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Nefropatia induzida por contraste em pacientes submetidos a angioplastia primÃria no infarto agudo do miocÃrdio / Contrast-induced nephropathy after primary angioplasty for acute myocardial infarction

JOAQUIM DAVID CARNEIRO NETO 24 June 2015 (has links)
IntroduÃÃo: A prevenÃÃo da nefropatia induzida por contraste (NIC) à difÃcil nas situaÃÃes de emergÃncia tornando essenciais estudos sobre NIC em pacientes submetidos à angioplastia de urgÃncia. Objetivo: Determinar a incidÃncia e fatores associados à NIC em pacientes com infarto agudo do miocÃrdio (IAM) submetidos à angioplastia nas primeiras 12 horas apÃs inÃcio dos sintomas. MÃtodos: Foram estudados 201 casos consecutivos de IAM com supradesnivelamento do segmento ST com menos de 12 horas de evoluÃÃo. Todos os pacientes foram submetidos ao mesmo protocolo de angioplastia. A NIC foi definida como elevaÃÃo absoluta da creatinina de pelo menos 0,5 mg/dL e/ou aumento relativo da creatinina de 25% em relaÃÃo ao valor basal no perÃodo entre 48 e 72 horas apÃs a administraÃÃo do contraste. As variÃveis que diferiram entre os pacientes com e sem NIC na anÃlise univariada foram analisadas por regressÃo logÃstica. Resultados: A amostra foi formada por 135 (67,2%) homens e 66 (32,8%) mulheres com idade mÃdia de 66,6  11,7 anos. A incidÃncia de NIC foi de 23,8%. Na anÃlise univariada os pacientes com NIC eram mais idosos e com maior frequÃncia de fraÃÃo de ejeÃÃo do ventrÃculo esquerdo ≤ 40% e da classificaÃÃo Killip ≥ 2. Na anÃlise multivariada nÃo foram encontrados preditores independentes de NIC. ConclusÃo: A NIC acomete  dos pacientes com IAM submetidos à angioplastia sem variÃveis preditoras. Esse resultado ressalta a necessidade de medidas preventivas para NIC apÃs uso de contraste em angioplastia de urgÃncia. / Introduction: The prevention of contrast-induced nephropathy (CIN) is difficult in emergency situations, making it essential to study CIN in patients submitted to urgent angioplasty. Objective: To determine the incidence and associated factors to CIN in patients with myocardial infarction (MI) submitted to primary angioplasty in the first 12 hours after onset of symptoms. Methods: We studied 201 consecutive cases of MI with ST-segment elevation with less than 12 hours of evolution. All patients were submitted to the same angioplasty protocol. CIN was defined as an absolute increase of creatinine of at least 0.5 mg/dL and/or a relative increase of creatinine of 25% in relation to baseline in a period between 48 and 72 hours after contrast administration. The variables that differed between patients with and without CIN in univariate analysis were analyzed by logistic regression. Results: The sample was formed by 135 (67.2%) men and 66 (32.8%) women, with mean age of 66.6  11.7 years. The incidence of CIN was 23.8%. In univariate analysis the patients with CIN were older and had higher frequency of left ventricular ejection fraction ≤ 40% and Killip classification ≥ 2. In multivariate analysis, we did not find independent predictors of CIN. Conclusion: CIN occurred in  of the patients with MI submitted to angioplasty without predictor variables. This finding highlights the need for CIN preventive measures after contrast use in emergency angioplasty.
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Ácidos graxos de cadeia curta, produtos do metabolismo da microbiota intestinal, protegem da lesão renal aguda. / Short chain fatty acid, a metabolism product from gut microbiota, protect from acute kidney injury.

Vinicius de Andrade Oliveira 05 December 2014 (has links)
Os ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) são produzidos pela microbiota intestinal e possuem papéis anti-inflamatórios e ação inibitória sobre histona deacetilases. A lesão renal aguda (LRA) é caracterizada por uma inflamação renal que influencia a função do rim. Este projeto avaliou se o tratamento com os AGCC impactaria nos desfechos inflamatórios da LRA em camundongos. Foi observado que o tratamento com AGCC, protege da LRA. Esta melhora foi associada a uma menor inflamação e menor taxa de apoptose. Além disso, o tratamento com acetato diminuiu a atividade de histona deacetilase. Administrando bactérias produtoras de acetato, também foi possível observar uma proteção da LRA, junto de uma menor inflamação sistêmica. Esta proteção do AGCC na LRA foi também observada em modelo de LRA secundária à sepse In vitro, o tratamento com AGCC modularam tanto células imunes como células renais sob estímulos inflamatórios e de hipóxia. AGCC modulam processos inflamatórios no rim via ações epigenéticas ou não, podendo ser uma promissora ferramenta na proteção da LRA. / Short-Chain Fatty Acids (SCFA) are produced by the intestinal microbiota and have anti-inflammatory and histone deacetylases inhibitors properties. Acute kidney injury (AKI) is characterized by renal inflammation that may impair kidney function. This project evaluated whether treatment with SCFA inflammatory impacts the outcomes of AKI in mice. It was observed that treatment with SCFA protected the AKI. This improvement was associated with less inflammation and lower apoptosis rate. In addition, treatment with acetate decreased the activity of histone deacetylase. Giving bacteria producing acetate, was also observed protection from AKI, along with a lower systemic inflammation. This protection of the AGCC in AKI was also observed in sepsis model. In vitro, SCFA treatment modulated both immune cells and renal cells under hypoxia and inflammatory stimuli. SCFA modulate inflammatory processes in the kidney via epigenetic actions or not, may be a promising tool in the protection of the AKI.
