• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 257
  • 2
  • 2
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • Tagged with
  • 265
  • 68
  • 62
  • 60
  • 57
  • 54
  • 39
  • 38
  • 31
  • 30
  • 25
  • 22
  • 21
  • 21
  • 20
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
131

Análise do perfil lipidômico e do risco cardiovascular na pré e pós menopausa / Analysis of lipid profile and cardiovascular risk in pre and post menopause

NOGUEIRA, Iara Antonia Lustosa 25 May 2017 (has links)
Submitted by Rosivalda Pereira (mrs.pereira@ufma.br) on 2017-09-29T17:19:20Z No. of bitstreams: 1 IaraNogueira.pdf: 92869 bytes, checksum: 5e68638ca4fbe0f7a83413724c91dec2 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-09-29T17:19:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 IaraNogueira.pdf: 92869 bytes, checksum: 5e68638ca4fbe0f7a83413724c91dec2 (MD5) Previous issue date: 2017-05-25 / Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Menopause is a physiological process that affects women during their late 40s or early 50s, but it has substantial health consequences, varying from disturbances in the lipid and glucose metabolism to changes in sleep, increasing exposure to cardiovascular disease. The aim of this study was to analyze the lipid profile and cardiovascular risk in pre and post menopause, in order to better understand the possible mechanisms that increase cardiovascular risks after menopause. It was a cross-sectional analytical study, including evaluated 184 women aged to 40 to 65 years. Socio-demographic, clinical, anthropometric and laboratory data were obtained as well as comorbidities, such as diabetes, dyslipidemia, hypertension and metabolic syndrome. The stratification of cardiovascular risk in 10 years was performed using the Framingham equation and the overall risk score. A total of 40 participants blood samples of this total were randomly selected for serum lipidic analysis, using mass spectrometry. Participants mean aged of 50 (SD 6.8) years and 54.8% were defined as postmenopausal. From the Framingham score, most women were classified as low risk, with 95.1% frequency for cardiovascular disease in 10 years in premenopausal women and 74.5% in those postmenopausal, despite the high percentage of risk factors, such dyslipidemia (72.6%), metabolic syndrome (50%), insulin resistance (50.9%) and diabetes (16.7%) in postmenopausal. Stratification by the global risk score was more adequate, that is, 64.6% of premenopausal women and 29.4% of postmenopausal women were classified as low risk, whereas 22% and 62.8% were in the high risk category, respectively. In lipidic analysis, lipid species were found to have increased concentrations in postmenopausal women, with the most notable being ceramides (N.C23: 0.Cer; N.C23:0(OH).Cer and N.C24:0(OH).Cer) with Fold Change of 1.68, 1.59 and 1.58, respectively. It was also observed that 14 metabolites showed a significant difference between pre and post menopause, mainly ceramide species. Strong and positive correlations were identified between several metabolites with fasting glucose, glycated hemoglobin, total cholesterol, LDL and triglycerides. Highlight the associations between the species ceramides (N.C10:0.Cer) and lysophosphatidylethanolamine (LPE.a.C18:0) with fasting glucose (r = 0.83 and r = 0.73, p< 0.05 , respectively) and with glycated hemoglobin (r = 0.81 and r = 0.75, p <0.05, respectively). The data obtained allowed us to conclude that postmenopausal women h, ad a CVD risk that was approximately three times higher than in premenopausal women, and that the Framingham score seemed to underestimate cardiovascular risk in the climacteric, whereas the overall score stratified more adequately once which was consistent with the CVD risk factors observed in this population. However, the main findings of this study were the important lipid changes detected in postmenopausal women, especially in the class ceramides, as well as correlations with classical glycolic and lipid markers that may be useful to investigate diseases associated with this phase. / A menopausa constitui um processo fisiológico que acomete as mulheres entre 40 e 50 anos, porém traz consequências substanciais para a saúde, que variam de distúrbios no metabolismo lipídico e glicídico a alterações no sono, aumentando a exposição para as doenças cardiovasculares. Esta pesquisa teve como objetivo analisar o perfil lipidômico e o risco cardiovascular na pré e pós menopausa, para melhor entender os possíveis mecanismos que aumentam os riscos cardiovasculares após a menopausa. Foi uma pesquisa transversal analítica, que foram avaliadas 184 mulheres, com idade entre 40 e 65 anos. Dados sociodemográficos, clínicos, antropométricos e exames laboratoriais foram obtidos, bem como informações sobre comorbidades, como diabetes, dislipidemia, hipertensão e síndrome metabólica. A estratificação do risco cardiovascular em 10 anos foi realizada utilizando a equação de Framingham e o escore global de risco. Do total das participantes, foram selecionadas aleatoriamente, 40 amostras sanguíneas, para a análise lipidômica, utilizando a técnica de espectrometria de massa. As participantes tinham uma média de idade de 50 anos (DP 6,8), na qual 55% delas estavam na pós-menopausa. Pelo escore de Framingham, a maioria das mulheres foram classificadas em baixo risco, sendo que na pré menopausa a frequência foi de 95,1% e na pós menopausa de 74,5% para doença cardiovascular em 10 anos, apesar do percentual elevado dos fatores de risco, como dislipidemia (72,6%), síndrome metabólica (50%), resistência insulínica (50,9%) e diabetes (16,7%), na pós menopausa. Já a estratificação pelo escore global de risco mostrou que 64,6% das mulheres na pré-menopausa e 29,4% na pós-menopausa foram classificadas como baixo risco, enquanto que 22% e 62,8% estavam na categoria de alto risco, respectivamente. Na análise lipidômica, verificou-se que espécies lipídicas apresentavam concentrações aumentadas na pós menopausa, destacando-se as ceramidas (N.C23:0.Cer; N.C23:0(OH).Cer e N.C24:0(OH).Cer) com Fold Change de 1,68, 1,59 e 1,58, respectivamente. Observou-se também que 14 metabólitos apresentaram diferença significativa entre pré e pós menopausa, principalmente espécies de ceramidas. Foram identificadas correlações fortes e positivas entre vários metabólitos com glicemia em jejum, hemoglobina glicada, colesterol total, LDL e triglicerídeos. Destacamse as associações entre as espécies de ceramidas (N.C10:0.Cer) e lisofosfatidiletanolamina (LPE.a.C18:0) com a glicemia em jejum (r=0,83 e r=0,73; p< 0,05, respectivamente) e com a hemoglobina glicada (r=0,81 e r=0,75; p< 0,05, respectivamente). Os dados obtidos nos permitiram concluir que as mulheres na pós menopausa apresentavam um risco para DCV aproximadamente três vezes maior que na pré menopausa e que o escore de Framingham parece subestimar o risco cardiovascular no climatério, enquanto que o escore global estratifica mais adequadamente, uma vez que foi condizente com os fatores de risco para DCV observados nesta população. Mas, o principal achado deste estudo foram as importantes alterações nos lipídeos detectadas na pós menopausa, especialmente na classe das ceramidas, além das correlações com marcadores glicídicos e lipídicos clássicos que poderão ser úteis para investigar doenças associadas a esta fase.
132

Aspectos Clínicos e Histopatológicos do Miocárdio de Cães Naturalmente Infectados com Leishmaniose Visceral / Clinical and Pathological Features of Miocardial Dogs with Visceral Leishmaniasis

