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Avaliação da atividade física, composição corporal e gasto energético total em adolescentes obesos e eutróficos / Evaluation of physical activity, body composition and total energy expenditure in obese and nonobese adolescentsSilva, Lara Bergamo 10 November 2016 (has links)
Adolescência é o período de transição entre a infância e a vida adulta, caracterizado pelos impulsos do desenvolvimento físico, mental, emocional, sexual e social. Essa faixa etária, ao longo dos anos tem apresentado aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade e danos e agravos à saúde provocados pelas comorbidades associadas. Os fatores que contribuem para esse processo são a alimentação e a inatividade física, portanto conhecer e saber escolher o melhor método para avaliar gasto energético basal e total, atividade física e a composição corporal dessa população ajuda os profissionais da saúde a trilharem soluções mais promissoras para o combate da obesidade e a formação de adultos mais saudáveis. O objetivo principal do presente estudo foi avaliar Gasto Energético e fatores diretamente relacionados como Consumo Alimentar e Padrão de Atividade Física em Adolescentes Obesos e Eutróficos. Foram estudados 86 adolescentes obesos e eutróficos de idade de 11 a 14 anos de ambos os sexos de escolas públicas e particulares de Ribeirão Preto. Foi avaliada a atividade física por meio do acelerômetro tri-axial, a composição corporal por absorcimetria de raio X de dupla energia, bioimpedância elétrica e óxido de deutério e gasto energético basal por calorimetria indireta e gasto energético total por água duplamente marcada. Os dados foram analisados pelo teste de normalidade Kolmogorov Smirnov, teste Anova com pós teste de Tukey e comparações por método Bland-Altman. O peso muscular pelo DXA de adolescentes obesos foi maior do que em adolescentes eutróficos. Houve diferença estatística entre obesos e eutróficos nas variáveis MMkg, MM%, MGkg e MG%. Analisando a composição corporal por BIA e OD podemos ver que a BIA superestima os resultados. Quanto ao gasto energético, não houve diferença estatística entre os grupo em relação ao GEB e GET, para o GET ser maior independe da atividade física em número de passos no dia, pois o GEB em X obesos (meninos e meninas) é maior quando comparado com eutróficos. O nível de atividade física dos adolescentes se mostrou semelhante entre os obesos e eutróficos, apesar dos obesos darem muito menos passos ao longo do dia. Em nosso estudo todas as variáveis foram diferentes entre os grupos. Foi constatado que os adolescentes obesos apresentam maior GEB por terem maior massa muscular, o que já eleva o GET, apesar de apresentarem AF menos intensa que os eutróficos, confirmando nossa hipótese inicial. / Adolescence is the transitional period between childhood and adulthood, characterized by the impulses of the physical, mental, emotional, sexual and social development. This age group, all over the years, has shown increasing prevalence of overweight and obesity, damage and health problems caused by associated comorbidities. Factors that contribute to this process are the diet and physical inactivity, so knowing how to choose the best method to assess basal and total energy expenditure, physical activity and body composition of this population helps health professionals to find the best solutions to deal with obesity and how to guide their patients on how to become healthier adults. The main objective of this study was to evaluate Energy Expenditure and directly related factors such as Food Consumption and Physical Activity in Adolescents Obese and Eutrophic. We studied 86 adolescents aged between 11 and 14 years of both genders, obese and non-obese, from public and private schools in Ribeirão Preto. Physical Activity was evaluate by tri-axial accelerometer, body composition by dual-energy X-ray absorptiometry, electric bioimpedance and deuterium oxide, and basal energy expenditure was evaluate by indirect calorimetry and total energy expenditure by doubly labeled water. Data was analysed by Kolmogorov Smirnov to check normality, Anova with post test Tukey and comparisons by Bland-Altman method. The muscle weight by DXA of obese adolescents was higher than in normal weight adolescents. There was statistical difference between obese and normal weight in MMkg variables, MM % BFkg and BF %. Analyzing body composition by BIA and OD we can see that the BIA overestimates the results. In relation to the energy expenditure, there was no statistical difference between the groups in relation to the REE and TEE to the TEE be most independent of physical activity in number of steps in the day, because the REE in obese (boys and girls) is higher as compared with eutrophic. XII The level of physical activity in adolescents was similar between the obese ones and normal weight ones, while obese ones had much less steps throughout the day. In our study all the variables were different between the grupos. We found that obese adolescents have higher REE because they have more muscle mass, which already raises the TEE, despite having less intense physical activity that eutrophic adolescents, confirming our initial hypothesis.
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Avaliação do Gasto Energético em Indivíduos com Síndrome Pós- Poliomielite (SPP): Através do Questionário de Atividade Física Habitual de Baecke / Assessment of Energy Expenditure in Individuals with Post-Polio Syndrome (PPS): Through Baecke Questionnaire of Habitual Physical ActivityPereira, Roberto Dias Batista [UNIFESP] 30 September 2009 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2009-09-30 / A Síndrome Pós-Poliomielite (SPP) é um efeito tardio da poliomielite, sendo classificada como neuronopatia motora, em virtude dos quadros clínicos e histológicos estarem intimamente relacionados com disfunção dos neurônios motores inferiores. Novos sintomas ou piora dos sintomas residuais, principalmente a nova fraqueza, fadiga muscular, nova atrofia, dor muscular, dor articular e intolerância ao frio, ocorrem de 30 a 50 anos após a poliomielite aguda. As causas desses novos sintomas permanecem desconhecidas, entretanto, parecem estar relacionados com uma disfunção da unidade motora pela deterioração axonal periférica e da junção neuromuscular. Dentre as várias causas, a mais aceita é o “overuse” (sobrecarga ou supertreinamento). Não há um consenso em relação à realização de atividade física ou a inatividade quanto ao aparecimento dos novos sintomas. Por este motivo, este trabalho vem contribuir