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A dimensão filosófica do trabalho de Mira Schendel / The philosophical dimension of Mira Schendel\'s work

Alves, Cauê 13 December 2010 (has links)
O presente trabalho visa problematizar e desenvolver questões referentes aos vínculos entre filosofia e arte, particularmente a partir do trabalho de Mira Schendel e do pensamento de Merleau-Ponty. Não se trata da filosofia como pensamento ilustrado pela obra e tampouco de uma mera demonstração de erudição. A pergunta sobre a dimensão filosófica do trabalho de Mira Schendel, artista com rara vocação para a filosofia, será abordada sob duas perspectivas: em primeiro lugar no sentido interno à obra de Schendel e, em segundo lugar, a partir das interlocuções que a artista estabeleceu com a obra de filósofos como Wittgestein, Sartre e, particularmente, com a fenomenologia, além de dialogar diretamente com pensadores como Hermann Schmitz, Vilém Flusser e Haroldo de Campos. Mira Schendel declarou diversas vezes sua admiração pelo pensamento do professor, filósofo e fenomenólogo Hermann Schmitz, da Universidade de Kiel, na Alemanha (que deu prosseguimento às pesquisas de Husserl). Esses dois eixos perpassam o conjunto da obra de Schendel, tornando possível trazer todo um percurso artístico para o debate. A tese não deixa de lado as tensões próprias do pensamento, uma vez que a filosofia de Merleau-Ponty aponta para direções que nem sempre coincidem com o trabalho da artista. No conjunto do debate estético e filosófico nos importa sinalizar os conflitos teóricos entre o conceitualismo na arte e o pensamento de Merleau-Ponty para se pensar a relação entre arte e filosofia na obra de Mira Schendel. / The aim of this work is to bring to light questions that compare philosophy and art, specifically focusing on the work of Mira Schendel and the school of thought of Merleau-Ponty. The aim is not to treat philosophy as an enlightened thought or a mere demonstration of knowledge but rather to take a look into the philosophical dimension of Mira Schendels rare vocation for philosophy. This work will address two perspectives of this rare vocation. First it will take a look at the inner sense of Schendels work and second, it will venture through the perspective of philosophical works such as Wittgenstein and Sartre, as well as place a specific focus on phenomenology. Beyond this there will also include discussions from thinkers such as Hermann Schmitz from the University of Kiel in Germany (who continued the research of Husserl.)These two themes run throughout the entire work of Mira Schendel thus making it possible to bring an entire artistic journey into light. The thesis does not leave out the tension inherent in such thinking, due to the fact that the philosophy of Merleau-Ponty points to directions that do not always coincide with the artist´s work. Throughout the aesthetic and philosophical debate, what really matters is to point out the theoretical conflicts between conceptualism in art and the thinking of Merleau-Ponty, while still bringing into account the philosophy in Mira Schendels work.
