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Uso de álcool na gestação e sua relação com sintomas depressivos no pós-parto / Alcohol use in pregnancy and its relationship with postpartum depressive symptomsAliane, Poliana Patrício 11 February 2009 (has links)
O consumo de álcool durante a gestação tem sido associado na literatura científica a uma maior intensidade de sofrimento psiquiátrico durante a gestação e no pós-parto. Este estudo teve como objetivo principal verificar se o consumo de álcool em gestantes está relacionado a um aumento de sintomas depressivos e/ou ao diagnóstico de depressão no pós-parto. Para tal foi realizado um estudo prospectivo, com dois tempos de coleta de dados. Foram convidadas a participar gestantes da rede pública de saúde da cidade de Juiz de Fora/MG. Inicialmente foram entrevistadas 260 mulheres no terceiro trimestre gestacional, das quais 177 foram entrevistadas entre 15 dias a 3 meses após o parto. Para avaliação do uso de álcool durante a gestação foram utilizados os instrumentos T-ACE (Tolerance, Annoyed, Cut down, Eye opener) e AUDIT C (Alcohol Use Disorders Identification Test C), além do relato das gestantes sobre a quantidade de álcool ingerida durante toda a gestação. Para avaliação de sintomas depressivos no pós-parto foi utilizado o instrumento EPDS (Edinburgh Postnatal Depression Scale) e para o diagnóstico de Episódio Depressivo Maior foi utilizada a entrevista diagnóstica MINI (Mini International Neuropsychiatric Interview). Os resultados obtidos apontaram para um aumento de sintomas depressivos no pós-parto proporcional ao aumento do consumo de álcool durante a gestação medido pelo total do AUDIT C (Spearman Correlation, r=0,251; p<0,001) e pelo total em gramas de álcool consumido durante toda a gestação (Spearman Correlation, r=0,185; p=0,01). Além disso, foi observado uma maior prevalência de depressão pós-parto entre as mulheres que tiveram pelo menos um binge alcoólico durante a gestação (Non-parametric Chi-Square, value=88,28, p< 0,001). Os dados apresentados permitem concluir que existe um aumento de sintomatologia depressiva no pós-parto à medida que aumenta o consumo de álcool na gestação e aumento de diagnóstico para aquelas que tiveram pelo menos um binge alcoólico durante a gestação. / Alcohol consumption during pregnancy, according to the scientific literature, has been associated to a higher intensity of psychiatric problems during the gestational period as well in the postpartum period. This study aimed to verify whether alcohol consumption in pregnancy is related to an increase of depressive symptoms and/or the diagnosis of depression in the postpartum period. For this purpose a prospective study was carried out, with two phases of data collection. Pregnant women assisted by public health services of the city of Juiz de Fora /MG were invited to participate. Initially 260 women in the third gestational trimester have been interviewed. For the second phase 177 were interviewed between 15 days to three months after childbirth. To assess alcohol use during the gestational period the research instruments T-ACE (Tolerance, Annoyed, Cut down, Eye-opener) and AUDIT C (Alcohol Use Disorders Identification Test C) have been used, besides of direct reports of the pregnant women about the amount of alcohol ingested during all the gestation. To evaluate postpartum depressive symptoms the instrument EPDS (Edinburgh Postnatal Depression Scale) was used and to determine the presence of a diagnosis of Major Depressive Episode the diagnostic interview MINI (Mini International Neuropsychiatric Interview) was used. The results pointed out to an increase of postpartum depressive symptoms proportional to the increase of alcohol consumption during the gestation measured by the total score of the AUDIT C (Spearman Correlation, r=0,251; p<0,001) and by the total amount (in grams) of alcohol ingested during all the gestational period (Spearman Correlation, r=0,185; p=0,01). Further, a higher prevalence of postpartum depression was found among the pregnant women who reported at least once a binge episode during the gestational period (Nonparametric Chi-Square, value=88,28; p< 0,001). The presented data allow concluding about the occurrence of an increase of depressive symptoms in the postpartum period related to higher alcohol consumption in pregnancy as well an increase of diagnosis among those pregnant women who have had at least one binge episode during all the gestational period.
