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Desigualdades sociais e geográficas no desempenho da assistência médico-odontológica pré-natal no Sistema Único de Saúde da Região Metropolitana da Grande Vitória, Espírito Santo, Brasil / Social and geographical disparities in the performance of medical and dental care prenatal care in the National Health System in the Metropolitan Region of Vitória, Espírito Santo, Brazil

Esposti, Carolina Dutra Degli January 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2016-02-26T13:26:04Z (GMT). No. of bitstreams: 2 137.pdf: 4681132 bytes, checksum: cd62b1f2fd068552017a83407b15246d (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2015 / A cobertura e a quantidade de consultas pré-natal têm aumentado no Brasil. Porém, uma baixa adequação do cuidado persiste e há associação negativa com pessoas em condições sociodemográficas desfavoráveis. O objetivo desta tese foi analisar as desigualdades sociais e geográficas no desempenho e na adequação da assistência médico-odontológica pré-natal no Sistema Único de Saúde (SUS) da Região Metropolitana da Grande Vitória, Espírito Santo, Brasil. Trata-se de um estudo quanti-qualitativo, que, inicialmente realizou um estudo seccional, com 1209 puérperas residentes na região, internadas em estabelecimentos do SUS para o parto, entre abril de 2010 e fevereiro de 2011. Foram coletadas informações sobre a assistência médica-odontológica pré-natal, o impacto da saúde bucal na qualidade de vida da gestante e características sociais maternas, além de informações sociais e sobre a organização local dos serviços de saúde, fornecidas pelas Secretarias Municipais de Saúde. (...) / Foram identificadas desigualdades sociais e geográficas no acesso ao pré-natal médico-odontológico de qualidade prestado pelo SUS. Existiam, entretanto, diferenças no padrão de desigualdades no acesso e na adequação em dois âmbitos distintos do cuidado pré-natal: o desempenho do pré-natal propriamente dito e a adequação da assistência odontológica no mesmo. A chance de acesso ao pré-natal (1º nível de desempenho) foi influenciada por fatores predisponentes (maior idade da gestante e menor número de partos anteriores), contextuais (residir em Vitória) e sociais (maior escolaridade e família chefiada pela própria gestante), enquanto a chance de adequação do processo de cuidado (3 nível de desempenho) foi influenciada apenas pelos fatores predisponentes e por fator contextual (residir em Vitória). Por sua vez, a adequação da assistência odontológica pré-natal, conforme a necessidade da gestante, pareceu sofrer influência apenas de fatores ligados às características contextuais da oferta e do processo de cuidado (residir em Vitória, residir em região coberta por saúde da família e em região com maior proporção de gestantes com acesso ao pré-natal de qualidade). Barreiras de acesso aos serviços pré-natal médico-odontológico de qualidade, relacionadas à disponibilidade, à capacidade de pagar e à aceitabilidade também foram relatadas por gestantes na etapa qualitativa da pesquisa, mas foram superadas por algumas delas. A complexidade nas relações entre o acesso aos serviços pré-natal médico-odontológico de qualidade e a condição social da gestante precisa ser observada na organização dos serviços, para que seja realmente garantida a equidade no acesso aos mesmos, contribuindo com a redução da morbimortalidade materna e perinatal e com a construção de um sistema efetivo e universal. / The coverage and number of pre-natal consultations has been increasing in Brazil. However, there is still a low adequacy of care and a negative association with people in unfavorable sociodemographic conditions. The aim of this thesis was to analyze the social and geographical inequalities in the performance and adequacy of medical and dental prenatal care in the Brazilian Public Health System (SUS) at the Metropolitan Region of Vitória, Espírito Santo, Brazil. This is a quantitative and qualitative study, which was initiated by a cross-sectional study on 1,209 mothers living in this region, admitted to SUS facilities for delivery between April 2010 and February 2011. Data were collected on medical and dental prenatal care, on the impact of oral health on the pregnant woman's quality of life and social maternal characteristics, as well as social information and the local organization of health services, provided by the Municipal Health Secretariats. (...)^ien / Social and geographical inequalities were identified in the access to high-quality medical and dental prenatal care, provided by SUS. However, there were differences in the patterns of inequalities in the access and adequacy in two different areas of prenatal care: prenatal performance itself and the adequacy of prenatal dental care. The likelihood of access to prenatal care (first level of performance) was influenced by predisposing factors (older mother´s age and fewer previous births), contextual (living in Vitória) and social (higher educational level and family headed by the pregnant woman herself), whereas the possibility of adequacy of the care process (third level of performance) was influenced only by predisposing factors and contextual factor (living in Vitória). In turn, the access to adequate dental care seemed to be influenced only by factors related to offer and the process of care (living in Vitória, living in a region covered by family health and in region with higher proportion of women with access to high-quality prenatal care). Barriers to access to high-quality medical and dental prenatal care related to availability, affordability and acceptability were also reported by pregnant women in the qualitative stage of the research, but these were overcome by some of them. The complexity in the relationship between access to high-quality medical and dental prenatal care and the social condition of the pregnant woman should be considered in the organization of services, so that equity of access may be assured, contributing to the reduction of maternal and infant morbidity and mortality, and to the construction of an equitable system. (AU)^ien
