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Efeitos do resveratrol nos marcadores de risco cardiovascular e desempenho cognitivo em pacientes com esquizofrenia : um ensaio clínico randomizadoZortéa, Karine January 2016 (has links)
Introdução: Pacientes com esquizofrenia geralmente apresentam obesidade e diversos distúrbios metabólicos, como estresse oxidativo e inflamação. Esses pacientes tem expectativa de vida mais baixa e a principal causa de mortalidade são as doenças cardiovasculares Além disso, a função cognitiva é um dos determinantes mais críticos da qualidade de vida nesta patologia. Neste contexto, o resveratrol é um composto polifenólico natural que tem sido associado à diminuição do estresse oxidativo e da inflamação, bem como à ação neuro e cardioprotetora. No entanto, não existem estudos sobre o resveratrol em esquizofrenia. Por isso, o objetivo deste estudo foi determinar a eficácia da suplementação com resveratrol em fatores de risco cardiovasculares, estresse oxidativo e cognição em indivíduos com esquizofrenia. Métodos: Este estudo é um ensaio clínico randomizado que incluiu 19 pacientes com diagnóstico de esquizofrenia (DSM-IV e CID-10) selecionados por conveniência, de acordo com os critérios de inclusão. Os pacientes foram randomizados para receber resveratrol (200mg/dia) ou placebo (200mg/dia) e orientados a utilizar a suplementação durante um mês. Todas as aferições foram realizadas no início e ao final do estudo. Os participantes tiveram suas medidas antropométricas aferidas (peso, altura, circunferência abdominal, percentual de gordura) e responderam verbalmente a um questionário de anamnese clínica e alimentar. Foram coletadas amostras de sangue para avaliação dos parâmetros de marcadores cardiovasculares (citocinas, proteína C-reativa - PRC), de estresse oxidativo (glutationa peroxidase - GPx, thiobarbituric acid reactive species - TBARS) e exames sanguíneos de rotina (perfil lipídico, glicose de jejum). Os pacientes participaram de uma entrevista psicológica para avaliação da cognição (testes Hopkins, Wais-R, Stroop) e de sintomas da doença (teste BPRS). Todos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e estavam em tratamento crônico com antipsicótico atípico (apenas clozapina). Resultados: Os participantes apresentaram características antropométricas e bioquímicas homogêneas no início do estudo. Após um mês de suplementação, observamos redução dos triglicerídeos no grupo resveratrol e piora significativa do perfil lipídico no grupo placebo. Em relação aos marcadores de estresse oxidativo, houve redução do TBARS e da PCR no grupo resveratrol e aumento do TBARS e da PCR no grupo placebo. Houve aumento da GPx no grupo resveratrol e redução no grupo placebo. Não houve melhora na performance cognitiva após suplementação com resveratrol. Conclusão: Este estudo traz evidências clínicas de grande importância na relação terapêutico-nutricional do paciente com esquizofrenia. Após um mês de suplementação com resveratrol (200 mg/dia), as variáveis e os marcadores analisados não melhoraram significativamente porém, pudemos observar diversas alterações relevantes na prática clínica. Dosagens do perfil lipídico pioraram no grupo placebo, mas não no grupo resveratrol. Embora não foram encontradas diferenças significativas, podemos assumir que o resveratrol pode prevenir danos no perfil lipídico. Além disso, a suplementação com resveratrol demonstrou uma tendência à diminuição da peroxidação lipídica, estresse oxidativo e inflamação. Não houve melhora na performance cognitiva dos participantes. Estes resultados indicam que o resveratrol merece atenção adicional para cuidados clínicos com esquizofrenia devido ao seu papel na prevenção de comorbidades, risco cardiovascular e estresse oxidativo. Há a necessidade de mais estudos para determinação de dose-efeito, duração do efeito, efeitos a curto e longo prazo. / Background: Patients with schizophrenia are generally obese and have several metabolic disorders, such as increased oxidative stress and inflammation. Additionally, such patients have a lower life expectancy and the main cause of their increased mortality is cardiovascular disease. Cognitive function is one of the most critical determinants of quality of life in this pathology. Resveratrol is a natural polyphenolic compound has been reported to decrease oxidative stress, attenuate inflammation, neuroprotective and cardioprotective action but there are no studies regarding resveratrol on schizophrenia. The objective of this study was to determine the efficacy of resveratrol supplementation on cardiovascular risk factors, oxidative stress and cognition in individuals with schizophrenia. Methods: This is a 1-month randomized, double-blind controlled trial in which 19 men with a diagnosis of schizophrenia were assigned to either a resveratrol supplement group (200 mg/day) or a placebo group (200 mg/day). All measurements were taken on the first and last day (day 1 and day 30) of the 1-month follow-up. Nutritional evaluation was conducted by anthropometric data (weight, height, waist and hip circumference, body fat percentage) and food intake was estimated through a 24-h Recall Survey. Clinical evaluation included thiobarbituric acid-reactive substances (TBARS), glutathione peroxidase (GPx), and Creactive protein (CRP), lipid profile and glucose levels. Trained psychologists with expertise in psychiatric disorders assessed psychopathology severity (BPRS) and neuropsychology performance (Hopkins, Wais-R, Stroop). All participants had been on a stable dose of clozapine (an atypical antipsychotic) for at least 6 months and provided signed informed consent. Results: The resveratrol and placebo groups were similar in baseline characteristics. Triglycerides decreased in the resveratrol group after 1 month of supplementation. In the placebo group, we found a significant worsened in lipid profile. TBARS and CRP show a clear increasing trend in the placebo group and a decreasing trend in the resveratrol group whereas GPx increased in the resveratrol group and decreased in the placebo group. There were no significant improvements in neuropsychology performance and psychopathology severity. Conclusion: We did not observe significant changes after 1- month of resveratrol supplementation (200 mg daily). It was possible to note that the lipid profile in the placebo group worsened and, although no significant differences were found, we can assume that resveratrol might prevent lipid profile damage. Resveratrol supplementation demonstrated a tendency to reduce lipid peroxidation, oxidative stress and inflammation. Resveratrol did not improve neuropsychology performance and psychopathology severity. These findings indicate that resveratrol deserves additional attention for the clinical care of schizophrenia due to its role in comorbidity and cardiovascular disease prevention. Further studies are needed to determine dose-effect, effect duration, short and long term effects.