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Representações sociais sobre amamentação na perspectiva de mães adolescentes com sintomas de depressão pós-parto / Social representations about breastfeeding in the perspective of adolescent mothers with symptoms of postpartum depressionCafer, Juliana Regina 13 June 2016 (has links)
A depressão pós-parto é um transtorno mental de alta prevalência que surge nas primeiras semanas, após o parto, e provoca alterações emocionais, cognitivas comportamentais e físicas. Mães adolescentes apresentam risco aumentado para a depressão pós-parto. Estudos mostram que a prática do aleitamento materno não se dá de forma efetiva nos casos em que a nutriz apresenta alterações emocionais. Diante do exposto, buscamos compreender quais as representações sociais sobre amamentação na perspectiva de mães adolescentes com sintomas de depressão pós-parto. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, desenvolvida com 14 mulheres, mães de crianças com até um ano de idade e usuárias de um serviço público de saúde de Ribeirão Preto-SP. A primeira etapa consistiu na aplicação da Escala de Depressão Pós-natal de Edimburgo para rastrear as mães adolescentes que apresentavam sintomas de depressão, no puerpério. As mães que apresentavam pontuação de 12 ou mais pontos eram convidadas a continuar a participar do estudo. Para as mulheres que aceitavam ser incluídas na pesquisa, foram aplicados questionário sociodemográfico e a entrevista semiestruturada que foram gravados e transcritos na íntegra e realizados no local de escolha da participante. Para a análise dos dados, utilizamos o Método de Interpretação dos Sentidos à luz das representações sociais na perspectiva socioantropológica. Emergiram três categorias temáticas: 1) \"Ser mãe na adolescência com sintomas de depressão no pós-parto\"; 2) \"Amamentando na adolescência com sintomas de depressão no pós-parto\"; 3) \"A rede de apoio: eu e a amamentação\". A gravidez é considerada indesejada no contexto investigado, pois é vista como empecilho para se dar continuidade à vida. E isto se reflete negativamente na amamentação, visto que, há dificuldades para se desempenhar papéis maternos, nesse momento da vida. Com relação à amamentação, observamos que os conhecimentos se restringem aos aspectos nutricionais e imunológicos, sendo desconsiderados os aspectos relacionais e de construção de vínculo da prática de amamentar. Este pensamento se justifica quando fazemos um olhar para o modo como as participantes se sentem somado ao contexto cultural em que vivem, um meio que trata a amamentação como mera prática de alimentação infantil. Há a ideia de que o leite materno é fraco, sendo a mamadeira vista como uma aliada, pois além de proporcionar sensação de saciedade do bebê por mais tempo, ainda impede que ele chore e incomode principalmente no período noturno, já no período diurno evita constrangimentos por ter de amamentar em locais públicos e pode ser oferecida por outra pessoa. A mamadeira é algo que proporciona sensação de liberdade, ocasionando a independência do bebê em relação à mãe. A mulher tem como maior fonte de influência e apoio sua mãe, o parceiro ainda permanece distante à realidade da amamentação e o profissional de saúde oferece orientações pontuais, nas quais desconsideram os contextos de vida nas quais as adolescentes estão inseridas. A internet é usada para se ter conhecimento, sendo considerada veículo de forte influência. Mesmo com apoio materno, a mulher ainda permanece sozinha, com dificuldades para falar sobre sua real situação emocional e sobre suas limitações para amamentar / Postpartum depression is a mental disorder of high prevalence that arises in the first weeks after childbirth and causes emotional, cognitive, behavioral and physical changes. Adolescent mothers present an increased risk for postpartum depression. Studies show that the practice of breastfeeding does not occur effectively in cases where the mother presents emotional changes. In view of the above, we aimed to understand which are the social representations regarding breastfeeding, in the perspective of adolescent mothers with symptoms of postpartum depression. This is a qualitative research conducted with 14 women, mothers of children up to one year of age and users of a public health service in Ribeirão Preto - SP. The first phase consisted in the application of the Edinburgh Postnatal Depression Scale for screening adolescent mothers with symptoms of depression in the puerperal period. Mothers who achieved a score of 12 or more were invited to proceed participating in the research. For those who accepted to be included, socio demographic questionnaires were applied and, semi- structured interviews were conducted and recorded in a participant\'s choice location and then, fully transcribed. For the data analysis, we used the Interpretation of the Meaning Method, in accordance with the social representations in a socio anthropological approach. Three thematic categories emerged: 1) \"Being a mother in adolescence with symptoms of postpartum depression\"; 2) \"Breastfeeding in adolescence with symptoms of postpartum depression\"; 3) \"The network support: the breastfeeding and I.\" Pregnancy is considered undesirable in the context investigated, as it is seen as an impediment to give continuity to life. And this reflects negatively on breastfeeding, since there are difficulties to play maternal roles at this moment of life. Regarding breastfeeding, we observed that adolescent mother\'s knowledge is restricted to nutritional and immunological aspects, and the relational and building link aspects of breastfeeding practice are not considered. This thought is justified when observed how the participants feel in their cultural context, in which they deal with breastfeeding as a simple infant feeding practice. There is the idea that breast milk is weak, and the bottle is seen as an allied, since, as well as providing baby satiety feeling for longer, still prevents him to cry and bother, especially at night. Even during the day, the bottle avoids embarrassments when breastfeeding in public places and it can be offered by someone else. It is something that gives sense of freedom, causing the baby\'s independence from the mother. The woman has the greatest source of influence and support in her mother, while her partner remains distant to the reality of breastfeeding and the health professional provides specific guidelines in which disregards the life contexts in which the adolescents live. Internet is used in order to acquire knowledge, being considered vehicle of strong influence. Even with maternal support, the woman remains alone, struggling to talk about her real emotional situation and limitations to breastfeed. Thus, the social representations that support the breastfeeding practice, for these adolescents, bring with them the ambiguity of willing to give the best for your child - the breast milk, but also the will to be free and independent in life
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O IMPACTO DA ANSIEDADE DO TERAPEUTA NO DESENVOLVIMENTO DA ALIANÇA TERAPÊUTICA DURANTE TRATAMENTO DA DEPRESSÃO PÓS-PARTO.Faria, Augusto Duarte 31 March 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-03-31 / Objetivo: Avaliar a influência da ansiedade do terapeuta na formação da aliança terapêutica durante o tratamento de mulheres com depressão pós-parto.