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Tendência das taxas de mortalidade infantil e de seus fatores de risco um estudo de série temporal no sul do Brasil

Hernandez, Alessandra Rivero January 2011 (has links)
Nas últimas décadas, tem-se observado uma redução expressiva das taxas de mortalidade infantil no Brasil e no mundo. Vários fatores contribuíram para essa redução, tais como melhoria das condições socioeconômicas e assistenciais. O objetivo deste estudo foi investigar as tendências seculares das taxas de mortalidade infantil e avaliar os fatores que contribuíram para a sua modificação ao longo de uma série temporal em Porto Alegre, uma cidade desenvolvida de porte médio, que é a capital do estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Este é um estudo baseado nas informações do registro de nascidos vivos e dos óbitos infantis no período de 1996 a 2008 obtidos, respectivamente, pelo Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC) e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Foi analisada a tendência temporal do número de nascimentos e das taxas de mortalidade infantil, neonatal e pós-neonatal, geral e de acordo com as variáveis presentes no SINASC (escolaridade materna; idade materna; número de filhos vivos e de filhos mortos; número de consultas de pré-natal; tipo de parto; tipo de hospital; idade gestacional; peso de nascimento e sexo do recém-nascido). O percentual de mudança anual, com intervalo de confiança de 95%, foi calculado mediante regressão linear, utilizando o logaritmo das taxas de mortalidade. Foi utilizada regressão sequencial de Poisson para estimar a influência da condição socioeconômica, das variáveis assistenciais, das variáveis maternas e das variáveis do recém-nascido nas tendências das taxas de mortalidade infantil, neonatal e pós-neonatal no período. Durante o período analisado, ocorreram 265.242 nascimentos. As taxas de mortalidade infantil, neonatal e pós-neonatal apresentaram uma tendência de diminuição significativa, respectivamente de 15,8/1.000 nascidos vivos em 1996 para 9,1/1.000 nascidos vivos em 2008 (3,7% ao ano; P<0, 001), de 8,7 para 5,9 (3,5% ao ano; P<0,001) e de 7,1 para 3,0 (4,1% ao ano; P<0,001). A redução da taxa de mortalidade infantil para os nascidos de mães com menos de oito anos de escolaridade ocorreu em função da redução da taxa de mortalidade neonatal (2,5% ao ano; P=0,026) e para os nascidos de mães com oito a onze anos de escolaridade, em função da redução da taxa de mortalidade pósneonatal (3,3% ao ano; P=0,004). Entre os nascidos de mães com doze anos ou mais anos de escolaridade, não houve alterações significativas das taxas de mortalidade infantil. As modificações nas variáveis maternas (biológicas e sociais) apresentaram maior impacto para a tendência de redução das taxas de mortalidade no período, seguidas das assistenciais (RR=0,979; IC95%=0,969 a 0,989; P<0,001). O aumento do nível de escolaridade materna foi o fator com maior efeito para o declínio das taxas de mortalidade infantil (RR=0,981; IC95%=0,971 a 0,990; P<0,001). Por outro lado, as variáveis dos recém-nascidos, principalmente devido à tendência de aumento das taxas de baixo peso ao nascer, apresentaram um efeito negativo, desacelerando a tendência de redução da mortalidade em Porto Alegre (RR=0,955; IC95%=0,946 a 0,963; P<0,001). / In recent decades, there has been a significant reduction of infant mortality rates in Brazil and worldwide. Several factors contributed to this reduction such as improved socioeconomic conditions and health care. The aim of this study was to investigate the secular trends of infant mortality rates and evaluate the factors that contributed to its change over time series in Porto Alegre, a medium-sized developed town which is the capital of Rio Grande do Sul State, Brazil. This is a study based on information from the registry of births and infant deaths in the period from 1996 to 2008 which were obtained, respectively, from the Information System Live Births (SINASC) and Mortality Information System (SIM). It was analyzed the temporal trend in the number of births and infant, neonatal and post-neonatal mortality rates, overall and according to variables in SINASC (maternal education, maternal age, number of live births and dead, number of prenatal visits, type of delivery, type of hospital, gestational age, birth weight and sex of the newborn). The percentage of annual change, with an confidence interval of 95% was calculated by linear regression using the logarithm of mortality rates. Sequential Poisson regression was used to estimate the influence of socioeconomic status, healthcare variables, maternal variables and variables of the live births in the trend rates of infant, neonatal and post-neonatal mortality. During the period analyzed, there were 265,242 births. The rates of infant, neonatal and post neonatal mortality showed a trend of significant decrease, respectively from 15.8/1,000 live births in 1996 to 9.1/1,000 live births in 2008 (3.7% per year, P<0.001), from 8.7 to 5.9 (3.5% per year, P<0.001) and from 7.1 to 3.0 (4.1% per year, P<0.001). Reducing the infant mortality rate for live births to mothers with less than eight years of schooling occurred due to the reduction of neonatal mortality rate (2.5% per year, P=0.026) and for live births to mothers with eight to eleven years of schooling, due to the reduction of post-neonatal mortality (3.3% per year, P=0.004). Among live births of mothers with twelve or more years of schooling there was no significant change in infant mortality rates. The changes in the maternal variables (biological and social) had greater impact on the declining trend in mortality rates in the period, followed by health care variables (RR=0.979; 95%CI=0.969 to 0.989; P<0.001). The increased level of maternal education was the factor with greatest effect for the decline in infant mortality rates (RR=0.981; 95%CI=0.971 to 0.990; P<0.001). On the other hand, the variables of live births, mainly due to the trend of increased of low birth weight rates, had a negative effect, slowing the trend of reducing mortality in Porto Alegre (RR=0.955; 95%CI=0.946 to 0.963; P<0.001).
