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Reabilitação fonoaudiológica da disfagia em pacientes pediátricos com tumor encefálico / Speech patology therapy of the dysphagia in pediatric patients with brain tumors

Radzinsky, Tatiana Couto [UNIFESP] 24 February 2010 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:50:42Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2010-02-24 / Objetivo: verificar a eficácia da reabilitação fonoaudiológica da disfagia em pacientes pediátricos com tumores cerebrais através da escala funcional de ingestão por via oral (FOIS; Crary et al., 2005). Método: Foi realizado um estudo retrospectivo com levantamento de dados dos prontuários de 31 pacientes com tumor de SNC, com diagnóstico de disfagia orofaríngea, submetidos à reabilitação fonoaudiológica no leito hospitalar no Instituto de Oncologia Pediátrica (IOP/GRAAC/UNIFESP), no período de setembro de 2003 a julho 2009. A amostra foi composta por crianças e adolescentes, portadores de tumor de sistema nervoso central, sendo 23 do sexo masculino e 8 do sexo feminino com idades entre 11 meses a 22 anos (tabela 1). Para o levantamento dos dados foi criado um protocolo contendo dados de identificação, gênero, doença de base, local da lesão, diagnóstico fonoaudiológico, tipo de tratamento do tumor, data da avaliação fonoaudiológica, data da alta fonoaudiológica, número de sessões fonoaudiológicas, intercorrências durante o período de terapia, condições respiratórias e tempo de intubação. Foi utilizada uma escala de avaliação funcional da alimentação, a Funcional Oral Intake Scale (FOIS), permitindo classificar o paciente conforme a via de alimentação utilizada (Crary et al., 2005). E foi utilizada também, para definição do diagnóstico fonoaudiológico, de uma versão adaptada de uma escala de gravidade, a Escala de Gravidade da Disfagia (O´Neil, 1999). Os valores foram anotados nos períodos pré terapia (avaliação clínica funcional fonoaudiológica) e pós terapia. Para a escala FOIS, foi considerada melhora quando houve mudança na escala para o nível V em diante e piora quando houve mudança para os níveis abaixo de V. Para a escala de gravidade da disfagia, foram definidos os pacientes que apresentaram reabilitação eficaz, aqueles que evoluíram na escala para o grau leve ou acima dele, pós terapia. Resultados: Dos pacientes atendidos, todos (31) apresentaram evolução do nível na escala FOIS após a fonoterapia (tabela 4). Do total, 17 (54,8%) pacientes atingiram resultados na escala FOIS no nível V ou acima (tabela 5). Observou-se que 14 (45,2%) pacientes mantiveram o mesmo nível na escala FOIS, ou seja, evoluíram, mas não satisfatoriamente. Os resultados apontam que 19 pacientes (61,7%) apresentavam no momento pré-fonoterapia disfagia grave e destes, 11 pacientes (57,9%) conseguiram melhorar evoluindo para disfagia leve, dentro dos limites funcional e normal. Observou-se que 21 (67,7%) pacientes diminuíram no grau de gravidade da disfagia pós-fonoterapia e 10 (32,3%) mantiveram o mesmo grau. Conclusão: Observamos que os pacientes que apresentaram melhora acentuada na FOIS tinham poucas intercorrências clínicas, tumores com melhor sobrevida e média de idade de 12 anos. Os que evoluíram de forma menos acentuada, todos apresentaram intercorrências clínicas (piora do quadro geral e/ou rebaixamento do nível de consciência), tumores com piores prognósticos com relação à sobrevida do paciente (Glioblastoma Multiforme grau IV, Ependimoma Anaplásico e de grau II, Meduloblastoma alto risco e Glioma de tronco cerebral) e média de idade de 7,8 anos. / Objective: To verify the efficacy of the dysphagia therapy performed by speech pathologists in pediatric patients with brain tumors using the Functional Oral Intake Scale (FOIS; Crary et al, 2005). Materials and Methods: The sample consisted children and adolescents with central nervous system tumors (23 male and 8 female), ages ranging from 11 months to 22 years old. Was performed a retrospective charts review of patients with central nervous system tumors and diagnosed oropharyngeal dysphagia, that were submitted to swallowing rehabilitation during internment period at the Pediatric Oncology Institute (IOP/GRAACC/UNIFESP) in the period from September 2003 to July 2009. To obtain the data, an evolution chart protocol was created, comprising patient’s identification, gender, initial diagnosis, underlying disease, injury site, speech-language diagnosis, specific tumor treatment, speech-language evaluation date, speech-language discharge date, number of speech-language therapy sessions, complications during the therapy period, respiratory conditions, and intubation period. Was used the Functional Oral Intake Scale (FOIS), a functional feeding evaluation scale, enabling to classify the patient according to the feeding intake (Crary, 2005). In addition, for speech-language diagnosis definition, and modified version of the Dysphagia Outcome and Severity Scale (O’Neil, 1999) was utilized. The scores were registered during the pre therapy period (speech-language functional evaluation) and post therapy. Improvement was considered when there was a change in the score to level 5 or higher, and decline when the score changed level 5 or lower. Results: All 31 patients showed improvement in the FOIS scale level after speech-language therapy. Level 5 or higher was achieved by 17 (54.8%) and was observed that 14 patients (45.2%) maintained the same FOIS level, not evolving as adequately. Results show that 19 patients (61.7%) presented severe dysphagia during the pre therapy period, out of those 11 (57.9%) managed to evolve to mild dysphagia, functional deglutition or normal deglutition. The dysphagia severity degree lowered in the post therapy on 21 patients (67.7%) while 10 (32.3%) maintained the same score. Conclusion: The patients that showed major improvement on the FOIS level had few clinical complications, tumors with better prognosis, and mean age of 12 years, whereas the patients that evolved in a less significant manner all presented clinical complications (decreased level of alertness and/or worsening of the clinical picture), tumors with bad prognosis (glioblastoma multiform stage IV, anaplasic ependymoma stage II, high-grade meduloblastoma, and brainstem glioma), in addition to mean age of 7.8 years. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Análise funcional de CD99 na tumorigênese de astrocitomas / Functional analysis of CD99 in astrocytomas tumorigenesis

Ursula Urias dos Santos 23 February 2015 (has links)