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Avaliação de marcadores de lesão do túbulo proximal renal e incidência de redução da filtração glomerular em pacientes portadores de Hepatite B em uso de tenofovir / Evaluation of markers of renal proximal tubule injury and incidence of reduced glomerular filtration in patients with hepatitis B using tenofovir

Álan Fernandes Laurindo 27 January 2015 (has links)
Tenofovir (TDF), um antirretroviral análogo nucleotídeo inibidor da transcriptase reversa, indicado para o tratamento da infecção pelo vírus da Hepatite B em indivíduos HBeAg reagentes, não cirróticos, tem sido implicado na ocorrência de Injúria renal aguda (IRA) e lesão do túbulo proximal renal (TPR), com características semelhantes à Síndrome de Fanconi, caracterizada por glicosúria, bicarbonatúria, fosfatúria, uricosúria e proteinúria de baixo peso molecular. Outros trabalhos sugerem que os pacientes em uso de TDF sofram toxicidade aos glomérulos, com uma pequena, porém significante redução da taxa de filtração glomerular. O tempo de uso da droga para que ocorra lesão renal é desconhecido. Entretanto, a maioria dos estudos de investigação de nefrotoxicidade do TDF foi realizada em pacientes portadores de infecção pelo HIV. Especula-se que a nefrotoxicidade desta droga possa ser exacerbada ou reduzida pelo uso de outras medicações, frequentemente usadas por pacientes com HIV, que competem com o transporte tubular ou com sua metabolização, aumentando o seu nível sérico. O objetivo geral deste trabalho é avaliar prospectivamente a incidência de lesão renal pelo uso de TDF em pacientes portadores de hepatite B. Os objetivos específicos deste trabalho são: (1) avaliar incidência de lesão do TPR através da avaliação da excreção urinária de ácido úrico, fósforo e da proteína de baixo peso molecular neutrophil gelatinase associated lipocalin (NGAL); (2) avaliar a incidência de redução aguda da taxa de filtração glomerular (LRA) ou redução crônica da mesma. Métodos: Foram incluídos 24 pacientes portadores de Hepatite B que tiveram indicação de iniciar o uso de TDF com idade superior a 18 anos ou inferior a 75 anos. Neste estudo prospectivo, foi realizado a coleta de dados clínicos (idade, gênero, etnia, tempo de doença, antecedentes pessoais, medicações concomitantes, fator de risco para contaminação do VHB, história familiar de infecção VHB) e a avaliação laboratorial foi feita através da coleta de sangue e urina feitas antes do início do uso do TDF e, posteriormente à sua introdução, semestralmente durante 2 anos. Ao final do seguimento foi avaliada a incidência de lesão renal pelo uso de TDF, através das seguintes dosagens: glicemia, fosfatemia, gasometria, creatinina e Cistatina C séricas, microalbuminúria, proteinúria, proteinúria de baixo peso molecular (NGAL), clearance de creatinina, fosfatúria, uricosúria e urina rotina. Foi feita análise estatística comparativa entre os pacientes que usaram o TDF pré tratamento e pós tratamento para detectar lesão do TPR ou redução da taxa de filtração glomerular ao longo do tempo. Resultados: Não foi identificado aumento significativo da creatinina no decorrer do estudo (p = 0,09; R = 2,4%), entretanto, foi observada uma queda significativa nos valores do clearance de creatinina em 24 horas (p < 0,01; R = 15,8%). Não foi observada tendência de queda da filtração glomerular através das fórmulas MDRD simplificada (p = 0,11), CKD-EPI (p=0,14), CKD-EPI cystatin C (p = 0,23). Em relação à cistatina C sérica também não foi observada sua elevação no decorrer do tempo (p=0,15; R = 2,4%). Não foi observado, utilizando-se modelo de regressão linear, aumento na excreção urinária de albumina no decorrer do estudo (p = 0,97; R = 0,00%), mas houve aumento significativo na proteinúria de 24h (p < 0,01). Foi observada também, redução da uricosúria com o passar do tempo (p = 0,01; R = 6,7%) e houve correlação positiva entre o clearance de creatinina dosado em urina de 24 horas e a excreção de ácido úrico em urina de 24 horas (p=0,01; r = + 0,60). A fração de excreção de fósforo (urina de 24h): não foi observada alteração no decorrer do tempo (p = 0,83; R = 0,5%), porém houve correlação negativa com entre o clearance de creatinina dosado em urina de 24 horas e a fração de excreção de fósforo (FePO4) dosada em urina de 24 horas (p = 0,05; r = - 0,25). A detecção de NGAL na urina foi feita pelo índice UNGAL/Ucreat e não foi observado aumento significativo de sua excreção no decorrer do tempo (p = 0,40, r = 0,8%). Conclusão: em conclusão no presente estudo observou-se desenvolvimento de lesão renal aguda em 10% dos pacientes em uso de tenofovir e redução significativa da filtração glomerular. A fosfatúria e proteinúria observados sugerem que a lesão tenha sido decorrente de tubulopatia proximal e os marcadores mais específicos de lesão renal, cistatina C e NGAL, não foram superiores aos biomarcadores disponíveis na prática clínica na detecção destas alterações. / Tenofovir (TDF) a nucleotide analog reverse transcriptase inhibitor antiretroviral indicated for the treatment of infection with the hepatitis B virus in reagents HBeAg individuals, non-cirrhotic patients, has been implicated in the occurrence of acute kidney Injury (AKI) and the proximal tubule injury kidney (TPR), with similar to Fanconi syndrome characterized by glucosuria, bicarbonatúria, phosphaturia, proteinuria, uricosuria and low molecular weight characteristics. Other studies suggest that patients using TDF toxicity suffer the glomeruli, with a small but significant reduction in glomerular filtration rate. The time of drug use for kidney damage that occurs is unknown. However, most of the research studies of nephrotoxicity TDF was performed in patients with HIV infection. It is speculated that the nephrotoxicity of this drug may be exacerbated or reduced by the use of other medications, often used by patients with HIV, which compete with the tubular transport or metabolism, increasing its serum level. The overall objective of this study is to prospectively evaluate the incidence of renal injury by the use of TDF in patients with hepatitis B. The specific objectives of this work are: (1) assess the incidence of injury TPR by assessment of urinary excretion of uric acid, phosphorus and protein of low molecular weight neutrophil gelatinase associated lipocalin (NGAL); (2) assess the incidence of acute reduction in glomerular filtration rate (IRA) or chronic reduction. Methods: 24 patients with hepatitis B who were advised to initiate the use of TDF over the age of 18 years or below 75 years were included. In this prospective study, the collection of clinical data (age, gender, ethnicity, duration of disease, personal history, concomitant medications, risk factor for HBV infection, family history of HBV infection) and laboratory evaluation was done by collect blood and urine samples taken before initiation of the use of TDF and after its introduction, semiannually for 2 years. At final follow-up the incidence of renal injury by the use of TDF was assessed through the following dosages: glucose, phosphatemia, gases, creatinine and serum cystatin C, microalbuminuria, proteinuria, low molecular weight proteinuria (NGAL), clearance creatinine, phosphaturia, uricosuria and urine routine. The comparative statistical analysis of patients using TDF pre-treatment and post treatment to detect the TPR injury or reduced glomerular filtration rate over time. Results: There was not significant increase in creatinine identified during the study (p = 0.09; R = 2.4%), however, a significant decrease was observed in the values of creatinine clearance at 24 hours (p <0.01; R = 15.8%). No downward trend was observed in glomerular filtration through the simplified MDRD formulas (p = 0.11), CKD-EPI (p = 0.14), CKD-EPI cystatin C (p = 0.23). Regarding the serum cystatin C its elevation was not observed over time (p = 0.15, R = 2.4%). Increased urinary albumin excretion during the study was not observed using a linear regression model (p = 0.97, R = 0.00%), but there was significant increase in 24-hour proteinuria (p <0, 01). And there was a positive correlation between creatinine clearance at 24 hour urine and the excretion of uric acid in 24 hour urine (p = 0.01, R = + 0.60), uricosuria reduction over time was also observed (p = 0.01, R = 6.7%). No change was observed over time in the fractional excretion of phosphorus (24 h urine), (p = 0.83; R = 0.5%), but there was a negative correlation between creatinine clearance urine dosed at 24 hours and fractional excretion of phosphorus (FePO4) measured in 24 hour urine (p = 0.05, r = - 0.25). The detection of NGAL in the urine was taken by UNGAL / Ucreat index and was not observed significant increase in excretion over time (p = 0.40, r = 0.8%). Conclusion: In conclusion at the present study we observed the development of acute kidney injury in 10% of patients using tenofovir and a significant reduction in glomerular filtration. The phosphaturia and proteinuria observed suggest that the injury has been caused by proximal tubulopathy and more specific markers of renal injury as cystatin C and NGAL were not greater than the available biomarkers in clinical practice for their detection.