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Tendência das taxas de mortalidade infantil e de seus fatores de risco um estudo de série temporal no sul do Brasil

Hernandez, Alessandra Rivero January 2011 (has links)
Nas últimas décadas, tem-se observado uma redução expressiva das taxas de mortalidade infantil no Brasil e no mundo. Vários fatores contribuíram para essa redução, tais como melhoria das condições socioeconômicas e assistenciais. O objetivo deste estudo foi investigar as tendências seculares das taxas de mortalidade infantil e avaliar os fatores que contribuíram para a sua modificação ao longo de uma série temporal em Porto Alegre, uma cidade desenvolvida de porte médio, que é a capital do estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Este é um estudo baseado nas informações do registro de nascidos vivos e dos óbitos infantis no período de 1996 a 2008 obtidos, respectivamente, pelo Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC) e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Foi analisada a tendência temporal do número de nascimentos e das taxas de mortalidade infantil, neonatal e pós-neonatal, geral e de acordo com as variáveis presentes no SINASC (escolaridade materna; idade materna; número de filhos vivos e de filhos mortos; número de consultas de pré-natal; tipo de parto; tipo de hospital; idade gestacional; peso de nascimento e sexo do recém-nascido). O percentual de mudança anual, com intervalo de confiança de 95%, foi calculado mediante regressão linear, utilizando o logaritmo das taxas de mortalidade. Foi utilizada regressão sequencial de Poisson para estimar a influência da condição socioeconômica, das variáveis assistenciais, das variáveis maternas e das variáveis do recém-nascido nas tendências das taxas de mortalidade infantil, neonatal e pós-neonatal no período. Durante o período analisado, ocorreram 265.242 nascimentos. As taxas de mortalidade infantil, neonatal e pós-neonatal apresentaram uma tendência de diminuição significativa, respectivamente de 15,8/1.000 nascidos vivos em 1996 para 9,1/1.000 nascidos vivos em 2008 (3,7% ao ano; P<0, 001), de 8,7 para 5,9 (3,5% ao ano; P<0,001) e de 7,1 para 3,0 (4,1% ao ano; P<0,001). A redução da taxa de mortalidade infantil para os nascidos de mães com menos de oito anos de escolaridade ocorreu em função da redução da taxa de mortalidade neonatal (2,5% ao ano; P=0,026) e para os nascidos de mães com oito a onze anos de escolaridade, em função da redução da taxa de mortalidade pósneonatal (3,3% ao ano; P=0,004). Entre os nascidos de mães com doze anos ou mais anos de escolaridade, não houve alterações significativas das taxas de mortalidade infantil. As modificações nas variáveis maternas (biológicas e sociais) apresentaram maior impacto para a tendência de redução das taxas de mortalidade no período, seguidas das assistenciais (RR=0,979; IC95%=0,969 a 0,989; P<0,001). O aumento do nível de escolaridade materna foi o fator com maior efeito para o declínio das taxas de mortalidade infantil (RR=0,981; IC95%=0,971 a 0,990; P<0,001). Por outro lado, as variáveis dos recém-nascidos, principalmente devido à tendência de aumento das taxas de baixo peso ao nascer, apresentaram um efeito negativo, desacelerando a tendência de redução da mortalidade em Porto Alegre (RR=0,955; IC95%=0,946 a 0,963; P<0,001). / In recent decades, there has been a significant reduction of infant mortality rates in Brazil and worldwide. Several factors contributed to this reduction such as improved socioeconomic conditions and health care. The aim of this study was to investigate the secular trends of infant mortality rates and evaluate the factors that contributed to its change over time series in Porto Alegre, a medium-sized developed town which is the capital of Rio Grande do Sul State, Brazil. This is a study based on information from the registry of births and infant deaths in the period from 1996 to 2008 which were obtained, respectively, from the Information System Live Births (SINASC) and Mortality Information System (SIM). It was analyzed the temporal trend in the number of births and infant, neonatal and post-neonatal mortality rates, overall and according to variables in SINASC (maternal education, maternal age, number of live births and dead, number of prenatal visits, type of delivery, type of hospital, gestational age, birth weight and sex of the newborn). The percentage of annual change, with an confidence interval of 95% was calculated by linear regression using the logarithm of mortality rates. Sequential Poisson regression was used to estimate the influence of socioeconomic status, healthcare variables, maternal variables and variables of the live births in the trend rates of infant, neonatal and post-neonatal mortality. During the period analyzed, there were 265,242 births. The rates of infant, neonatal and post neonatal mortality showed a trend of significant decrease, respectively from 15.8/1,000 live births in 1996 to 9.1/1,000 live births in 2008 (3.7% per year, P<0.001), from 8.7 to 5.9 (3.5% per year, P<0.001) and from 7.1 to 3.0 (4.1% per year, P<0.001). Reducing the infant mortality rate for live births to mothers with less than eight years of schooling occurred due to the reduction of neonatal mortality rate (2.5% per year, P=0.026) and for live births to mothers with eight to eleven years of schooling, due to the reduction of post-neonatal mortality (3.3% per year, P=0.004). Among live births of mothers with twelve or more years of schooling there was no significant change in infant mortality rates. The changes in the maternal variables (biological and social) had greater impact on the declining trend in mortality rates in the period, followed by health care variables (RR=0.979; 95%CI=0.969 to 0.989; P<0.001). The increased level of maternal education was the factor with greatest effect for the decline in infant mortality rates (RR=0.981; 95%CI=0.971 to 0.990; P<0.001). On the other hand, the variables of live births, mainly due to the trend of increased of low birth weight rates, had a negative effect, slowing the trend of reducing mortality in Porto Alegre (RR=0.955; 95%CI=0.946 to 0.963; P<0.001).