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Presença de fatores de risco cardiovascular e nível de conhecimento nutricional em adolescentes do ensino médio de escolas públicas estaduais de Porto Alegre/RSRocha, Priscyla Bones January 2011 (has links)
INTRODUÇÃO: As doenças do aparelho circulatório são a principal causa de morte no Brasil, e a região Sul apresenta a maior proporção de óbitos por esta causa de morte. A adolescência é a fase em que o padrão de estilo de vida se encontra em estruturação, repercutindo no risco do desenvolvimento das doenças cardiovasculares na vida adulta. Dentre os fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, o consumo alimentar é considerado um forte preditor de risco. O conhecimento sobre as recomendações dietéticas é considerado um preditor significativo da mudança do comportamento alimentar. OBJETIVOS: verificar a presença de fatores de risco cardiovascular e o nível de conhecimento nutricional em adolescentes do ensino médio de escolas públicas estaduais de Porto Alegre/RS, descrever as características sóciodemográficas dos participantes do estudo, identificar fatores condicionantes socioeconômicos e ambientais para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares e avaliar a prevalência de pré-hipertensão e hipertensão. MÉTODOS: foram avaliados os seguintes fatores de risco cardiovascular: fumo, excesso de peso, adiposidade abdominal, pressão arterial, nível de atividade física e hábito alimentar. Para a avaliação do conhecimento nutricional, foi desenvolvido um questionário baseado no Guia Alimentar da População Brasileira, sendo o conhecimento classificado como alto ou baixo. RESULTADOS: Foram avaliados 763 alunos com idade média de 16,5 anos (±1,2), sendo a maioria solteiros (98%) e 56,5% do sexo feminino. Aproximadamente 70% referiram ser brancos. Mais da metade encontra-se na classe econômica B. As mães com escolaridade >8 anos representam 59% e entre os pais esse valor cai para 52,8%. Menos de 1% foram classificados como desnutridos e 26,7% como excesso de peso, sendo 17,8% sobrepeso e 8,9% obesidade. A adiposidade abdominal foi encontrada em 13,7% dos estudados. A prevalência de pré-hipertensão e hipertensão foi de 4,7% e 17,6%, sendo significativamente maior entre os meninos. O fumo foi referido por 8,5%. Cerca de 30% apresentaram baixo nível de atividade física, sendo os meninos significativamente mais ativos. Em torno de 16% apresentaram consumo alimentar elevado e 46% excessivo de alimentos considerados marcadores de risco cardiovascular. A regressão de Poisson revelou que a prevalência de hipertensão esteve fortemente associada ao sexo, ao excesso de peso e à idade. O questionário de conhecimento desenvolvido apresenta validade interna e verificou que mais de 80% dos adolescentes apresentaram alto nível de conhecimento. Níveis mais elevados de conhecimento foram verificados entre os que cursavam as séries finais do ensino médio e entre os que apresentavam menor consumo de alimentos considerados preditores potenciais das doenças coronarianas. O gosto do alimento foi considerado o determinante mais importante da escolha alimentar. CONCLUSÕES: A identificação precoce da exposição a fatores de risco cardiovascular na população jovem é fundamental para a elaboração de estratégias de prevenção. Modificações de estilo de vida que reduzam a exposição a fatores de risco, incentivem a prática de atividade física, promovam hábitos alimentares saudáveis e, consequentemente ocasione a redução de peso, são alternativas de alcançar a redução dos níveis pressóricos. Como o comportamento alimentar impacta diretamente na saúde, torna-se necessário o desenvolvimento de estratégias de intervenção nutricional efetivas visando a mudança de práticas alimentares inadequadas e que propiciem qualidade de vida em longo prazo para essa população. / BACKGROUND: The cardiovascular diseases are the leading cause of death in Brazil, and South has the highest proportion of deaths from this cause of death. Adolescence is the stage where the standard of lifestyle is being structured, reflecting the risk of developing cardiovascular disease in adulthood. Among the risk factors for developing cardiovascular disease, food consumption is considered a strong predictor of risk. The knowledge about dietary recommendations is considered a significant predictor of eating behavior. OBJECTIVES: To verify the presence of cardiovascular risk factors and the level of nutritional knowledge among high school students from state schools in Porto Alegre / RS, describe the sociodemographic characteristics of study participants to identify socioeconomic and environmental factors responsible for the development of diseases cardiovascular and assess the prevalence of prehypertension and hypertension. METHODS: We evaluated the following cardiovascular risk factors: smoking, overweight, abdominal obesity, blood pressure, physical activity level and eating habits. For the assessment of nutrition knowledge, a questionnaire was developed based on the Food Guide of the Brazilian population, and knowledge classified as high or low. RESULTS: A total of 763 students with an average age of 16.5 years (± 1.2), mostly unmarried (98%) and 56.5% female. Approximately 70% reported being white. More than half is in economy class B. The mothers with schooling> 8 years and 59% among parents this figure falls to 52.8%. Less than 1% were classified as malnourished and 26.7% as overweight, and 17.8% overweight and 8.9% obese. The abdominal fat was found in 13.7% of their subjects. The prevalence of prehypertension and hypertension was 4.7% and 17.6%, being significantly higher among boys. The smoke was reported by 8.5%. About 30% had low levels of physical activity, boys are significantly more active. Approximately 16% had high dietary intake and 46% of foods considered excessive cardiovascular risk markers. Poisson regression showed that prevalence of hypertension was strongly associated with sex, excess weight and age. The knowledge questionnaire developed internal validity and has found that more than 80% of adolescents had a high level of knowledge. Higher levels of knowledge were observed among those attending the final grades of high school and among those with lower consumption of foods considered potential predictors of coronary heart disease. The taste of food was considered the most important determinant of food choice. CONCLUSIONS: Early identification of exposure to cardiovascular risk factors in young people is fundamental to the development of prevention strategies. Lifestyle changes that reduce exposure to risk factors, encourage physical activity, promote healthy eating habits and consequently caused a reduction of weight, are alternatives to achieve the reduction of blood pressure. As the feeding behavior directly impacts on health, it becomes necessary to develop effective nutrition intervention strategies aimed at changing dietary practices that provide inadequate and quality of life in long-term for this population.
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Influência da idade sobre anormalidades fundoscópicas em pacientes hipertensosNunes, Gerson Luis da Silva January 2000 (has links)
Anormalidades no exame de fundo de olho (fundoscopia direta) são tão valorizadas na estratificação de risco de pacientes hipertensos quanto a presença de hipertrofia ventricular, proteinúria ou alteração leve da creatinina. A associação de alguns achados de retinopatia hipertensiva, em exames realizados por internistas e cardiologistas, com gravidade da hipertensão arterial pode ser confundida pela idade dos pacientes. Para avaliar a influência da idade na associação de achados retinianos com níveis de pressão arterial e com lesões em órgãos-alvo, efetuou-se um estudo observacional, analítico e de delineamento transversal. A amostra incluiu 927 entre 1800 pacientes com hipertensão arterial que, consecutivamente, realizaram a primeira avaliação no ambulatório de hipertensão arterial do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, no período de 1989 a 1999, excluindo-se aqueles com doenças com repercussões vasculares retinianas de doenças sistêmicas e pacientes com opacidade de meios. Coletaram-se os dados através de questionário padronizado e exame físico detalhado, que incluiu a aferição da pressão arterial pelo menos duas vezes, em um total de 3 consultas, oftalmoscopia direta sob midríase, eletrocardiograma, exame qualitativo de urina, creatinina sérica, glicemia de jejum, colesterol total e potássio sérico. Comparou-se a pressão arterial em pacientes classificados segundo a presença de anormalidades isoladas - estreitamento arteriolar, apagamento venoso, represamento venoso, exsudatos, hemorragias e edema de papila - e agrupadas em 5 categorias progressivas de acometimento fundoscópico. As análises foram feitas para toda amostra e em pacientes estratificados por idade maior ou menor que 50 anos. Variáveis nominais foram avaliadas pelo teste do Qui-quadrado e ANOVA para variáveis contínuas, testando-se para desvio da linearidade. Em modelo de regressão logística incluiu-se alteração do fundo de olho como variável dependente e variáveis independentes escolhidas segundo o referencial teórico e resultados da análise bivariada. Pressão arterial sistólica e diastólica foram geralmente mais elevadas nos pacientes com quaisquer das alterações à fundoscopia. A diferença de pressão arterial entre pacientes com e sem anormalidades foi mais intensa nos pacientes com menos de 50 anos de idade. Os entrecruzamentos patológicos, nos seus dois níveis de gravidade (apagamento e represamento), tiveram menor capacidade de discriminar diferenças nas médias de pressão arterial no grupo com mais de 50 anos. Na categorização das alterações fundoscópicas em cinco estratos, observou-se o comportamento díspare da pressão arterial por anormalidade fundoscópica. Nos mais jovens, a pressão arterial aumentou linearmente com a progressão das anormalidades, em contraposição aos mais velhos, onde houve desvio significativo da linearidade. No modelo de regressão logística, associaram-se com fundo-de-olho anormal idade (RC = 1,02, p = 0,024), pressão diastólica (RC = 1,02, p = 0,029), cor não branco (RC = 1,60, p = 0,020), sexo masculino (RC = 1,44, p = 0,043), colesterol (RC = 1,01, p = 0,014) e anos de escolaridade formal (RC = 0,93, p < 0,001). A pressão sistólica e o tempo de hipertensão apresentaram tendência à associação com anormalidade fundoscópica. Observou-se associação positiva entre anormalidades fundoscópicas e sobrecarga ventricular esquerda no eletrocardiograma. A intensidade desta associação não foi de grande magnitude A associação entre anormalidades fundoscópicas com níveis séricos de creatinina e alterações de sedimento urinário tenderam a ser positivas, mas também foram de pequena magnitude. Conclui-se que a idade influencia a associação entre níveis pressóricos e anormalidades fundoscópicas detectadas por clínicos em pacientes hipertensos, especialmente entrecruzamentos patológicos. As associações entre achados oftalmoscópicos, agrupados ou não, e outros danos em órgãos-alvo são modestas e sugerem que as conseqüências de hipertensão arterial não afetam em paralelo diferentes sistemas. / Abnormalities detected in direct ophthalmoscopy are of equal value to left ventricular hypertrophy, proteinuria and alteration in serum creatinine levels in the risk stratification of patients with hypertension. The association between hypertensive retinopathy diagnosed by clinicians may be biased by the age of patients. To investigate the influence of age on the association between fundoscopic abnormalities with blood pressure levels and other evidences of target-organ damage was did a cross-sectional study with analisys of 927 out of 1800 consecutive patients with hypertension, submitted to the initial evaluation in the hypertensive outpatient clinic of our Institution between 1989 and 1999. Patients with diseases potentially associated with retinal abnormalities and those with lens opacity or other technical dificulties were excluded. Data were collected through a structured questionnaire and included a detailed physical examination, direct ophtalmoscopy under mydriasis and at least two blood pressure readings in three consecutive days. Electrocardiogram, urinalysis, serum creatinine, glucose, total cholesterol and potassium were done in all patients. Blood pressure was compared in patients with and without each retinal abnormality - arteriolar narrowing, arterio-venous nicking, retinal hemorrhage and exsudates and papiledema – and in groups ranked by severity. The analyses were done in the whole sample and stratified by age (less or more than 50 years). Nominal variables were tested by Chi-square and ANOVA was employed in continuous variables, testing for linearity and desviation from linearity. In a logistic regression model we studied the simultaneous association between any abnormality in the fundoscopy (dependent variable) and independent variables choosing according to associations described in the literature and associations observed in the bivariate analysis. Systolic and diastolic blood pressure were mostly higher in patients with any fundoscopic abnormality. The differences between blood pressure in patients with and without abnormalities were more intense in patients with less than 50 years of age. The smaller difference between blood pressure of patients with and without an abnormality was observed for arterio-venous nicking in patients older than 50 years. When the presence of retinal abnormalities was classified in 5 groups according increasing levels of severity, blood pressure increased linearly in patients with less than 50 years but not in patients with more than 50 years of age. In the logistic regression model, age (OR = 1.02, p = 0.024), diastolic blood pressure (OR = 1.02, p = 0.029), non-white skin collor (OR = 1.60, p = 0.020), male gender (OR = 1.44, p = 0.043), total cholesterol (OR = 1.01, p = 0.014) and years at school (OR = 0,93, p < 0,001) were associated with abnormal fundoscopy. Systolic blood pressure and duration of hypertension showed a trend for association. Retinal abnormalities were positively associated with left ventricular hypertrophy in the eletrocardiogram. The intensity of this association was modest. The association between retinal abnormalities and serum levels of creatinine and abnormal urinary sediment were also positive but without significance in most cases. Age influences the association between blood pressure levels and fundoscopic abnormalities diagnosed by clinicians in patients with hypertension, specially arterio-venous nicking. The associations between fundoscopic abnormalities and other evidences of end-organ damage are modest, and suggest that the consequences of hypertension do not occur in parallel in diferent organs.
