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Qualidade de vida e incontinência urinária e fecal: o adolescente em focoRibeiro de Oliveira, Carina 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / A incontinência urinária e fecal representa importante situação de saúde que afeta diretamente a qualidade de vida dos adolescentes que as possui. As principais motivações para a escolha do tema desta pesquisa foram: o limitado número de profissionais Estomaterapeutas interessados em atuar na área de incontinência; a escassez de estudos acerca do tema; a reduzida oferta de serviços em saúde especializados, interdisciplinares e voltados ao atendimento de pacientes portadores de incontinências; a precariedade comumente encontrada nesses serviços e que, de um modo geral, não possuem estrutura física adequada, recursos humanos e fomentos suficientes para alicerçar a assistência à saúde desse público. A partir disso sucedeu-se a delimitação do problema e a realização desta pesquisa que está estruturada em duas partes. A primeira consta do artigo Qualidade de vida de adolescentes incontinentes: revisão integrativa da literatura , realizada a partir das bases de dados LILACS, MEDLINE e Cochrane, no período de janeiro de 2001 a março de 2011. Foram utilizados para busca os descritores qualidade de vida, adolescente, criança, estomia e enema, e as palavras MACE (Malone antegrade continence enema), Malone, bexiga e incontinência, cuja seleção da amostra foi composta por oito artigos. Os resultados demonstraram que as pesquisas com adolescentes incontinentes ainda são incipientes e heterogêneas, sendo pouco comuns os estudos que abranjam exclusivamente este público. A segunda parte corresponde ao artigo original Qualidade de vida de adolescentes submetidos à ampliação vesical e à cirurgia de Malone que objetivou descrever a qualidade de vida de adolescentes incontinentes submetidos a estas cirurgias. O estudo descritivo com abordagem quantitativa foi realizado no ambulatório de cirurgia e urologia pediátrica do Hospital Infantil Maria Lucinda, e investigou os adolescentes de 10 a 18 anos com incontinência urinária e/ou fecal, submetidos à ampliação vesical e à cirurgia de Malone, concomitantemente ou não, totalizando 35 participantes. Os dados foram coletados através de entrevista presencial após consentimento do adolescente e de seu responsável, e foram utilizados dois instrumentos: o questionário estruturado sociodemográfico e o questionário genérico autoadministrado de qualidade de vida, o Pediatrics Quality of Life InventotyTM Version 4.0 (PedsQLTM). O banco de dados foi criado no programa EPI-INFO 6.04, bem como as análises estatísticas que foram expressas pelas médias dos escores das dimensões física e psicossocial e escore total. Os resultados mostraram que a qualidade de vida relacionada à saúde dos adolescentes incontinentes, de um modo geral foi positiva e demonstrou que a ampliação vesical e a cirurgia de Malone contribuem para minimizar os efeitos negativos da incontinência urinária e fecal sobre as dimensões física e psicossocial
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Força muscular perineal e incontinência urinária e anal em mulheres após o parto: estudo transversal / Pelvic floor muscle strength, urinary and anal incontinence in women after birth: a cross-sectional studyZizzi, Priscila Tavares 02 December 2015 (has links)
Introdução: A gravidez e o parto são frequentemente associados à redução da força dos músculos do assoalho pélvico (FMAP) e à incontinência urinária (IU) e anal (IA), devido às alterações que ocasionam nos mecanismos de controle e suporte das estruturas do assoalho pélvico. Objetivos: O objetivo geral foi analisar a FMAP e a IU e IA no período pós-parto e os específicos foram verificar a associação da FMAP com a IU e a IA após o parto e identificar os fatores associados à FMAP, à IU e à IA após o parto e a interferência da IU na vida da puérpera. Método: Estudo transversal, com 128 mulheres nos primeiros 6 meses após o parto, conduzido em um serviço do setor suplementar de saúde, em Guarulhos, SP. Foram incluídas todas as mulheres integrantes da coorte Cuidado perineal na gestação e após o parto: prevenção e morbidade relacionadas à força muscular perineal, função sexual e continência urinária, que compareceram ao menos a um retorno do pós-parto. Os dados foram coletados por meio de entrevista, a FMAP foi mensurada pela perineometria (Peritron) e o International Consultation on Incontinence Questionnaire-Short Form (ICIQ-SF) foi aplicado às mulheres que referiram IU. Foram realizadas análise descritiva, inferencial e múltipla. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Resultados: A média da FMAP foi 33,1 (d.p.=16,0) cmH2O. Não houve redução estatisticamente significante com relação à FMAP na gestação (p=0,088). A prevalência de IU e IA foi de 7,8% e 5,5%, respectivamente. A média do escore do ICIQ-SF foi 9,4 (d.p.=6,0), maior entre as mulheres com parto normal que entre aquelas com cesariana (13,0, d.p.=6,4 e 5,8, d.p.=2,6, respectivamente). Na análise múltipla, as variáveis tempo de coabitação (IC 95% 2,29-20,92), cesariana anterior (IC 95% 1,45-,26) e tipo de parto atual (IC 95% -16,71- -1,14) foram associadas à FMAP; peso do recém-nascido atual (OR 1,03; IC 95% 1,0005-1,0517), gestação anterior (OR 13,14; IC 95% 1,63-106,27), IU na gestação (OR20,43; IC 95% 1,70-244,98) e atividade sexual após o parto (OR 0,06; IC 95% 0,01-0,49) foram associadas à IU; apenas a IA prévia (OR 6,26; IC 95% 1,08-36,43) foi associada à IA. Conclusão: Não há associação da FMAP com IU e IA após o parto. O parto vaginal predispõe à redução da FMAP e a cesariana é fator protetor à sua redução. A IU durante a gestação é preditora da IU após o parto e em mulheres com gestação anterior e recém-nascido de maior peso a IU é mais frequente. A interferência da IU na vida da mulher foi moderada. Apenas a IA prévia teve associação com a IA após o parto. Não é possível concluir que há associação direta entre tempo de coabitação com o parceiro e FMAP e IU e atividade sexual após o parto / Introduction: Pregnancy and childbirth are often associated with reduced pelvic floor muscles strength (PFMS), urinary (UI) and anal incontinence (AI) because of the changes in the mechanisms of control and support of the pelvic floor structures. Objectives: To analyse the PFMS, UI and AI during postpartum period. To verify the association of PFMS with UI and AI after birth. To identify factors associated with PFMS, UI and AI after birth and the interference of UI in the quality of life after birth. Methods: Cross-sectional study with 128 women in the first six months after birth, held in an insurance health care facility in Guarulhos, SP. All women participants of the cohort Perineal care during pregnancy and after birth: prevention and morbidity related to PFMS, sexual function and UI who attended at least one postpartum consultation were included. Data were collected through interviews, PFMS was measured by perineometry (Peritron) and the International Consultation on Incontinence Questionnaire-Short Form (ICIQ-SF) was applied to women who reported UI. Descriptive, inferential and multivariate analyses were performed. The research was approved by the Research Ethics Committee of School of Nursing of University of Sao Paulo. Results: The main score of PFMS was 33.1 cmH2O (SD=16.0). There was no statistically significant difference between PFMS during pregnancy and after birth (p=0.088). The prevalence of UI and AI was 7.8% and 5.5%, respectively. The mean ICIQ-SF score was 9.4 (SD=6.0). Higher mean score was verified among women with vaginal birth than among those with caesarean (13.0, SD=6.4 and 5.8, SD=2.6, respectively). In the multivariate analysis, period of cohabitation (95%CI 2.29 to 20.92), previous caesarean (95%CI 1.45 to 19.26) and type of birth (95%CI -16.71 to -1.14) were associated with PFMS; newborn weight (OR=1.03; 95%CI 1.0005 to 1.0517), previous pregnancy (OR=13.14; 95%CI 1.63 to 106.27), UI during pregnancy (OR=20.43; 95%CI 1.70 to 244.98) and sexual activity after birth (OR=0.06; 95%CI 0.01 to 0.49) were associated with UI; just previous AI (OR=6.26; 95%CI 1.08 to 36,43) is associated with AI. Conclusion: There is no association between PFMS and UI or AI after birth. Vaginal birth predisposes a reduction on PFMS and caesarean is a protective factor. UI during pregnancy is predictive of UI after birth and UI is more frequent in women with previous pregnancy and higher weight newborn. UI had moderate interference in women\'s lives. Just previous AI is associated with AI after birth. We can not conclude that there is an association between period of cohabitation and PFMS, UI and sexual activity after childbirth
