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Avaliação das dosagens das interleucinas 12 e 18 no sangue e no fluido peritoneal de pacientes com endometriose pélvica / Evaluation of the levels of interleukines 12 and 18 in blood and peritoneal fluid of patients with pelvic endometriosisMarino, Flávia Fairbanks Lima de Oliveira 13 February 2007 (has links)
O objetivo deste trabalho foi analisar o comportamento das interleucinas 12 (IL- 12) e 18 (IL-18) em pacientes com endometriose pélvica comparando-as a pacientes de um grupo controle com sintomas sugestivos de endometriose e ausência comprovada da doença. Avaliamos, também, as dosagens das referidas interleucinas em relação à fase do ciclo menstrual, quadro clínico, local da doença, estadiamento e classificação histológica. PACIENTES E MÉTODOS: Foram avaliadas 105 pacientes entre 18 e 40 anos submetidas à videolaparoscopia, ; divididas em 2 grupos: 72 pacientes com endometriose e 33 controles. Colheu-se sangue periférico e fluido peritoneal no intra-operatório e procedeu-se a avaliação das interleucinas, relacionando-se as dosagens entre o grupo controle e o grupo com endometriose e também entre os parâmetros já mencionados. Dividimos as pacientes segundo a fase do ciclo menstrual, o quadro clínico, o local de maior gravidade da doença (peritoneal, ovariana ou profunda), o estadiamento e a classificação histológica. As dosagens das interleucinas foram feitas através do método de ELISA e a análise estatística pela aplicação dos testes Kruskal-Wallis e Dunn. RESULTADOS: A média das dosagens da IL-12 no fluido peritoneal foi significativamente maior nas pacientes com endometriose (82,37 +/- 16,61 pg/mL) que no grupo controle (29,20 +/- 10,21pg/mL), p < 0,001. Não houve diferenças significativas na comparação das dosagens séricas de IL-12 entre pacientes e grupo controle. As médias das dosagens da IL-12 no sangue de pacientes com endometriose avançada foi significativamente mais elevada (196,74 +/- 33,71 pg/mL) que aquela de pacientes com doença inicial (82,04 +/- 16,63 pg/mL), p = 0,007. Não houve diferenças significativas entre as dosagens de IL-18 no sangue e no fluido peritoneal de pacientes e grupo controle, nem em relação à comparação entre doença inicial e doença avançada. As médias das dosagens de IL-12 no fluido peritoneal foram mais elevadas em pacientes com endometriose com dismenorréia severa/incapacitante (82,21 +/- 20,54 pg/mL; p = 0,02), dispareunia de profundidade (101,62 +/- 29,25 pg/mL; p = 0,02) e dor acíclica (101,93 +/- 26,14 pg/mL; p = 0,02). As médias das dosagens de IL-18 no sangue foram mais elevadas em pacientes com endometriose com dismenorréia severa/incapacitante (77,59 +/- 16,50 pg/mL; p = 0,01) e dispareunia de profundidade (61,34 +/- 14,05 pg/mL; p = 0,03). Não houve diferenças significativas entre as dosagens de IL-12 e IL-18, no sangue ou no fluido peritoneal, de acordo com a localização da doença (peritônio, ovário ou doença profunda). Não houve diferenças significativas entre as dosagens de IL-12 e IL- 18, no sangue ou no fluido peritoneal, de acordo com a classificação histológica da doença (estromal, bem-diferenciada, padrão misto de diferenciação e indiferenciada). CONCLUSÕES: A interleucina 12 esteve aumentada no fluido peritoneal de pacientes com endometriose, e no sangue nos estádios avançados da doença. Não houve diferenças nas dosagens da interleucina 18 no sangue ou fluido peritoneal na endometriose em relação a mulheres sem a doença. / The aim of this work was to evaluate the behavior of interleukines 12 (IL-12) and 18 (IL-18) in patients with pelvic endometriosis comparing them with a control group that presented suggestive symptoms of endometriosis and proven absence of the disease, evaluating, also, the levels of the interleukines in relation to the phase of menstrual cycle, clinical symptoms, primary location, disease stage and histological classification. PATIENTS AND METHODS: 105 patients aging from 18 to 40 years have been submitted to the laparoscopic surgery and classified in 2 groups: 72 patients with endometriosis and 33 controls. Peripheral blood and peritoneal fluid were extracted and interleukins were evaluated, correlating the levels between the control group and the group with endometriosis, and also between the parameters previously mentioned. Patients were grouped according to the phase of the menstrual cycle, clinical symptoms, primary location, disease stage and histological classification. Interleukin levels have been measured by ELISA . Statistical analysis was performed by the application of Kruskal-Wallis and Dunn tests. RESULTS: Average levels of IL-12 in the peritoneal fluid was significantly higher in patients with endometriosis (82,37 +/- 16.61 pg/mL) when compared to the control group (29,20 +/- 10,21pg/mL), p < 0,001. No significant differences were found in the comparison of the serum levels of IL-12 between patients and control group.) Average levels of IL-12 in blood of patients with advanced endometriosis were significantly increased (196,74 +/- 33.71 pg/mL) when compared to patients with initial disease (82,04 +/- 16,63 pg/mL), p = 0,007. There were no significant differences between the levels of IL-18 in blood and in peritoneal fluid of patients and control group, nor between patients with initial disease and advanced disease. Average levels of IL-12 in peritoneal fluid were higher in patients with endometriosis with complaints of severe / incapacitating dysmenorrhea (82.21 +/- 20,54 pg/mL; p = 0,02), deep dyspareunia (101,62 +/- 29,25 pg/mL; p = 0,02) and acyclic pain (101,93 +/- 26,14 pg/mL; p = 0,02). Average levels of IL-18 in the blood were higher in patients with endometriosis and severe /incapacitating dysmenorrhea (77,59 +/- 16,50 pg/mL; p = 0,01) and deep dyspareunia (61,34 +/- 14,05 pg/mL; p = 0,03). There were no significant differences between the levels of IL-12 and IL-18, in blood or in peritoneal fluid, according to the primary location of the disease (peritoneal, ovarian or deep infiltrative disease). No significant differences were found between the levels of IL-12 and IL-18, in blood or peritoneal fluid, in accordance to the histological classification of the disease (estromal, well-differentiated, combined standard of differentiation and undifferentiated). CONCLUSIONS: Interleukin 12 wss increased in peritoneal fluid of patients with endometriosis, and in blood in advanced stages of the disease. There were no differences in the levels of interleukin 18 in blood or peritoneal fluid in endometriosis compared to women without the disease.