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Ultrassonografia em modo b e doppler pulsado para a avaliação da injúria renal aguda induzida em cães adultos / Bi-dimensional and pulsed doppler ultrasonography in acute renal injury

Bragato, Nathália 24 August 2015 (has links)
Submitted by Cássia Santos (cassia.bcufg@gmail.com) on 2016-07-13T15:30:28Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Nathalia Bragato - 2015.pdf: 2818133 bytes, checksum: 41fd54a7924c0c46c940cda51cda9f8a (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2016-07-14T11:31:04Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Nathalia Bragato - 2015.pdf: 2818133 bytes, checksum: 41fd54a7924c0c46c940cda51cda9f8a (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-14T11:31:04Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - Nathalia Bragato - 2015.pdf: 2818133 bytes, checksum: 41fd54a7924c0c46c940cda51cda9f8a (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2015-08-24 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Acute kidney injury (AKI) resulting from toxic or ischemic insults and usually affect the tubular portion of the nephron, the use of potentially nephrotoxic drugs such as gentamycin one of the main causes. Early detection allows the AKI appropriate intervention may prevent or mitigate damage to the tubular cell and the development of acute renal failure (ARF). Diagnosis requires a combination of techniques, and be effective employment ultrasonography associated with laboratory tests. Ultrasound allows assessment of morphology and renal echogenicity by taking on bi-dimensional mode (B-mode) and renal hemodynamics through the assessment with pulsed Doppler with resistivity and pulsatility indices calculation. In this study, AKI was induced in six dogs with 30mg/kg of gentamicin once a day, for 10 days, in order to confirm the importance of B-mode and pulsed Doppler ultrasound for the diagnosis, monitoring and prognosis determination. Dogs were followed for 45 days by clinical examination, urinalysis, serum urea and creatinine, urinary GGT dosing and ultrasound. Six healthy dogs were used as control group and followed the same moments. The results of this study demonstrated that ultrasound is earlier than changes in laboratory diagnosis of ARI, and is useful for monitoring and prognosis determination, since the ultrasound aspect returned to normal in most dogs after recovery and dogs with ARF had higher values of the volume, of the Doppler indices and the degree of echogenicity. / A lesão renal aguda resulta principalmente da ação de agentes nefotóicos e de isquemia renal que geralmente afetam a porção tubular do néfron, sendo o uso de medicamentos potencialmente nefrotóxicos, como a gentamicina, umas das principais causas. A detecção precoce da lesão renal aguda permite a intervenção apropriada podendo prevenir ou atenuar o dano à célula tubular e o desenvolvimento da insuficiência renal aguda (IRA). O diagnóstico requer a associação de técnicas, sendo eficaz o emprego do exame ultrassonográfico associado aos exames laboratoriais. A ultrassonografia permite a avaliação da morfologia e da ecogenicidade renal por meio do exame em modo bidimensional (modo B) e da hemodinâmica renal por meio da avaliação com o Doppler pulsado pelo cálculo dos índices de resistividade e pulsabilidade. No presente estudo a lesão renal aguda foi induzida em seis cães, com o uso de 30mg/kg de gentamicina uma vez ao dia, durante dez dias, com o objetivo de confirmar a importância da ultrassonografia em modo B e Doppler pulsado para o diagnóstico, acompanhamento e determinação do prognóstico. Os cães foram acompanhados durante 45 dias por meio de exame clínico, exame de urina, dosagem sérica de ureia e creatinina, dosagem de GGT urinária e exame ultrassonográfico. Seis cães saudáveis foram utilizados como grupo controle e acompanhados nos mesmos momentos. Os resultados deste estudo demonstraram que a ultrassonografia foi capaz de diagnosticar a lesão renal aguda mais precocemente que as alterações laboratoriais, além de ser útil para o acompanhamento e determinação do prognóstico, uma vez que o aspecto ultrassonográfico voltou à normalidade na maioria dos cães após a recuperação e, os cães que desenvolveram IRA apresentaram valores mais elevados do volume, dos índices Doppler e do grau de ecogenicidade.