Santos, Fernanda Porcela dos 19 July 2013 (has links)
Submitted by Sandro Camargo (sandro.camargo@unipampa.edu.br) on 2015-03-08T18:38:21Z No. of bitstreams: 1 117110031.pdf: 1697065 bytes, checksum: 988fb2b0e3a730eaccfd605f9a8beb51 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-08T18:38:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1 117110031.pdf: 1697065 bytes, checksum: 988fb2b0e3a730eaccfd605f9a8beb51 (MD5) Previous issue date: 2013-07-19 / A leishmaniose visceral (LV) é uma zoonose parasitária com distribuição cosmopolita, causada pelo protozoário Leishmania spp. Diversos sistemas orgânicos podem ser afetados diretamente ou indiretamente pelo parasitismo, resultando em aspectos clínicos variáveis e inespecíficos em cães. Relatos isolados com indícios histológicos de acometimento miocárdico em cães com LV sugerem comprometimento deste sistema. Desta forma, objetivou-se com o presente estudo, avaliar os aspectos clínicos e histopatológicos do miocárdio de cães naturalmente infectados com leishmaniose visceral. Para tanto, as características físicas gerais, hematimétricas, bioquímicas (creatinina quinase-CK, fração MB da creatina quinase-CK-MB- e troponina I), radiográficas do tórax, eletrocardiográficas e histopatológicas do miocárdio foram avaliadas em 36 cães portadores de LV (grupo LV - GLV) e comparadas às variáveis médias de 15 cães hígidos (grupo controle- GC), com exceção da avaliação histopatológica, realizada apenas no GLV. Ao exame físico geral observou-se maior prevalência de cães assintomáticos no GC (100%) e polissintomáticos no GLV (66%). Dois cães do GLV apresentaram sopro sistólico de intensidade II/VI e III/VI, em região de foco mitral. Os valores médios de hemácia, hemoglobina e hematócrito foram inferiores nos cães do GLV (p<0,0001), associados a maiores valores de proteína total (p<0,0001), leucócitos totais (p=0,0151), neutrófilos (p=0,0027), CK (p=0,0153) e CK-MB (p=0,0038) quando comparado ao GC. Não foram observadas alterações radiográficas qualitativas ou diferenças quantitativas entre os grupos avaliados (p=0,1228). À eletrocardiografia foi detectada maior incidência de arritmia sinusal respiratória nos cães do GLV (75%) e ritmo sinusal nos cães do GC (60%), atestado pelo teste das proporções (p=0,016). A amplitude média da onda P foi inferior no GLV (p=0,008). Não foram observadas arritmias cardíacas em ambos os grupos, porém foi verificada no GLV a presença de episódios isolados de marcapasso migratório e sinus arrest associados à arritmia sinusal respiratória. A luz da histopatologia do miocárdio foi possível observar a presença de infiltrado inflamatório mononuclear em 77,8% (n=28) dos cães do GLV, sendo a maior prevalência de infiltrado linfoistioplasmocitário de intensidade leve. Conclui-se que os cães com LV do presente estudo apresentaram maior prevalência de aspectos clínicos polissintomáticos, associados à anemia normocítica normocrômica, acompanhada de leucocitose por neutrofilia e hiperproteinemia, elevação da atividade sérica de CK e CK-MB, sem alterações significativas da silhueta cardíaca à radiografia, maior prevalência de arritmia sinusal respiratória com episódios de marcapasso migratório e sinus arrest, relacionados à presença de infiltrado inflamatório mononuclear multifocal leve à histopatologia do miocárdio, com baixa incidência de vasculite necrosante e rara detecção de formas amastigotas da Leishmania sp. / Visceral leishmaniasis (VL) is a worldwide parasite zoonotic, caused by a protozoa Leishmania spp. Several organic systems may be affected directly or indirectly by the parasitism, resulting in variable and unspecific clinical signs in dogs. Myocardial damage in affected dogs is suggested by isolated reports with histological evidences of myocarditis. Therefore, the aim of this study was evaluate the clinical and myocardial histopathologic features of naturally infected dogs with VL. Therefore, general physical characteristics, hematological, biochemical (creatine kinase- CK, MB fraction of creatine kinase and troponin-I) radiographic of the thorax, electrocardiographic and histopathological myocardial were evaluated in 36 dogs with VL (VL group- VLG) and average variables compared to 15 healthy dogs (control group-CG), except for the histopathological evaluation. In the general physical examination was observed higher prevalence of asymptomatic dogs in the control group (100%) and polisymptomatic in GLV (66%). Two dogs of the GLV presented systolic murmur of intensity II / VI and III / VI, in the region of the mitral valve. The mean values of erythrocyte count, haemoglobin and haematocrit were lower in dogs GLV (p <0.0001), associated with higher total protein (p <0.0001), total leukocyte count (p = 0.0151), neutrophils (p = 0.0027), CK (p = 0.0153) and CK-MB (p = 0.0038) when compared to CG. Radiographic evaluation reveal no alterations or differences between groups (p = 0.1228). In the electrocardiography analysis, higher incidence of respiratory sinus arrhythmia with wandering pacemaker and sinus arrest in dogs of GLV (75%) and sinus rhythm in the CG (60%) was attested by the proportions test (p = 0.016). The mean P wave amplitude was lower in GLV (p = 0.008). Cardiac arrhythmias were not present in both groups, but sinus arrest was present in GLV. The histopathology of the myocardium displayed mononuclear cellinfiltration in 77.8% (n = 28) of the GLV dogs, with higher prevalence of mild lymphohistioplasmocytic inflammatory infiltrate. We conclude that enrolled dogs with LV presented aspect of polisymptomatic clinical features, associated with normochromic normocytic anemia, followed by leukocytosis, neutrophilia, hyperproteinemia, elevation of serum activity of CK and CK-MB, without significant changes of the cardiac silhouette in the radiography or heart rhythm by electrocardiogram, related to the presence of multifocal mild intensity mononuclear cell infiltration in the myocardial, with low incidence of necrotizing vasculitis and rare detection of amastigotes forms of Leishmania sp. on myocardium histopatology.
133

Associação entre condição periodontal atual e eventos cardiovasculareas passados em uma coorte de pacientes com doença arterial coronariana crônica

