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Morbidade hospitalar materno-infantil Yanomami, Brasil (2008-2012)Raquel Voges Caldart 29 April 2014 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este estudo teve como objetivo levantar as causas de morbidade hospitalar da população materno-infantil Yanomami, residente nos estados de Roraima e Amazonas, no período de 2008-2012. As causas de hospitalização foram pesquisadas nas Autorizações de Internação Hospitalar e Documentos de Registro de Internação Hospitalares de dois hospitais públicos da cidade de Boa Vista/RR, o Hospital da Criança Santo Antônio e o Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth, referencias para a população sob responsabilidade sanitária do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami. Foram localizados 1023 registros de crianças e 332 registros de internação obstétrica nos arquivos dos referidos hospitais. As principais causas de hospitalização infantil, segundo a Classificação Internacional de Doenças foram: doenças do aparelho respiratório (53,9%); doenças infecciosas e parasitárias (19,5%); e doenças nutricionais (12,1%), caracterizando hospitalizações por condições sensíveis à atenção primária. Os menores de um ano foram responsáveis pelo maior número de internações e pelas maiores taxas de mortalidade hospitalar e ao longo dos cinco anos pesquisados observou-se um aumento das internações por doenças do aparelho respiratório. Entre as internações obstétricas predominaram as hospitalizações por assistência ao parto (51,5%); seguida das intercorrências clínicas na gravidez (32,8%); aborto (11,4%) e intercorrências clínicas no puerpério (4,2%). A maioria dos partos realizados foram partos espontâneos, no entanto, a taxa de parto cesáreo foi superior a preconizada pela Organização Mundial de Saúde. Predominaram as internações das mulheres entre 15 e 35 anos de idade, não foi observado registro de óbito materno no período do estudo. A análise das hospitalizações por regiões da Terra Indígena Yanomami demostra perfis diferentes e situações complexas para as regiões com os menores coeficientes de internação, relacionadas à dificuldade de acesso aos serviços de saúde. / The aim of this study was to identify the causes of morbidity in maternal and child Yanomami population, from Amazonia, Brazil, in the period 2008-2012. The causes of hospitalization were investigated in two public hospitals located in Boa Vista, Roraima, Brazil: Hospital da Criança Santo Antônio and Hospital Materno-Infantil Nossa Senhora de Nazareth, both hospitals are the only references to the population under health responsibility of the Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami. It was identified 1023 records regarding to children hospitalization and 332 records regarding obstetric hospitalization. The main causes of hospitalization among children, according to the International Classification of Diseases were: respiratory diseases (53,9%); infectious and parasitic diseases (19,5%); and nutritional diseases (12,1%), this profile of hospitalization causes is in accordance with poor health conditions. Children under one year old were responsible for the highest number of hospitalizations and the highest rates of hospital mortality. During the five years surveyed observed an increase in hospitalizations for respiratory diseases. Among obstetric admissions predominated hospitalizations for childbirth care (51,5%); followed by clinical complications during pregnancy (32,8%); abortion (11,4%) and clinical events after delivery (4,2%). Most deliveries were vaginal deliveries, however, the rate of cesarean section was higher than recommended by the World Health Organization. Women between 15-35 years old were responsible for the highest number of obstetric hospitalization, no record of maternal death was observed during the five years of survey. The analysis of hospitalizations in the different regions of Yanomami Territory demonstrated different profiles and complex situations in the regions with lower rates of hospitalization related to poor access to health services.
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Estudo descritivo de série histórica da coqueluche no Brasil no período de 2006 a 2013 / Descriptive study of historical series of pertussis in Brazil,from 2006 to 2013Ligia Castellon Figueiredo Gryninger 13 April 2016 (has links)
A coqueluche vem reemergindo enquanto importante problema de saúde pública em vários países do mundo, apesar das altas coberturas vacinais na infância. O objetivo geral deste estudo foi avaliar a morbimortalidade da coqueluche no Brasil e os objetivos específicos foram: estimar as taxas de mortalidade, incidência e letalidade anuais, geral e por faixa etária, por unidade da federação e regiões do país; caracterizar a sazonalidade da doença; estimar as taxas de hospitalização anuais por faixa etária e verificar as características clínicas, histórico de contato e vacinação prévia dos casos notificados da doença. Métodos: estudo descritivo, baseado nos casos de coqueluche notificados ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), de 2006 a 2013. Os resultados mostraram aumento nas taxas de incidência de coqueluche no Brasil, a partir de 2011. Em 2013, foram confirmados 6.523 casos de coqueluche no país, três vezes o número de casos confirmados em 2011, com incidência geral de 3,24 /100.000 habitantes e incidência em menores de um ano de 125,82/100.000 habitantes, as maiores durante o período estudado. As crianças menores de um ano foram as mais acometidas pela doença em todas as macrorregiões. Em 2013, todas as regiões, exceto a região sul, apresentaram suas maiores taxas de incidência geral, com destaque para as regiões sudeste e centro-oeste com 4,0 e 3,1 por 100.000 habitantes, respectivamente. As maiores taxas de letalidade foram observadas na faixa etária menor de dois meses de idade, variando de 4,0% (2008) a 9,5% (2010). As taxas de letalidade foram maiores em crianças menores de seis meses em todas as regiões, sendo as regiões nordeste e sudeste as que apresentaram maiores taxas ao longo dos anos, exceto em 2013, quando o centro-oeste superou o nordeste. Houve predomínio dos casos nos meses mais quentes, entre novembro e março. A maioria das hospitalizações ocorreu na faixa etária de menores de um ano, principalmente em menores de quatro meses, cuja frequência de hospitalização ficou em torno de 75%. A tosse e o paroxismo foram os sintomas mais frequentes, independente da faixa etária, e a cianose foi importante sintoma nos menores de dois meses, com uma frequência de 80% nos casos confirmados desta faixa etária. A complicação mais comum foi pneumonia (13,93%), principalmente na faixa etária menor de dois meses, com frequência de 27,5%. O critério mais utilizado para diagnóstico de coqueluche foi o clínico, seguido pelo laboratorial que aumentou a partir de 2011, ano em que foi responsável por 49,9% dos diagnósticos. A maioria dos casos confirmados (51%) não relatou contato prévio com casos suspeitos ou confirmados de coqueluche, no entanto quando presente, a maioria dos contatos ocorreu no domicílio (70,6%). Os resultados mostraram aumento dos casos de coqueluche no Brasil, a partir de 2011, com as maiores taxas de incidência, hospitalizações, complicações e letalidade na faixa etária de menores de um ano / Pertussis has reemerged as important public health problem in many countries, despite the high childhood vaccination coverage. The general aim of this study was to evaluate the morbimortality of pertussis in Brazil, and the specific objectives