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Adaptação transcultural e validação do instrumento Bowel Function in the Community, para a língua portuguesa / Validation and transcultural adaptation to the portuguese language of the Bowel Function in the Community instrumentDomansky, Rita de Cassia 30 September 2004 (has links)
Os estudos internacionais sobre o hábito intestinal em populações aparentemente saudáveis, embora amplos e curiosos, revelam que aproximadamente 95% da população apresentam entre três evacuações por dia e três evacuações por semana. No Brasil, estudos semelhantes, considerando cultura, hábitos de vida e hábitos alimentares, entre outros, ainda são inexistentes. O objetivo deste estudo é realizar a adaptação transcultural do instrumento \"Bowel Function in the Community\" para a língua portuguesa e testar suas propriedades de medida, na versão traduzida para o português. Trata-se de um instrumento elaborado por Reilly e cols. (2000), composto de 70 questões agrupadas não em domínios mas em agrupamentos específicos: hábito intestinal geral; presença de incontinência anal: sintomas urinários; história de doenças anorretais e histórico cirúrgico; uso de serviços médicos e fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento da incontinência anal. O processo de adaptação transcultural baseou-se preconizado por Beaton e cols (2002) e envolveu duas etapas: a tradução do instrumento para a língua portuguesa e a validação de suas propriedades de medida validade de conteúdo, confiabilidade inter-observadores e confiabilidade teste-reteste. A primeira etapa incluiu a tradução e a retro-tradução do instrumento - realizadas por profissionais de língua inglesa; a avaliação das versões original, traduzida e retro-traduzida por um comitê composto de cinco coloproctologistas fluentes na lingua inglesa; pré-teste (1), grupo focal, pré-teste (2), estes realizados com 30 sujeitos da população geral (10 em cada fase). Para testar as propriedades de medida da versão adaptada para a língua portuguesa, na segunda etapa, o instrumento foi aplicado, através da entrevista, em amostra aleatória de 356 indivíduos sadios, com idade acima de 18 anos, de ambos os sexos e diferentes níveis de escolaridade, que construíram duas sub-amostras para avaliação da confiabilidade inter-observadores (120 indivíduos) e da confiabilidade teste-reteste (120 indivíduos). Na primeira etapa após tradução, retrotradução e avaliação das mesmas pelo comitê de especialistas, obteve-se a versão traduzida, submetida ao pré-teste (1), grupo focal e pré-teste (2). A versão adaptada resultante da primeira etapa, avaliou alterações principalmente de ordem semântica e idiomática, tendo atestada a sua validade de conteúdo. A confiabilidade inter-observadores foi atestada, obtendo nível de concordância de 94% entre bom e excelente. A confiabilidade teste-reteste foi atestada, obtendo nível de concordância acima de 60% entre moderada e excelente. Conclui-se que o instrumento pode ser disponibilizado para novas aplicações visando aumentar o conhecimento do hábito intestinal de nossa população / International studies on the intestinal habits of apparently healthy populations, although broad and rigorous, have shown that approximately 95% of the people have between three bowel movements per day to three per month. In Brazil, similar studies which take into consideration culture, lifestyles and eating habits, are inexistent. The objective of this study was to make the transcultural adaptation of the \"Bowel Function in the Community\" instrument to the Portuguese language, and to test its adapted measuring properties. The original instrument, developed by Reilly et al. (2000), has 70 questions organized by a specific grouping criteria: general intestinal habit; anal incontinence; urinary symptoms; anorectal diseases and surgical history; use of medical services; ans risk factors, which could contribute to the development of anal incontinence. The transcultural adaptation was based on Beaton et al. (2002), and involved two phases: translation of the instrument to the Portuguese language, and the validation of the content valid measuring properties, inter-rater and test-retest reliability. The first phase of the study included the translation and the backtranslation of the instrument by English language professionals; the evaluation of the original versions, translated and backtranslated by a committee composed of 5 coloproctologists fluent in English; a pre-test (1); a focal group, and a pre-test (2), using 30 subjects from the general population (10 in each test). During the second phase of the study, a randomized sample of 356 healthy subjects, over 18, from both sexes, and from different levels of formal education were interviewed, to test the Portuguese adapted version of the measuring properties. They constituted two samples: one used for the inter-rather reliability (120 subjects), and the other used for the test-retest (120 subjects) reliability. The adapted version resulted from the first phase, evaluated mainly the semantics and idiomatic changes to test the instrument´s content vality. Inter-rater reliability was validated at a 94% level of agreement between good and excellent. Test-retest reability was validated at a 60% level of agreement between moderate and excellent. Results from the study have shown that the adapted instrument can be made available for new applications to get more information on the intestinal habits of our population
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Força muscular perineal e incontinência urinária e anal em mulheres após o parto: estudo transversal / Pelvic floor muscle strength, urinary and anal incontinence in women after birth: a cross-sectional studyPriscila Tavares Zizzi 02 December 2015 (has links)