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Efeitos do Treinamento de força no fluxo sangüíneo e produção de óxido nítrico em mulheres pós-menopáusicasSiqueira, Caroline Viana January 2006 (has links)
A capacidade de alterar a função vascular dependente do endotélio pode ser importante na intervenção ou até mesmo na prevenção de doenças cardiovasculares. O exercício representa uma importante estratégia anti-aterogênica que pode restaurar a dilatação dependente do fluxo. O objetivo deste estudo foi avaliar a composição corporal (CC), a força muscular (FM), o fluxo sangüíneo do antebraço (FSA) e a produção de Óxido Nítrico (NO) antes e depois de 16 semanas de treinamento de força (TF). Foram avaliadas 17 mulheres pós-menopáusicas (idade média 57,2 ± 4,74 anos): 11 no grupo treinadas (GT) e 6 no grupo controle (GC). As voluntárias compareceram ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e realizaram o seguinte protocolo de teste: 20 minutos de repouso, coleta de sangue (níveis plasmáticos de nitritos e nitratos (NOx)) e aferição do FSA através da técnica de pletismografia de oclusão venosa em repouso e após o protocolo de exercício. O exercício consistiu de 5 segundos de contração e 5 segundos de relaxamento de preensão manual a 30 % da carga voluntária máxima (CVM) num total de 2 minutos. O TF consistiu de 8 exercícios envolvendo grandes grupos musculares, progredindo de 30 a 75% de 1RM. Para análise dos dados, foram realizados testes de normalidade de Shapiro-Wilk e a distribuição dos dados de composição corporal e de força (1RM) foi considerada normal enquanto os dados do FSA e da produção de NO não. Assim, para o efeito do TF na composição corporal e na força foi utilizado o teste t de Student pareado e para comparar os grupos teste t de Student independente. Para a comparação das alterações no FSA e na produção de NO (através dos níveis plasmáticos NOx) intragrupos foi utilizado o teste não paramétrico de Wilcoxon. Para avaliar as diferenças entre os grupos utilizou-se o teste não paramétrico Kruskall-Wallis seguido do procedimento de Dunn. Adotou-se como significância p<0,05. Os resultados estão expressos em média ± desvio padrão. O GC apresentou redução na massa muscular enquanto o GT apresentou aumento (21,24 ± 1,68 vs 20,60 ± 1,83 e 20,48 ± 2,52 vs 21 ± 2,66 kg, respectivamente). Não houve, porém, diferenças significativas entre os grupos. O GT aumentou a força máxima em todos os exercícios testados. O GT apresentou aumento no FSA pós-exercício, pré- e pós-treinamento (2,74 + 0,61 vs 3,98 + 1,81ml . 100ml-1 . min-1) e pós-treinamento, antes e após o exercício (2,37 + 1,03 vs 3,98 + 1,81 ml . 100ml-1 . min-1). O GC apresentou aumento no FSA após 16 semanas em repouso pré- e pós-treinamento (1,90 + 0,44 vs. 2,68 + 1,10 ml . 100ml-1 . min-1). O efeito do exercício após o treinamento e o efeito do treinamento após o exercício foram significativamente maiores somente no GT (0,23 ± 0,81 vs 1,62 ± 1,57 e -0,14 ± 1,30 vs 1,25 ± 1,88 ml . 100ml-1 . min-1, respectivamente). No período pré-treinamento houve um acréscimo significativo no NOx após o exercício nos dois grupos (GT: 1,65 ± 0,21 vs 2,02 ± 0,21 e GC: 1,61 + 0,13 vs 1,46 + 0,1 mmol . l-1), mas somente no GT houve redução significativa de NOx em repouso e após o exercício depois do treinamento (1,65 ± 0,21 vs 1,29 ± 0,1 e 2,02 ± 0,21 vs 1,55 ± 0,14 mmol . l-1, respectivamente). Concluímos que o treinamento de força sistêmico foi capaz de aumentar a massa, a força muscular e o FSA em resposta ao exercício apesar de a força no antebraço não ter sido alterada. Porém, o treinamento levou a uma redução na produção de NO. Palavras-chave: treinamento de força, mulheres pós-menopáusicas, massa muscular, força muscular, fluxo sangüíneo no antebraço, produção de NO. / The capacity to alter endothelium-dependent vascular function can be important for cardiovascular disease intervention or prevention. Physical exercise represents an important anti-atherogenic strategy because it can restore flow-dependent dilation. The aim of this study was to evaluate body composition (BC), muscular strength (MS), forearm blood flow (FBF), and nitric oxide production (NO), before and after 16 weeks strength training (ST). Seventeen post-menopausal women were evaluated (mean age = 57.2 ± 4.74 years) and divided as following: trained group (TG), n = 11; and control group (CG), n = 6. The volunteers were conducted to Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) and they were performed the following test protocol: 20 min rest, blood samples for nitrates e nitrites plasma levels (NOx), venous occlusion pletismography to FBF evaluation, and exercise protocol. The exercise consisted of 5 s contraction and 5 s rest handgrip at 30% of maximal voluntary workload (MVW) during 2 minutes. The ST consisted of 8 exercises for the main muscle groups, and it progressed from 30 to 75% of one maximal-repetition (1RM). Data analysis was made through Shapiro-Wilk for normality test. Body composition and muscular strength data were considered normal, but not the FBF and NO production. Thus, paired student t test was used to evaluate ST effect on body composition, and independent t test to compare groups. The intra-groups differences on the FBF and NO production were tested by Wilcoxon test, and intergroups by Kruskall-Wallis followed by Dunn’s procedure. The level of significance was considered p < 0.05. There were no differences for maximal strength between groups. The CG group presented muscle mass reduction while the GT group presented an increase (21.24 ± 1.68 vs 20.60 ± 1.83 e 20.48 ± 2.52 vs 21 ± 2.66, respectively). Maximal strength was increased at all exercises for TG group. The GT group increased the post-exercise FBF when the pre- and post-training levels were compared (2.74 + 0.61 vs 3.98 + 1.81ml . 100ml-1 . min-1), and the post-training FBF when before and after levels were compared (2.37 + 1.03 vs 3.98 + 1.81 ml . 100ml-1 . min-1). The CG increased rest FBF after 16 weeks training (1.90 + 0.44 vs. 2.68 + 1.10 ml . 100ml-1 . min-1). The post-training exercise effect and post-exercise training effect were increased for TG (0.23 ± 0.81 vs 1.62 ± 1.57 e -0.14 ± 1.30 vs 1.25 ± 1.88 ml . 100ml-1 . min-1, respectively). Both groups increased the after-exercise NOx at pre-training period (GT: 1.65 ± 0.21 vs 2.02 ± 0.21 e GC: 1.61 + 0.13 vs 1.46 + 0.1 mmol . l-1). After training, only TG had significant reduction of rest and after exercise NOx (1.65 ± 0.21 vs 1.29 ± 0.1 e 2.02 ± 0.21 vs 1.55 ± 0.14 mmol . l-1, respectively). We concluded that systemic strength training increased muscle mass, strength, and FBF exercise response despite forearm strength didn’t change. The strength training reduced NO production.