were: estimate the annual mortality, incidence and case-fatality rates, general and by age group, by federative units and country\'s regions; evaluate the disease seasonality; estimate the annual hospitalization rates by age group and verify the clinical characteristics, contact history and the previous vaccination status of the reported pertussis cases. Methods: Descriptive study, based on the pertussis cases reported to the Notifiable Diseases Information System (SINAN), from 2006 to 2013. In 2013, there were 6.523 confirmed pertussis cases in the country, three times the number of confirmed cases in 2011, with general incidence of 3.24/100,000 inhabitants, and incidence in children under one year of age of 125.82/100,000 inhabitants, the highest during the study period. Pertussis incidence rates were higher in children under one year old in all macroregions during the study. In 2013, higher general incidence rates were observed in all regions, except the south, particularly the southwest and Midwest with 4.0 and 3.1 per 100,000 inhabitants, respectively. The highest case-fatality rates were observed in infants under two months of age, varying from 4.0% (2008) to 9.5% (2010). Case-fatality rates were higher in children under six months in all regions; the northeast and southeast had the highest rates throughout the studied years, except in 2013, when the Midwest surpassed the northeast. More cases were reported in the warmer months, between November and March. Most hospitalizations occurred in the age group of children under one year old, mainly those under four months, for whom hospitalization rates were close to 75%. Cough and paroxysm were the most frequently symptoms, regardless of age, and cyanosis was important in children under two months, occurring in 80% of confirmed cases in this age group. The most common complication was pneumonia (13.93%), mainly in children under two months of age (27.5%). Clinical criteria were most frequent used for diagnosis, followed by laboratory, which increased since 2011, when 49.9% of cases had laboratory-confirmed diagnosis. Most confirmed cases (51%) had no recognized previous contact with pertussis cases. Among those with recognized previous contact, it mostly occurred at residence (70.6%).The results showed an increase in pertussis cases in Brazil, since 2011, with the highest incidence and lethality rates in children under one year of age
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Fatores de morbidade peroperatória relacionados a diferentes técnicas de hemisferectomia: análise de 30 pacientes / -Antonio Nogueira de Almeida 03 June 2005 (has links)
Introdução. As hemisferectomias são cirurgias utilizadas há décadas para se tratar epilepsias refratárias à medicação anticonvulsivante. Embora o controle das crises seja satisfatório, a morbidade, per e pós-operatória, ainda é considerada um importante fator limitante à sua utilização. Dessa maneira, compreender as complicações mais comuns do procedimento, e os fatores que as influenciam, é essencial para se estabelecer o melhor uso para a técnica. Métodos. Foram coletados dados de 30 pacientes, operados por seis cirurgiões no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no período entre 1980 e 2003. Foram realizadas 11 hemisferectomias com a abordagem de Rasmussen, três hemisferectomias anatômicas, nove hemisferectomias funcionais extraventriculares e sete hemisferotomias. Foram estudados cinco grupo de pacientes de acordo com a fisiopatologia da doença de base: Dezesseis pacientes eram portadores de Síndrome de Rasmussen, dois da Síndrome de Sturge-Weber, quatro de malformações corticais, dois de lesões sequelares e seis de cistos porencefálicos. Os fatores de morbidade foram avaliados dentro de rês perspectivas: 1- da doença de base; 2- da técnica utilizada; e 3- do fator humano. Resultados. Nossos dados mostraram ausência de diferença estatisticamente significativa entre as técnicas cirúrgicas empregadas nos itens: tempo cirúrgico; tempo de internação na unidade de terapia intensiva; queda da hemoglobina; volume de hemoderivados transfundidos e febre no pós-operatório. Presença de leucograma acima de 15.000 leucócitos/mm3 no pós-operatório imediato foi associada a estadias mais longas na unidade de terapia intensiva A média diária de temperatura dos pacientes, mostrou temperaturas acima de 38º C entre o terceiro e sexto dia pós-operatório. Pacientes com hemimegalencefalia apresentaram temperaturas mais elevadas quando comparados com os portadores de cistos porencefálicos. Doenças com maior manto cortical contribuíram para aumentar o tempo cirúrgico, embora o fator humano tenha sido decisivo nesse item. Ao comparar nossos achados com os da literatura, vimos que os pacientes submetidos à hemisferectomia anatômica apresentaram no pós-operatório temperaturas mais elevadas e reação inflamatória liquórica mais intensa que os submetidos a técnicas de desconexão hemisférica, no entanto, a importância desse dado necessita ser estabelecida. Conclusões: O principal fator de morbidade nas hemisferectomias é a doença de base, assim, os dados presentes na literatura, incluindo nossa casuística, não nos permite concluir que uma técnica seja superior à outra ou que as técnicas desconectivas sejam melhores que as ressectivas / Hemispherectomy has been the treatment of choice in some sorts of refractory epilepsies for decades. Although surgery results in satisfactory control of seizures, its morbidity remains a major concern. Thus, understanding most common complications, as well as the factors that contribute to it, becomes an essential step to learn the limits on technique applications. Methods. Hospital charts from 30 patients operated on by six different surgeons at the Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo from 1980 to 2003 were reviewed. Eleven functional hemispherectomies using Rasmussen approach, three anatomical hemispherectomies, nine extraventricular functional hemispherectomies, and seven hemispherotomies were included in this study. Sixteen patients presented with Rasmussen Syndrome, two Sturge-Weber Syndrome, four cortical malformations, two hemispheric lesions, and six porencephalic cysts. Morbidity was evaluated from three different perspectives 1- background disease, 2- employed technique, and 3- human factor. Results: our data presented no statistical difference among the employed techniques regarding 1- surgical time, 2- intensive care unit time, 3- per and postoperative fall of hemoglobin, 4- blood transfusion volume, and 5- postoperative axilar temperature variation. Patients that presented over 15,000 leucocytes per mm3 stayed longer at the intensive care unit, regardless of the surgical technique employed. Daily average temperatures varied around 38 degrees Celsius from the third to the sixth postoperative day. Patients with hemimegalencephaly had higher postoperative axilar temperatures when compared to those with porencephaly. Thicker cortical mantle contributed to increase surgical time, though human factor also showed to be important in this item. Comparing data from this study and the literature disclosed that patients undergoing anatomical hemispherectomies presented an inflammatory response in the cerebrospinal fluid more evident than those submitted to cerebral disconnection, although the importance of this finding is still elusive. Conclusions: The main factors of morbidity in the hemispherectomy are the background disease and patient\'s peculiarities, therefore, it is not reasonable to infer that there is a superior technique or that hemisphere disconnection is better than removal