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A dimensão filosófica do trabalho de Mira Schendel / The philosophical dimension of Mira Schendel\'s work

Cauê Alves 13 December 2010 (has links)
O presente trabalho visa problematizar e desenvolver questões referentes aos vínculos entre filosofia e arte, particularmente a partir do trabalho de Mira Schendel e do pensamento de Merleau-Ponty. Não se trata da filosofia como pensamento ilustrado pela obra e tampouco de uma mera demonstração de erudição. A pergunta sobre a dimensão filosófica do trabalho de Mira Schendel, artista com rara vocação para a filosofia, será abordada sob duas perspectivas: em primeiro lugar no sentido interno à obra de Schendel e, em segundo lugar, a partir das interlocuções que a artista estabeleceu com a obra de filósofos como Wittgestein, Sartre e, particularmente, com a fenomenologia, além de dialogar diretamente com pensadores como Hermann Schmitz, Vilém Flusser e Haroldo de Campos. Mira Schendel declarou diversas vezes sua admiração pelo pensamento do professor, filósofo e fenomenólogo Hermann Schmitz, da Universidade de Kiel, na Alemanha (que deu prosseguimento às pesquisas de Husserl). Esses dois eixos perpassam o conjunto da obra de Schendel, tornando possível trazer todo um percurso artístico para o debate. A tese não deixa de lado as tensões próprias do pensamento, uma vez que a filosofia de Merleau-Ponty aponta para direções que nem sempre coincidem com o trabalho da artista. No conjunto do debate estético e filosófico nos importa sinalizar os conflitos teóricos entre o conceitualismo na arte e o pensamento de Merleau-Ponty para se pensar a relação entre arte e filosofia na obra de Mira Schendel. / The aim of this work is to bring to light questions that compare philosophy and art, specifically focusing on the work of Mira Schendel and the school of thought of Merleau-Ponty. The aim is not to treat philosophy as an enlightened thought or a mere demonstration of knowledge but rather to take a look into the philosophical dimension of Mira Schendels rare vocation for philosophy. This work will address two perspectives of this rare vocation. First it will take a look at the inner sense of Schendels work and second, it will venture through the perspective of philosophical works such as Wittgenstein and Sartre, as well as place a specific focus on phenomenology. Beyond this there will also include discussions from thinkers such as Hermann Schmitz from the University of Kiel in Germany (who continued the research of Husserl.)These two themes run throughout the entire work of Mira Schendel thus making it possible to bring an entire artistic journey into light. The thesis does not leave out the tension inherent in such thinking, due to the fact that the philosophy of Merleau-Ponty points to directions that do not always coincide with the artist´s work. Throughout the aesthetic and philosophical debate, what really matters is to point out the theoretical conflicts between conceptualism in art and the thinking of Merleau-Ponty, while still bringing into account the philosophy in Mira Schendels work.
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Idéias para uma pedagogia da desconstrução: desdobramentos da ontologia de Martin Heidegger / Ideas to a pedagogy of deconstruction: deployment of Martin Heidegger ontology

Colpo, Marcos Oreste 19 June 2007 (has links)
A presente tese tem por finalidade propor algumas idéias que possam sustentar o que denominamos \"Pedagogia de Desconstrução\", idéias estas desdobradas com base na ontologia fundamental de Martin Heidegger, publicada em 1927 (Ser e tempo) e das publicações realizadas a partir de 1930, que marcaram a virada (die Kehre) do seu pensamento. O sentido da palavra desconstrução (Ab-Bau) ou destruição (Detruktion) em Heidegger está associado à identificação de um modo de pensar característico do ocidente, denominado pensamento metafísico, que se estabeleceu a partir de Platão. Tal modo de pensar consolida-se por meio de uma interpretação objetivada do ser dos entes (Vorhandenheit), cujos desdobramentos fizeram com que a metafísica esquecesse o fenômeno do mundo, permanecendo presa ao modelo do ver teorético. O sentido da desconstrução alinha-se com a tentativa de recuperar a diferença ontológica entre ser e ente, portanto, desconstruir o modo objetivado de alocar o ser dos entes, meditar sobre o sentido do ser e re-visitar (An-denken) o pensamento metafísico, desvelando aquilo que não foi pensado pela educação a partir destas determinações metafísicas. O modo de pensar metafísico chega à plenitude de suas possibilidades em nossa época atual, séculos 20 e 21, exercida por dois fenômenos que são: a ciência e a técnica moderna, que vem impor um modo de ser e pensar sobre cujas conseqüências Heidegger procurou nos alertar quanto às suas conseqüências nas significativas conferências realizadas após 1930. Tal modo de pensar, instrumentado pela eficiência da técnica e da logística dos mercados, nos enreda numa pseudoproximidade com as coisas e com os outros, entre outros sintomas que nos fazem adentrar numa noite escura e densa, obscurecendo-nos o mundo. Podemos testemunhar este mundo obscurecido por meio de alguns sintomas