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Características de sono em adolescentes: Relação com fatores de risco componentes do Score Pathobiological Determinants of Atherosclerosis in Youth / Indicators of sleep disorders in adolescents: relationship to score components risk factors pathobiological Determinants of Atherosclerosis in YouthRamalho, Millena Cavalcanti 25 August 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-08-25 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / NTRODUCTION: adolescence is marked by important biological, psychological and social changes, and inadequate quantity or poor sleep has been associated with several problems, including increased risk of developing cardiovascular disease. OBJECTIVE: to investigate the relationship between sleep duration, sleep quality and the presence of excessive daytime sleepiness and cardiovascular risk according to score pathobiological Determinants of Atherosclerosis in Youth (PDAY) and its components in adolescent students. MATERIAL AND METHODS: cross-sectional study with a quantitative approach, performed in public schools in Campina Grande / PB, Brazil, from September/2012 to June/2013 with 563 students from 15 to 19 years, in which we assessed demographic data: age , sex, skin color, economic class and maternal education; Behavioral: smoking, physical activity and sedentary lifestyle; Clinical: weight, height, body mass index and blood pressure; Biochemical: glucose, glycated hemoglobin HbA1c, HDL cholesterol and non-HDL cholesterol; sleep variables: duration, sleep quality (Pittsburgh Sleep Quality Index) and excessive daytime sleepiness (Epworth Sleepiness Scale) and the relationship with the PDAY score and its components. Out performed the chi-square test and t-student to analyze the variables according to sex, and the Pearson correlation test to assess the relationship between sleep disorder indicators and PDAY score and its components sleep disorder indicators and physical activity and sedentary lifestyle. To evaluate the predictors of cardiovascular risk univariate linear regression was used, and independence test multivariate linear regression was performed. This study was conducted in accordance with Resolution 196/96. RESULTS: regarding sleep variables, this study showed that 20% of adolescents had excessive daytime sleepiness and an average of seven hours of sleep a day. The short duration was associated with male gender (p = 0.003), cardiovascular risk (p = 0.032) and inactivity (p = 0.007). The quality of sleep was associated with behavioral variable inactivity (p <0.001) and body mass index (p = 0.022). These teenagers have high cardiovascular risk (10%), being associated with male gender (p <0.001) as well as the highest average systolic blood pressure (p <0.001) and higher glycemic index (p <0.001). In the multivariate linear regression model, the duration of sleep was not an independent factor CONCLUSIONS: the prevalence of sleep disorders and high cardiovascular risk was high in in determining cardiovascular risk among adolescents studied. this population. Despite the sleep disorder not be an independent factor for cardiometabolic risk, this is a factor contributing to the increased cardiovascular risk assessed by PDAY score. This study provides relevant information and unpublished for this population, and demonstrates the importance of sleep as an important predisposing variable in relation to cardiovascular risk factors, especially because it is a modifiable factor that may interfere with behavioral conditions such as sedentary lifestyles and the index rise body weight, conditions associated with demonstrably higher cardiovascular risk score when evaluated using the PDAY. / INTRODUÇÃO: a adolescência psicológicas e sociais, e uma quantidade inadequada ou a má qualidade de sono têm sido associadas a diversos problemas, inclusive a elevação do risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. OBJETIVO: verificar a relação entre a duração do sono, qualidade é marcada por importantes alterações biológicas, do sono e a presença da sonolência diurna excessiva com o risco cardiovascular de acordo com score Pathobiological Determinants of Atherosclerosis in Youth (PDAY) e seus componentes em adolescentes escolares. MATERIAL E MÉTODOS: estudo transversal, com abordagem quantitativa, realizado em escolas públicas de Campina Grande/PB, Brasil, de setembro/2012 a junho/2013, com 563 escolares, de 15 a 19 anos, no qual se avaliou dados sociodemográficos: idade, sexo, cor da pele, classe econômica e escolaridade materna; comportamentais: tabagismo, atividade física e sedentarismo; clínicos: peso, altura, índice de massa corporal e pressão arterial; bioquímicos: glicemia, hemoglobina glicada HbA1c, colesterol HDL e colesterol não-HDL; variáveis de sono: duração, qualidade do sono (Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh) e sonolência diurna excessiva (Escala de Sonolência de Epworth) e a relação com o score PDAY e seus componentes. Fora realizados os teste de qui- quadrado e t-student para análise das variáveis de acordo com o sexo, e o teste de correlação de Pearson para avaliação da relação entre os indicadores do distúrbio do sono e do escore PDAY, e de seus componentes com os indicadores de distúrbio do sono e com a atividade física e sedentarismo. Para avaliação dos fatores preditores do risco cardiovascular foi utilizada a regressão linear univariada, e para teste de independência foi realizada a regressão linear multivariada. Esse estudo foi desenvolvido em conformidade com a Resolução 196/96. RESULTADOS: quanto às variáveis de sono, esse estudo demonstrou que 20% dos adolescentes apresentaram sonolência diurna excessiva e uma média de sete horas de sono por dia. A curta duração esteve associada ao sexo masculino (p=0,003), ao risco cardiovascular (p=0,032) e ao sedentarismo (p=0,007). A qualidade do sono esteve associada à variável comportamental sedentarismo (p<0,001) e ao índice de massa corporal (p=0,022). Os adolescentes apresentaram risco cardiovascular elevado (10%), estando associado ao sexo masculino (p<0,001), assim como as maiores médias de pressão arterial sistólica (p<0,001) e maiores índices glicêmicos (p<0,001). No modelo de regressão linear multivariada, a duração do sono não se mostrou um fator independente na determinação do risco cardiovascular entre os adolescentes estudados. CONCLUSÕES: a prevalência dos distúrbios do sono e risco cardiovascular alto foi elevada na população estudada. Apesar do distúrbio do sono não ser um fator independente para o risco cardiometabólico, esse é um fator que contribuiu para o aumento do risco cardiovascular avaliado pelo escore PDAY. Esse estudo fornece informações relevantes e inéditas para essa população, e demonstra a importância do sono como variável predisponente importante na relação com fatores de risco cardiovasculares, especialmente por ser um fator modificável, que pode interferir nas condições comportamentais como o sedentarismo e na elevação do índice de massa corporal, condições comprovadamente associadas à elevação do risco cardiovascular quando avaliadas através do score PDAY.