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Cárie dentária, aquisição de açúcar e fatores socioeconômicos em crianças e adolescentes brasileiros: um estudo ecológico / Dental caries, sugar and acquisition of socioeconomic factors in Brazilian children and adolescents: an ecological study

GONÇALVES, Michele Martins 22 December 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2014-07-29T15:21:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertacao Michele Martins Goncalves.pdf: 549419 bytes, checksum: f7ddfaac21d85fd1360cacda0a562d7d (MD5) Previous issue date: 2010-12-22 / The aim of this study was to investigate associations between dental caries experience at ages 5, 12 and 15-19 and household sugar availability in the Brazilian capitals using data from the Household Budget Survey 2003. Associations between dental caries, socioeconomic indicators and access to fluoridated water supply were also tested. The data on caries experience were obtained from the national survey of oral health in 2003 and socioeconomic indicators from the United Nations Development Programme. Correlation tests and linear regression were used in the statistical analysis. The availability of soft drinks and per capita income were negatively associated with the DMFT at age 12. At 12 and 15-19 years-old dental caries experience was also negatively associated with the HDI and fluoridated water, and positively associated with the rate of illiteracy. The results indicate the importance of socioeconomic factors and of fluoridation water in dental caries experience, which seem to influence the effect of sugar. / O objetivo deste estudo foi investigar associações entre a cárie dentária em crianças de 5 e 12 anos e jovens de 15-19 anos e a disponibilidade domiciliar de açúcar nas capitais brasileiras, utilizando os dados da Pesquisa de Orçamento Familiar de 2003. Testou-se ainda as associações entre a cárie, indicadores socioeconômicos e o acesso à água de abastecimento público fluoretada. Os dados sobre experiência de cárie foram obtidos do levantamento nacional de saúde bucal de 2003 e os indicadores socioeconômicos do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Na análise estatística, utilizou-se testes de correlação e regressão linear simples. A disponibilidade de refrigerante e a renda per capita associaram-se negativamente com o CPOD aos 12 anos. Nas idades de 12 e 15-19 anos a experiência de cárie também foi associada negativamente com o IDH, fluoretação das águas e positivamente com a taxa de analfabetismo. Os resultados indicam a importância dos indicadores socioeconômicos e da fluoretação das águas na experiência de cárie, os quais parecem influenciar o efeito do açúcar. Descritores: Epidemiologia; cárie
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Estratégia de saúde da família e rede social de apoio de trabalhadores / Family health strategy and social networking in support of workers

Ferrer, Anay Gomes, 1964- 07 January 2011 (has links)
Orientador: Maria da Luz Rosario de Sousa / Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba / Made available in DSpace on 2018-08-19T03:02:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Ferrer_AnayGomes_M.pdf: 1246713 bytes, checksum: 36e4cf2e8aa1197c5a39ba4688b2f95d (MD5) Previous issue date: 2011 / Resumo: No trabalho diário dentro das Unidades de Saúde da Família (USF) podem-se observar diferenças sistemáticas na situação de saúde de grupos populacionais vulneráveis (desigualdades em saúde). Estas desigualdades de saúde são evitáveis, injustas e desnecessárias caracterizando, assim, as iniquidades em saúde. Através da integralidade busca-se superar a visão isolada e fragmentada na formulação e implementação de políticas saudáveis. A integralidade é uma ferramenta fundamental dentro da Estratégia de Saúde da Família (ESF) na consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) e ela não tem condições de ser desenvolvida por um único setor isoladamente. Um modo de trabalhar a intersetorialidade é se organizar em redes sociais de apoio de trabalhadores. Esta forma de organização é facultativa. Assim, o objetivo do presente estudo, apresentado no capítulo 1 é apresentar a experiência em rede social de apoio de trabalhadores do bairro do IAA, situado no município de Piracicaba, estado de São Paulo, Brasil. Metodologia: pesquisa de ata das reuniões da rede social de apoio de trabalhadores do IAA do período de agosto de 2006 a dezembro de 2010. Resultados: dos impactos positivos já alcançados, observaram-se redução de registros lançados no livro de ocorrências do percentual de violência dentro da escola, de alunos retidos, evadidos e com baixo rendimento; o não relato ou observação de gravidez na adolescência nos que fizeram parte das atividades desenvolvidas, relatos de abusos e violência são trazidos a tona e tratados adequadamente, foram avaliadas e encaminhadas 28 crianças com distúrbio de aprendizado, a orientação da formação profissional de alguns dos integrantes da rede passa a ser voltada para as necessidades desta comunidade, maior aproximação entre os setores. Conclusão: o trabalho descrito apresenta uma articulação intersetorial com ações conjuntas e sistemáticas de planejamento, que resultaram em impactos positivos. O trabalho em rede não resolveu todos os determinantes sociais do local, mas suas ações foram capazes de minimizar algumas iniquidades. / Abstract: In daily work within the Family Health Units (FHU) can be observed systematic differences in health status of vulnerable populations. These health inequalities are avoidable, unfair and unnecessary, featuring well, inequities in health. By integrity we seek to overcome any isolated and fragmented in the formulation and implementation of healthy political. Integrity is a key tool within the Family Health Strategy (FHS) in the consolidation of Unified Health System (SUS), and she is unable to be developed by a single sector alone. One way of working the intersectional is to organize themselves into social networks to support workers. This form of organization is optional. So the objective of this study, shown in Chapter 1 is present the experience in social support network for workers in the neighborhood of the IAA, located in Piracicaba, São Paulo, Brazil. Methodology: Survey of the records of meetings of the social support network for employees of the IAA for the period August 2006 to December 2010. Results: From positive impacts already achieved, there was a decrease in the number of reports of violence inside the school, the child's risk group ceased to exist, not reporting or observation of teenage pregnancy in who are part of the activities, a situation of abuse and violence are brought to light and treated appropriately, the school dropout rate was zero in the municipal school, the orientation of vocational training of some members of the network becomes focusing on the needs of the community's area of operations, closer ties between the sectors, assessment and referral of 28 children with learning disorders. Conclusion: The type of work proposed and described features a breakthrough in the evolution of the social support networks as there is a joint intersectoral action with systematic planning, which result in positive impact for the community. Networking has not solved all the social determinants of the place, but their actions were able to minimize some inequities / Mestrado / Odontologia em Saude Coletiva / Mestre em Odontologia em Saúde Coletiva