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Efetividade da laserterapia de baixa intensidade em mulheres com DTM dolorosa em função da ansiedade, cortisol salivar e ciclo menstrual: ensaio clínico randomizado controlado duplo-cego / Effectiveness of low-level laser therapy in women with painful TMD based on anxiety, salivary cortisol and menstrual cycle: a double-blind controlled randomized clinical trialMagri, Laís Valencise 29 May 2017 (has links)
Não há consenso na literatura quanto à utilização da laserterapia de baixa intensidade (LLLT) no tratamento da DTM dolorosa. O objetivo deste estudo foi analisar a efetividade da LLLT ativa e placebo na redução da dor, da ansiedade e do cortisol salivar de mulheres com dor miofascial em função das flutuações hormonais relacionadas ao ciclo menstrual. 124 mulheres, 94 diagnosticadas com dor miofascial (Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders) foram divididas em: grupo laser (31), placebo (30), sem tratamento (33) e controle (30). A LLLT foi aplicada em pontos pré-estabelecidos da região orofacial, 2x/semana, oito sessões (780 nm, masseter e temporal anterior = 5 J/cm2, 20 mW, 10 segs. e região da ATM = 7,5 J/cm2, 30 mW, 10 segs.). A dor foi mensurada quanto à sua intensidade (Escala Visual Analógica), sensibilidade (limiar de dor à pressão em pontos orofaciais e corporais, LDP) e aspectos qualitativos/afetivos (Versão Reduzida do Questionánio de Dor de McGill, SF-MPQ). Além disso, foi dosado o cortisol salivar matutino a fim de se estabelecer os níveis de estresse, e aplicado o Inventário de Ansiedade de Beck para avaliar a ansiedade percebida. Foram também coletados dados relativos ao ciclo menstrual (data da última menstruação, uso de anticoncepcional, menopausa). Para as comparações intra-grupos ao longo da LLLT foram utilizados os Testes de Friedman e Kruskal-Wallis; para as comparações inter-grupos, o Mann-Whitney (p < 0,05). As mulheres com dor miofascial apresentaram LDP reduzido em relação às controles, não houve variação do LDP para nenhum grupo após a LLLT. Foi observada redução da intensidade de dor para os três grupos em comparação ao momento inicial (p < 0,05): Laser (80%), Placebo (85%) e Sem Tratamento (43%). Apenas no grupo Laser houve manutenção da redução da intensidade de dor de mulheres que não faziam uso de anticoncepcionais após 30 dias de finalização da LLLT (p < 0,001). O período pré-menstrual se mostrou crítico para todas as variáveris analisadas. Houve redução do escore total do SF-MPQ e da ansiedade para todos os grupos (p < 0,05). Os níveis de cortisol não diferiram entre mulheres com dor miofascial e controles, e também não variaram ao longo do tratamento. A LLLT ativa e placebo são capazes de reduzir variáveis subjetivas (intensidade de dor, índices do SF-MPQ e ansiedade), porém não alteram a sensibilidade à dor da região orofacial ou de pontos corporais, e o cortisol salivar. Ambas apresentam efetividade clínica similar em mulheres com dor miofascial durante o período de tratamento (sessões de laser), embora o laser ativo seja mais efetivo na manutenção dos resultados em mulheres em idade fértil sem o uso de anticoncepcionais (maior flutuação hormonal) / There is no consensus in the literature regarding the use of low-level laser therapy (LLLT) in the treatment of painful TMD. The aim of this study was to analyze the effectiveness of active and placebo LLLT in reducing pain, anxiety and salivary cortisol in women with myofascial pain based on the hormonal fluctuations related to the menstrual cycle. 124 women, 94 diagnosed with myofascial pain (Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders) were divided into: laser group (31), placebo (30), without treatment (33) and control (30). The LLLT was applied at pre-established points of the orofacial region, 2x/week, eight sessions (780 nm, masseter and anterior temporal = 5 J/cm2, 20 mW, 10 sec. and ATM region = 7.5 J/cm2, 30 mW, 10 sec.). The pain was measured in terms of intensity (Visual Analogue Scale), sensitivity (pressure pain threshold at orofacial and corporal points, PPT) and qualitative/affective aspects (Short-Form of the McGill Pain Questionnaire, SF-MPQ). In addition, the morning salivary cortisol was measured to establish the stress levels, and the Beck Anxiety Inventory was applied to evaluate the perceived anxiety. Data of the menstrual cycle were also collected (date of last menstruation, use of oral contraceptives, menopause). For intra-group comparisons over LLLT, the Friedman and Kruskal-Wallis tests were used; for intergroup comparisons, Mann-Whitney (p < 0.05). Women with myofascial pain showed reduced PPT when compared to controls, there was no change in PPT for any group after LLLT. Pain intensity reduction was observed for all groups compared to the baseline (p < 0.05): Laser (80%), Placebo (85%) and Without Treatment (43%). Only in the Laser group, pain intensity reduction was maintained in women who did not use oral contraceptives after 30 days of LLLT completion (p < 0.001). The pre-menstrual period was critical for all variables analyzed. There was a reduction in SF-MPQ total scores and anxiety for all groups (p < 0.05). Cortisol levels did not differ between women with myofascial pain and controls, besides they did not vary with the treatment. Active and placebo LLLT can reduce subjective variables (pain intensity, SF-MPQ indices and anxiety), but they do not change pain sensitivity at orofacial and corporal points, and salivary cortisol. Active and placebo LLLT shows similar clinical effectiveness in women with myofascial pain during the treatment period (laser sessions), although the active laser is more effective in maintaining the results in women of fertile age without oral contraceptives use (higher hormonal fluctuation)
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Diagnóstico da síndrome pré-menstrual : comparação de dois instrumentos - registro diário da intensidade dos problemas (DRSP) e instrumento de rastreamento de sintomas pré-menstruais (PSST)Henz, Aline January 2016 (has links)