Montenegro, Márlon Munhoz January 2011 (has links)
Objetivo: Avaliar a associação entre condição periodontal atual e eventos cardiovasculares passados em uma coorte de pacientes com doença arterial coronariana crônica do Ambulatório de Cardiopatia Isquêmica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Materiais e métodos: Consiste em um estudo observacional, transversal e analítico, realizado com 71 pacientes consecutivos portadores de doença arterial coronariana. Inicialmente foi realizada a aplicação de questionário estruturado abordando questões demográficas, socioeconômicas e comportamentais por membros da equipe de pesquisa previamente treinados. Em seguida, os exames periodontais foram realizados por dois periodontistas calibrados com a finalidade de verificar os índices de placa visível, sangramento gengival, profundidade de sondagem, sangramento subgengival e perda de inserção em seis sítios por dente. Por fim, os pacientes foram agendados para a realização de coletas sanguíneas para mensurar as concentrações de proteína Creativa (PCR), perfil lipídico e glicêmico. Os desfechos cardiovasculares foram verificados a partir do diagnóstico médico registrado no banco de dados ambulatorial. O desfecho primário foi considerado como a ocorrência de qualquer evento cardiovascular maior, infarto agudo do miocárdio não-fatal e acidente cardiovascular cerebral não-fatal. O grupo de comparação foi composto por todos os pacientes com doença arterial coronariana que não apresentaram eventos cardiovasculares maiores. As variáveis cardiovasculares sanguíneas que determinam os perfis lipídico e glicêmico (triglicerídeos, colesterol total, não-HDL, HDL, LDL, VLDL e glicose), além da PCR e pressão arterial também foram comparadas entre pacientes com e sem evento cardiovascular maior. Resultados: A amostra foi constituída predominamente por pacientes do gênero masculino e na faixa etária acima de 60 anos. Observou-se que os parâmetros periodontais supragengivais apresentam médias elevadas. Mais de 50% dos dentes dos participantes apresentaram profundidade de sondagem superior a 4mm, mais de 15% apresentaram profundidade ≥6mm e a média de sangramento à sondagem subgengival atingiu aproximadamente três quartos da amostra. Além disso, mais de 50% dos dentes dos participantes apresentaram experiência de perda de inserção ≥6mm. Não foram observadas diferenças significativas nos parâmetros clínicos periodontais entre os indivíduos que apresentaram e não apresentaram evento cardiovascular maior e também não foram observadas associações significativas entre as médias dos parâmetros clínicos periodontais e a ocorrência de eventos cardiovasculares maiores. Conclusão: a condição periodontal atual não está associada à experiência de evento cardiovascular maior. Descritores: Epidemiologia; Periodontite; Infarto; Doenças Cardiovasculares; Acidente Cerebral Vascular. / Aim: To evaluate the association between current periodontal condition and past cardiovascular events in a cohort of chronic arterial coronary disease patients from the Ischemic Cardiopathy Clinic of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Materials and methods: The present study is observational, crosssectional and analytic, performed in 71 consecutive arterial coronary disease patients. After using a structured questionnaire about demographics, socioeconomic and behavioral aspects by trained researchers, periodontal examinations were carried out by two calibrated periodontists with the aim of verifying visible plaque and gingival indexes, probing depth, bleeding on probing and loss of attachment in six sites per tooth. Following, patients were submitted to blood sampling including Creactive protein (CRP), lipidic and glycemic profiles. The cardiovascular outcomes were assessed in the patient medical files. The primary outcome in the present study was the occurrence of any major cardiovascular event, nonfatal acute myocardial infarction and nonfatal stroke. The comparison group was composed by patient with arterial coronary disease that has not experienced major cardiovascular events. The blood tests for determining lipidic and glycemic profiles (triglicérides, total cholesterol, nonHDL, HDL, LDL, VLDL and glucose), in addition to CRP and blood pressure were compared in individuals with and without major cardiovascular event. Results: The sample comprised predominantly men and in the age range over 60 years. Elevated mean supragingival outcomes were observed. More than 50% of teeth of the participants presented probing depth over 4mm, more than 15% presented probing depth ≥6mm and the mean bleeding on probing reached approximately three fourths of the sample. Additionally, more than 50% of the teeth experienced loss of attachment ≥6mm. No statistically significant differences were observed in clinical periodontal parameters among individuals that experienced or not major cardiovascular event and also no significant association was observed between mean periodontal parameters and the occurrence of major cardiovascular events. Conclusion: current peridontal condition is not associated to the experience of major cardiovascular event.
134

Impacto da interconsulta cardiológica na evolução clínica de pacientes hospitalizados / Impact of cardiology referral on clinical outcomes in hospitalized patients

Marques, André Coelho 01 March 2012 (has links)
A interconsulta cardiológica corresponde a uma parcela considerável das atividades assistenciais e de ensino do cardiologista, refletindo gasto extra de tempo e recursos. Apesar disso, essa atividade não tem recebido a devida atenção da literatura, com poucos estudos sobre o tema. O objetivo do presente estudo foi, primariamente, comparar a evolução clínica dos pacientes envolvidos na interconsulta cardiológica que tiveram as recomendações seguidas pela equipe médica solicitante (grupo ACEITADOR) com aqueles em que as recomendações não foram seguidas (grupo NÃO ACEITADOR). De forma secundária, procuramos identificar as variáveis determinantes da aceitação das sugestões da equipe cardiológica. Para isso, foi realizado um estudo observacional envolvendo pacientes internados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, para os quais foram solicitadas interconsultas cardiológicas, no período de março a setembro de 2008. Os dados referentes às interconsultas foram coletados pelo investigador de maneira prospectiva a partir do prontuário dos pacientes. Dentre as 589 interconsultas selecionadas para o estudo, 271 consistiam em avaliações clínicas e 318 avaliações pré-operatórias. Em relação à taxa de aceitação das recomendações cardiológicas, 77% dos pacientes foram classificados no grupo ACEITADOR e 23% classificados no grupo NÃO ACEITADOR. A análise da evolução clínica demonstrou que, dentre os pacientes do grupo NÃO ACEITADOR, 38,8% evoluíram de forma desfavorável (piora clínica ou óbito) contra 5,4% dos pacientes do grupo ACEITADOR (P<0,0001). Após análise de regressão logística, pertencer ao grupo NÃO ACEITADOR (P<0,001; OR 10,25; IC 95% 4,45 - 23,62) e a idade dos pacientes (P=0,017; OR 1,04; IC 95% 1,01 1,07) estiveram associados de forma independente a uma evolução clínica desfavorável. Foram identificados quatro preditores independentes de aceitação das recomendações: a realização de visitas de seguimento (P<0,001; OR 2,43; IC 95% 1,48 4,01), reforço verbal das recomendações (P=0,001; OR 1,86; IC 95% 1,23 2,81), número de recomendações sugeridas (P=0,001; OR 0,87; IC 95% 0,80 0,94) e idade dos pacientes (P=0,002; OR 0,98; IC 95% 0,96 0,99). Portanto, na presente análise, a não aceitação das recomendações da equipe cardiológica por parte da equipe médica solicitante esteve associada a uma evolução clínica desfavorável dos pacientes envolvidos. A realização de visitas de seguimento, reforço verbal, número limitado de recomendações e a menor idade dos pacientes estiveram associados a uma maior aceitação das recomendações da equipe cardiológica / Cardiology referral represents an important part of cardiologist activities, accounting for substantial workload and demanding extra time and resources. Despite the importance of these facts, it has received little attention in the medical literature in the last years. The purpose of this study was to compare the clinical outcome of patients involved in cardiology referral who had the cardiologic recommendations followed by the requesting service (ACCEPTING group) with those whose recommendations were not followed (NON-ACCEPTING group). Secondly, we aimed to determine which of the variables involved in cardiology referral were related to acceptance to consultants recommendations. An observational study was performed at Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, involving cardiology consultations during the months of March 2008 through September 2008. Data regarding consultations were prospectively extracted from the medical records by a physician-researcher. Among the 589 cardiology consultations selected for the study, 271 were clinical evaluations and 318 were preoperative evaluations. Regarding compliance of the referring service in following the recommendations offered by cardiology team, 77% of patients were classified in the ACCEPTING group and 23% in the NON-ACCEPTING group. A clinical outcome analysis was performed and showed that 38,8% of patients allocated to NON-ACCEPTING group had evolved unfavorably (clinical deterioration or death) against 5,4% of patients allocated to accepting group (P<0.0001). After logistic regression analysis, belong to NON-ACCEPTING group (P<0.001; OR 10.25; CI 95% 4.45 23.62) and patients age (P=0.017; OR 1.04; CI 95% 1.01 1.07) were variables independently associated to an unfavorable clinical outcome. The multivariate analysis indentified 4 independent predictors of acceptance to consultants recommendations: follow-up notes in the chart (P<0.001; OR 2.43; CI 95% 1.48 4.01), personal communication (P=0.001; OR 1.86; CI 95% 1.23 2.81), number of recommendations (P=0.001; OR 0.87; CI 95% 0.80 0.94) and patients age (P=0.002; OR 0.98; CI 95% 0.96 0.99). Therefore, in this analysis of cardiology referral, a poorer acceptance of cardiologic recommendations was associated to an unfavorable clinical outcome. Follow-up notes in the chart, personal communication, limited number of recommendations and lower patients age were associated to greater acceptance of cardiologic recommendations
135

Associação entre condição periodontal atual e eventos cardiovasculareas passados em uma coorte de pacientes com doença arterial coronariana crônica