para o conhecimento do perfil do gasto energético em indivíduos com história de poliomielite paralítica prévia, apresentando ou não sintomas de SPP, sendo avaliado o histórico de suas atividades físicas habituais (AFH) pelo questionário de Baecke. Dos 410 pacientes matriculados no Setor de Investigação de Doenças Neuromusculares da UNIFESP/EPM, foram selecionados, para esse estudo, 28 pacientes com seqüela de poliomielite (SP), 52 com SPP e outros 36 indivíduos fazendo parte do grupo controle (GC), totalizando 116 indivíduos avaliados. Os pacientes com SPP apresentaram em sua história tendência de aumento de suas AFH dos 10 aos 20 anos de idade (AV1), em comparação aos sequelados de pólio e ao grupo controle. Já no período dos 21 aos 30 anos (AV2) há um aumento significativo de suas atividades físicas ocupacionais (AFO), em relação ao grupo SP (SP=2.500 e SPP= 3.000; Teste de Kruskal-Wallis, p<0,035), e o AFO-AV2 apresentou correlação com a idade do início da SPP (Pearson, r = - 0,2796, p<0,0447). Maior presença de fadiga (SPP=92,3%; SP=42,9% e GC=7% - Teste de Kruskal-Wallis, p<0,0001), menor qualidade de vida (domínios Físico e Psicológico, Teste de Anova, p<0,0001; Meio Ambiente, Teste de Kruskal-Wallis, p=0,0312) e menor índice de AFH no Escore Total (ET: SPP=9.625; SP=11.130 e GC=11.000, Teste de Kruskal-Wallis, p<0,0001) do grupo SPP em relação aos outros, mostra seu estado atual da doença. Foi notado que a presença ou não de fadiga não influencia o aparecimento da SPP. Observou-se aumento do Índice de Massa Corporal (IMC) na população com SPP em relação ao grupo SP nas categorias de adequado e sobrepeso (p=0,0165; teste de Qui-quadrado), e que é um fator agravante para estes. Concluímos com este trabalho que pacientes com SPP apresentam uma entidade nosológica com características próprias, destacando-se: histórico de maior gasto energético durante a vida, sobretudo na atividade física ocupacional, dos 21 aos 30 anos de idade, sugerindo ser esta década crítica para o desenvolvimento desta enfermidade; presença de um estado clínico atual diferenciado em relação aos grupos Seqüela de Pólio (SP) e Controle (GC), com uma maior freqüência de fadiga, menores escores nas Atividades Físicas Habituais e, conseqüentemente, uma pior qualidade de vida; maior tendência à sobrepeso, que pode ser um fator agravante para o desenvolvimento ou intensificação destas limitações, mas não sendo possível identificar se o IMC elevado diminuiu a capacidade física para as AFH, ou se o estado clínico atual promoveu um aumento do IMC; quanto mais tardia a pólio aguda, pior a recuperação funcional, menor potencialidade de engajamento em atividades físicas mais intensas, maior risco de desenvolvimento de SPP. O desenvolvimento mais freqüente de SPP em pacientes com pólio aguda mais tardia indica que a unidade motora sobrevivente apresenta processo de reinervação (plasticidade) mais instável, sendo mais vulnerável aos processos que levam ou ao envelhecimento celular ou a processo degenerativo. / The Post-Polio Syndrome (PPS) is a late effect of polio, being classified as motor neuropathy, because of the clinical and histological features are closely related to dysfunction of lower motor neurons. New symptoms or worsening of residual symptoms, especially the new weakness, muscle fatigue, new atrophy, muscle pain, joint pain and intolerance to cold, develop 30 to 50 years after acute poliomyelitis. The causes of these new symptoms remain unknown, however, seem to be related to a dysfunction of the motor unit by axonal damage and peripheral neuromuscular junction. Among the various causes, the most accepted is the "overuse" (overload or supertraining). There is no consensus on the implementation of physical activity or inactivity on the appearance of new symptoms. Therefore, this work will contribute to the knowledge of the profile of energy expenditure in individuals with a history of prior paralytic polio, presenting or not symptoms of PPS, and assessed the history of their Habitual Physical Activity (HPA) for the Baecke questionnaire. Of the 410 patients enrolled in the Sector of Investigation of Neuromuscular Diseases, UNIFESP / EPM, 28 patients with poliomyelitis sequelae (PS), 52 with PPS and other 36 individuals as part of the control group (CG), totaling 116 individuals assessed, were selected for this study. Patients with PPS in their history had tended to increase their HPA between 10 to 20 years of age (AV1), compared to the sequelae of polio and the control group. Already in the period of 21 to 30 years (AV2) there was a significant increase in their Occupational Physical Activity (OPA) in relation to the PS group (PS=2500 and PPS=3000, Kruskal-Wallis test, p <0.035), and the OPA-AV2 showed correlation with age of onset of PPS (Pearson, r = - 0.2796, p <0.0447). Increased presence of fatigue (PPS=92.3%, PS=42.9% and CG=7% - Kruskal- Wallis test, p <0.0001), lower quality of life (physical and psychological domains, Anova Test , p <0.0001; Environment domain, Kruskal-Wallis test, p = 0.0312) and lowest total score (TS) of HPA (TS: PPS=9625; PS=11130 and CG= 11000, test of Kruskal-Wallis , p <0.0001) of the PPS group for the other, shows their current state of the disease. It was noted that the presence or absence of fatigue did not influence the appearance of the PPS. There was increase in Body Mass Índex (BMI) in the population with PPS and PS in the categories of appropriate and overweight (p=0.0165, chi-square test), which is an aggravating factor for them. This work concluded that patients with PPS have a nosological entity with its own characteristics, such as: history of higher energy expenditure during the life, especially in occupational physical activity, from 21 to 30 years of age, suggesting that the critical decade for the development of this disease; presence of the differential current clinical status in relation to polio sequelae (PS) and Control (CG) groups, with a higher frequency of fatigue, lower scores on HPA and, consequently, a poorer quality of life; increased tendency to overweight, which can be an aggravating factor for the development or intensification of these limitations, but it is not possible to identify whether it was the high BMI that decreased physical capacity for HPA, or if was the current clinical state that promoted an increase in BMI; the later the acute polio, worse functional recovery, lower potential for engagement in physical activities more intensive, higher risk of developing PPS. The development of SPP more frequent in patients with acute polio later indicates that the surviving motor unit reinnervation process presents (plasticity) more unstable, more vulnerable to processes that lead to aging or cellular or a degenerative process. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Efeito da intensidade do exercício físico no gasto energético com atividades físicas em meninos com excesso de peso. / Effect of exercise intensity on energy expenditure with physical activity in overweight boys.Vitor Barreto Paravidino 10 March 2015 (has links)