Introdução: A gravidez e o parto são frequentemente associados à redução da força dos músculos do assoalho pélvico (FMAP) e à incontinência urinária (IU) e anal (IA), devido às alterações que ocasionam nos mecanismos de controle e suporte das estruturas do assoalho pélvico. Objetivos: O objetivo geral foi analisar a FMAP e a IU e IA no período pós-parto e os específicos foram verificar a associação da FMAP com a IU e a IA após o parto e identificar os fatores associados à FMAP, à IU e à IA após o parto e a interferência da IU na vida da puérpera. Método: Estudo transversal, com 128 mulheres nos primeiros 6 meses após o parto, conduzido em um serviço do setor suplementar de saúde, em Guarulhos, SP. Foram incluídas todas as mulheres integrantes da coorte Cuidado perineal na gestação e após o parto: prevenção e morbidade relacionadas à força muscular perineal, função sexual e continência urinária, que compareceram ao menos a um retorno do pós-parto. Os dados foram coletados por meio de entrevista, a FMAP foi mensurada pela perineometria (Peritron) e o International Consultation on Incontinence Questionnaire-Short Form (ICIQ-SF) foi aplicado às mulheres que referiram IU. Foram realizadas análise descritiva, inferencial e múltipla. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Resultados: A média da FMAP foi 33,1 (d.p.=16,0) cmH2O. Não houve redução estatisticamente significante com relação à FMAP na gestação (p=0,088). A prevalência de IU e IA foi de 7,8% e 5,5%, respectivamente. A média do escore do ICIQ-SF foi 9,4 (d.p.=6,0), maior entre as mulheres com parto normal que entre aquelas com cesariana (13,0, d.p.=6,4 e 5,8, d.p.=2,6, respectivamente). Na análise múltipla, as variáveis tempo de coabitação (IC 95% 2,29-20,92), cesariana anterior (IC 95% 1,45-,26) e tipo de parto atual (IC 95% -16,71- -1,14) foram associadas à FMAP; peso do recém-nascido atual (OR 1,03; IC 95% 1,0005-1,0517), gestação anterior (OR 13,14; IC 95% 1,63-106,27), IU na gestação (OR20,43; IC 95% 1,70-244,98) e atividade sexual após o parto (OR 0,06; IC 95% 0,01-0,49) foram associadas à IU; apenas a IA prévia (OR 6,26; IC 95% 1,08-36,43) foi associada à IA. Conclusão: Não há associação da FMAP com IU e IA após o parto. O parto vaginal predispõe à redução da FMAP e a cesariana é fator protetor à sua redução. A IU durante a gestação é preditora da IU após o parto e em mulheres com gestação anterior e recém-nascido de maior peso a IU é mais frequente. A interferência da IU na vida da mulher foi moderada. Apenas a IA prévia teve associação com a IA após o parto. Não é possível concluir que há associação direta entre tempo de coabitação com o parceiro e FMAP e IU e atividade sexual após o parto / Introduction: Pregnancy and childbirth are often associated with reduced pelvic floor muscles strength (PFMS), urinary (UI) and anal incontinence (AI) because of the changes in the mechanisms of control and support of the pelvic floor structures. Objectives: To analyse the PFMS, UI and AI during postpartum period. To verify the association of PFMS with UI and AI after birth. To identify factors associated with PFMS, UI and AI after birth and the interference of UI in the quality of life after birth. Methods: Cross-sectional study with 128 women in the first six months after birth, held in an insurance health care facility in Guarulhos, SP. All women participants of the cohort Perineal care during pregnancy and after birth: prevention and morbidity related to PFMS, sexual function and UI who attended at least one postpartum consultation were included. Data were collected through interviews, PFMS was measured by perineometry (Peritron) and the International Consultation on Incontinence Questionnaire-Short Form (ICIQ-SF) was applied to women who reported UI. Descriptive, inferential and multivariate analyses were performed. The research was approved by the Research Ethics Committee of School of Nursing of University of Sao Paulo. Results: The main score of PFMS was 33.1 cmH2O (SD=16.0). There was no statistically significant difference between PFMS during pregnancy and after birth (p=0.088). The prevalence of UI and AI was 7.8% and 5.5%, respectively. The mean ICIQ-SF score was 9.4 (SD=6.0). Higher mean score was verified among women with vaginal birth than among those with caesarean (13.0, SD=6.4 and 5.8, SD=2.6, respectively). In the multivariate analysis, period of cohabitation (95%CI 2.29 to 20.92), previous caesarean (95%CI 1.45 to 19.26) and type of birth (95%CI -16.71 to -1.14) were associated with PFMS; newborn weight (OR=1.03; 95%CI 1.0005 to 1.0517), previous pregnancy (OR=13.14; 95%CI 1.63 to 106.27), UI during pregnancy (OR=20.43; 95%CI 1.70 to 244.98) and sexual activity after birth (OR=0.06; 95%CI 0.01 to 0.49) were associated with UI; just previous AI (OR=6.26; 95%CI 1.08 to 36,43) is associated with AI. Conclusion: There is no association between PFMS and UI or AI after birth. Vaginal birth predisposes a reduction on PFMS and caesarean is a protective factor. UI during pregnancy is predictive of UI after birth and UI is more frequent in women with previous pregnancy and higher weight newborn. UI had moderate interference in women\'s lives. Just previous AI is associated with AI after birth. We can not conclude that there is an association between period of cohabitation and PFMS, UI and sexual activity after childbirth
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Adaptação transcultural e validação do instrumento Bowel Function in the Community, para a língua portuguesa / Validation and transcultural adaptation to the portuguese language of the Bowel Function in the Community instrumentRita de Cassia Domansky 30 September 2004 (has links)
Os estudos internacionais sobre o hábito intestinal em populações aparentemente saudáveis, embora amplos e curiosos, revelam que aproximadamente 95% da população apresentam entre três evacuações por dia e três evacuações por semana. No Brasil, estudos semelhantes, considerando cultura, hábitos de vida e hábitos alimentares, entre outros, ainda são inexistentes. O objetivo deste estudo é realizar a adaptação transcultural do instrumento \"Bowel Function in the Community\" para a língua portuguesa e testar suas propriedades de medida, na versão traduzida para o português. Trata-se de um instrumento elaborado por Reilly e cols. (2000), composto de 70 questões agrupadas não em domínios mas em agrupamentos específicos: hábito intestinal geral; presença de incontinência anal: sintomas urinários; história de doenças anorretais e histórico cirúrgico; uso de serviços médicos e fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento da incontinência anal. O processo de adaptação transcultural baseou-se preconizado por Beaton e cols (2002) e envolveu duas etapas: a tradução do instrumento para a língua portuguesa e a validação de suas propriedades de medida validade de conteúdo, confiabilidade inter-observadores e confiabilidade teste-reteste. A primeira etapa incluiu a tradução e a retro-tradução do instrumento - realizadas por profissionais de língua inglesa; a avaliação das versões original, traduzida e retro-traduzida por um comitê composto de cinco coloproctologistas fluentes na lingua inglesa; pré-teste (1), grupo focal, pré-teste (2), estes realizados com 30 sujeitos da população geral (10 em cada fase). Para testar as propriedades de medida da versão adaptada para a língua portuguesa, na segunda etapa, o instrumento foi aplicado, através da entrevista, em amostra aleatória de 356 indivíduos sadios, com idade acima de 18 anos, de ambos os sexos e diferentes níveis de escolaridade, que construíram duas sub-amostras para avaliação da confiabilidade inter-observadores (120 indivíduos) e da confiabilidade teste-reteste (120 indivíduos). Na primeira etapa após tradução, retrotradução e avaliação das mesmas pelo comitê de especialistas, obteve-se a versão traduzida, submetida ao pré-teste (1), grupo focal e pré-teste (2). A versão adaptada resultante da primeira etapa, avaliou alterações principalmente de ordem semântica e idiomática, tendo atestada a sua validade de conteúdo. A confiabilidade inter-observadores foi atestada, obtendo nível de concordância de 94% entre bom e excelente. A confiabilidade teste-reteste foi atestada, obtendo nível de concordância acima de 60% entre moderada e excelente. Conclui-se que o instrumento pode ser disponibilizado para novas aplicações visando aumentar o conhecimento do hábito intestinal de nossa população / International studies on the intestinal habits of apparently healthy populations, although broad and rigorous, have shown that approximately 95% of the people have between three bowel movements per day to three