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Adesão medicamentosa e hospitalização por eventos cardiovasculares em hipertensos no centro-oeste brasileiro / Drug adherence and hospitalization for cardiovascular diseases in hypertensive patients in the center-west of BrazilPacheco, Jade Alves de Souza 28 May 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-05-28 / Introduction: Systemic arterial hypertension is indicated as the main risk factor for cardiovascular diseases. The treatment and control are a challenge to the effective management of the hypertensive patient, even front to the vast technical and therapeutic apparatus available. In this context, a adherence is one of the main explanatory variables for the challenge of the clinical monitoring team of the hypertensive. Objective: To evaluate the relationship between hospitalization and adherence to antihypertensive therapy in patients hospitalized for cardiovascular diseases in hospital units in the city of Jataí (GO). Methods: This was a controlled, observational, cross - sectional study developed in Jataí, a small city in the state of Goiás. The study included hypertensive patients hospitalized for cardiovascular causes in hospital units (hospital network) and by hypertensive patients undergoing clinical follow up in primary care (primary care). The data were obtained between September and December of 2017, with the use of a data collection instrument and the Informed Consent Term to the eligible patients. For the evaluation of adhesion, the Morisky Levine Green Test (TMG) was applied. The analysis was performed through the SPSS IBM software version 23.0; Variables were analyzed using the Kolmogorov Smirnof test, for comparing the means with the Student's T-test for independent samples and the Mann Whitney test for comparison of medians, where it was not parametric. The categorical variables were compared with the chi-square test. All tests were true for a significance level of 5% and 95% confidence interval. Results: In the analysis between the groups there was a lower tendency in the group of patients of the hospital network, but without significance; a rate of adherence in the hospital was 38.1% and primary care 51.2%. An intentionality of non-adherence between the groups was similar. Compared with the primary care group, patients in the hospital had higher blood pressure levels. Pressure control, when analyzed between groups, had the lowest frequency (p = 0.038) among the patients in the hospital network. The mean frequency found was 76.8% with the previous diagnosis, with women recording a higher proportion; 63.4% had uncontrolled blood pressure and 74.4% of patients had multimorbidities. The frequency of previous hospitalizations among hospital patients was significantly higher. The hypertensive crisis was the main cause of hospital admission, being more prevalent among women (p = 0.016). Stroke was a third major cause of hospitalization, presenting greater importance among men. Conclusion: the study is not related to the statistically significant progression between treatment and hospitalization for cardiovascular disease. However, patients with sedentarism, previous hospitalization and multimorbity presented more risk about hospitalization for cardiovascular disease. / Introdução: A hipertensão arterial sistêmica é apontada como o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares. O tratamento e controle pressórico continuam sendo um desafio para o cuidado efetivo do paciente hipertenso, mesmo frente a um vasto aparato tecnológico e terapêutico disponível. Nesse contexto, a adesão ao tratamento consiste como a principal variável explicativa para tal desafio a equipe de saúde responsável pelo acompanhamento clínico do hipertenso. Objetivo: Avaliar a associação entre hospitalização e a adesão ao tratamento anti-hipertensivo em pacientes internados por causas cardiovasculares em unidades hospitalares no município de Jataí (GO). Métodos: Estudo observacional transversal analítico controlado, desenvolvido em Jataí, município de pequeno porte do estado de Goiás. Participaram do estudo hipertensos internados por causas cardiovasculares nas unidades hospitalares selecionadas (grupo rede hospitalar) e também por hipertensos em acompanhamento clínico na atenção primária (grupo atenção primária). Os dados foram coletados entre setembro e dezembro de 2017, por meio de visitas diárias às unidades participantes, com aplicação de instrumento de coleta de dados e do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido aos pacientes elegíveis. Para a avaliação da adesão, foi aplicado o Teste de Morisky Green Levine (TMG). Foi realizada análise por meio do programa SPSS IBM versão 23.0; a análise da distribuição das variáveis categóricas foi feita com aplicação do teste de Kolmogorov Smirnof, para comparação das médias foi utilizado o teste T- Student para amostras independentes e o teste U de Mann Whitney para comparação de medianas, quando distribuição não paramétrica. A comparação da distribuição entre as variáveis categóricas foi feita com aplicação do teste qui-quadrado. Todos os testes foram realizados considerando um nível de significância de 5% e intervalo de confiança de 95%. Resultados: Na análise entre os grupos houve uma tendência a menor adesão no grupo de pacientes da rede hospitalar, porém sem significância estatística; a taxa de adesão na rede hospitalar foi 38,1% e na atenção primária 51,2%. A intencionalidade da não adesão mostrou-se semelhante entre os grupos. Em comparação com o grupo da atenção primária, os pacientes da rede hospitalar apresentaram níveis pressóricos mais elevados. O controle pressórico, quando analisado entre os grupos, apresentou frequência inferior (p=0,038), entre os pacientes da rede hospitalar. Na população internada foi encontrada frequência de 76,8% com diagnóstico prévio, com as mulheres apresentando maior proporção; 63,4% estavam com a pressão arterial não controlada e 74,4% dos pacientes apresentavam multimorbidades. A frequência de internações prévias entre os pacientes da rede hospitalar foi significantemente superior. A crise hipertensiva foi a principal causa de hospitalização identificada, sendo mais prevalente entre as mulheres (p=0,016). O acidente vascular cerebral foi a terceira maior causa de hospitalização, apresentando maior proporção entre os homens. Conclusão: o estudo não encontrou relação estatisticamente significativa entre adesão ao tratamento e hospitalização por doença cardiovascular. Porém estiveram associados ao maior risco de hospitalização por doenças cardiovascular, o sedentarismo, o histórico de hospitalização prévia e presença de multimorbidades.
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Efeito do treinamento físico multicomponente sobre parâmetros de saúde de mulheres com idade entre 50 e 80 anos: influência de variantes genéticas de óxido nítrico sintase endotelial (eNOS) / Effect of multicomponent training on health parameters in older adult women: influence of endothelial nitric oxide synthase (eNOS) genetic variantsÁtila Alexandre Trapé 17 November 2017 (has links)
Introdução: A influência dos polimorfismos da óxido nítrico sintase endotelial (eNOS) na resposta ao exercício físico ainda não foi esclarecida na literatura. Objetivos: Verificar o efeito do treinamento multicomponente sobre parâmetros de saúde de mulheres com idade entre 50 e 80 anos, bem como a influência dos genótipos e haplótipos (interação) das variantes genéticas da eNOS [-786T>C, 894G>T (Glu298Asp) e íntron 4b/a] neste mesmo contexto. Método: 52 participantes realizaram a avaliação da pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura (CC) e porcentagem de gordura. Análises sanguíneas foram realizadas para genotipagem e avaliação do perfil lipídico (colesterol total, triglicerídeos, HDL-c e LDL-c), das concentrações de nitrito (NO2), malondialdeído (MDA), glutationa (GSH) e capacidade antioxidante total (CAT). A aptidão física foi avaliada pelos testes de caminhada de seis minutos (resistência aeróbia), flexão e extensão de cotovelo e sentar e levantar (força muscular). A intervenção de treinamento multicomponente (várias capacidades e habilidades motoras) durou 12 semanas e foi realizada 2x/sem, 90 min por sessão e Borg de 13 a 15 (um pouco intenso a intenso). A análise estatística foi realizada levando em conta a amostra total e também de acordo com os grupos normotenso e hipertenso, utilizando modelos de regressão de efeitos mistos. Resultados: Na análise sem divisão pelos genótipos, foi possível observar melhoras em todas as variáveis, com exceção da GSH, CC e perfil lipídico. Na análise isolada de cada polimorfismo, foi possível observar redução significativa da PAS e PAD em todos os grupos com o sem o alelo polimórfico, mas vale ressaltar que o grupo sem o alelo polimórfico nas três variantes genéticas, descritivamente, apresentou melhor resposta (?