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Balanço hídrico, injúria renal aguda e mortalidade de pacientes em unidade de terapia intensiva / Fluid balance, acute kidney injury and mortality of intensive care unit patients

Maria Olinda Nogueira Avila 03 November 2014 (has links)
Injúria renal aguda (IRA) é doença de elevada incidência, associada a altas taxas de morbimortalidade. Sepse, pós-operatório de grandes cirurgias e baixo débito cardíaco são as principais causas de IRA em todo o mundo. Na maioria destas situações, expansão volêmica é parte do manejo preventivo e terapêutico da IRA. Contudo, a manutenção de uma estratégia de infusão liberal de fluidos pode causar balanço hídrico positivo (BH+), que tem sido associado a desfechos desfavoráveis em pacientes criticamente enfermos. BH+ frequentemente ocorre nestes pacientes que recebem grandes infusões de volume, mesmo que apresentem volume urinário considerado satisfatório ou acima de 0,5ml/kg/h. Nesta situação, se não houver elevação da creatinina sérica, não será feito o diagnóstico de IRA pelos critérios do Kidney Disease Improving Global Outcome (KDIGO), ainda que haja claro déficit na eliminação da sobrecarga hidrossalina. Este estudo observacional prospectivo, com controle pareado por dias de exposição ao BH+ avaliou a associação entre BH+ e diagnóstico subsequente de IRA (pelos critérios do KDIGO) e mortalidade em 233 pacientes admitidos em uma unidade de terapia intensiva (UTI) geral. Observamos por análise de regressão logística que cada 100 ml de aumento no BH se associou a elevação de 4% na chance de desenvolver IRA (OR 1,04; IC 95% 1,01 a 1,08). Comparado ao primeiro quartil de BH médio, o quarto quartil de BH médio (BH > +1793 ml/dia) se associou a chance 3,12 vezes maior de desenvolver IRA (OR 3,12; IC 95% 1,13 a 8,65). Comparado ao BH de zero até +1500 ml/dia, o BH médio > +1500 ml/dia se associou a chance 3,4 vezes maior de desenvolver IRA, (OR 3,4; IC 95% 1,56 a 7,48). Um modelo de efeito fixo mostrou que BH+ estava presente pelo menos seis dias antes do diagnóstico de IRA pelos critérios do KDIGO. Para avaliar o desfecho óbito, consideramos o BH durante toda internação na UTI. Observamos que cada 100 ml de aumento no BH se associou a incremento de 7% na mortalidade (OR 1,07; IC 95% 1,02 a 1,12). Comparado ao primeiro quartil, o quarto quartil de BH médio (BH > +1652 ml/dia) se associou a chance 2,8 vezes maior de evoluir para óbito (OR 2,8; IC 95% 1,04 a 7,66). Comparado aos pacientes com BH de zero a +1500 ml/dia, os pacientes com média de BH > +1500 ml/dia apresentavam chance 3,8 vezes maior de evolução para óbito (OR 3,8; IC 95% 1,55 a 9,16). Em conclusão, BH+ como variável contínua, em quartis ou utilizando ponto de corte maior do que +1500 ml/dia se associou de maneira independente a maior chance de desenvolvimento subsequente de IRA e evolução para óbito em pacientes criticamente enfermos. No presente trabalho, o BH + foi biomarcador precoce de IRA. Estes achados sugerem que BH+ deve ser incluído nos critérios de definição de IRA, ao lado da creatinina e diurese / Acute kidney injury (AKI) is a disease with high incidence, which is associated with high morbidity and mortality rates. Sepsis, major surgery and low cardiac output are the main causes of AKI worldwide. In the majority of these situations, volume expansion is part of both prevention and therapeutic management of AKI. However, maintaining liberal fluid infusion strategy can cause fluid overload and it is associated to poor outcomes in critically ill patients. Positive fluids balance (FB) frequently occurs in these patients receiving high volume infusion, even if the urinary output is adequate (above 0.5ml/kg/h). In this situation, if there is no serum creatinine (SCr) increase, AKI will not be diagnosed by current Kidney Disease Improving Global Outcome (KDIGO) criteria, even with a clear kidney inability to eliminate the body excess of fluid. This prospective, paired control, cohort study aimed to evaluate the association between positive FB and subsequent development of AKI by KDIGO criteria and mortality in 233 critically ill adults. By multiple logistic regression, we showed that each 100 ml increase in FB was independently associated to a 4% increase in the chances for developing subsequent AKI (OR 1.04; 95% CI 1.01 to 1.08). When compared to the first quartile, the fourth FB quartile (FB > +1793ml/day) was associated with a 3.12 times greater chance of developing AKI (OR 3.12; 95% CI 1.13 to 8.65). Compared to FB zero to 1,500ml/24h, the mean FB above +1,500 ml/24h was associated with an OR of 3.4 for AKI (OR 3.4; 95% CI 1.56 to 7.48). A mixed effect model demonstrated that a positive FB predicted AKI development defined by KDIGO criteria within 6 days. To assess the outcome mortality, we evaluated the mean FB during the whole ICU hospitalization. Each 100 ml increase in FB was associated to a 7% increase in the chances for death (OR 1.07; 95% CI 1.02 to 1.12). Compared to the first quartile, patients in the fourth FB quartile (FB > +1652 ml/day) showed an OR of 2.8 for death (OR 2.8; 95% CI 1.04 to 7.66). Mean FB above +1,500 ml/24h was associated with an OR of 3.8 for death, as compared to FB zero to 1,500ml/24h (OR 3.8; 95% CI 1.55 to 9.16). In conclusion, positive FB, as continuum variable, as quartiles and as absolute thresholds, was independently associated with subsequent AKI development and death in critically ill patients. In this study, the positive FB was early biomarker of AKI. These findings suggest that positive FB should be included in the criteria for AKI in addition to serum creatinine and urine output
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Avaliação da nefrotoxicidade de colistina e polimixina B no manejo de infecções por bactérias multirresistentes: uma revisão sistemática com meta-análise / Valuation of colistin and polymyxin b nephrotoxicity in the management of multi-drug resistant bacteria infections: systematic review with meta-analysis

Oliota, Ana Flavia Redolfi 06 March 2018 (has links)