per month. In Brazil, similar studies which take into consideration culture, lifestyles and eating habits, are inexistent. The objective of this study was to make the transcultural adaptation of the \"Bowel Function in the Community\" instrument to the Portuguese language, and to test its adapted measuring properties. The original instrument, developed by Reilly et al. (2000), has 70 questions organized by a specific grouping criteria: general intestinal habit; anal incontinence; urinary symptoms; anorectal diseases and surgical history; use of medical services; ans risk factors, which could contribute to the development of anal incontinence. The transcultural adaptation was based on Beaton et al. (2002), and involved two phases: translation of the instrument to the Portuguese language, and the validation of the content valid measuring properties, inter-rater and test-retest reliability. The first phase of the study included the translation and the backtranslation of the instrument by English language professionals; the evaluation of the original versions, translated and backtranslated by a committee composed of 5 coloproctologists fluent in English; a pre-test (1); a focal group, and a pre-test (2), using 30 subjects from the general population (10 in each test). During the second phase of the study, a randomized sample of 356 healthy subjects, over 18, from both sexes, and from different levels of formal education were interviewed, to test the Portuguese adapted version of the measuring properties. They constituted two samples: one used for the inter-rather reliability (120 subjects), and the other used for the test-retest (120 subjects) reliability. The adapted version resulted from the first phase, evaluated mainly the semantics and idiomatic changes to test the instrument´s content vality. Inter-rater reliability was validated at a 94% level of agreement between good and excellent. Test-retest reability was validated at a 60% level of agreement between moderate and excellent. Results from the study have shown that the adapted instrument can be made available for new applications to get more information on the intestinal habits of our population
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Incontinências urinária e fecal e constipação intestinal em pacientes hospitalizados: prevalência e fatores associados / Urinary and fecal incontinence and intestinal constipation in hospitalized patients: prevalence and associated factors.Betteloni, Jaqueline 15 March 2017 (has links)
Introdução: A ocorrência das diferentes incontinências e da constipação intestinal (CI), de forma isolada ou concomitante, não é pouco frequente no ambiente hospitalar. Esses problemas de saúde ainda são pouco investigados e os estudos com pacientes hospitalizados são escassos. Conhecer sua prevalência e fatores associados em pacientes hospitalizados é necessário para promover a sensibilização dos profissionais de saúde sobre a importância dessas necessidades passíveis de intervenções durante o período da internação. Objetivo: Identificar e analisar a prevalência das incontinências urinária (IU) e fecal (IF), de forma isolada e combinada, e da CI e as variáveis sociodemográficas e clínicas associadas às suas ocorrências em pacientes hospitalizados. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional, transversal, analítico e descritivo, onde a amostra do estudo foi composta de 345 pacientes adultos e idosos hospitalizados no Hospital Universitário da USP. Os dados foram coletados por meio de entrevista, exame físico e registros de prontuários, utilizando-se os seguintes instrumentos: questionário de dados Sociodemograficos e Clínicos, Características das Perdas Urinárias, International Consultation on Incontinence Questionnaire - ICIQ-SF, Hábito Intestinal na População Geral e o Índice de Incontinência Anal IIA. A prevalência dos eventos estudados foi levantada quatro vezes (prevalência-ponto), em um único dia, nos meses de março, abril, maio e junho, sempre no mesmo dia do mês, de forma a atender o tamanho amostral para a análise dos fatores associados. Os dados foram analisados utilizando-se os testes qui-quadrado e Fisher para as variáveis categóricas, os testes t-student e Mann-Whitney para as variáveis numéricas, além de regressão logística (forward stepwise) para a identificação de fatores associados. Resultados: Obtiveram-se as seguintes prevalências: 22,9% para IU (28% para mulheres e 16,1% para homens); 7,9% para IF (9,4% para mulheres e 6% para homens); 4,7% para incontinência combinada (IC) (7,3% para mulheres e 1,4% para homens) e 14,9% para CI (15% para mulheres e 14,7% para homens). Dentre as incontinências, conseguiu-se detectar fatores associados somente para a IU: sexo feminino (OR=3,89; IC95% 1,899-7,991); idade (OR=1,03; IC95% 1,019-1,054); asma (OR=3,66; IC95% 1,302-10,290); estar em uso de laxantes (OR=3,26; IC95% 1,085-9,811); o uso de fralda no momento da avaliação (OR=2,75; IC95% 1,096-6,908); o uso de fralda em casa (OR=10,29; IC95% 1,839-57,606) e o uso de fralda em algum momento da internação (OR=6,74; IC95% 0,496-91,834). Especificamente para o sexo feminino, as variáveis associadas à IU foram: idade (OR=1,03; IC95% 1,017-1056); Diabetes Mellitus (OR=2,59; IC95% 1,039-6,489); asma (OR=4,92; IC95% 1,460-16,588) e número de partos (OR=1,27; IC95% 1,064-1,522). Os fatores que apresentaram associação com a CI foram: anos de estudo (OR=0,91; IC95% 0,856-0,985) e estar em uso de laxantes (OR=8,08; IC95% 3,387-19,282). Conclusão: Os valores de prevalência encontrados no presente estudo, assim como os fatores associados, foram similares aos achados de estudos epidemiológicos nacionais e internacionais realizados com população geral, porém distintos daqueles oriundos da escassa literatura internacional existente sobre o tema para adultos e idosos hospitalizados. Estudos longitudinais fazem-se necessários para a confirmação das relações encontradas entre as variáveis estudadas, contribuindo para o diagnóstico mais acurado da causalidade dessas condições e, portanto, o estabelecimento de medidas mais eficazes de prevenção e tratamento das incontinências e da CI no cenário hospitalar. / Introduction: The occurrence of different incontinences and intestinal constipation (IC), alone or concomitantly, is not uncommon in the hospital setting. These health problems are still poorly investigated and studies of inpatients are scarce. Knowing their prevalence and associated factors in hospitalized patients is necessary to promote the awareness of health professionals about the importance of these possible interventional needs during the period of hospitalization. Objective: To identify and to analyze the prevalence of urinary (UI) and fecal incontinence (FI), in an isolated and combined manner, and IC, and sociodemographic and clinical variables associated with their occurrences in hospitalized patients. Methods: This is an observational, cross-sectional, analytical and descriptive epidemiological study, where the study sample consisted of 345 adult and elderly patients hospitalized at University Hospital of USP. The data were collected through interviews, physical examination and medical records, using the following instruments: Sociodemographic and Clinical Data, Characteristics of Urinary Loss, International Consultation on Incontinence Questionnaire - ICIQ-SF, Intestinal Habit of the General Population and the Anal Incontinence Index - IIA. The prevalence of the events studied was raised four times (point-prevalence) in a single day in March, April, May and June, always on the same day of each month, in order to meet the sample size for the analysis of the factors associated. Data were analyzed using chi-square and Fisher tests for categorical