... / Mestre
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Reconstituição da Anexina V em sistemas de lipossomos: associação com a fosfatase alcalina e correlação com estudos de biomineralização / Reconstitution of Annexin V in liposome systems: association with Alkaline Phosphatase and correlation with biomineralization studiesBolean, Maytê 25 April 2014 (has links)
A biomineralização óssea é um processo complexo e multifatorial sendo um grande desafio para a ciência à compreensão dos seus mecanismos regulatórios. Este processo é mediado pela liberação de vesículas da matriz (MVs), as quais surgem das superfícies de osteoblastos e são secretadas no local específico do início da biomineralização. MVs têm a capacidade de acumular altas concentrações de íons Ca2+ e fosfato (Pi), proporcionando um microambiente adequado para a formação inicial e propagação dos cristais de hidroxiapatita. Especial atenção deve ser dada a duas proteínas: Anexina V (AnxA5) e Fosfatase Alcalina (TNAP). As anexinas são as proteínas mais abundantes detectadas nas MVs e responsáveis pela formação de canais de cálcio. TNAP apresenta atividade fosfomonohidrolítica, produzindo Pi a partir, principalmente, de pirofosfato (PPi) e ATP. O enfoque deste projeto foi produzir e caracterizar proteolipossomos com diferentes composições lipídicas de dipalmitoil fosfatidilcolina (DPPC) e dipalmitoil fosfatidilserina (DPPS) contendo TNAP e AnxA5, e manter a funcionalidade das proteínas após incorporação nos sistemas miméticos. Foi possível incorporar AnxA5 em DPPC-proteolipossomos (11,64 µg/mL), mas na presença de DPPS houve um aumento significativo de AnxA5 incorporada (25,79 µg/mL) a DPPC:DPPS 10%-proteolipossomos (razão molar). A presença das proteínas nos proteolipossomos compostos por DPPC e DPPC:DPPS 5, 10 e 15% (razão molar) foi confirmada por SDS-PAGE e Immunoblotting. Melhores rendimentos de incorporação das duas proteínas foram obtidos quando ambas foram incorporadas concomitantemente. DPPC-proteolipossomos e DPPC:DPPS 10%-proteoliposomos revelaram conter 75% de AnxA5 e 25% de TNAP em concentração de proteína. A presença de DPPS não afetou significativamente as porcentagens de proteínas incorporadas. Os parâmetros cinéticos da TNAP na hidrólise de diferentes substratos fisiológicos (ATP, ADP e PPi) foram determinados na presença e ausência de AnxA5, em pH fisiológico, e para os diversos sistemas lipídicos. A melhor eficiência catalítica da enzima foi obtida para sistemas contendo 10% de DPPS (razão molar) (kcat/K0.5= 183,02; 776,06 e 657,08 M-1.s-1, respectivamente). A TNAP apresentou maior especificidade para a hidrólise de PPi quando comparado com ATP e ADP. Estudos utilizando Calorimetria Diferencial de Varredura (DSC) mostraram que o aumento da concentração de DPPS em DPPC-lipossomos proporcionou um progressivo alargamento no pico de transição de fase, diminuição na t1/2 e H. A pré-transição de fase só foi detectada até a concentração de 15% de DPPS em DPPC. Para 20% de DPPS e acima, observou-se uma segregação lateral de fase com a formação de possíveis microdomínios ricos em DPPS. A interação da AnxA5 com DPPC-lipossomos e DPPC:DPPS 10%-lipossomos resultou em uma redução nos valores de H (de 8,73 para 5,68 e 8,43 para 5,37 Kcal.mol-1, respectivamente). Quando a TNAP está presente nos proteolipossomos, este efeito é ainda maior. A AnxA5 incorporada em DPPC-proteolipossomos e DPPC:DPPS 