Astrocitomas constituem o tipo mais comum de tumor cerebral neuroepitelial primário apresentando grande heteogeneidade. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, os astrocitomas podem ser histologicamente divididos em graus I- IV. Astrocitomas pilocíticos (grau I) são tumores circunscritos, de crescimento lento e bom prognóstico. Astrocitomas difusos (grau II) apresentam hipercelularidade, crescimento relativamente lento e propensão para invadir o tecido cerebral normaladjacente. Astrocitomas anaplásicos (grau III) apresentam aumento da celularidade, atipia nuclear e figuras mitóticas. Glioblastomas (GBMs - grau IV) representam o mais frequente e maligno tumor cerebral humano com crescimento extremamente agressivo, anaplasia, células altamente proliferativas, com frequente neoangiogênese e necrose. O comportamento altamente invasivo dos GBMs, caracterizado pela infiltração difusa para o parênquima cerebral normal adjacente, inviabiliza a remoção cirúrgica total do tumor. Além disso, as células dos GBMs são relativamente resistentes às terapias disponíveis. Analogamente a outros tipos de câncer, os GBMs demonstram comportamentos semelhantes às de células trofoblásticas, sugerindo vias de sinalização compartilhadas no controle dos processos tumorigênicos e de implantação da placenta. Em ambos os casos, o estabelecimento de um fenótipo invasivo compreende processos celulares que incluem aumento da proliferação, expressão ou repressão de moléculas de adesão celular específicas, produção de enzimas que digerem a matriz extracelular, expressão de produtos de proto-oncogenes, ativação da telomerase, evasão ou edição da resposta imune do hospedeiro e angiogênese. Com base nas características comuns entre células tumorais e trofoblastos, o presente trabalho teve como objetivo a busca in silico de genes expressos em placenta e tecidos tumorais e que podem contribuir para o estabelecimento e manutenção do fenótipo maligno, utilizando os bancos de dados de MPSS e SAGE. Dentre os 12 genes avaliados, CD99 foi o que apresentou o maior valor de expressão média nas amostras de GBM em comparação a amostras de tecido cerebral não neoplásico. Em uma casuística ampliada de astrocitomas , observou-se uma maior expressão relativa de CD99 em todos os graus de malignidade, sendo que os GBMs apresentaram os valores mais elevados. Esses achados foram confirmados em nível proteico por western blot e imunoistoquímica. Além disso, foi realizada a análise de imunolocalização de CD99 em amostras de tumores astrocíticos, com localização restrita a membrana ou citoplasma, em contraste ao tecido cerebral não neoplásico ou astrocitomas pilocíticos não infiltrantes, que não apresentaram marcação nestas estruturas. Ao compararmos três linhagens celulares derivadas de GBM, CD99 apresentou maior expressão na membrana e maior capacidade migratória nas linhagens A172 e U87MG, enquanto que a linhagem T98G apresentou menor expressão da proteína e ausência de capacidade migratória. O silenciamento da expressão de CD99 por siRNA diminuiu significativamente a migração das linhagens celulares A172 e U87MG. Além disto, anticorpo anti-CD99 apresentou maior marcação por em lamelipódios das células U87MG, possivelmente por reorganização do citoesqueleto de actina. Os resultados integrados de expressão gênica e proteica sugerem que a expressão de CD99 em astrocitomas de diferentes graus de malignidade pode contribuir para a capacidade infiltrativa destes tumores, ressaltando a importância desta proteína como um potencial alvo para a redução da capacidade infiltrativa dos astrocitomas nos processsos de migração e invasão / Astrocytomas are the most common type of primary neuroepithelial brain tumour and show great heterogeneity. According to World Health Organization criteria, astrocytomas can be histologically separated into grades I through IV. Pilocytic astrocytomas (grade I) are circumscribed, slow growing tumours with a good prognosis and mainly occur in children or young adults. Low-grade astrocytomas (grade II) show hypercellularity, relatively slow growth, and a propensity to invade surrounding normal brain tissue. Anaplastic astrocytomas (grade III) have increased cellularity, nuclear atypia, and mitotic figures. Glioblastomas (GBMs - grade IV), are the most common malignant and aggressive of all brain malignancies, exhibiting anaplastic, highly proliferative cells, with frequent neoangiogenesis and necrosis. GBM cells can escape complete resectability and are relatively resistant to the available therapies (radiation and chemotherapy). Similar to other cancer types, GBMs demonstrates behaviours that are analogous to trophoblastic cells, suggesting shared pathways to control tumourigenic processes and placental implantation. In both cases, the establishment of an invasive phenotype comprises cellular processes that include increased proliferation, the expression or repression of specific cell adhesion molecules, the production of enzymes that digest the extracellular matrix, the expression of proto-oncogene products, telomerase activation, evasion or edition of the host immune response, and angiogenesis. Based on the shared characteristics of tumour cells and trophoblasts, we searched in silico for genes that are in both placenta and tumour tissues using MPSS and SAGE databases and that could contribute to the establishment and maintenance of a malignant phenotype. Among 12 selected genes, CD99 exhibited the highest relative mRNA expression in GBM compared to non-neoplastic brain tissues. In a larger cohort of astrocytic tumours, we further demonstrated increased CD99 expression in all malignant grades, with GBMs showing the highest values. These findings were confirmed at the protein level by Western blotting and immunohistochemistry. Additionally, we demonstrated the CD99 localisation profile in astrocytic tumours. Interestingly, CD99 expression was confined to the cytoplasm or membrane in more malignant astrocytomas, in contrast to non-neoplastic brain tissue or non-infiltrative pilocytic astrocytoma, which showed no obvious staining in these structures. Comparison of three GBM cell lines revealed higher CD99 expression at the membrane and higher migratory capacity in the A172 and U87MG lines, but lower CD99 expression and no migratory ability in the T98 line. Knocking down CD99 expression by siRNA decreased significantly the migration of both A172 and U87MG cell lines. Additionally, a higher anti-CD99 antibody staining was observed in lamellipodia of U87MG, probably because of actin citoskeletal reorganization. These integrated CD99 gene and protein expression results suggest that CD99 expression in astrocytomas of different malignant grades might contribute to the infiltrative ability and support the importance of CD99 as a potential target to reduce infiltrative astrocytoma capacity in migration and invasion.