variables, t-student and Mann-Whitney tests for numerical variables, and logistic regression for the identification of associated factors. Results: The following prevalences were obtained: 22.9% for UI (28% for women and 16.1% for men); 7.9% for FI (9.4% for women and 6% for men); 4.7% for combined incontinence (CI) (7.3% for women and 1.4% for men) and 14.9% for IC (15% for women and 14.7% for men). Among the incontinences, it was possible to detect factors associated only for UI: female gender (OR=3.89; IC95% 1,899- 7,991); age (OR=1.03; IC95% 1.019-1.054); asthma (OR=3.66; IC95% 1.302-10.290); being in use of laxatives (OR=3.26; IC95% 1.085-9.811); The use of the diaper at the time of evaluation (OR=2.75; IC95% 1.096-6.908); The use of diapers at home (OR=10.29; IC95% 1,839-57,606) and the use of diapers at some time of hospitalization (OR=6.74; IC95% 0.496- 91.834). Specifically for females, the variables associated with UI were: age (OR=1.03; IC95% 1.017-1056); Diabetes Mellitus (OR=2.59; IC95% 1.039-6.489); asthma (OR=4.92; IC95% 1,460-16,588) and number of deliveries (OR=1.27; IC95% 1.064-1.522). The factors that showed association with IC were: years of study (OR=0,91; IC95% 0,856-0,985) and being in use of laxatives (OR=8,08; IC95% 3,387-19,282). Conclusion: The prevalence values found in the present study as well as the associated factors were similar to the findings of National and International epidemiological studies conducted with the general population. But they were quite different from those of the scarce existing International literature for hospitalized adults and elderly people. Longitudinal studies are necessary to confirm the relationships found between the studied variables, contributing to a more accurate diagnosis of the causality of these conditions and, therefore, the establishment of more effective measures of prevention and treatment of incontinence and IC in the hospital setting.
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Tratamento da incontinência anal através da injeção transesfincteriana de silicone: correlação entre os resultados clínicos, ultra-sonográficos e de manometria anorretal, incluindo o índice de assimetria esfincteriana / Trans-sphincteric silicone injection for the treatment of anal incontinence: correlation between clinical and physiological evaluation including the asymmetry indexOliveira, Lucia Camara de Castro 03 October 2007 (has links)
Objetivo: Avaliar a segurança e eficácia da injeção transesfincteriana de silicone para o tratamento da incontinência anal, assim como correlacionar os resultados clínicos, ultra-sonográficos e manométricos. Métodos: Pacientes incontinentes foram submetidos à manometria e ultra-sonografia anorretal, índice de incontinência (II) e instrumento de qualidade de vida (FIQL), antes e após injeção do silicone (PTQ) sob anestesia local e profilaxia antibiótica. Os critérios de inclusão foram: incontinência anal, lesão isolada ou múltipla do músculo esfíncter interno do ânus, associada ou não à lesão isolada, em um quadrante, do músculo esfíncter externo do ânus. O instrumento FIQL utilizado inclui quatro domínios: estilo de vida, comportamento,depressão e constrangimento.Os parâmetros da manometria foram: pressão média de repouso (PMR), pressão média (PMCV) e máxima (PmaxCV) de contração voluntária, zona de alta pressão (ZAP) e índice de assimetria (IA). Após três meses de tratamento, os pacientes foram reavaliados através do II, FIQL, manometria e ultra-sonografia anorretal. Um grupo controle composto por 10 homens e 10 mulheres continentes e sem história prévia de cirurgia anorretal foi submetido à manometria após consentimento informado. Resultados: Foram estudados 35 pacientes, 28 mulheres e sete homens com idade média de 60,3 (19-80) anos, antes e após injeção do silicone anal. As complicações observadas incluíram dois hematomas (5,7%), um abscesso anal (2,8%), dor anal em dois pacientes (5,7%) e dificuldade evacuatória em um paciente (2,8%). Notou-se uma melhora do índice médio de incontinência de 11,3 para 4,3 (p < 0,001). Houve melhora de todos os domínios estudados no instumento FIQL (p<0,0001). Pacientes incontinentes apresentaram hipotonia esfincteriana quando comparados aos controles (p < 0,05). As pressões esfincterianas antes e após injeção foram respectivamente: PMR (29,4 mmHg x 35,1 mmHg; p = 0,07), PMCV (68,6 mmHg x 75,9 mmHg; p = 0,20) e PmaxCV (102,2 mmHg x 127,0 mmHg; p = 0,11). Houve aumento médio da ZAP de 1,0 para 1,7 cm (p = 0,002) Em relação aos resultados da manometria: o IA aos 3 e 2 cm apresentou redução significativa após injeção do silicone (p < 0.05 e 0,002). A ultra-sonografia de canal anal demonstrou a presença do silicone nos sítios de injeção em todos os pacientes. Conclusão: Em casos selecionados, a injeção transesfincteriana de silicone é um método seguro e proporciona uma melhora do quadro de incontinência anal, observada pela mudança significativa dos parâmetros de qualidade de vida e índice de incontinência. O provável mecanismo de ação pelo qual o agente estudado melhora o quadro de incontinência parece relacionar-se à correção da assimetria esfincteriana e aumento do comprimento da zona de alta pressão. / Aim: To evaluate safety and efficacy of trans-sphincteric silicone injection for the treatment of anal incontinence and to assess correlation between clinical and physiological results. Methods: Incontinent patients prospectively selected by clinical and physiological evaluation underwent trans-sphincteric silicone injection (PTQ) under local anesthesia. Eight channel manometry with asymmetry index and anal ultrasound were performed before and after injections. Incontinence scale (IS) and quality of life instrument (FIQL scale) were applied before and after injection.Inclusion criteria were: anal incontinence, isolated or multiple injury of the internal anal sphincter associated or not to small, restricted, external anal sphincter defect. FIQL scale included four domains: life-style, behavior, depression and embarrassment. Manometry evaluation included mean resting pressure (MRP), mean squeeze pressure (MSP), maximal squeeze pressure (MaxSP), high-pressure zone (HPZ) and asymmetry index (AI). After 3 months of treatment the patients had been reevaluated through the IS, FIQL scale, manometry and ultrasound. A controlled group of 20 healthy volunteers (10 men and 10 women) underwent anal manometry. Results: 35 patients (28 women and seven men) with a mean age of 60.3 (19-80) years were evaluated. Complications observed were two anal hematomas (5,7%), one perianal abscess (2.8%), two patients complained of anal pain (5,7%) and one patient required assistance for defecation (2,8%). Mean incontinence score improved significantly after injection: 11, 3 to 4,3 (p < 0.001). Significant improvement in the FIQL scale was noticed in all domains (p < 0.0001). Incontinent patients had significantly lower anal pressures when compared to controls (p < 0.05). Manometric pressures before and after injection did not change: MRP (29,4 mmHg x 35,1 mmHg; p = 0.07), MSP (68,6 mmHg x 75,9 mmHg; p = 0.20) e MaxSP (102.2 mmHg x 127.0 mmHg; p = 0.11) The HPZ changed from 1 to 1,7 cm after injection (p = 0.002) AI at 3 and 2 cm showed a significantly change (p < 0.05 and p = 0.001, respectively). Ultrasound images demonstrated the presence of silicone in all sites of injection. Conclusion: In selected cases, trans-sphincteric silicone injection is an effective treatment for anal incontinence, as significant changes in quality of life and incontinence scales can be observed. The mechanism of action for which the studied agent improves anal incontinence seems to be related to improvement in the asymmetry index as well as a change in the HPZ.