Submitted by Rosangela Silva (rosangela.silva3@unioeste.br) on 2018-05-14T14:37:21Z No. of bitstreams: 2 Ana Flavia Redolfi Oliota.pdf: 2744199 bytes, checksum: 689d4a405f74de0a6404747f7071ae29 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2018-05-14T14:37:21Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Ana Flavia Redolfi Oliota.pdf: 2744199 bytes, checksum: 689d4a405f74de0a6404747f7071ae29 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2018-03-06 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Polymyxins are polypeptide antibiotics, discovered in 1947, but with interrupted use in the 1980s due to many reports of adverse reactions, mainly neurological and renal reactions. With the increase in number of diseases caused by multidrug-resistant Gram-negative bacteria and the lack of new antibiotics capable of combating them, interest in this class of drugs has been resumed. Currently, only colistin and polymyxin B are used because of the high toxicity of the other components of this class. As a result, these antibiotics are being studied again according to current standards, in order to better understand their characteristics, especially on nephrotoxicity, wich is one of the major limitations of use. Objectives: This work aims to collect evidence on the prevalence of nephrotoxicity in patients treated with colistin and polymyxin B by conducting a systematic review and meta-analysis of observational studies and from this to verify which polymyxin is safer to be used in clinic. Methods: The search was carried out in the Pubmed, Scopus and DOAJ databases in September 2016. The elaboration of this work followed Cochrane's methodology and the PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses) recommendations. Two reviewers performed the search independently and a third reviewer was consulted in case of divergence. Longitudinal observational cohort studies which provided treatments with polymyxins and several patients who developed nephrotoxicity were included. The quality of the articles was evaluated using the NOS (New Castle Ottawa) instrument. The meta-analyzes were performed using CMA (Comprehensive Meta-Analysis) software, using the event rate as an effect measure, with a 95% confidence interval. It was also used the inverse-variance as a statistical method and the random effects model due to the design of the studies included. The Higgins inconsistency (I2) test was used to investigate heterogeneity, and also, the cumulative meta-analysis and sensitivity analyzes through the hypothetical removal of each study, meta-regression and meta-analysis of subgroups were performed. Results: The database search resulted in 489 articles. After applying the inclusion and exclusion criteria, 95 articles composed the systematic review and the meta-analysis of prevalence, with a total of 7,911 individuals evaluated for nephrotoxicity. Through meta-analyzes, it can be verified that the prevalence of nephrotoxicity was 26.7% [95% Confidence Interval (CI): 22.8-30.9%] for colistin, 29.8% (CI 23.8-36.7%) for polymyxin B; however, there was no significant difference (p = 0.720) among the groups treated, indicating that there is no superiority of one drug over another in terms of renal damage. But, it can be observed that nephrotoxicity was underestimated in earlier studies, in which only creatinine dosages were used to classify nephrotoxicity and in those whose renal damage was assessed as a secondary outcome. The lack of report standardization was the greatest limitation. Conclusions: The prevalence of nephrotoxicity was similar between colistin and polymyxin B, evidencing that both are nephrotoxic. In order to increase the quality of the nephrotoxicity reports, it is important to standardize these studies through the use of criteria to assess renal damage and the adequate report of this outcome, which allows a more accurate estimation of renal damage and, therefore, a greater control of this adverse reaction. / As polimixinas são antibióticos polipeptídicos, descobertas em 1947, mas com uso interrompido nos anos 80, devido a muitos relatos de reações adversas, principalmente neurológicas e renais. Com o aumento das doenças causadas por bactérias Gram-negativas multirresistentes e a falta de novos antibióticos capazes de combatê-las, o interesse por esta classe de medicamentos foi retomado. Atualmente apenas colistina e polimixina B são utilizadas devido à alta toxicidade dos demais componentes desta classe. Em virtude disso, estes antibióticos estão sendo estudados novamente, de acordo com os padrões atuais, para se conhecer melhor suas características, principalmente sobre a nefrotoxicidade, um dos maiores limitantes do uso. Objetivos: Reunir evidências sobre a prevalência de nefrotoxicidade em pacientes tratados com colistina e polimixina B, por meio da condução de revisão sistemática e meta-análise de estudos observacionais e, a partir disto, verificar qual a polimixina mais segura para ser utilizada na clínica. Metodologia: A busca foi realizada nas bases de dados Pubmed, Scopus e DOAJ, em setembro de 2016. A elaboração deste trabalho seguiu a metodologia da Cochrane e as recomendações PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses). Foi realizada por dois revisores de maneira independente e um terceiro revisor foi consultado em caso de divergência. Foram incluídos estudos observacionais, longitudinais, analíticos de coorte, que trouxessem tratamentos com polimixinas e número de pacientes que desenvolveram nefrotoxicidade. A qualidade dos artigos foi avaliada utilizando o instrumento NOS (New Castle Ottawa). As meta-análises foram realizadas utilizando o software CMA (Comprehensive Meta Analysis), utilizando a taxa de eventos como medida de efeitos, com um intervalo de confiança de 95%. Utilizou-se também o inverso da variância como método estatístico e o modelo de efeitos randômicos, devido ao delineamento dos estudos incluídos. O teste de inconsistência de Higgins (I2) foi utilizado para investigar a heterogeneidade, e ainda, realizou-se a meta-análise cumulativa e análises de sensibilidade por meio da remoção hipotética de cada estudo, meta-regressão e meta-análise de subgrupos. Resultados: A busca nas bases de dados resultou em 489 artigos. Após serem aplicados os critérios de inclusão e exclusão, 95 artigos compuseram a revisão sistemática e a meta-análise de prevalência, com total de 7.911 indivíduos avaliados para nefrotoxicidade. Através das meta-análises, pode-se verificar que a prevalência de nefrotoxicidade foi de 26,7% [Intervalo de Confiança de 95% (IC): 22,8 – 30,9%] para colistina, 29,8% (IC 23,8 – 36,7%) para polimixina b, no entanto não houve diferença significativa (p=0,720) entre os grupos tratados, o que indica que não há superioridade de um medicamento em relação a outro em termos de dano renal. Porém, pode-se observar que a nefrotoxicidade foi subestimada nos estudos mais antigos, nos que utilizaram apenas as dosagens de creatinina para classificar a nefrotoxicidade e naqueles que o dano renal foi avaliado como desfecho secundário. A falta de padronização dos relatos foi a maior limitação encontrada. Conclusões: A prevalência de nefrotoxicidade foi semelhante entre colistina e polimixina B, evidenciando que ambas são nefrotóxicas. A fim de aumentar a qualidade dos relatos de nefrotoxicidade nota-se a importância da padronização destes estudos, através da utilização dos critérios para avaliar o dano renal e do relato adequado deste desfecho, o que permite uma estimação mais precisa do dano renal e com isso um maior controle desta reação adversa.