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Avaliação da estimulação magnética transcraniana navegada no mapeamento anatômico e funcional não invasivo do córtex motor / Evaluation of navigated transcranial magnetic stimulation in anatomical and functional mapping of the motor cortex

Wellingson Silva Paiva 02 May 2012 (has links)
Introdução e objetivos: A estimulação magnética transcraniana (EMT) é um método exclusivo para estimulação cerebral não-invasiva. A diferença fundamental entre EMT e as outras técnicas disponíveis de mapeamento por imagem do cérebro é que se estabelece haver uma relação de causa e efeito entre a resposta fisiológica evocada e o estímulo magnético. A relação entre estrutura e função como a principal característica, constitui uma modalidade de mapeamento cerebral ainda não estabelecido. Os recentes avanços no processamento de imagem permitiram refinar EMT através de sua combinação com a ressonância magnética utilizando-se do sistema de neuronavegação para orientar o posicionamento da bobina em relação ao córtex. Assim a posição da bobina sobre o couro cabeludo pode ser mantida constante conforme verificado pela orientação de navegação em tempo real com registro visual. O objetivo deste estudo foi avaliar a utilidade da EMT no mapeamento cortical motor em comparação com o mapeamento cirúrgico com estimulação cortical direta. Métodos: O estudo foi conduzido com 30 mapeamentos consecutivos em pacientes com programação de cirurgia para tumores adjacentes ao córtex motor. O mapeamento pré-operatório foi realizado com o sistema de estimulação magnética transcraniana navegada. Esta estimulação gera um pulso magnético através de uma bobina. Este método permite estimulação diretamente no córtex cerebral. Eletródios de superfície foram anexados ao abdutor curto do polegar. Em seguida, o limiar motor em repouso (LM) foi determinado através da aplicação de estimulação para região cortical da mão presumida. Mapeamento peritumoral foi realizado na intensidade de 120% do LM. O mapeamento foi realizando com definição de coordenadas vetoriais. Estas coordenadas foram ponderadas previamente por potencial evocado motor. O mapeamento intra-operatório foi realizado pelo cirurgião antes da ressecção do tumor também com neuronavegação. Os locais de estimulação intraoperatória foram selecionados de forma independente dos resultados da EMT. Resultados: Os pontos obtidos na ECD foram comparados ao mapa da EMT segundo coordenadas vetoriais dos centros geométricos da nuvem de pontos obtidos. Verificamos que a distância dos pontos vetoriais médios (centro geométrico) dos pontos obtidos nos dois métodos de mapeamentos diferiu em 4,85 +/- 1,89 mm. A análise de correlação intraclasse revelou uma correlação de 0,901 com p<0,001. As distâncias dos pontos obtidos para o tumor, identificamos uma alta correlação entre estas variáveis com r=0,87, p=0,001. O Limiar motor na EMT é maior no córtex motor do adjacente ao tumor, comparado ao córtex normal. Não há correlação entre os limiares motores de repouso na EMT e na estimulação elétrica. A exatidão do mapeamento com EMT é mantida em pacientes com déficits motores. A condição clínica dos pacientes melhorou significativamente em 3 meses após a cirurgia. Conclusões: A estimulação magnética transcraniana navegada é uma ferramenta confiável e precisa com congruência de pontos obtidos comparados com o mapeamento intraoperatório. EMT navegada é um método promissor para o mapeamento funcional pré-operatória em cirurgia de tumor adjacente ao motor córtex / Introduction and aims: Transcranial magnetic stimulation (TMS) is a unique method for non-invasive brain stimulation. The fundamental difference between TMS and other available non-invasive brain imaging techniques is that when a physiological response is evoked by stimulation of a cortical area, that specific cortical area is causally related to the response. The relationship between structure and function as the major feature constituting a brain mapping modality can therefore not be established. Recent advances in image processing allowed us to refine TMS by combining magnetic resonance imaging modalities with TMS using a neuronavigation system to measure the position of the stimulating coil and map this position onto a MRI data set. This technique has several advantages over recent TMS mapping strategies. The position of the coil on the scalp can be held constant as verified by real time visual guidance. The aim of this study was to evaluate the usefulness of navigayed TMS for cortical mapping compared with surgical mapping with direct cirtical stimulation. Methods: The study was performed with 30 neurosurgeries for tumors in or near precentral gyrus. Preoperative mapping was performed with the navigated transcranial brain stimulation system. The TMS system calculates the strength, location, and direction of the stimulating electric field in cortical tissue. It allows online targeting of stimulation directly to peritumoral córtex. The coordinates of TMS mapping were weighted by motor evoked potential. Surface electromyography electrodes were attached to abductor pollicis brevis. Next, the resting motor threshold was determined. The motor threshold was then defined traditionally as the lowest stimulation intensity capable of eliciting motor evoked potentials in at least 5 of 10 trials. The motor threshold was reported both as the percentage of the maximum stimulator intensity. Peritumoral mapping was performed at 120% motor threshold. The intraoperative mapping was performed by the surgeon performing the tumor resection. The Intraoperative direct cortical stimulation locations were chosen independently of the TMS results. The direct electric cortical stimulation points were compared with TMS responses according to original distances of vectorial modules. Results: There is a similarity of the points performed in two mapping methods. We found the distances between geometric centers of TMS and DCS 4,85 +/- 1,89. We identified a strong correlation between these vectorial points (r = 0.901 and p < 0.001). The motor threshold in TMS is the largest in the motor cortex near to the tumor compared to normal cortex (p<0,001). Patients with deficits presented excellent accuracy in two methods. The clinical performance of the patient improved significantly 3 months after surgery. Conclusion: TMS allowed for reliable, precise application in brain mapping and the peritumoral somatotopy corresponded well between the 2 modalities. Navigated TMS is a promising method for preoperative functional mapping in motor cortex tumor surgery
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Efeitos da estimulação magnética transcraniana repetitiva sobre funções cognitivas na lesão axonial difusa: ensaio clínico aleatorizado, duplamente encoberto / Effects of repetitive transcranial magnetic stimulation on the cognitive functions of patients with diffuse axonal injury: a randomized, double-blind clinical trial

Ribeiro, Iuri Santana Neville 25 July 2018 (has links)
