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O Conceito do Estado em HegelAdalberto Ximenes LeitÃo Filho 10 November 2006 (has links)
nÃo hà / Diese Arbeit handelt von Hegels politischer Philosophie und versucht seine Staatstheorie zu begreifen. Die Hauptwerk unserer Forschung war Hegels berÃhmte Grundlinien der Philosophie des Rechts. Wir haben versucht, Hegels begriffliche Deduktion des Staates zu verfolgen und sie im Rahmen seines ganzen System zu klÃren. Wir versuchen zu zeigen, dass Hegels Staatstheorie die WidersprÃche und Zweiteilungen der politischen Philosophie der Moderne Ãber die Bedeutung und Rechtfertigung des Staates Ãberwinden wollte. Diese WidersprÃche, wie zum Beispiel die hypothetische und subjektive BegrÃndung des Staates, haben dazu gebracht, dass die Entgegensetzung zwischen Individuum und Staat immer grosser wurde, so dass der Staat in der Moderne keineswegs die sittliche Gesamtheit einer Gemeinschaft, den Volksgeist, darstelle, aber nur die Interessen der besonderen Willen. Um diese Entegegensetzung zu lÃschen, bedient sich Hegel von den wichtigen begrifflichen Paar bÃrgerliche Gesellschaft und Staat. FÃr ihn, ist der Staat durch das vernÃnftige Recht begrÃndet und muss betrachtet werden als die einzige gesellschaftliche Institution, die die gesellschaftliche WidersprÃchen aufheben kann. Es ist deswegen Aufgabe des Staates die ganze Allgemeinheit und Wirklichkeit des Mensches zu fÃrdern und die Freiheit konkret zu verwirklichen. Dies ist das oberste Prinzip des hegelschen Systems. / Este trabalho tem por tema a filosofia polÃtica de Hegel, mais especificamente sua teoria do Estado. Com tal objetivo servimos-nos, como obra principal em nossos estudos, dos PrincÃpios da Filosofia do Direito. Com eles tentamos reconstruir a argumentaÃÃo de Hegel sobre o conceito de Estado, contextualizando tal concepÃÃo no Ãmbito prÃprio do sistema hegeliano assim como em seus fundamentos principais. Como resultado de nossa pesquisa, constatamos que a teoria de Estado hegeliana pretendia superar as contradiÃÃes e dicotomias das filosofias polÃticas modernas sobre o significado e a legitimaÃÃo do Estado. Estas contradiÃÃes, como, por exemplo, a fundamentaÃÃo hipotÃtica e subjetiva do Estado, aprofundavam a oposiÃÃo entre indivÃduo e Estado, em que o Ãltimo representava somente os interesses de vontades particulares e nÃo o conjunto Ãtico de uma coletividade, o espÃrito de um povo. Em busca da sÃntese e soluÃÃo destas questÃes, Hegel elabora teoricamente a distinÃÃo conceitual entre sociedade civil e Estado. Para ele, o Estado se fundamenta racionalmente no direito e à aquela instÃncia social capaz de suprassumir as contradiÃÃes sociais, tornado-se, assim, capaz de promover a universalizaÃÃo e realizaÃÃo plena do homem, isto Ã, capaz de realizar concretamente o princÃpio Ãltimo de toda a sua filosofia e de toda a humanidade, a liberdade.