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Incontinências urinária e fecal e constipação intestinal em pacientes hospitalizados: prevalência e fatores associados / Urinary and fecal incontinence and intestinal constipation in hospitalized patients: prevalence and associated factors.Jaqueline Betteloni 15 March 2017 (has links)
Introdução: A ocorrência das diferentes incontinências e da constipação intestinal (CI), de forma isolada ou concomitante, não é pouco frequente no ambiente hospitalar. Esses problemas de saúde ainda são pouco investigados e os estudos com pacientes hospitalizados são escassos. Conhecer sua prevalência e fatores associados em pacientes hospitalizados é necessário para promover a sensibilização dos profissionais de saúde sobre a importância dessas necessidades passíveis de intervenções durante o período da internação. Objetivo: Identificar e analisar a prevalência das incontinências urinária (IU) e fecal (IF), de forma isolada e combinada, e da CI e as variáveis sociodemográficas e clínicas associadas às suas ocorrências em pacientes hospitalizados. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional, transversal, analítico e descritivo, onde a amostra do estudo foi composta de 345 pacientes adultos e idosos hospitalizados no Hospital Universitário da USP. Os dados foram coletados por meio de entrevista, exame físico e registros de prontuários, utilizando-se os seguintes instrumentos: questionário de dados Sociodemograficos e Clínicos, Características das Perdas Urinárias, International Consultation on Incontinence Questionnaire - ICIQ-SF, Hábito Intestinal na População Geral e o Índice de Incontinência Anal IIA. A prevalência dos eventos estudados foi levantada quatro vezes (prevalência-ponto), em um único dia, nos meses de março, abril, maio e junho, sempre no mesmo dia do mês, de forma a atender o tamanho amostral para a análise dos fatores associados. Os dados foram analisados utilizando-se os testes qui-quadrado e Fisher para as variáveis categóricas, os testes t-student e Mann-Whitney para as variáveis numéricas, além de regressão logística (forward stepwise) para a identificação de fatores associados. Resultados: Obtiveram-se as seguintes prevalências: 22,9% para IU (28% para mulheres e 16,1% para homens); 7,9% para IF (9,4% para mulheres e 6% para homens); 4,7% para incontinência combinada (IC) (7,3% para mulheres e 1,4% para homens) e 14,9% para CI (15% para mulheres e 14,7% para homens). Dentre as incontinências, conseguiu-se detectar fatores associados somente para a IU: sexo feminino (OR=3,89; IC95% 1,899-7,991); idade (OR=1,03; IC95% 1,019-1,054); asma (OR=3,66; IC95% 1,302-10,290); estar em uso de laxantes (OR=3,26; IC95% 1,085-9,811); o uso de fralda no momento da avaliação (OR=2,75; IC95% 1,096-6,908); o uso de fralda em casa (OR=10,29; IC95% 1,839-57,606) e o uso de fralda em algum momento da internação (OR=6,74; IC95% 0,496-91,834). Especificamente para o sexo feminino, as variáveis associadas à IU foram: idade (OR=1,03; IC95% 1,017-1056); Diabetes Mellitus (OR=2,59; IC95% 1,039-6,489); asma (OR=4,92; IC95% 1,460-16,588) e número de partos (OR=1,27; IC95% 1,064-1,522). Os fatores que apresentaram associação com a CI foram: anos de estudo (OR=0,91; IC95% 0,856-0,985) e estar em uso de laxantes (OR=8,08; IC95% 3,387-19,282). Conclusão: Os valores de prevalência encontrados no presente estudo, assim como os fatores associados, foram similares aos achados de estudos epidemiológicos nacionais e internacionais realizados com população geral, porém distintos daqueles oriundos da escassa literatura internacional existente sobre o tema para adultos e idosos hospitalizados. Estudos longitudinais fazem-se necessários para a confirmação das relações encontradas entre as variáveis estudadas, contribuindo para o diagnóstico mais acurado da causalidade dessas condições e, portanto, o estabelecimento de medidas mais eficazes de prevenção e tratamento das incontinências e da CI no cenário hospitalar. / Introduction: The occurrence of different incontinences and intestinal constipation (IC), alone or concomitantly, is not uncommon in the hospital setting. These health problems are still poorly investigated and studies of inpatients are scarce. Knowing their prevalence and associated factors in hospitalized patients is necessary to promote the awareness of health professionals about the importance of these possible interventional needs during the period of hospitalization. Objective: To identify and to analyze the prevalence of urinary (UI) and fecal incontinence (FI), in an isolated and combined manner, and IC, and sociodemographic and clinical variables associated with their occurrences in hospitalized patients. Methods: This is an observational, cross-sectional, analytical and descriptive epidemiological study, where the study sample consisted of 345 adult and elderly patients hospitalized at University Hospital of USP. The data were collected through interviews, physical examination and medical records, using the following instruments: Sociodemographic and Clinical Data, Characteristics of Urinary Loss, International Consultation on Incontinence Questionnaire - ICIQ-SF, Intestinal Habit of the General Population and the Anal Incontinence Index - IIA. The prevalence of the events studied was raised four times (point-prevalence) in a single day in March, April, May and June, always on the same day of each month, in order to meet the sample size for the analysis of the factors associated. Data were analyzed using chi-square and Fisher tests for categorical variables, t-student and Mann-Whitney tests for numerical variables, and logistic regression for the identification of associated factors. Results: The following prevalences were obtained: 22.9% for UI (28% for women and 16.1% for men); 7.9% for FI (9.4% for women and 6% for men); 4.7% for combined incontinence (CI) (7.3% for women and 1.4% for men) and 14.9% for IC (15% for women and 14.7% for men). Among the incontinences, it was possible to detect factors associated only for UI: female gender (OR=3.89; IC95% 1,899- 7,991); age (OR=1.03; IC95% 1.019-1.054); asthma (OR=3.66; IC95% 1.302-10.290); being in use of laxatives (OR=3.26; IC95% 1.085-9.811); The use of the diaper at the time of evaluation (OR=2.75; IC95% 1.096-6.908); The use of diapers at home (OR=10.29; IC95% 1,839-57,606) and the use of diapers at some time of hospitalization (OR=6.74; IC95% 0.496- 91.834). Specifically for females, the variables associated with UI were: age (OR=1.03; IC95% 1.017-1056); Diabetes Mellitus (OR=2.59; IC95% 1.039-6.489); asthma (OR=4.92; IC95% 1,460-16,588) and number of deliveries (OR=1.27; IC95% 1.064-1.522). The factors that showed association with IC were: years of study (OR=0,91; IC95% 0,856-0,985) and being in use of laxatives (OR=8,08; IC95% 3,387-19,282). Conclusion: The prevalence values found in the present study as well as the associated factors were similar to the findings of National and International epidemiological studies conducted with the general population. But they were quite different from those of the scarce existing International literature for hospitalized adults and elderly people. Longitudinal studies are necessary to confirm the relationships found between the studied variables, contributing to a more accurate diagnosis of the causality of these conditions and, therefore, the establishment of more effective measures of prevention and treatment of incontinence and IC in the hospital setting.