de nossa época atual, como a massificação dos homens, da fuga dos deuses, a devastação da terra, a aniquilação da coisa, bem como pela técnica moderna cuja essência consolida-se como uma contenda, uma provocação do homem em relação à natureza. É diante destes alertas demonstrados por Heidegger e testemunhados por nós que pensamos em propor algumas idéias que possam orientar uma pedagogia, preocupada em exercer alguns contrapontos aos imperativos de nossa época atual. Conscientes dos limites deste projeto em consonância com os entendimentos de Heidegger sobre os limites de nosso empenho em relação à metafísica, estamos propondo algumas pequenas saídas que se consolidam na tentativa de resgatar o vigor de um pensar que se realiza na unidade entre ser e pensar, de \"conduzir\" (ex-ducere) o ser-aí em direção ao conhecimento de si mesmo e de voltar-se para uma relação com o real pautada pela poiésis, ou seja, por uma linguagem e por um fazer que envolve levar à luz o que se apresenta realizado pela essência da verdade, compreendida como sendo a liberdade de deixar ser o ente. É neste âmbito da poiésis que o pensamento e os afazeres dos homens podem desconstruir o modo de desvelar o ser dos entes, dominado por um pensamento cuja armação (Gestell) submete as coisas à tríade: exploração, produção e consumo. O âmbito da poiésis em Heidegger inspira-se no poeta Hölderlin e com ele gesta-se a possibilidade de um outro modo de relação com o real, cujos modelos ônticos exercem um contraponto à armação, modelos estes inscritos no que Heidegger denomina por quadrindade, constituída pelo espelhamento entre os diferentes envios do ser: a terra; e o céu; os divinos e os mortais. / The aim of this thesis is to propose some ideas supporting what we refer to as \"Deconstruction Teaching\", arising from Martin Heidegger\'s 1927 work on basic ontology (Being and Time) and other publications as of 1930, marking the turning point (die Kehre) in his thinking. For Heidegger, the meaning of the term deconstruction (Ab-Bau) or destruction (Detruktion) is associated with a characteristic Western manner of thinking, known as metaphysical thinking, a concept originally identified by Plato. This manner of thinking is reinforced through the objective interpretation of the being of being (Vorhandenheit), an approach whereby metaphysics ignores the world phenomenon, and remaines mired in the theoretical view model. The meaning of deconstruction becomes aligned with the attempt to recover the ontological difference between being and the being and, thus, deconstructs the objective interpretation of allocating the being of the beings, to meditate on the meaning of the being and revisiting (An-denken) metaphysical thought, in order to reveal that which was not considered by education based on these metaphysical conclusions. The manner of metaphysical thinking reached the peak of its capacity in our own times, the twentieth and twenty-first centuries. It was exercised by two phenomena, science and modern techniques, which themselves imposed a way of being and of thinking of whose consequences Heidegger strove to warn us in key talks given after 1930. This way of thinking, led by the efficient techniques and logistics of the markets, binds us into pseudo-proximity with things and with others, among other symptoms that thrust us into a dark and dense night, blinding us to the world. We can witness this obscured world through some of the symptoms of our time. Examples are the reduction of humans to their lowest common denominator, the exodus of the gods, the devastation of the earth, the annihilation of the thing, in addition to modern techniques, whose essence has hardened into dispute, man provoking nature. It is thanks to Heidegger\'s warnings which we ourselves have also witnessed, that we decided to present some ideas that could steer teaching, in its anxiety to place some counterpoints to today\'s imperatives. We are aware of the limits of this project in accordance with Heidegger\'s views on the limits of our performance in relation to metaphysics, and propose some minor solutions that arose in the attempt to redeem the vigor of a thinking process developed in the space between to be and to think, of \"leading forth\" (ex-ducere) being in the direction of self-knowledge and to return to a relationship with what is real, based on poiesis. In other words, through a language and through action involving bringing to light what is realized by the essence of truth, understood as being the freedom to cease being the being. It is in this very environment of poiesis that man\'s thoughts and actions can deconstruct the manner of revealing the being of the beings, dominated by a thought whose configuration (Gestell) submits such things to that trinity of exploration, production, and consumption. The environment of poesis in Heidegger was inspired by the poet Hölderlin and it is with him that the possibility of another relationship with reality is born, one whose ontological models exercise a counterpoint to this configuration. These models are part of what Heidegger defines as the \"quadrinity\", formed by the reflection of three different aspects of the being: earth, heaven, the gods, and mortals.