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Associação entre função endotelial, agregabilidade plaquetária, injúria renal aguda e eventos cardiovasculares em pacientes submetidos a cirurgias vasculares / Association between endothelial function, platelet aggregability, acute kidney injury and cardiovascular events in patients submitted to vascular surgeries

Mauricio Brito Teixeira 15 September 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: A Injúria Renal Agurda (IRA) é uma síndrome com morbidade e mortalidade elevadas. O desenvolvimento de IRA e disfunção cardíaca aguda (DCA) no período pós-operatório de cirurgias vasculares compartilham fatores de risco e mecanismos fisiopatológicos. Neste estudo, levantamos a hipótese que o desenvolvimento de IRA em pacientes submetidos a cirurgias vasculares aumentaria o risco de DCA. Também avaliamos a Dilatação mediada pelo Fluxo (FMD), como medida de disfunção endotelial e testes de agregabilidade plaquetária com o intuito de identificar características relacionadas ao mecanismo fisiopatológico que levam a estes eventos em pacientes submetidos a cirurgias vasculares. MÉTODOS: Utilizamos dados coletados prospectivamente de uma coorte de pacientes submetidos a revascularização periférica, aórtica ou carotídea. A injúria renal aguda e eventos cardiovasculares foram avaliados nos primeiros sete dias após a cirurgia. Em um subgrupo de pacientes, o Doppler da artéria braquial foi realizado antes do procedimento cirúrgico para acessar a Dilatação mediada pelo Fluxo (FMD). Em outro subgrupo, foram realizados testes de agregabilidade plaquetária. RESULTADOS: Dos 287 pacientes incluídos na análise, 102 apresentaram IRA e 59 tiveram eventos cardiovasculares (EvCv). O número de pacientes com EvCv foi progressivamente maior conforme a gravidade da IRA com base no KDIGO; 15% no grupo sem IRA, 22% no KDIGO 1, 42,8% no KDIGO 2 e 55% no KDIGO 3, p < 0,001. Os pacientes com IRA apresentaram maior permanência na UTI (2,5 vs. 6 dias) e uma maior taxa de mortalidade (6,6 versus 23,5%), p < 0,001. A taxa de mortalidade em pacientes com IRA e EvCv foi duas vezes a mortalidade de pacientes com EvCv apenas (47,1 vs 19,4%). A mediana de FMD foi de 5,7%, sem diferença entre os grupos IRA e não IRA, p = 0,6. Uma maior agregabilidade plaquetária foi associada ao desenvolvimento de IRA (5 vs 6,9 ?). Na análise multivariada, a presença de IRC (clearance de creatinina < 60 ml / min / 1,73m²), instabilidade hemodinâmica, evento cardiovascular e agregabilidade plaquetária foram preditores independentes de IRA. CONCLUSÃO: Este estudo confirmou que o desenvolvimento de injúria renal aguda e eventos cardiovasculares aumenta significativamente a morbidade e mortalidade de pacientes submetidos a cirurgia vascular eletiva. Nossos dados sugerem que a realização de testes de agregabilidadade plaquetária antes da cirurgia pode ser usada para avaliar a eficácia da terapia antiplaquetária e estratificar o risco de IRA e EvCv após a cirurgia vascular / BACKGROUND: Acute Kidney Injury (AKI) is a common syndrome with increased morbidity and mortality. The development of AKI and acute cardiac dysfunction (ACD) in the post-operative period of vascular surgery share risk factors and pathophysiological mechanisms. In this study, we hypothesized that the development of AKI in patients submitted to vascular surgeries would increase the risk of ACD. We also assessed the Flow-mediated Dilation (FMD), as a measure of endothelial dysfunction, and Platelet Aggregability tests to predict AKI and cardiovascular events in the early post-operative period of vascular surgeries. METHODS: We utilized a prospectively collected data from a cohort of patients undergoing peripheral, aortic or carotid revascularization. Acute kidney injury and cardiovascular events were assessed during the first seven days after surgery. In a subgroup of patients, brachial artery Doppler was performed prior to the surgery to access the Flow-Mediated Dilation (FMD). In another subgroup, platelet aggregability tests were performed. RESULTS: Of 287 patients included in the analysis, 102 had AKI and 59 developed cardiovascular events (CvEv). Number of patients with CvEv was progressively higher by maximum KDIGO stage during first week of surgery; 15% in the non-AKI group, 22% in KDIGO 1, 42.8% in KDIGO 2 and 55% in KDIGO 3, p < 0.001. Patients with AKI had a longer ICU stay (2.5 vs. 6 days) and a higher mortality rate (6.6 vs. 23.5%), p < 0.001. Mortality rate in patients with AKI and CvEv was two-fold the mortality of patients with CvEv only (47,1 vs 19.4%). The median FMD was 5.7%, with no difference between the AKI and non-AKI groups, p = 0.6. Higher platelet aggregability was associated with AKI development (5 vs 6,9 ?). In the multivariate analysis, presence of CKD (creatinine clearance < 60 ml/min/1,73m²), hemodynamic instability, cardiovascular event and platelet aggregability were independent predictors of AKI. CONCLUSION: This study confirmed that the development of acute kidney injury and cardiovascular events significantly increase morbidity and mortality of patients undergoing elective vascular surgery. Our data suggests that Platelet Aggregability before surgery can be used to evaluate efficacy of antiplatelet therapy and stratify risk for AKI and CvEv after vascular surgery
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Estudo do perfil de coagulação em pacientes oncológicos com injúria renal aguda / Study of coagulation profile in cancer patients with acute kidney injury

James Hung 04 March 2015 (has links)
Introdução: Pacientes com câncer frequentemente apresentam distúrbios de coagulação, que podem se manifestar clinicamente na forma de trombose ou simples alterações nos exames de hemostasia. A injúria renal aguda (IRA) é comum em pacientes oncológicos e pode ocorrer como consequência do próprio câncer; do tratamento; ou sepse secundária à imunossupressão causada pela quimioterapia. A IRA é encontrada em até 67% dos pacientes em UTI e está associada à alta mortalidade, além de resultar em maior custo e tempo na internação hospitalar. O sangramento causado pela uremia é uma complicação que pode ocorrer em pacientes com falência renal. O efeito da interação da IRA na coagulação dos pacientes com câncer ainda não está elucidado. Objetivo: Estudar o perfil de coagulação dos pacientes oncológicos com sepse grave ou choque séptico e avaliar o efeito da IRA na coagulação destes pacientes. Critérios de inclusão: pacientes maiores de 18 anos, portadores de tumores sólidos ou hematológicos, admitidos na UTI do ICESP com diagnóstico de sepse grave ou choque séptico. Critérios de exclusão: pacientes com insuficiência renal crônica em programa regular de diálise e pacientes com coagulopatia prévia ou história familiar de coagulopatia. Métodos: Foram estudados pacientes admitidos no período de agosto de 2012 a janeiro de 2014. A coleta de exames de sangue foi realizada no momento da admissão na UTI e ao apresentar IRA, pelo critério AKIN. O perfil de coagulação estudado compreendeu: TP, TTPa, D-dímero, fibrinogênio, fator VIII, avaliação de adesão e agregação plaquetária com Impact-R®, tromboelastografia e avaliação da geração de trombina. Dados clínicos e epidemiológicos foram obtidos a partir dos prontuários. Resultados: foram incluídos 144 pacientes na análise final. As características foram semelhantes nos grupos em relação à idade, IMC, sexo, e comorbidades tais como, hipertensão arterial e diabetes mellitus. Os testes convencionais de coagulação (TP, TT, TTPa) estavam alterados no grupo com IRA. Entretanto, a análise da coagulação pela tromboelastografia não demonstrou diferença entre os grupos com IRA comparados com o grupo que não apresentou IRA. A análise da função plaquetária pelo Impact-R® revelou que a uremia não