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Influência do defeito esfincteriano na resposta ao biofeedback em pacientes com incontinência fecalKaiser Junior, Roberto Luiz 06 October 2014 (has links)
Submitted by Fabíola Silva (fabiola.silva@famerp.br) on 2016-09-15T14:48:20Z
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Previous issue date: 2014-10-06 / Introduction: Fecal incontinence is defined as the recurrent uncontrolled
passage of stool for at least 1 month's duration in an individual with a age
of at least 4 years. If conservative management fails or surgical
intervention is not indicated, biofeedback therapy may be considered.
Objective: To assess the influence of sphincter defect in the response to
biofeedback in patients with fecal incontinence, considering manometry,
electromyography and incontinence score. Patients and Methods: A total
of 242 patients with fecal incontinence (mean age: 70.5 ± 14.0 years; range
10 to 100 years) underwent biofeedback were studied. Patients were
evaluated using anorectal physiology tests and Cleveland Clinic Florida
Fecal Incontinence score (CCF-FI) before and after biofeedback.
Manometry including resting and squeeze pressures was performed before
biofeedback. Electromyographic activity at resting and squeeze before and
after biofeedback was recorded. Defects in the internal and external anal
sphincters were detected by endoanal ultrasound. Results of physiologic
tests and CCF-FI score before and after biofeedback were compared with
one-sample t test (or Wilcoxon test as appropriate). A two independent
sample t test (or Kruskal-Wallis test as appropriate) was used for
comparison between groups with and without defect. Results: Among the
242 patients with fecal incontinence, 143(59.1%) underwent ultrasonography whose anatomical alterations in the sphincter were
detected in 43(30.1%) individuals. Before biofeedback, there was no
significant difference between resting and squeeze pressures in patients
with and without sphincter defect. Electromyography before and after
biofeedback in patients with and without sphincter defect showed no
significant difference. Of the 66 individuals who responded to CCF-FI
score before biofeedback, there was decrease in 45(68.2%), no alteration in
18(27.3%) and increase in 3(4.5%). Comparison between score before and
after biofeedback of individuals with and without sphincter defect revealed
no significant difference. After mean time of 6.1 years, of the 54 patients
who responded to CCF-FI, 31(57.4%) reduced the score, 4(7.4%) remained
unaltered and 19(35.2%) increased. Before and after this mean time, fecal
incontinence score of patients with and without sphincter defect
demonstrated a significant difference (P = 0.021) and the score in patients
with defect was higher than those with no defect. Conclusions: Sphincter
defect did not influenced in the response to biofeedback in patients with
fecal incontinence. Manometry before biofeedback revealed that
individuals with and without sphincter defect showed sufficient muscle
conditions for indication of this therapy. Increase of electromyographic
activity at squeeze after biofeedback indicated a satisfactory response of
the sphincter musculature, independent of the presence or absence of defect. Regarding fecal incontinence score, there was a clinical
improvement in most patients both immediately after biofeedback as after
mean time of 6.1 years. Presence or absence of sphincter defect did not
alter significantly the clinical outcome following biofeedback, however
after 6.1 years better results were obtained in those with no defect. / Introdução: Incontinência fecal é definida como perda recorrente e
incontrolável de material fecal por pelo menos 1 mês em um indivíduo com
no mínimo 4 anos de idade. Se o tratamento conservador falha ou a
correção cirúrgica não é indicada, o biofeedback pode ser opção viável.
Objetivo: Avaliar a influência do defeito esfincteriano na resposta ao
biofeedback em pacientes com incontinência fecal, considerando-se
aspectos manométricos, eletromiográficos e referentes ao grau de
incontinência. Casuística e Método: Foram estudados 242 pacientes com
incontinência fecal, cuja idade variou de 10 a 100 anos (70,5 ± 14,0 anos),
submetidos ao biofeedback. Pacientes foram avaliados segundo testes de
fisiologia anorretal e escore de incontinência fecal (CCF-IF) antes e após
biofeedback. Na manometria anorretal foram mensuradas pressões de
repouso e contração antes do biofeedback. Na eletroneuromiografia anal foi
medida atividade elétrica nas fases repouso e contração antes e após
biofeedback. Defeitos nos esfíncteres interno e externo foram detectados
por meio de ultrassonografia endoanal. Para comparação dos resultados dos
testes fisiológicos e escore CCF-IF antes e após biofeedback foram
utilizados testes t uniamostral ou Wilcoxon. Nas comparações entre grupos
com e sem defeito foram aplicados testes t para duas amostras
independentes ou Kruskal-Wallis. Resultados: Do total de 242 pacientes com incontinência fecal, 143(59,1%) realizaram ultrassonografia, sendo
detectadas alterações no esfíncter em 43(30,1%). Não houve diferença
significativa entre valores da pressão em repouso e contração em pacientes
com e sem defeito esfincteriano antes do biofeedback. Na eletromiografia o
resultado da comparação antes e após biofeedback em pacientes com e sem
defeito esfincteriano não foi significativo. Dos 66 pacientes que
responderam ao escore CCF-IF antes do biofeedback, 45(68,2%) reduziram
o escore, 18(27,3%) permaneceram inalterados e 3(4,5%) aumentaram.