Métodos: O estudo faz parte de um ensaio clínico que avaliou a efetividade de intervenções psicoterapêuticas na depressão pós-parto. As pacientes eram mães de idade igual ou superior a 18 anos com pós-parto entre 30 a 60 dias que apresentaram um indicativo de depressão leve ou moderada. A ansiedade do terapeuta foi medida através do Inventário de Ansiedade de Beck (BAI), escala proposta para medir o grau e a severidade dos sintomas comuns de ansiedade. A aliança terapêutica foi avaliada através do Working Alliance Inventory (WAI) utilizando as versões para o terapeuta (WAI-T) e para o paciente (WAI-C), que compreendem os três aspectos da aliança: Tarefa, Vínculo e Objetivo.
Resultados: Na análise de regressão linear a ansiedade do terapeuta apresentou resultados significativos com versão Paciente (WAI-C), domínio Vínculo, no modelo terapêutico Construtivista Relacional (β = -13,929) e na versão Terapeuta (WAI-T), domínio Objetivo, também no mesmo modelo (β = -23,000).
Discussão: Convém ressaltar que mesmo que os dados tenham apontado para uma interferência da ansiedade do terapeuta na aliança terapêutica isso não se deu em uma escala suficiente para prejudicar o tratamento. Esse achado reforça a idéia de que a psicoterapia é efetiva no tratamento da depressão pós-parto.
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Cronicidade da depressão materna no primeiro ano pós-parto e o desenvolvimento infantil : estudo longitudinalGodoy, Russélia Vanila 30 September 2009 (has links)
Submitted by Cristiane Chim (cristiane.chim@ucpel.edu.br) on 2016-10-20T17:30:16Z
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Previous issue date: 2009-09-30 / Introduction: Child development consists of the construction of cognitive, motor and affection skills. It is related to the child’s competence in executing certain tasks and having a proper behavior according to his or her age. The evolution process is influenced by many variables and is produced by a complex combination of biological, psychological and environmental factors. Depressed mothers present difficulties related to the perception, interpretation and responsiveness to the child’s needs. For such reason it is extremely important to investigate the effects of depression over the offspring. Objective: To analyze the impact of mother’s depression chronicity over the babies’ development. Methods: This is a longitudinal study. The participants of this study were mothers that had prenatal care on Sistema Único de Saúde (SUS) at Pelotas city, state of Rio Grande do Sul, Brazil. The mothers were interviewed in two different moments; the first interview occurred between 30-90 days after birth and the second interview occurred 10-12 months after the first assessment; the babies were assessed concomitantly to the mother’s second interview. The EPDS was used for mother’s depression screening and the Bailey-II was used to assess the child development. Results: The sample consists of 380 dyads. The mother’s depression concomitant to the baby’s assessment didn’t interfere on mental, motor or behavioral development. However, the chronicity of depression alongside with lower socioeconomic status and mother’s age were associated with worse cognitive and language performance. The chronicity didn’t reach such magnitude to interfere over the motor and behavioral development of the babies. / Introdução: O desenvolvimento infantil está relacionado à construção das habilidades cognitivas, motoras, sociais e afetivas. Diz respeito à competência da criança em executar determinadas tarefas e ter comportamentos apropriados para a faixa etária em que se encontra. O processo evolutivo é influenciado por uma combinação complexa de fatores biológicos, psicológicos e ambientais. Mães cronicamente deprimidas têm dificuldade de perceber, interpretar e responder às necessidades da criança e, por este motivo, é de extrema importância investigar os efeitos da depressão na prole. Objetivo: Analisar o efeito da cronicidade da depressão materna no desenvolvimento dos bebês. Métodos: O delineamento deste estudo é longitudinal. Foram captadas as mulheres que realizaram acompanhamento pré-natal no Sistema Único de Saúde da cidade de Pelotas/RS. As mães foram entrevistadas duas vezes, a primeira avaliação foi realizada no período de 30 a 90 dias após o parto e a segunda visita foi entre 10 e 12 meses após esta primeira avaliação. Os bebês foram avaliados concomitantemente a esta segunda avaliação. Para diagnosticar a depressão materna foi utilizada a EPDS e o desenvolvimento infantil foi avaliado com a Bayley-II. Resultados: A amostra foi constituída por 380 díades. A depressão da mãe no momento da avaliação do bebê não interferiu no desenvolvimento mental, motor ou comportamental do mesmo. Entretanto, a cronicidade da depressão materna, juntamente com a situação socioeconômica e a idade da mãe, estava associada a um pior desempenho nas funções cognitivas e da linguagem. A cronicidade da depressão não atingiu magnitude capaz de interferir no desenvolvimento motor e no comportamento dos bebês.
