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Indígenas estudantes nas graduações da UFRGS : movimentos de re-existênciaDoebber, Michele Barcelos January 2017 (has links)
A presença indígena no Ensino Superior brasileiro é um fenômeno recente e, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), lócus desta investigação, ocorre desde o ano de 2008, a partir da mobilização dos coletivos indígenas. Sua crescente demanda pelo acesso ao Ensino Superior motiva-se pela busca de apropriação de ferramentas da sociedade não indígena para a defesa de seus direitos, territórios e organização social. Como servidora técnica que se dedica a acompanhar os movimentos da política de ações afirmativas na UFRGS, realizei esta tese com o intuito de compreender o estar indígena universitário e como a instituição vem se mobilizando diante de tal presença. Trata-se de um estudo inspirado na etnografia, na cartografia e na pesquisa colaborativa, evidenciando os contornos da presença indígena na UFRGS no ir se fazendo da política. Assenta-se na convivência com indígenas no espaço acadêmico e em algumas terras de origem, conformando um estar-junto registrado no Diário de Campo e em conversas-entrevista. Também realizei pesquisa documental para dizer como a política foi se construindo em um processo conflitual de negociação entre universidade, lideranças e indígenas universitários, bem como para a análise de uma década de programa no que diz respeito ao perfil dos candidatos e dos ingressantes no processo seletivo específico. A partir dos temas que emergiram da escuta sensível como postura metodológica e, ancorada na perspectiva da decolonialidade e dos estudos de interculturalidade, apresento algumas contribuições para pensar a relação universidade-indígenas na atualidade. Foi possível identificar que, ao mesmo tempo em que avança em termos de acolhimento da diferença, a universidade segue perpetuando práticas eurocentradas de colonialidade do ser, do saber e do poder produtoras de exclusão no interior de uma política que se pretende inclusiva. No que toca aos indígenas universitários, experimentam o (des)encontro com as lógicas de ser e estar nesse espaço e a ambiguidade na relação de aproximação e afastamento, na qual a conexão com a vida é que define sobre permanecer (ou não) na universidade. Apropriam-se do universo acadêmico, dos conhecimentos ocidentais, e, ao mesmo tempo, re-existem através de uma presença disruptiva que se expressa na linguagem, nas diferentes temporalidades, na lógica comunal, no compromisso com a comunidade, na re-existência epistêmica. Desse modo, o estar sendo indígena universitário dá-se num espaço de fronteira entre dois universos opostos e complementares. Nesse lugar, habita a potência do pensar indígena que, atuando entre dois sistemas de pensamento (da ciência ocidental e o próprio), pode causar rupturas na episteme hegemônica. Dados da pesquisa mostram, ainda, que a presença indígena nos cursos de graduação da UFRGS oferece possibilidades de autorreflexão para a instituição, sobre suas práticas pedagógicas e seu papel social. A escuta, a construção de relações afetivas e de diálogo equitativo com os indígenas, bem como a postura receptiva aos conhecimentos originários, são ações fundamentais no exercício da interculturalidade e podem se constituir como práticas que tornem esse encontro fecundo, tanto para os povos originários, quanto para a própria universidade. / The indigenous presence in Brazilian Universities is a recent phenomenon and, at the Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS), where this research was conducted, occurs since the year 2008, having originated from the mobilization of indigenous groups. The search for ownership of tools of the non-indigenous society for the defense of their rights, territories and social organization has motivated the growing demand for access to higher education. As a technical worker dedicated to accompanying the affirmative action policy movements at UFRGS, I conceived this thesis with the objective of understanding the indigenous university existence and how the institution mobilizes itself in the face of such presence. This study is inspired by ethnography, cartography, and collaborative research, underscoring the contours of the indigenous presence in UFRGS in the creation an implementation of this politicies. It is based on the coexistence with indigenous people in the academic environment and some lands of origin, generating a being-together recorded in the field diary and in conversation-interviews. The author also carried out documentary research in order to tell how the policy was being built in a conflictive process of negotiation between University, leaders and indigenous university students, as well as for the analysis of a decade of the Program with respect to the profile of candidates and new entrants in the specific selection process. From the themes that emerged from sensitive listening as a methodological stance, and anchored in the perspective of decoloniality and intercultural studies, the author presents some contributions to think about the relationship Universityindigenous people today. It was possible to identify that, while advancing in terms of welcoming differences, the University continues to perpetuate Eurocentric practices of coloniality of being, knowledge, and power, producing exclusion within a policy that is intended to be inclusive. As far as indigenous University students are concerned, they experience the (dis)encounter with the logics of being and existing in that space, as well as the ambiguity in the relation of approach and withdrawal, in which the connection with life is what defines whether to remain (or not) in the University. They seize the academic universe, Western knowledge, and at the same time re-exist through a disruptive presence expressed in language, in different temporalities, in communal logic, in commitment to community, in epistemic re-existence. The existencebeing of indigenous university students occurs, therefore, in the borderline between two opposing and complementary universes. In this place, there inhabits the power of indigenous thinking, which, acting between two systems of thought (Western science and itself), can cause ruptures in the hegemonic episteme. Research data also show that the indigenous presence in undergraduate courses at UFRGS offers possibilities for self-reflection for the institution, its pedagogical practices, and its social role. Listening, building affective relations, plus an equitable dialogue with indigenous people, as well as receptive attitude to the original knowledge, are central actions in the exercise of interculturality and can become practices that make this encounter fruitful, for the native peoples, as well as for the University.