INTRODUÇÃO: O comprometimento cognitivo observado na lesão axonial difusa (LAD) é considerado uma das mais debilitantes sequelas neurológicas nesta população. A estimulação magnética transcraniana (EMT), uma técnica de estimulação encefálica não-invasiva, tem sido utilizada com sucesso no tratamento de doenças neuropsiquiátricas. Os resultados pouco satisfatórios dos tratamentos convencionais dos distúrbios cognitivos vistos no traumatismo cranioencefálico (TCE) motivaram a investigação por novas estratégias terapêuticas, dentre elas a EMT. Entretanto, até o presente momento, não há estudos Sham-controlados investigando os efeitos cognitivos induzidos pela EMT nessa população. Assim, o presente estudo avaliou a segurança, tolerabilidade e eficácia da EMT na reabilitação cognitiva de pacientes com LAD crônica. MÉTODOS: Trata-se de um ensaio clínico prospectivo aleatorizado, duplamente encoberto, que incluiu 37 participantes com o diagnóstico de LAD crônica, em dois grupos de intervenção: Ativo e Sham. A EMT repetitiva (EMTr) de alta frequência (10 Hz) foi aplicada no córtex pré-frontal dorsolateral (CPFDL) esquerdo em um total de 10 sessões, com intensidade de 110% do limiar motor de repouso. Todos os participantes realizaram avaliação neuropsicológica (ANP), composta por sete testes neuropsicológicos [1: TMT Partes A e B; 2: Brief Visuospatial Memory Test (BVMT); 3: Hopkins Verbal Learning Test (HVLT); 4: Grooved Pegboard Test; 5: teste de Fluência Verbal semântica e fonêmica; 6: teste dos Dígitos e 7: teste dos Cinco Pontos], e avaliação da excitabilidade cortical (AEC), por meio da EMT de pulsos simples e pareados, ambas realizadas em três momentos distintos: antes da intervenção (E1 - pré-intervenção), até uma semana (E2 - pós-intervenção precoce) e 90 dias (E3 - pós-intervenção tardio) após o término da EMTr. O participante desconhecia em qual grupo de intervenção havia sido alocado, assim como o avaliador que realizou as ANPs. A medida de desfecho primário foi o escore no Trail Making Test (TMT) Parte B, um teste robusto que avalia funções executivas e atenção. RESULTADOS: Trinta participantes foram submetidos à EMTr e concluíram o seguimento, sendo 17 deles presentes no grupo Ativo e 13 no grupo Sham. Os dados demográficos pesquisados na linha de base, bem como os escores da ANP e valores aferidos na AEC, não foram diferentes entre os grupos. Com relação à performance no TMT Parte B, os tempos medianos aferidos no grupo Ativo foram 141 (100 - 209,5), 85 (67 - 274) e 161 (73 - 223) segundos nos momentos E1, E2 e E3, respectivamente, enquanto que no grupo Sham foram 97 (83 - 269), 70 (60 - 212) e 96 (59,5 - 171,5) segundos. Não houve interação tempo x grupo significativa entre as condições testadas (Ativo vs. Sham) durante os três momentos de avaliação (análise de variância ANOVA; P = 0,450), denotando não ter havido diferença no desempenho do TMT Parte B antes e após o tratamento. Consoante aos resultados do TMT Parte B, as pontuações obtidas nos outros testes incluídos na ANP não demonstraram diferenças em relação aos grupos de intervenção. Não foram observadas mudanças significativas, ou interação entre os grupos nos parâmetros avaliados na AEC. Em uma análise exploratória, observou-se alteração da inibição intracortical de intervalo curto, um dos parâmetros medidos na AEC, na linha de base do estudo em comparação com dados disponíveis na literatura em indivíduos saudáveis, sugerindo a existência de um comprometimento de circuitos corticais inibitórios nos pacientes com LAD crônica. CONCLUSÃO: Apesar de a EMT repetitiva de alta frequência no CPFDL esquerdo ter sido segura e relativamente bem tolerada, os achados deste estudo não forneceram evidências de efeito terapêutico cognitivo desta técnica em pacientes com LAD crônica. A AEC na linha de base demonstrou a presença de alteração da inibição cortical, o que amplia o conhecimento sobre os processos neurofisiológicos envolvidos neste tipo de lesão encefálica. Registro do ensaio clínico no Clinicaltrials.gov - NCT02167971 / INTRODUCTION: Cognitive impairment typically observed in diffuse axonal injury (DAI) is considered one of the main causes of disability in this population. Transcranial magnetic stimulation (TMS), a noninvasive brain stimulation technique, has been successfully used in the treatment of various neuropsychiatric disorders. The mixed results of the conventional treatments used for cognitive rehabilitation motivated the investigation of new therapeutic strategies, such as TMS. However, to the best of our knowledge, there are no sham-controlled studies addressing the cognitive effects induced by TMS in these victims. Thus, the present study aimed to evaluate the safety, tolerability and efficacy of TMS for cognitive rehabilitation in chronic DAI. METHODS: This is a prospective double-blind clinical trial that randomly included 37 participants with the diagnosis of chronic DAI in two intervention groups: Active and Sham. High frequency (10 Hz) repetitive TMS (rTMS) was applied over the left dorsolateral prefrontal cortex (DLPFC) in a total of ten sessions, at 110% intensity of the resting motor threshold. All participants underwent neuropsychological evaluation (NPE) that included 7 different neuropsychological tests [1: TMT Parts A and B; 2: Brief Visuospatial Memory Test (BVMT); 3: Hopkins Verbal Learning Test (HVLT); 4: Grooved Pegboard Test, 5: Controlled Oral Word Association Test; 6: Digit Span Test e 7: Five-Point Test], and cortical excitability assessment (CEA) with single and paired-pulse TMS, both performed at three different times: before the intervention (E1 - preintervention) , up to one week (E2 - early post-intervention) and 90 days (E3 - late post-intervention) after rTMS completion. The participant was unaware of which intervention group had been allocated, as well as the evaluator who carried out the NPEs. The primary outcome measure was the Trail Making Test (TMT) Part B, a robust test that assesses executive functions and attention. RESULTS: Thirty participants underwent rTMS and completed follow-up, 17 of them in the Active group and 13 in the Sham group. The demographic data at the baseline (E1), as well as the NPE scores and CEA values were not different between the groups. Regarding the performance in TMT Part B, the median times measured in the Active group were 141 (100 - 209.5), 85 (67 - 274) and 161 (73 - 223) seconds at evaluations E1, E2 and E3 respectively, while in the Sham group the values were 97 (83 - 269), 70 (60 - 212) and 96 (59.5 - 171.5) seconds. There was no significant interaction between the conditions tested (Active vs Sham) during the three assessments (analysis of variance ANOVA; P = 0.450), indicating that there was no difference in the performance of TMT Part B before and after treatment. As observed in the TMT Part B, no significant differences between the groups were seen in other tests included in NPE. Regarding the CEA, the parameters evaluated showed no time x group interaction. An exploratory analysis at the baseline of the study revealed alteration of short interval intracortical inhibition, one of the variables measured in CEA, when compared with data available in the literature in healthy individuals, suggesting impairment of cortical inhibitory circuits in patients with chronic LAD. CONCLUSION: rTMS was safe and well tolerated in this study. Findings did not provide evidence of therapeutic effect of 10 Hz rTMS over the left DLPFC for cognitive rehabilitation in chronic DAI. Alteration of short interval intracortical inhibition was demonstrated in this population, which expands knowledge about the neurophysiological processes involved in this type of brain injury