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CiÃncia e ExperiÃncia: para uma interpretaÃÃo da Fenomenologia do EspÃrito de HegelAlexandre de Moura Barbosa 01 June 2007 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / This research has as purpose the clarification of a classic controversy in the Hegelâs interpretation concerning the position and of the direction of the Phenomenology of the Spirit in the system. For this, to analyze the relation between the Experience and Science, since the Phenomenology is a science of the experience. Of one it has left if it has the interpretation of Haering on this question: the Phenomenology would be or an introduction or part of the system? This interpretation was developed by Hyppolite in âGÃnese and structure of the Phenomenology of spirit of Hegelâ. For Hyppolite, the Phenomenology would be a paidÃia in its direction of learning; a learning of the soul to the spirit, the conscience to the absolute one. This position is critical later for LabarriÃre and Otto Poeggeler, for these the genetic interpretation of Haering and Hyppolite is arbitrary. One third interpretations that would bring light to this quarrel is of Bourgeois in âFelt and intention of the Phenomenology of the spiritâ, it places in question the interpretation of Hyppolite concerning the purpose and of the conscience of it carries through the movement, placing on suspicion the interpretation of the Phenomenology of the spirit as a paidÃia. To decide this series of difficulties and interpretation problems, I opted to approaching the Hegelâs solution of the platonic solution in the MÃnon. The central relation between Science and Experience would be the category of the remembrance (Er-innerung). / Esta pesquisa tem como finalidade o esclarecimento de uma clÃssica controvÃrsia na interpretaÃÃo hegeliana acerca da posiÃÃo e do sentido da Fenomenologia do EspÃrito no sistema. Para isto, analisar a relaÃÃo entre a ExperiÃncia e a CiÃncia, jà que a Fenomenologia à uma ciÃncia da experiÃncia. De uma parte se tem a interpretaÃÃo de Haering sobre esta questÃo: a Fenomenologia seria ou uma introduÃÃo ou parte do sistema? Esta interpretaÃÃo foi desenvolvida por Hyppolite em âGÃnese e estrutura da Fenomenologia de espÃrito de Hegelâ. Para Hyppolite, a Fenomenologia seria uma paidÃia em seu sentido de aprendizagem; uma aprendizagem da alma ao espÃrito, da consciÃncia ao absoluto. Esta posiÃÃo à criticada posteriormente por LabarriÃre e Otto Poeggeler, para estes a interpretaÃÃo genÃtica de Haering e Hyppolite à uma arbitrariedade. Uma terceira interpretaÃÃo que traria luz esta discussÃo à a de Bourgeois em âSentido e intenÃÃo da Fenomenologia do espÃritoâ, ele coloca em questÃo a interpretaÃÃo de Hyppolite acerca da finalidade e da consciÃncia de realiza o movimento, colocando sobre suspeita a interpretaÃÃo da Fenomenologia do espÃrito como uma paidÃia. Para resolver esta sÃrie de dificuldades e problemas interpretativos, optei por aproximar a soluÃÃo hegeliana da soluÃÃo platÃnica no MÃnon. A relaÃÃo central entre CiÃncia e ExperiÃncia seria a categoria da rememoraÃÃo.
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Aquém dos limites do sentido : um estudo acerca do papel da afecção na explicação Kantiana da experiênciaTechio, Jônadas January 2005 (has links)
O presente estudo pretende fornecer um esclarecimento acerca do idealismo transcendental de Kant, através da análise de um problema específico e recorrente no âmbito de sua interpretação: o chamado “problema da afecção” (aqui compreendido como a dificuldade de se compatibilizar (i) a tese da incognoscibilidade das coisas em si mesmas e (ii) a tese de que coisas existentes independentemente de nós nos afetam). A relevância da análise desse problema para a compreensão da posição kantiana reside na ligação mantida entre as duas teses litigiosas que o constituem e dois aspectos gerais e absolutamente fundamentais do idealismo transcendental, que são, respectivamente, seu aspecto idealista e seu aspecto realista. Essa ligação também explica porque mal-entendidos acerca da macro-estrutura da posição de Kant (i.e., acerca de seu caráter “realista” e/ou “idealista”), podem ter sido responsáveis por interpretações equivocadas do papel das duas teses pontuais que constituem o problema em pauta — e isso tanto por parte dos seus críticos, quanto por parte dos seus presuntivos “defensores”, como tentarei mostrar através da análise de alguns casos exemplares. A convicção que move o presente estudo ´e a de que, para impedir tais mal-entendidos, faz-se necessário um esforço reflexivo que priorize a natureza peculiar do procedimento argumentativo de Kant, o qual prescinde e mesmo se opõe a qualquer modelo intuitivo que possamos ter acerca das relações entre “sujeito” e “objeto”, “mente” e “mundo”, exigindo, consequentemente, para sua melhor compreensão, que se proceda a uma inversão completa da “imagem” que guia nossas especulações