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Educação profissional com indígenas : possibilidades de corazonar e melhor viverMülling, Juliana da Cruz January 2018 (has links)
A partir da Constituição Federal de 1988, as lutas indígenas por direitos possibilitam a construção de uma série de avanços nas políticas públicas relacionadas à educação. As pesquisas acadêmicas demonstram os esforços para a construção de escolas indígenas baseadas nos modos próprios de viver e aprender de cada povo indígena, e também indicam o crescente ingresso de estudantes indígenas em instituições de ensino superior, e da produção de sentidos para a expressão “intelectuais indígenas”. O atendimento a estudantes indígenas no âmbito da Educação Profissional, foco desta dissertação, é ainda mais recente, considerando-se a atual configuração da Rede Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, criada pela Lei nº 11.892, de 2008, e a implementação da Lei de Cotas, nº 12.711, de 2012. A partir da garantia de reserva de vagas para o ingresso de estudantes indígenas nesta modalidade de ensino, a pesquisa buscou registros de sua presença nos campi da Rede Federal no Estado do Rio Grande do Sul, bem como suas demandas para a Educação Profissional, considerando os desafios e as possibilidades de acolhimento pelos Institutos Federais de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, especialmente a partir da experiência do Campus Sertão do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) Referenciando-se em experiências prévias, como o Magistério Intercultural Bilíngue, do Instituto Kaingang de Educação Ângelo Mainkhá Miguel, em Inhacorá, a pesquisa buscou delinear o campo da educação indígena específica e profissional. Para a construção empírica da pesquisa, empregou-se a metodologia da entrevista etnográfica. Na literatura, Rodolfo Kusch, Bartolomeu Meliá, Patrício Arias e Pablo Mamani dão suporte teórico para compreender o estar indígena e suas formas de se organizar para o trabalho. Esse estar confronta-se com o ser das instituições de Educação Profissional, fundamentadas na lógica modernista de práticas capitalistas. As implicações das relações entre a Rede Federal e as etnias que nela se inserem foram consideradas sob a perspectiva da descolonialidade, e com a potencialidade de corazonar (ARIAS, 2010) para as instituições e de melhor viver (BANIWA, 2011) para os povos indígenas. / Under the Federal Constitution of 1988, indigenous struggles for rights have made it possible for the construction of a series of advances in public policies related to education. Academic research has demonstrated the efforts towards the establishment of indigenous schools based on the ways of living and learning of each indigenous people and has also pointed out to the increasing numbers of indigenous students enrolling at higher levels of education as well as to the establishment of meanings to the phrase indigenous intellectuals. The focus of this dissertation, the admission of indigenous students into the scope of Professional Education is even more recent, considering the current configuration of the Federal System of Education, Science and Technology, created by Law 11.892 of 2008, and the implementation of the Law of Quotas, nº 12.711, 2012. From the guarantee of an affirmative action known as quotas for admission of indigenous students into this modality of education, this research has surveyed records of their presence in the Campuses of the Federal System of Professional Education in the State of Rio Grande do Sul, as well as their demands for Technical Education, considering the challenges and possibilities of welcome and accompany provided to students by the Federal Institutes of Vocational, Scientific and Technological Education with special consideration to the experience at Campus Sertão, which belongs to the Federal Institute of Education, Science and Technology of Rio Grande do Sul (IFRS) Based on previous experiences such as in the Indigenous Intercultural Bilingual Initial Teacher Education Course, at the Kaingang Institute of Education Ângelo Mainkhá Miguel, in Inhacorá, the research aims at outlining the field of specific professional indigenous education. For the empirical construction of the research, the methodology of the ethnographic interview was used. In literature, the works of Rodolfo Kusch, Bartolomeu Meliá, Patrício Arias and Pablo Mamani have provided theoretical support to understand the indigenous being and their ways of organizing themselves to work. This being confronts with the existing of the Professional Education Institutes, based on the contemporary logics of capitalist practices. The implications of the relations among the Federal System and the ethnic groups that are admitted into it were taken into account from the perspective of decoloniality, with the potentialiality of heartening (ARIAS, 2010) for the institutions and of well living (BANIWA, 2011) for the indigenous peoples.