%) na PAS e PAD, e que isto, na posição -786T>C levou à diferença entre os grupos após a intervenção. Sobre a NO2, todos os grupos apresentaram melhora, com exceção dos grupos com o alelo polimórfico no Glu298Asp e íntron 4b/a (\"GluAsp+AspAp\" e \"4b4a+4a4a\"). Os polimorfismos não influenciaram na resposta do MDA, CAT e aptidão física, já que todos os grupos apresentaram melhora. O haplótipo H1 (três subgrupos sem o alelo polimórfico) foi o único a apresentar melhora em todas as variáveis estudadas, enquanto o haplótipo H8 (três subgrupos com os alelos polimórficos) somente apresentou diminuição do MDA e aumento da aptidão física. O efeito do treinamento multicomponente na análise sem divisão pelos genótipos e de acordo com os grupos normotenso e hipertenso foi parecida, mas levando em consideração os subgrupos com o alelo polimórfico nas três variantes genéticas da eNOS não apresentaram resposta na PAD e NO2 no grupo hipertenso e o subgrupo com o alelo polimórfico no íntron 4 b/a (\"4b4a+4a4a\") não apresentou melhora na PAD, NO2 e CAT no grupo normotenso, enquanto os subgrupos correspondentes sem o alelo polimórfico apresentaram melhora. Conclusão: Os polimorfismos da eNOS podem influenciar a resposta ao treinamento multicomponente, e, consequente prevenção e controle da PA / Introduction: The influence of endothelial nitric oxide synthase (eNOS) polymorphisms on the response to exercise training remain unclear. Objectives: To verify the effects of multicomponent training on health parameters in older adult women, as well as the influence of the genotypes and haplotypes (interaction) of eNOS genetic variants [-786T>C, 894G>T (Glu298Asp) and intron 4b/a] in the same context. Methods: Fifty-two participants underwent systolic (SBP) and diastolic blood pressure (DBP), body mass index (BMI), waist circumference (WC), and fat percentage assessments. Blood samples were used for genotyping and to assess lipid profile (total cholesterol, triglycerides, HDL-c, and LDL-c), nitrite concentration (NO2), malondialdehyde (MDA), glutathione (GSH), and total antioxidant capacity (TAC). Physical fitness was assessed by six-minute walk (aerobic resistance), elbow flexion and extension, and sit and stand up (muscle strength) tests. The multicomponent training intervention (various capacities and motor skills) was performed for 12 weeks, twice a week, for 90 min per session and a Borg Scale intensity of 13-15 (a little intense to intense). Statistical analysis was performed taking into account the total sample and also according to the normotensive and hypertensive groups using linear mixed effects models. Results: In the analysis without division by genotypes, it was possible to observe improvements in all variables, except for GSH, WC, and lipid profile. In the isolated analysis of each polymorphism, a significant reduction was observed in SBP and DBP in both groups, ancestral and variant genotypes, although it is worth mentioning that the ancestral genotype in the three genetic variants, descriptively, presented trends towards a better response (?%) in SBP and DBP, and this in position -786T>C led to the difference between the groups after the intervention. Regarding NO2, all groups demonstrated improvement, except for variant genotypes in Glu298Asp and intron 4b/a (\"GluAsp+AspAsp\" and \"4b4a+4a4a\"). Polymorphisms did not influence the MDA, TAC, or physical fitness response, since all groups showed improvement. The haplotype H1 (three ancestral genotypes) was the only one to show improvement in all the variables studied, whereas the haplotype H8 (three variant genotypes) demonstrated only a decrease in MDA and an increase in physical fitness. The effect of multicomponent training in the analysis without division by genotypes and according to the normotensive and hypertensive groups was similar, but considering the genotypes, the variant genotypes in the three genetic variants of eNOS did not present a response in DBP or NO2 in the hypertensive group and the variant genotypes in the intron 4 b/a (\"4b4a + 4a4a\") did not show improvement in DBP, NO2, or TAC in the normotensive group, while the corresponding ancestral genotypes demonstrated improvement. Conclusion: eNOS polymorphisms can influence the response to multicomponent training, and consequent prevention and control of BP
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Indicadores clínicos e bioquímicos de risco cardiovascular em adultos com transtornos alimentares / Clinical and biochemical indicators of cardiovascular risk in adults with eating disordersEliana Cavalari Teraoka 12 August 2014 (has links)
Estudo descritivo-transversal de abordagem quantitativa, com o objetivo de identificar os indicadores clínicos e bioquímicos de risco cardiovascular entre pessoas com diagnóstico de Transtornos Alimentares (TAs). A população foi composta por 22 usuários em seguimento ambulatorial, em dois hospitais universitários situados no interior paulista e na capital, no período de março de 2013 a fevereiro de 2014. Para a coleta de dados, realizou-se uma entrevista para identificação das variáveis sociodemográficas: idade, sexo, cor da pele, estado familiar conjugal, escolaridade e renda familiar. Os dados clínicos foram coletados por meio de avaliação antropométrica: estatura, peso, circunferência abdominal (CA), cálculo do índice de massa corporal (IMC); aferição das dobras cutâneas: tríceps, bíceps, subescapular e suprai líaca; medida indireta da pressão arterial (PA) e do Índice Tornozelo Braquial (ITB) e cálculo do percentual de gordura corporal. Foram realizados exames laboratoriais para a dosagem de proteína C reativa, colesterol total e frações, triglicérides, homocisteína, vitamina B12 e ácido fólico. Os dados foram agrupados em categorias, e as variáveis quantitativas foram expressas como média e desvio-padrão. Os testes estatísticos foram realizados por meio do aplicativo Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 16.0 e pelo R i386 versão 3.0.0, adotando-se o nível de significância de ?=0,05. Para a análise da associação entre a classificação do IMC (eutrófico e baixo peso) com as variáveis clínicas, antropométricas e bioquímicas, uti lizou-se o Teste Exato de Fisher. Os participantes possuíam idade média de 28,41 ± 7,51 anos, 95,5% eram do sexo feminino, 86,4%, brancos, 72,7% viviam sem cônjuge, 45,5% eram estudantes e 31,9%, trabalhadores com vínculo empregatício, 31,8% declararam ensino superior em curso ou incompleto, com média de 12,45 ± 2,94 anos de estudo, 59,1% informaram renda fami liar entre três e quatro salários-mínimos; 59,1% apresentaram o diagnóstico médico de anorexia nervosa (AN), com média de tempo de tratamento de 3,23 ± 2,34 anos; 59,1% eram eutróficos, com média de IMC de 19,19 ± 2,90 Kg/m2 ; 86,4% apresentaram valores de CA normais; 95% com ITB normal, 70% com delta ITB (diferença entre os ITBs) normal; 95,4% com cifras de PA inferiores a 120x80 mmHg, 18,2% com pulso radial inferior a 60 batimentos por minuto; 9,1% com pressão de pulso >50 mmHg. A soma das quatro dobras cutâneas foi de 62,05 ± 19,92 mm, e o percentual de gordura foi de 28,95 ± 5,65; 47,6% classificaram-se como acima da média para o risco de morbidade, devido à alta porcentagem de gordura corporal, de acordo com as dobras cutâneas. Quanto aos exames bioquímicos, 42,1% apresentaram aumento nos níveis do colesterol total; 33,3%, aumento do LDL-C, 10,5%, aumento nos níveis de triglicérides, 18,2%, aumento da homocisteína, 31,8%, aumento do ácido fólico, 4,5%, da PCR e 9,0% estavam com níveis de vitamina B12 maiores ou menores do que os valores de referência. Houve associação estatisticamente significante para a associação entre o IMC e o diagnóstico de AN e bulimia nervosa, p=0,002. Concluímos que as pessoas com TA apresentaram indicadores clínicos e bioquímicos de risco cardiovascular, devendo ser adotadas medidas e ações preventivas que priorizem a promoção da saúde neste grupo de indivíduos / This is a cross-sectional descriptive study with quantitative approach that aim to find out the clinical and biochemical indicators of cardiovascular risk among people diagnosed with eating disorders (ED). The population was composed of 22 users an outpatient follow-up from two university hospitals located on the countryside and capital of São Paulo during the period from March 2013 to February 2014. The data collection occurred through interview to identify socio-demographic variables such as age, sex, skin color, marital status, education, and family income. The clinical data collected from anthropometric assessment were height, weight, waist circumference (WC), and body mass index (BMI); skinfold-thickness measurement: triceps, biceps, subscapular and suprai liac; indirect measurement of blood pressure (BP) and ankle-brachial index (ABI); body fat percentage. Laboratory examinations were carried out to identify the presence of C-reactive protein (CRP), cholesterol (total or individual components), triglycerides, homocysteine, vitamin B12, and folic acid. The data were grouped into categories and the quantitative variables were expressed as median and standard deviation. It was used SPSS (Statistical Package for the Social Science), version 16.0 and R i386 version 3.0.0 and the significance level adopted was ?