acerca dessas relações — exatamente como nos pede o autor da Crítica ao apresentar sua proposta de “revolução copernicana”. Como resultado, defenderei que o “problema da afecção” só constitui um “problema” legítimo se supusermos uma determinada compreensão da macro-estrutura do idealismo transcendental, e, por conseguinte, dissolve-se quando a abandonarmos em prol de uma compreensão alternativa, fundamentada em um novo modelo de explicação da cognição humana, no qual o sujeito assume um papel central, sem prejuízo do ponto realista expresso pela tese da afecção. O que tentarei mostrar ´e que esse “realismo” não é de fato uma posição filosófica: ele não ´e o resultado de nenhum argumento — como, per contra, o é o “realismo empírico” — nem tampouco é assumido dogmaticamente no ponto de partida da análise — como faria o defensor do “realismo transcendental”, guiado por um modelo da cognição posto em cheque por Kant. O que este último autor pretende contemplar, no nível filosófico da análise da cognição, ao afirmar a necessidade da afecção, é simplesmente o que se poderia chamar de atitude realista “ordinária”, “pré-reflexiva”, da qual todos n´os compartilhamos, e que pode ser expressa linguisticamente pelo dito: “experimentar não é inventar”. Ao contemplar essa atitude, Kant d´a um passo em sua análise que não é passível de justificação — pelo menos no sentido do fornecimento de uma “prova” — mas que tampouco pode ser posto em dúvida, uma vez que a própria pergunta que deveria expressar essa dúvida exige que se fale acerca daquilo que está aquém dos limites do sentido, e, por isso mesmo, não pode ser formulada (com sentido). / The present study aims to offer a clarification of Kant’s transcendental idealism, fo- cusing the analysis on a specific and recurrent problem of his interpretation: the so called “problem of affection” (understood here as the difficulty of making compatible (i) the thesis of the incognoscibility of the things in themselves, and (ii) the thesis that things existing independently of us affect us). The relevance of the analysis of this problem, in order to understand Kant’s position, lays in the connection between the two litigious theses which constitute it and two general and absolutely fundamental aspects of the transcendental idealism, viz., respectively, the idealist and the realist ones. Attending to this connection may also help to explain why misunderstandings concerning the ma- crostructure of Kant’s position (i.e., concerning its “realist” and/or “idealist” character) could have been responsible for mistaken interpretations of the role of the two theses which constitute the problem of affection — and this both from the side of his critics and of his presumptive “defenders”, as I shall show through the analysis of some exemplary cases. The conviction which moves the present study is that, to prevent such misunders- tandings, a reflective effort must be done in order to understand the peculiar nature of Kant’s argumentative procedure, which does without and even opposes any intuitive mo- del which we can have concerning the relations between “subject” and “object”, “mind” and “world”, demanding, therefore, for its better comprehension, that we proceed to a complete inversion of the “picture” which guides our speculations about these relations — as it is required by the author of the Critique himself, when presenting his proposal of a “Copernican revolution”. The main result is that the “problem of affection” only constitutes a legitimate “problem” if we assume a specific understanding of the macros- tructure of transcendental idealism, and, consequently, it dissolves when we replace that understanding by an alternative one based on a newmodel of explanation of the human cognition, in which the subject assumes a central role, without damaging the realist point expressed by the affection thesis. What I shall defend is that this “realism” is not in fact a philosophical position: it is not a result of any argument — as, per contra, it is Kant’s “empirical realism” — neither it is assumed dogmatically at the starting point of the analysis — as a “transcendental realist” would do, guided by a model of the cognition which Kant wants to replace. What it is intended by Kant, in the philosophical level of the analysis of cognition, when affirming the necessity of affection, is simply what we would call the “ordinary”, “pre-reflexive”, realist attitude, which we all share and which can be linguistically expressed by the dictum: “to experiment is not to invent”. When addressing this attitude, Kant takes a step in his analysis which is not capable of justification — at least in the sense of having to receive a “proof” — but which we are equally not capable of doubting — given that the question itself, which should express that doubt, requires that one speaks about that which is prior to the bounds of the sense, and, therefore, cannot be formulated (with sense).