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Uso de álcool na gestação e sua relação com sintomas depressivos no pós-parto / Alcohol use in pregnancy and its relationship with postpartum depressive symptomsPoliana Patrício Aliane 11 February 2009 (has links)
O consumo de álcool durante a gestação tem sido associado na literatura científica a uma maior intensidade de sofrimento psiquiátrico durante a gestação e no pós-parto. Este estudo teve como objetivo principal verificar se o consumo de álcool em gestantes está relacionado a um aumento de sintomas depressivos e/ou ao diagnóstico de depressão no pós-parto. Para tal foi realizado um estudo prospectivo, com dois tempos de coleta de dados. Foram convidadas a participar gestantes da rede pública de saúde da cidade de Juiz de Fora/MG. Inicialmente foram entrevistadas 260 mulheres no terceiro trimestre gestacional, das quais 177 foram entrevistadas entre 15 dias a 3 meses após o parto. Para avaliação do uso de álcool durante a gestação foram utilizados os instrumentos T-ACE (Tolerance, Annoyed, Cut down, Eye opener) e AUDIT C (Alcohol Use Disorders Identification Test C), além do relato das gestantes sobre a quantidade de álcool ingerida durante toda a gestação. Para avaliação de sintomas depressivos no pós-parto foi utilizado o instrumento EPDS (Edinburgh Postnatal Depression Scale) e para o diagnóstico de Episódio Depressivo Maior foi utilizada a entrevista diagnóstica MINI (Mini International Neuropsychiatric Interview). Os resultados obtidos apontaram para um aumento de sintomas depressivos no pós-parto proporcional ao aumento do consumo de álcool durante a gestação medido pelo total do AUDIT C (Spearman Correlation, r=0,251; p<0,001) e pelo total em gramas de álcool consumido durante toda a gestação (Spearman Correlation, r=0,185; p=0,01). Além disso, foi observado uma maior prevalência de depressão pós-parto entre as mulheres que tiveram pelo menos um binge alcoólico durante a gestação (Non-parametric Chi-Square, value=88,28, p< 0,001). Os dados apresentados permitem concluir que existe um aumento de sintomatologia depressiva no pós-parto à medida que aumenta o consumo de álcool na gestação e aumento de diagnóstico para aquelas que tiveram pelo menos um binge alcoólico durante a gestação. / Alcohol consumption during pregnancy, according to the scientific literature, has been associated to a higher intensity of psychiatric problems during the gestational period as well in the postpartum period. This study aimed to verify whether alcohol consumption in pregnancy is related to an increase of depressive symptoms and/or the diagnosis of depression in the postpartum period. For this purpose a prospective study was carried out, with two phases of data collection. Pregnant women assisted by public health services of the city of Juiz de Fora /MG were invited to participate. Initially 260 women in the third gestational trimester have been interviewed. For the second phase 177 were interviewed between 15 days to three months after childbirth. To assess alcohol use during the gestational period the research instruments T-ACE (Tolerance, Annoyed, Cut down, Eye-opener) and AUDIT C (Alcohol Use Disorders Identification Test C) have been used, besides of direct reports of the pregnant women about the amount of alcohol ingested during all the gestation. To evaluate postpartum depressive symptoms the instrument EPDS (Edinburgh Postnatal Depression Scale) was used and to determine the presence of a diagnosis of Major Depressive Episode the diagnostic interview MINI (Mini International Neuropsychiatric Interview) was used. The results pointed out to an increase of postpartum depressive symptoms proportional to the increase of alcohol consumption during the gestation measured by the total score of the AUDIT C (Spearman Correlation, r=0,251; p<0,001) and by the total amount (in grams) of alcohol ingested during all the gestational period (Spearman Correlation, r=0,185; p=0,01). Further, a higher prevalence of postpartum depression was found among the pregnant women who reported at least once a binge episode during the gestational period (Nonparametric Chi-Square, value=88,28; p< 0,001). The presented data allow concluding about the occurrence of an increase of depressive symptoms in the postpartum period related to higher alcohol consumption in pregnancy as well an increase of diagnosis among those pregnant women who have had at least one binge episode during all the gestational period.
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Avaliação da percepção de qualidade de vida em puérperas adolescentes no Hospital de Clínicas de Porto AlegreAbeche, Alberto Mantovani January 2008 (has links)
Introdução: A gravidez na adolescência é freqüente em nosso país, e seus índices permanecem em crescimento nas populações de menores condições sócioeconômicas. Muitas destas jovens expressam a intenção de gestar precocemente ou, ao menos, enxergam aspectos positivos na gestação, o que dificulta estratégias de prevenção. Há necessidade de se compreender melhor os sentimentos e percepções das adolescentes acerca de uma gravidez. Os instrumentos de avaliação da percepção de qualidade de vida nos oferecem esta oportunidade. Objetivo: Comparar a percepção da qualidade de vida em puérperas adolescentes e adultas, em seus diferentes domínios e dimensões, e investigar fatores que poderiam influenciar estes escores. Método: Foi realizado um estudo transversal, prospectivo, avaliando puérperas adolescentes e adultas internadas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Dados sócio-demográficos coletados incluíram: idade, escolaridade, estado marital (se mora com o companheiro ou não), planejamento e aceitação da gravidez. Dois instrumentos de avaliação da percepção de qualidade de vida, WHOQOL-bref e SF-36, foram aplicados a estas pacientes. A média dos escores destes instrumentos foi comparada entre puérperas adolescentes