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Diálogos entre diferentes : o indígena e o enfermeiro no atendimento à saúde em Cuiabá-MTSilva, Adriane Aparecida de Freitas 27 May 2015 (has links)
Submitted by Igor Matos (igoryure.rm@gmail.com) on 2017-01-11T14:26:44Z
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Previous issue date: 2015-05-27 / A presente dissertação tem como objetivo compreender as relações entre enfermeiros e indígenas no momento do atendimento de saúde na rede do Sistema Único de Saúde (SUS), levando-se em consideração os conhecimentos e práticas do enfermeiro em situações em que o corpo indígena é a centralidade do cuidar, o que faz emergir conflitos étnicoculturais. A pesquisa qualitativa recorre aos recursos metodológicos da etnografia para descrever as situações e a visão dos enfermeiros no encontro com o usuário indígena no SUS. A observação ocorreu desde o primeiro contato até a internação hospitalar, seguida de entrevista com os enfermeiros que realizaram o atendimento. Foram entrevistados 10 enfermeiros que desempenham funções em dois hospitais da na rede SUS Cuiabá, o Hospital Universitário Júlio Müller e o Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá. A observação ocorreu entre os meses de outubro e novembro de 2014. Como enfermeira, a pesquisadora buscou identificar o contato interétnico entre enfermeiros e indígenas, discutindo em que medida os saberes e fazeres sobre o corpo dialogam e contribuem para a terapêutica indicada, e também se há algum indicativo, na formação dos enfermeiros, que reflete sua prática. De acordo com as diretrizes do SUS, o indígena tem direito a um atendimento intercultural, cabendo ao poder público assegurar que este ocorra nos estabelecimentos de saúde e demais esferas abrangidas pelo subsistema de atendimento indígena. A análise dos dados busca evidenciar a interculturalidade na relação interétnica. No frenesi do cotidiano dos profissionais entrevistados, o exercício da empatia e solidariedade é obrigatório e quase automático, mas há circunstâncias que exigem mais do que tais competências para que se possa atender bem o outro que é, no caso da pesquisa, o corpo indígena. O estudo sobre as práticas dos enfermeiros, elaboradas a partir dos seus saberes, e a aplicação destas no corpo indígena, fabricado e orientado pelos ditames de sua cultura, leva-nos a desvelar o que ocorre nos espaços da “fronteira interétnica e intercultural”. Na pesquisa, buscamos o conhecimento sobre a construção das relações entre profissionais não índios e o usuário indígena, evidenciando como estes estabelecem demandas para as diretrizes curriculares e a educação permanente em serviço do profissional de saúde. Os enfermeiros, principalmente os que atuam na saúde pública, se deparam com o desafio de atender o usuário na sua integralidade, prestando uma modalidade de cuidado que não apenas trate a doença, mas que supra as necessidades do doente. A análise de conteúdo revelou que os enfermeiros não se sentem preparados adequadamente, em sua formação superior, para atuar no campo da interculturalidade, fazendo-se necessário sua inclusão na grade curricular dos cursos, desde a formação inicial. Esse tipo de capacitação objetiva municiar o enfermeiro no desempenho de ações que contemplem a convergência de saberes para um único foco: o cuidado do corpo indígena adoecido e que busca tratamento fora de sua comunidade. / This paper intends as a goal to understand relations between nurses and indigenous people at the moment when receiving care in the Federal Health Care System (SUS) taking into consideration the nurses` knowledge when dealing with the centrality of indigenous people`s body, within which ethnic and cultural conflicts emerge. Qualitative research refers to methodological ethnographic resources to describe situation and the vision of nurses when meeting indigenous people in the SUS healthcare system. Observations started since first contact until hospital admission, followed by interviewing the nurses that conducted the examination. 10 nurses who work in two different hospitals of the Cuiabá SUS, Hospital "Universitário Júlio Muller" and "Pronto Socorro de Cuiabá". Observation occurred between the months of October and November of 2014. As a nurse the researcher sought out to identify in the interethnic relations between the nurses and indigenous person in how far there exists a dialogue where both sides` knowhow about the body contribute to the therapy, as also if there is some reference in the nurse`s training which reflects this practice. According to SUS directives indigenous people have a right to receive an intercultural treatment, where the public sphere assures that these occur in the healthcare establishments and other sphere overarching interculturality and interethnic relations. In the daily frenzy of the routine the interviewed professionals the exercise of empathy and solidarity is mandatory and almost automatic, but there are circumstances in which one needs more than these qualities as to be able to serve someone well, in the case of this research, the indigenous body. The study about the practices of nurses elaborated from their own knowledge base and the application of these on the indigenous` body, where these applications were fabricated and oriented by their( dictates, lead us to unveil the interethnic and intercultural frontier. With this research we seek knowledge about the construction of relations between professionals and indigenous healthcare users as to make evident how these establish demands for the curricular directives and permanent education for healthcare professionals. Professional nurses especially those working in the public sphere come across the challenge of giving service to its user in their integrity, not only looking after the disease but also taking care of the patients necessities. The content analysis revealed that nurses don`t feel sufficiently trained by higher education , and therefore there is a pertinent discussion about the importance of interculturality in the giving of health service to the ill indigenous that seeks treatment outside their community, that being since first graduation in order to aid the nurse as to develop relations in which occurs the convergence of knowledge bases for a single focus: the care of the ill indigenous body.