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Da crítica idealista à crítica materialista = ser genérico e gênese do comunismo / From the idealistic criticism to the materialistic criticism : generic being genesis of communismEidt, Celso 16 August 2018 (has links)
Orientador: Marcos Lutz Müller / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-16T02:14:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2010 / Resumo: O tema central deste trabalho é a teoria do comunismo no jovem Marx. Seu plano geral é expor, seguindo os escritos de juventude que vão da Gazeta Renana à Ideologia alemã, o percurso e o arranjo teórico-conceitual pelo qual Marx desenvolve a teoria do comunismo enquanto sociabilidade alternativa à ordem social burguesa. Nesse movimento, busca evidenciar como o pensamento de Marx parte da perspectiva hegeliana do Estado ético, avança nos debates sobre os temas da emancipação política e humana e da unidade do universal político e do particular social, até o conceito de ser genérico, retomado de Feuerbach, o qual ainda opera nos Manuscritos econômico-filosóficos, onde se encontram as primeiras teses da teoria do comunismo, que alcançará na Ideologia alemã os fundamentos do materialismo histórico / Abstract: The central theme of this work is the communism theory in the young Marx. Its general plan is to expose, following the writings of his youth ranging from Rhenish Gazette to German Ideology, the path and the theoretical-conceptual arrangement through which Marx developed the theory of communism as a alternative sociability to the bourgeois social order. In this movement, it seeks to show how Marx's thought starts from the hegelian perspective of the Ethical state, it advances in debates on issues of political and human emancipation and of the unity of the universal political and of the particular social, until it reaches the concept of generic being, taken from Feuerbach, which still operates in Economic and Philosophic Manuscript, where the first thesis of the communism theory will be found, which will reach in German Ideology the foundations of historical materialism / Doutorado / Filosofia / Doutor em Filosofia
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A noção de intersubjetividade nas Meditações Cartesianas de Edmund Husserl / The notion of intersubjectivity in the Cartesians Meditations of Edmund HusserlSanchez, Devair Gonçalves 15 July 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-07-15 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This research aims to present a reading of the notion of intersubjectivity based on the Cartesian Meditations work of Edmund Husserl. For this, will be demonstrated, how, from of solipsism to the formation of a Intermonadologic universal community, Husserl offers a proposal for theoretical reasoning about knowledge of the alter ego, based on the status of phenomenology as transcendental idealism. At first moment, will be done an approach of the major concepts of phenomenology contained in the work, and that arise in the first meditations until the theoretical core of the question: the Fifth Meditation. In the intermediate section will be prioritized the description of the donation modes of the alter ego to ego through the constitutive dynamic. Finally, will be explained the formation of communities of higher grade as a result of the unity of monadic egos and response at the problem of intersubjectivity. / A presente pesquisa visa apresentar uma leitura da noção de intersubjetividade com base na obra Meditações Cartesianas, de Edmund Husserl. Para tanto, será demonstrado como, a partir do solipsismo à formação de uma comunidade universal Intermonadológica, Husserl oferece uma proposta de fundamentação teórica acerca do conhecimento do alter ego, com base no estatuto da fenomenologia enquanto idealismo transcendental. Num primeiro momento, será feita uma abordagem dos principais conceitos da fenomenologia contidos na obra, e que surgem no itinerário correspondente às quatro primeiras meditações, até o cerne teórico acerca do tema: a Quinta Meditação. No capítulo intermediário será priorizada a descrição acerca dos modos de doação do alter ego para o ego em meio à dinâmica constitutiva. Por fim, explicitar-se-á a formação das comunidades de grau superior como resultado da unidade dos egos monádicos e resposta ao problema da intersubjetividade.
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[pt] A INFLUÊNCIA DAS FILOSOFIAS DE KANT E PLATÃO NA CONSTITUIÇÃO DA METAFÍSICA DE SCHOPENHAUER / [en] THE INFLUENCE OF THE PHILOSOPHIES OF KANT AND PLATO ON THE CONSTITUTION OF THE METAPHYSICS OF SCHOPENHAUERJEFFERSON SILVEIRA TEODORO 13 June 2022 (has links)
[pt] Esta pesquisa busca analisar a dependência que o sistema metafísico de
Schopenhauer possui em relação às filosofias de Kant e Platão. Para tanto,
argumentamos a favor de uma maior proximidade de Schopenhauer da matriz
racionalista do Ocidente, ainda que pese ser o elemento central de sua filosofia uma
coisa-em-si irracional. O trabalho percorre os aspectos epistemológicos,
cosmológicos, estéticos e éticos de seu pensamento tanto em relação às suas duas
maiores influências, Kant e Platão, quanto em relação ao contexto do Idealismo
Alemão. Portanto, o texto investiga como uma metafísica do irracional surge a
partir da assimilação, ressignificação e subversão do estatuto racionalista ocidental. / [en] The aim of this research is to analyze the dependence of the metaphysical
system of Schopenhauer in relation to the philosophies of Kant and Plato. For such,
we argue in favor of a closer proximity of Schopenhauer to Western rationalist
sources, even if the central element of his philosophy is an irrational thing-in-itself.
This work follows the epistemological, cosmological, aesthetic and ethical aspects
of his thought in relation to his two greatest influences, Kant and Plato, as much as
to the context of German Idealism. Therefore, the text investigates how a
metaphysics of the irrational springs from the assimilation, resignification and
subversion of the Western rationalist statute.