Estudos epidemiológicos têm mostrado rápido aumento na prevalência de sobrepeso e obesidade, tanto na população adulta quanto em crianças e adolescentes, sendo o exercício físico considerado uma importante estratégia tanto na prevenção quanto no tratamento do ganho de peso. Apesar disso, estudos que avaliam os efeitos isolados do exercício físico no controle ponderal têm apresentado resultados conflitantes. Esses achados podem ser explicados por um possível efeito compensatório provocado pela sessão de exercício nas atividades físicas realizadas em períodos subsequentes. Portanto, o objetivo deste estudo é avaliar o efeito de diferentes intensidades do exercício físico no gasto energético com atividades físicas em adolescentes com excesso de peso. O desenho do estudo foi experimental do tipo crossover com realização de três sessões (controle, exercício moderado e exercício vigoroso). Vinte e quatro adolescentes de 11 a 13 anos, estudantes da rede municipal de ensino de Niterói-RJ, do sexo masculino e com excesso de peso concordaram em participar do estudo. O gasto energético com atividades físicas foi avaliado por acelerômetros triaxiais colocados durante as sessões experimentais e retirado após seis dias. Os dados referentes ao gasto energético associado às atividades físicas foram avaliados na 1 hora de utilização do acelerômetro e durante os seis dias de acompanhamento. Além disso, os valores também foram tratados de forma cumulativa, tendo sido calculado o gasto energético total de 24, 48, 72, 96, 120 e 144 horas. Análise de variância foi utilizada para avaliar as possíveis diferenças entre o gasto energético na primeira hora de registro entre os três grupos seguida do teste post hoc de Scheffé. A comparação das variações das médias de gasto energético (por dia e acumuladas) foi realizada por meio de modelos lineares mistos. A comparação do gasto energético durante a 1 hora de registro demonstrou diferença significativa entre todos três grupos, com médias de 82, 286 e 343 kcal para os grupos controle, moderado e intenso, respectivamente (p<0.001). O mesmo padrão de diferença para o gasto energético entre os grupos se manteve ao final de 24 horas (704 vs 970 vs 1056 kcal, p<0.001) e no gasto energético acumulado durante os seis dias de acompanhamento (5102 vs 5193 vs 5271 kcal, p<0.001). A análise do gasto energético por dia demonstrou uma redução do gasto energético dos grupos moderado e vigoroso a partir do segundo dia e que se manteve até o sexto dia de acompanhamento. Desse modo, pode-se concluir que uma única sessão de exercício físico aeróbio parece modificar o comportamento das atividades físicas espontâneas realizadas ao longo de 6 dias em adolescentes com excesso de peso. Entretanto, apesar do efeito compensatório observado, o gasto energético acumulado durante os seis dias para os grupos que realizaram as sessões de exercícios foi superior ao da sessão controle, tendo o grupo vigoroso apresentado o maior dispêndio acumulado para o período de acompanhamento. Futuros estudos são necessários de modo a investigar a compensação do gasto energético em obesos e não obesos e o efeito de um número maior de sessões de treinamento. / Epidemiological studies have shown rapid increase in the prevalence of overweight and obesity, both in adults and in children and adolescents and physical exercise considered an important strategy in the prevention and in the treatment of weight gain. Nevertheless, studies evaluating the isolated effects of exercise on weight control have shown conflicting results. These findings can be explained by a possible compensatory effect caused by exercise session in physical activities in subsequent periods. Therefore, the aim of this study is to evaluate the effect of different exercise intensities in energy expenditure with physical activity in adolescents with overweight. The study design was a crossover design with three sessions (control, moderate exercise and vigorous exercise). Twenty-four teenagers 11-13 years old, students from public schools in Niterói, Rio de Janeiro, male and overweight agreed to participate. The energy spent on physical activity was assessed by triaxial accelerometers placed during the experimental sessions and removed after six days. The data relating to energy expenditure associated with physical activity were assessed in 1st hour of using the accelerometer and during the six days of monitoring. In addition, values were also treated cumulatively, it has been calculated total energy expenditure of 24, 48, 72, 96, 120 and 144 hours. Analysis of variance was used to evaluate the possible differences between the energy expenditure in the first hour of registration between the three groups then the post hoc Scheffé. A comparison of the mean changes in energy expenditure (per day cumulative) was performed by mixed linear model. Comparison of energy expenditure during the 1st time showed significant differences between all three groups, with averages of 82, 286 and 343 kcal to the control group, moderate and intense, respectively (p <0.001). The same pattern of difference in energy expenditure between the groups remained after 24 hours (704 vs 970 vs 1056 kcal, p <0.001) and the cumulative energy expenditure during the six days of monitoring (5102 vs 5193 vs 5271 kcal, p <0.001). The analysis of energy expenditure per day demonstrated a reduction in energy expenditure of moderate and vigorous groups from the second day and remained until the sixth day of monitoring. Thus, we can conclude that a single aerobic workout seems to modify the behavior of spontaneous physical activities over 6 days in adolescents with overweight. However, despite the observed compensatory effect, the cumulative energy expenditure during the six days for the groups that carried out the exercise sessions was higher than the control session, with the vigorous group presented the highest accumulated expenditure for the follow-up period. Future studies are needed to investigate the compensation of energy expenditure in obese and nonobese patients and the effect of a greater number of training sessions.