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A diversidade cultural no currículo e na concepção de docentes: caminhos inclusivos em discussão / The cultural diversity on curriculum and in teachers conception: inclusive ways in discussionMacena, Janaina de Oliveira [UNESP] 22 May 2017 (has links)
Submitted by JANAINA DE OLIVEIRA MACENA null (janaina_macena@yahoo.com.br) on 2017-08-04T21:22:00Z
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Previous issue date: 2017-05-22 / O notório destaque assumido por questões sociais relacionadas a diversidade cultural no atual cenário mundial é o tema central da discussão do presente trabalho. A temática da diversidade cultural foi abordada no contexto educacional através do currículo do Estado de São Paulo e do relato de professores do ensino fundamental ciclo I. A investigação buscou analisar e interpretar os resultados encontrados para a presença da diversidade cultural nas Orientações Curriculares do Estado de São Paulo e na Coleção Ler e Escrever distribuída para todas as escolas estaduais. A análise desses dois documentos aconteceu a partir da busca por palavras, através do software MAXQDA. A opinião dos professores foi levada em consideração a partir da aplicação de um questionário desenvolvido pela própria pesquisadora, em que os resultados obtidos foram comparados com os resultados obtidos nos documentos. Para o embasamento teórico assumiu-se os Estudos Culturais a partir de Hall (1997) como referência para o entendimento de cultura e a Teoria Histórico-Critica como norte conceitual para uma concepção de homem em constante desenvolvimento, capaz de transmitir conhecimento através da linguagem, sujeito transformador da realidade e por ela transformado, constituindo-se plenamente no contato e convívio social. Silva e Moreira (1995) e Candau (2005, 2011) foram os principais autores considerados na discussão sobre o currículo e a necessidade de questioná-lo, transgredi-lo. Santos (2000) e Capellini (2009) embasaram o entendimento sobre a educação inclusiva. Assim, concluiu-se que a diversidade cultural está presente no currículo, mas de forma insuficiente pelos parâmetros e ocorrências que apresenta. Consonante a isto, os professores a considera difícil de ser trabalhada em sala de aula (em especial ao citarem os temas sexualidade, gênero e religião) e declararam pouco conhecimento teórico sobre o assunto. Aponta-se a necessidade de formação continuada aos professores e mais pesquisas sobre o tema, de modo a criar condições para entendimento dos entraves presentes e consolidar práticas promotoras de uma verdadeira educação inclusiva, capaz de consolidar o desenvolvimento do maior número de pessoas com respeito às suas diferenças, garantindo assim, o atendimento à diversidade. / The important emphasis given by social issues related to cultural diversity in the current world scenario is the central theme discussed in this work. The theme of cultural diversity was addressed in the educational context through the curriculum of the State of São Paulo and the report of elementary school teachers. The research aimed to analyze and interpret the results related to cultural diversity in the São Paulo State Curriculum Guidelines and in the “Coleção Ler e Escrever”, which were distributed for all state schools. The analysis of these two documents was carried out from a word search using the MAXQDA software. The teachers' opinion was obtained from a questionnaire developed by the researcher and their responses were compared with the results obtained in the documents. Hall (1997) and Cultural Studies authors were used as a reference for the understanding of culture and the Historical-Critical Theory was the conceptual guide for discussing a concept of humanity in frequent development, that is able to transmit knowledge through language and able to modify reality and be transformed by it. Silva and Moreira (1995) and Candau (2005, 2011) were the main authors considered for the discussion about the curriculum and the necessity to question and transgress it. Santos (2000) and Capellini (2009) grounded the understanding of inclusive education. The results showed that cultural diversity is part of the curriculum, but is insufficiently addressed in the parameters and occurrences analysed. Consistent with this, teachers find it difficult to address some themes in the classroom (especially sexuality, gender and religion) and expressed little theoretical knowledge on the subject. The need for continuous teacher education and further research on the subject is emphasized in order to create conditions for understanding the current obstacles and to strengthen practices that promote an inclusive education that is capable of consolidating the development of the greatest number of people with respect to their differences and guarantee the service to diversity.
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A educação dialógica no ensino de arte: o exercício da interculturalidade com o uso de recursos tecnológicos e midiáticos / Dialogic education in the teaching of art: the exercise of interculturality with the use of technological and media resources / La educación dialógica en la enseñanza de arte: el ejercicio de la interculturalidad con el uso de recursos tecnológicos y mediáticosDe Grande, Elizabeth Rossi 22 March 2018 (has links)
Submitted by ELIZABETH ROSSI DE GRANDE (betharte75@gmail.com) on 2018-05-23T01:32:16Z
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O arquivo submetido deve estar em formato PDF.