Introdução: O diagnóstico da Síndrome Pré-menstrual (SPM) é um desafio. O uso de questionários estruturados está bem estabelecido, e a ferramenta mais aceita é o DRSP, um questionário prospectivo auto preenchido por ao menos dois meses. O PSST é um questionário retrospectivo de autoaplicação, preenchido em um único momento. Objetivo: comparar estes dois instrumentos (PSST e DRSP) para o diagnóstico da SPM. Método: Um estudo transversal com 127 mulheres entre 20 a 45 anos com queixas de SPM. As mulheres foram avaliadas quanto ao peso, altura, Índice de Massa Corporal (IMC). Após exclusão de casos de depressão através do Prime-MD, as pacientes completaram o PSST e foram orientadas a preencherem o DRSP durante dois meses. A concordância entre os dois questionários foi avaliado pelo cálculo de Kappa (k) e valores do coeficiente PABAK. Resultados: Do total de mulheres que atenderam ao chamado, 282 (74%) preencheram os critérios de elegibilidade e responderam o PSST. Entre estas 282 mulheres, somente 127 (45%) completaram o questionário diário (DRSP) por dois ciclos. O percentual das mulheres com diagnóstico de SPM através do DRSP foi de 74,8%, e pelo PSST foi 41,7%. O percentual das mulheres com diagnóstico de TDPM pelo DRSP foi de 3,9%, e pelo PSST foi de 34,6%. Assim, verificou-se uma maior prevalência de SPM com o DRSP do que com o PSST. De outra parte a TDPM foi mais dignosticada pelo PSST do que com o DRSP. O número de pacientes consideradas “normais” foi semelhante com os dois instrumentos. Na avaliação entre os dois instrumentos verificou-se não haver nenhuma concordância (Kappa = 0,12) nos resultados do diagnóstico de SPM e TDPM (Coeficiente Pabak resultou = 0,39). Para a trigem de SPM/TDPM o PSST tem uma sensibilidade de 79% e especificidade de 33,3%. Conclusão: O PSST deve ser considerado como uma ferramenta de triagem diagnóstica. Conclui-se que os casos SPM/TDPM do PSST devem ser sempre melhor avaliados pelo DRSP. / Background: The diagnosis of Premenstrual Syndrome (PMS) is a challenge. The use of structured questionnaires is well established and the most accepted is the DRSP, a prospectively self-administered questionnaire that needs two months at least to be completed. The PSST is a retrospective self-scale questionnaire, filled at a single time. Aim: To compare these two instruments (PSST and DRSP) to diagnosis PMS. Methods: A cross-sectional study with 127 women between 20 and 45 years with PMS complaints. The women were evaluated about weight, high, Body Mass Index (BMI). After the exclusion of depression by the Prime-MD Questionnaire, the PSST was completed and the women were oriented to complete the DRSP for two months. The agreement between the two questionnaires was assessed by calculating the Kappa (k) and PABAK values. Results: 282 (74% of all the women) women met eligibility criteria and answered the PSST. Only 127 (45% of the 282 women) completed the daily questionnaire (DRSP) for two cycles. The percentual of women with PMS diagnosis by the DRSP was 74.8%, and by PSST was 41.7%. The percentual of women with PMDD diagnosis by the DRSP was 3.9%, and by the PSST was 34.6%. The number of patients considered “normal” (with the symptoms above the necessary for the diagnostic the PMS) was similar with both questionnaires. We found no agreement between the two instruments (Kappa = 0.12) in the diagnosis of PMS and PMDD (Pabak coefficient keep this result = 0.39). For screening PMS/PMDD the PSST has a sensitivity of 79% and a specificity 33.3%. Conclusion: The PSST should be considered as diagnostic screening tool. We concluded that positive PMD/PMDD cases of PSST should be ever better evaluated by DRSP.
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Investigação de fatores implicados na diferença entre os sexos no reconhecimento de expressões faciais: emoção despertada e fases do ciclo menstrual / Investigation of factors implicated in sex difference in the recognition of facial expressions: aroused emotionand phases of the menstrual cycleVinicius Guandalini Guapo 18 January 2013 (has links)
As diferenças entre os sexos e o impacto dos hormônios sexuais no processamento emocional normal e patológico destacam-se na investigação do dimorfismo sexual na frequência, diagnóstico e terapêutica de patologias psiquiátricas. Transtornos depressivos e ansiosos não apenas são mais comuns em mulheres, quando comparadas aos homens, como parecem ser influenciados pelas concentrações hormonais séricas das mulheres em diferentes fases do ciclo reprodutivo. Ao mesmo tempo, o sexo e as concentrações dos hormônios sexuais, mostram influência na função do cérebro em uma diversidade de tarefas cognitivas e emocionais. O reconhecimento de expressões faciais de emoções básicas tem sido visto como função de extrema importância na adaptação social do indivíduo e existem evidências de que esteja relacionado com o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos. Já foi demonstrado que esta tarefa é influenciada pelo sexo do indivíduo e seu ambiente hormonal, no entanto, a literatura carece de resposta sobre os mecanismos pelos quais estas diferenças acontecem. Em dois experimentos buscamos maior entendimento de como se dão as diferenças entre os sexos no reconhecimento de expressões faciais de emoções básicas (raiva, asco, medo, tristeza, surpresa e alegria). No experimento 1, 33 voluntários saudáveis do sexo masculino e 30 do sexo feminino foram testados quanto à acurácia no reconhecimento de expressões faciais, ao tipo de erro ao realizar esta tarefa e à emoção despertada durante este reconhecimento. No experimento 2, 24 voluntárias saudáveis foram testadas quanto à acurácia no reconhecimento de expressões faciais em três diferentes fases do ciclo menstrual: fase folicular precoce (primeiro ao quinto dia do ciclo), periovulatória (décimo segundo ao décimo quarto dia do ciclo), e lútea (vigésimo primeiro ao vigésimo terceiro dia do ciclo), em delineamento cruzado. Foi realizada dosagem sanguínea de estradiol, progesterona e testosterona ao final de cada sessão experimental, com o intuito de confirmar a fase do ciclo das voluntárias e buscar possíveis correlações entre esses hormônios e o processamento de expressões faciais. Utilizou-se análise de contraste na avaliação do desempenho no reconhecimento de todas as emoções básicas com o desempenho no reconhecimento da emoção alegria. No experimento 1, raiva e medo em faces femininas foram reconhecidos com maior acurácia por mulheres, quando comparadas aos homens. Não foram encontradas diferenças significativas entre os sexos quanto à emoção despertada durante a visualização de expressões faciais. O experimento 2 mostrou que o reconhecimento das emoções asco e tristeza em faces masculinas variou de maneira significativa durante as fases do ciclo menstrual. As mulheres na fase lútea obtiveram maior acurácia no reconhecimento de expressões de asco em comparação com a fase folicular precoce, enquanto o desempenho no reconhecimento de tristeza foi maior na fase periovulatória do que na fase lútea. Os resultados sugerem que as diferenças entre homens e mulheres na capacidade de reconhecer emoções não estejam relacionadas à valência da emoção despertada nos indivíduos durante o processamento emocional. A modulação do reconhecimento de expressões faciais pelas fases do ciclo menstrual aponta que este seja um dos fatores implicados nas diferenças entre os sexos nesta tarefa / The impact of sex and sexual hormones in the normal and pathological emotional processing has reached unique importance in the investigation of sexual dimorphism in prevalence, diagnostic features and therapeutics of psychiatric disorders. Depressive and anxiety disorders are not only more common