10%-proteolipossomos (razão molar) foi capazes de mediar o influxo de 45Ca2+ para dentro das vesículas (~ 800 nmol Ca2+) quando utilizados faixas de concentração de cálcio em níveis fisiológicos (~2 mM). A presença da TNAP nos proteolipossomos não afetou o influxo de Ca2+ mediado pela AnxA5. Entretanto, a presença da AnxA5 afetou significativamente os parâmetros cinéticos da TNAP para os diferentes substratos. Estudos com vesículas unilamelares gigantes (GUVs) também confirmaram a inserção funcional da AnxA5 em vesículas constituídos de dioleoil fosfatidilcolina (DOPC) e DOPC:DPPS 10% (razão molar). O principal efeito causado pela AnxA5 na morfologia das GUVs foi a perda de contraste óptico devido a formação de poros nas membranas das vesículas. Neste caso, a presença de DPPS não proporcionou mudanças significativas para a incorporação da AnxA5. TNAP quando inserida em GUVs provocou intensa flutuação e excesso de área das vesículas com formação de filamentos. A presença do DPPS provavelmente dificulta a inserção da TNAP à membrana das GUVs. Quando há microdomínios lipídicos heterogêneos na composição de GUVs compostas por DOPC:Colesterol:Esfingomielina (8:1:1) e DOPC:Colesterol:Esfingomielina:Gangliosídeo (7:1:1:1) (razão molar), a inserção da TNAP provocou uma maior segregação lateral de fase evidenciada por imagens com fluorescência. A presença da TNAP e AnxA5 em DPPC:DPPS 10%-proteolipossomos proporcionou mudanças significativas nas propriedades mecânicas visco-elásticas dos proteolipossomos detectadas por imagens de Microscopia de Força Atômica. Assim, no presente trabalho foi possível obter uma inédita metodologia para a formação de proteolipossomos contendo TNAP e AnxA5 concomitantemente, os quais apresentaram uma reconstituição funcional das proteínas, apresentando capacidade de captar Ca2+ para dentro das vesículas e habilidade de hidrolisar fosfosubstratos em sua superfície. / Bone biomineralization is a multifactorial and complex process, being a challenge for the science the understanding of their regulatory mechanisms. This process is mediated by the release of matrix vesicles (MVs), structures which arise by budding from osteoblast and chondroblast surface and are secreted in the specific site where biomineralization begins. MVs have the ability of accumulating high concentrations of Ca2+ and Pi ions, providing an adequate microenvironment for the initial formation and propagation of hydroxyapatite crystals. Two protein families present in MVs merit special attention: Annexins and Phosphatases. The annexins were the most abundant proteins detected in MVs and are responsible for the Ca2+-channels formation (especially AnxA5). Tissue-nonspecific alkaline phosphatase (TNAP) exhibits phosphomonohydrolytic activity, producing Pi mainly from PPi and ATP. Such proteins regulate the formation of calcium phosphate crystals, acting directly in the bone mineralization process. The goal of this project was to produce and characterize proteoliposomes with different lipid compositions of dipalmitoylphosphatidylcholine (DPPC) and dipalmitoylphosphatidylserine (DPPS) harboring TNAP and AnxA5, keeping the functions of both proteins after their incorporation into the mimetic systems. AnxA5 was able to incorporate into DPPC-proteoliposomes (11.64 µg/mL), but the presence of DPPS increased significantly the AnxA5 incorporation (25.79 µg/mL) into DPPC:DPPS 