Agradecemos a compreensão on 2018-05-23T12:54:45Z (GMT) / Submitted by ELIZABETH ROSSI DE GRANDE (betharte75@gmail.com) on 2018-05-23T19:13:01Z
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Previous issue date: 2018-03-22 / Apresenta-se uma proposta de sequência didática para o Ensino de Arte, especificamente no Ensino Fundamental 1, alicerçada na pedagogia dialógica e que faz uso das tecnologias da informação e comunicação como meio para realizar a interlocução educação – arte – cultura. De Paulo Freire trazemos concepções pedagógicas indispensáveis para o rompimento com a prática mecânica da alfabetização a partir da opção pela “palavra chave ou palavramundo”, definida pelo educador como a palavra carregada do sentido do mundo, cuja leitura deve preceder a leitura da palavra e o estudo dos conteúdos nas demais áreas do conhecimento. Os estudos de Ana Mae Barbosa, referência no ensino contemporâneo de arte, são modelos na sistematização de ações pedagógicas problematizadas por meio da leitura, da contextualização e do fazer artístico, dinâmica que fortalece a comunicação no espaço escolar e que oferta oportunidade para que o educando se encontre com sua cultura, história e raízes, dialogando constantemente com as mesmas de forma articulada e relacional. Com este mote buscamos compreender como as tecnologias da informação e da comunicação podem ser meio de interlocução e diálogo entre os envolvidos no processo educativo, favorecer a aproximação no exercício da interculturalidade democrática e operar de forma assertiva na quebra da hegemonia ou prevalência de uma cultura sobre a outra. Presumimos que as TIC podem favorecer a comunicação entre os diferentes atores do processo educacional no eixo horizontal do saber, fortalecendo a instituição escolar como local do conhecimento nas suas diversas manifestações científica, artística, cultural e tecnológica. / This research presents a proposal of a didactic sequence for Art Education, specifically in Elementary Education 1, based on a dialogical pedagogy that makes use of information and communication technologies as a means to carry out the education-art-culture interlocution. From Paulo Freire we bring indispensable pedagogical concepts that break with the mechanical practice of literacy by the option of "keyword” or “palavramundo", defined by the educator as the word loaded with the meaning of the world, whose reading must precede the reading of the word and the contents in the other areas of knowledge. The studies of Ana Mae Barbosa, a reference in contemporary art education, serve as model in the systematization of pedagogical actions that are problematized through reading, contextualisation and artistic making, a dynamic that strengthens communication in the academic space and which offers the opportunity for the student to meet with their own culture, history and roots, constantly dialoguing with them in an articulated and relational way. With this motto we seek to understand how information and communication technologies can be instrument of dialogue and interlocution among those involved in the educational process, favoring the approach in the exercise of a democratic interculturality and operate assertively in breaking the hegemony or prevalence of one culture over the other. We assume that TIC can foster communication between the different actors of the educational process in the horizontal axis of knowledge, strengthening the school institution as a place of knowledge in its various scientific, artistic, cultural and technological manifestations.
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Indígenas estudantes nas graduações da UFRGS : movimentos de re-existênciaDoebber, Michele Barcelos January 2017 (has links)
A presença indígena no Ensino Superior brasileiro é um fenômeno recente e, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), lócus desta investigação, ocorre desde o ano de 2008, a partir da mobilização dos coletivos indígenas. Sua crescente demanda pelo acesso ao Ensino Superior motiva-se pela busca de apropriação de ferramentas da sociedade não indígena para a defesa de seus direitos, territórios e organização social. Como servidora técnica que se dedica a acompanhar os movimentos da política de ações afirmativas na UFRGS, realizei esta tese com o intuito de compreender o estar indígena universitário e como a instituição vem se mobilizando diante de tal presença. Trata-se de um estudo inspirado na etnografia, na cartografia e na pesquisa colaborativa, evidenciando os contornos da presença indígena na UFRGS no ir se fazendo da política. Assenta-se na convivência com indígenas no espaço acadêmico e em algumas terras de origem, conformando um estar-junto registrado no Diário de Campo e em conversas-entrevista. Também realizei pesquisa documental para dizer como a política foi se construindo em um processo conflitual de negociação entre universidade, lideranças e indígenas universitários, bem como para a análise de uma década de programa no que diz respeito ao perfil dos candidatos e dos ingressantes no processo seletivo específico. A partir dos temas que emergiram da escuta sensível como postura metodológica e, ancorada na