piorou a adesão e agregação plaquetária. Observou-se que houve menor geração de trombina e nível de Ddímero mais elevado no grupo com IRA AKIN3. Regressão logística multivariada demonstrou que a necessidade de ventilação mecânica, nível de proteína C reativa mais elevada, e IRA estavam associados à maior mortalidade. Maior geração de trombina estava associada à menor mortalidade. Conclusão: a IRA em pacientes críticos oncológicos com sepse ou choque séptico está associada ao alargamento dos testes de coagulação convencionais (TP, TT, TTPa), devido à deficiência de alguns fatores de coagulação. Entretanto, a tromboelastografia, que analisa a hemostasia global do paciente, apresentou resultado normal devido à hiperativação da função plaquetária. O acúmulo de toxinas urêmicas, devido à injúria renal aguda, não levou à piora da função plaquetária. Pelo contrário, houve até um aumento na agregação e adesão plaquetária nos pacientes oncológicos. / Introduction: Patients with cancer often have coagulation disorders, which may manifest clinically as thrombosis or simple changes in hemostasis tests. Acute kidney injury (AKI) is frequent in cancer patients and may occur as a consequence of the cancer itself or due to the treatment or sepsis secondary to immunosuppression caused by chemotherapy. AKI is found in up to 67% of ICU (Intensive Care Unit) patients, associated with high mortality, and resulting in increased cost and stay in the hospital. Bleeding caused by uremia is a complication that can occur in patients with renal failure. The effect of the interaction between AKI and coagulation in cancer patients has not been yet elucidated. Objectives: To analyse the coagulation profile in cancer patients with severe sepsis or septic shock and evaluate the effect of AKI in the coagulation profile. Inclusion criteria: patients older than 18 years old with solid or hematological tumors admitted to the ICU, diagnosed with severe sepsis or septic shock. Exclusion criteria: patients with chronic renal failure undergoing regular dialysis program and patients with previous coagulopathy or family history of coagulopathy. Methods: We studied patients admitted to the ICU between August 2012 and January 2014. The collection of blood samples was performed at the time of ICU admission and at the time of AKI, according to the AKIN criteria. The coagulation profile included: PT, aPTT, D-dimer, fibrinogen, factor VIII, platelet adhesion and aggregation, thromboelastography and evaluation of thrombin generation. Clinical and epidemiological data were obtained from medical records. Results: A total of 144 patients was included in the final analysis. The following characteristics were similar between groups: age, BMI, gender, and comorbidities such as hypertension and diabetes mellitus. Conventional coagulation tests results (PT, TT, aPTT) were altered in the group with AKI. However, analysis of coagulation by thromboelastography showed no difference between groups with AKI compared with the group without AKI. Platelet function analysis by Impact-R® revealed that uremia has not worsened platelet adhesion and aggregation. It was observed that there was less thrombin generation and higher D-dimer level in the AKIN3 group. Multivariate logistic regression showed that the need for mechanical ventilation, higher level of C-reactive protein, and AKI were associated with higher mortality. Higher thrombin generation was associated with lower mortality. Conclusions: AKI in critically ill cancer patients with sepsis or septic shock is associated with abnormalities of conventional coagulation tests (PT, TT, aPTT) due to some coagulation factors deficiency. However, thromboelastography which analyzes the global hemostasis presented a normal result, probably due to platelet function hyperactivation. Furthermore, the accumulation of uremic toxins due to acute kidney injury did not worsen platelet function in cancer patients
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Comparação dos efeitos da ressuscitação com Ringer lactato ou terlipressina sobre função renal em modelo experimental de choque hemorrágico / Comparison of the effects of lactated Ringer\'s or terlipressin resuscitation on renal function in an experimental model of hemorrhagic shock

Leticia Urbano Cardoso de Castro 18 September 2015 (has links)
As estratégias terapêuticas empregadas na ressuscitação do choque hemorrágico (CH) são capazes de evitar a morte, mas seus efeitos colaterais podem causar muitas alterações orgânicas, inclusive nos rins. Sabemos que a reposição volêmica feita com solução cristaloide restaura a hemodinâmica, diminui a mortalidade, mas pode levar a edema de órgãos e tecidos, entre outras alterações. Sendo assim, o objetivo do atual estudo foi comparar os efeitos da ressuscitação com Ringer lactato (RL) ou terlipressina (TLP) na função renal em modelo experimental de CH. Com este intuito, foi induzido o CH em suínos de 20-30 kg, por meio de sangramento pressão-controlada, até a obtenção e manutenção da pressão arterial média (PAM) em 40mmHg por 30 minutos. Os animais foram divididos em quatro grupos, sendo eles, o grupo Sham (feito apenas o procedimento anestésico), grupo Choque (indução de choque hemorrágico por 30 minutos) e os de instituição de estratégias de ressuscitação: grupo RL (indução de choque hemorrágico, e administração de RL de três vezes o volume de sangue retirado) e o grupo TLP (indução do choque e administração em bolus de 2 mg de TLP). Os parâmetros hemodinâmicos, de função renal e tubular foram avaliados nos momentos: basal; imediatamente após o CH; 30, 60, 90 e 120 minutos após tratamento. Ao final do estudo, os animais foram eutanasiados aos 60 ou aos 120 minutos. Foram coletadas amostras de tecido renal para avaliação de histologia e de western blott. Observamos uma melhora na microcirculação dos animais tratados com RL; entretanto, houve uma normalização da expressão da proteína NKCC2 e aquaporina 2 no grupo TLP. Observamos que o escore de lesão renal foi igual nos dois grupos de intervenção, mas a expressão de Bax estava mais diminuída no grupo TLP. Concluímos que a TLP mostrou ser uma estratégia tão eficaz quanto o RL no resgate do choque hemorrágico, com um provável potencial de maior proteção renal / Therapeutic strategies employed hemorrhagic shock (HS) resuscitation are able to prevent death, but its side effects can cause many organic dysfunction, including injury to the kidneys. It has been know that volume replacement with crystalloid solution can restore the hemodynamic status and decreases mortality; however, it can lead to organs and tissues edema, among other changes. Thus, the goal of this study was to compare the effects of resuscitation with lactated Ringer\'s (RL) or terlipressin (TLP) on renal function in an experimental model of HS. For this purpose, HS was induced in 20-30 kg swine, with pressure-controlled bleeding, to obtain and maintain the mean arterial pressure (MAP) of 40 mmHg for 30 minutes. The animals were divided into four groups, namely, the Sham group (made only the anesthetic procedure), Shock group (induction of hemorrhagic shock for 30 minutes) and the institution of resuscitation strategies: RL group (induction of hemorrhagic shock, and RL administration of three times the volume of removed blood) and TLP group (induction of shock and administration in bolus of 2 mg TLP). Hemodynamic parameters, renal and tubular function were evaluated at baseline; immediately after the HS; 30, 60, 90 and 120 minutes after treatment. At the end of the study, animals were euthanized after 60 or 120 minutes. Kidney tissue samples were collected for evaluation of histology and western blotting. We observed an improvement in microcirculation of animals treated with RL; however, there was a normalization of NKCC2 and aquaporin 2 protein expression in the TLP group. We observe that the kidney injury score was similar in both intervention groups, but Bax protein expression was more reduced than in the TLP group. We conclude that the TLP proved to be an effective strategy as RL in the rescue of hemorrhagic shock, with a likely potential for protect renal function