10%-proteoliposomes. The presence of both proteins into DPPC and DPPC:DPPS 5, 10 and 15% (molar ratios) proteoliposomes was confirmed by SDS-PAGE and Immunoblotting analysis. Better yield of TNAP and AnxA5 incorporation was observed when both proteins were reconstituted simultaneously. DPPC-proteoliposomes and DPPC:DPPS 10%-proteoliposomes (molar ratio) incorporated about 75% of AnxA5 and 25% of TNAP (protein concentration). DPPS presence did not affect significantly the yield of incorporation of both proteins. The kinetic parameters for the hydrolysis of different physiological substrates (ATP, ADP and PPi) by TNAP were determined in the presence and absence of AnxA5, at physiological pH, for the different systems. The best catalytic efficiencies were achieved with proteoliposomes containing DPPS 10% (molar ratio) (kcat/K0.5= 183.02; 776.06 and 657.08 M-1.s-1 for ATP, ADP and PPi, respectively), condition that also favored PPi hydrolysis by TNAP when compared to ATP and ADP hydrolysis. Studies by Differential Scanning Calorimetry (DSC) showed that the increasing DPPS concentrations in the DPPC-liposomes resulted in a progressive broadening of the phase transition peaks and decreased t1/2 and H values. The pre-transition was detected only in concentrations up to DPPS 15% in DPPC. Phase lateral segregation can be observed for DPPS 20% and above, suggesting the formation of DPPS-rich microdomains. The interaction of AnxA5 with DPPC and DPPC:DPPS 10%-liposomes resulted in a decrease of H values (from 8.73 to 5.68 and from 8.43 to 5.37 Kcal.mol-1, respectively). When TNAP was present in the proteoliposomes, this effect was even greater. AnxA5 incorporated into DPPC and DPPC:DPPS 10%-proteoliposomes (molar ratio) was able to mediate 45Ca2+-influx (~ 800 nmol Ca2+) into the vesicles at physiological Ca2+-concentrations (~ 2 mM), and this process was not affected by the presence of TNAP in the systems. However, AnxA5 affected significantly the hydrolysis of substrates by TNAP. Studies with Giant Unilamellar Vesicles (GUVs) also confirmed the functional reconstitution of AnxA5 in dioleoylphosphocholine (DOPC) and DOPC:DPPS 10% (molar ratio) vesicles. The main effect caused by AnxA5 in the GUVs morphology was the formation of pores in the vesicles membrane. In this case, DPPS presence did not affect the AnxA5 incorporation. The presence of TNAP in GUVs caused a several fluctuation, indicating that the vesicles acquired an excess of area and undergoes sequential budding transitions. It is suggested that the presence of DPPS makes the TNAP insertion into the GUVs membrane difficult. With the presence of heterogeneous lipid microdomains in GUVs composed of DOPC, Cholesterol (Chol), Sphingomyelin (SM) and Ganglioside (GM1) in the proportions DOPC:Chol:SM 8:1:1 and DOPC:Chol:SM:GM1 7:1:1:1 (molar ratios), the TNAP insertion caused a greater phase lateral segregation, evidenced by fluorescence analysis. Atomic Force Microscopy (AFM) analysis indicated that the presence of both proteins into DPPC:DPPS 10%-proteoliposomes (molar ratio) caused significant changes in the visco-elastic mechanical properties of the vesicles. In conclusion, the present work describes the synthesis of proteoliposomes harboring TNAP and AnxA5 concomitantly, with the functional reconstitution of both proteins, with the ability to transport Ca2+ into the vesicles and hydrolyze phosphosubstrates on their surface.