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Desempenho de indivduos com lesão de hemisfério direito versus esquerdo na compreensão de inferências escritas / Performance of individuals with right hemisphere versus left hemisphere lesion in written inference comprehension

Siqueira, Marcela Lima Silagi de 08 December 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: A literatura mostra que sujeitos com lesão cerebral à direita apresentam alteração na realização de inferências. Porém, pesquisas mais recentes com neuroimagem demonstram co-ativação dos hemisférios durante o processamento inferencial, nos indivíduos saudáveis. Estudos comparativos sobre os efeitos das lesões no hemisfério direito e hemisfério esquerdo em tarefas de compreensão de inferências durante a leitura são escassos. Os objetivos deste estudo foram: (1) Comparar o desempenho de pacientes com lesão de hemisfério esquerdo (LHE), lesão de hemisfério direito (LHD) e sujeitos cognitivamente saudáveis (GC) na tarefa de compreensão de inferências escritas; (2) Analisar a correlação entre as funções cognitivas e o desempenho no teste de compreensão de inferências escritas e (3) Analisar a influência da idade, escolaridade e local de lesão na mesma tarefa. MÉTODOS: A amostra foi composta por 75 sujeitos divididos em três grupos: 25 indivíduos com LHE, 25 indivíduos com LHD e 25 sujeitos para grupo-controle (GC). Os indivíduos foram avaliados por meio do instrumento \"Gerenciamento do Implícito\", designado para avaliar a compreensão de inferências durante a leitura. O teste é constituído por 20 textos curtos, demonstrando cenário de um fato ou situação-problema. Os pacientes responderam a questões que demandam diferentes tipos de raciocínio inferencial, sendo: explícitas (não exigem raciocínio inferencial propriamente dito), lógicas (exigem raciocínio lógico e processos de dedução), pragmáticas (exigem induções a partir de conhecimentos comuns e contextualização), distratoras (a informação solicitada não está contida no texto) e \"outras\" (requerem gerenciamento concomitante das operações lógicas e pragmáticas). Para avaliação cognitiva e posterior correlação com o teste de compreensão de inferências, foi utilizado o Cognitive Linguistic Quick Test (CLQT), que verifica os domínios: atenção, memória, funções executivas, linguagem e habilidades visuoespaciais. RESULTADOS: Em relação ao desempenho no teste de compreensão de inferências, os três grupos se diferenciaram nas questões lógicas, pragmáticas, \"outras\" e nas pontuações totais, sendo que o grupo LHD apresentou pior desempenho que o grupo LHE, e ambos tiveram piores escores que o GC. Os grupos LHD e LHE não se diferenciaram nas questões explícitas e distratoras, porém tiveram desempenho inferior em relação ao GC. Quanto às correlações com o CLQT, na análise geral da amostra, todos os domínios cognitivos foram relacionados com todos os tipos de questões do teste de compreensão de inferências, especialmente as questões lógicas, pragmáticas, \"outras\" e pontuação total. Na análise por grupos, houve influência da atenção para os três grupos, as habilidades visuoespaciais afetaram os escores dos grupos LHE e LHD, a memória e as funções executivas influenciaram o desempenho do grupo LHD e a linguagem afetou o desempenho do grupo LHE. Apenas a escolaridade influenciou o desempenho da amostra como um todo. CONCLUSÕES: Os resultados demonstram que há certa dissociação dos hemisférios no processamento inferencial e que lesões em ambos os hemisférios podem acarretar dificuldades na realização das inferências durante a leitura. Porém, pacientes com LHD apresentam dificuldades no processamento de inferências mais complexas, o que nos leva à interpretação da contribuição deste hemisfério em tarefas de maior demanda cognitiva. A capacidade de compreensão de inferências está correlacionada com todas as habilidades cognitivas e a escolaridade afeta o desempenho da amostra como um todo / INTRODUCTION: Literature shows that subjects with right brain damage present inference difficulties. However, more recent neuroimaging research demonstrates co-activation of hemispheres during inferential processing in healthy individuals. Comparative studies on the effects of right- and left-hemisphere lesions on tasks of reading comprehension of inferences are scarce. The objectives of this study were: (1) To compare the performance of patients with left hemisphere lesion (LHL), right hemisphere lesion (RHL) and healthy subjects in a task of reading comprehension of inferences; (2) To analyze the correlation between cognitive functions and performance on this inference comprehension test; and (3) To analyze the influence of age, education and local of lesion on the same task. METHODS: The sample consisted of 75 subjects divided into three groups: 25 subjects with LHL, 25 subjects with RHL and 25 control subjects (CG). Individuals were assessed using the \"Implicit Management\" test, designed to evaluate comprehension of inferences during reading. The test consists of 20 small texts, demonstrating a scenario of a fact or a problem situation. Patients answered questions that demand different types of inferential reasoning: explicit (not requiring inferential reasoning per se), logical (requiring logical reasoning and deduction processes), pragmatic (requiring inductions from common knowledge and contextualization), distracting (the requested information is not contained in the text) and \"other\" (requiring concomitant management of logical and pragmatic operations). The Cognitive Linguistic Quick Test (CLQT) was used for cognitive evaluation and correlation with the inference comprehension test. The CLQT assesses the domains of attention, memory, executive functions, language, and visuospatial abilities. RESULTS: Regarding performance in the inference comprehension test, the three groups differed in the logical, pragmatic, \"other\" questions, and in the total scores. The RHL group performed worse than the LHL group, and both had worse scores than the CG. The RHL and LHL groups did not differ in explicit and distracting questions, but they had lower performances when compared to the CG. In the overall analysis of the sample, all cognitive domains of the CLQT were related to all types of questions in the inference comprehension test, especially logical, pragmatic, \"other\" questions, and total score. In the group analysis, in the LHD group, memory was correlated with performance in logical questions; attention, memory, executive functions and visuospatial skills were correlated with performance in \"other\" questions. In the LHE group, attention and visuospatial skills were more related to pragmatic questions. Only education influenced the performance of the sample as a whole. CONCLUSIONS: Results showed a certain dissociation between hemispheres in inferential processing, and that lesions in both hemispheres may lead to difficulties in inference making during reading. However, patients with RLH presented difficulties in processing more complex inferences, which suggests the contribution of this hemisphere in tasks with greater cognitive demand. The ability to comprehend inferences was correlated with all cognitive abilities, and education affected the performance of the whole sample on the inference comprehension test