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Idéias para uma pedagogia da desconstrução: desdobramentos da ontologia de Martin Heidegger / Ideas to a pedagogy of deconstruction: deployment of Martin Heidegger ontology

Marcos Oreste Colpo 19 June 2007 (has links)
A presente tese tem por finalidade propor algumas idéias que possam sustentar o que denominamos \"Pedagogia de Desconstrução\", idéias estas desdobradas com base na ontologia fundamental de Martin Heidegger, publicada em 1927 (Ser e tempo) e das publicações realizadas a partir de 1930, que marcaram a virada (die Kehre) do seu pensamento. O sentido da palavra desconstrução (Ab-Bau) ou destruição (Detruktion) em Heidegger está associado à identificação de um modo de pensar característico do ocidente, denominado pensamento metafísico, que se estabeleceu a partir de Platão. Tal modo de pensar consolida-se por meio de uma interpretação objetivada do ser dos entes (Vorhandenheit), cujos desdobramentos fizeram com que a metafísica esquecesse o fenômeno do mundo, permanecendo presa ao modelo do ver teorético. O sentido da desconstrução alinha-se com a tentativa de recuperar a diferença ontológica entre ser e ente, portanto, desconstruir o modo objetivado de alocar o ser dos entes, meditar sobre o sentido do ser e re-visitar (An-denken) o pensamento metafísico, desvelando aquilo que não foi pensado pela educação a partir destas determinações metafísicas. O modo de pensar metafísico chega à plenitude de suas possibilidades em nossa época atual, séculos 20 e 21, exercida por dois fenômenos que são: a ciência e a técnica moderna, que vem impor um modo de ser e pensar sobre cujas conseqüências Heidegger procurou nos alertar quanto às suas conseqüências nas significativas conferências realizadas após 1930. Tal modo de pensar, instrumentado pela eficiência da técnica e da logística dos mercados, nos enreda numa pseudoproximidade com as coisas e com os outros, entre outros sintomas que nos fazem adentrar numa noite escura e densa, obscurecendo-nos o mundo. Podemos testemunhar este mundo obscurecido por meio de alguns sintomas de nossa época atual, como a massificação dos homens, da fuga dos deuses, a devastação da terra, a aniquilação da coisa, bem como pela técnica moderna cuja essência consolida-se como uma contenda, uma provocação do homem em relação à natureza. É diante destes alertas demonstrados por Heidegger e testemunhados por nós que pensamos em propor algumas idéias que possam orientar uma pedagogia, preocupada em exercer alguns contrapontos aos imperativos de nossa época atual. Conscientes dos limites deste projeto em consonância com os entendimentos de Heidegger sobre os limites de nosso empenho em relação à metafísica, estamos propondo algumas pequenas saídas que se consolidam na tentativa de resgatar o vigor de um pensar que se realiza na unidade entre ser e pensar, de \"conduzir\" (ex-ducere) o ser-aí em direção ao conhecimento de si mesmo e de voltar-se para uma relação com o real pautada pela poiésis, ou seja, por uma linguagem e por um fazer que envolve levar à luz o que se apresenta realizado pela essência da verdade, compreendida como sendo a liberdade de deixar ser o ente. É neste âmbito da poiésis que o pensamento e os afazeres dos homens podem desconstruir o modo de desvelar o ser dos entes, dominado por um pensamento cuja armação (Gestell) submete as coisas à tríade: exploração, produção e consumo. O âmbito da poiésis em Heidegger inspira-se no poeta Hölderlin e com ele gesta-se a possibilidade de um outro modo de relação com o real, cujos modelos ônticos exercem um contraponto à armação, modelos estes inscritos no que Heidegger denomina por