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Expressão da anexina A1 e da interleucina-10 na pele de pacientes com hanseníaseCaloi, Caroline Marques 22 September 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-09-22 / A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, causada pelo Mycobacterium leprae (M. leprae), parasita intracelular obrigatório que afeta, preferencialmente, macrófagos no tecido conectivo e células de Schwann nos nervos periféricos. O objetivo desse trabalho foi identificar as células mnonucleares presentes na pele de pacientes com hanseníase, com as formas clínicas tuberculóide-tuberculóide (TT), tuberculóide-borderline (TB), borderline-borderline (BB), virchowiano-borderline (BV) e virchowiano-virchowiano (VV); e mensurar a expressão dos mediadores anti-inflamatórios anexina-A1 (ANXA1) e interleucina-10 (IL-10), investigando seu possível papel na patogênese da doença. Após o diagnóstico clínico os pacientes foram submetidos à biópsia da lesão para análise histopatológica. Os cortes histopatológicos foram submetidos à técnica de imunofluorescência para detecção dos mediadores ANXA1 e IL-10. Os resultados demonstraram uma correlação na diferença dos tipos de leucócitos presentes nas diferentes formas clínicas dos pacientes com hanseníase com os níveis dos mediadores ANXA1 e IL-10 produção diferencial de mediadores reguladores do processo infeccioso. Os dados demonstraram que os histiócitos, células T CD4+ e T CD8+ dos pacientes com as formas clínicas BV e VV apresentavam uma expressão aumentada da proteína ANXA1, assim como nos níveis da citocina IL-10. Além disso, pode-se verificar uma correlação positiva na expressão da ANXA1 e nos níveis de IL-10 nos pacientes BB, BV e VV, indicando possivelmente que essa proteína possa contribuir com a regulação da produção dessa citocina durante o processo infeccioso induzido por M. leprae. Em conclusão, a proteína ANXA1 foi caracterizada como um possível regulador do processo infeccioso induzido por M. leprae, indicando que, a presença dessa proteína poderia estar reduzindo o potencial pró-inflamatório nos pacientes BB, BV e VV, levando a disseminação do M. leprae. Do contrário, em pacientes TT e BT, a proteína ANXA1 apresenta-se reduzida, o que poderia contribuir com a ativação dos leucócitos e a eliminação das bactérias. / Leprosy is a chronic infectious disease caused by Mycobacterium leprae (M. leprae), a intracellular obligate parasite that affects mainly macrophages and Schwann cells. This study’s goal was to identify monocytic cells present in the skin of leprosy patients with tuberculoid- tuberculoid clinical forms (TT), tuberculoid-borderline (TB), borderline-borderline (BB), borderline-lepromatous (BV) and lepromatous (LL); and evaluating the expression of annexin-A1 (ANXA1), and anti-inflammatory mediators interleukin-10 (IL-10), evaluating its potential role in pathogenesis disease. After the clinical diagnosis, the patients underwent biopsy for histopathological analysis. Histopathological cuts were submitted to immunofluorescence staining for detection of mediators ANXA1 and IL-10. The results showed a difference in the of leukocytes’s profile in patients with different clinical forms of leprosy, that is essential to allow the differential production of regulatory mediators of the infectious process. The data showed that the histiocytes, CD4 + and CD8 + T cells of patients with clinical forms BV and VV had a higher expression of ANXA1 protein as well as high levels of IL-10. Furthermore, it can be seen a positive correlation in expression of ANXA1 and IL-10 in BB, BV and VV patients, possibly indicating that this protein may contribute to the regulation of this cytokine production during the infectious process induced by M. leprae. In conclusion, ANXA1 protein was characterized as a possible regulator of the infectious process induced by M. leprae, indicating that the presence of this protein could be reducing the pro-inflammatory potential in BB, BV and VV patients taking the spread of the bacterium M. leprae. Otherwise, patients in TT and BT, ANXA1 protein comes in lower levels, which could contribute to more effective activation of pro-inflammatory action of the immune system, favoring the elimination of bacterias.