Comparando-se esse escore antes e após biofeedback de pacientes com e
sem defeito esfincteriano, não houve diferença significativa. Após tempo
médio de 6,1 anos, dos 54 pacientes que responderam ao CCF-IF,
31(57,4%) reduziram o escore, 4(7,4%) permaneceram inalterados e
19(35,2%) aumentaram. Analisando escore antes e após esse tempo médio
de pacientes com e sem defeito esfincteriano, a diferença foi significativa
(P = 0,021), sendo o escore em pacientes com defeito maior em relação
àqueles sem defeito. Conclusões: Não houve influência do defeito
esfincteriano na resposta ao BF em pacientes com incontinência fecal.
Achados manométricos antes do biofeedback revelaram que pacientes com
e sem defeito esfincteriano apresentaram condições musculares suficientes
para indicação desse tipo de tratamento. Na eletromiografia o aumento da
atividade elétrica na fase de contração após biofeedback indicou resposta satisfatória da musculatura esfincteriana, independente da presença ou
ausência de defeito esfincteriano. Na avaliação do grau de incontinência
fecal, houve melhora clínica na maioria dos pacientes tanto imediatamente
após biofeedback como após tempo médio de 6,1 anos. Presença ou não de
defeito esfincteriano não alterou significativamente a melhora clínica após
biofeedback, porém após 6,1 anos resultados melhores foram obtidos
naqueles sem defeito esfincteriano.
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Dermatite associada à incontinência e os fatores associados: estudo de prevalência em um Centro de Terapia Intensiva / Incontinence-associated dermatitis and associated factors: prevalence study in an Intensive Care UnitAmanda Cristina Maria Aparecida Gonçalves Brandão 11 August 2017 (has links)
A Dermatite Associada à Incontinência (DAI) representa um grande desafio para os profissionais de saúde que prestam assistência aos pacientes no Centro de Terapia Intensiva. A ocorrência desta reação inflamatória da pele associada à umidade predispõe a pessoa à dor representando um impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes, aumentam o tempo de internação hospitalar e consequentemente o custo do tratamento. Os objetivos do estudo foram: identificar e descrever as características sociodemográficas e clinicas dos pacientes com incontinência e daqueles com DAI internados em um Centro de Terapia Intensiva de um hospital privado; identificar os índices de prevalência pontual da incontinência e da DAI; descrever as características da DAI e os produtos usados para o cuidado da pele perineal dos pacientes; verificar a associação entre a presença da DAI e as variáveis demográficas e clínicas. Trata-se de um estudo transversal, descrito e analítico, quantitativo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. A coleta de dados aconteceu em um único dia, no Centro de Terapia Intensiva, com 93 participantes. A maioria deles (78,5%) tinha idade acima de 60 anos (média 72, DP 18,2), sexo feminino (50,5%), pele branca (80%). Dentre os diagnósticos médicos, as doenças do aparelho respiratório e circulatório representaram 29% e 19,4%, respectivamente. O tempo de internação médio foi de 18,3 dias (DP 24,4). A prevalência da incontinência urinária foi de 33,3% e a fecal, 51,6%. O cateter vesical estava sendo utilizado em 24,7% dos pacientes e a fralda em 66,7%.Quanto a eliminação das fezes, a maioria dos pacientes internados na UTI (83,3%) apresentou fezes semilíquidas e líquidas, com a ocorrência de diarreia em 20,4% dos pacientes. A prevalência pontual da DAI foi de 40,9% e a prevalência da DAI em pacientes incontinentes, 59,2%. O local onde a DAI apresentou maior prevalência nos pacientes incontinentes foi a UTI. O eritema da pele lidera a lista de manifestação mais prevalente (89,4%), seguida pela erosão (21,1%). A maioria (76,3%) das DAI ocorreu na região perianal, seguida pela região perineal (39,5%) e região interglútea (34,2%). A presença da DAI apresentou associação estatisticamente significante quanto à alteração do nível de consciência, uso de antibiótico, corticoide, jejum ou uso da via enteral para suporte nutricional, uso de tubo orotraqueal para oxigenação, restrição mecânica, presença da incontinência, frequência evacuatória, consistência das fezes, emprego de cateter vesical de demora e/ou fralda. Adotou-se película líquida em 40% dos pacientes para prevenção da DAI e em 47,3% para o tratamento. Empregou-se o limpador sem enxague em 36,8% dos pacientes com DAI. A prescrição de ao menos um produto preventivo não foi encontrada em 34,5% dos pacientes. Não houve prescrição de tratamento em 13,1% dos pacientes com DAI. Os resultados encontrados contribuem para o diagnóstico situacional da ocorrência da DAI. Este estudo poderá contribuir para a sistematização das práticas clínicas e adoção de protocolos assistenciais visando a qualidade e segurança do paciente / Incontinence-associated dermatitis (IAD) represents a significant health challenge for professionals who provide care to patients in the Intensive Care Unit (ICU). The occurrence of moisture-associated skin damage can cause pain with a negative impact on quality of life and can increase the length of hospital stay and the cost of treatment. The objectives of this study were to: identify and describe the sociodemographic and clinical characteristics of patients with incontinence and with IAD admitted to the ICU of a private hospital; Identify the prevalence rate of incontinence and IAD; Describe the characteristics of IAD and the perineal skin care products; Verify the association between the presence of IAD and the demographic and clinical variables. This cross sectional, descriptive, analytical, quantitative study was approved by a Research Ethics Committee. Data were collected on a single day, in the intensive care unit, totaling 93 patients. Most patients were female (50.5%), with white skin (80%) and mean age 72 +/- 18.2 years. Among medical diagnoses, respiratory and circulatory diseases accounted for 29%, and 19.4%, respectively. mean hospitalization time was 18.3 +/- 24.4 days. The overall prevalence of urinary incontinence was 33.3% and fecal in 51.6%. Urinary catheter was being used in 24.7% and diaper in 66.7% of the patients. Regarding stool elimination, the majority of patients admitted to the ICU (83.3%) had semi-liquid and liquid stools, with diarrhea occurring in 20.4% of the patients. The point prevalence of IAD was 40.9% and the prevalence of IAD in incontinent patients was 59.2%. The ICU was the site that DAI was most prevalent in incontinent patients. Erythema was the most common skin manifestation (89.4%), followed by erosion (21.1%). Most of the IAD (76.3%) occurred in the perianal region, followed by the perineal one (39.5%) and intergluteal area (34.2%). The presence of IAD was associated with the change in the level of consciousness, use of antibiotic, corticoid, fasting or enteral nutritional support, orotracheal tube, mechanical restriction, presence of incontinence, stools frequency and consistency, urinary catheter and / or diaper. Liquid film was used in 40% of patients for IAD prevention and 47.3% for treatment. The cleaner without rinsing was used in 36.8% of patients with IAD. Prescription of a preventive product was not found in 34.5% of patients. There was no prescription of treatment in 13.1% of patients with IAD. The results found contribute to the situational diagnosis of the occurrence of IAD. This study may contribute to the systematization of clinical practices and adoption of assistance protocols aiming at the quality and safety of the patient
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