Montenegro, Márlon Munhoz January 2011 (has links)
Objetivo: Avaliar a associação entre condição periodontal atual e eventos cardiovasculares passados em uma coorte de pacientes com doença arterial coronariana crônica do Ambulatório de Cardiopatia Isquêmica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Materiais e métodos: Consiste em um estudo observacional, transversal e analítico, realizado com 71 pacientes consecutivos portadores de doença arterial coronariana. Inicialmente foi realizada a aplicação de questionário estruturado abordando questões demográficas, socioeconômicas e comportamentais por membros da equipe de pesquisa previamente treinados. Em seguida, os exames periodontais foram realizados por dois periodontistas calibrados com a finalidade de verificar os índices de placa visível, sangramento gengival, profundidade de sondagem, sangramento subgengival e perda de inserção em seis sítios por dente. Por fim, os pacientes foram agendados para a realização de coletas sanguíneas para mensurar as concentrações de proteína Creativa (PCR), perfil lipídico e glicêmico. Os desfechos cardiovasculares foram verificados a partir do diagnóstico médico registrado no banco de dados ambulatorial. O desfecho primário foi considerado como a ocorrência de qualquer evento cardiovascular maior, infarto agudo do miocárdio não-fatal e acidente cardiovascular cerebral não-fatal. O grupo de comparação foi composto por todos os pacientes com doença arterial coronariana que não apresentaram eventos cardiovasculares maiores. As variáveis cardiovasculares sanguíneas que determinam os perfis lipídico e glicêmico (triglicerídeos, colesterol total, não-HDL, HDL, LDL, VLDL e glicose), além da PCR e pressão arterial também foram comparadas entre pacientes com e sem evento cardiovascular maior. Resultados: A amostra foi constituída predominamente por pacientes do gênero masculino e na faixa etária acima de 60 anos. Observou-se que os parâmetros periodontais supragengivais apresentam médias elevadas. Mais de 50% dos dentes dos participantes apresentaram profundidade de sondagem superior a 4mm, mais de 15% apresentaram profundidade ≥6mm e a média de sangramento à sondagem subgengival atingiu aproximadamente três quartos da amostra. Além disso, mais de 50% dos dentes dos participantes apresentaram experiência de perda de inserção ≥6mm. Não foram observadas diferenças significativas nos parâmetros clínicos periodontais entre os indivíduos que apresentaram e não apresentaram evento cardiovascular maior e também não foram observadas associações significativas entre as médias dos parâmetros clínicos periodontais e a ocorrência de eventos cardiovasculares maiores. Conclusão: a condição periodontal atual não está associada à experiência de evento cardiovascular maior. Descritores: Epidemiologia; Periodontite; Infarto; Doenças Cardiovasculares; Acidente Cerebral Vascular. / Aim: To evaluate the association between current periodontal condition and past cardiovascular events in a cohort of chronic arterial coronary disease patients from the Ischemic Cardiopathy Clinic of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Materials and methods: The present study is observational, crosssectional and analytic, performed in 71 consecutive arterial coronary disease patients. After using a structured questionnaire about demographics, socioeconomic and behavioral aspects by trained researchers, periodontal examinations were carried out by two calibrated periodontists with the aim of verifying visible plaque and gingival indexes, probing depth, bleeding on probing and loss of attachment in six sites per tooth. Following, patients were submitted to blood sampling including Creactive protein (CRP), lipidic and glycemic profiles. The cardiovascular outcomes were assessed in the patient medical files. The primary outcome in the present study was the occurrence of any major cardiovascular event, nonfatal acute myocardial infarction and nonfatal stroke. The comparison group was composed by patient with arterial coronary disease that has not experienced major cardiovascular events. The blood tests for determining lipidic and glycemic profiles (triglicérides, total cholesterol, nonHDL, HDL, LDL, VLDL and glucose), in addition to CRP and blood pressure were compared in individuals with and without major cardiovascular event. Results: The sample comprised predominantly men and in the age range over 60 years. Elevated mean supragingival outcomes were observed. More than 50% of teeth of the participants presented probing depth over 4mm, more than 15% presented probing depth ≥6mm and the mean bleeding on probing reached approximately three fourths of the sample. Additionally, more than 50% of the teeth experienced loss of attachment ≥6mm. No statistically significant differences were observed in clinical periodontal parameters among individuals that experienced or not major cardiovascular event and also no significant association was observed between mean periodontal parameters and the occurrence of major cardiovascular events. Conclusion: current peridontal condition is not associated to the experience of major cardiovascular event.
136

Efeitos do treinamento de força sobre a saúde vascular e sinalizadores inflamatórios em indivíduos idosos diabéticos do tipo 2

Rech, Anderson January 2017 (has links)
O diabetes mellitus do tipo 2 (DM2) é uma doença crônico-degenerativa em que o risco de morte por complicações vasculares é elevado. Em grande parte esse risco se deve à inflamação crônica de baixo grau, aceleração do processo de formação da placa aterosclerótica e diminuição da função vascular. O treinamento de força se mostra uma opção interessante de tratamento para esses pacientes, uma vez que o mesmo é capaz de alterar positivamente uma série de fatores associados a saúde do paciente com diabetes. Sendo assim, o objetivo desse estudo foi verificar os efeitos de um programa de treinamento de força de 12 semanas sobre a saúde vascular e sinalizadores inflamatórios circulantes de indivíduos idosos com DM2. Trinta e nove indivíduos (17 mulheres e 22 homens) idosos com DM2 que se enquadravam nos critérios de inclusão foram selecionados para participar do estudo e, a partir de uma randomização, foram alocados em grupo intervenção(GI, n=18) e grupo controle ativo (GCA, n=21). O primeiro realizou três sessões semanais de treinamento de força durante o período de 12 semanas, enquanto o segundo realizou uma sessão semanal de alongamento de baixa intensidade. Foi avaliada a dilatação mediada por fluxo (DMF) e o diâmetro arterial basal (DAB) por ultrassonografia. Além disso, o perfil lipídico, glicemia, hemoglobina glicada e perfil inflamatório (TNF-α, interleucina 6, interleucina 1β, interleucina 10, proteína C reativa) dos pacientes foram verificados, antes e após o processo de intervenção. As comparações de médias foram realizadas a partir do princípio de intenção de tratar (ITT). Tais comparações foram obtidas a partir da equação de estimativa generalizada (GEE). Os efeitos principais foram avaliados através do pós hoc LSD.O grupo intervenção apresentou uma diminuição significativa no DAB ao final do estudo. O grupo controle apresentou reduções significativas de TNF-α. Ambos os grupos apresentaram reduções significativas na IL-1β e na razão TNF-α/IL-10, sem diferenças significativas entre os grupos. Não houve diferenças significativas para as variáveis de perfil lipídico e de controle glicêmico nos pacientes de ambos os grupos. O treinamento de força não foi capaz de promover adaptações significativas na função vascular de indivíduos idosos com DM2, porém parece modificar o DAB. Algumas importantes adaptações inflamatórias foram observadas no GCA, que pode ser devido ao grau de sedentarismo dos participantes. Sugere-se estudos de maior duração envolvendo semelhante intervenção, bem como um estudo aprimorado e aprofundado das variáveis de saúde vascular. / Type 2 diabetes mellitus (DM2) is a chronic-degenerative disease in which the risk of death from vascular complications is high. To a large extent, this risk is due to chronic low-grade inflammation, acceleration of the atherosclerotic plaque formation process, and decreased vascular function. Strength training is an interesting treatment option for these patients, since it is able to positively alter a number of factors associated with the health of patients with diabetes. Therefore, the objective of this study was to verify the effects of a 12-week strength training program on vascular health and circulatory inflammatory markers of elderly individuals with T2DM. Thirty-nine elderly individuals with DM2 who met the inclusion criteria were selected to participate in the study and, from one randomization, were allocated to the intervention group (GI, n = 18) and the active control group (GCA, n = 21). The first performed three weekly sessions of strength training during the 12-week period, while the second performed a weekly session of low-intensity stretching. Flow-mediated dilation (DMF) and basal arterial diameter (ABD) were evaluated by ultrasonography. In addition, the lipid profile, glycemia, glycated hemoglobin and inflammatory profile (TNF-α, interleukin 6, interleukin 1β, interleukin 10, C-reactive protein) were verified before and after the intervention process. Mean comparisons were performed using the intention to treat (ITT) principle. Such comparisons were obtained from the generalized estimation equation (GEE). The main effects were evaluated through the hoc LSD post. The intervention group showed a significant decrease in ABD at the end of the study. The control group showed significant reductions of TNF-α. Both groups showed significant reductions in IL-1β and in the TNF-α / IL-10 ratio, without significant differences between groups. There were no significant differences for the variables of lipid profile and glycemic control in the patients of both groups. Strength training was not able to promote significant adaptations in the vascular function of elderly individuals with T2DM, but it seems to modify DAB. Some important inflammatory adaptations were observed in GCA, which may be due to the degree of sedentarism of the participants. Longer-term studies involving such intervention are suggested, as well as an improved and in-depth study of vascular health variables.
137