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Estudo dos mecanismos de ação do peptídeo Ac2-26 e da Piplartina nas células endoteliais de veias umbilicais humanas (HUVEC) ativadas pelo lipopolissacarídeo / Study of the mechanisms of action of the peptide Ac2-26 and Piplartina in human umbilical vein endothelial cells (HUVEC) activated by lipopolysaccharideCarvalho, Caroline de Freitas Zanon de 21 June 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-06-21 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Os avanços recentes nos mecanismos de inflamação e a descoberta de vários mediadores endógenos anti-inflamatórios levaram a novas investigações sobre as possibilidades terapêuticas. A demonstração, em estudos científicos, da ação anti-inflamatória da proteína anexina A1 (ANXA1) e do seu peptídeo mimético Ac2-26, têm sido fonte de sucesso para o desenvolvimento de novos fármacos. A descoberta da interação biofísica da piplartina (PL) com a região N-terminal da ANXA1 abriu um novo e instigante campo de investigação para o nosso grupo de pesquisa. Diante destas considerações, o objetivo do presente trabalho foi investigar a atuação da PL nas células endoteliais da veia umbilical humana (HUVEC), ativadas pelo lipopolissacarídeo (LPS). Ainda, se a interação Ac2-26/PL influência nas ações anti-inflamatórias da PL, favorecendo ou atenuando os seus efeitos nos processos inflamatórios. Inicialmente foi utilizada a Espectroscopia de Absorbância UV-Vis e de Fluorescência para investigar as interações entre o ligante PL e Ac2-26. In vitro, as células HUVEC foram ativadas pelo LPS (10 μg/mL), nos tempos de 8, 24, 48 e 72 horas, seguido pelos tratamentos com Ac2-26 (1µM) e/ou PL (10µM), demonstrando resultados expressivos em 24 e 72 horas. Os efeitos foram avaliados nos seguintes aspectos: proliferação celular, viabilidade celular, dosagens da quimiocina MCP-1 e das citocinas IL-8 e IL-1β e expressão da proteína α-tubulina. A presença de um anel trimetoxiaromático na estrutura da PL, o que pode favorecer uma interação com a tubulina, motivou as análises de Western blotting, as quais demonstraram que a PL inibiu a síntese da proteína endógena α-tubulina, em todas as condições experimentais. Nossos resultados mostraram efeitos pró-proliferativos do peptídeo Ac2-26 e, por outro lado, antiproliferativos e pró-apoptóticos da PL. Os níveis das citocinas pró-inflamatórias confirmaram o papel anti-inflamatório do Ac2-26 nas células ativadas pelo LPS, com redução dos níveis de MCP-1 e IL-8, em 24 horas. O tratamento PL reduziu os níveis de MCP-1 nas células ativadas pelo LPS, e aumentou IL-8, inclusive no tratamento associado Ac2-26/PL. Em conjunto, os resultados com as células HUVEC indicam que a PL inibe a proliferação por meio da ativação da apoptose celular, regulada pela inibição da polimerização da α-tubulina e dos níveis elevados da citocina IL-8. A PL e o Ac2-26 mostraram ações anti-inflamatórias, e a interação Ac2-26/PL parece ser neutra em relação às propriedades anti-inflamatórias da PL. / Recent advances in inflammation mechanisms and the discovery of several endogenous anti-inflammatory mediators have led to further investigations into the therapeutic possibilities. The demonstration, in scientific studies, of the annexin A1 protein (ANXA1) anti-inflammatory action and its peptide mimetic Ac2-26, have been a source of success for the development of new drugs. The discovery of the biophysical interaction of piplartin (PL) with the N-terminal region of ANXA1 opened a new and exciting field of investigation for our research group. In view of these considerations, the objective of the present study was to investigate the role of PL in lipopolysaccharide (LPS) activated human umbilical vein endothelial cells (HUVEC). Also, if the interaction Ac2-26/PL influences the anti-inflammatory actions of PL, favoring or attenuating its effects on inflammatory processes. Initially, UV-Vis Absorbance Spectroscopy and Fluorescence were used to investigate the interactions between the PL ligand and Ac2-26. In vitro, HUVEC cells were activated by LPS (10 μg/mL) at 8, 24, 48 and 72 hours, followed by treatments