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Análise comparativa do eletroencefalograma em pacientes com doença de Alzheimer e lesão axonial difusa / Comparative analysis of the electroencephalogram in patients with Alzheimer\'s disease and diffuse axonal injury

Ianof, Jéssica Natuline 09 June 2017 (has links)
Introdução: Entre as lesões encefálicas adquiridas (LEAs) causadas por processos degenerativos, destaca-se a doença de Alzheimer (DA), que é uma demência que acomete uma grande parcela da população idosa e caracteriza-se pela presença de emaranhados neurofibrilares e placas senis. Exames de ressonância magnética (RM) mostram atrofia do córtex entorrinal, hipocampo, amígdala e da região para-hipocampal. Já a tomografia por emissão de pósitrons (PET) aponta redução do metabolismo cerebral de glicose em regiões como o lobo temporal e cíngulo posterior. O alentecimento do eletroencefalograma (EEG) pelo aumento das ondas teta e a diminuição da frequência alfa são mais evidentes em indivíduos com algum tipo de lesão encefálica. O traumatismo cranioencefálico (TCE) caracteriza-se por ser uma LEA não degenerativa e não congênita e é provocado por uma força mecânica externa. Espera-se um prejuízo, permanente ou temporário, nas funções cognitiva, física e psicossocial, com diminuição ou alteração do estado de consciência. Uma das principais causas de TCE é a lesão axonial difusa (LAD), causada por mecanismos de aceleração-desaceleração. Frequentemente as regiões ventral e lateral dos lobos frontal e temporal são danificadas. Objetivo: Entender as diferenças dos mecanismos funcionais entre os grupos - DA e LAD - com queixa de memória, sob o ponto de vista eletroencefalográfico. Métodos: Participaram deste estudo 85 indivíduos adultos. Destes, 34 haviam recebido o diagnóstico de DA, 32 de LAD e 19 eram adultos saudáveis. Foram aplicados o Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), o teste do desenho do relógio (TDR) e o teste de fluência verbal (FV) para a categoria animais. Os indivíduos foram submetidos ao EEG de alta resolução com 128 canais. As fontes corticais dos ritmos do EEG foram estimadas pela análise por tomografia eletromagnética exata de baixa resolução (eLORETA). Resultados: Observou-se que a média da frequência registrada no EEG está dentro da normalidade nos grupos DA e LAD. A análise por eLORETA mostrou que, em comparação ao grupo controle (CTL), o grupo DA apresentou aumento da atividade teta nos lobos parietal e frontal e diminuição da atividade alfa 2 nos lobos parietal, frontal, límbico e occipital. Em comparação ao grupo CTL, o grupo LAD apresentou aumento da atividade teta nas áreas límbica, occipital sub-lobar e temporal. Conclusão: Os resultados sugerem que os indivíduos com DA e com LAD apresentam comprometimento da atividade elétrica em áreas importantes para a memória e aprendizagem / Introduction: Acquired brain injuries (ABI) caused by degenerative processes include Alzheimer\'s disease (DA), which is a dementia that affects a large part of the elderly population and is characterized by the presence of neurofibrillary tangles and senile plaques. Magnetic resonance (MR) imaging shows atrophy of the entorhinal cortex, hippocampus, amygdala and para-hippocampal area. Positron emission tomography (PET) points to a reduction in the cerebral metabolism of glucose in regions such as the temporal lobe and posterior cingulate. Traumatic brain injury (TBI) is a non-degenerative and non-congenital ABI and is caused by an external mechanical force. Impairment, permanent or temporary, is expected in cognitive, physical and psychosocial functions, with a decrease or alteration of the state of consciousness. One of the main causes of TBI is diffuse axonal injury (DAI), caused by acceleration-deceleration mechanisms. Often the ventral and lateral regions of the frontal and temporal lobes are damaged. Objective: To understand the differences in the functional mechanisms between the AD and DAI groups - with memory complaints, from the electroencephalographic point of view. Methods: The study included 85 adult subjects. Of these, 34 had received the diagnosis of AD, 32 of DAI and 19 were healthy adults. The Mini-Mental State Examination (MMSE), the clock drawing test (CDT) and the verbal fluency test (VF) for the animals category were applied. Subjects were submitted to high resolution EEG with 128 channels. Cortical sources of EEG rhythms were estimated by exact low resolution electromagnetic tomography (eLORETA) analysis. Results: The eLORETA analysis showed that, in comparison to the control (CTL) group, the AD group presented increased theta activity in the parietal and frontal lobes and decreased alpha 2 activity in the parietal, frontal, limbic and occipital lobes. In comparison to the CTL group, the DAI group presented increased theta activity in the limbic, occipital sublobar and temporal areas. Conclusion: The results suggest that individuals with AD and DAI have impairment of electrical activity in areas important for memory and learning
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Avaliação das metástases encefálicas antes e após radiocirurgia através de técnica de permeabilidade por ressonância magnética / Assessment of irradiated brain metastases using dynamic contrast-enhanced magnetic resonance imaging

Freitas, Daniela Batista de Almeida 03 June 2015 (has links)
Objetivo: Avaliar o efeito da radiocirurgia estereotática (RC) sobre a permeabilidade tumoral das metástases encefálicas, utilizando-se como parâmetro a o coeficiente de transferência de contraste (transfer coefficient, Ktrans) obtida pela técnica de permeabilidade por ressonância magnética (RM). Objetivou-se também avaliar a capacidade de medições Ktrans para prever a resposta volumétrica tumoral a médio prazo depois da RC. Métodos: Vinte e seis pacientes adultos com um total de 34 metástases encefálicas foram submetidos a exames de RM, com sequência dinâmica ponderada em T1, após administração de contraste, em magneto de 1,5 T, antes da RC (linha de base) e 4-8 semanas após o tratamento. A partir desta sequência, foram obtidos mapas paramétricos Ktrans e realizadas medições em regiões de interesse das lesões. Adicionalmente, imagens convencionais ponderadas em T1 pós-contraste foram obtidas pelo menos 16 semanas após a RC, a fim de avaliar a resposta volumétrica tumoral baseada na variação de volume. Resultados: A média ± (devio-padrão [DP]) do valor de Ktrans foi 0,13 ± 0,11 min-1 no exame inicial e 0,08 ± 0,07 min-1 após 4-8 semanas do tratamento (p < 0,001). Os pacientes foram seguidos em média por 7,9 ± 4,7 meses. Dezessete deles (22 lesões) foram submetidos a RM após 16 semanas do tratamento. Destes, 9 (41%) lesões tinham progredido no médio prazo. O aumento da medida de Ktrans após RC foi preditivo de progressão do volume tumoral (taxa de risco = 1,50, interval de confiança 95%: 1,16-1,70, p < 0,001), sendo que a elevação em 15% do valor de Ktrans mostrou uma sensibilidade de 78% e uma especificidade de 85% para a previsão de progressão do volume tumoral a médio prazo. Conclusão: RC está associada a redução dos valores Ktrans das metástases encefálicas no período pós-tratamento precoce. Além disso a variação Ktrans, medida através da técnica de permabilidade por RM, pode ser útil para prever a resposta do volume tumoral a médio prazo para este tratamento / Purpose: The purpose of this study was to evaluate the effect of stereotactic