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Avaliação do gasto energético de repouso em pacientes com sepse associada ou não à lesão renal aguda / Acute kidney injury does not alter energy metabolism of septic patients in intensive care unitSanches, Ana Cláudia Soncini [UNESP] 11 February 2016 (has links)
Submitted by ANA CLAUDIA SONCINI SANCHES null (anaclaudiasoncini@yahoo.com.br) on 2016-04-05T19:17:25Z
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Previous issue date: 2016-02-11 / Não recebi financiamento / Introdução: A sepse caracteriza-se por intensa resposta inflamatória associada à infecção sistêmica, comumente acompanhada de Lesão Renal Aguda (LRA). A determinação do gasto energético de repouso (GER) em pacientes críticos é essencial para evitar complicações decorrentes da hipo e hiperalimentação. Objetivos: Ao estudar pacientes sépticos, este estudo tem como objetivos descrever o GER, analisar comparativamente o GER estimado pela equação de Harris-Benedict (HB) e o aferido pela calorimetria indireta (CI) e avaliar evolutivamente o GER. Métodos: Estudo tipo coorte prospectivo que avaliou pacientes admitidos em Unidade de Terapia Intensiva do HC-FMB, durante 18 meses consecutivos. Foram incluídos pacientes sépticos, maiores de 18 anos, admitidos em UTI e em ventilação mecânica, com e sem LRA definida pelos critérios do KDIGO. O GER foi estimado pela equação de HB e determinado pela CI até 72 horas após o diagnóstico de sepse e após sete dias da primeira aferição. Resultados foram expressos em média e desvio padrão ou mediana com intervalo interquartílico. Para a comparação entre variáveis categóricas utilizou-se o Teste Qui-Quadrado, entre variáveis continuas de distribuição normal o Teste T e na ausência de distribuição normal foi utilizado o Mann-Whitney, com p<0,05. A análise de regressão logística foi realizada pelo método de Stepwise, considerando p<0,1. Para a avaliação evolutiva do GER de toda a população e de acordo com a presença ou não de LRA foi utilizada análise de medidas repetidas através do Procedimento Mixed. Resultados: Avaliados 68 pacientes, com idade de 62,49±16,6 anos, 64,71% do gênero masculino, presença de LRA em 63,24%, SOFA de 9,81±2,35 e creatinina sérica de 2,35±1,68mg/dl. O GER médio aferido foi de 1857,53±685,32 kcal, enquanto o GER médio estimado de 1514,87±356,72 kcal, com percentual médio de adequação de 123,49±43,04%. Os grupos sepse sem LRA (n=25) e sepse com LRA (n=43) apresentaram GER medido estatisticamente maior que estimado (1855,0 kcal (1631,75-2052,75) vs. 1551,0 kcal (1349,0-1719,25), p=0,007 e 1868,0 kcal (1219,5-2364,75) vs. 1388,0 kcal (1254,0-1665,5), p=0,026, respectivamente). Não foi observada diferença significativa entre os grupos com e sem LRA com relação ao gasto medido (p=0,6268) e estimado (p=0,6360). Quanto à evolução do GER medido, não houve diferença estatisticamente significante entre os momentos D1 e D7 (1845,955 ±658,273 kcal vs. 1809,545±755,083 kcal, p=0,865). Conclusão: O GER aferido pela CI foi significativamente maior do que o estimado pela equação de HB tanto no grupo séptico sem LRA como no séptico com LRA. Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos sépticos com e sem LRA quanto ao GER aferido e estimado, indicando que a LRA não influencia no metabolismo energético dos pacientes sépticos. Quanto à evolução do GER medido, este não apresentou variação entre os momentos de avaliação. / Abstract
Background: The determination of resting energy expenditure (REE) in critically ill patients is essential to prevent complications such as hypo and hyper alimentation. Objectives: This study aims to describe the REE in septic patients with and without acute kidney injury (AKI) and compare the REE estimated by the Harris-Benedict equation (HB) with the REE measured by indirect calorimetry (IC). Methods: Prospective and observational study was performed for 18 consecutive months. Septic patients older than 18 years, undergoing mechanical ventilation, with or without AKI defined by KDIGO criteria, and admitted to the Intensive Care Unit of University Hospital from Brazil were included. The REE was estimated by HB equation and measured by the IC within 72 hours after the diagnosis of sepsis and seven days after the initial measure. The chi-square test was used to compare categorical variables and t-test to compare parametric variables. For non-parametric variables, the Mann-Whitney test was used, p<0.05. Variables with significant univariate associations (p<0.10) were candidates for multivariable analysis, which was performed using stepwise variable selection. Repeated measures analysis using the mixed procedure was used for the evolutional REE. Results: Sixty-eight patients were evaluated, age was 62.49 ± 16.6 years, 64.7% were male, 63.2% had AKI, and SOFA was 9.81 ± 2.35. The measured REE was 1857.53 ± 685.32 kcal, while the estimated REE was 1514.87 ± 356.72 kcal, with adequacy of 123.49 ± 43%. Septic patients without AKI (n = 25) and with AKI (n = 43) had measured GER statistically higher than the estimated one (1855.0 kcal (1631.75-2052.75) vs. 1551.0 (1349.0 -1719.25), p = 0.007 and 1868.0 kcal (1219.5-2364 75) vs. 1388.0 kcal (1254.0-1665.5), p = 0.026, respectively). There was no significant difference between the two groups (with and without AKI) in measured and estimated REE (p = 0.6268 and 0.6360, respectively). There was no significant difference in evolutional REE (1845.955 ± 658.273 kcal vs. 1809.545 ± 755.083 kcal, p = 0.865). Conclusion: The REE measured by IC was significantly higher than that estimated by the equation HB in both septic with and without AKI. There was no significant difference between the septic patients with and without AKI in REE, suggesting that AKI does not influence the energy metabolism of septic patients.
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Custo energético durante a prática do Kendō e proposição de protocolo específico para avaliação da aptidão aeróbia em praticantes / Energy expenditure during Kendō practice and a specific protocol as proposal to the assessment of practitioner’s aerobic conditionSancassani, Andrei [UNESP] 06 April 2016 (has links)
Submitted by Andrei Sancassani null (andreisanca@hotmail.com) on 2016-05-09T12:37:09Z