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Objetividade e espacialidade : Kant e a refutação do idealismoFalkenbach, Tiago Fonseca January 2012 (has links)
No presente trabalho, apresentamos uma reconstrução do argumento kantiano em favor da tese que objetividade implica espacialidade. O argumento é exposto na Crítica da Razão Pura (e parcialmente reformulado em algumas Reflexões que integram o Nachlass). Kant, no entanto, é extremamente conciso em alguns de seus passos fundamentais. Para contornar essa dificuldade, recorremos ao trabalho de outros filósofos que defenderam a mesma tese, notadamente, L.Wittgenstein, P.F.Strawson e Gareth Evans. Mesmo nas ocasiões em que nos distanciamos da letra de Kant, porém, buscamos preservar sua estratégia de prova, a saber, fundamentar o vínculo entre as noções de objetividade e espacialidade a partir de sua relação com a noção de temporalidade. A ‘Refutação do Idealismo (problemático)’, acrescentada na segunda edição da Crítica, desempenha um papel central nessa estratégia. Sendo assim, procuramos razões para a afirmação que a representação objetiva de uma existência no tempo – a representação da existência de um sujeito de consciência, para tomar o caso destacado por Kant – pressupõe a representação de objetos espaciais e independentes da mente. Argumentamos que a melhor defesa da validade da Refutação kantiana é uma doutrina da cognição de inspiração wittgensteiniana, mais exatamente, da concepção de conceitos como regras cuja aplicação requer padrões de correção (também denominados, pelo próprio Wittgenstein, de ‘paradigmas’). Segundo essa concepção, padrões devem ser objetos permanentes, existentes no espaço, independentes da mente e usados como paradigmas da aplicação correta de conceitos. Para que sejam usados dessa maneira, devem ser conhecidos pelo sujeito de pensamentos, isto é, por aquele que emprega conceitos e, portanto, segue regras. No primeiro capítulo, é discutida a teoria kantiana da cognição. Isso inclui o esclarecimento da noção de objetividade, assim como da tese que toda cognição requer conceitos. O segundo capítulo trata da relação entre objetividade e temporalidade. Há duas etapas principais nessa discussão. A primeira é uma análise da estrutura diacrônica da atividade conceitual. Nessa parte, examinamos as noções kantianas de juízo e de sujeito de pensamentos, especialmente como expostas na ‘Analítica dos Conceitos’. A segunda etapa é uma análise do argumento em favor da tese que a representação objetiva do tempo requer a representação de um objeto permanente. Kant desenvolve esse argumento na ‘Primeira Analogia (da Experiência)’. O segundo capítulo encerra, assim, com uma interpretação desse texto. Finalmente, no terceiro capítulo, consideramos a relação entre representação objetiva do tempo e espacialidade. Nessa parte, são examinadas duas vias de reconstrução do argumento da ‘Refutação do Idealismo’. A primeira é caracterizada pelo fato de não pressupor uma leitura forte da tese que cognição implica conceitos. Essa é a reconstrução que deve ser adotada pelo não-conceitualista. A segunda, ao contrário, admite a leitura forte da tese, bem como a concepção de conceitos como dependentes do conhecimento de padrões de correção. Defendemos que a segunda reconstrução é, das duas, a que está mais próxima de alcançar o resultado pretendido. / In this work we offer a reconstruction of Kant’s argument for the thesis that objectivity implies spatiality. The argument is presented in the Critique of Pure Reason (and further articulated in the so-called ‘Reflexionen’), but Kant's rendering of some of its fundamental steps is extremely laconic, to say the least. In our attempt to fill up the gaps in Kant's presentation, we make use of the work of other philosophers who defended the same thesis, most notably L.Wittgenstein, P.F.Strawson and Gareth Evans. Kant’s main strategy of proof is carefully preserved nevertheless: we try to establish, following Kant's lead, the link between the notions of objectivity and spatiality through the way the two notions a related to that of temporality. Kant's ‘Refutation of (problematic) Idealism’ plays a central role in this strategy. Accordingly, we undertake to show that the objective representation of something as existing in time – the representation, to take Kant's own privileged case, of the existence of a subject of consciousness – presupposes the representation of spatial objects which subsist independently of the representing mind. We argue that the best available defense of the validity of Kant’s Refutation makes use of a theory of cognition strongly inspired by Wittgenstein’s notion of concepts, in particular by his view of concepts as rules whose application is essentially dependent on concrete standards of correctness (also called, by Wittgenstein himself, paradigms). According to this view, standards must be permanent objects existing in space, which are used as paradigms of the correct application of concepts and which must, in order to be so used, be epistemically accessible to the thinking, concept-using, rule-following subject. In the first chapter, we discuss Kant’s theory of cognition. This involves clarifying his notion of objectivity, as well as his thesis that all cognition requires concepts. The second chapter examines the relation between objectivity and temporality. There are two main stages in this discussion. The first is an analysis of the diachronic structure of conceptual activity. At this stage we offer an examination of the Kantian notions of a judgment and of a subject of thoughts, especially as these are presented in the ‘Analytic of Concepts’. The second stage is the analysis of the argument for the thesis that the objective representation of time requires the representation of a permanent object. Kant's argument for that thesis is presented in the ‘First Analogy (of Experience)’. So, we finish the second chapter with our reading of that text. Finally, in the third chapter, we consider the relation between the objective representation of time and spatiality. Here we consider two ways of reconstructing the argument of the ‘Refutation’. The first one does not presuppose what we call a strong reading of the thesis that cognition implies concepts. That is the reconstruction which should be adopted by the nonconceptualist. The second, on the contrary, accepts the strong reading of the thesis, combining it with the idea of concepts as dependent on standards for correct application. We argue that the second reconstruction is the one which is more likely to achieve the intended result.