quadrindade, constituída pelo espelhamento entre os diferentes envios do ser: a terra; e o céu; os divinos e os mortais. / The aim of this thesis is to propose some ideas supporting what we refer to as \"Deconstruction Teaching\", arising from Martin Heidegger\'s 1927 work on basic ontology (Being and Time) and other publications as of 1930, marking the turning point (die Kehre) in his thinking. For Heidegger, the meaning of the term deconstruction (Ab-Bau) or destruction (Detruktion) is associated with a characteristic Western manner of thinking, known as metaphysical thinking, a concept originally identified by Plato. This manner of thinking is reinforced through the objective interpretation of the being of being (Vorhandenheit), an approach whereby metaphysics ignores the world phenomenon, and remaines mired in the theoretical view model. The meaning of deconstruction becomes aligned with the attempt to recover the ontological difference between being and the being and, thus, deconstructs the objective interpretation of allocating the being of the beings, to meditate on the meaning of the being and revisiting (An-denken) metaphysical thought, in order to reveal that which was not considered by education based on these metaphysical conclusions. The manner of metaphysical thinking reached the peak of its capacity in our own times, the twentieth and twenty-first centuries. It was exercised by two phenomena, science and modern techniques, which themselves imposed a way of being and of thinking of whose consequences Heidegger strove to warn us in key talks given after 1930. This way of thinking, led by the efficient techniques and logistics of the markets, binds us into pseudo-proximity with things and with others, among other symptoms that thrust us into a dark and dense night, blinding us to the world. We can witness this obscured world through some of the symptoms of our time. Examples are the reduction of humans to their lowest common denominator, the exodus of the gods, the devastation of the earth, the annihilation of the thing, in addition to modern techniques, whose essence has hardened into dispute, man provoking nature. It is thanks to Heidegger\'s warnings which we ourselves have also witnessed, that we decided to present some ideas that could steer teaching, in its anxiety to place some counterpoints to today\'s imperatives. We are aware of the limits of this project in accordance with Heidegger\'s views on the limits of our performance in relation to metaphysics, and propose some minor solutions that arose in the attempt to redeem the vigor of a thinking process developed in the space between to be and to think, of \"leading forth\" (ex-ducere) being in the direction of self-knowledge and to return to a relationship with what is real, based on poiesis. In other words, through a language and through action involving bringing to light what is realized by the essence of truth, understood as being the freedom to cease being the being. It is in this very environment of poiesis that man\'s thoughts and actions can deconstruct the manner of revealing the being of the beings, dominated by a thought whose configuration (Gestell) submits such things to that trinity of exploration, production, and consumption. The environment of poesis in Heidegger was inspired by the poet Hölderlin and it is with him that the possibility of another relationship with reality is born, one whose ontological models exercise a counterpoint to this configuration. These models are part of what Heidegger defines as the \"quadrinity\", formed by the reflection of three different aspects of the being: earth, heaven, the gods, and mortals.
