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Analgesia perineal pela bolsa de gelo após o parto normal: ensaio clínico randomizado / Perineal analgesia with ice packs after vaginal delivery: randomized clinical trialLeventhal, Lucila Coca 04 December 2008 (has links)
O objetivo deste estudo foi avaliar a efetividade da aplicação da bolsa de gelo na dor perineal após o parto normal. Trata-se de um ensaio clínico, randomizado e controlado, realizado no Centro de Parto Normal do Amparo Maternal, na cidade de São Paulo. A população foi dividida em três grupos Experimental, que utilizou bolsa de gelo no períneo; Placebo, bolsa de água na temperatura ambiente e Controle, sem bolsa. Os critérios de inclusão foram: idade 18 anos, nulíparas de termo, com apresentação cefálica, estar entre 2 e 48 horas de após parto normal, referir dor perineal 3, sem intercorrências clínicas ou obstétricas e com recém-nascido (RN) em boas condições. Os critérios de exclusão foram: síndrome de Raynaud, recusar ou retirar a bolsa. As bolsas foram aplicadas por 20 minutos. Nos três grupos foram controladas as temperaturas perineais, da bolsa, ambiental e axilar. Para avaliação da dor, foi utilizada a escala numérica de zero a dez, sendo zero ausência de dor e dez, dor insuportável. Após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da USP, deu-se a coleta de dados em janeiro e fevereiro de 2008. Foram elegíveis ao estudo 117 mulheres, com a recusa de três, restando 114; 38 em cada grupo. A média de idade das mulheres foi de 22,2 anos; 83,3% tinham ensino médio; 89,5% possuíam companheiro com co-habitação; 49,1% tinham trabalho remunerado; 84,2% não eram pretas e 50,9% tiveram o marido como acompanhante no parto. O trauma perineal ocorreu em 94,4% das mulheres, sendo 64,0% com episiotomia. Quanto às variáveis numéricas, as médias observadas foram: 20,6 h tempo de pós-parto com dor perineal, 3.254 g o peso do RN, 3,4 cm de comprimento do trauma perineal, 36,5°C de temperatura axilar, 26,9°C de temperatura ambiental e 32,7°C de temperatura inicial do períneo. Nos três grupos houve semelhança em todas as variáveis de caracterização estudadas. A temperatura inicial média da bolsa de água foi de 27,2°C, e a do gelo de 3,8°C. A média de temperatura perineal, após os 20 minutos de intervenção, foi 34°C no grupo controle, 30,9°C no placebo e 12,6°C no experimental. Comparando-se a média de dor inicial após 20 minutos intragrupo, observou-se que nos três grupos (controle, placebo e experimental) ocorreu redução significativa da dor (p<0,001). Na comparação entre os grupos, verificou-se que o experimental apresentou média de dor inferior ao controle (1,6 versus 3,3; p=0,032). Houve diferença significativa (p=0,003) na porcentagem de melhora da dor perineal entre os três grupos. O grupo experimental foi o que mais referiu alívio da dor, com 22 (57,9%) puérperas apresentando melhora acima de 50% e 13 (34,2%) que informaram melhora entre 30% e 50%. Ao se comparar as médias de dor entre 20 e 40 minutos e entre 40 e 60 minutos não foram constatadas diferenças estatísticas intragrupo e entre os grupos controle, placebo e experimental. Concluiu-se que o uso da bolsa de gelo por 20 minutos foi eficaz para o alívio da dor perineal após o parto normal / The purpose of this study was to evaluate the effectiveness of ice pack application in perineal pain after vaginal delivery. It is a randomized clinical trial controlled and was held at the Birth Center of the Amparo Maternal, in Sao Paulo. The population was divided in three groups - Experimental, which used ice packs on the perineum, Placebo, which used water packs at room temperature, and Control, which did not use any treatment. The inclusion criteria were: age 18 years, nulliparous women, cephalic presentation, time between 2 and 48 hours after normal birth, noting perineal pain 3, no medical or obstetric complications and newborn (NB) in good condition.The exclusion criteria were: Raynaud\'s syndrome and refusal or withdrawal of the packs. The packs were applied during twenty minutes. In all three groups the temperature of perineum, pack, environment and armpit were controlled. For pain assessment a numerical scale from 0 to 10 was used, zero for no pain and ten for unbearable pain. After approval by the Research Ethics Committee of the School of Nursing of the University of São Paulo, the data was collected in January and February 2008. For this study, 117 women were considered eligible but 3 refused to participate; the remaining 114 were divided in three groups of 38. The average age of the women was 22.2 years, 83.3% had high school education, 89.5% lived with a partner, 49.1% had paid jobs, 84.2% were not Afro-descendants and 50.9% had their husband as companion in childbirth.The perineal trauma occurred in 94.4% of the women, 64.0% of them with episiotomy. As numerical variables the averages were: 20.6 h time of postpartum perineal pain, 3254 g weight of newborns, 3.4 cm length of perineal trauma, 36.5 °C armpit temperature, 26.9 °C temperature of environment and 32.7 ° C perineum initial temperature. There were similarities in all groups, in all the variables studied for characterization. The average initial temperature was 27.2 °C for water packs and 3.8 °C for ice packs. Twenty minutes after intervention, the average perineal temperature was 34 °C in the control group, 30.9 °C in the placebo group and 12.6 °C in the experimental group. Comparing the