in women compared to men, but they also seem to be influenced by the hormonal status of women at different stages of the reproductive cycle. At the same time, the sex of the subject and the level of sex hormones have been suggested to play a role in brain function in a variety of emotional and cognitive tasks. The recognition of facial expressions of basic emotions has been recognized not only as of extreme importance in social adjustment as there is also evidence of its relation to the development of psychiatric disorders. It has been shown that this task is influenced by the sex and hormonal status of subjects, however, the literature shows a gap in explanations about how these differences occur. In two experiments we sought a better understanding of how sex differences in facial expressions recognition of basic emotion (anger, disgust, fear, sadness, surprise, happiness and neutral) happens. In experiment 1, 33 male and 30 female healthy volunteers were tested for accuracy in the recognition of facial expressions, the type of error when performing this task as well as the emotion aroused during this recognition. In experiment 2, 24 healthy female volunteers were tested for accuracy in the recognition of facial expressions in 3 different phases of menstrual cycle, early follicular (days 1 to 5), periovulatory phase (days 12 to 14) and luteal phase (days 21 to 23), in a crossover study design. Volunteers were tested for blood levels of estrogen, progesterone and testosterone at the end of each experimental session in order to confirm cycle phase and look for possible correlations between hormones and processing of facial expressions. We used contrast analysis in the recognition of each basic emotion against the recognition of happiness. In experiment 1, anger and fear, in feminine faces, were more accurately recognized by women in comparison to men. No significant differences among sexes were found on the emotion aroused while viewing facial expressions. Experiment 2 showed that the recognition of the emotions disgust and sadness, in male faces, varied significantly during the menstrual cycle phases. Women in luteal phase showed greater accuracy in recognizing expressions of disgust than when in early follicular phase whereas the recognition of sadness were more accurate during periovulatory phase than during luteal phase. These results suggest that differences between men and women in the ability to recognize emotions are not related to the valence of the emotions aroused in the subjects during emotional processing. This study also showed that the role played by the menstrual cycle in the ability to recognize facial expressions points to this feature as an important factor implicated in sex differences in this task.
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Avaliação das dosagens das interleucinas 12 e 18 no sangue e no fluido peritoneal de pacientes com endometriose pélvica / Evaluation of the levels of interleukines 12 and 18 in blood and peritoneal fluid of patients with pelvic endometriosisFlávia Fairbanks Lima de Oliveira Marino 13 February 2007 (has links)
O objetivo deste trabalho foi analisar o comportamento das interleucinas 12 (IL- 12) e 18 (IL-18) em pacientes com endometriose pélvica comparando-as a pacientes de um grupo controle com sintomas sugestivos de endometriose e ausência comprovada da doença. Avaliamos, também, as dosagens das referidas interleucinas em relação à fase do ciclo menstrual, quadro clínico, local da doença, estadiamento e classificação histológica. PACIENTES E MÉTODOS: Foram avaliadas 105 pacientes entre 18 e 40 anos submetidas à videolaparoscopia, ; divididas em 2 grupos: 72 pacientes com endometriose e 33 controles. Colheu-se sangue periférico e fluido peritoneal no intra-operatório e procedeu-se a avaliação das interleucinas, relacionando-se as dosagens entre o grupo controle e o grupo com endometriose e também entre os parâmetros já mencionados. Dividimos as pacientes segundo a fase do ciclo menstrual, o quadro clínico, o local de maior gravidade da doença (peritoneal, ovariana ou profunda), o estadiamento e a classificação histológica. As dosagens das interleucinas foram feitas através do método de ELISA e a análise estatística pela aplicação dos testes Kruskal-Wallis e Dunn. RESULTADOS: A média das dosagens da IL-12 no fluido peritoneal foi significativamente maior nas pacientes com endometriose (82,37 +/- 16,61 pg/mL) que no grupo controle (29,20 +/- 10,21pg/mL), p < 0,001. Não houve diferenças significativas na comparação das dosagens séricas de IL-12 entre pacientes e grupo controle. As médias das dosagens da IL-12 no sangue de pacientes com endometriose avançada foi significativamente mais elevada (196,74 +/- 33,71 pg/mL) que aquela de pacientes com doença inicial (82,04 +/- 16,63 pg/mL), p = 0,007. Não houve diferenças significativas entre as dosagens de IL-18 no sangue e no fluido peritoneal de pacientes e grupo controle, nem em relação à comparação entre doença inicial e doença avançada. As médias das dosagens de IL-12 no fluido peritoneal foram mais elevadas em pacientes com endometriose com dismenorréia severa/incapacitante (82,21 +/- 20,54 pg/mL; p = 0,02), dispareunia de profundidade (101,62 +/- 29,25 pg/mL; p = 0,02) e dor acíclica (101,93 +/- 26,14 pg/mL; p = 0,02). As médias das dosagens de IL-18 no sangue foram mais elevadas em pacientes com endometriose com dismenorréia severa/incapacitante (77,59 +/- 16,50 pg/mL; p = 0,01) e dispareunia de profundidade (61,34 +/- 14,05 pg/mL; p = 0,03). Não houve diferenças significativas entre as dosagens de IL-12 e IL-18, no sangue ou no fluido peritoneal, de acordo com a localização da doença (peritônio, ovário ou doença profunda). Não houve diferenças significativas entre as dosagens de IL-12 e IL- 18, no sangue ou no fluido peritoneal, de acordo com a classificação histológica da doença (estromal, bem-diferenciada, padrão misto de diferenciação e indiferenciada). CONCLUSÕES: A interleucina 12 esteve aumentada no fluido peritoneal de pacientes com endometriose, e no sangue nos estádios avançados da doença. Não houve diferenças nas dosagens da interleucina 18 no sangue ou fluido peritoneal na endometriose em relação a mulheres sem a doença. / The aim of this work was to evaluate the behavior of interleukines 12 (IL-12) and 18 (IL-18) in patients with pelvic endometriosis comparing them with a control group that presented suggestive symptoms of endometriosis and proven absence of the disease, evaluating, also, the levels of the interleukines in relation to the phase of menstrual cycle, clinical symptoms, primary location, disease stage and histological classification. PATIENTS AND METHODS: 105 patients aging from 18 to 40 years have been submitted to the laparoscopic surgery and classified in 2 groups: 72 patients with endometriosis and 33 controls. Peripheral blood and peritoneal fluid were