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Objetividade e espacialidade : Kant e a refutação do idealismoFalkenbach, Tiago Fonseca January 2012 (has links)
No presente trabalho, apresentamos uma reconstrução do argumento kantiano em favor da tese que objetividade implica espacialidade. O argumento é exposto na Crítica da Razão Pura (e parcialmente reformulado em algumas Reflexões que integram o Nachlass). Kant, no entanto, é extremamente conciso em alguns de seus passos fundamentais. Para contornar essa dificuldade, recorremos ao trabalho de outros filósofos que defenderam a mesma tese, notadamente, L.Wittgenstein, P.F.Strawson e Gareth Evans. Mesmo nas ocasiões em que nos distanciamos da letra de Kant, porém, buscamos preservar sua estratégia de prova, a saber, fundamentar o vínculo entre as noções de objetividade e espacialidade a partir de sua relação com a noção de temporalidade. A ‘Refutação do Idealismo (problemático)’, acrescentada na segunda edição da Crítica, desempenha um papel central nessa estratégia. Sendo assim, procuramos razões para a afirmação que a representação objetiva de uma existência no tempo – a representação da existência de um sujeito de consciência, para tomar o caso destacado por Kant – pressupõe a representação de objetos espaciais e independentes da mente. Argumentamos que a melhor defesa da validade da Refutação kantiana é uma doutrina da cognição de inspiração wittgensteiniana, mais exatamente, da concepção de conceitos como regras cuja aplicação requer padrões de correção (também denominados, pelo próprio Wittgenstein, de ‘paradigmas’). Segundo essa concepção, padrões devem ser objetos permanentes, existentes no espaço, independentes da mente e usados como paradigmas da aplicação correta de conceitos. Para que sejam usados dessa maneira, devem ser conhecidos pelo sujeito de pensamentos, isto é, por aquele que emprega conceitos e, portanto, segue regras. No primeiro capítulo, é discutida a teoria kantiana da cognição. Isso inclui o esclarecimento da noção de objetividade, assim como da tese que toda cognição requer conceitos. O segundo capítulo trata da relação entre objetividade e temporalidade. Há duas etapas principais nessa discussão. A primeira é uma análise da estrutura diacrônica da atividade conceitual. Nessa parte, examinamos as noções kantianas de juízo e de sujeito de pensamentos, especialmente como expostas na ‘Analítica dos Conceitos’. A segunda etapa é uma análise do argumento em favor da tese que a representação objetiva do tempo requer a representação de um objeto permanente. Kant desenvolve esse argumento na ‘Primeira Analogia (da Experiência)’. O segundo capítulo encerra, assim, com uma interpretação desse texto. Finalmente, no terceiro capítulo, consideramos a relação entre representação objetiva do tempo e espacialidade. Nessa parte, são examinadas duas vias de reconstrução do argumento da ‘Refutação do Idealismo’. A primeira é caracterizada pelo fato de não pressupor uma leitura forte da tese que cognição implica conceitos. Essa é a reconstrução que deve ser adotada pelo não-conceitualista. A segunda, ao contrário, admite a leitura forte da tese, bem como a concepção de conceitos como dependentes do conhecimento de padrões de correção. Defendemos que a segunda reconstrução é, das duas, a que está mais próxima de alcançar o resultado pretendido. / In this work we offer a reconstruction of Kant’s argument for the thesis that objectivity implies spatiality. The argument is presented in the Critique of Pure Reason (and further articulated in the so-called ‘Reflexionen’), but Kant's rendering of some of its fundamental steps is extremely laconic, to say the least. In our attempt to fill up the gaps in Kant's presentation, we make use of the work of other philosophers who defended the same thesis, most notably L.Wittgenstein, P.F.Strawson and Gareth Evans. Kant’s main strategy of proof is carefully preserved nevertheless: we try to establish, following Kant's lead, the link between the notions of objectivity and spatiality through the way the two notions a related to that of temporality. Kant's ‘Refutation of (problematic) Idealism’ plays a central role in this strategy. Accordingly, we undertake to show that the objective representation of something as existing in time – the representation, to take Kant's own privileged case, of the existence of a subject of consciousness – presupposes the representation of spatial objects which subsist independently of the representing mind. We argue that the best available defense of the validity of Kant’s Refutation makes use of a theory of cognition strongly inspired by Wittgenstein’s notion of concepts, in particular by his view of concepts