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Criação e cosmologia na Summa contra Gentiles de Tomás de Aquino / Creation and cosmology in Summa contra Gentiles of Thomas Aquinas

Santos, Evaniel Brás dos, 1984- 23 August 2018 (has links)
Orientador: Márcio Augusto Damin Custódio / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-23T07:21:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Santos_EvanielBrasdos_M.pdf: 1468909 bytes, checksum: e86d693216376464f306ca34e7ed2e3e (MD5) Previous issue date: 2013 / Resumo: Esta dissertação tem por escopo expor como Tomás sustenta que a criação é passível de demonstração filosófica na Summa contra gentiles, livro II, capítulos 6; 15-22; 52-55. Para tanto, explicitarei que Tomás procede do seguinte modo: primeiro, estabelece um novo sentido para a noção de substância na SCG, II, 53-55, esta que, por sua vez, difere daquela que Tomás leu nos textos de Aristóteles, qual seja, a substância se constitui de matéria e forma. Nesse sentido, para demonstrar filosoficamente que a substância, além de gerada, também é criada, Tomás estabelece um novo componente na constituição da substância, além dos dois acima mencionados, a saber: o ato de ser. Segundo, analisarei como Tomás postula que esses componentes são realmente distintos na SCG, II, 52. Terceiro, investigarei porque esses componentes por serem distintos, todavia unidos numa relação, devem ser efeitos de uma causa eficiente. A partir desses três modos de investigação, a operação da causa eficiente tratada na SCG, II, 6; 15, e, ademais, o surgimento do efeito sustentado na SCG, II, 16-22, designa-se de criação / Abstract: This dissertation addresses how Thomas Aquinas holds that creation is philosophically demonstrable in his Summa contra gentiles, book II, chapters 6; 15-22; 52-55. In order to do so, it will be argued that Aquinas does it as follows: first, he establishes a new sense to the notion of substance in SCG, II, 53-55, which, in its own turn, differs from the one Aquinas could read in Aristotle's texts, i.e., that substance is composed by form and matter. In this sense, in order to philosophically demonstrate that the substance, besides being generated, is also created, Aquinas assumes a new feature in substance constitution, which is different from the two previously mentioned, namely, the act of being. Then I shall analyze how Aquinas postulates that those components are really distinct in SCG, II, 52. Third, it will be investigated why those components, for they are distinct although merged in a relation, should be the effect of an efficient cause. Having accomplished these three modes of inquiry, the operation of the efficient cause addressed at SCG, II, 6; 15, and also, the appearance of effect held in SCG, II, 16-22, is named creation / Mestrado / Filosofia / Mestre em Filosofia
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Uma análise conceitual da relação entre psique e corpo em Agostinho : os rudimentos do problema mente-corpo

Lima, Ricardo Pereira Santos 26 August 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The aim of this thesis is (i) to demonstrate how Augustine understands and employs the concepts of body and mental life, so that then we would like (ii) to present some interpretative proposals concerning the relation between body and mental life (or psyche) in Augustine s tought. In the first section of this thesis, we will analyse the semantic-conceptual meanings of the Augustinian terminology to the many aspects of the human mental life. We will look over how Augustine employs and signifies the terms anima, animus, spiritus, mens, ratio, intellectus and intelligentia. In the second section, we will analyse the way that Augustine understands the human body, approaching theological, moral, ontological and anthropological aspects of this concept. In the third and last section, we will present three interpretative proposals that agree on how Augustine understands the psyche, the body, and their relationship. The two first proposals are very known and reputable by commentators (the substance dualism and the monistic idealism), whereas the third proposal represents our hypothesis and interpretative view, which is the psychosomatism. We conclude that, as from the way psyche, body and relationships are understood by Augustine, it is plausible to think of the mind-body relationships within the psychosomatic paradigm. / Pretendemos, neste trabalho, (i) demonstrar o modo como Agostinho compreende e emprega os conceitos de corpo e vida mental, para que, em seguida, possamos (ii) apresentar propostas de interpretação da filosofia agostiniana no que diz respeito à relação entre corpo e vida mental (ou psique). Na primeira parte desta dissertação, trabalharemos com a análise semântico-conceitual da terminologia agostiniana correspondente à vida mental humana. Com efeito, examinaremos o emprego e significado dos termos anima, animus, spiritus, mens, ratio, intellectus