extracted and interleukins were evaluated, correlating the levels between the control group and the group with endometriosis, and also between the parameters previously mentioned. Patients were grouped according to the phase of the menstrual cycle, clinical symptoms, primary location, disease stage and histological classification. Interleukin levels have been measured by ELISA . Statistical analysis was performed by the application of Kruskal-Wallis and Dunn tests. RESULTS: Average levels of IL-12 in the peritoneal fluid was significantly higher in patients with endometriosis (82,37 +/- 16.61 pg/mL) when compared to the control group (29,20 +/- 10,21pg/mL), p < 0,001. No significant differences were found in the comparison of the serum levels of IL-12 between patients and control group.) Average levels of IL-12 in blood of patients with advanced endometriosis were significantly increased (196,74 +/- 33.71 pg/mL) when compared to patients with initial disease (82,04 +/- 16,63 pg/mL), p = 0,007. There were no significant differences between the levels of IL-18 in blood and in peritoneal fluid of patients and control group, nor between patients with initial disease and advanced disease. Average levels of IL-12 in peritoneal fluid were higher in patients with endometriosis with complaints of severe / incapacitating dysmenorrhea (82.21 +/- 20,54 pg/mL; p = 0,02), deep dyspareunia (101,62 +/- 29,25 pg/mL; p = 0,02) and acyclic pain (101,93 +/- 26,14 pg/mL; p = 0,02). Average levels of IL-18 in the blood were higher in patients with endometriosis and severe /incapacitating dysmenorrhea (77,59 +/- 16,50 pg/mL; p = 0,01) and deep dyspareunia (61,34 +/- 14,05 pg/mL; p = 0,03). There were no significant differences between the levels of IL-12 and IL-18, in blood or in peritoneal fluid, according to the primary location of the disease (peritoneal, ovarian or deep infiltrative disease). No significant differences were found between the levels of IL-12 and IL-18, in blood or peritoneal fluid, in accordance to the histological classification of the disease (estromal, well-differentiated, combined standard of differentiation and undifferentiated). CONCLUSIONS: Interleukin 12 wss increased in peritoneal fluid of patients with endometriosis, and in blood in advanced stages of the disease. There were no differences in the levels of interleukin 18 in blood or peritoneal fluid in endometriosis compared to women without the disease.
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Avaliação da prevalência e das características da síndrome dos ovários policísticos em adolescentes obesas / Prevalence and characteristics of polycystic ovary syndrome in obese adolescentsMarina Pereira Ybarra Martins de Oliveira 06 June 2016 (has links)
Introdução: o diagnóstico da Síndrome do Ovário Policístico (SOP) na adolescência é desafiador e vem sendo alvo de intensas discussões. Sua prevalência em mulheres adultas em idade fértil varia de 5-10%. Entretanto, a prevalência em adolescentes obesas ainda não foi descrita na literatura. Somado a isso, ainda não é bem estabelecida a relação da SOP com alterações metabólicas e cardiovasculares nesta população. Dessa maneira, objetivamos avaliar a prevalência e as características da SOP na população de adolescentes obesas acompanhadas em um centro hospitalar quaternário. Métodos: realizamos um estudo transversal com 49 adolescentes obesas pós-menarca, com idade média de 15,6 anos. Foi realizada avaliação antropométrica e revisão de prontuários médicos. O hiperandrogenismo clínico e laboratorial foram quantificados utilizando o índice de Ferriman-Gallwey e as dosagens androgênicas, respectivamente. A morfologia ovariana foi avaliada por ultrassonografia suprapúbica. Todas as pacientes tiveram seus perfis metabólicos analisados. Resultados: ao adotarmos a nova Diretriz para SOP na adolescência da Sociedade de Endocrinologia Pediátrica Americana, encontramos uma prevalência de 18,4% de SOP em nossa população de adolescentes obesas. Quando utilizamos os critérios de Rotterdam, da Sociedade de Excesso Androgênico e SOP e do Instituto Nacional de Saúde Americano, as prevalências foram de 26,4%, 22,4% e 20,4%, respectivamente. A irregularidade menstrual foi constatada em 65,3% das pacientes. O hiperandrogenismo clínico foi observado em 16,3% das meninas, e 18,4% tinham concentrações de testosterona total acima do valor de normalidade. A ultrassonografia revelou que 18,4% das meninas tinham ovários policísticos. Adolescentes obesas com SOP apresentaram maior prevalência de síndrome metabólica. Conclusão: a prevalência de SOP em adolescentes obesas é alta quando comparada àquela observada na literatura / Background: polycystic ovary syndrome (PCOS) in adolescence is a challenging diagnosis and therefore has raised intense discussions. Its prevalence in childbearing age women ranges from 5 to 10%. However, the prevalence in obese adolescents has not yet been reported. Besides, the relationship of PCOS with metabolic and cardiovascular disorders in this specific population has not been established. Thus, we aimed to assess the prevalence and characteristics of PCOS in a population of obese adolescents followed at a quarternary hospital. Methods: we performed a cross-sectional study with 49 postmenarcheal obese adolescents with a mean age of 15.6 years. Anthropometric assessment and review of medical records were performed. Clinical and laboratory hyperandrogenism were evaluated using Ferriman-Gallwey index and serum androgens, respectively. The ovarian morphology was evaluated by supra-pubic ultrasound. All patients had their metabolic profile evaluated. Results: the prevalence of PCOS in obese adolescents, according to the new guideline for PCOS in adolescence of the American Pediatric Endocrinology Society, was 18.4%. When assessed by the Rotterdam, the Androgen Excess and PCOS Society and the National Institute of Health criteria, the prevalence of PCOS was 26.4%, 22.4% and 20.4%, respectively. Menstrual irregularity was found in 65.3% of the patients. Clinical hyperandrogenism was observed in 16.3% while 18.4% had total testosterone concentrations above the normal range. Ultrasonography revealed that 18.4% had polycystic ovaries. Obese adolescents with PCOS had higher prevalence of metabolic syndrome. Conclusion: the prevalence of PCOS in obese adolescents is high compared to that observed in the literature
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Physical activity among Taiwanese women with menstrual symptomsTsai, Hsiu-Min 28 August 2008 (has links)
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Alteração do ciclo menstrual na adolescência: manifestação precoce da Síndrome Metabólica? / Alteration on menstrual cycle in adolescence: early manifestation of Metabolic Syndrome?Isabel Cristina da Silva Bouzas 14 July 2010 (has links)