Associação entre periodontite apical e doenças cardiovasculares : da meta-análise de marcadores inflamatórios aos dados do Estudo Longitudinal de Envelhecimento de Baltimore (BLSA)

Gomes, Maximiliano Schunke January 2013 (has links)
Introdução: Poucos estudos investigaram o papel da periodontite apical (PA) como fator de risco para doenças cardiovasculares (DCV) e mortalidade associada. Esta tese teve o objetivo de avaliar a associação entre variáveis endodônticas, com ênfase na PA, e DCV, estando dividida em quatro diferentes artigos: 1- uma revisão sistemática e meta-análise investigando se indivíduos com PA apresentam alteração nos níveis séricos de marcadores inflamatórios (MI); 2- um coorte retrospectivo avaliando a associação entre variáveis endodônticas e eventos cardiovasculares (ECV) incidentes, incluindo morte por ECV, em participantes do Estudo Longitudinal de Envelhecimento de Baltimore (BLSA); 3- um estudo transversal verificando se perda dentária e a condição de saúde bucal autorrelatada (SROH) estão associados com a carga aterosclerótica (CAB) em indivíduos do sul do Brasil; 4- um estudo de validação do auto-relato de tratamento endodôntico (SRHET) como método de identificar a presença de tratamento endodôntico (TE) e a presença de PA detectável radiograficamente, em participantes do BLSA. Métodos: No Artigo 1, as bases de dados MEDLINE, Embase, Cochrane e Pubmed foram pesquisadas, sem restrição de idioma. A partir de critérios de inclusão e exclusão, dois revisores avaliaram a qualidade dos estudos pela Escala de Newcastle-Ottawa. A principal variável de desfecho da meta-análise foi o nível sérico de MI em indivíduos com PA versus controles saudáveis ou em indivíduos com PA antes versus após o tratamento da PA. No Artigo 2, 278 indivíduos com exames médicos e odontológicos foram avaliados. Doença periodontal (DP) e perda dentária foram aferidas. O número total de dentes com PA e TE foi apurado através de radiografias panorâmicas. A carga endodôntica (EB) foi calculada a partir da soma de PA e TE. O desfecho ECV incidentes incluiu angina, infarto agudo do miocárdio e morte por ECV. Os participantes foram monitorados por até 44 anos (média=17,4±11,1 anos). Riscos relativos (RR) foram calculados por modelos de regressão de Poisson, estimando a relação entre PA, TE, EB e ECV incidentes. No Artigo 3, 382 indivíduos submetidos a coronarioangiografia foram incluídos. Dados sociodemográficos, fatores de risco cardiovascular e condição de saúde bucal foram coletados por questionário, incluindo dados acerca do SROH. O número de dentes a as medidas antropométricas foram coletadas através de exames clínicos. CAB foi quantificada através do escore de Friesinger (FS). Razões de prevalência (PR) foram calculadas por regressão de Poisson. No Artigo 4, o SRHET foi coletado através de questionário em 247 participantes do BLSA. TE e PA foram determinados através de radiografias panorâmicas. O número total de TE, PA e dentes perdidos foi registrado para cada indivíduo. A validação de SRHET foi determinada com base em ET e PA, separadamente. Acurácia, eficiência, sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivos e negativos (+PV, -PV) e razões de verossimilhança positivos e 13 negativos (+LR, -LR) foram calculados por métodos padrão. Resultados: No Artigo 1, dos 531 estudos inicialmente identificados, 20 integraram a análise final. Trinta e um MI foram analisados, sendo IgA, IgM, IgG e CRP os mais comumente investigados. CRP, IL-1, IL-2, IL-6, ADMA, IgA, IgG, e IgM demonstraram níveis elevados em pacientes com PA em comparação com os controles na maioria dos estudos. A meta-análise revelou que: a) os níveis séricos de IgA (P=0,001), IgG (P=0,04), e IgM (P<0,00001) apresentaram-se aumentados em humanos com PA comparados com indivíduos saudáveis; b) os níveis séricos de CRP, IgA, IgE, IgG e IgM não foram estatisticamente diferentes entre pacientes com PA antes e após o tratamento (P>0.05). No Artigo 2, a idade média foi de 55,0±16,8 anos, sendo 51,4% homens. Ao total, 62 participantes (22,3%) desenvolveram ECV. Modelos multivariados, ajustados para idade, gênero, IMC, fumo, hipertensão, dislipidemia, diabetes, DP e perda dentária demonstraram que EB (P=0,035) esteve associada de forma independente com ECV incidentes. No Artigo 3, a idade média foi de 60,3±10,8 anos, com 63,2% de homens. Modelos multivariados, ajustados para idade, sexo, fumo, hipertensão, diabetes e dislipidemia mostraram que a condição ruim de SROH (P=0,03) e perda dentária (P=0,02) foram associados de modo independente com a CAB. No Artigo 4, 229 participantes compuseram as análises de TE e 129 as análise de PA. Os valores de validação do SRHET foram: sensibilidade (TE=0,91; PA=0,78), especificidade (TE=0,89; PA=0,69), +PV (TE=0,82; PA=0,35), -PV (TE=0,95; PA=0,94), +LR (TE=8,39; PA=2,51) e -LR (TE=0,09; PA=0,32). Conclusões: O Artigo 1 mostrou que a evidência disponível é limitada mas consistente, sugerindo que a PA está associada a um aumento nos níveis séricos de CRP, IL-1, IL-2, IL-6, ADMA, IgA, IgG, e IgM em humanos. Estes achados indicam que a PA pode contribuir para uma resposta imune em nível sistêmico, com possível aumento no risco vascular global. Os resultados do Artigo 2 demonstraram que embora as variáveis PA e ET não estiveram associadas com o desenvolvimento de ECV, a variável EB foi um preditor independente da incidência de ECV entre participantes do BLSA. No Artigo 3, perda dentária e uma condição ruim de SROH foram associados de modo independente com a CAB, sugerindo que a associação entre doenças bucais e aterosclerose está presente entre indivíduos do sul do Brasil. O Artigo 4 demonstrou que o SRHET foi um método acurado para identificar indivíduos com TE, mas um preditor fraco da presença de PA entre indivíduos do BLSA. O uso do SRHET como método de predizer a presença de PA em estudos populacionais deve ser vista com cautela. Esta tese identifica a necessidade do desenvolvimento de estudos prospectivos controlados de larga escala que avaliem a possível redução no risco de DCV frente ao tratamento da PA. / Introduction: Few studies have investigated the role of apical periodontitis (AP) as a risk factor for cardiovascular diseases (CVD) and related mortality. This thesis aimed to evaluate the association between apical periodontitis (AP) and cardiovascular diseases (CVD) and was divided in four different articles: 1- a systematic review and meta-analysis investigating evidence to support whether AP can modify systemic levels of inflammatory markers (IM) in humans; 2- a retrospective cohort evaluating whether the presence of AP and endodontic treatment (ET) was associated with incident cardiovascular events (CVE) on participants in the Baltimore Longitudinal Study of Aging (BLSA); 3- a cross-sectional study testing the hypothesis that poor self-reported oral health (SROH) and tooth loss are positively associated with coronary atherosclerotic burden (CAB) in a group of southern Brazilian patients; 4- a study quantifying the validity of self-reported history of endodontic treatment (SRHET), as reported in the BLSA, as a method to identify individuals who experienced ET and individuals who present with AP. Methods: In Article 1, the MEDLINE, Embase, Cochrane and Pubmed databases were searched, with no language restriction. Based on inclusion and exclusion criteria, two reviewers rated the quality of each study based on the Newcastle-Ottawa Scale. The primary outcome variable for meta-analysis was determined by the serum levels of IM in AP subjects versus healthy controls or in AP subjects before versus after treatment intervention. In Article 2, 278 subjects who received complete medical and dental examinations were evaluated. Periodontal disease (PD) and missing teeth were recorded. Total number of AP and ET were determined from panoramic radiographs. Endodontic burden (EB) was calculated as the sum of AP and ET. Main outcome incident CVE included angina, myocardial infarction and cardiovascular-related death. Participants were monitored for up to 44 years (mean=17.4±11.1 years) following the dental examination. Relative Risks (RR) were calculated through Poisson regression models, estimating the relationship between AP, ET, EB and incident CVE. In Article 3, 382 subjects undergoing coronary angiography were included. Socio-demographic characteristics, cardiovascular risk factors and oral health status were collected using a standardized questionnaire, including data on SROH. Number of teeth and anthropometric measures were collected through clinical examinations. CAB at coronary angiography was quantified using the Friesinger score (FS). Prevalence ratios (PR) were calculated with Poisson regression analyses. In Article 4, SRHET was collected through the BLSA questionnaire in 247 participants. Data on ET and AP were determined from panoramic radiographs. The total number of ET, AP and missing teeth were recorded for each individual. Validity of SRHET was determined based on ET and AP, separately. Accuracy, efficiency, sensitivity, specificity, positive and negative predictive values (+PV, -PV) and positive and negative likelihood ratios (+LR, -LR) were 15 calculated according to standard methods. Results: In Article 1, among the 531 initially identified papers, 20 comprised the final analysis. Thirty-one IM were analyzed, with IgA, IgM, IgG and CRP being most commonly investigated. CRP, IL-1, IL-2, IL-6, ADMA, IgA, IgG, and IgM were shown to be increased in patients with AP compared to controls in most studies. Meta-analyses showed that: a) serum levels of IgA (P=0.001), IgG (P=0.04), and IgM (P<0.00001) were increased in humans with AP compared to healthy controls and b) serum levels of CRP, IgA, IgE, IgG and IgM were not significantly different between patients with AP before and after treatment (P>0.05). In Article 2, mean age at dental examination was 55.0±16.8, with 51.4% males. A total of 62 participants (22.3%) developed CVE. Multivariate models, adjusted for covariates age, sex, BMI, smoke, hypertension, dyslipidemia, diabetes, PD and tooth loss showed that EB (P=0.035) was independently associated with incident CVE. In Article 3, mean age was 60.3±10.8 years, with 63.2% males. Multivariate models, adjusted for age, gender, smoking, hypertension, diabetes and dyslipidemia showed that poor SROH (P=0.03) and tooth loss (P=0.02) were independently associated with CAB. In Article 4, 229 participants were available for ET analysis and 129 for AP analysis. The SRHET validity values were: sensitivity (ET=0.915; AP=0.782), specificity (ET=0.891; AP=0.689), +PV (ET=0.824; AP=0.353), -PV (ET=0.949; AP=0.936), +LR (ET=8.394; AP=2.514) and -LR (ET=0.095; AP=0.316). Conclusions: The systematic review showed that available evidence is limited but consistent, suggesting that AP is associated with increased levels of CRP, IL-1, IL-2, IL-6, ADMA, IgA, IgG, and IgM in humans. These findings indicate that AP may contribute to a systemic immune response not confined to the localized lesion, with a possible role in patient's global vascular risk. Results from Article 2 demonstrated that although AP and ET were not individually associated with the development of CVE, EB in mid-life was an independent predictor of CVE among community-resident participants in the BLSA. In Article 3, poor SROH and tooth loss were independently associated with CAB, suggesting that the association between oral diseases and atherosclerosis is also present among southern Brazilian individuals. In Article 4, SRHET was found to be a highly accurate method to predict ET but a weak predictor of the presence of AP among participants in the BLSA. Thus, the use of SRHET as a predictor of AP in large populational studies must be considered with careful. Finally, future large-scale prospective controlled studies are required to evaluate CVD risk reduction with the treatment of AP.
138