e puérperas adultas, bem como avaliados, entre os dados sócio-demográficos, aqueles capazes de influenciar a percepção da qualidade de vida das pacientes. Resultados: Cento e vinte puérperas adolescentes (idades entre 14 e 19 anos) e cento e vinte puérperas adultas (idades entre 20 e 30 anos) que se encontravam na maternidade foram incluídas neste estudo. A idade média foi de 17,5 anos para as adolescentes e 24,8 anos para as adultas. O nível médio de escolaridade foi de 7,66 anos entre as adolescentes e 9,01 entre as adultas. Avaliando o planejamento e a aceitação da gravidez, observamos gestação planejada em 27,35 das adolescentes e 43,5% das adultas; reação positiva ao saber da gravidez em 63,6% das adolescentes e 84,8% das adultas; reação positiva do companheiro em 81,8% das adolescentes e 87% das adultas. Com relação ao instrumento WHOQOL-bref, verificou-se que as puérperas adolescentes apresentaram escore médio superior no domínio físico. Os escores dos demais domínios não diferiram significativamente entre os dois grupos. Avaliadas pelo instrumento SF-36, as puérperas adolescentes apresentaram escores médios superiores nos componentes da escala: capacidade funcional, limitação física e dor. Os demais componentes não diferiram significativamente entre os dois grupos. Em ambos os instrumentos, houve influência positiva sobre diversos domínios e dimensões quando houve reação positiva da adolescente e seu companheiro, ou quando a gravidez havia sido planejada. Conclusões: A percepção de qualidade de vida em puérperas adolescentes não se mostrou inferior à das adultas, inclusive apresentando escores superiores em alguns componentes físicos e funcionais. Estes achados nos permitem compreender melhor as percepções e sentimentos das adolescentes em relação à maternidade. Eles podem ser úteis para os profissionais que prestam assistência às gestantes adolescentes e também para elaboração de estratégias de prevenção de gestações precoces. Contrariamente à mera orientação anticoncepcional, o planejamento de intervenções mais abrangentes, que levem em conta as percepções, sentimentos e pontos de vista das adolescentes em relação à possibilidade de uma gestação, poderá atingir resultados mais satisfatórios.
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Análise da perda hemática durante o processo de parturição / Analysis of the hematic loss during the parturition processRuiz, Mariana Torreglosa 27 November 2012 (has links)
Hemorragia pós-parto (HPP) é tradicionalmente definida como perda sanguínea maior ou igual a 500 ml em partos vaginais e acima de 1000 ml em partos cesarianos e/ou queda de 10% do hematócrito comparado ao exame feito à admissão da parturiente e/ou sangramento importante que requeira hemotransfusão. Estima-se que 25 a 30% das mortes maternas são decorrentes da HPP. Além disso, este quadro pode causar impacto na qualidade de vida de mulheres e neonatos, devido às complicações, além da necessidade de intervenções. Objetivo: Estimar prevalência de HPP, efeito do tipo de parto e intervenções obstétricas sobre os valores hematimétricos (hematócrito e hemoglobina) em uma amostra de mulheres primíparas atendidas em hospital de ensino. Metodologia: A amostra constituiu-se de 100 primíparas, independente da via de parto. A coleta de dados foi realizada a partir de dados retrospectivos obtidos de prontuários (impresso e eletrônico), cartão de pré-natal, dentre outras fontes de consulta, respaldadas por formulário testado previamente em estudo piloto. Resultados: A prevalência de HPP na amostra de estudo foi de 16%. Através da análise simples (teste F), encontrou-se significância estatística para as seguintes variáveis: diabetes, síndromes hipertensivas, anemia diagnosticada durante a gestação, analgesia, tipo de parto e peso do recém-nascido. Porém através da regressão linear múltipla, observou-se significância apenas para as variáveis: diabetes e analgesia. Mulheres portadoras de diabetes apresentaram maiores perdas hemáticas; enquanto que mulheres que realizaram analgesia durante o trabalho de parto, apresentaram menores perdas. Dentre as complicações mais frequentes no período compreendido do puerpério imediato à alta hospitalar detectou-se: necessidade de ocitócito terapêutico adicional (20 UI); nível de hemoglobina < 9 mg/dl; lipotímia; necessidade de suplementação com sulfato ferroso (em dose terapêutica); 22 mulheres apresentaram algum tipo de sintoma (fraqueza, desânimo, entre outros); 62 mulheres apresentaram anemia no período puerperal. Houve correlação positiva (0,89) entre os níveis de queda do hematócrito e da hemoglobina, sendo que para queda de hematócrito >= 10%, a queda de hemoglobina foi de 2,99 mg/dl. Não foram constatadas outras associações significativas. Considerações finais: Acreditamos que a dosagem de hemoglobina e hematócrito 48 horas pós-parto é uma importante ferramenta para auxiliar no diagnóstico precoce e mais fidedigno dos quadros, devendo esta prática ser adotada como rotina nas instituições. Ressaltamos mais uma vez que análise laboratorial não exime o profissional de avaliação clínica rigorosa e minuciosa. Assim, esta prática vem complementar a assistência clínica no puerpério e em hipótese alguma se deve substituí-la. Dada a magnitude do problema e a escassez de estudos sobre a temática acreditamos que todos os trabalhos sobre a questão são louváveis e podem contribuir para a melhoria da assistência ao ciclo gravídico-puerperal. / Postpartum hemorrhage (PPH) is traditionally defined as blood loss greater than or equal to 500 ml in vaginal parturition and over 1000 ml in cesarean sections and/or 10% drop in hematocrit compared to examination by the admission of the mother and/or major bleeding requiring blood transfusion. It is estimated that 25-30% of maternal deaths are due to PPH. Moreover, this framework can impact quality of life of women, newborns, due to its complications, and the need for