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Previous issue date: 2016-04-06 / Enquanto luta, o Kendō apresenta movimentos dinâmicos e estáticos, com manejo da espada em diferentes planos e amplitudes articulares, além do deslocamento vertical e horizontal do corpo. Este estudo teve por objetivo quantificar o custo energético (Ė) durante a prática do Kendō, bem como analisar a aptidão aeróbia de seus praticantes (consumo máximo de oxigênio (V̇O2max), limiar de permuta gasosa (LPG) e ponto de compensação respiratória (PCR)) e propor um protocolo progressivo máximo com técnicas do Kendō para a avaliação específica da aptidão aeróbia. Dez participantes homens (29,0 ± 7,6 anos, 82,0 ± 14,2 kg, 174,4 ± 7,5 cm) foram submetidos à (1) avaliação da composição corporal pelo DXA, (2) teste progressivo em esteira para avaliação cardiorrespiratória, (3) protocolo de desempenho: 11 exercícios de aquecimento e 31 de waza, aplicando técnicas de Kendō e (4) protocolo específico para o Kendō. Parâmetros ventilatórios foram amostrados respiração-a-respiração, usando uma unidade portátil (K4b2, COSMED®). O Ė (kcal×min-1) foi obtido pela equação: Ė = 3,941 × V̇O2 + 1,106 × V̇CO2. Para cada fase do protocolo (aquecimento e waza) foram considerados: ĖPico (ĖPicoAquec e ĖPicoWaza, em kcal×min-1), ĖMédia (ĖMédiaAquec e ĖMédiaWaza, em kcal×min-1) e ĖTotal (ĖTotalAquec, ĖTotalWaza e ĖTotalProt, em kcal). A transformação em equivalente metabólico (MET) foi realizada com o emprego da constante 4.184 (kJ×kg-1×h-1) a partir do V̇O2 de repouso (avaliado na posição sentada durante 10 minutos). A quantidade (gramas) e taxa (gramas∙min-1) de oxidação de carboidratos (CHO) e gorduras (FAT) foi determinada por: CHO = 4,585 V̇CO2 – 3,226 V̇O2 e FAT = 1,695 V̇O2 – 1,701 V̇CO2. O coeficiente de Pearson analisou as correlações entre as variáveis do custo energético e da composição regional e corporal. Em todas as análises adotou-se ≤ 0,05. Os valores de ĖTotal foram: 76,2 ± 13,2 kcal (ĖTotalAquec) e 142,2 ± 26,5 kcal (ĖTotalWaza). Os valores de pico foram: 13,5 ± 2,7 kcal×min-1 (ĖPicoAquec) e 14,3 ± 2,9 kcal×min-1 (ĖPicoWaza). Em METs, os valores alcançaram picos de 6,9 ± 1,4 e 7,7 ± 1,8 kJ×kg-1×h-1 durante a execução do aquecimento e waza, respectivamente. As quantidades de CHO e FAT utilizadas foram 21,5 7,4 gramas e 2,0 1,1 gramas (aquecimento) e 52,0 6,4 gramas e 0,1 0,2 gramas (waza). A massa total e área regional e corporal não diferem quanto à influência sobre as variáveis de Ė e oxidação de substratos, porém a massa isenta de gordura regional (MIG) é mais influente sobre as variáveis de Ė, quando comparada à MIG corporal. Assim, a demanda energética durante a execução das técnicas do Kendō está associada à área e à quantidade de tecido regional metabolicamente ativo. / As fighting, the Kendō is a combination of dynamic and static movements handling the sword in different plans and range of motion, as well as vertical and horizontal body displacement. This study aimed to quantify the energy cost during the practice of Kendō, and also analyze the aerobic level of the practitioners (maximal oxygen consumption (V̇ O2max), gas exchange threshold (GET) and respiratory compensation point (RCP)), and finally propose a progressive protocol from Kendō techniques to the specific assessment of aerobic condition. Ten male participants (29.0 ± 7.6 years, 82.0 ± 14.2 kg, 174.4 ± 7.5 cm) were underwent (1) assessing body composition by DXA, (2) progressive treadmill test for cardiac evaluation, (3) Performance protocol: 11 warm-up exercises and 31 waza, applying techniques Kendō, and (4) specific Kendō protocol. Ventilatory parameters were sampled breath-by-breath using a portable unit (K4b2 , Cosmed). The Ė (kcal×min-1 ) was obtained from: Ė = 3.941 × 1.106 × V̇ O2 + V̇ CO2. For each phase of the protocol (warm-up and waza) were considered: ĖPeak (ĖPeakWarm and ĖPeakWaza, in kcal×min-1 ), ĖMean (ĖMeanWarm and ĖMeanWaza, in kcal×min-1 ), and ĖTotal (ĖTotalWarm, ĖTotalWaza and ĖTotalProt, in kcal). The metabolic equivalent (MET) was obtained by the constant 4.184 (kJ× g-1 ×h-1 ) from the rest V̇ O2 (measured in sited position for 10 minutes). The amount (grams) and rate (grams×min-1 ) for carbohydrate (CHO) and fat (FAT) oxidation were measured from CHO = 4,585 V̇ CO2 – 3,226 V̇ O2 e FAT = 1,695 V̇ O2 – 1,701 V̇ CO2. The Pearson’s coefficient analyzed the correlation between the variables of energy cost and regional/whole body composition. The level of significance was set at ≤ 0.05. The values for ĖTotal were: 76.2 ± 13.2 kcal (ĖTotalAquec) and 142.2 ± 26.5 kcal (ĖTotalWaza). The peak values were: 13.5 ± 2.7 kcal×min-1 (ĖPeakWarm) and 14.3 ± 2.9 kcal×min-1 (ĖPeakWaza). The MET values reached peaks at 6.9 ± 1.4 and 7.7 ± 1.8 kJ×kg-1 ×h-1 during the warm-up and waza, respectively. The amount of CHO and FAT oxidized were 21.5 7.4 grams and 2.0 1.1 grams (warm-up), and 52.0 6.4 grams and 0.1 0.2 grams (Waza). The regional and whole-body total mass and area had no different for the influence on the expenditure of Ė and substrate, although regional FFM exerted greater influence on Ė variables than whole-body FFM have presented. Thus, the energy demand during Kendō performance is related to the area and the amount of regional tissue metabolically active.
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Avaliação da atividade física, composição corporal e gasto energético total em adolescentes obesos e eutróficos / Evaluation of physical activity, body composition and total energy expenditure in obese and nonobese adolescentsLara Bergamo Silva 10 November 2016 (has links)
Adolescência é o período de transição entre a infância e a vida adulta, caracterizado pelos impulsos do desenvolvimento físico, mental, emocional, sexual e social. Essa faixa etária, ao longo dos anos tem apresentado aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade e danos e agravos à saúde provocados pelas comorbidades associadas. Os fatores que contribuem para esse processo são a alimentação e a inatividade física, portanto conhecer e saber escolher o melhor método para avaliar gasto energético basal e total, atividade física e a composição corporal dessa população ajuda os profissionais da saúde a trilharem soluções mais promissoras para o combate da obesidade e a formação de adultos mais saudáveis. O objetivo principal do presente estudo foi avaliar Gasto Energético e fatores diretamente relacionados como Consumo Alimentar e Padrão de Atividade Física em Adolescentes Obesos e Eutróficos. Foram estudados 86 adolescentes obesos e eutróficos de idade de 11 a 14 anos de ambos os sexos de escolas públicas e particulares de Ribeirão Preto. Foi avaliada a atividade física por meio do acelerômetro tri-axial, a composição corporal por absorcimetria de raio X de dupla energia, bioimpedância elétrica e óxido de deutério e gasto energético basal por calorimetria indireta e gasto energético total por água duplamente marcada. Os dados foram analisados pelo teste de normalidade Kolmogorov Smirnov, teste Anova com pós teste de Tukey e comparações por método Bland-Altman. O peso muscular pelo DXA de adolescentes obesos foi maior do que em adolescentes eutróficos. Houve diferença estatística entre obesos e eutróficos nas variáveis MMkg, MM%, MGkg e MG%. Analisando a composição corporal por BIA e OD podemos ver que a BIA superestima os resultados. Quanto ao gasto energético, não houve diferença estatística entre os grupo em relação ao GEB e GET, para o GET ser maior independe da atividade física em número de passos no dia, pois o GEB em X obesos (meninos e meninas) é maior quando comparado com eutróficos. O nível de atividade física dos adolescentes se mostrou semelhante entre os obesos e eutróficos, apesar dos obesos darem muito menos passos ao longo do dia. Em nosso estudo todas as variáveis foram diferentes entre os grupos. Foi constatado que os adolescentes obesos apresentam maior GEB por terem maior massa muscular, o que já eleva o GET, apesar de apresentarem AF menos intensa que os eutróficos, confirmando nossa hipótese inicial. / Adolescence is the transitional period between childhood and adulthood, characterized by the impulses of the physical, mental, emotional, sexual and social development. This age group, all over the