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Estudo dos polimorfismos das paraoxonases 1 e 2 em pacientes portadores de imunodeficiência comum variável e avaliação do potencial de peroxidação lipídica / Study of the polymorphisms of paraoxonases 1 and 2 in patients with Common variable immunodeficiency and evaluation of lipid peroxidation potentialBruno Carnevale Sini 04 June 2013 (has links)
INTRODUÇÃO. Os genes da família paraoxonase (PON1, PON2 e PON3) apresentam grande homologia estrutural. PON1 está associada à molécula de HDL e possui funções fisiológicas, sendo a principal a de lactonase. PON1 também pode proteger as moléculas de LDL de modificações oxidativas. Embora o papel biológico mais conhecido das paraoxonases seja a prevenção da aterosclerose, elas também atuam sobre o estresse oxidativo envolvido na patogênese de outras condições como doenças inflamatórias, infecções e neoplasias. Toda a família PON parece estar implicada no desenvolvimento de linfomas. O polimorfismo L55M de PON1 foi relacionado a um maior risco para linfomas em indivíduos da população geral, enquanto PON3 e PON2 foram relacionadas à sobrevida de células tumorais. A Imunodeficiencia comum variável (ICV) é uma doença heterogênea caracterizada pela redução dos niveis de IgG, IgA e/ou IgM e da função de anticorpo. As manifestações clínicas incluem a presença de infecções recorrentes ou crônicas, doenças inflamatórias/autoimunes e incidência aumentada de malignidades como linfomas não-Hodgkin (LNH) e câncer gástrico. OBJETIVO: estudar os polimorfismos de PON1 e PON2 bem como a atividade arilesterase de PON1 e sua relação com o perfil lipídico, morbidade, mortalidade e presença de fatores de risco para linfoma LNH em pacientes com ICV. MÉTODOS/RESULTADOS: Foram avaliadas as frequências alélicas dos polimorfismos de PON1 e PON2, o perfil lipídico e a atividade arilesterase da PON1 em 63 pacientes com ICV e 130 controles saudáveis. No grupo de pacientes foi analisada a presença de fatores de risco para LNH e parâmetros de morbidade e gravidade da doença. O polimorfismo Q192R da PON1 e os polimorfismos de PON2 (S311C e A148G) não diferiram entre os grupos e não apresentaram relação com os parâmetros analisados. O genótipo 55MM e o alelo 55M foram mais frequentes no grupo ICV em relação ao grupo controle. A atividade arilesterase foi similar em pacientes e controles apresentando correlação positiva com os níveis de HDL. Pacientes com o genótipo 55MM apresentaram menor atividade de PON1 associada a maior morbidade da doença representada pela maior frequência de infecções de vias aéreas e maior taxa de internações. O genótipo 55MM também apresentou relação com a presença de fatores de risco para LNH como hiperplasia nodular linfoide (HNL) e linfonodomegalias. Por outro lado, a análise dos alelos demonstrou que a menor morbidade da doença foi associada à presença do alelo 55L, que apresentou relação com menor frequência de HNL e linfonodomegalia e menor ocorrência de óbitos. O alelo 55M apresentou relação com história familiar de imunodeficiências e neoplasias hematológicas. CONCLUSÃO: Este constitui o primeiro relato demonstrando maior frequência do genótipo 55MM e do alelo 55M em pacientes com ICV. Nossos resultados são sugestivos de que a presença do alelo 55L possa estar associado a um melhor prognóstico da doença. Inversamente, sugerem que pacientes com o genótipo 55MM apresentem maior morbidade e, possivelmente, maior risco para LNH / INTRO: The paraoxonase gene family (PON1, PON2 and PON3) has great structural homology. PON1 is associated with the HDL molecule and possess many physiological roles, the major one being of a lactonase. PON1 also protects LDL molecules against oxidative modifications. Although the best known biological role of PONs is the prevention of atherosclerosis, they also act on the oxidative stress involved in the pathogenesis of different conditions such as inflammatory diseases, infections and malignancies. The whole PON family appears to be implicated in the development of lymphomas. The L55M polymorphism of PON1 was related with a higher risk for lymphoma in the general population while PON3 and PON2 were related to survival of tumor cells. The Common Variable Immunodeficiency (ICV) is a heterogeneous disease characterized by reduced levels of IgG, IgA and/or IgM and antibody function. Clinical manifestations include the presence of chronic or recurrent infections, inflammatory/autoimmune diseases and increased incidence of malignancies such as non-Hodgkin lymphoma (NHL) and gastric cancer. OBJECTIVE: to study the PON1 and PON2 polymorphisms and the arylesterase activity of PON1 and its correlation with the lipid profile, morbidity, mortality and the presence of risk factors for NHL in CVID patients. METHODS/RESULTS: We evaluated the allele frequencies of polymorphisms of PON1 and PON2, lipid profile and arylesterase activity of PON1 in 63 patients with CVID and 130 healthy controls. In the group of patients we analyzed the presence of risk factors for NHL and parameters of morbidity and disease severity. The Q192R polymorphism of the PON1 and PON2 polymorphisms (A148G and S311C) did not differ between groups and did not correlate with the parameters analyzed. The 55MM genotype and the 55M allele were more frequent in the CVID group than in control group. The arylesterase activity was similar in patients and controls showing a positive correlation with HDL levels. Patients with genotype 55MM had lower PON1 activity, associated with increased morbidity of the disease represented by the higher frequency of respiratory infections and a higher rate of hospitalization. The 55MM genotype also was correlated with the presence of risk factors for NHL, such as lymphoid nodular hyperplasia (HNL) and lymphadenopathy. Moreover, analysis of the alleles showed that less morbidity of the disease was associated with the presence of the allele 55L, which was correlated with a lower frequency of HNL and lymphadenopathies and fewer deaths. The 55M allele was correlated with a family history of immunodeficiency and hematological malignancies. CONCLUSION: This is the first report showing a greater frequency of 55MM genotype and 55M allele in patients with CVID. Our results suggest that the presence of 55L allele may be associated with a better prognosis. Conversely, these results suggest that patients with the 55MM genotype show higher morbidity and, possibly, higher risk for NHL
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Estimativa da concentração de material particulado inalável (PM10) através de variáveis meteorológicas e seus efeitos na saúde em áreas urbanas brasileiras / Estimating on concentration of inalate particulate material (PM10) by meteorological variables and your effects on health in brazilians urbans áreasGildeoni Prioli 15 December 2016 (has links)