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Condições de saúde e uso de serviços de saúde segundo o níve de escolaridade de mulheres adultas no município de Campinas , São Paulo / Health status and use of health services according to educational status of adult women in Campinas, São Paulo

Senicato, Caroline, 1985- 19 August 2018 (has links)
Orientador: Marilisa Berti de Azevedo Barros / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-19T22:40:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Senicato_Caroline_M.pdf: 3202832 bytes, checksum: f60916a87fc11b0b7b32b1b72c9162b3 (MD5) Previous issue date: 2012 / Resumo: A ocupação da mulher no mercado de trabalho e seu papel central no núcleo familiar, na organização e cuidado da moradia e da família, incluindo a amamentação, a criação dos filhos e o cuidado de familiares idosos e doentes, diferenciam-se dependendo do segmento socioeconômico a que pertencem e isso influencia distintamente no perfil de saúde e morbidade. O objetivo deste estudo foi avaliar desigualdades sociais no estado de saúde e uso de serviços de saúde segundo o nível de escolaridade de mulheres adultas. Trata-se de um estudo transversal de base populacional com amostra por conglomerados. Analisaramse 508 mulheres de 20 a 59 anos de idade residentes na área urbana do município de Campinas, participantes do Inquérito de Saúde do Município de Campinas - ISACAMP 2008. Foram estimadas prevalências e razões de prevalências ajustadas, utilizando modelos de regressão simples e múltipla de Poisson e considerando as ponderações relativas ao desenho amostral. Mulheres de menor nível educacional apresentaram pior condição de vida e maior prevalência de hipertensão, problemas circulatórios, dor de cabeça/enxaqueca, tontura/vertigem, obesidade, transtorno mental comum (SRQ-20), saúde autorreferida como ruim ou muito ruim, uso de prótese dentária e deficiência visual, e menor prevalência de uso de óculos ou lentes. Mas, não houve diferença entre os dois segmentos sociais de mulheres na prevalência de uso de serviços de saúde nas duas últimas semanas, no uso de medicamentos nos últimos três dias, no autoexame mensal das mamas, no exame clínico das mamas no último ano, no exame de Papanicolaou nos últimos três anos, nas hospitalizações e cirurgias no último ano, e na vacinação contra rubéola em algum momento da vida. Diferenças significativas foram observadas apenas quanto ao acesso aos serviços odontológicos no último ano e à mamografia nos últimos dois anos. O estudo detectou a presença de desigualdades sociais em diversos indicadores do estado de saúde e a presença de equidade no acesso a vários componentes dos serviços de saúde, apontando a potencialidade do SUS na redução das iniquidades na saúde da mulher no município / Abstract: The occupation of women in the labor market and its central role within the family, the organization and care of the house and the family, including breastfeeding, raising children and care of elderly and sick, differs according to socioeconomic segment belonging and that distinctly influences of health and morbidity profile. The present study assessed the inequalities in health status and use of health services according to educational status between adult women. It is population-based cross-sectional study was carried out with conglomerate sampling. Were analyzed 508 women between 20 and 59 years of age from the urban area of Campinas, participants in the Health Survey the city of Campinas - ISACAMP 2008. Prevalence values were estimated and prevalence ratios were adjusted using Poisson regression and considering weights related to the sampling design. Women with a lower level of schooling had a poorer quality of life and greater prevalence values for hypertension, circulatory problems, headache/migraine, dizziness/vertigo, obesity, common mental disorders (SRQ-20), worse self-reported health, use of dental prosthesis and visual impairment, but a lower prevalence of glasses. No differences between groups were found regarding in the use of health services in the previous two weeks, use of medication in the previous three days, monthly breast self-examination, clinical breast examination in the previous year, Pap smears in the previous three years, hospitalizations and surgeries in the previous year, and rubella vaccination in life. Significant differences were only to dental visits in the previous year and mammograms in the previous two years. This study demonstrate social inequalities in different health status indicators and equity in access to some health service components, pointing to the potential of SUS in reducing inequities in women's health in the municipality / Mestrado / Epidemiologia / Mestre em Saude Coletiva
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Experiências e o desenvolvimento de competências no enfermeiro para a atuação sobre as desigualdades sociais na saúde / Experiences and the development of nurses’ competencies to act on social inequalities in health

Carvalho, Nayara Rodrigues 26 July 2018 (has links)
Submitted by MARCOS LEANDRO TEIXEIRA DE OLIVEIRA (marcosteixeira@ufv.br) on 2018-09-25T11:35:51Z No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 2203574 bytes, checksum: 522c656695807f9133bc0d4255d39f09 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-09-25T11:35:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 2203574 bytes, checksum: 522c656695807f9133bc0d4255d39f09 (MD5) Previous issue date: 2018-07-26 / O presente estudo objetivou compreender as experiências e desenvolver competências em enfermeiros da Atenção Primária à Saúde no que tange à atuação sobre as desigualdades sociais na saúde. Trata-se de uma pesquisa qualitativa fundamentada na pesquisa-ação, na qual participaram enfermeiros da Atenção Primária à Saúde de um município de Minas Gerais. A coleta de dados da primeira etapa da pesquisa se deu no período de julho a agosto de 2017, através de um roteiro de entrevista contendo questões abertas, e da segunda etapa se deu no período de março a maio de 2018, por meio de observação não participante e grupo focal. Os dados foram analisados por meio da técnica de análise de conteúdo de Bardin. Os resultados desta dissertação considerou a seguinte organização: Artigo original I, o qual apresenta as experiências vivenciadas pelos enfermeiros no seu cotidiano de trabalho no enfrentamento das desigualdades sociais e o artigo original II, que diante dos achados da pesquisa anterior apresenta o desenvolvimento de competências nos enfermeiros da Atenção Primária à Saúde para atuar sobre as desigualdades sociais. / The aim of this study was to understand the experiences and develop skills in Primary Health Care (PHC) nurses in what concerns their performance on the social inequalities in health. This is a qualitative research based on the action research, in which nurses from the PHC of a municipality in the state of Minas Gerais participated. The data of the first stage of the research was collected through an interview script containing open questions from July to August 2017 and the second stage was done through non-participant observation and focus group, from March to May 2018. The data were analyzed through the Bardin content analysis technique. This thesis presents the following organization: original article I presenting the nurses experiences on coping with the social inequalities in their daily work; and the original article II that according to the findings on the preview research presents the development of skills in the PHC nurses to deal with the social inequalities.