radiosurgery (SRS) on cerebral metastases using the transfer coefficient (Ktrans) assessed with dynamic contrast-enhanced (DCE) MRI. Furthermore, we aimed to evaluate the ability of Ktrans measurements to predict mid-term tumor outcomes after SRS. Methods: Twenty-six adult patients with a total of 34 cerebral metastases underwent T1-weighted DCE MRI in a 1.5T magnet at baseline (prior to SRS) and 4-8 weeks after treatment. Quantitative analysis of DCE MRI was performed generating Ktrans parametric maps, and region-of-interest-based measurements were acquired for each metastasis. Conventional MRI was performed at least 16 weeks after SRS to assess mid-term tumor outcome using volume variation. Results: The mean ± (Standard Deviation[SD]) Ktrans value was 0.13 ± 0.11 min-1 at baseline and 0.08 ± 0.07 min-1 after 4-8 weeks posttreatment (p < 0.001). The mean (± SD) total follow-up time was 7.9 ± 4.7 months. Seventeen patients (22 lesions) underwent mid-term MRI. Of those, 9 (41%) lesions had progressed at the mid-term follow-up. An increase in Ktrans after SRS was predictive of tumor progression (hazard ratio =1.50; 95% confidence interval: 1.16-1.70, p < 0.001). An increase of 15% in Ktrans showed a 78% sensitivity and 85% specificity for prediction of progression at mid-term follow-up. Conclusion: SRS was associated with a reduction of Ktrans values of the cerebral metastases in the early post-treatment period. Furthermore, Ktrans variation as assessed using DCE MRI may be helpful to predict mid-term outcomes after SRS
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Descrição técnica e avaliação anatômica da craniotomia minipterional / Technical description and anatomical assessment of the minipterional craniotomy

Figueiredo, Eberval Gadelha 11 August 2008 (has links)
INTRODUÇÃO: A craniotomia pterional é uma das técnicas mais utilizadas em neurocirurgia. É uma craniotomia que tem constantemente sido comparada com técnicas alternativas utilizadas para acessar alvos anatômicos similares. Esta craniotomia, contudo, apresenta desvantagens, necessitando de dissecção completa do músculo temporal. Prognósticos estéticos desfavoráveis são comuns e atribuídos à atrofia do músculo temporal e do tecido adiposo adjacente ou à lesão do ramo frontal do nervo facial. A neurocirurgia moderna busca equilibrar o balanço entre o traumatismo cirúrgico tecidual e a exposição microcirúrgica. Algumas modificações técnicas têm sido sugeridas para reduzir o tamanho da craniotomia pterional, visando reduzir o traumatismo tecidual e melhorar os resultados estéticos. Entretanto, estas modificações não permitem exposição cirúrgica suficiente nem garante resultados cosméticos melhores. Esta tese descreve uma nova técnica, denominada craniotomia minipterional, e compara a exposição anatômica por ela proporcionada com a da craniotomia pterional convencional. MATERIAL E MÉTODOS: A exposição anatômica proporcionada pelas craniotomias pterional e minipterional foram comparadas em oito lados de cabeça de espécimes anatômicas usando um sistema computadorizado de localização estereotáxica (Optotrak 3020, Nothern Digital, Waterloo, ON, Canada) para medir uma área hexagonal pré-definida de exposição cirúrgica, um microscópio robótico (Surgiscope; Elekta Instruments, Inc, Atlanta, GA) para quantificar a exposição angular de três alvos anatômicos (bifurcações das artérias carótida interna e da artéria cerebral e o ponto médio da artéria comunicante anterior), e um sistema de neuronavegação (Medtronic Surgical Navigation Technologies, Louisville, CO) para avaliar os limites da exposição cirúrgica de cada craniotomia. Os dados foram submetidos à análise estatística utilizando análise de variância (ANOVA) RESULTADOS: Não houve diferenças estatísticas na área de exposição cirúrgica total entre as duas craniotomias (pterional=1524,7 +/- 305,0 mm2; minipterional = 1469,7 +/- 380,3 mm2; p>0,05) ou entre os componentes ipsilateral, intermédio e contralaterais da área total (p>0,05). Nenhuma diferença foi observada na exposição angular ao longo dos eixos longitudinal e transversal para os três alvos anatômicos considerados (bifurcações das artérias carótida interna e da artéria cerebral média e o ponto médio da artéria comunicante anterior) (p>0,05). Exceto para o segmento distal do compartimento opérculo-insular da cisterna sylviana, nenhuma diferença significativa nos limites da exposição cirúrgica das duas craniotomias foi evidenciada pelo sistema de neuronavegação. CONCLUSÃO: A craniotomia minipterional propicia exposição cirúrgica comparável àquela oferecida pela craniotomia pterional. / INTRODUCTION: Pterional craniotomy is one of the most used and versatile approaches in neurosurgery. It constitutes a standard against which alternative surgical techniques to the same anatomic targets have been compared for years. This technique, however, is not without disadvantages. It requires complete dissection of the temporalis muscle. Poor outcomes are common and can be attributed to atrophy of the temporalis muscle and superficial temporal fat pad or to injury of the frontal branch of the facial nerve. Contemporary neurosurgical techniques strive to balance the need to minimize tissue trauma and to maximize anatomic exposure. Many surgical modifications have been described to minimize the size of the pterional craniotomy in an effort to decrease tissue trauma and improve cosmetic outcomes. In many instances, however, these modifications neither ensure a sufficient anatomic exposure nor guarantee satisfactory aesthetic outcomes. This thesis describes a novel technique, the minipterional craniotomy, and compares its anatomic exposure with that provided by the pterional technique. MATERIALS AND METHODS: The anatomic exposure offered by the minipterional and pterional techniques were compared in eight sides of cadaver heads using a computerized tracking system (Optotrak 3020, Nothern Digital, Waterloo, ON, Canada) to measure a predefined hexagonal area of surgical exposure, a robotic microscope (Surgiscope; Elekta Instruments, Inc, Atlanta, GA) to quantify angular exposure in the transverse and longitudinal axis for three anatomic targets (bifurcations of internal carotid and middle cerebral arteries and the middle point of the anterior communicating artery), and an image-guidance system (Medtronic Surgical Navigation Technologies, Louisville, CO) to evaluate the limits of exposure for each craniotomy. Data were submitted to statistical analysis using ANOVA. RESULTS: There were no statistical differences in the total area of surgical exposure between the two craniotomies (pterional=1524.7 +/- 305.0 mm2; minipterional = 1469.7 +/- 380.3 mm2; p>0.05) or among the ipsilateral, middle, and contralateral components of the area (p>0.05). There were no differences in angular exposure along the longitudinal and transverse axis angles for the three selected targets, the bifurcations of internal carotid and middle cerebral arteries, and the anterior communicating artery (p> 0.05). Except for the distal portion of the operculoinsular compartment of the sylvian fissure, no significant differences in the limits of the surgical exposure through the pterional and minipterional were apparent on the image-guidance system. CONCLUSION: The minipterional craniotomy provides comparable surgical exposure to that offered by the pterional technique.