with Ac2-26 (1μM) and/or PL (10μM), demonstrating expressive results in 24 and 72 hours. The effects were evaluated in the following aspects: cell proliferation, cell viability, MCP-1 chemokine and IL-8 and IL-1β cytokines and α-tubulin protein expression. The presence of a trimethoxyaromatic ring in the PL structure, which may favor an interaction with tubulin, motivated Western blotting analyzes, which demonstrated that PL inhibited endogenous α-tubulin protein synthesis in all experimental conditions. Our results showed pro-proliferative effects of the peptide Ac2-26 and, on the other hand, antiproliferative and pro-apoptotic of PL. Proinflammatory cytokine levels confirmed the anti-inflammatory role of Ac2-26 in LPS-activated cells, reducing MCP-1 and IL-8 levels within 24 hours. PL treatment reduced MCP-1 levels in LPSactivated cells, and increased IL-8, including in the treatment associated with Ac226/PL.Taken together, the results with HUVEC cells indicate that PL inhibits proliferation through the activation of cellular apoptosis, regulated by the inhibition of α-tubulin polymerization and elevated IL-8 cytokine levels. PL and Ac2-26 showed anti-inflammatory actions, and the Ac2-26/PL interaction appears to be neutral in relation to the anti-inflammatory properties of PL. / CNPq: 142274/2014 / CNPq UNIVERSAL: 474596/2013-3
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Análise celular e molecular da ação do peptídeo Ac2-26 da proteína anti-inflamatória Anexina A nas células de carcinoma de colo de útero /Moreira, Heloisa Trindade. January 2015 (has links)
Orientador: Flávia Cristina Rodrigues Lisoni / Coorientador: Sonia Maria Oliani / Banca: Cristiane Damas Gil / Banca: Edson Guilherme Vieira / Resumo: INTRODUÇÃO: O câncer de colo de útero, também chamado de câncer cervical, é o segundo tipo de câncer mais frequente em mulheres mundialmente, sendo a quarta causa de morte por câncer em países em desenvolvimento. A carcinogênese de colo de útero está relacionada com alterações genéticas, infecção pelo Papilomavirus Humano (HPV), angiogênese e processos inflamatórios. A anexina-A1 (ANXA1), proteína de 37 kDa, que é expressa pelas células tumorais atua como moduladora do processo inflamatório. Os dados disponíveis sugerem que essa família de proteínas pode ter, além de seu importante papel no processo inflamatório, um envolvimento significativo no câncer, por meio de cascatas de sinalização que incluem genes relacionados com o ciclo celular, a diferenciação e a apoptose. OBJETIVOS: Em função da importância do efeito anti-inflamatório do peptídeo Ac2-26 nas células carcinogênicas, o presente trabalho teve como objetivo geral investigar a influência desse anti-inflamatório nas células SiHa. MATERIAIS E MÉTODOS: Utilizamos a linhagem celular SiHa (derivada das células de carcinoma epidermóide de cérvice), tratada com o peptídeo Ac2-26 na concentração de 10μg/mL por 2, 4, 24, 48 e 72 horas. Avaliamos morfologia; proliferação e migração celular; apoptose, necrose e apoptose tardia; citocinas pró inflamatórias; expressão protéica e dos genes COX-2, EP3, EP4, MMP2, MMP9, TIMP1 e TIMP2; nas amostras controle e tratadas com o peptídeo Ac2-26, pelas técnicas de microscopia de luz, Citometria de fluxo, Magipix, Western Blotting e PCR quantitativo em tempo real. RESULTADOS: Nas células de carcinoma de colo uterino observamos que não houve alteração na morfologia celular após o tratamento com peptídeo Ac2-26, entretanto houve a redução da proliferação e migração celular. No ensaio de citômetro de fluxo não houve indução de apoptose, apoptose... / Abstract: INTRODUCTION: Cervical cancer is the second most common cancer in women worldwide and is the fourth leading cause of cancer deaths in developing countries. The cervical carcinogenesis is related to genetic alterations, infection by the Human Papillomavirus (HPV), angiogenesis and inflammation. Annexin-A1 (ANXA1), 37 kDa protein, which is expressed by tumor cells acts as a modulator of the inflammatory process. Evidence suggests that this protein family may have, in addition to its important role in the inflammatory process, significant