Introdução: No Brasil, a poluição do ar tem se mostrado como problema de saúde pública nesses 30 anos e assim existem áreas onde encontramos redes de monitoramento da qualidade do ar. Muito se sabe sobre o efeito dos poluentes atmosféricos na morbidade e mortalidade por doenças respiratórias e cardiovasculares em crianças e idosos. Estudos recentes de vários autores sugerem que a visibilidade seja utilizada como indicador de poluição. Objetivo: Desenvolver indicador da concentração de MP10, a partir de variáveis meteorológicas, e aplicar em estudos de epidemiologia, verificando os efeitos das partículas inaláveis na saúde, em áreas desprovidas de sistemas de monitoramento de poluição do ar. Método: Este é um estudo ecológico de séries temporais. Foram obtidas. Informações sobre dados meteorológicos (temperatura, umidade relativa, visibilidade, temperatura de ponto de orvalho) junto a Companhia de Infra-Estrutura Aero-portuária (INFRAERO) para as cidades de São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto, Bauru, Presidente Prudente e Curitiba. Dados diários de MP10 foram obtidos junto a Companhia de Saneamento e Técnologia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). O número diário de internações hospitalares por doenças respiratórias (CID 10ª: 519-620, CID 10ª: J00 a J99), em crianças até 5 anos e idosos com 65 anos ou mais, e internações hospitalares por doenças cardiovasculares (CID 10ª: 329-429, CID 10ª: I00 a I99) em idosos com 65 anos ou mais, fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (DATASUS). Período de Estudo de Janeiro de 2009 a Dezembro de 2011. Foi construído indicador de MP10 a partir de modelo de regressão. Neste modelo o MP10 foi estimado a partir variáveis meteorológicas. A seguir utilizamos equação polinomial para estimar os efeitos na saúde do MP10 inalado, comparando, MP10 Medidos e o Indicador de MP10 Estimados em cidades brasileiras, utilizando como variável dependente, o número diário de internações hospitalares por doenças respiratórias e cardiovasculares em crianças e idosos. Os resultados foram expressos por aumento percentual do numero de internações e respectivos intervalos de confiança. Resultados: (1) Correlação de Pearson entre MP10 Medidos pela CETESB e o Indicador de MP10 Estimado para São Paulo (r²=0,56); Campinas (r=0,57); Ribeirão Preto (r=0,68); Bauru (r=0,73); Presidente Prudente (r=0,71); em Curitiba, não houve correlação, por falta de MP10 Medido para o período de estudo. Para todas as cidades: p<=0,01. (2) Internações por doenças respiratórias em crianças: Em São Paulo; observam-se efeitos agudos no dia da internação (Dia 0), prolongando até o primeiro (1º) dia após a exposição para o MP10 Medido pela CETESB e até o quarto (4º) dia após a exposição para o MP10 Estimado. Para 10,0 (dez) ?g/m3 de aumento no MP10 Medido observa-se aumento nas internações de 2,98 % (IC 95%: 1,22-4,78), e para o MP10 Estimado, de 1,67 % (IC 95%: 0,25-3,10). Em Curitiba observam-se efeitos agudos no dia da internação (Dia 0), prolongando até o terceiro (3º) dia após a exposição para o MP10 Estimado. Para 10,0 (dez) ?g/m3 de aumento no MP10 Estimado observa-se aumento nas internações de 2,27 % (IC 95%: 0,89-3,64). (3) Internações por doenças respiratórias em idosos: Em São Paulo; observam-se efeitos agudos no dia da internação (Dia 0), prolongando até o primeiro (1º) dia após a exposição para o MP10 Medido pela CETESB e até o terceiro (3º) dia após a exposição para o MP10 Estimado. Para 10,0 (dez) ?g/m3 de aumento no MP10 Medido, observa-se aumento nas internações de 1,00 % (IC 95%: 0,19-1,81), e para o MP10 Estimado, de 2,45 % (IC 95%: 1,13-2,45). Em Curitiba observam-se efeitos agudos no dia da internação (Dia 0), prolongando até o terceiro (3º) dia após a exposição para o MP10 Estimado. Para 10,0 (dez) ug/m3 de aumento no MP10 Estimado observa-se aumento nas internações de 2,20 % (IC 95%: 1,38-3,03). (4) Internações por doenças cardiovasculares em idosos: Em São Paulo; observam-se efeitos agudos no dia da internação (Dia 0), prolongando até o primeiro (1º) dia após a exposição para o MP10 Medido pela CETESB e até primeiro (1º) dia após a exposição para o MP10 Estimado. Para 10,0 (dez) ug/m3 de aumento no MP10 Medido, observa-se aumento nas internações de 1,63 % (IC 95%: 0,37-2,99), e para o MP10 Estimado, de 1,68 % (IC 95%: 0,65-2,73). Em Curitiba observam-se efeitos agudos no dia da internação (Dia 0), prolongando até o primeiro (1º) dia após a exposição para o MP10 Estimado. Para 10,0 (dez) ug/m3 de aumento no MP10 Estimado observa-se aumento nas internações de 2,13 % (IC 95%: 0,98-3,29). As estimativas dos efeitos na saúde para São Paulo foram semelhantes entre o MP10 Medido e MP10 Estimado, validando assim o Indicador de MP10 Estimado para a Cidade de São Paulo. Nas estimativas dos efeitos, utilizando o MP10 Estimado em Curitiba; e de modo menos semelhante em Campinas e Ribeirão Preto, porém com características similares as de São Paulo quanto á estrutura de defasagem. Em Baurú e Presidente Prudente as estimativas dos efeitos apresentaram padrão distinto das demais cidades na defasagem, talvez devido ao reduzido numero de internações hospitalares por doenças respiratórias e cardiovasculares. Conclusão: Este Modelo Indicador de MP10 Estimado para mensurar os efeitos na saúde da população se mostrou uma alternativa confiável para cidades desprovidas de monitoramento da qualidade do ar / Introduction: In Brazil, air pollution has been shown as a public health problem in these 30 years and so there are areas where we network monitoring air quality. Much is known about the effect of air pollution on morbidity and mortality from respiratory and cardiovascular diseases in children and the elderly. Recent studies by several authors suggest that the visibility is used as indicator of pollution. Objective: To develop indicator of the concentration of PM10 from meteorological variables, and apply epidemiology studies verifying the effects of inhalable particles on health, in areas devoid of monitoring systems in the air pollution. Methods: This is an ecological study of time series. Meteorological data were obtained (temperature, relative humidity, visibility, dew point temperature) from the \"Companhia de Infra-estrutura Aero-portuária\" (INFRAERO) to the cities of São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto, Bauru, Presidente Prudente and Curitiba. Daily data of PM10 were obtained from the Company of Environmental Technology and Sanitation, State of São Paulo (CETESB). The daily number of hospital admissions for respiratory diseases (ICD 10th: 519-620, ICD 10th: J00 to J99), in children under 5 years age and elderly of 65 years age or more, and hospital admissions for cardiovascular diseases (ICD 10th: 329- 429, ICD 10th: I00 to I99) in the elderly of 65 years age or more, provided by the Unified Health System (DATASUS). Period of study: January- 2009 to December-2011. It was built indicator of PM10 from the regression model. In this model the PM10 was estimated from Meteorological Variables. Then we use Polynomial Equation to estimate the effects of PM10 Measured and PM10 Estimated Indicators in the brazilians cities, using as a dependent variable the daily number of hospital admissions for respiratory and cardiovasculares diseases in children and elderly. The results were expressed as percentage increase in number of hospitalizations and confidence intervals. Results: (1) Pearson correlation between PM10 Measured by CETESB and the Indicators of PM10 Estimated to São Paulo (r = 0.56); Campinas (r = 0.57); Ribeirão Preto (r = 0.68); Bauru (r = 0.73); Presidente Prudente (r² = 0.71); in Curitiba, there was no correlation for lack of PM10 Measured for the same time. For all cities: p<=0,01. (2) Hospitalization for Respiratory diseases in children: In São Paulo; observed the acute effects on admission day (Day 0), extending until the first (1st) day after exposure to the PM10 Measured by CETESB and until the fourth (4th) day after exposure to the PM10 Estimated. To 10.0 (ten) ug/m³ increase in PM10 Measured, there is increase in admissions of 2.98% (95% CI: 1.22 to 4.78), and to the PM10 Estimated of 1.67% (95% CI: 0.25 to 3.10). In Curitiba are observed the acute effects on admission day (Day 0), extending until