years, has shown increasing prevalence of overweight and obesity, damage and health problems caused by associated comorbidities. Factors that contribute to this process are the diet and physical inactivity, so knowing how to choose the best method to assess basal and total energy expenditure, physical activity and body composition of this population helps health professionals to find the best solutions to deal with obesity and how to guide their patients on how to become healthier adults. The main objective of this study was to evaluate Energy Expenditure and directly related factors such as Food Consumption and Physical Activity in Adolescents Obese and Eutrophic. We studied 86 adolescents aged between 11 and 14 years of both genders, obese and non-obese, from public and private schools in Ribeirão Preto. Physical Activity was evaluate by tri-axial accelerometer, body composition by dual-energy X-ray absorptiometry, electric bioimpedance and deuterium oxide, and basal energy expenditure was evaluate by indirect calorimetry and total energy expenditure by doubly labeled water. Data was analysed by Kolmogorov Smirnov to check normality, Anova with post test Tukey and comparisons by Bland-Altman method. The muscle weight by DXA of obese adolescents was higher than in normal weight adolescents. There was statistical difference between obese and normal weight in MMkg variables, MM % BFkg and BF %. Analyzing body composition by BIA and OD we can see that the BIA overestimates the results. In relation to the energy expenditure, there was no statistical difference between the groups in relation to the REE and TEE to the TEE be most independent of physical activity in number of steps in the day, because the REE in obese (boys and girls) is higher as compared with eutrophic. XII The level of physical activity in adolescents was similar between the obese ones and normal weight ones, while obese ones had much less steps throughout the day. In our study all the variables were different between the grupos. We found that obese adolescents have higher REE because they have more muscle mass, which already raises the TEE, despite having less intense physical activity that eutrophic adolescents, confirming our initial hypothesis.
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Avaliação nutricional e do gasto energético de repouso de pacientes com doença renal crônica nas fases pré-dialítica e dialíticaOliveira, Mariana Cassani de January 2017 (has links)
Orientador: André Luís Balbi / Resumo: A presença de desnutrição energético e proteica é comum nos estágios finais da doença renal crônica (DRC) e pode ser causada por fatores relacionados à ingestão alimentar deficiente e alterações do gasto energético. A calorimetria indireta (CI) é um dos métodos utilizados para medir o gasto energético de repouso (GER). O presente estudo teve como objetivos avaliar o GER e parâmetros nutricionais, de modo evolutivo, de pacientes com DRC na fase pré-dialítica e após o início da diálise. Além disso, comparar os valores de GER medidos pela CI aos valores estimados pela fórmula de Harris & Benedict. Foram incluídos pacientes com taxa de filtração glomerular estimada <15ml/min/1,73m² e avaliados de acordo com Protocolo de Avaliação Nutricional (dados clínicos, antropometria, força de preensão manual, bioimpedância elétrica, ingestão alimentar e avaliação bioquímica), Avaliação Subjetiva Global e medida do GER por CI. As avaliações foram realizadas nos pacientes em estágio 5 não dialítico (A1), no início da diálise (A2) e após 30 dias do início da terapia dialítica (A3). Os dados foram descritos em média, desvio padrão ou mediana. Foi aplicado modelo misto em medidas repetidas com teste de Tukey ou ajustado por modelo linear generalizado e a análise de Bland & Altman para comparação dos métodos. Considerou-se nível de significância p<0,05 e os limites de concordância de até 200Kcal ou 10% do bias. Foram incluídos 35 indivíduos com média de idade de 61,2±10,9 anos, sendo 60% do sexo ... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Mestre
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Efeito da intensidade do exercício físico no gasto energético com atividades físicas em meninos com excesso de peso. / Effect of exercise intensity on energy expenditure with physical activity in overweight boys.Vitor Barreto Paravidino 10 March 2015 (has links)
Estudos epidemiológicos têm mostrado rápido aumento na prevalência de sobrepeso e obesidade, tanto na população adulta quanto em crianças e adolescentes, sendo o exercício físico considerado uma importante estratégia tanto na prevenção quanto no tratamento do ganho de peso. Apesar disso, estudos que avaliam os efeitos isolados do exercício físico no controle ponderal têm apresentado resultados conflitantes. Esses achados podem ser explicados por um possível efeito compensatório provocado pela sessão de exercício nas atividades físicas realizadas em períodos subsequentes. Portanto, o objetivo deste estudo é avaliar o efeito de diferentes intensidades do exercício físico no gasto energético com atividades físicas em adolescentes com excesso de peso. O desenho do estudo foi experimental do tipo crossover com realização de três sessões (controle, exercício moderado e exercício vigoroso). Vinte e quatro adolescentes de 11 a 13 anos, estudantes da rede municipal de ensino de Niterói-RJ, do sexo masculino e com excesso de peso concordaram em participar do estudo. O gasto energético com atividades físicas foi avaliado por acelerômetros triaxiais colocados durante as sessões experimentais e retirado após seis dias. Os dados referentes ao gasto energético associado às atividades físicas foram avaliados na 1 hora de utilização do acelerômetro e durante os seis dias de acompanhamento. Além disso, os valores também foram tratados de forma cumulativa, tendo sido calculado o gasto energético total de 24, 48, 72, 96, 120 e 144 horas. Análise de variância foi utilizada para avaliar as possíveis diferenças entre o gasto energético na primeira hora de registro entre os três grupos seguida do teste post hoc de Scheffé. A comparação das variações das médias de gasto energético (por dia e acumuladas) foi realizada por meio de modelos lineares mistos. A comparação do gasto energético durante a 1 hora de registro demonstrou diferença significativa entre todos três grupos, com médias de 82, 286 e 343 kcal para os grupos controle, moderado e intenso, respectivamente (p<0.001). O mesmo padrão de diferença para o gasto energético entre os grupos se manteve ao final de 24 horas (704 vs 970 vs 1056 kcal, p<0.001) e no gasto energético acumulado durante os seis dias de acompanhamento (5102 vs 5193 vs 5271 kcal, p<0.001). A análise do gasto energético por dia demonstrou uma redução do gasto energético dos grupos moderado e vigoroso a partir do segundo dia e que se manteve até o sexto dia de acompanhamento. Desse modo, pode-se concluir que uma única sessão de exercício físico aeróbio parece modificar o comportamento das atividades físicas espontâneas realizadas ao longo de 6 dias em adolescentes com excesso de peso. Entretanto, apesar do efeito compensatório observado, o gasto energético acumulado durante os seis dias para os grupos que realizaram as sessões de exercícios foi superior