Na última década, surgiram evidências de que a Síndrome Metabólica (SM), relatada de forma crescente entre adolescentes, tem início na vida intrauterina e seus sinais e sintomas já estão presentes na adolescência, porém, ainda faltam critérios diagnósticos específicos para essa faixa etária. O ciclo menstrual representa o resultado do funcionamento normal não apenas do eixo Hipotálamo-Hipófise-Ovário (HHO), do útero e do aparelho genital, mas também, do equilíbrio metabólico do organismo. Alterações no ciclo menstrual podem representar sinais de desequilíbrio e anormalidade. A SM está também relacionada à Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), disfunção ovariana caracterizada por oligoanovulação, hiperandrogenismo e/ou ovários policísticos. A resistência à insulina (RI) tem um papel central na fisiopatologia e na inter-relação dos componentes tanto da SM como também da SOP. A RI é compensada pelo aumento da produção de insulina pelas células beta pancreáticas, e essa hiperinsulinemia compensatória tem conseqüências no endotélio, nos fatores inflamatórios, no metabolismo glicídico e lipídico, além de afetar o ciclo menstrual pelo estímulo da androgênese ovariana, suprimindo a SHBG e possivelmente alterando o padrão da secreção pulsátil do GnRH. Estas alterações menstruais podem apresentar-se de forma precoce, antes das alterações metabólicas da RI, portanto, a avaliação atenta do padrão menstrual de adolescentes pode representar um valioso sinal que alerta para o risco metabólico e cardiovascular. Avaliamos o comportamento de parâmetros da Síndrome Metabólica e sua relação com o ciclo menstrual em adolescentes através de um estudo observacional transversal com 59 adolescentes do sexo feminino entre 12 e 19 anos e presença de pelo menos um dos seguintes fatores de risco para SM: Sobrepeso - Obesidade - Acantose Nigricans. Todas as adolescentes foram submetidas a uma avaliação clínica com levantamento de dados antropométricos, e laboratoriais composta de: Glicose de Jejum, Colesterol Total, HDL-Colesterol, Triglicerídeos, Teste Oral de Tolerância a Glicose (Glicose 120), Insulina pré (insulina jejum), pós TOTG (insulina 120), Folículo-Estimulante (FSH), Hormônio Luteinizante (LH), Testosterona Total (TT), Androstenediona, Foram criados 2 grupos:G-1- adolescentes com ciclos irregulares, e G-2- adolescentes com ciclos regulares. Das 59 adolescentes avaliadas, 36 formaram o G-1, e 23 o G-2. A média da idade ginecológica foi de 4,5 anos e da menarca 11,3 anos. Na análise estatística das diferenças nas variáveis clínicas e laboratoriais entre os grupos, observou-se que o G-1 apresentou: Cintura (p=0,026), Insulina de jejum (p=0,001), Glicose 120 (p=0,002), insulina 120 (p=0,0001), HOMA-IR (p=0,0008), Triglicerídeos (p=0,013), SM (p<0,0001) e SOP (p<0,0001) significativamente maiores e QUICK (p=0,008), G/I (p=0,002), HDL (p=0,001) significativamente menores que o G-2. (88,8% das adolescentes com ciclos irregulares no ultimo ano apresentavam irregularidade desde a menarca. Estes resultados demonstram uma associação significativa entre a irregularidade menstrual, RI, SM e SOP na população estudada. Todas as adolescentes com diagnóstico de SM apresentavam irregularidade desde a menarca e destas, 93,5% tiveram o diagnóstico de SOP. O nosso estudo chama a atenção para o comportamento do ciclo menstrual na adolescência em relação aos riscos cardiovasculares e metabólicos, sinalizando assim que outros estudos precisam ser desenvolvidos nesta população. / Evidences have appeared throughout the last decade that the metabolic syndrome(MS) (increasingly reported among teens) begins in intra-uterine life and its signs and symptoms are already present in adolescence. Nevertheless, specific diagnostic criteria for this age group are missing. The menstrual cycle represents the result of the normal functioning not only of the hypothalamus-hypophysis-ovarian axis (HHO), the uterus, and the genital apparatus, but also of the metabolic balance of the body. Menstrual cycle alterations may represent signs of imbalance and abnormality. MS is also linked to premature pubarche due to premature adrenarche and polycystic ovary syndrome (PCOS) characterized by an ovarian dysfunction oligoanovulação, hyperandrogenism and/or polycystic ovaries Insulin resistance (IR) has a central role in the pathophysiology and interrelation of components of MS and also of PCOS. Insulin resistance is compensated by increased insulin production by pancreatic beta cells. The compensatory hyperinsulinemia has consequences in the endothelium, inflammatory factors, glucose and lipid metabolism and affect the menstrual cycle by stimulating ovarian androgen, suppressing SHBG and possibly altering the pattern of pulsatile secretion of GnRH. These menstrual changes may present themselves at an early stage, before the metabolic changes of IR, so the careful assessment of the menstrual patterns of adolescents may represent a valuable warning sign for cardiovascular and metabolic risk. Evaluate the behavior of parameters of metabolic syndrome and its relation to the menstrual cycle in adolescents. Observational, transversal-cut study with 59 female adolescents between 12 and 19 years of age, and the presence of at least one of the following risk factors for MS; 1- Overweight, Obesity and Acanthosis Nigricans. All the adolescents underwent a clinical evaluation, with gathering of anthropometric data, and laboratory evaluation composed of: evaluation of fasting glucose, total cholesterol, HDL-cholesterol, triglycerides, Oral Glucose Tolerance Test after 120 minutes (Glucose-120), insulin pre-(fasting insulin), insulin post-OGTT-120 (insulin 120), Follicle-stimulating hormone (FSH), Luteinizing hormone (LH), Total Testosterone (TT), Androstenedione, Two groups were created. G-1 adolescents with irregular cycles G-2 with regular menstrual cycles. From the 59 adolescents evaluated, 36 formed G-1 and 23 formed G-2. The average gynecological age was 4,5 years, and of the menarche 11,3 years. In the statistical analysis of the differences in clinical and laboratory variables between the groups, it was observed that G-1 Waist(p=0,026),FastingInsulin(p=0,001),Glucose 120(p=0,002), Insulin 120 (p =0,0001), HOMA IR (p = 0,0008) , Triglyceride (p = 0,013), SM(p<0,0001) e SOP(p<0,001) significantly higher and QUICK (p=0,008),G/I (p=0,002) and HDL (p = 0,001) significantly lower than G-2. (88,8% of adolescents with irregular cycles in the past year showed irregularity since menarche). This study shows a significant association between menstrual irregularity, IR, MS and PCOS in this population. All adolescents diagnosed with MS had irregularity since menarche and of these 93.5% were diagnosed with PCOS.Our study draws attention to the behavior of the menstrual cycle in adolescence in relation to cardiovascular and metabolic risks, thus signaling that further studies need to be developed in this population.