the third (3rd) day after exposure for the PM10 Estimated. To 10.0 (ten) ug/m³ increase to the PM10 Estimated observed increase in admissions of 2.27% (95% CI: 0.89 to 3.64). (3) Hospitalizations for Respiratory diseases in elderly: In São Paulo; observed the acute effects on admission day (Day 0), extending until the first (1st) day after exposure to the PM10 Measured by CETESB and until the third (3rd) day after exposure to the PM10 Estimated. To 10.0 (ten) ug/m³ increase in PM10 Measured, there is increase in admissions of 1.00% (95% CI: 0,19-1,81), and to the PM10 Estimated 2.45% (95% CI: 1.13 to 2.45). In Curitiba are observed the acute effects on admission day (Day 0), extending until the third (3rd) day after exposure to the PM10 Estimated. To 10.0 (ten) ug/m³ increase in PM10 Estimated observed increase in admissions of 2.20% (95% CI: 1.38 to 3.03). (4) Hospitalization for Cardiovascular disease in elderly: In São Paulo; observed the acute effects on admission day (Day 0), extending until the first (1st) day after exposure to the PM10 Measured by CETESB and until the first (1st) day after exposure to the PM10 Estimated. To 10.0 (ten) ug/m³ increase in PM10 Measured, there is increase in admissions of 1.63% (95% CI: 0.37 to 2.99), and to the PM10 Estimated of 1.68% (95 %: 0.65 to 2.73). In Curitiba are observed the acute effects on admission day (Day 0), extending until the first (1st) day after exposure for the PM10 Estimated. To 10.0 (ten) ug/m³ increase in PM10 Estimated observed increase in admissions of 2.13% (95% CI: 0.98 to 3.29). Estimating of health effects to São Paulo were similar between the PM10 Measured and the PM10 Estimated, thus validating the PM10 Estimated Indicator to the City of São Paulo. Estimates of the effect using the model PM10 Estimated to Curitiba and less similar in compare with Campinas and Ribeirão Preto showed similar characteristics in São Paulo for lag structure. In Bauru and Presidente Prudente estimating of the effects showed distinct pattern of other cities, perhaps due to the reduced number of hospital admissions for respiratory and cardiovascular.diseases. Conclusion: This Indicator PM10 Estimated to measure the effects on health of the population, proved to be a reliable alternative to cities devoid of monitoring air quality
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"Perfusão hipotérmica in situ versus exclusão vascular total do fígado para ressecções hepáticas complexas" / In situ hypothermic perfusion of the liver versus standard total vascular exclusion for complex liver resectionRony Eshkenazy 14 December 2005 (has links)
Os resultados sobre o tempo adequado da exclusão vascular total do fígado(EVTF) para a realização de hepatectomias continuam sendo discutidos. Dados favoráveis têm sido descritos, quando se associa a EVTF com a perfusão de solução hipotérmica, porém a comparação entre estas técnicas ainda não foi descrita. Este estudo tem como objetivo comparar os resultados da ressecção hepática com EVTF, realizada sob hipotermia(solução de preservação hipotérmica in situ), com aqueles obtidos quando se realiza esta ressecção com EVTF com tempo de isquemia menor que 60 minutos, e naqueles com tempo de isquemia maior ou igual a 60 minutos. Para tanto, foram analisados, como parâmetros, a função renal e hepática, morbidade, e mortalidade pós-operatórias nos três grupos mencionados,buscando-se determinar valores preditivos para indicação das técnicas. PACIENTES E MÉTODO. Foram estudados 81 pacientes submetidos à ressecção hepática. Estes pacientes foram divididos em três grupos. Trinta e quatro pacientes com EVTF menor do que 60 minutos (EVTF < 60), 19 pacientes com EVTF maior ou igual a 60 minutos (EVTF ≥ 60), e 28 pacientes nos quais a perfusão hipotérmica in situ (EVTFHIPOT) foi realizada. Os valores das transaminases hepáticas (ASAT e ALAT), Bilirrubinas totais, creatinina, e tempo de protrombina foram registrados. Também foram verificados os índices de morbidade e de mortalidade pós-operatórias nos três grupos. RESULTADOS. O valor máximo no pós-operatório das enzimas hepáticas - ASAT e ALAT foram significativamente menores (p < 0.05) no grupo EVTFHIPOT (535 + 361 U/L e 436 + 427 U/L), quando comparados aos outros grupos - EVTF<60(988 + 798 U/L; 844 + 733 U/L), EVTF>60 (1583 + 984 U/L; 1082 + 842 U/L). No grupo EVTFHIPOT, os valores máximos das bilirrubinas (6,5 + 2,5 mg/dl),creatinina (1,2 + 0,7 mg/dl), e o número de complicações por paciente (1,2 + 1) foram semelhantes aos do grupo EVTF<60 (5,5 + 7,8; 1,3 + 1; e 0,7 + 1 respectivamente), e significativamente menores que os do grupo EVTF > 60(12,8 + 11,8; 2,3 + 2,3, e 2,3 + 1,2). A mortalidade hospitalar foi de 1/34, 2/19 e 2/28 nos grupos EVTF < 60, EVTF > 60, e EVTFHIPOT, respectivamente,sem diferença estatística. CONCLUSÕES. Quando comparadas as técnicas clássicas de exclusão vascular do fígado,de qualquer duração, com aquela na qual se realizou a perfusão hipotérmica do fígado, conclui-se que, nesta última, os pacientes toleraram melhor a isquemia. Deve-se enfatizar que, na EVTF com hipotermia, existe melhor preservação da função hepática, melhor preservação da função renal, e menores índices de morbidade, quando comparada com a EVTF>60 sem hipotermia. Os fatores preditivos de EVTF por mais de 60 minutos auxiliam na adoção da opção pelo resfriamento hepático. / OBJECTIVE. To compare the results of liver resection performed under in situ hypothermic perfusion vs standard total vascular exclusion (TVE) of the liver < 60 minutes and ≥ 60 minutes in terms of liver tolerance, liver and renal functions, postoperative morbidity and mortality. SUMMARY BACGROUND DATA. The safe duration of TVE is still debated. Promising results have been reported following TVE associated with hypothermic perfusion of the liver with durations of up to several hours. The two techniques have not been compared so far. PATIENTS AND METHODS.The study population includes 81 consecutive liver resections under TVE < 60 minutes (group TVE < 60 , 34 patients), ≥ 60 minutes (group TVE ≥ 60, 19 patients) and in situ hypothermic perfusion (group TVEHYPOTH , 28 patients). Liver tolerance (peaks of transaminases), liver and kidney function (peak of bilirubin, minimum prothrombin time and peak of creatinine), morbidity and inhospital mortality were compared within the 3 groups. RESULTS. The postoperative peaks of ASAT and ALAT were significantly lower (p < 0.05) in group TVE HYPOTH (535 + 361 U/L and 436 + 427 U/L) compared to the groups TVE<60 (988 + 798 U/L; 844 + 733 U/L) and TVE≥60 (1583 + 984 U/L; 1082 + 842 U/L). In the group TVE HYPOTH , the peaks of bilirubin (6,5 + 2,5 mg/dl), creatinine (1,2 + 0,7 mg/dl), and the number of complications per patient (1,2 + 1) were comparable to those of the group TVE<60 (5,5 + 7,8; 1,3 + 1; e 0,7 + 1 respectively) and significantly lower to those of the group TVE≥60 (12,8 + 11,8; 2,3 + 2,3, e 2,3 + 1,2). In hospital mortality rates were 1/34, 2/19 and 2/28 for the groups TVE < 60 , TVE ≥ 60 , and TVEHYPOTH respectively and were comparable. On multivariate analysis, the size of the tumor, portal vein embolization and a planned vascular reconstruction werem significantly predictive of TVE ≥ 60 minutes. CONCLUSIONS. Compared to standard TVE of any duration, hypothermic perfusion of the liver is associated with a better tolerance to ischemia. In addition, compared to TVE ≥ 60 minutes, it is associated with better postoperative liver and renal functions, and a lower morbidity. Predictive factors for TVE ≥ 60 minutes may help to indicate hypothermic perfusion of the liver.