interventions. Objective: To estimate the prevalence of PPH and effect of type of delivery and obstetric interventions on the hematological values (hemoglobin and hematocrit) in a sample of primiparous women attended at a teaching hospital. Methodology: The sample consisted of 100 primiparous, regardless of mode of delivery. Data collection was performed with retrospective data obtained from medical records, pregnancy card, among other sources of information, backed-up by a form previously tested in a pilot study. Results: The prevalence of PPH in the study sample was 16%. Through simple analysis (F test), statistical significance was found for the following variables: diabetes, hypertensive disorders, anemia diagnosed during pregnancy, analgesia, mode of delivery and weight of the newborn. But through multiple linear regression, we found significance only for the variables: diabetes and analgesia. Women with diabetes had higher blood loss, whereas women who underwent analgesia during labor, showed smaller losses. The following complications were identified: need for additional oxytocin therapy (20UI), hemoglobin < 9 mg/dl, syncope, need for supplementation with iron (terapheutic dose), 22 women had some type of symptoms (weakness, prostration, etc), 62 women had anemia in the postpartum period. A positive correlation (0.89) between the levels of low hematocrit and hemoglobin, while those for the fall of hematocrit >= 10%, the drop in hemoglobin was 2.99 mg/dl. No association with other variables was found. Final considerations: We believe that dosage of hemoglobin and hematocrit 48 hours after delivery is an important tool for early diagnosis and the most reliable for detection of the frameworks, so, should this practice be adopted as routine in institutions. We emphasize once again that laboratoring testing does not relieve the professional of a rigorous and thorough clinical evaluation. Thus, this practice come to complement the clinical care in puerperium and in no way should replace it. Given the magnitude of the problem and the scarcity of studies on the subject believe that all study on the issue is commendable and may contribute to the improvement of care in pregnancy and childbirth.
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Influência da alteração do escore de condição corporal e de hormônios metabólicos pós-parto na eficiência reprodutiva de vacas nelore inseminadas em tempo fixo / Influence of body condition and metabolic hormones postpartum changes in the reproductive efficiency of nelore cows inseminated in fixed timeCarvalho, Rafael Silveira 10 November 2017 (has links)
Submitted by RAFAEL SILVEIRA CARVALHO null (rafaelcarvalho28@hotmail.com) on 2017-12-14T17:40:52Z
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on 2017-12-14T18:52:31Z (GMT) / Submitted by RAFAEL SILVEIRA CARVALHO null (rafaelcarvalho28@hotmail.com) on 2017-12-14T20:27:26Z
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Previous issue date: 2017-11-10 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Para entender melhor a influência da nutrição na eficiência reprodutiva de vacas Nelore lactantes, utilizou-se o seguinte experimento: 593 primíparas, 423 secundíparas e 893 multíparas Nelore lactantes foram sincronizadas com 38,3 ± 0,4 DPP, utilizando protocolo de IATF à base de P4/E2, e inseminadas 49,2 ± 0,3 DPP. Trinta dias após IATF foi realizado DG para ressincronização das vacas não gestantes, e 30 dias após termino da EM um segundo DG foi realizado. O ECC das vacas foi avaliado no parto, na IA e no DG. O peso corporal das matrizes foi mensurado na IA e no DG, e o peso corporal dos bezerros no desmame. Foram colhidas amostras de sangue de 535 vacas (sendo, 38% de primíparas, 24% de secundíparas e 38% de multíparas) após o parto (21 ± 0,4 DPP), na IA e no DG para dosagem das concentrações séricas de IGF-I e BHB, por ELISA. Os dados do experimento foram analisados através do programa SAS® 9.4 (SAS Inst., Cary, NC). O efeito de DPP sobre o ECC se comportou de maneira diferente de acordo com a paridade, em que as secundíparas e as multíparas começaram a se recuperar entre 20 e 60 DPP e as primíparas seguiram perdendo ECC até 80 DPP (P < 0,0001). Um maior ECC ao parto melhorou os resultados reprodutivos durante a EM, em diferentes intensidades de acordo com ECC e com a paridade (P < 0,05). Não foi identificado o efeito da alteração de ECC entre o parto e a IA nos resultados da primeira IATF (P > 0,26). Maior ECC na inseminação melhorou a taxa de prenhez à primeira IATF, independente da paridade (P < 0,08). Houve efeito positivo do aumento do ECC pós-IATF na taxa de prenhez à primeira IATF (P < 0,07), exceto em multíparas com ECC ≥ 2,75 na IA, onde houve efeito quadrático com baixa variação dos resultados (P < 0,02). As concentrações séricas de IGF-1 influenciaram de forma quadrática em primíparas no pós-parto e IA, em secundíparas no DG e em multíparas na IA a taxa de prenhez à primeira IATF (P < 0,05). As concentrações séricas de BHB demonstraram ter baixa influência na probabilidade de prenhez à primeira IATF. A alteração negativa do ECC das vacas nos primeiros 80 DPP, independente do ECC no parto ou paridade, aumentou o peso dos bezerros no desmame (P < 0,05). Adequado ECC ao parto, por si só, não foi capaz de garantir altos índices produtivos em todas as situações, no entanto demonstrou ser fundamental para garantir boa eficiência dentro do sistema de cria, devido à dificuldade em se ganhar ECC no pós-parto. / This experiment was developed to better understand how nutrition can influence the reproductive efficiency of suckled Nelore cows. Cows, 593 primiparous, 423 second parity and 893 multiparous were assigned at 38.3 ± 0.4 days postpartum to an estrus synchronization + fixed time artificial insemination (FTAI) protocol, then inseminated at 49.2 ± 0.3 days postpartum. Thirty days after FTAI, an initial pregnancy diagnosis (PD) was performed via