e intelligentia. Na segunda parte, faremos uma análise do modo como Agostinho compreende o corpo humano. Abordaremos aspectos teológicos, morais, ontológicos e antropológicos do conceito. Na terceira e última parte, apresentaremos três propostas de interpretação do pensamento agostiniano que concordam com o modo como Agostinho compreende a psique, o corpo, e sua relação. As duas primeiras propostas interpretativas são reconhecidas e consideradas pelos comentadores (o dualismo de substâncias e o monismo idealista), ao passo que a terceira representa a nossa hipótese de interpretação, o psicossomatismo. Concluimos que, a partir do modo como Agostinho compreende psique, corpo e suas relações, é possível pensar as relações mente-corpo no interior do paradigma psicossomático. / Mestre em Filosofia
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Itinerários cruzados: os caminhos da contemporaneidade filosófica francesa nas obras de Jean-Paul Sartre e Michel Foucault

Yazbek, André Constantino 30 June 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T17:27:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Andre Constantino Yazbek.pdf: 1846038 bytes, checksum: 4879975cb6a894c46e8361976cd9e195 (MD5) Previous issue date: 2008-06-30 / École Normale Supérieure / In the French scenery of the 1960s and 1970s decades, Foucault is one of the most expressive persons to criticize the philosophical modernity . Since his complementary thesis on Kant´s Anthropology (1961), sustained mainly on the reinstatement of the Nietzschean démarche, the author will consider urgent the task of putting a full stop to the proliferation of the questions about the man . Jean-Paul Sartre in his turn seems to represent at that time the antithesis of the Foucaultian project: his Critique of Dialectical Reason inaugurates the 1960s decade with an effort to reinstate the dialecticity of the subject itself, considering it as an irreducible element to the intelligibility of history. Thus, acknowledging dialectics as the living logic of action , Sartre intends that the man and his action be rediscovered in the core of marxism itself and the Sartrean ontology which started with Being and Nothingness (1943) is submitted to the need of establishing the foundations of an anthropology in the field of the individual´s practical historialization . Starting from the antagonism represented by the concurrent projects of Jean-Paul Sartre and Michel Foucault in the context of the sixties , this work intends to revisit the trajectory of both authors in order to outline the choices and dilemmas (political and theoretical) of two different generations of French contemporary philosophy. To the resolute Sartrean humanism with its indelible centrality of subject will correspond Foucault´s attitude of equal resolute antihumanism . Thus, Sartre´s existentialism translated by Foucault as a methaphysics of subjectiveness will find its most incisive challenge in the Foucaultian theme of the death of man place of convergence of a generation which could be called (not without mistakes) of post-existentialist / No panorama francês das décadas de 1960 e 1970, Foucault é um das figuras mais representativas da crítica à modernidade filosófica . Desde sua tese complementar sobre a Antropologia de Kant (1961), apoiando-se sobretudo na recuperação da démarche nietzschiana, o autor há de considerar urgente a tarefa de colocar um ponto final na proliferação da interrogação sobre o homem . Jean-Paul Sartre, por seu turno, parece representar à época a antítese do projeto foucaultiano: sua Crítica da razão dialética inaugura a década de 1960 com um esforço de recuperação da dialeticidade do próprio sujeito , tomando-o como elemento irredutível para a inteligibilidade da história. Assim, reconhecendo a dialética como a lógica viva da ação , Sartre pretende que o homem e seu agir sejam redescobertos no próprio cerne do marxismo e a ontologia sartriana, cuja base remonta a O ser e o nada (1943), se vê remetida à necessidade de fundamentação de uma antropologia no âmbito da historialização prática do indivíduo. Partindo do antagonismo representado pelos projetos concorrentes de Jean-Paul Sartre e Michel Foucault no horizonte dos sixties , este trabalho pretende revisitar a trajetória dos dois autores a fim de delinear as opções e os dilemas (teóricos e políticos) de duas gerações distintas da filosofia contemporânea francesa. Ao decido humanismo sartriano com sua indelével centralidade do sujeito corresponderá uma atitude de não menos decidido anti-humanismo por parte de Foucault. Nesta medida, o existencialismo de Sartre, traduzido por Foucault em termos de uma metafísica da subjetividade , encontrará seu desafio mais incisivo no tema foucaultiano da morte do homem lugar de convergência de uma geração que se poderia chamar (não sem equívocos) de pós-existencialista

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