perspectiva da decolonialidade e dos estudos de interculturalidade, apresento algumas contribuições para pensar a relação universidade-indígenas na atualidade. Foi possível identificar que, ao mesmo tempo em que avança em termos de acolhimento da diferença, a universidade segue perpetuando práticas eurocentradas de colonialidade do ser, do saber e do poder produtoras de exclusão no interior de uma política que se pretende inclusiva. No que toca aos indígenas universitários, experimentam o (des)encontro com as lógicas de ser e estar nesse espaço e a ambiguidade na relação de aproximação e afastamento, na qual a conexão com a vida é que define sobre permanecer (ou não) na universidade. Apropriam-se do universo acadêmico, dos conhecimentos ocidentais, e, ao mesmo tempo, re-existem através de uma presença disruptiva que se expressa na linguagem, nas diferentes temporalidades, na lógica comunal, no compromisso com a comunidade, na re-existência epistêmica. Desse modo, o estar sendo indígena universitário dá-se num espaço de fronteira entre dois universos opostos e complementares. Nesse lugar, habita a potência do pensar indígena que, atuando entre dois sistemas de pensamento (da ciência ocidental e o próprio), pode causar rupturas na episteme hegemônica. Dados da pesquisa mostram, ainda, que a presença indígena nos cursos de graduação da UFRGS oferece possibilidades de autorreflexão para a instituição, sobre suas práticas pedagógicas e seu papel social. A escuta, a construção de relações afetivas e de diálogo equitativo com os indígenas, bem como a postura receptiva aos conhecimentos originários, são ações fundamentais no exercício da interculturalidade e podem se constituir como práticas que tornem esse encontro fecundo, tanto para os povos originários, quanto para a própria universidade. / The indigenous presence in Brazilian Universities is a recent phenomenon and, at the Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS), where this research was conducted, occurs since the year 2008, having originated from the mobilization of indigenous groups. The search for ownership of tools of the non-indigenous society for the defense of their rights, territories and social organization has motivated the growing demand for access to higher education. As a technical worker dedicated to accompanying the affirmative action policy movements at UFRGS, I conceived this thesis with the objective of understanding the indigenous university existence and how the institution mobilizes itself in the face of such presence. This study is inspired by ethnography, cartography, and collaborative research, underscoring the contours of the indigenous presence in UFRGS in the creation an implementation of this politicies. It is based on the coexistence with indigenous people in the academic environment and some lands of origin, generating a being-together recorded in the field diary and in conversation-interviews. The author also carried out documentary research in order to tell how the policy was being built in a conflictive process of negotiation between University, leaders and indigenous university students, as well as for the analysis of a decade of the Program with respect to the profile of candidates and new entrants in the specific selection process. From the themes that emerged from sensitive listening as a methodological stance, and anchored in the perspective of decoloniality and intercultural studies, the author presents some contributions to think about the relationship Universityindigenous people today. It was possible to identify that, while advancing in terms of welcoming differences, the University continues to perpetuate Eurocentric practices of coloniality of being, knowledge, and power, producing exclusion within a policy that is intended to be inclusive. As far as indigenous University students are concerned, they experience the (dis)encounter with the logics of being and existing in that space, as well as the ambiguity in the relation of approach and withdrawal, in which the connection with life is what defines whether to remain (or not) in the University. They seize the academic universe, Western knowledge, and at the same time re-exist through a disruptive presence expressed in language, in different temporalities, in communal logic, in commitment to community, in epistemic re-existence. The existencebeing of indigenous university students occurs, therefore, in the borderline between two opposing and complementary universes. In this place, there inhabits the power of indigenous thinking, which, acting between two systems of thought (Western science and itself), can cause ruptures in the hegemonic episteme. Research data also show that the indigenous presence in undergraduate courses at UFRGS offers possibilities for self-reflection for the institution, its pedagogical practices, and its social role. Listening, building affective relations, plus an equitable dialogue with indigenous people, as well as receptive attitude to the original knowledge, are central actions in the exercise of interculturality and can become practices that make this encounter fruitful, for the native peoples, as well as for the University.