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Análise espacial dos óbitos por tuberculose pulmonar e sua relação com indicadores sociais em São Luís - MA / Spatial analysis of deaths by pulmonary tuberculosis and the relation with social indicators in São Luís - MA

Santos Neto, Marcelino 22 August 2014 (has links)
O objetivo deste estudo foi analisar a distribuição espacial dos óbitos por tuberculose pulmonar e sua relação com indicadores sociais em São Luís-MA. Trata-se de um estudo ecológico em que foram considerados os óbitos ocorridos na zona urbana do município entre 2008 e 2012, segundo as causas A15.0 a A15.3 e A16.0 a A16.2 (CID-10), disponíveis no Sistema de Informação sobre Mortalidade. Procedeu-se inicialmente as análises univariada e bivariada das variáveis sociodemográficas e operacionais dos óbitos investigados. Para construção dos indicadores sociais utilizou-se a análise de componentes principais, sendo selecionadas variáveis das áreas de ponderação do Censo Demográfico de 2010. Recorreu-se à regressão linear múltipla, pelo método dos mínimos quadrados e à regressão espacial para análise da relação de dependência espacial entre os indicadores sociais e as taxas de mortalidade padronizadas pela idade por meio do Teste Global I de Moran. Utilizou-se ainda técnicas de estatística de varredura para a detecção de aglomerados espaciais e espaço- temporais dos óbitos nos setores censitários do município, sendo empregado o modelo discreto de Poisson. A geocodificação dos óbitos foi processada no TerraView versão 4.2.2, sendo considerados também nas análises os softwares Arcgis-versão 10.1, Statistica versão 12.0, OpenGeoDa versão 1.0, R versão 3.0.2 e SaTScanTM versão 9.2. Em todos os testes, foi fixado o nível de significância em alfa de 5% (p&lt; 0,05). Identificou-se 193 indivíduos que evoluíram para óbito por tuberculose pulmonar, com idade mediana de 52 anos, sendo maior percentual referente ao sexo masculino (n=142; 73,60%), raça/cor parda (n=133; 68,91%), estado civil solteiro (n=102; 53,13%), ensino fundamental completo (n=64; 33,16%) e com ocorrência do óbito no hospital (n=143; 74,08%). Observou-se que não ter assistência médica previamente ao óbito teve associação estatisticamente significativa com a realização de necropsia (p=0,001). Foram geocodificados 95% dos óbitos e as taxas de mortalidade por tuberculose pulmonar padronizadas pela idade variaram de 0,00 a 8,10 óbitos/100.000 habitantes-ano. Na construção dos indicadores sociais, duas novas variáveis surgiram, apresentando variância total de 73,07%. A primeira componente (56,75%) foi denominada indicador de bem-estar social e a segunda (16,32%), indicador de iniquidade social, que, na regressão linear múltipla, apresentou-se estatisticamente significante (R2 =23,86%; p=0,004), verificando-se posteriormente a existência de dependência espacial (Moran I=0,285; p&lt;0,001), sendo o Erro Espacial o melhor modelo explicativo. Foi possível evidenciar ainda que áreas de ponderação com alta e intermediária iniquidade social apresentaram as maiores taxas de mortalidade. Na análise de varredura espacial, identificou-se dois aglomerados espaciais, sendo um de alto risco relativo (RR=3,87; p&lt;0,001) e outro de baixo (RR=0,10; p=0,002), enquanto que a análise espaço-temporal evidenciou apenas um aglomerado de alto risco relativo (RR=3,0; p&lt;0,001) que ocorreu entre novembro de 2008 e abril de 2011. A investigação revelou áreas prioritárias para investimentos em tecnologias de saúde e um perfil de população fatalmente atingida pela doença, evidenciando aspectos importantes a serem considerados em termos de gestão e organização dos serviços de saúde para a equidade no acesso. / This study aimed to analyze the spatial distribution of deaths by pulmonary tuberculosis and the relation with social indicators, in São Luís-MA. It is an ecological study that considered deaths occurring in the urban area of the municipality, between 2008 and 2012, according to causes A15.0 to A15.3 and A16.0 to A16.2 (ICD-10), which are available in the Mortality Information System. It was initially used univariate and bivariate analyzes of demographic and operational variables from the investigated deaths. For the construction of social indicators, it was possible to use the principal components analysis, with variables selected from weighting areas of the Population Census, in 2010. It was utilized the multiple linear regression through the method of least squares and spatial regression to analyze the spatial dependence relationship between social indicators and standardized mortality rates by age, and with the Global I Test of Moran. Also, it was possible to use statistical techniques of scanning for detecting spatial-temporal and spatial clusters of deaths, in the municipality census tracts, and with the use of Poisson\'s discrete model. The geocoding of deaths was processed in TerraView version 4.2.2, and it was also considered, in the analysis, the softwares Arcgis version 10.1, Statistica version 12.0, OpenGeoDa version 1.0, R version 3.0.2 and SaTScanTM version9.2. It was fixed, in all tests, the level of significancein alpha of 5% (p&lt;0.05). It was identified 193 individuals who died due to pulmonary tuberculosis, with a median age of 52 years, with higher percentage for males (n=142, 73.60%), mulatto race (n=133, 68.91%), single marital status (n=102, 53.13%), complete primary school (n=64, 33.16%), and with deaths at the hospital (n=143, 74.08%). It was seen that having no medical care prior to death was statistically associated with the performance of necropsy (p=0.001). It was possible to geocode 95% of deaths, and death rates due to pulmonary tuberculosis standardized by age ranged from 0.00 to 8.10 deaths per 100.000 inhabitants a year. In the construction of social indicators, two new variables emerged and showed a total variance of 73.07%. The first (56.75%) was denominated indicator of social welfare, and the second (16.32%) as an indicator of social inequity, which was statistically significant in the multiple linear regression (R2 =23.86 %, p=0.004). It was verified the existence of spatial dependence (Moran I=0.285, p&lt;0.001), and the Spatial Error was the best explanatory model. It was also possible to show that weighting areas with high and intermediate social inequity presented the highest mortality rates. In the analysis of spatial scan, it was identified two spatial clusters, one of relatively high risk (RR=3.87, p&lt;0.001) and the other one of low risk (RR=0.10, p=0.002). On the other hand, the spatial-temporal analysis evidenced only a cluster of relatively high risk (RR=3.0, p&lt;0.001), which happened between November, 2008 and April, 2011. The research revealed priority areas for investments on health technology, and population profile fatally afflicted by the disease. It also pointed important aspects to be considered in terms of management and organization of health services for an equity access.