as rules whose application is essentially dependent on concrete standards of correctness (also called, by Wittgenstein himself, paradigms). According to this view, standards must be permanent objects existing in space, which are used as paradigms of the correct application of concepts and which must, in order to be so used, be epistemically accessible to the thinking, concept-using, rule-following subject. In the first chapter, we discuss Kant’s theory of cognition. This involves clarifying his notion of objectivity, as well as his thesis that all cognition requires concepts. The second chapter examines the relation between objectivity and temporality. There are two main stages in this discussion. The first is an analysis of the diachronic structure of conceptual activity. At this stage we offer an examination of the Kantian notions of a judgment and of a subject of thoughts, especially as these are presented in the ‘Analytic of Concepts’. The second stage is the analysis of the argument for the thesis that the objective representation of time requires the representation of a permanent object. Kant's argument for that thesis is presented in the ‘First Analogy (of Experience)’. So, we finish the second chapter with our reading of that text. Finally, in the third chapter, we consider the relation between the objective representation of time and spatiality. Here we consider two ways of reconstructing the argument of the ‘Refutation’. The first one does not presuppose what we call a strong reading of the thesis that cognition implies concepts. That is the reconstruction which should be adopted by the nonconceptualist. The second, on the contrary, accepts the strong reading of the thesis, combining it with the idea of concepts as dependent on standards for correct application. We argue that the second reconstruction is the one which is more likely to achieve the intended result.
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Objetividade e espacialidade : Kant e a refutação do idealismoFalkenbach, Tiago Fonseca January 2012 (has links)
No presente trabalho, apresentamos uma reconstrução do argumento kantiano em favor da tese que objetividade implica espacialidade. O argumento é exposto na Crítica da Razão Pura (e parcialmente reformulado em algumas Reflexões que integram o Nachlass). Kant, no entanto, é extremamente conciso em alguns de seus passos fundamentais. Para contornar essa dificuldade, recorremos ao trabalho de outros filósofos que defenderam a mesma tese, notadamente, L.Wittgenstein, P.F.Strawson e Gareth Evans. Mesmo nas ocasiões em que nos distanciamos da letra de Kant, porém, buscamos preservar sua estratégia de prova, a saber, fundamentar o vínculo entre as noções de objetividade e espacialidade a partir de sua relação com a noção de temporalidade. A ‘Refutação do Idealismo (problemático)’, acrescentada na segunda edição da Crítica, desempenha um papel central nessa estratégia. Sendo assim, procuramos razões para a afirmação que a representação objetiva de uma existência no tempo – a representação da existência de um sujeito de consciência, para tomar o caso destacado por Kant – pressupõe a representação de objetos espaciais e independentes da mente. Argumentamos que a melhor defesa da validade da Refutação kantiana é uma doutrina da cognição de inspiração wittgensteiniana, mais exatamente, da concepção de conceitos como regras cuja aplicação requer padrões de correção (também denominados, pelo próprio Wittgenstein, de ‘paradigmas’). Segundo essa concepção, padrões devem ser objetos permanentes, existentes no espaço, independentes da mente e usados como paradigmas da aplicação correta de conceitos. Para que sejam usados dessa maneira, devem ser conhecidos pelo sujeito de pensamentos, isto é, por aquele que emprega conceitos e, portanto, segue regras. No primeiro capítulo, é discutida a teoria kantiana da cognição. Isso inclui o esclarecimento da noção de objetividade, assim como da tese que toda cognição requer conceitos. O segundo capítulo trata da relação entre objetividade e temporalidade. Há duas etapas principais nessa discussão. A primeira é uma análise da estrutura diacrônica da atividade conceitual. Nessa parte, examinamos as noções kantianas de juízo e de sujeito de pensamentos, especialmente como expostas na ‘Analítica dos Conceitos’. A segunda etapa é uma análise do argumento em favor da tese que a representação objetiva do tempo requer a representação de um objeto permanente. Kant desenvolve esse argumento na ‘Primeira Analogia (da Experiência)’. O segundo capítulo encerra, assim, com uma interpretação desse texto. Finalmente, no terceiro capítulo, consideramos a relação entre representação objetiva do