transrectal ultrasound to identify non-pregnant cows for resynchronization, which was followed by a second PD 30 days after the end of the breeding season. The body condition score (BCS) of cows was evaluated at calving, at artificial insemination (AI) and at initial PD. Body weight of the cows was measured at AI and at PD, and the body weight of calves taken at weaning. Blood samples were collected from 535 cows (38% of primiparous cows, 24% of second parity cows and 38% of multiparouscows) after calving (21 ± 0.4 days postpartum) at AI, and at initial PD. Concentrations of IGF-I and BHB were measured by ELISA assay. Data were analyzed using SAS® 9.4 (SAS Inst., Cary, NC). There was an effect of days postpartum on BCS by parity, where the nadir of curve occurred between 20 and 60 days postpartum in second parity cows and multiparous cows, but the primiparous cows continued to lose BCS up to 80 days (P < 0.0001). Greater BCS at calving positively impacted the reproductive results during the breeding season at different levels based on score and parity (P < 0.05). Positive changes in BCS between calving and AI did not improve pregnancy rate of the first FTAI (P > 0.26), however, increased BCS at AI improved pregnancy rate at the first FTAI (P < 0.08), except in multiparous cows with BCS ≥ 2,75, where there was a quadratic effect with low variation of results (P < 0.02). There was a positive correlation between BCS between AI and PD and pregnancy rate at the first FTAI, regardless of parity (P < 0.07). Serum concentration of IGF-1 influenced the pregnancy rate at first FTAI quadratically in primiparous cows at postpartum and AI, in second parity cows at PD and in multiparous cows at AI (P < 0.05). Serum BHB concentration had a lowly influenced on the probability of pregnancy at the first FTAI. 27 Negative BCS change in cows in the first 80 days postpartum, regardless of BCS at calving or parity, increased calf weight at weaning (P < 0.05). Adequate BCS at calving is the best predictor of improved reproductive results vital to ensuring efficiency within a cow-calf operation as it is more difficult to gain BCS during the early postpartum period, however it cannot guarantee high reproductive success in all situations. / 2016/01325-9
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Avaliação da percepção de qualidade de vida em puérperas adolescentes no Hospital de Clínicas de Porto AlegreAbeche, Alberto Mantovani January 2008 (has links)
Introdução: A gravidez na adolescência é freqüente em nosso país, e seus índices permanecem em crescimento nas populações de menores condições sócioeconômicas. Muitas destas jovens expressam a intenção de gestar precocemente ou, ao menos, enxergam aspectos positivos na gestação, o que dificulta estratégias de prevenção. Há necessidade de se compreender melhor os sentimentos e percepções das adolescentes acerca de uma gravidez. Os instrumentos de avaliação da percepção de qualidade de vida nos oferecem esta oportunidade. Objetivo: Comparar a percepção da qualidade de vida em puérperas adolescentes e adultas, em seus diferentes domínios e dimensões, e investigar fatores que poderiam influenciar estes escores. Método: Foi realizado um estudo transversal, prospectivo, avaliando puérperas adolescentes e adultas internadas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Dados sócio-demográficos coletados incluíram: idade, escolaridade, estado marital (se mora com o companheiro ou não), planejamento e aceitação da gravidez. Dois instrumentos de avaliação da percepção de qualidade de vida, WHOQOL-bref e SF-36, foram aplicados a estas pacientes. A média dos escores destes instrumentos foi comparada entre puérperas adolescentes e puérperas adultas, bem como avaliados, entre os dados sócio-demográficos, aqueles capazes de influenciar a percepção da qualidade de vida das pacientes. Resultados: Cento e vinte puérperas adolescentes (idades entre 14 e 19 anos) e cento e vinte puérperas adultas (idades entre 20 e 30 anos) que se encontravam na maternidade foram incluídas neste estudo. A idade média foi de 17,5 anos para as adolescentes e 24,8 anos para as adultas. O nível médio de escolaridade foi de 7,66 anos entre as adolescentes e 9,01 entre as adultas. Avaliando o planejamento e a aceitação da gravidez, observamos gestação planejada em 27,35 das adolescentes e 43,5% das adultas; reação positiva ao saber da gravidez em 63,6% das adolescentes e 84,8% das adultas; reação positiva do companheiro em 81,8% das adolescentes e 87% das adultas. Com relação ao instrumento WHOQOL-bref, verificou-se que as puérperas adolescentes apresentaram escore médio superior no domínio físico. Os escores dos demais domínios não diferiram significativamente entre os dois grupos. Avaliadas pelo instrumento SF-36, as puérperas adolescentes apresentaram escores médios superiores nos componentes da escala: capacidade funcional, limitação física e dor. Os demais componentes não diferiram significativamente entre os dois grupos. Em ambos os instrumentos, houve influência positiva sobre diversos domínios e dimensões quando houve reação positiva da adolescente e seu companheiro, ou quando a gravidez havia sido planejada. Conclusões: A percepção de qualidade de vida em puérperas adolescentes não se mostrou inferior à das adultas, inclusive apresentando escores superiores em alguns componentes físicos e funcionais. Estes achados nos permitem compreender melhor as percepções e sentimentos das adolescentes em relação à maternidade. Eles podem ser úteis para os profissionais que prestam assistência às gestantes adolescentes e também para elaboração de estratégias de prevenção de gestações precoces. Contrariamente à mera orientação anticoncepcional, o planejamento de intervenções mais abrangentes, que levem em conta as percepções, sentimentos e pontos de vista das adolescentes em relação à possibilidade de uma gestação, poderá atingir resultados mais satisfatórios.