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Determinantes da incapacidade funcional de idosos da cidade de São Paulo na perspectiva étnico-racial / Determinants of the functional incapacity of the elderly in the city of So Paulo with perspective on race and ethnicity

Alexandre da Silva 13 March 2017 (has links)
Introdução: No Brasil, a desigualdade social é um problema que precisa de enfrentamento mais efetivo e respeito às particularidades dos diversos grupos sociais. O envelhecimento no município de São Paulo, numa perspectiva étnico-racial, ainda é pouco conhecido e não se sabe o quanto os determinantes sociais de saúde influenciam desfechos de saúde nesta população. Medir a incapacidade funcional em idosos é um indicador universalmente admitido para se diagnosticar condições de saúde. O presente estudo levanta a hipótese de que há diferenças na prevalência de incapacidades funcionais entre idosos de diferentes estratos raciais. Objetivos: Identificar os fatores determinantes da incapacidade funcional de idosos, considerando a condição raça/cor da pele e descrever os perfis de incapacidade funcional de idosos de acordo com as variáveis demográficas, socioeconômicas e modo de vida, na perspectiva étnico-racial e quanto a incapacidade funcional. Método: Realizou-se um estudo transversal com a coorte de 2010 do Estudo Saúde e Bem-Estar e Envelhecimento (SABE), considerando três desfechos para a variável dependente incapacidade funcional: déficit de mobilidade funcional, dificuldade nas Atividades Básicas ou Instrumentais de Vida Diária (ABVD e AIVD, respectivamente). A variável de análise foi a raça/cor da pele e as variáveis independentes foram as demográficas, socioeconômicas e modo de vida. Para a análise estatística, utilizaram-se o teste qui-quadrado com o fator de correção de Rao-Scott e modelos de regressão de Poisson (para a variável raça cor categorizada em negros e brancos) e regressão logística multinomial (para a variável raça/cor categorizada em pretos, pardos e brancos). A medida de associação escolhida foi a Razão de Prevalência (RP). Resultados: Foram considerados 1263 idosos para esta análise: 62 por cento brancos, 30,9 por cento pardos e 7,1 por cento pretos que, após os procedimentos de ponderação passaram a representar a população de 1.244.372 pessoas idosas, dos quais, 771.510 brancos, 384.511 pardos e 88.350 pretos do município de São Paulo. As características demográficas, socioeconômicas e modo de vida mostraram diferenças estatisticamente significantes e piores para pretos e pardos, na maioria das vezes. Ser do sexo feminino, ter 80 ou mais anos de idade, estar viúvo, não saber ler ou escrever, ter baixa escolaridade (até 4 anos de estudo), não estar trabalhando e nunca convidar pessoas para virem à sua casa ou sair para lugares públicos estiveram estatisticamente associadas ao déficit de mobilidade funcional ou à dificuldade em uma ou mais ABVD ou AIVD. Nos modelos de regressão, ser preto teve maior RP nos desfechos de déficit de mobilidade e dificuldade em 2 ou mais AIVD, enquanto que a RP foi maior para pardos quando o desfecho foi dificuldade em 2 ou mais ABVD. Discussão: As diferenças não puderam ser explicadas apenas em função das condições demográficas, socioeconômicas e modo de vida dos diferentes grupos raciais, suscitando que a iniquidade em saúde e o racismo no campo da saúde estiveram presentes nas desigualdades sistemáticas encontradas nos grupos raciais investigados. Conclusão: As desigualdades encontradas entre as categorias raciais apontaram para situações sistemáticas de desvantagens para idosos pardos e, principalmente, idosos pretos. Racismo e iniquidade em saúde foram as condições explicativas dessas desigualdades / Introduction: In Brazil, social inequality is a problem that needs more effective confrontation and respect for the specific characteristics of the different social groups. Aging in the city of São Paulo, from an ethnic-racial perspective, is still little known and it is not known how the social determinants of health influence health outcomes in this population. Measuring functional disability in the elderly is a universally accepted indicator for diagnosing health conditions. The present study raises the hypothesis that there are differences in the prevalence of functional disabilities among elderly people of different racial strata. Objectives: To identify the determinants of the functional incapacity of the elderly, considering the race / skin color and to describe the profiles of functional incapacities of the elderly according to covariates on demographic, socioeconomic and way of life conditions, from the ethno-racial perspective and functional disability. Method: A cross-sectional study was carried out using the 2010 cohort of the Health and Welfare and Aging Study (SABE), considering three outcomes for the dependent variable on functional disability: functional mobility deficit, difficulty in Basic or Instrumental Activities of Daily Living (BADL and IADL, respectively). The variable of analysis was race / skin color and the independent variables were the demographic, socioeconomic and way of life characteristics. For the statistical analysis, the chi-square test with the Rao-Scott correction and Poisson regression models (for the variable race color categorized in blacks and whites) and multinomial logistic regression (for the categorized race / color variable in black, brown and white). The measure of association chosen was the Prevalence Ratio (PR). Results: A total of 1263 elderly people were considered for this analysis: 62 per cent whites, 30.9 per cent browns and 7.1 per cent blacks who, after weighting procedures, represented the population of 1,244,372 elderly people, of which 771,510 whites, 384,511 pardos and 88,350 blacks from the city of São Paulo. Demographic, socioeconomic and way of life characteristics showed statistically significant differences and worse for blacks and browns, most of the time. Being female, 80 or older, widowed, unable to read or writing, having low schooling (up to 4 years of schooling), not working and never inviting people to come to your home or go out to public places were statistically associated with functional mobility deficit or with difficulty in one or more BADL or IADL. In the regression models, being black had greater PR in the mobility deficit and difficulty in 2 or more IADL, whereas PR was higher in brown people when the outcome was difficulty in 2 or more BADL. Discussion: Differences could not be explained solely by the demographic, socioeconomic and lifestyle conditions of the different racial groups, suggesting that health inequity and health racism were present in the systematic inequalities found among the racial groups assessed. Conclusion: The inequalities found among the racial categories pointed to systematic situations of disadvantages for brown elderly and, mainly, for black elderly. Racism and inequity in health were the explanatory conditions of these inequalities