=0.05. It was used the Fisher Exact Test for association analysis between BMI classification (eutrophic and low weight) with clinical, anthropometric and biochemical variables. The average age of participants was 28.41 ± 7.51 years, female (95.5%), white (86.4%), not living with a partner (72.7%), students (45.5%), employment relationship (31.9%), bachelor degree in progress or incomplete (31.8%) with average study of 12.45 ± 2.94 years, and family income between three and four minimum wages (59.1%); the medical diagnosis presented that 59.1% of persons had anorexia nervosa (AN) with an average treatment time of 3.23 ± 2.34 years; eutrophics (59.1%) with BMI average of 19.19 ± 2.90 Kg/m2 ; normal WC values (86.4%); normal ABI (95%), normal delta-ABI (70%) is the difference between the ABI; BP levels below 120x80 mmHg (95.4%), radial pulse less than 60 beats per minute (18.2%); pressure pulse > 50 mmHg (9.1%).The sum of four skinfold thicknesses was 62.05 ± 19.92 mm and body fat percentage was 28.95 ± 5.65; 47.6% was classified average above of morbidity risk due to high level of body fat based on skinfold thicknesses. The biochemical tests showed increase of levels as follows: total cholesterol (42.1%); LDL-C (33.3%), triglycerides (10.5%), homocysteine (18.2%), folic acid (31.8%), CRP (4.5%), and 9.0% presented vitamin B12 levels higher or lower than the reference values. There was a statistically significant association between BMI and the diagnosis of AN and bulimia nervosa, p=0.002. We conclude that persons with ED present clinical and biochemical indicators of cardiovascular risk. Therefore, preventive actions that prioritize the health promotion should be considered in this group
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Avaliação de Fatores de Risco Cardiovascular, com ênfase na Hipertensão Arterial, em Indígenas da Etnia Mura: estudo comparativo entre população rural e urbana / Assessment of cardiovascular risk factors, emphasizing Arterial Hypertension, in Indians from Mura Ethnicity: comparative investigation between rural and urban populationsZilmar Augusto de Souza Filho 20 February 2017 (has links)
A prevalência de fatores de risco cardiovascular, com destaque para a hipertensão arterial tem mostrado tendência presente e ascendente em populações indígenas. O objetivo principal desse estudo foi comparar o perfil de fatores de risco cardiovascular, com destaque para hipertensão arterial, em indígenas Mura da área rural e urbana do município de Autazes, Amazonas. Casuística e Métodos: Estudo transversal, realizado no município de Autazes no estado do Amazonas com 455 indígenas da etnia Mura (234 indígenas da área rural e 221 da área urbana). Os participantes foram caracterizados em relação a variáveis sociodemográficas, hábitos e estilos de vida, condições de saúde, perfil antropométrico, perfil lipídico e glicemia de jejum. A pressão arterial foi avaliada pela medida casual, com aparelho automático validado. Hipertensão foi definida para valores 140 e/ou 90 mmHg ou diagnóstico prévio de hipertensão.Avaliou-se os fatores associados a hipertensão arterial, por meio da regressão de Poisson com variância robusta, sendo considerados estatisticamente significativos, valores de p0,05. Resultados: A maioria era do sexo feminino (57,8%), a média de idade foi de 42,2(16,7) anos, analfabetismo e ensino fundamental incompleto (58,0%), morando com companheiro (73,5%). A prevalência de hipertensão nos indígenas Mura foi de 26,6% (IC95% 22,5-30,7), menor entre os da área rural (21,8% vs 31,7%,p0,05). Os indígenas Mura da área rural foram diferentes (p0,05) dos indígenas da área urbana, respectivamente, em relação a: idade menos elevada [40,5(16,5) vs 43,7(16,8) anos)]; estado civil amasiado (58,2% vs 33,4%); renda familiar menorque três salários (43,6% vs 51,6%); mais trabalho temporário (61,5% vs 47,1%); venda mais elevada de produtos agropecuários e da pesca (53,4% vs 30,3%); pertencentes a classe econômica D e E (97,8% vs 74,2%). Em relação às características antropométricas, os indígenas da área rural foram diferentes (p0,05) dos da área urbana, respectivamente, para: IMC menos elevado [25,7(4,1) vs 27,6(5,2) kg/m²]; presença de obesidade (15,8% vs 35,3%); circunferência da cintura aumentada substancialmente (8,5% vs 42,1%); relação cintura quadril aumentada (81,2% vs 89,1%); percentual de gordura corporal muito alta (32% vs 48,8%); gordura visceral alto (17,1% vs 25,3%). Quanto aos hábitos e estilos de vida, os indígenas da área rural foram diferentes (p0,05) dos da área urbana em relação ao: menor índice de tabagismo com 11 anos ou mais (46,5% vs 62,0%); maior índice de: etilismo (57,3% vs 22,2%), sedentarismo (17,1% vs 11,3%)]. Quanto o modo de preparo dos alimentos, os indígenas da área rural se diferenciaram (p0,05) dos da área urbana, respectivamente, quanto à maior: utilização do método da cocção (81,2% vs 72,8%); adição de sal nas refeições prontas (58,1% vs 43,9%) e utilização de açúcar (100% vs 97,7%). Em relação à hipertensão arterial, os indígenas da área rural foram diferentes (p0,05) dos da área urbana, respectivamente, quanto à: menor prevalência de hipertensão referida (12,8% vs 28,1%); receberam menos orientações para tratamento não medicamentoso (18,2% vs 55,8%); deixaram de comparecer às consultas marcadas por falta de dinheiro (68,4% vs 25,0%); tinham dificuldade para realizar o tratamento medicamentoso por esquecimento (85,0% vs 14,3%). Quanto aos antecedentes familiares de doenças cardiovasculares, os indígenas da área rural referiram menos (p0,05): problemas de coração (28,6% vs 34,8%), acidente vascular encefálico (22,6% vs 34,8%), diabetes mellitus (26,0% vs 45,7%), dislipidemias (25,6% vs 43,9%) e de hipertensão arterial (57,7% vs 72,4%). Em relação aos antecedentes pessoais, os indígenas da área rural foram diferentes (p0,05) ao referirem ausência: de problemas de coração (63,7% vs 72,4%), de acidente vascular encefálico (99,1% vs 94,1%), de diabetes mellitus (62,0% vs 83,3%) e de dislipidemias (56,0% vs 60,3%). Os indígenas hipertensos foram estatisticamente diferentes dos indígenas não hipertensos, respectivamente, em relação a: idade mais elevada [53,6(16,6) vs 37,9(14,4) anos]; analfabetismo e ensino fundamental incompleto (71,0% vs53,3%); viver sem companheiro (60,3% vs 77,2%); renda familiar menor que três salários (57,1% vs 44,0%); tinham menos trabalho remunerado temporário (46,3% vs 57,5%); menos benefício de programa social (43,8% vs 66,2%); aposentados (43,0% vs 20,4%). Os indígenas hipertensos foram diferentes (p0,05) dos indígenas não hipertensos por apresentarem a maior elevação: do IMC [28,9(5,0) vs 25,8(4,3) kg/m²], de obesidade (40,5% vs 19,8%), da circunferência do pescoço aumentada (75,2% vs 54,8%); da circunferência da cintura aumentada substancialmente (28,1% vs 21,9%), da relação cintura quadril aumentada (95,0% vs 81,4%), índice de conicidade mais elevado [1,32(0,05) vs 1,25(0,07)], gordura visceral muito alto (55,4% vs 34,7 gordura corporal muito alto (22,3% vs 5,7%); músculo esquelético baixo (45,0% vs 25,1%). Apresentaram ainda: triglicérides alto (30,6% vs 16,8%); colesterol alto (16,5% vs 6,0%); diabetes mellitus (6,6% vs 1,8%). Quanto aos hábitos de vida, os indígenas hipertensos referiram menos (p0,05): tabagismo (12,4% vs 23,4%), utilização de pílula ou hormônio anticoncepcional (15,1% vs 26,8%, p0,05). Eram mais praticantes de atividades físicas regulares (50,4% vs 46,1%). Quanto à alimentação, os indígenas hipertensos foram diferentes (p0,05) quanto à menor aquisição de alimentos da caça e/ou pesca (48,8% vs 68,3%), menor utilização de óleo vegetal (96,7% vs 99,7%) e adição de sal nas refeições prontas (43,0% vs 54,2%), porém utilizava mais gordura animal ou banha para o preparodos alimentos (12,7% vs 5,1%). Os indígenas hipertensos foram diferentes (p0,05) dos indígenas não hipertensos por apresentarem respectivamente mais história pregressa: de problemas de coração (14,9% vs 3,6%), de ocorrência de acidente vascular encefálico (9,1% vs 1,2%), ter diabetes mellitus (12,4% vs 2,4%) e ter tido e/ou ainda possuir dislipidemias (29,2% vs 9,6%).O fator de risco não modificável associado à hipertensão foi a idade [RP ajustada = 1,04 (IC95% 1,03-1,05)]. Entre os fatores modificáveis associaram-se à hipertensão: o IMC [RP ajustada = 1,07 (IC95%1,05-1,10)], os triglicerídeos classificados como limítrofe [RP ajustada = 1,68 (IC95% 1,19-2,38)] e alto [RP ajustada = 1,47 ( IC95% 1,06-2,04)], antecedente pessoal de dislipidemia [RP ajustada = 1,50(IC95% 1,09-1,94)], preparo de alimentos com gordura animal [RP ajustada = 1,89(IC95% 1,30-2,74)] e com gordura vegetal animal [RP ajustada = 0,36(IC95% 0,26-0,51)]. Conclusão: A prevalência de hipertensão foi alta, ainda se observou sinais de mudanças de hábitos e estilos de vidas, semelhantes à população não indígena. / The prevalence of cardiovascular risk factors, highlighting the arterial hypertension, has shown current and ascendant trend in Indian samples. The main objective of this study was to compare the profile of cardiovascular risk factors, emphasizing the arterial hypertension, of Mura ethnicitys Indians from rural and urban zones in Autazes, Amazon. Casuistic and Methods: cross-sectional research conducted in Amazon state with 455 Indians from the Mura ethnicity (234 Indians from rural zone and 221 from urban zone). We characterized the sample regarding sociodemographic variables, habits and lifestyle, health status, anthropometric profile, fat levels, and fasting glucose.Blood pressure was assessed trough casual measure with a validated automatic device.Hypertension was defined when blood pressure was 140 and/or90 mmHg or face a previous medical diagnosis of it.Poisson Regression with robust variance was applied to assess the factors associated with arterial hypertension. P values 0,05 were considered statistically significant. Results: Most of sample was complained for women (57,8%), with mean age of 42,2(16,7) years, Illiteracy and incomplete basic education (58,0%) and living with a partner (73,5%). The prevalence of hypertension in the Mura Indians was of 26,6% (95% CI 22,5-30,7), lower among those from rural zone (21,8% vs 31,7%, p0,05). The Mura Indians from rural area were different (p0,05) of those from urban ones regarding to: early age [40,5(16,5) vs43,7(16,8) years)]; cohabitating marital status (58,2% vs 33,4%); family income lower than 3 minimum wages (43,6% vs 51,6%); extra temporary work (61,5% vs 47,1%); increased selling of agricultural and fishing products (53,4% vs 30,3%); and pertaining the economic classesD and E (97,8% vs 74,2%). Concerning the anthropometric features, the Indians from rural area were different (p0,05) of those from urban zones, respectively, for: lower IMC [25,7(4,1) vs 27,6(5,2) kg/m²]; presence of obesity (15,8% vs 35,3%); substantially increasedwaist circumference (8,5% vs 42,1%); increased waist-hip ratio (81,2% vs 89,1%); very high Fat body percentage (32,0% vs 48,8%); high visceral fat (17,1% vs 25,3%). About habits and lifestyle, Indians from the rural zone showed difference (p0,05) to the other group regarding: lower index of smoking- 11 years or more (46,5% vs 62,0%); higher index of alcoholism (57,3% vs 22,2%); and sedentary lifestyle (17,1% vs 11,3%)]. The use of cooking method (81,2% vs 72,8%); extra salt in ready meals (58,1% vs 43,9%) and sugar intake (100% vs 97,7%) were different between the groups. In relation to arterial hypertension, both groups had differed (p0,05) in respect of: lower prevalence of referred hypertension (12,8% vs 28,1%); poorly guided about non-pharmacological treatment (18,2% vs 55,8%); absence in medical consultation due to lack of money (68,4% vs 25,0%); and difficulty to attend the pharmacological therapy due to forgetting (85% vs 14,3%). About the family background on heart diseases, the Indians from rural zone reported less (p0,05): heart diseases(28,6% vs 34,8%), brain stroke (22,6% vs 34,8%), diabetes mellitus (26,0% vs 45,7%), dyslipidemias (25,6% vs 43,9%) andarterial hypertension (57,7% vs 72,4%). The personal antecedents of rural Indians were different (p0,05) in the absence of: heart diseases (63,7% vs 72,4%), brain stroke (99,1% vs 94,1%), diabetes mellitus (62,0% vs 83,3%) and dyslipidemias (56,0% vs 60,3%). Hypertensive Indians were statistically different from the healthy ones regarding to: advanced age [53,6(16,6) vs 37,9(14,4) years]; Illiteracy and incomplete basic education (71,0% vs 53,3%); single marital status (60,3% vs 77,2%); family income less than three minimum wages (57,1% vs 44,0%); less temporary paid labor (46,3% vs 57,5%); less social programs benefits (43,8% vs 66,2%); retired (43,0% vs 20,4%). The group(hypertensive) differed by presenting increased: BMI [28,9(5,0) vs 25,8(4,3) kg/m²], obesity (40,5% vs 19,8%), neck circumference (75,2% vs 54,8%); waist circumference (28,1% vs 21,9%), hip-waist ratio (95,0% vs 81,4%), conicity index [1,32(0,05) vs 1,25(0,07)], visceral fat (55,4% vs 34,7),body fat (22,3% vs 5,7%); and poor skeletal muscle (45,0% vs 25,1%). They also presented: high levels of triglycerides (30,6% vs 16,8%); high cholesterol levels (16,5% vs 6,0%); and diabetes mellitus (6,6% vs 1,8%). Concerning life habits, hypertensives Indians referred less: smoking (12,4% vs 23,4%) and use of contraceptive pill or hormones (15,1% vs 26,8%, p0,05). They practice more regular physical activities than the non-hypertensive individuals (50,4% vs 46,1%). Hypertensive Indians were different on nutrition, regarding to: lower acquisition of hunting and fishing foods (48,8% vs 68,3%), lower use of vegetal oil (96,7% vs 99,7%) and higher salt addition in ready meals (43,0% vs 54,2%). However, they use more animal fat or lard for foods preparation (12,7% vs 5,1%). These hypotensive Indians had also more previous antecedents of: heart diseases (14,9% vs 3,6%), brain stroke occurrence (9,1% vs 1,2%), diabetes mellitus (12,4% vs 2,4%) and presence or historic of dyslipidemias (29,2% vs 9,6%).The unchangeable risk factor associated to hypertension was age [PR adjusted = 1,04 (95% CI1,03-1,05)]. The following changeable risk factors associated to the outcome were: BMI [PR adjusted= 1,07 (95% CI1,05-1,10)], border [PR adjusted = 1,68 (95% CI1,19-2,38)] and high [PR adjusted = 1,47 (95% CI1,06-2,04)] levels of triglycerides, personal records of dyslipidemia [PR adjusted = 1,50(95% CI1,09-1,94)], food preparation with animal [PR adjusted = 1,89(95% CI1,30-2,74)] and animal-vegetal fats [PR ajusted = 0,36(95% CI0,26-0,51)]. Conclusion: Hypertension was highly prevalent and the signs of lifestyles and habits changes were similar to those found in non-Indian population.
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Papel do fator de necrose tumoral (TNF-a) na fisiopatologia da disfunção erétil. / Role of tumor necrosis factor alpha (TNF-a) in the pathophysiology of erectile dysfunctionFernando Silva Carneiro 26 April 2011 (has links)
A disfunção erétil (DE) tem sido associada com doenças cardiovasculares (CVD), as quais se caracterizam por níveis elevados de citocinas pró-inflamatórias, tais como o fator de necrose tumoral a (TNF-a). Este estudo testa a hipótese de que o TNF-a altera a reatividade do corpo cavernoso (CC), favorecendo a disfunção erétil. O CC de animais infundidos com TNF-a apresentou: 1) diminuição do relaxamento mediado por nervos não-adrenérgicos não-colinérgicos (NANC); 2) aumento das contrações mediadas por nervos simpáticos; 3) diminuição da expressão gênica da sintase de óxido nítrico endotelial (eNOS) e neuronal (nNOS). O CC de animais nocaute do TNF-a apresentou aumento no relaxamento dependente do endotélio, no relaxamento mediado por nervos NANC e na expressão da eNOS e nNOS. As contrações mediadas por nervos simpáticos estão diminuídas no CC destes animais. Em conjunto, o presente trabalho demonstra que o TNF-a exerce um papel em detrimento da função erétil. A redução desta citocina pode fornecer uma estratégia alternativa no tratamento da DE. / Erectile dysfunction (ED) has been linked to cardiovascular diseases (CVD), which are associated with endothelial dysfunction and increased levels of pro-inflammatory cytokines, such as tumor necrosis factor-alpha (TNF-a). We hypothesized that TNF-a impairs corpus cavernosum (CC) reactivity, which favors ED. The CC of TNF-a-infused animals displayed: 1) decreased non-adrenergic non-cholinergic (NANC)-mediated relaxation; 2) increased sympathetic nerve-mediated contraction; 3) decreased endothelial nitric oxide synthase (eNOS) and neuronal nitric oxide synthase (nNOS) gene expression. The CC of TNF-a knockout animals displayed increased endothelium-dependent and NANC-mediated relaxation as well as increased eNOS and nNOS expression. Contractile responses mediated by sympathetic nerves were decreased in the CC of TNF-a knockout animals. In summary, the present study shows that TNF-a plays a detrimental role in erectile function. Strategies that aim to reduce the levels of this cytokine may represent an alternative approach for ED treatment.
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