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Fatores preditivos de morbimortalidade na reconstituição do trânsito intestinal em doentes submetidos a ostomias terminais na urgência / Predictors of morbidity and mortality in the restoration of the intestinal continuity in patients undergoing end ostomies on an urgent basisAlberto Bitran 17 March 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: No tratamento das emergências abdominais, a realização de ostomia pode ser uma conduta salvadora, principalmente em situações agudas associadas a peritonite e condições nutricionais, hemodinâmicas ou metabólicas comprometidas. No entanto, a ostomia causa muito desconforto e problemas ao doente. Embora não seja obrigatório seu fechamento, é comum o desejo da reconstituição do trânsito intestinal, uma vez superada a fase aguda da doença. Esta operação sempre foi considerada de alto risco, envolvendo anastomose intestinal em doentes recém-submetidos a outras operações abdominais, frequentemente em vigência de peritonite. O objetivo deste trabalho é analisar a casuística das operações para reconstituição do trânsito intestinal em portadores de ostomias terminais, realizadas na urgência, avaliando a morbidade e a mortalidade deste procedimento, bem como seus fatores preditivos, a fim de identificar doentes cuja operação ofereça maiores riscos. MÉTODOS: Foram analisados, retrospectivamente, os prontuários de todos os doentes submetidos a operações para reconstituição do trânsito intestinal realizadas pela equipe da Divisão de Clínica Cirúrgica III do Departamento de Cirurgia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, de fevereiro de 2003 a janeiro de 2012, totalizando 176 portadores de ostomias terminais. Foram analisados dados demográficos, comorbidades, uso de medicamentos e fatores relacionados tanto à doença que resultou em ostomia quanto à operação para reconstituição do trânsito intestinal e sua relação com complicações, mortalidade e os subgrupos complicações intra-abdominais, sistêmicas, infecções de parede abdominal e deiscências de anastomose. RESULTADOS: Observamos complicações em 35,2% dos doentes, deiscência de anastomose em 2,3%, infecção de ferida operatória em 26,7% e mortalidade de 2,8%. Não houve correlação entre dados demográficos da população e complicações, mas sim entre doentes com faixa etária acima de 67 anos e os subgrupos complicações intra-abdominais (p=0,022) e deiscências de anastomose (p=0,032). Na análise das variáveis relacionadas a comorbidades e uso de medicamentos, verificamos aumento significativo das complicações no grupo com IMC > 27 kg/m2 (p=0,002), que também apresentou aumento de complicações sistêmicas (p=0,018). A média do IMC do grupo que mostrou complicações intra-abdominais e infecções de ferida operatória também foi significativamente maior (p=0,038 e p=0,030, respectivamente). Houve, ainda, correlação entre presença de hipertensão arterial sistêmica e complicações sistêmicas (p=0,049). Nas variáveis relacionadas a intervenção operatória prévia, observamos que o aumento do tempo de permanência da ostomia e o fato de ter mais de duas operações anteriores se correlacionaram ao aumento da taxa de deiscência de anastomose (p=0,030 e p=0,040, respectivamente). Ao analisar as variáveis relacionadas à operação para reconstituição do trânsito, verificamos aumento de complicações no grupo que necessitou de colocação de tela na parede abdominal (p=0,002) e no grupo em que a duração da operação foi superior a cinco horas (p=0,027). Observamos correlação entre taxas mais elevadas de mortalidade e doentes com idade superior a 67 anos (p=0,044) e classificados como ASA III (p=0,001). A análise multivariada mostrou relação entre complicações e IMC acima de 27, doentes ASA III, doentes que necessitaram de colocação de tela na parede abdominal e tabagistas. CONCLUSÕES: Trata-se de um procedimento de elevada morbidade e significativa mortalidade. Os fatores preditivos para complicações são: índice de massa corporal acima de 27, tempo de permanência da ostomia prolongado, necessidade de colocação de tela na parede abdominal, tempo operatório superior a cinco horas, risco anestésico elevado e tabagismo. Os fatores preditivos para mortalidade são idade superior a 67 anos e risco anestésico elevado (ASA III) / INTRODUCTION: Performing an ostomy may be a life-saving measure in the management of abdominal emergencies, especially in acute situations associated with peritonitis and impaired nutritional, hemodynamic or metabolic conditions. However, ostomies cause much discomfort and problems to the patient. Although ostomy closure is not mandatory, it is common for patients to desire restoration of the intestinal continuity once they recover from the acute phase of the disease. This has always been considered a high-risk procedure, involving an intestinal anastomosis in patients who have recently undergone other abdominal surgeries, frequently in the presence of peritonitis. The objective of this study is to analyze the operations for restoration of the intestinal continuity in patients with end ostomies performed on an urgent basis and the procedure-related morbidity and mortality, as well as their predictors, in order to identify patients for whom the operation has higher risks. METHODS: The medical records of all patients undergoing surgery for the restoration of the intestinal continuity performed by the team of the Division of Surgical Clinic III of the Department of Surgery, Clinics Hospital, University of São Paulo School of Medicine, from February 2003 to January 2012 were retrospectively analyzed, in a total of 176 patients with end ostomies. Demographics, comorbidities, use of medications, and factors related to both the disease which resulted in ostomy and the operation for restoration of the intestinal continuity and their relation to complications, mortality, and the subgroups of intra-abdominal and systemic complications, infections of the abdominal wall and anastomotic dehiscence were analyzed. RESULTS: We found complications in 35.2% of patients; anastomotic dehiscence in 2.3%; surgical wound infection in 26.7%; and a mortality rate of 2.8%. No correlation was found between the population demographics and complications, but rather between the age above 67 years and the subgroups of intra-abdominal complications (p = 0.022) and anastomotic dehiscence (p = 0.032). The analysis of the variables related to comorbidities and the use of medications showed a significant increase in the incidence of general complications in the group with a BMI > 27 kg/m2 (p = 0.002), which also had a higher incidence of systemic complications (p = 0.018). The mean BMI of the group with intra-abdominal complications and surgical wound infections was also significantly higher (p=0.038 and p=0.030, respectively). There was also a positive correlation between the presence of systemic hypertension and systemic complications (p = 0.049). With regard to the variables related to previous operative intervention, we observed that a longer length of time with the ostomy and more than two previous surgeries correlated with a higher rate of anastomostic dehiscence (p = 0.030 and p = 0.040, respectively). The analysis of variables related to the surgery for restoration of the intestinal continuity showed an increased incidence of complications in the group requiring the use of an abdominal wall mesh (p = 0.002) and in the group in which the duration of surgery was longer than 5 hours (p = 0.027). The analysis of mortality showed positive correlations of higher mortality rates with patients older than 67 years as well as with ASA III patients (p = 0.001). The multivariate analysis showed a correlation between complications and BMI higher than 27, ASA III patients, patients requiring the use of abdominal wall mesh, and smokers. CONCLUSIONS: This procedure is associated with high morbidity and significant mortality. Predictors of complications are: body mass index higher than 27, long length of time with the ostomy, need for the use of abdominal wall mesh, operative time longer than 5 hours, high anesthetic risk and cigarette smoking. Age above 67 years and high anesthetic risk (ASA III) are predictors of mortality