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Determinantes da incapacidade funcional de idosos da cidade de São Paulo na perspectiva étnico-racial / Determinants of the functional incapacity of the elderly in the city of So Paulo with perspective on race and ethnicity

Silva, Alexandre da 13 March 2017 (has links)
Introdução: No Brasil, a desigualdade social é um problema que precisa de enfrentamento mais efetivo e respeito às particularidades dos diversos grupos sociais. O envelhecimento no município de São Paulo, numa perspectiva étnico-racial, ainda é pouco conhecido e não se sabe o quanto os determinantes sociais de saúde influenciam desfechos de saúde nesta população. Medir a incapacidade funcional em idosos é um indicador universalmente admitido para se diagnosticar condições de saúde. O presente estudo levanta a hipótese de que há diferenças na prevalência de incapacidades funcionais entre idosos de diferentes estratos raciais. Objetivos: Identificar os fatores determinantes da incapacidade funcional de idosos, considerando a condição raça/cor da pele e descrever os perfis de incapacidade funcional de idosos de acordo com as variáveis demográficas, socioeconômicas e modo de vida, na perspectiva étnico-racial e quanto a incapacidade funcional. Método: Realizou-se um estudo transversal com a coorte de 2010 do Estudo Saúde e Bem-Estar e Envelhecimento (SABE), considerando três desfechos para a variável dependente incapacidade funcional: déficit de mobilidade funcional, dificuldade nas Atividades Básicas ou Instrumentais de Vida Diária (ABVD e AIVD, respectivamente). A variável de análise foi a raça/cor da pele e as variáveis independentes foram as demográficas, socioeconômicas e modo de vida. Para a análise estatística, utilizaram-se o teste qui-quadrado com o fator de correção de Rao-Scott e modelos de regressão de Poisson (para a variável raça cor categorizada em negros e brancos) e regressão logística multinomial (para a variável raça/cor categorizada em pretos, pardos e brancos). A medida de associação escolhida foi a Razão de Prevalência (RP). Resultados: Foram considerados 1263 idosos para esta análise: 62 por cento brancos, 30,9 por cento pardos e 7,1 por cento pretos que, após os procedimentos de ponderação passaram a representar a população de 1.244.372 pessoas idosas, dos quais, 771.510 brancos, 384.511 pardos e 88.350 pretos do município de São Paulo. As características demográficas, socioeconômicas e modo de vida mostraram diferenças estatisticamente significantes e piores para pretos e pardos, na maioria das vezes. Ser do sexo feminino, ter 80 ou mais anos de idade, estar viúvo, não saber ler ou escrever, ter baixa escolaridade (até 4 anos de estudo), não estar trabalhando e nunca convidar pessoas para virem à sua casa ou sair para lugares públicos estiveram estatisticamente associadas ao déficit de mobilidade funcional ou à dificuldade em uma ou mais ABVD ou AIVD. Nos modelos de regressão, ser preto teve maior RP nos desfechos de déficit de mobilidade e dificuldade em 2 ou mais AIVD, enquanto que a RP foi maior para pardos quando o desfecho foi dificuldade em 2 ou mais ABVD. Discussão: As diferenças não puderam ser explicadas apenas em função das condições demográficas, socioeconômicas e modo de vida dos diferentes grupos raciais, suscitando que a iniquidade em saúde e o racismo no campo da saúde estiveram presentes nas desigualdades sistemáticas encontradas nos grupos raciais investigados. Conclusão: As desigualdades encontradas entre as categorias raciais apontaram para situações sistemáticas de desvantagens para idosos pardos e, principalmente, idosos pretos. Racismo e iniquidade em saúde foram as condições explicativas dessas desigualdades / Introduction: In Brazil, social inequality is a problem that needs more effective confrontation and respect for the specific characteristics of the different social groups. Aging in the city of São Paulo, from an ethnic-racial perspective, is still little known and it is not known how the social determinants of health influence health outcomes in this population. Measuring functional disability in the elderly is a universally accepted indicator for diagnosing health conditions. The present study raises the hypothesis that there are differences in the prevalence of functional disabilities among elderly people of different racial strata. Objectives: To identify the determinants of the functional incapacity of the elderly, considering the race / skin color and to describe the profiles of functional incapacities of the elderly according to covariates on demographic, socioeconomic and way of life conditions, from the ethno-racial perspective and functional disability. Method: A cross-sectional study was carried out using the 2010 cohort of the Health and Welfare and Aging Study (SABE), considering three outcomes for the dependent variable on functional disability: functional mobility deficit, difficulty in Basic or Instrumental Activities of Daily Living (BADL and IADL, respectively). The variable of analysis was race / skin color and the independent variables were the demographic, socioeconomic and way of life characteristics. For the statistical analysis, the chi-square test with the Rao-Scott correction and Poisson regression models (for the variable race color categorized in blacks and whites) and multinomial logistic regression (for the categorized race / color variable in black, brown and white). The measure of association chosen was the Prevalence Ratio (PR). Results: A total of 1263 elderly people were considered for this analysis: 62 per cent whites, 30.9 per cent browns and 7.1 per cent blacks who, after weighting procedures, represented the population of 1,244,372 elderly people, of which 771,510 whites, 384,511 pardos and 88,350 blacks from the city of São Paulo. Demographic, socioeconomic and way of life characteristics showed statistically significant differences and worse for blacks and browns, most of the time. Being female, 80 or older, widowed, unable to read or writing, having low schooling (up to 4 years of schooling), not working and never inviting people to come to your home or go out to public places were statistically associated with functional mobility deficit or with difficulty in one or more BADL or IADL. In the regression models, being black had greater PR in the mobility deficit and difficulty in 2 or more IADL, whereas PR was higher in brown people when the outcome was difficulty in 2 or more BADL. Discussion: Differences could not be explained solely by the demographic, socioeconomic and lifestyle conditions of the different racial groups, suggesting that health inequity and health racism were present in the systematic inequalities found among the racial groups assessed. Conclusion: The inequalities found among the racial categories pointed to systematic situations of disadvantages for brown elderly and, mainly, for black elderly. Racism and inequity in health were the explanatory conditions of these inequalities

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