Remodelamento vascular em camundongos ateroscleróticos na coexistência de hipertensão renovascular 2R1C

Nogueira, Breno Valentim 31 May 2005 (has links)
Made available in DSpace on 2016-12-23T13:50:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 1 Capa Resumo.pdf: 251988 bytes, checksum: d44ec2a18c4d2d0ca8e66df9332e658c (MD5) Previous issue date: 2005-05-31 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / ApoE-/- knockout mouse is a model for studies of hypercholesterolemia, which is characterized by developing atherosclerotic lesions mainly in great arterial vessels such as the aortic arch, which is a site of baroreceptor nerve endings. In addition, it is known that angiotensin affects the atherosclerotic process and baroreflex sensitivity. Thus, the aim of this study was to evaluate morphological changes in the aortic arch in ApoE-/- mice with renovascular hypertension. Male (12-14 weeks old) C57 and ApoE-/- mice received a clip (0.12mm) on the renal artery to induce renovascular hypertension (C57-HT, N=11; ApoE-HT, N=11) and were compared with age-matched sham mice (C57-Sham, N=11; ApoE-Sham, N=11). After 28 days, mean arterial pressure (MAP) measured in conscious animals was higher in C57-HT and ApoE-HT (128±3 and 126±3 mmHg) than in their respective controls (103±2 and 104±2 mmHg, p<0.05). The animals were euthanized and perfused with a fixative solution at pressure equal to the MAP observed in each animal. The cross section area of the aortic arch was greater in C57-HT and ApoE-HT (0.76±0.05 and 0.73±0.03 mm2) than in their respective controls (0.64±0.02 and 0.63±0.03 mm2, p<0.05). The wall vessel area was also greater in these hypertensive groups (0.18±0.01 and 0.19±0.01 mm2) than in the normotensive groups (0.15±0.01 and 0.17±0.01 mm2, p<0.05). Consequently, the lumen vessel area followed the same results. In conclusion, our data indicate that at least at the early stage of atherosclerosis the remodeling process is not yet observed in the ApoE-/- mouse. Renovascular hypertension by itself leads to a positive remodeling of the aortic arch, which is aggravated by the association with atherosclerosis when compared with the C57 control. / O camundongo knockout para apolipoproteína E (apoE-/-) é um modelo para hipercolesterolemia e aterosclerose, cujas lesões se localizam principalmente nas grandes artérias. Sabe-se também que este processo é afetado pela angiotensina II. Por isto, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da aterosclerose e da hipertensão renovascular sobre a morfologia do arco aórtico, um dos sítios das terminações barorreceptoras. Camundongos, machos, 12-14 semanas de idade, C57 e apoE-/- foram submetidos a estenose da artéria renal, para produção da hipertensão 2-rins e 1-clipe (2R1C; n=11 por grupo) e comparados com os respectivos controles (Sham, n=11 por grupo). Após 28 dias, a pressão arterial media (PAM), no animal acordado, foi maior nos grupos C57-2R1C e apoE-2R1C (128±3 e 126±3 mmHg) do que nos seus controles (103±2 e 104±2 mmHg, p<0,01, ANOVA). Em seguida, os animais foram sacrificados e perfundidos, sob pressão equivalente à PAM de cada animal. A área de secção transversa do arco aórtico foi maior no grupo C57-2R1C (0,75±0,05 mm2) do que no grupo C57-Sham (0,65±0,02 mm2, p<0,01, ANOVA), enquanto que no grupo apoE-2R1C verificou-se uma tendência a maiores valores do que nos apoE-Sham (0,73±0,03 vs. 0,68±0,04 mm2) e um aumento significante quando comparado com os C57-Sham (p<0,05, ANOVA). A área de parede vascular também foi maior nos grupos hipertensos (C57: 0,18±0,01 e apoE: 0,19±0,01 mm2) do que nos grupos controles (C57: 0,15±0,01 e apoE: 0,17±0,01 mm2, p<0,05, ANOVA). A área do lúmen apresentou valores que seguiram o mesmo padrão da área de secção transversa. Os dados indicam que a hipertensão 2R1C, por si só, causa um remodelamento positivo (alargamento compensatório) no arco aórtico de camundongos C57. Além de que no estágio inicial da aterosclerose, a associação desta hipertensão agrava o processo de remodelamento de maneira significativa quando comparado com o controle C57.
139