involvement in cancer, through signaling cascades that include genes related to cell cycle, differentiation and apoptosis. OBJECTIVES: Because of the importance of the anti-inflammatory effect of Ac2-26 peptide in carcinogenic cells, this study aimed to investigate the influence of anti-inflammatory in SiHa cells. MATERIALS AND METHODS: SiHa cell line (derived from squamous cell carcinoma of cervix), treated with Ac2-26 peptide at a concentration of 10μg/mL for 2, 4, 24, 48 and 72 hours. We evaluate morphology; cell proliferation and migration; apoptosis, late apoptosis and necrosis; pro-inflammatory cytokines; protein expression and COX-2 genes, EP3, EP4, MMP2, MMP9, TIMP1 and TIMP2; control and the samples treated with the peptide Ac2-26, by light microscopy techniques, flow cytometry, magipix, Western blotting and quantitative PCR in real time. RESULTS: In cervical carcinoma cells observed that there was no change in cell morphology after treatment with peptide Ac2-26, however, there was a reduction in cell proliferation and migration. In the test flow cytometry there was no induction of apoptosis, late apoptosis or necrosis, but the test Magpix decreased interleukin 6 (IL-6) in SiHa cells treated with the peptide Ac2-26. The effect of treatment carried out with the exogenous protein did not affect the expression of Annexin A1 endogenous protein, but showed... / Mestre
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Heterogeneidade dos mastócitos e expressão da proteína Anexina A1 em modelo de lesão térmica de segundo grau / Heterogeneity of mast cells and expression of Annexin A1 protein in a second degree burn modelSouza, Helena Ribeiro [UNESP] 29 July 2016 (has links)
Submitted by HELENA RIBEIRO SOUZA null (helena.riber@hotmail.com) on 2016-08-11T15:45:49Z
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Dissertação Helena R Souza.pdf: 28021261 bytes, checksum: cfa8bae6ea9a632c8ff6462cc740385a (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Paula Grisoto (grisotoana@reitoria.unesp.br) on 2016-08-12T19:10:30Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2016-07-29 / O processo de reparo de lesões térmicas pode ser dividido nas fases de inflamação, proliferação e remodelação. No seu processo de desgranulação, os mastócitos (MCs) liberam fatores quimiotáticos, citocinas e proteases, como triptase e quimase, para o meio extracelular, contribuindo na degradação da matriz lesada e síntese de uma nova. Além disso, estudos indicam que os MCs armazenam a proteína anti-inflamatória anexina A1 (AnxA1), envolvida na inflamação, apoptose, crescimento e diferenciação celular. Contudo, não se conhecem relatos da expressão e função da AnxA1 no reparo de queimaduras. Diante disso, os objetivos desse estudo foram quantificar e avaliar a ativação, acúmulo de histamina e heterogeneidade para triptase e quimase dos MCs, bem como, verificar a expressão da AnxA1, quantificar macrófagos, e dosar as citocinas TNF-α, IL-1β, IL-6, IL-10 e a quimiocina MCP-1 em modelo de queimadura de segundo grau em ratos Wistar. Para o desenvolvimento da lesão os animais foram anestesiados e submetidos à aplicação de um bloco metálico aquecido no dorso. Os animais foram divididos em grupos controles e tratados com pomada de sulfadiazina de prata a 1% (SDP 1%). As análises foram realizadas em 3, 7, 14 e 21 dias após injúria, e também em fragmentos de pele normal. Avaliações macroscópicas e histopatológicas da cicatrização confirmaram as características de queimadura de segundo grau e a melhor evolução da cicatrização nos animais tratados. A quantificação dos MCs mostrou grande quantidade de células intactas na pele normal e redução significante dessas células nas fases de inflamação (dia 3) e de proliferação (dia 7). Nas fases de proliferação de matriz (dia 14) e remodelação (dia 21) foi verificada maior quantidade de MCs nos animais controles e essas células foram observadas, principalmente, desgranuladas no dia 14 e intactas no dia 21. Ainda, no grupo tratado aos 7 dias e em ambos os grupos aos 14 dias, foi encontrada diferença entre MCs com grande quantidade de histamina e MCs totais. A análise da heterogeneidade