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Educação profissional com indígenas : possibilidades de corazonar e melhor viverMülling, Juliana da Cruz January 2018 (has links)
A partir da Constituição Federal de 1988, as lutas indígenas por direitos possibilitam a construção de uma série de avanços nas políticas públicas relacionadas à educação. As pesquisas acadêmicas demonstram os esforços para a construção de escolas indígenas baseadas nos modos próprios de viver e aprender de cada povo indígena, e também indicam o crescente ingresso de estudantes indígenas em instituições de ensino superior, e da produção de sentidos para a expressão “intelectuais indígenas”. O atendimento a estudantes indígenas no âmbito da Educação Profissional, foco desta dissertação, é ainda mais recente, considerando-se a atual configuração da Rede Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, criada pela Lei nº 11.892, de 2008, e a implementação da Lei de Cotas, nº 12.711, de 2012. A partir da garantia de reserva de vagas para o ingresso de estudantes indígenas nesta modalidade de ensino, a pesquisa buscou registros de sua presença nos campi da Rede Federal no Estado do Rio Grande do Sul, bem como suas demandas para a Educação Profissional, considerando os desafios e as possibilidades de acolhimento pelos Institutos Federais de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, especialmente a partir da experiência do Campus Sertão do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) Referenciando-se em experiências prévias, como o Magistério Intercultural Bilíngue, do Instituto Kaingang de Educação Ângelo Mainkhá Miguel, em Inhacorá, a pesquisa buscou delinear o campo da educação indígena específica e profissional. Para a construção empírica da pesquisa, empregou-se a metodologia da entrevista etnográfica. Na literatura, Rodolfo Kusch, Bartolomeu Meliá, Patrício Arias e Pablo Mamani dão suporte teórico para compreender o estar indígena e suas formas de se organizar para o trabalho. Esse estar confronta-se com o ser das instituições de Educação Profissional, fundamentadas na lógica modernista de práticas capitalistas. As implicações das relações entre a Rede Federal e as etnias que nela se inserem foram consideradas sob a perspectiva da descolonialidade, e com a potencialidade de corazonar (ARIAS, 2010) para as instituições e de melhor viver (BANIWA, 2011) para os povos indígenas. / Under the Federal Constitution of 1988, indigenous struggles for rights have made it possible for the construction of a series of advances in public policies related to education. Academic research has demonstrated the efforts towards the establishment of indigenous schools based on the ways of living and learning of each indigenous people and has also pointed out to the increasing numbers of indigenous students enrolling at higher levels of education as well as to the establishment of meanings to the phrase indigenous intellectuals. The focus of this dissertation, the admission of indigenous students into the scope of Professional Education is even more recent, considering the current configuration of the Federal System of Education, Science and Technology, created by Law 11.892 of 2008, and the implementation of the Law of Quotas, nº 12.711, 2012. From the guarantee of an affirmative action known as quotas for admission of indigenous students into this modality of education, this research has surveyed records of their presence in the Campuses of the Federal System of Professional Education in the State of Rio Grande do Sul, as well as their demands for Technical Education, considering the challenges and possibilities of welcome and accompany provided to students by the Federal Institutes of Vocational, Scientific and Technological Education with special consideration to the experience at Campus Sertão, which belongs to the Federal Institute of Education, Science and Technology of Rio Grande do Sul (IFRS) Based on previous experiences such as in the Indigenous Intercultural Bilingual Initial Teacher Education Course, at the Kaingang Institute of Education Ângelo Mainkhá Miguel, in Inhacorá, the research aims at outlining the field of specific professional indigenous education. For the empirical construction of the research, the methodology of the ethnographic interview was used. In literature, the works of Rodolfo Kusch, Bartolomeu Meliá, Patrício Arias and Pablo Mamani have provided theoretical support to understand the indigenous being and their ways of organizing themselves to work. This being confronts with the existing of the Professional Education Institutes, based on the contemporary logics of capitalist practices. The implications of the relations among the Federal System and the ethnic groups that are admitted into it were taken into account from the perspective of decoloniality, with the potentialiality of heartening (ARIAS, 2010) for the institutions and of well living (BANIWA, 2011) for the indigenous peoples.
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English and Culture: Learning About Us and Them : A Study About Teachers' Conceptions and Teaching of Culture in the English ClassroomCarlsson, Nils January 2017 (has links)
In this essay, four teachers of English as a foreign language were interviewed about their conceptions of culture and language. The purpose was to investigate what they consider important to teach their students about culture and how they attempt to achieve this in practice. Furthermore, it was discussed whether the teaching of culture can be improved. The study was conducted through semi-structured interviews, using theory about culture taught from either a product perspective, as observable behaviors, facts and information, or from a process perspective, as values, attitudes and empathy with otherness. The results showed that the teachers generally aimed to teach culture from a process perspective, promoting empathy, deconstructing stereotypes and teaching about the students’ own culture as well as cultural features in other parts of the world. They also listed some methods of achieving this aim. However, many of the teaching methods were more centered around facts and information, particularly about national cultures. This suggested an approach more focused on culture as a product, which may be detrimental to the voiced goals of teaching culture as a process.