Análise em longo prazo de preditores de morbidade e mortalidade em coorte de pacientes com Síndrome Coronariana Aguda / Long term analysis of morbidity and mortality predictors in a cohot of patients with Acute Coronary Syndrome

Adolfo Alexandre Farah de Aguiar 08 December 2009 (has links)
Fundamentos: A insuficiência cardíaca tem uma grande importância como preditor de morbimortalidade em pacientes com síndrome coronariana aguda. Objetivo: Avaliar a ocorrência de insuficiência cardíaca e outros preditores de morbimortalidade na síndrome coronariana aguda em longo prazo. Métodos: Foi estudada uma coorte de 403 pacientes consecutivos e prospectivos, com queixas de dor torácica. Descreveram-se os dados demográficos e as características clínicas e laboratoriais. Comparou-se a estratificação de risco invasiva versus não invasiva, e as diferenças entre o tratamento medicamentoso com o intervencionista avaliando a evolução durante a internação e no período de até oito anos após a alta, em relação aos eventos cardiovasculares, não cardiovasculares e óbitos. Os dados numéricos serão apresentados em médias e desvios-padrão ou mediana e distância interquartílica, os dados categóricos através da porcentagem. Foram utilizados testes de t de Student, teste de Mann-Whitney, teste de qui-quadrado e teste exato de Fisher segundo sua indicação. Para a construção do modelo de sobrevida foram utilizados o teste de Kaplan-Meier e o teste de log-rank; o modelo multivariado foi ajustado utilizando o modelo de Cox. Após realizar a análise de sobrevida de Cox, para garantir o pressuposto do risco proporcional foi utilizado o modelo de Cox estratificado. Todas as análises foram realizadas utilizando o programa R versão 2.9.1. Resultados: População amostral constituída por 403 pacientes com queixas de dor torácica, sendo 65,8% com diagnóstico de SCA sem supra de ST, 27,8% SCA com supra de ST e 6,5% sem SCA. Da população amostral, foram avaliados 377 pacientes, sendo 37,93% do sexo feminino e a média de idade foi de 62,211,6 anos. A creatinina merece destaque como fator prognóstico, sendo o ponto de corte de 1,4mg/dL, com acurácia de 62,1%. Foram ainda observadas diferenças estatisticamente significativas quanto à idade na presença de insuficiência cardíaca; e quanto às terapias utilizadas antes e depois de 2002 em relação à mortalidade. Incluiu-se uma variável adicional no modelo multivariado, que se chamou de FC>PAS, para qualquer frequência cardíaca maior que a pressão arterial sistólica na admissão. Conclusões: A presença de IC na admissão, creatinina inicial >1,4mg/dL, idade e FC dos pacientes internados com SCA são preditores independentes de mortalidade. Observou-se que os pacientes com IC atendidos antes de 2002 apresentaram pior sobrevida do que os pacientes atendidos a partir de 2002 e que a mudança na terapia foi a responsável por isso. Mesmo com a diferença da sobrevida relacionada com a época da internação, o impacto dessas variáveis clínicas e laboratoriais na mortalidade foi semelhante. Outros estudos devem ser realizados a fim de avaliar se condutas diferenciadas para os pacientes com IC na admissão da internação de SCA podem reduzir esta mortalidade. / Background: Heart failure (HF) is extremely important as a morbidity and mortality predictor in patients with acute coronary syndrome. Objective: To assess the occurrence of heart failure and other morbidity and mortality predictors in acute coronary syndrome over the long term. Methods: A cohort of 403 prospective consecutive patients was studied, complaining of chest pain. The demographic data were described, together with the clinical and laboratory characteristics. Invasive versus non-invasive risk stratification was compared, as well as differences between surgical and percutaneous intervention and drug treatment, assessing progression during hospitalisation and for periods of up to eight years after discharge, in terms of cardiovascular and non-cardiovascular events and deaths. The numerical data will be presented as means and standard deviations or as medians and interquartíle distances, with the categorical data shown as percentages. The Students t, Mann-Whitney, chi-square and Fishers exact tests were used as indicated. The Kaplan-Meier and log-rank tests were used to construct the survival model; the multivariate model was adjusted through the Cox model. After conducting the Cox survival analysis in order to underpin the proportional risk assumption, the stratified Cox model was used. All the analyses were conducted through the R Programme, version 2.9.1. Results: In the sample population of 403 patients complaining of chest pain, 65.8% were diagnosed with non-ST elevation ACS, 27.8% with ST elevation ACS, and 6.5% without ACS. In the sample population, 377 patients were assessed, with 37.93% of them women and an average age of 62.211.6 years. Creatinine was particularly noteworthy as a prognostic factor, with a cut-off point of 1.4mg/dL and accuracy of 62.1%. Statistically significant differences were also observed for age with HF and the treatments used before and after 2002 in terms of mortality. An additional variable was included in the multivariate model called the HR>SBP, for any heart rate higher than systolic blood pressure on admission. Conclusion: The presence of HF on admission, with initial creatinine of >1.4mg/dL, age and HR of patients hospitalized with ACS are independent mortality predictors. It was noted that patients with HF treated prior to 2002 presented shorter survival times than HF patients treated after 2002, due to alterations in treatment. Even with the difference in survival times related to the period of hospitalization, the impact of the clinical variables remains significant regardless of the time of hospitalization. Other studies must be conducted in order to assess whether different types of conduct for patients with HF on admission for hospitalization with ACS might lower this mortality rate.
140

Análise do custo-efetividade dos stents farmacológicos versus stents convencionais: resultados clínicos e de custos a médio e longo prazo / Analysis of cost-effectiveness of drug eluting versus bare metal stents. Cost, effectiveness and results in medium and long-term.