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Suporte social e funcionalidade familiar dos pacientes vítimas de traumatismo cranioencefálico com lesão axonial difusa em seguimento ambulatorial / Social support network and family functionality of patients with traumatic brain injury with diffuse axonal injury in outpatient follow-up

Marques, Flávia de Souza Verdugo 08 March 2019 (has links)
Introdução: O traumatismo cranioencefálico (TCE) é um dos principais problemas de saúde pública em todo mundo. A lesão axonial difusa (LAD) é a causa mais importante e frequente de sequelas neurológicas em indivíduos com TCE. A LAD ocorre em múltiplas localizações no encéfalo e provoca sintomas que podem ser temporários ou permanentes nos pacientes que são acompanhados em longo prazo. O objetivo do presente estudo constituiu em analisar a rede de suporte social e a funcionalidade familiar nos pacientes com TCE e LAD. Método: Realizamos um estudo transversal e comparativo sobre a funcionalidade familiar e o suporte social em pacientes seis meses após o TCE em um serviço ambulatorial de trauma. A amostra consistiu em 120 indivíduos divididos em dois grupos, 50 pacientes vítimas de TCE com lesão axonial difusa moderada e grave e 70 voluntários saudáveis constituindo o grupo controle. Utilizamos um questionário sociodemográfico, o mapa mínimo de relações - MMR e o teste APGAR familiar para comparar os dois grupos. Resultados: Em relação à funcionalidade familiar, verificamos que houve uma maior prevalência de funcionalidade moderada no grupo de estudo (77,8%), em comparação com o grupo de controle. Quanto à análise do provedor da família, houve uma maior prevalência dos genitores como chefes de família (57,5%) no grupo de estudo e maior prevalência de cônjuges, sendo os provedores no grupo de controle. Observamos uma diferença significativa nas atividades de lazer, e os indivíduos do grupo de estudo apresentaram maior comprometimento nessas atividades. Os indicadores de apoio social foram avaliados pelo mapa mínimo de relações sociais que indicam maior participação no apoio da comunidade em relação à família no grupo controle. Conclusão: Os pacientes que sofreram lesão axonial difusa apresentam funcionalidade moderada, com maior apoio da comunidade em comparação à família. Em pacientes com lesão axonial difusa, os genitores dos pacientes são os provedores da família / Introduction: Cranioencephalic trauma (TBI) is one of the major public health problems in the world. Diffuse axonal injury (LAD) is the most important and frequent cause of neurological sequelae in individuals with TBI. LAD occurs in multiple locations in the brain and causes symptoms that may be temporary or permanent in patients who are followed up in the long term. The objective of the present study was to analyze the social support network and the family functionality in patients with LAD and ADL. METHOD: We performed a cross-sectional and comparative study on family functionality and social support in patients six months after TBI in an outpatient trauma service. The sample consisted of 120 individuals divided into two groups, 50 patients suffering from TBI with moderate and severe diffuse axonal injury and 70 healthy volunteers constituting the control group. We used a sociodemographic questionnaire, the minimum relation map - MMR and the APGAR family test to compare the two groups. Results: In relation to the family function, we verified that there was a higher prevalence of moderate functionality in the study group (77.8%), compared to the control group. Regarding the analysis of the family provider, there was a higher prevalence of the parents as heads of families (57.5%) in the study group and higher prevalence of spouses, with the providers in the control group. We observed a significant difference in leisure activities, and the individuals in the study group presented greater impairment in these activities. The indicators of social support were evaluated by the minimum map of social relations that indicate a greater participation in the support of the community in relation to the family in the control group. Conclusion: Patients who suffered diffuse axonal injury present moderate functionality, with greater community support compared to the family. In patients with diffuse axonal injury, the patient\'s parents are the providers of the family
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Avaliação das metástases encefálicas antes e após radiocirurgia através de técnica de permeabilidade por ressonância magnética / Assessment of irradiated brain metastases using dynamic contrast-enhanced magnetic resonance imaging

Daniela Batista de Almeida Freitas 03 June 2015 (has links)
Objetivo: Avaliar o efeito da radiocirurgia estereotática (RC) sobre a permeabilidade tumoral das metástases encefálicas, utilizando-se como parâmetro a o coeficiente de transferência de contraste (transfer coefficient, Ktrans) obtida pela técnica de permeabilidade por ressonância magnética (RM). Objetivou-se também avaliar a capacidade de medições Ktrans para prever a resposta volumétrica tumoral a médio prazo depois da RC. Métodos: Vinte e seis pacientes adultos com um total de 34 metástases encefálicas foram submetidos a exames de RM, com sequência dinâmica ponderada em T1, após administração de contraste, em magneto de 1,5 T, antes da RC (linha de base) e 4-8 semanas após o tratamento. A partir desta sequência, foram obtidos mapas paramétricos Ktrans e realizadas medições em regiões de interesse das lesões. Adicionalmente, imagens convencionais ponderadas em T1 pós-contraste foram obtidas pelo menos 16 semanas após a RC, a fim de avaliar a resposta volumétrica tumoral baseada na variação de volume. Resultados: A média ± (devio-padrão [DP]) do valor de Ktrans foi 0,13 ± 0,11 min-1 no exame inicial e 0,08 ± 0,07 min-1 após 4-8 semanas do tratamento (p < 0,001). Os pacientes foram seguidos em média por 7,9 ± 4,7 meses. Dezessete deles (22 lesões) foram submetidos a RM após 16 semanas do tratamento. Destes, 9 (41%) lesões tinham progredido no médio prazo. O aumento da medida de Ktrans após RC foi preditivo de progressão do volume tumoral (taxa de risco = 1,50, interval de confiança 95%: 1,16-1,70, p < 0,001), sendo que a elevação em 15% do valor de Ktrans mostrou uma sensibilidade de 78% e uma especificidade de 85% para a previsão de progressão do volume tumoral a médio prazo. Conclusão: RC está associada a redução dos valores Ktrans das metástases encefálicas no período pós-tratamento precoce. Além disso a variação Ktrans, medida através da técnica de permabilidade por RM, pode ser útil para prever a resposta do volume tumoral a médio prazo para este tratamento / Purpose: The purpose of this study was to evaluate the effect of stereotactic radiosurgery (SRS) on cerebral metastases using the transfer coefficient (Ktrans) assessed with dynamic contrast-enhanced (DCE) MRI. Furthermore, we aimed to evaluate the ability of Ktrans measurements to predict mid-term tumor outcomes after SRS. Methods: Twenty-six adult patients with a total of 34 cerebral metastases underwent T1-weighted DCE MRI in a 1.5T magnet at baseline (prior to SRS) and 4-8 weeks after treatment. Quantitative analysis of DCE MRI was performed generating Ktrans parametric maps, and region-of-interest-based measurements were acquired for each metastasis. Conventional MRI was performed at least 16 weeks after SRS to assess mid-term tumor outcome using volume variation. Results: The mean ± (Standard Deviation[SD]) Ktrans value was 0.13 ± 0.11 min-1 at baseline and 0.08 ± 0.07 min-1 after 4-8 weeks posttreatment (p < 0.001). The mean (± SD) total follow-up time was 7.9 ± 4.7 months. Seventeen patients (22 lesions) underwent mid-term MRI. Of those, 9 (41%) lesions had progressed at the mid-term follow-up. An increase in Ktrans after SRS was predictive of tumor progression (hazard ratio =1.50; 95% confidence interval: 1.16-1.70, p < 0.001). An increase of 15% in Ktrans showed a 78% sensitivity and 85% specificity for prediction of progression at mid-term follow-up. Conclusion: SRS was associated with a reduction of Ktrans values of the cerebral metastases in the early post-treatment period. Furthermore, Ktrans variation as assessed using DCE MRI may be helpful to predict mid-term outcomes after SRS

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