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A clínica da maternidadeMoraes, Maria Helena Cruz de 25 October 2012 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T11:52:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1
287190.pdf: 1722374 bytes, checksum: 09a789adb42a4f7400245c9c9cc38c6f (MD5) / O presente estudo teve como objetivo compreender os significados psicológicos da depressão pós-parto. Para tanto, buscou-se identificar fatores de risco, diagnosticar os principais conflitos psicológicos envolvidos, interpretar o significado individual da depressão pós-parto subjacente para cada uma das participantes, bem como caracterizar a relação mãe-bebê que se estabelece como consequência desse quadro. Para fundamentar a análise do objeto em estudo dessa pesquisa, apresentou-se algumas das principais escolas da psicanálise, que poderiam abarcar a complexidade do fenômeno estudado. O quadro da depressão pós-parto foi descrito em suas características clínicas e em sua psicodinâmica. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que utiliza o método clínico. A coleta de dados foi realizada através de psicoterapia individual com quatro participantes que apresentavam sintomas depressivos, e procuraram o tratamento espontaneamente ou foram encaminhadas por profissionais, dos locais onde a pesquisa foi divulgada. A análise de dados foi realizada através da leitura sistemática de todas as sessões de psicoterapia realizadas com cada participante; da compreensão dinâmica das verbalizações e comunicações não-verbais das participantes; das interpretações surgidas nas sessões pela psicoterapeuta e/ou pela própria participante; da análise da transferência e contratransferência em cada caso e da complementação com o arsenal teórico utilizado. Os resultados mostraram que, apesar de as quatro participantes apresentarem sintomas depressivos e fatores de risco para o quadro em estudo, apenas duas das participantes apresentavam o que a teoria descreve como depressão pós-parto, uma doença relativa à maternidade. As duas outras apresentavam depressões reativas a circunstâncias externas adversas, desencadeadas pelo nascimento dos filhos. As quatro apresentavam estado emocional regressivo, característico do pós-parto, que possibilitou a compreensão dos fenômenos apontados na literatura. A tese de que a depressão pós-parto está atrelada à história de vida das mulheres e de sua relação com seus pais, principalmente com a mãe, foi confirmada, bem como, também foi confirmado o pressuposto de que em cada mulher, a DPP teve significado particular. A relação com o bebê esteve preservada em dois casos e prejudicada nos outros dois, em que as mães demonstraram rejeição ou indiferença. Como conclusão, salientou-se a necessidade da identificação da maternidade psíquica, com as possíveis dificuldades emocionais, para o desenvolvimento de técnicas preventivas e encaminhamento de gestantes e puérperas para tratamento psicoterápico, sugerindo-se a capacitação das equipes interdisciplinares de saúde, para essa identificação. / The objective of this study was to understand the psychology in postpartum depression. In order to do this, the risk factors were identified, the main psychological conflicts were diagnosed, and the underlying individual postpartum depression of each participant was interpreted. In addition, the mother-baby relationship which was established as a consequence of the postpartum depression needed to be characterized. To give basis to the object analysis in study, some concepts have been described from leading schools in psychoanalysis which give insight to the subject. The clinical features and psychodynamics of the postpartum clinical profile have been specified and are based on qualitative research that uses a clinical methodology. The data collection was achieved through individual psychotherapy with four participants who presented symptoms of depression and either sought spontaneous treatment or were forwarded by centers where this research was released. The data analysis was conducted through a systematic reading of all sessions of psychotherapy, including dynamic interpretation of the verbal and non-verbal communication of each participant, the suggested interpretations by the psychotherapist or even by the participant herself, through the analysis of the transference and counter-transference in each particular case, in addition to the revised theory. Results showed that despite the fact that the four participants presented symptoms of depression triggered by the postnatal period and risk factors for postpartum depression, only two participants presented symptoms as the theory describes post-partum depression, a sickness related to maternity. The other two showed signs of depression which were related to external adverse circumstances, triggered by the birth of their children. The four subjects presented a regressive emotional state characteristic of postpartum, which allowed the interpretation of the phenomenon stated in literature. The thesis in which postnatal depression is connected throughout the history of women's lives and their parents, mainly their mothers, was confirmed. The assumption that postpartum depression in each woman has personal significance was also confirmed. The relationship with the baby was preserved in two cases and damaged in the other two where the mothers reacted with rejection and indifference. In conclusion, stress was placed upon many areas including the identification of maternity psychology, in the possible emotional difficulties, on the development of preventative techniques and the forwarding of prenatal and postnatal women to psychological treatment. In order to address these areas, training of the interdisciplinary teams is suggested.
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