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Uma abordagem abrangente para o estudo populacional do near miss materno / A comprehensive approach for population study of maternal near missSouza, João Paulo Dias de 12 August 2018 (has links)
Orientadores: Jose Guilherme Cecatti, Mary Ângela Parpinelli / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-12T12:09:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2008 / Resumo: Desde os anos 1990, um grupo especial de mulheres que sobrevivem a complicações graves da gestação tem despertado o interesse de pesquisadores e formuladores de políticas públicas. O melhor entendimento deste grupo, conhecido como "near miss", poderia contribuir para o desenvolvimento de políticas de saúde para a melhora da saúde materna. A presente tese de doutorado foi desenvolvida com a finalidade mais ampla de avaliar se o estudo do near miss materno seria factível através de inquéritos populacionais. Para este fim, foi desenvolvida uma série de projetos, implementados em três fases: preparação, desenvolvimento e validação de um instrumento para o inquérito populacional, e aplicação (através de uma pesquisa nacional de demografia e saúde). Na fase de preparação foram analisadas informações obtidas por inquéritos demográficos de saúde realizados na América Latina e Caribe sobre a morbidade materna. Durante a fase de desenvolvimento e validação do questionário, foi realizada uma revisão sistemática sobre o assunto, desenvolvida uma definição pragmática de near miss e avaliadas vivências da morbidade materna grave. A partir de achados das duas primeiras fases foi desenvolvido um instrumento para a realização de inquéritos populacionais, que foi submetido a um estudo de validação. A fase de aplicação se deu com aincorporação deste questionário na mais recente Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde realizada no Brasil. Ao final deste processo, e utilizando-se uma definição pragmática, baseada na ocorrência de eclâmpsia, histerectomia, internação à UTI e transfusão de sangue, estimam-se a incidência anual de 54.000 casos de near miss materno no Brasil, com prevalência aproximada ao redor de 20 casos/1.000 nascidos vivos. Mulheres com mais de 40 anos ou de baixa escolaridade apresentam risco aumentado de desenvolver a condição. No conjunto, esta tese demonstra a versatilidade do conceito de near miss materno, cuja definição pode ser estrita ou pragmática, e utilizada para diversos fins, incluindo monitoramento, vigilância epidemiológica, controle de qualidade e para orientação do cuidado. A versatilidade do conceito, a maior freqüência dos casos e a possibilidade de entrevistar as mulheres suportam o propósito de se estudar o near miss materno para guiar os esforços locais na redução da mortalidade materna e da carga das complicações graves. / Abstract: Since the 1990s, a special group of women who survive severe complications of pregnancy has attracted the interest of researchers and public policymakers. A better understanding of this group, known as "near miss", could contribute to the development of health policies to improve maternal health. This doctoral thesis was developed with the wider aim of assessing whether the study of maternal near miss would be feasible through population surveys. To this end we developed a series of projects, implemented in three phases: preparation, development and validation of an instrument for the survey, and implementation (through a national survey of population and health). At the stage of preparation, information obtained by demographic health surveys conducted in Latin America and the Caribbean on maternal morbidity was analyzed. During the development and validation of the questionnaire, a systematic review was conducted and a pragmatic definition of near miss was developed. Womens experiences of severe maternal morbidity were evaluated. The findings from the first two phases supported the development of tool for population inquiries, which has undergone a validation study. The phase of implementation was possible due to incorporation of this questionnaire in the most recent national Demographic and Health Survey held in Brazil (2006/07). At the end of this process, and using a pragmatic definition, based on the occurrence of eclampsia, hysterectomy, admission to the ICU and blood transfusion, it is estimated the annual incidence of 54,000 cases of maternal near miss in Brazil, with prevalence around 20 cases/1.000 live births. Women aged > 40 years or with low education are at increased risk of developing the condition. Overall, this thesis demonstrates the versatility of the concept of near miss, whose definition can be strict or pragmatic, and used for various purposes, including monitoring, surveillance, quality control and guidance of care. The versatility of the concept, the greater frequency of cases and the possibility of interviewing women support the purpose of studying the maternal near miss to guide local efforts in reducing. / Doutorado / Doutor em Tocoginecologia
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Morbidade materna grave por infecção e influenza H1N1 na Rede Brasileira de Vigilância de Morbidade Materna Grave = Severe maternal morbidity due to infection in the Brazilian Network for the Surveillance of Severe Maternal Morbidity / Severe maternal morbidity due to infection in the Brazilian Network for the Surveillance of Severe Maternal MorbidityPfitscher, Lúcia Chaves, 1981- 28 August 2018 (has links)
Orientadores: Maria Laura Costa do Nascimento, José Guilherme Cecatti / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-28T01:47:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / Resumo: Introdução: A infecção representa importante causa de morbidade e mortalidade materna, sendo uma preocupação crescente no mundo todo. As doenças respiratórias, especialmente as virais, têm se destacado justamente pelo potencial de epidemia com que ameaçam a saúde da população mundial e pela vulnerabilidade identificada durante a gestação. Objetivo: Avaliar o impacto da morbidade materna grave (MMG) atribuível à infecção (sepse, meningite e doença respiratória) e os fatores associados ao pior resultado materno (near miss e óbito), entre mulheres da Rede Brasileira de Vigilância da Morbidade Materna Grave. Métodos: análise secundária de um estudo transversal, multicêntrico, que incluiu 27 centros de referência obstétrica das cinco regiões do Brasil no período de 2009 e 2010. A vigilância prospectiva dos casos de infecção grave foi realizada utilizando os critérios da OMS de condições potencialmente ameaçadoras da vida (CPAV) e near miss materno (NMM). Os principais focos de infecção foram identificados e comparados a outras causas de MMG. Mulheres com complicação devido à doença respiratória também foram avaliadas em dois grupos: com e sem suspeita de A(H1N1)pdm09 e também comparadas a outras causas de MMG. Casos com suspeita de A(H1N1)pdm09 foram revisados e separados em três grupos: não-testados, confirmados e não confirmados para A(H1N1)pdm09 e os seus resultados foram comparados. Complicações devidas à infecção e a doenças respiratórias foram comparadas com complicações devidas a outras causas de MMG. Os fatores associados com desfecho materno grave (DMG) foram avaliados para os casos de infecção e doença respiratória. Resultados: Dentre os 9555 casos de MMG, apenas 502 (5,3%) apresentaram infecção grave, entretanto foram responsáveis por cerca de um quarto dos casos de NMM e quase metade dos casos de morte materna (MM). Os indicadores de saúde avaliados demonstram maior gravidade dos casos complicados por infecção, com índice de mortalidade (IM) superior a 26% em comparação com 11% para as demais causas de MMG. Para doença respiratória, 206 mulheres apresentaram suspeita de A(H1N1)pdm09, cerca de 60% foram testados para a doença e 49 mulheres apresentaram resultado positivo. A gravidade dos desfechos maternos foi pior entre os casos de A(H1N1)pdm09 positivo, com uma taxa de NMM:MM abaixo de 1 (0,9:1), em comparação a 12:1 para outras causas de MMG. O IM para doença respiratória foi superior a 50% (7,4% outras causas de MMG). Demoras no atendimento foram associadas com pior