ao da sessão controle, tendo o grupo vigoroso apresentado o maior dispêndio acumulado para o período de acompanhamento. Futuros estudos são necessários de modo a investigar a compensação do gasto energético em obesos e não obesos e o efeito de um número maior de sessões de treinamento. / Epidemiological studies have shown rapid increase in the prevalence of overweight and obesity, both in adults and in children and adolescents and physical exercise considered an important strategy in the prevention and in the treatment of weight gain. Nevertheless, studies evaluating the isolated effects of exercise on weight control have shown conflicting results. These findings can be explained by a possible compensatory effect caused by exercise session in physical activities in subsequent periods. Therefore, the aim of this study is to evaluate the effect of different exercise intensities in energy expenditure with physical activity in adolescents with overweight. The study design was a crossover design with three sessions (control, moderate exercise and vigorous exercise). Twenty-four teenagers 11-13 years old, students from public schools in Niterói, Rio de Janeiro, male and overweight agreed to participate. The energy spent on physical activity was assessed by triaxial accelerometers placed during the experimental sessions and removed after six days. The data relating to energy expenditure associated with physical activity were assessed in 1st hour of using the accelerometer and during the six days of monitoring. In addition, values were also treated cumulatively, it has been calculated total energy expenditure of 24, 48, 72, 96, 120 and 144 hours. Analysis of variance was used to evaluate the possible differences between the energy expenditure in the first hour of registration between the three groups then the post hoc Scheffé. A comparison of the mean changes in energy expenditure (per day cumulative) was performed by mixed linear model. Comparison of energy expenditure during the 1st time showed significant differences between all three groups, with averages of 82, 286 and 343 kcal to the control group, moderate and intense, respectively (p <0.001). The same pattern of difference in energy expenditure between the groups remained after 24 hours (704 vs 970 vs 1056 kcal, p <0.001) and the cumulative energy expenditure during the six days of monitoring (5102 vs 5193 vs 5271 kcal, p <0.001). The analysis of energy expenditure per day demonstrated a reduction in energy expenditure of moderate and vigorous groups from the second day and remained until the sixth day of monitoring. Thus, we can conclude that a single aerobic workout seems to modify the behavior of spontaneous physical activities over 6 days in adolescents with overweight. However, despite the observed compensatory effect, the cumulative energy expenditure during the six days for the groups that carried out the exercise sessions was higher than the control session, with the vigorous group presented the highest accumulated expenditure for the follow-up period. Future studies are needed to investigate the compensation of energy expenditure in obese and nonobese patients and the effect of a greater number of training sessions.
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Análise do gasto energético em diferentes exercícios físicos realizados na intensidade do limiar anaeróbio / Analysis of energy expenditure at different exercises performed in the intensity of the anaerobic thresholdTatienne Neder Figueira da Costa 05 October 2009 (has links)
Sabe-se que as diferentes respostas metabólicas advindas da realização de um exercício físico são influenciadas por fatores como idade, gênero, estado nutricional, assim como pelas próprias variáveis do exercício físico, em especial a intensidade e duração. Embora estas últimas variáveis sejam bastante estudadas, há uma lacuna na literatura sobre o comportamento do consumo de oxigênio (\'VO IND.2\'), gasto energético e lactacidemia quando diferentes exercícios são realizados na intensidade do limiar anaeróbio (AT). Além disso, não há relatos sobre uma possível fase estável do lactato em exercício resistido. Desta forma, a proposta deste estudo foi primeiramente verificar a possibilidade de identificação do AT em oito exercícios resistidos e posteriormente analisar o \'VO IND.2\', gasto energético e lactacidemia durante e após os exercícios em esteira, circuito, circuito/esteira e esteira/circuito, ambos realizados na intensidade do AT e com similar duração de execução de movimento. Para tanto, foram avaliados oito indivíduos do gênero feminino, saudáveis e fisicamente ativas, submetidas aos testes de determinação de uma repetição máxima (1RM), identificação do AT em oito exercícios resistidos, identificação do AT no exercício em esteira e realização dos protocolos de exercícios em esteira, circuito, circuito/esteira e esteira/circuito. Os resultados demonstraram a possibilidade de identificação do AT em todos os exercícios propostos. Durante o exercício, as variáveis metabólicas (\'VO IND.2\' e gasto energético) no exercício em esteira foram significativamente maiores quando comparadas aos exercícios em circuito, circuito/esteira e esteira/circuito. Nenhuma diferença significante foi constatada entre os protocolos circuito/esteira e esteira/circuito, para ambas as variáveis mencionadas. Já o exercício em circuito mostrou ser estatisticamente menor que os demais protocolos. No componente rápido do excess postexercise oxygen consumption (EPOC), o \'VO IND.2\' e gasto energético no exercício em esteira foram significativamente diferentes dos exercícios em circuito e em esteira/circuito. O exercício em circuito mostrou ser estatisticamente diferente do circuito/esteira, assim como também foi verificada uma diferença entre os protocolos mistos, para \'VO IND.2\' e gasto energético (p < 0,05). A duração e magnitude do \'VO IND.2\' no componente lento do EPOC não foram estatisticamente diferentes entre os protocolos, porém uma diferença foi constatada (p < 0,05) na magnitude da produção calórica entre os protocolos esteira e esteira/circuito, neste mesmo período de tempo. Nossos resultados não encontraram nenhuma diferença na duração total do EPOC entre os protocolos estudados. Ao computar o gasto energético total da sessão, somente o exercício em circuito apresentou um dispêndio significativamente maior em relação às calorias dispendidas apenas durante a realização deste exercício. Em relação à lactacidemia, foi possível identificar uma fase estável do lactato nos exercícios em esteira e em circuito. Conclusões: a realização de diferentes tipos de exercício exerce influência sobre o \'VO IND.2\' e gasto energético durante e após o exercício, ao passo que a ordem de execução dos mesmos em uma única sessão, para essas mesmas respostas metabólicas, só é influenciada no período pós-exercício. A duração total do EPOC independe da realização de diferentes tipos de exercícios, assim como da ordem de execução. Além disso, há a existência de uma fase estável do lactato em exercício resistido, quando realizado em forma de circuito. / It\'s known that differents metabolic responses that come from the practice of physical exercises are influenced by factors, such as age, gender, nutritional