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Diagnóstico da síndrome pré-menstrual : comparação de dois instrumentos - registro diário da intensidade dos problemas (DRSP) e instrumento de rastreamento de sintomas pré-menstruais (PSST)Henz, Aline January 2016 (has links)
Introdução: O diagnóstico da Síndrome Pré-menstrual (SPM) é um desafio. O uso de questionários estruturados está bem estabelecido, e a ferramenta mais aceita é o DRSP, um questionário prospectivo auto preenchido por ao menos dois meses. O PSST é um questionário retrospectivo de autoaplicação, preenchido em um único momento. Objetivo: comparar estes dois instrumentos (PSST e DRSP) para o diagnóstico da SPM. Método: Um estudo transversal com 127 mulheres entre 20 a 45 anos com queixas de SPM. As mulheres foram avaliadas quanto ao peso, altura, Índice de Massa Corporal (IMC). Após exclusão de casos de depressão através do Prime-MD, as pacientes completaram o PSST e foram orientadas a preencherem o DRSP durante dois meses. A concordância entre os dois questionários foi avaliado pelo cálculo de Kappa (k) e valores do coeficiente PABAK. Resultados: Do total de mulheres que atenderam ao chamado, 282 (74%) preencheram os critérios de elegibilidade e responderam o PSST. Entre estas 282 mulheres, somente 127 (45%) completaram o questionário diário (DRSP) por dois ciclos. O percentual das mulheres com diagnóstico de SPM através do DRSP foi de 74,8%, e pelo PSST foi 41,7%. O percentual das mulheres com diagnóstico de TDPM pelo DRSP foi de 3,9%, e pelo PSST foi de 34,6%. Assim, verificou-se uma maior prevalência de SPM com o DRSP do que com o PSST. De outra parte a TDPM foi mais dignosticada pelo PSST do que com o DRSP. O número de pacientes consideradas “normais” foi semelhante com os dois instrumentos. Na avaliação entre os dois instrumentos verificou-se não haver nenhuma concordância (Kappa = 0,12) nos resultados do diagnóstico de SPM e TDPM (Coeficiente Pabak resultou = 0,39). Para a trigem de SPM/TDPM o PSST tem uma sensibilidade de 79% e especificidade de 33,3%. Conclusão: O PSST deve ser considerado como uma ferramenta de triagem diagnóstica. Conclui-se que os casos SPM/TDPM do PSST devem ser sempre melhor avaliados pelo DRSP. / Background: The diagnosis of Premenstrual Syndrome (PMS) is a challenge. The use of structured questionnaires is well established and the most accepted is the DRSP, a prospectively self-administered questionnaire that needs two months at least to be completed. The PSST is a retrospective self-scale questionnaire, filled at a single time. Aim: To compare these two instruments (PSST and DRSP) to diagnosis PMS. Methods: A cross-sectional study with 127 women between 20 and 45 years with PMS complaints. The women were evaluated about weight, high, Body Mass Index (BMI). After the exclusion of depression by the Prime-MD Questionnaire, the PSST was completed and the women were oriented to complete the DRSP for two months. The agreement between the two questionnaires was assessed by calculating the Kappa (k) and PABAK values. Results: 282 (74% of all the women) women met eligibility criteria and answered the PSST. Only 127 (45% of the 282 women) completed the daily questionnaire (DRSP) for two cycles. The percentual of women with PMS diagnosis by the DRSP was 74.8%, and by PSST was 41.7%. The percentual of women with PMDD diagnosis by the DRSP was 3.9%, and by the PSST was 34.6%. The number of patients considered “normal” (with the symptoms above the necessary for the diagnostic the PMS) was similar with both questionnaires. We found no agreement between the two instruments (Kappa = 0.12) in the diagnosis of PMS and PMDD (Pabak coefficient keep this result = 0.39). For screening PMS/PMDD the PSST has a sensitivity of 79% and a specificity 33.3%. Conclusion: The PSST should be considered as diagnostic screening tool. We concluded that positive PMD/PMDD cases of PSST should be ever better evaluated by DRSP.