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EducaÃÃo e Direitos Humanos para Mulheres em Comunidades IslÃmicas / Education and Human Rights for Women in Islamic CommunitiesAllana de Freitas Lacerda 29 September 2017 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / O presente trabalho investigou a concepÃÃo do direito à educaÃÃo e sua expressÃo de universalidade, inserida no Ãmbito dos direitos humanos bÃsicos em contextos geo-sÃcio-polÃticos, culturais e religiosos, dentre outros aspectos, tÃo distintos em suas fundamentaÃÃes, como das comunidades islÃmicas. Intencionamos conhecer mais aprofundadamente os impactos dessas questÃes entre o normatizado nas legislaÃÃes locais e internacionais (DeclaraÃÃo IslÃmica Universal dos Direitos Humanos de1981, DeclaraÃÃo de Cairo sobre Direitos Humanos IslÃmicos de 1990 e a Carta Ãrabe dos Direitos Humanos de 2004) e a perspectiva dos âsujeitos de direitoâ. Temos como foco, especialmente, mulheres e meninas, por serem estas marcadas por uma maior situaÃÃo de vulnerabilidade e fragilidade social (DEMANT, 2015; MOTAHARI, 2008; NEUMANN, 2006; SAID, 1996; YOUSAFZAI e LAMB, 2013, entre outros). A temÃtica se apresenta em consonÃncia com os discursos mundiais em defesa de uma sociedade democrÃtica, inclusiva, de direitos, como alicerce para a cidadania planetÃria, de paz mundial e de emancipaÃÃo humana (BOBBIO, 2004; FOUCAULT, 1999; LEITE, 2002; NASCMENTO, 2008, SANTOS, 2009; 2013; SEN, 2010 dentre outros). O paradigma da educaÃÃo para todos à importante de ser posto em anÃlise à luz de aspectos mais particulares a cada sociedade, em uma perspectiva de compreensÃo inter e multicultural. Empregamos a abordagem qualitativa, cujos procedimentos utilizados envolveram pesquisa do tipo bibliogrÃfica, documental e de campo. A pesquisa documental tem como base documentos jurÃdicos e dados/estatÃsticas de organizaÃÃes internacionais, alÃm de informaÃÃes e discursos divulgados na mÃdia impressa. A pesquisa de campo inclui entrevistas semi-estruturadas, junto aos sujeitos muÃulmanos, quer no Brasil ou em outras comunidades islÃmicas, como os campos de refugiados (por email, em idioma InglÃs), aliadas aos depoimentos coletados no site TED.COM.. A partir da anÃlise das informaÃÃes obtidas, observamos que os sujeitos entrevistados destacaram a presenÃa de fatores econÃmicos, polÃticos, culturais e religiosos como determinantes e impedidores e/ou favorecedores do usufruto do direito educacional, paradigma mundialmente conclamado, mas indicaram tambÃm percepÃÃes singulares de famÃlias que podem, em exceÃÃo, contradizer circunstÃncias como as de guerra e territÃrios em perigo e/ou regras sociais ainda arraigadas. Tal fato nos aproximou exemplarmente de sujeitos com elevados nÃveis de escolaridades e atuaÃÃes profissionais no mundo do trabalho.
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A informatividade da música eletrônica / The informativeness of electronic musicJade Augusto de Macedo Gola Fernandes 08 October 2015 (has links)
Essa pesquisa faz um recorte da música eletrônica através de suas linguagens, práticas documentárias e processos informativos, estudados a partir de contextos socioculturais, para observar sua constituição como um gênero musical popular. A informatividade da música eletrônica foi compreendida em seus complexos de relações terminológicas e conjecturas diversas, ilustrando e identificando interrelações, propriedades estéticoformais, categorizações e características discursivas e linguísticas. Conceitos da Ciência da Informação e das humanidades foram utilizados para analisar como esse gênero irresoluto e fragmentado por muitas definições, processos anticategóricos e conflitos de distinção cultural, acaba por definir-se como um campo de intensa materialidade informativa e histórica, que segue tendo na ideia de \"música eletrônica\" seu universo simultaneamente amplo e circunscrito. Objetos, fenômenos, o devir musical, categorias e as linguagens dessa música foram estudados sob os vértices da informatividade, como proposta por Bernd Frohmann, conceito processual que surge a partir da ideia dos documentos como definidores e reveladores de contextos, problemáticas e discursos. Essa pesquisa conclui como a informatividade da música eletrônica logra documentá-la como tal: um gênero musical histórico, institucionalizado e documentado, coeso e problematizado por preponderantes aspectos informativos, referenciais e de categorização - um fenômeno da Cultura e da Informação. / This research outlines electronic music through its languages, documentary practices, informative processes and their sociocultural contexts, to observe its constituion as a popular music genre. The informativenesse of electronic music is seen from its complexes of terminology relations and several conjectures, that illustrate and identify interrelations, aesthetic and formal properties, categorizations, discursive and linguistic characteristics. Concepts from Information Science and other humanities have been used to analyze how this irresolute musical genre, fragmented by anti-categorical and cultural distinction conflits, ends up being defined as a field of intense informative and historical materiality. This music still relies this wide and also circumscribed universe on the idea of \"electronic music\". Objectos, phenomena, the music becoming, categories and languages of this music have been studied under the informativeness theorical vertices, as proposed by Bernd Frohmann, a procedural concept that arises from the ideia of documents as defining elements of contexts, discourses and problems. This research concludes how informativeness manages to document electronic music as such: a historical, institutionalized and documented musical genre, cohesive and also very problematized by its preponderant informative, referential and categorical aspects - a Cultural and Informative phenomenon.
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