prognóstico materno e estiveram presentes em mais de 50% entre os casos de infecção, aumentando em duas vezes o risco de DMG para doença respiratória. Resultados perinatais foram piores dentre os casos de doença respiratória, com aumento da prematuridade, morte fetal, baixo peso ao nascer e Apgar <7. HIV/AIDS, histerectomia, hospitalização prolongada, admissão em UTI e demoras no atendimento foram alguns fatores independentes associados DMG. Conclusão: complicações por infecção e em especial por influenza A(H1N1)pdm09 geram grande impacto sobre morbidade e mortalidade materna no Brasil e compreender os fatores associados à maior gravidade pode gerar medidas capazes de colaborar para a melhoria do cuidado obstétrico. Investir em intervenções específicas para gravidez, visando diagnóstico precoce e tratamento oportuno são essenciais para melhorar a saúde materna e reduzir o número de mortes maternas evitáveis no país / Abstract: Background: Infection represents the major cause of maternal morbidity and mortality, and a growing concern worldwide. Respiratory diseases, especially viral, have stood out because of their epidemic potential and the identified vulnerability towards infection during pregnancy. Objective: To assess the impact of severe maternal morbidity (SMM) due to infection (sepsis, meningitis and respiratory disease) and the factors associated with worse maternal outcome (near miss and death) among women of the Brazilian Network for the Surveillance of Severe Maternal Morbidity. Methods: secondary analysis of a cross-sectional, multicenter study that included 27 obstetric referral centers in five regions of Brazil between 2009 and 2010. Prospective surveillance of severe infection was performed using WHO criteria of potentially life threatening conditions (PLTC) and maternal near miss (MNM). The main sources of infection were identified and compared to other causes of SMM. Women with complications due to respiratory disease were also assessed in two groups: with and without suspected A(H1N1)pdm09 and also compared to other causes of SMM. Cases of suspected A(H1N1)pdm09 were reviewed and divided into three groups: non-tested, confirmed and unconfirmed for A(H1N1)pdm09 and their results were compared. Complications due to infection and respiratory disease were compared with complications due to other causes of SMM. Factors associated with SMO were assessed for cases of infection and respiratory disease. Results: Among the 9555 cases of SMM, only 502 (5.3%) had severe infection, however they were responsible for about a quarter of cases of MNM and almost half of the cases of maternal mortality (MM). The assessed health indicators demonstrate greater severity of cases complicated by infection, with a mortality index (MI) above 26% compared to 11% for other causes of SMM. For respiratory disease, 206 women had suspected A(H1N1)pdm09, about 60% were tested for the disease and 49 women were positive. The severity of the maternal outcomes was worse between the cases of A(H1N1)pdm09 positive, with a rate of MNM: MM below 1 (0.9: 1), compared to 12: 1 for other SMM causes. The MI among respiratory disease was superior to 50% (7.4% other causes SMM). Delays in care were associated with worse maternal prognosis and were present in over 50% of cases of infection. Perinatal results were worse in cases of respiratory disease, with increased prematurity, stillbirth, low birth weight and Apgar <7. HIV/AIDS, hysterectomy, prolonged hospitalization, ICU admission and delays in care were independent factors associated with severe maternal outcome. Conclusion: infections and especially those caused by A(H1N1)pdm09 presented great impact on maternal morbidity and mortality in Brazil and the identification of factors associated with the increased severity can contribute to the improvement of obstetric care. There is need for specific interventions during pregnancy, seeking early diagnosis and timely treatment of infections, which are essential for improving maternal health and to reducing the number of preventable maternal deaths in the country / Mestrado / Saúde Materna e Perinatal / Mestra em Ciências da Saúde
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Registro audiovisual da omissão do estado brasileiro nas políticas públicas de saúde segundo depoimento de lideranças indígenas / Audio-visual record of the omission of the Brazilian State in public policies of health according to testimony from indigenous leaders.Valdir Baptista 19 September 2016 (has links)
Método: Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho documental utilizando o audiovisual como lócus de instalação de depoimentos de lideranças indígenas do Estado do Acre, Brasil. O objetivo é analisar registros de vivências de lideranças indígenas sobre suas condições de vida, como contribuição às políticas públicas do SUS. E apresentar uma proposta interventiva a partir das potencialidades do vídeo documentário. Resultados: A população indígena, por uma série de motivos, certamente é a parcela da população brasileira sobre a qual menos existem dados específicos que permitam o estabelecimento de políticas de saúde pública eficazes. Embora tenham ocorrido avanços significativos no conhecimento das questões indígenas e um crescente empoderamento das lideranças indígenas na luta por seus direitos básicos de cidadania, a situação ainda está aquém do esperado. Temas relevantes abordados: 1. Participação nas instâncias do poder público/ direitos indígenas. 2. Medicina tradicional exterioridade da doença. 3. Dificuldades com o SUS. 4. Cuidados de saúde nas aldeias. 5. Segurança Alimentar e desnutrição. 6. Qualidade da água e saneamento básico. 7. Logística. 8. Cobertura vacinal. 9. Saúde das mulheres indígenas. 10. Ecologia e biodiversidade. 11. Morte de crianças indígenas. Conclusões: 1. A omissão sistemática dos governos em qualificar agentes de saúde indígenas no tocante às intervenções em saúde individual e coletiva e no exercício dos direitos sociais. 2. Falta de empenho do SUS em contratar profissionais com formação especializada para compor as equipes e direções do Sistema de Saúde que atuam nas aldeias e nos postos avançados de saúde no interior do território. 3. Dificuldades de comunicação entre as equipes do SUS e os povos indígenas. Há barreiras de idioma, de cultura e de percepção do processo saúde-doença / Method: This is a qualitative research that uses the documentary audio-visual like a place of installation register statements of native indigenous leaders of Acre, Brazil. The objective is to analyze records of indigenous leaders from experiences about their living conditions as a contribution to public SUS policies. And present an interventional proposal from the documentary video potentiality. Results: The indigenous population, for a number of reasons, it is certainly the Brazilian population, on which there is less specific data that allow the establishment of effective public health policies. Although there have been significant advances in knowledge of indigenous issues and a growing empowerment of indigenous leaders in the struggle for their basic rights of citizenship, the situation is still below expectations. Relevant topics approached:1. Participation in public authoritys instances / indigenous rights. 2. Traditional medicine - externality of the disease. 3. Difficulties with SUS. 4. Health care in villages. 5. Food security and malnutrition. 6. Water quality and basic sanitation. 7. Logistics. 8. Vaccination coverage. 9. Indigenous women\'s health. 10. Ecology and biodiversity. 11. Death of indigenous children. Conclusions: 1. the systematic omission of governments in qualify indigenous health workers with regard to the individual and collective health interventions and the exercise of social rights. 2. Lack of commitment of the SUS in hiring professionals with specialized training to compose the teams and directions of the Health System that work in the villages and in the outposts of health in the territory. 3. Difficulties in communication between SUS teams and indigenous peoples. There are barriers to language, culture and perception of the health-disease process
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