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Alteração do ciclo menstrual na adolescência: manifestação precoce da Síndrome Metabólica? / Alteration on menstrual cycle in adolescence: early manifestation of Metabolic Syndrome?Isabel Cristina da Silva Bouzas 14 July 2010 (has links)
Na última década, surgiram evidências de que a Síndrome Metabólica (SM), relatada de forma crescente entre adolescentes, tem início na vida intrauterina e seus sinais e sintomas já estão presentes na adolescência, porém, ainda faltam critérios diagnósticos específicos para essa faixa etária. O ciclo menstrual representa o resultado do funcionamento normal não apenas do eixo Hipotálamo-Hipófise-Ovário (HHO), do útero e do aparelho genital, mas também, do equilíbrio metabólico do organismo. Alterações no ciclo menstrual podem representar sinais de desequilíbrio e anormalidade. A SM está também relacionada à Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), disfunção ovariana caracterizada por oligoanovulação, hiperandrogenismo e/ou ovários policísticos. A resistência à insulina (RI) tem um papel central na fisiopatologia e na inter-relação dos componentes tanto da SM como também da SOP. A RI é compensada pelo aumento da produção de insulina pelas células beta pancreáticas, e essa hiperinsulinemia compensatória tem conseqüências no endotélio, nos fatores inflamatórios, no metabolismo glicídico e lipídico, além de afetar o ciclo menstrual pelo estímulo da androgênese ovariana, suprimindo a SHBG e possivelmente alterando o padrão da secreção pulsátil do GnRH. Estas alterações menstruais podem apresentar-se de forma precoce, antes das alterações metabólicas da RI, portanto, a avaliação atenta do padrão menstrual de adolescentes pode representar um valioso sinal que alerta para o risco metabólico e cardiovascular. Avaliamos o comportamento de parâmetros da Síndrome Metabólica e sua relação com o ciclo menstrual em adolescentes através de um estudo observacional transversal com 59 adolescentes do sexo feminino entre 12 e 19 anos e presença de pelo menos um dos seguintes fatores de risco para SM: Sobrepeso - Obesidade - Acantose Nigricans. Todas as adolescentes foram submetidas a uma avaliação clínica com levantamento de dados antropométricos, e laboratoriais composta de: Glicose de Jejum, Colesterol Total, HDL-Colesterol, Triglicerídeos, Teste Oral de Tolerância a Glicose (Glicose 120), Insulina pré (insulina jejum), pós TOTG (insulina 120), Folículo-Estimulante (FSH), Hormônio Luteinizante (LH), Testosterona Total (TT), Androstenediona, Foram criados 2 grupos:G-1- adolescentes com ciclos irregulares, e G-2- adolescentes com ciclos regulares. Das 59 adolescentes avaliadas, 36 formaram o G-1, e 23 o G-2. A média da idade ginecológica foi de 4,5 anos e da menarca 11,3 anos. Na análise estatística das diferenças nas variáveis clínicas e laboratoriais entre os grupos, observou-se que o G-1 apresentou: Cintura (p=0,026), Insulina de jejum (p=0,001), Glicose 120 (p=0,002), insulina 120 (p=0,0001), HOMA-IR (p=0,0008), Triglicerídeos (p=0,013), SM (p<0,0001) e SOP (p<0,0001) significativamente maiores e QUICK (p=0,008), G/I (p=0,002), HDL (p=0,001) significativamente menores que o G-2. (88,8% das adolescentes com ciclos irregulares no ultimo ano apresentavam irregularidade desde a menarca. Estes resultados demonstram uma associação significativa entre a irregularidade menstrual, RI, SM e SOP na população estudada. Todas as adolescentes com diagnóstico de SM apresentavam irregularidade desde a menarca e destas, 93,5% tiveram o diagnóstico de SOP. O nosso estudo chama a atenção para o comportamento do ciclo menstrual na adolescência em relação aos riscos cardiovasculares e metabólicos, sinalizando assim que outros estudos precisam ser desenvolvidos nesta população. / Evidences have appeared throughout the last decade that the metabolic syndrome(MS) (increasingly reported among teens) begins in intra-uterine life and its signs and symptoms are already present in adolescence. Nevertheless, specific diagnostic criteria for this age group are missing. The menstrual cycle represents the result of the normal functioning not only of the hypothalamus-hypophysis-ovarian axis (HHO), the uterus, and the genital apparatus, but also of the metabolic balance of the body. Menstrual cycle alterations may represent signs of imbalance and abnormality. MS is also linked to premature pubarche due to premature adrenarche and polycystic ovary syndrome (PCOS) characterized by an ovarian dysfunction oligoanovulação, hyperandrogenism and/or polycystic ovaries Insulin resistance (IR) has a central role in the pathophysiology and interrelation of components of MS and also of PCOS. Insulin resistance is compensated by increased insulin production by pancreatic beta cells. The compensatory hyperinsulinemia has consequences in the endothelium, inflammatory factors, glucose and lipid metabolism and affect the menstrual cycle by stimulating ovarian androgen, suppressing SHBG and possibly altering the pattern of pulsatile secretion of GnRH. These menstrual changes may present themselves at an early stage, before the metabolic changes of IR, so the careful assessment of the menstrual patterns of adolescents may represent a valuable warning sign for cardiovascular and metabolic risk. Evaluate the behavior of parameters of metabolic syndrome and its relation to the menstrual cycle in adolescents. Observational, transversal-cut study with 59 female adolescents between 12 and 19 years of age, and the presence of at least one of the following risk factors for MS; 1- Overweight, Obesity and Acanthosis Nigricans. All the adolescents underwent a clinical evaluation, with gathering of anthropometric data, and laboratory evaluation composed of: evaluation of fasting glucose, total cholesterol, HDL-cholesterol, triglycerides, Oral Glucose Tolerance Test after 120 minutes (Glucose-120), insulin pre-(fasting insulin), insulin post-OGTT-120 (insulin 120), Follicle-stimulating hormone (FSH), Luteinizing hormone (LH), Total Testosterone (TT), Androstenedione, Two groups were created. G-1 adolescents with irregular cycles G-2 with regular menstrual cycles. From the 59 adolescents evaluated, 36 formed G-1 and 23 formed G-2. The average gynecological age was 4,5 years, and of the menarche 11,3 years. In the statistical analysis of the differences in clinical and laboratory variables between the groups, it was observed that G-1 Waist(p=0,026),FastingInsulin(p=0,001),Glucose 120(p=0,002), Insulin 120 (p =0,0001), HOMA IR (p = 0,0008) , Triglyceride (p = 0,013), SM(p<0,0001) e SOP(p<0,001) significantly higher and QUICK (p=0,008),G/I (p=0,002) and HDL (p = 0,001) significantly lower than G-2. (88,8% of adolescents with irregular cycles in the past year showed irregularity since menarche). This study shows a significant association between menstrual irregularity, IR, MS and PCOS in this population. All adolescents diagnosed with MS had irregularity since menarche and of these 93.5% were diagnosed with PCOS.Our study draws attention to the behavior of the menstrual cycle in adolescence in relation to cardiovascular and metabolic risks, thus signaling that further studies need to be developed in this population.
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