tempo e espacialidade. Nessa parte, são examinadas duas vias de reconstrução do argumento da ‘Refutação do Idealismo’. A primeira é caracterizada pelo fato de não pressupor uma leitura forte da tese que cognição implica conceitos. Essa é a reconstrução que deve ser adotada pelo não-conceitualista. A segunda, ao contrário, admite a leitura forte da tese, bem como a concepção de conceitos como dependentes do conhecimento de padrões de correção. Defendemos que a segunda reconstrução é, das duas, a que está mais próxima de alcançar o resultado pretendido. / In this work we offer a reconstruction of Kant’s argument for the thesis that objectivity implies spatiality. The argument is presented in the Critique of Pure Reason (and further articulated in the so-called ‘Reflexionen’), but Kant's rendering of some of its fundamental steps is extremely laconic, to say the least. In our attempt to fill up the gaps in Kant's presentation, we make use of the work of other philosophers who defended the same thesis, most notably L.Wittgenstein, P.F.Strawson and Gareth Evans. Kant’s main strategy of proof is carefully preserved nevertheless: we try to establish, following Kant's lead, the link between the notions of objectivity and spatiality through the way the two notions a related to that of temporality. Kant's ‘Refutation of (problematic) Idealism’ plays a central role in this strategy. Accordingly, we undertake to show that the objective representation of something as existing in time – the representation, to take Kant's own privileged case, of the existence of a subject of consciousness – presupposes the representation of spatial objects which subsist independently of the representing mind. We argue that the best available defense of the validity of Kant’s Refutation makes use of a theory of cognition strongly inspired by Wittgenstein’s notion of concepts, in particular by his view of concepts as rules whose application is essentially dependent on concrete standards of correctness (also called, by Wittgenstein himself, paradigms). According to this view, standards must be permanent objects existing in space, which are used as paradigms of the correct application of concepts and which must, in order to be so used, be epistemically accessible to the thinking, concept-using, rule-following subject. In the first chapter, we discuss Kant’s theory of cognition. This involves clarifying his notion of objectivity, as well as his thesis that all cognition requires concepts. The second chapter examines the relation between objectivity and temporality. There are two main stages in this discussion. The first is an analysis of the diachronic structure of conceptual activity. At this stage we offer an examination of the Kantian notions of a judgment and of a subject of thoughts, especially as these are presented in the ‘Analytic of Concepts’. The second stage is the analysis of the argument for the thesis that the objective representation of time requires the representation of a permanent object. Kant's argument for that thesis is presented in the ‘First Analogy (of Experience)’. So, we finish the second chapter with our reading of that text. Finally, in the third chapter, we consider the relation between the objective representation of time and spatiality. Here we consider two ways of reconstructing the argument of the ‘Refutation’. The first one does not presuppose what we call a strong reading of the thesis that cognition implies concepts. That is the reconstruction which should be adopted by the nonconceptualist. The second, on the contrary, accepts the strong reading of the thesis, combining it with the idea of concepts as dependent on standards for correct application. We argue that the second reconstruction is the one which is more likely to achieve the intended result.
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Do idealismo transcendental ao idealismo absolutoSalvadori, Mateus 03 August 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-08-03 / Esta disserta??o tem como objetivo investigar a supera??o do idealismo transcendental kantiano realizada pelo idealismo absoluto hegeliano. Os argumentos hegelianos em prol da supera??o do dualismo entre coisa-em-si e fen?meno ser?o detalhados e postos ? prova. Enquanto Kant salienta que a metaf?sica como ci?ncia ? imposs?vel, ou seja, os objetos que as Id?ias transcendentais denotam est?o al?m do espa?o e do tempo, n?o existindo nenhum objeto no mundo sens?vel correspondentes a ela e, portanto, n?o podem ser conhecidas, pois n?o afetam a sensibilidade, Hegel apresenta a realidade como sujeito e nega qualquer forma de cis?o entre o ser e o pensar.
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