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Estudo da incidência e dos fatores de risco da nefrotoxicidade por vancomicina em um hospital terciário / Incidence and risk factors for vancomycin-associated nephrotoxicity in a tertiary hospital

Maria Fernanda Salomão de Azevedo 31 August 2015 (has links)
Introdução: Vancomicina, considerada o antibiótico de primeira escolha para o tratamento de infecções estafilocócicas, é eliminada por filtração glomerular, e a sua administração deve ser individualizada de acordo com a função renal. As diretrizes atuais recomendam doses e níveis séricos maiores, para aumentar as chances de bons resultados clínicos. Questiona-se se esta estratégia causaria maior nefrotoxicidade. Objetivos: Comparar a frequência de injúria renal aguda (IRA) em pacientes com suspeita de infecção estafilocócica tratados com vancomicina ou com outros antimicrobianos com o mesmo perfil terapêutico em um hospital terciário. Analisar a associação do uso de vancomicina com o desenvolvimento de IRA nestes pacientes. Avaliar os fatores de risco associados ao desenvolvimento de IRA nos pacientes tratados com vancomicina. Identificar os fatores de risco associados à letalidade precoce e tardia nos pacientes com suspeita de infecção estafilocócica tratados com vancomicina ou outros antimicrobianos com o mesmo perfil terapêutico. Métodos: Foram analisados os prontuários dos pacientes com suspeita de infecção estafilocócica que receberam os antimicrobianos vancomicina, teicoplanina, oxacilina, daptomicina ou linezolida por pelo menos três dias nos anos de 2010 e 2011 em um hospital terciário. Analisou-se a frequência de IRA associada ao uso de vancomicina (critério KDIGO) e. por regressão logística, se o uso de vancomicina foi associado ao desenvolvimento de IRA. Avaliou-se por regressão logística os fatores de risco associados ao desenvolvimento de IRA no grupo de pacientes tratados com vancomicina. Analisou-se por regressão de Cox os fatores de risco para letalidades intra-hospitalar, seis meses e até um ano após a internação. Resultados: Foram incluídos 591 pacientes, dos quais 508 foram expostos à vancomicina e 83 foram expostos a teicoplanina, oxacilina, linezolida, ou daptomicina. IRA ocorreu em 28,5% dos pacientes que utilizaram vancomicina e em 14,5% dos que utilizaram outros antimicrobianos (p < 0,001). O grupo de pacientes tratados com vancomicina apresentou parâmetros sugestivos de maior gravidade, como maior frequência de culturas positivas para estafilococos, hipotensão grave, contagem de leucócitos em sangue periférico mais elevada e níveis séricos maiores de lactato, procalcitonina e PCR. Quando pacientes que desenvolveram IRA foram comparados com pacientes que mantiveram a função renal estável, observou-se que o uso de vancomicina, a duração do tratamento e nível sérico de vancomicina foram significativamente maiores entre os primeiros. Vancomicina foi identificada como fator independente para o desenvolvimento de IRA na regressão logística. Os fatores de riscos independentes para o desenvolvimento de IRA no grupo exposto à vancomicina foram uso de medicamentos nefrotóxicos ou que alteram a função renal, uso de medicamento vasopressor e concentração sérica de vancomicina >= 20 mg/L. Vancomicina não se associou a letalidade em nenhum dos períodos estudados, enquanto IRA se associou de forma independente à letalidade precoce e tardia. Conclusões: Estes resultados indicam que a vancomicina apresenta nefrotoxicidade significativa e que os seus níveis séricos devem ser obrigatoriamente avaliados. O uso de medicamentos nefrotóxicos ou que alteram a função renal deve ser, quando possível, evitado ou suspenso em pacientes tratados com vancomicina. O desenvolvimento de IRA, mas não o uso de vancomicina, foi fator independente para letalidade, reforçando que este antimicrobiano pode ser utilizado quando indicado, desde que se previna o desenvolvimento de IRA / Introduction: Vancomycin is considered the first choice antibiotic for treatment of staphylococcus infection. Vancomycin is eliminated through glomerular filtration, and so it is administration must be individualized according the renal function. Current treatment guidelines recommend higher doses and blood levels in order to increase the odds for an adequate clinical outcome. On the other hand, this strategy might cause higher vancomycin-associated nephrotoxicity. Objectives: To analyze the frequency of acute kidney injury (AKI) development in patients with suspicion of staphylococcus infection treated with vancomycin, or other antibiotics with the same therapeutic profile in a tertiary hospital. To analyze the association of vancomycin with AKI development in those patients. To analyze the risk factors for AKI development in vancomycin-treated patients. To identify the risk factors associated to early and late mortality in patients with suspicion of staphylococcus infection treated with vancomycin, or other antibiotics with the same therapeutic profile in a tertiary hospital.Methodology:We analyzed the files of all the patients with suspicion of staphylococcus infection treated with vancomycin, teicoplanin, oxacillin, daptomycin, or linezolid antibiotics for at least three days during the years of 2010 and 2011 in a tertiary hospital.The frequency of AKI development (KDIGO criteria) was assessed. Using logistic regression we assessed if vancomycin use was an independent risk factor for AKI development and the risk factors for AKI development in the group of patients treated with vancomycin. We assessed, using Cox regression, the risk factors for in-hospital, six months and one year after hospitalization mortality. Results: We included 591 patients in the final analysis, 508 using vancomycin and 83 using other antibiotics (teicoplanin, oxacillin, daptomycin, or linezolid). AKI developed in 28.5% of the vancomycin group compared with 14.5% in the other antibiotics group (p < 0.001). Patients treated with vancomycin showed parameters suggesting higher clinical severity, such as higher percent of staphylococcus positive cultures, severe hypotension, higher leukocytes blood count, higher serum levels of lactate, procalcitonin and CRP. When patients developing AKI were compared with patients maintaining preserved renal function, the first group showed a statistically significant higher frequency of vancomycin use, longer vancomycin treatment and higher vancomycin through levels. Using logistic regression vancomycin was identified as an independent risk factor for AKI development. The independent risk factors for AKI development in the vancomycin group were simultaneous use of vancomycin and other nephrotoxic drugs or drugs that influence renal function, vasopressor drugs use and blood levels of vancomycin >= 20 mg/L. Vancomycin was not associated with mortality in any studied time, whereas AKI was an independent risk factor for early and late mortality. Conclusions: These results indicate that vancomycin is associated with significative nephrotoxicity and that its blood levels must be mandatorily assessed. The use of drugs that are nephrotoxic or influence renal function must be, when feasible, avoided or halted in vancomycin-treated patients. AKI development, but not vancomycin use, was an independent risk factor for mortality, reinforcing the perception that vancomycin can be used when necessary, since AKI development is prevented

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