condition, as well as by their own exercise variable, in especially the intensity and duration. Although the latter variables are well studied, there is a gap in the literature about the behavior of oxygen consumption (\'VO IND.2\'), the energy expenditure and \"lactacidemia\" when different exercises are performed in the intensity of the anaerobic threshold (AT). In addition, there is no account about a possible stable phase of the lactate in a resistance exercise. This way, the proposal of this study was first to verify the possibility of identification of the AT in eight resistance exercises and then to analyze the \'VO IND.2\', the energy expenditure and the \"lactacidemia\" during and after the exercises at a treadmill, at a circuit, at a circuit/treadmill and at a treadmill/circuit, all done in the intensity of the AT and with similar duration of the movement execution. For this, eight female participants, healthy and physically active, were evaluated, submitted to tests of determination of a maximum repetition (1RM), identification of the AT in eight resistance exercises, identification of the AT in a treadmill exercise and the development of the protocols of exercise at a treadmill, at a circuit, at a circuit/treadmill and at a treadmill/circuit. The results demonstrated the possibility of identification of AT in all exercises. During exercise, the metabolic variables (\'VO IND.2\' and energy expenditure) in the exercise at the treadmill were significantly higher when compared to the exercises in circuit, circuit/treadmill and treadmill/circuit. No significant differences were found between the protocols circuit/treadmill and treadmill/circuit, for both variables mentioned. When it concerns the exercise in the circuit, it showed to be statistically lower than the other protocols. In the fast component of the excess postexercise oxygen consumption (EPOC), the \'VO IND.2\' and the energy expenditure at the treadmill exercise were significantly different when compared to the exercises at the circuit and at the treadmill/circuit. The exercise at the circuit was statistically different from the circuit/treadmill, and it was also verified a difference between the mixed protocols for the \'VO IND.2\' and the energy expenditure (p < 0,05). The duration and the magnitude of the \'VO IND.2\' in the slow component of the EPOC were not statistically different between the protocols, but there was a difference (p < 0,05) in the magnitude of the calorific production between the treadmill and the treadmill/circuit protocols. Our results didn\'t find any difference in the total duration of the EPOC in the protocols analyzed. When determining the total energy expenditure of the session, only the exercise at the circuit showed a significantly bigger energy expenditure in comparison with the expended calories just during the exercise. Concerning the \"lactacidemia\", it was possible to identify a stable phase of the lactate in the exercises at the treadmill and at the circuit. Conclusions: the performance of different types of exercise influences the \'VO IND.2\' and the energy expenditure during and after the exercise, while the order of the exercise practice in a single session, concerning the same metabolic answers, is just influenced in the period after the exercise. However, the total duration of the EPOC has nothing to do with the development of the different kinds of exercise, nor with the practice order. Besides, there is existence of a stable phase of the lactate in the resistance exercise, when performed in circuit.
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Consumo alimentar e necessidade energética estimados na deficiência isolada e genética do hormônio de crescimento / Food intake and energy needs estimated in isolated deficiency and genetic growth hormoneSantos, Alécia Josefa Alves Oliveira 15 May 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Context: The GH/IGF-I axis has important interactions with the alimentary system and the balance between estimated energy intake (EEI) and estimated energy requirement (EER).
Reduced EEI has been described in adult onset acquired GH deficiency, associated to other pituitary deficits. Individuals with isolated growth hormone deficiency (IGHD) due to a
homozygous mutation (c.57+1G→A) in the GHRH receptor gene, living in Itabaianinha County in Brazil Northeastern, have abdominal obesity, without insulin resistance. EEI and EER are
unknown in this unique cohort. Objectives: To evaluate EEI and EER in this IGHD cohort. Methods: Cross-sectional study of 24 IGHD individuals and 23 adult controls from the same region, matched for age and gender. IEE was evaluated by three food 24-hour recalls and EER by the equation of the Dietary Reference Intakes. Fat mass was assessed by DXA. Results:
Both EEI and EER in absolute values were lower in IGHD. However, when corrected by body weight, EEI was higher in IGHD (p=0.005). IGHD individuals consume in percentage more
proteins (p<0.0001), less carbohydrates (p=0.013) and equal lipids in comparison to controls. Conclusions: The higher estimated energy intake per body weight indicates a possible
increase of orexigenic mechanisms in IGHD individuals, ensuring greater caloric intake, which would have adaptive advantages for small sized individuals, in environment with limited access to food. IGHD individuals seem have a healthier dietary pattern than CO. / Introdução: O eixo do hormônio de crecimento (GH) / fator de crescimento semelhante a isulina tipo I (IGF-I) tem interações importantes no consumo alimentar e no equilíbrio entre a ingestão energértica estimada (IEE) e a necessidade energética estimada (NEE). A baixa IEE é comum na deficiência de GH de início na idade adulta, associada a outras deficiências adquiridas da pituitária. Indivíduos com deficiência isolada de GH (DIGH), devido à mutação homozigótica c.57 + 1G → A no gene do receptor do GHRH, residentes em Itabaianinha no Nordeste do Brasil, apresentam obesidade abdominal, sem resistência à insulina. Nesta coorte a IEE e NEE são desconhecidos. Objetivos: Avaliar IEE e NEE neste modelo de DIGH. Casuística e Métodos: Estudo transversal em 24 indivíduos com DIGH e 23 controles adultos normais da mesma região, pareados por idade, gênero e percentual de massa gorda. Foi avaliada IEE por três recordatórios alimentares de 24 horas e NEE pela equação das
Dietary Reference Intakes. A massa gorda foi avaliada por absorciometria de raios X de dupla energia (DXA). Resultados: Em valores absolutos a IEE e NEE foram menores nos
indivíduos com DIGH. No entanto, quando corrigido pelo peso corporal, IEE foi maior no grupo com DIGH (p = 0,005). Os Indívuos com DIGH consomem em valores percentuais
mais proteínas (p<0,0001), menos carboidratos (p = 0,013) e mesma quantidade de lípideos em comparação aos controles. Conclusões: A maior ingestão calórica por peso corporal
indica um possível aumento dos mecanismos orexígenos nos indivíduos com DIGH, garantindo uma maior ingestão calórica, o que propiciaria vantagem adaptativa para pessoas
de tamanho reduzido em um ambiente com acesso limitado a alimentos. Indivíduos com DIGH parecem ter um hábito alimentar mais saudável que os controles.
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