Esmeralci Ferreira 25 September 2009 (has links)
Os resultados tardios com os stents farmacológicos são melhores do que com stents convencionais, principalmente no que se refere à reestenose. Entretanto, no mundo real, os stents farmacológicos são implantados em pacientes de maior complexidade, o que teoricamente já diminui a diferença dos resultados. Comparar resultados da utilização de stents com paclitaxel (Grupo I) em pacientes complexos com stents convencionais (Grupo II) implantados em pacientes menos graves. A partir dos resultados realizar análise para estimar a razão de custo-efetividade nos dois grupos. Foram analisados 220 pacientes prospectivamente durante aproximadamente dois anos (média de 17 meses): 111 do Grupo 1 (GI) e 109 do Grupo II (GII). Foram avaliadas a sobrevida e a sobrevida livre de eventos através do método de Kaplan-Meier. Usando-se os critérios da Organização Mundial de Saúde, calculou-se a razão custo-efetividade incremental (RCEI) para cada reestenose evitada. O escore de propensão foi usado para reduzir diferenças entre os dois grupos. Foi observado predomínio do sexo masculino nos dois grupos (n=174 66,8%), mas sem diferenças entre eles. Também não houve diferenças em relação à idade, que variou de 42 anos a 91 anos (65,9 anos). As diferenças que ocorreram, com maior incidência no GI foram: diabetes: GI=60 (50,4%) e GII=19 (17,4%), p=0,0001; história familiar para doença arterial coronariana (DAC): GI=43 (38,7%) e GII=24 (22,1%), p=0,007; infarto prévio: GI=54 (48,6%) e GII=31 (28,4%), p=0,002; cirurgia de revascularização prévia: GI=24 (21,7%) e GII=6 (5,5%), p=0,0005; angioplastia prévia: GI=28 (25,2%) e GII=17 (15,5%), p=0,077; síndromes coronarianas agudas: GI=48 (43,3%) e GII=35 (32,0%), p=0,088. Os pacientes triarteriais foram mais presentes no GI=21 (18,9%) do que no GII=11 (10,1%), p=0,029. No entanto, os pacientes do GII apresentaram mais frequentemente função normal do VE: GI=51 (45,9%) e GII=85 (77,9%), p=0,0001. Não houve diferença no número de lesões tratadas e entre o número de artérias por paciente, entre os dois grupos. O grupo dos stents convencionais abordou lesões mais simples: Tipo A GI=43 (25,6%); GII=65 (45,5%), p=0,0002; Tipo B: B1 GI=50 (29,7%) e GII=35 (24,5%), p=0,30; e B2 GI=51 (30,4%) GII=26 (18,1%), p=0,53; e Tipo C: GI=24 (14,3%) e GII=17 (11,9%), p=0,53. O número de reestenoses por paciente foi menor no GI=7 (6,3%) vs GII=14 (12,8%), mas sem significância estatística (p=0,099). Entretanto, a reestenose por lesão foi menor no GI=7 (4,1%) vs GII=14 (9,8%) p=0,0489. A sobrevida geral em dois anos foi 96,2% no GI e 89,3% no GII (p=0,76) e as sobrevidas livres de eventos foram similares: eventos maiores (p=0,35) e livre de reestenose (p=0,82). O escore de propensão demonstrou que pacientes com idade >72 anos, os diabéticos, as lesões com diâmetro <3,2mm e com o comprimento >18mm foram as variáveis que melhor classificaram pacientes para receber SF. Avaliando-se todos os fatores clínicos, angiográficos e técnicos através da curva de regressão logística, o único item de destaque foi o tamanho dos stents (OR=6,75 e RR=4,37). Com valor corrigido o GII tem 4,3 vezes maior chance de reestenose do que o GI. No que se refere aos custos, a árvore de decisão foi modelada na reestenose dos dois grupos GI=6,3% vs GII=12,8% em 17 meses (média). O benefício líquido do implante do stent com paclitaxel foi 6,3% de redução de reestenose, com incremento de custo de R$9.590,00. A razão custo-efetividade incremental (RCEI) foi R$147.538,00 por reestenose evitada, cujo valor incremental encontra-se acima do limiar sugerido pela OMS. Conclusões: Os resultados foram similares no GI e GII, mesmo o GI atendendo uma população mais grave, com mais diabéticos e outras comorbidades. A reestenose por lesão foi maior no GII. O tamanho do stent foi a única variável importante para a reestenose. O implante dos stents farmacológicos, em pacientes do mundo real, revelou-se uma estratégia não custo-efetiva. / Long term outcomes for drug eluting stents are better than those for bare metal stents, especially for restenosis. However, drug eluting stents are usually implanted in more complex patients, theoretically lessening the difference in the outcomes. To compare the outcomes of paclitaxel stents (GI) in complex patients and bare metal stents (GII), in less complex patients. For some two years (mean: 17 months), 220 patients were analyzed prospectively: 111 in GI and 109 in GII. Their general survival and cardiovascular event-free survival rates were assessed through the Kaplan-Meier method. Using the criteria of the World Health Organization (WHO), the incremental cost-effectiveness ratio (ICER) was calculated for each restenosis avoided. Propensity scores was used to reduce selection bias by equating both groups based on these covariates. Men predominated in both groups (n=174 66.8%), with no differences between them, including age, ranging from 42 to 91 years (65.9 years). The main differences, with higher rates in GI, were diabetes: GI=60 (50.4%) and GII=19 (17.4%), p=0.0001; family history: GI=43 (38.7%) and GII=24 (22.1%), p=0.007; previous acute myocardial infarction: GI=54 (48.6%) and GII=31 (28.4%), p=0.002; previous coronary artery bypass graft: GI=24 (21.7%) and GII=6 (5.5%), p=0.0005; previous angioplasty: GI=28 (25.2%) and GII=17 (15.5%), p=0.077; acute coronary syndrome: GI=48 (43.3%) and GII=35 (32.0%), p=0.088. Multivessel patients were more frequent in GI=21 (18.9%) than in GII=11 (10.1%), p=0.029. However, the GII patients presented normal left ventricle functions more frequently: GI=51 (45.9%) and GII=85 (77.9%), p=0.0001. There were no differences between the groups for the number of lesions treated and number of arteries per patient. The bare metal stent group presented simpler lesions: Type A GI=43 (25.6%); GII=65 (45.5%), p=0.0002; Type B: B1 GI=50 (29.7%) and GII=35 (24.5%), p=0.30; and B2 GI=51 (30.4%) GII=26 (18.1%), p=0.53; and Type C: GI=24 (14.3%) and GII=17 (11.9%), p=0.53. The restenosis per patient was lower in GI=7 (6.3%) than in GII=14 (12.8%), but without statistical significance (p=0.099). However, restenosis by lesion was lower in GI=7 (4.1%) than in GII=14 (9.8%) p=0.0489. The general two-year survival rate was 96.2% in GI and 89.3% in GII (p=0.76) with similar event-free survival rates: major events (p=0.35) and restenosis (p=0.82). The propensity score showed that it was better to receive SF in patients: age >72, diabetics and lesions with diameter <3,2mm and length >18mm. Assessing all the clinical, angiographic and technical factors through the logistic regression curve, the only the major predictor was stent size. With the value corrected, GII has 4.3 times more chances of restenosis than GI. In terms of costs, the decision tree was modeled on the restenosis in the two groups: GI=6.3% versus GII=12.8% in 17 months (mean). The net benefit of implanting of paclitaxel stents was a 6.3% reduction in restenosis, with a cost increase of R$ 9,590.00. The incremental cost-effectiveness ratio (ICER) was R$ 147,538.00 for avoided restenosis, whose incremental value exceeds the threshold suggested by the WHO (World Health Organization). The results were similar in GI and GII, despite more diabetes and other co-morbidities in GI. Restenosis by lesion was higher in GII. The size of the stent was the only important variable for restenosis. The use of drug eluting stents in patients is not a cost-effective strategy in actual practice.

Page generated in 0.0844 seconds