dos MCs revelou maior número de MCs positvos para triptase (MCT) do que para quimase (MCQ) na pele normal e redução de MCTs e MCQs nas primeiras fases da cicatrização. Contudo, na fase de remodelação, muitos MCQs foram observados no grupo controle. A expressão da AnxA1 foi fraca na pele normal com aumento nas fases de inflamação e de proliferação. Aos 21 dias após lesão, a expressão da AnxA1 foi maior nos animais tratados com SDP 1%, no estroma e também em regiões epiteliais próximas à neogênese dos anexos cutâneos. As análises das citocinas mostraram aumento das pró-inflamatórias TNF-α, IL-1β e IL-6, e da citocina anti-inflamatória IL-10, nas fases iniciais do reparo, especialmente nos dias 3 e 7. O mesmo foi observado com relação a quimiocina MCP-1 e a quantificação de macrófagos. Nossos resultados evidenciaram diferenças no número de MCs e na imunomarcação da AnxA1 entre os grupos estudados, moduladas pelo tratamento com a SDP 1% e indicam que essas células e proteínas podem ser alvos terapêuticos no processo de regeneração de queimaduras. / The repair process of thermal injury can be divided into phases of inflammation, proliferation and remodeling. The mast cells (MCs) in their degranulation process, release chemotactic factors, cytokines and proteases, as tryptase and chymase, to the extracellular environment contributing to the degradation of damaged matrix and synthesis of a new one. Moreover, studies indicate that MCs store the antiinflammatory protein annexin A1 (AnxA1) which involved in inflammation, apoptosis, growth and cell differentiation. However, there are no known reports of the expression and function of AnxA1 in burns repair. Thus, the objectives of this study were to quantify, assess the activation, histamine accumulation and heterogeneity for tryptase and chymase of MCs, as well as, check the expression of AnxA1, associated with macrophages quantification and the levels of TNF-α, IL-1β, IL-6, IL-10 and MCP-1 in a second degree burn model in rats. For the development of the lesions, animals were anesthetized for applying a water-heated metal block in the dorso. The animals were divided into control and treated or not with the cream of silver sulfadiazine 1% (SDP 1%). The analyzes were performed on 3, 7, 14 and 21 days after injury, and also in normal skin fragments. Macroscopic and histopathological evaluations of healing confirmed the burning characteristics of second degree and the better progress of wound repair in treated animals. Quantification of MCs showed large amount of intact cells in normal skin and a significant reduction of these cells in the stages of inflammation (day 3) and proliferation (day 7). In the phases of matrix proliferation (day 14) and remodeling (day 21) it was observed increased amount of MCs, only in the control animals, and these cells were mainly degranulated on day 14, but intact on day 21. Also, in the treated group on day 7 and in both groups on day 14, it was found difference between MCs with large amounts of histamine and total MCs. The heterogeneity analysis revealed more MCs positves for tryptase (MCT) than for chymase (MCC) on normal skin and reduced MCTs and MCQs in the early stages of healing. However, in the remodeling phase, many MCCs were observed in the control group. The expression of AnxA1 was low in normal skin and increased in the stages of inflammation and proliferation. On 21 days after injury, the expression of AnxA1 was higher in animals treated with SDP 1% in the stroma and epithelial cells especially in regions close to neogenesis of skin attachments. Analysis of the inflammatory mediators showed an increase pro-inflammatory TNF-α, IL-1β and IL-6 and anti-inflammatory IL-10 cytokines in the early stages of the repair, especially on days 3 and 7. The same was observed for MCP-1 chemokine and quantification of macrophages. Our results showed differences in the number of MCs and AnxA1 expression between groups, that were modulated by treatment with the SDP 1%, indicating that these cells and protein can be used as therapeutic targets in burns regeneration process.
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