pain average at the beginning and after 20 minutes, it was observed that in the three groups (control, placebo and experimental) there had been a significant reduction of pain (p <0.001). In the comparison between groups it was found that the experimental group had a lower pain average than the control group (1.6 versus 3.3, p = 0.032). There was a significant difference (p = 0.003) in the percentage of improvement in perineal pain among the three groups. The experimental group reported the greatest pain relief, with 22 (57.9%) mothers showing improvement above 50% and 13 (34.2%) reporting improvement between 30 and 50%. When comparing the average pain between 20 and 40 minutes and between 40 and 60 minutes no statistical difference was found within each group and among the control, placebo and experimental groups. It follows that the use of ice packs for twenty minutes was effective for perineal pain relief after vaginal delivery
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Fatores associados à intensidade de dor perineal após o parto normal: estudo transversal / Associated factors with the intensity of perineal pain after vaginal delivery: cross-sectional studySilva, Renata Luana da 27 January 2015 (has links)
Introdução: A dor perineal é frequente no período de pós-parto, entretanto, não há um consenso entre a associação da intensidade de dor com os fatores maternos, neonatais e a assistência obstétrica recebida no trabalho de parto e parto. Objetivos: Identificar a prevalência e a intensidade de dor perineal no primeiro dia de pós-parto normal; analisar a associação entre intensidade de dor perineal e características sociodemográficas maternas, histórico obstétrico, assistência ao trabalho de parto, parto e pós-parto e características do RN e analisar a associação entre a intensidade de dor perineal e o escore de interferência na execução das atividades maternas. Método: Estudo transversal com coleta de dados realizada no Alojamento Conjunto. A amostra foi composta por 596 puérperas no primeiro dia de pós-parto. Os dados foram obtidos por entrevista e análise de prontuário, e a intensidade de dor foi mensurada pela Escala Numérica Visual (0 a 10). Foram utilizados os testes Qui-quadrado com simulação de Monte Carlo e ANOVA. As variáveis que apresentaram p0,20 foram relacionadas por meio de regressão logística ordinal. A significância utilizada foi de 5% para todos os testes estatísticos. Resultados: A prevalência de dor perineal encontrada foi 38,3% e a intensidade média de 4,6 (dp=1,9), considerada como moderada. A ausência de dor no períneo esteve associada à ausência de trauma (p<0,001) e à multiparidade (p=0,012). A dor leve esteve associada à primiparidade (p=0,012), à ter estudado mais de 12 anos (p=0,001) e à episiotomia (p<0,001). A dor moderada esteve associada a ter estudado mais de 12 anos (p=0,001) e a presença de um trauma perineal (p<0,001). A dor intensa associou-se à episiotomia (p<0,001). Puérperas que estudaram até 8 anos tiveram proteção contra o aumento em uma categoria de intensidade de dor no períneo (OR 0,5; IC 95% 0,3 - 0,9) e ter tido laceração de 2º grau no parto aumentou em 3,4 vezes a chance de ter aumento em uma categoria de intensidade de dor (OR 3,4; IC 95% 1,7 6,9). A dor perineal interferiu significativamente na realização de todas as atividades investigadas, com exceção de evacuar. CONCLUSÃO: Maiores intensidades de dor perineal estão associadas a ter estudado por 12 anos ou mais, à presença de mais de um trauma perineal e à episiotomia. A dor perineal interfere nas atividades maternas durante o pós-parto / Introduction: Perineal pain is a frequent event in the postpartum period. However, there is no agreement between pain intensity association with maternal factors, neonatal factors and obstetric care received during labor and delivery. Objectives: To identify the prevalence and intensity of perineal pain in the first day of postpartum after vaginal delivery; to analyze the association between intensity of perineal pain and maternal sociodemographic characteristics, obstetric history, obstetric care during labor, delivery and postpartum period and newborns characteristics, and to analyze the association between intensity of perineal pain and the interference score in the implementation of maternal activities. Methods: Cross-sectional study, a data collection undertaken in the postnatal ward. The sample consisted of 596 mothers interviewed in their first postpartum day after. Data were collected trough interview and review of medical records. The intensity of pain was measured with the Numeric Visual Scale (0 10). The chi-square tests were used with Monte Carlo simulation and ANOVA and variables with p0.20 were related by ordinal logistic regression. The significance adopted was 5% for all statistical tests. Results: The prevalence of perineal mean pain was 38.3% and the pain intensity 4.6 (SD=1.9), classified as moderate. The absence of perineal pain was associated with the absence of trauma (p<0.001) and multiparity (p=0.012). Mild pain was associated with primiparity (p=0.012), education more than 12 years (p=0.001) and episiotomy (p<0.001). The moderate pain was associated with studying 12 years or more (p=0.001) and any of a perineal trauma (p<0.001). Severe pain was associated with an episiotomy (p<0.001). Studying up to 8 years was a protective factor against the increase in one perineal pain intensity category (OR 0.5; 95% CI 0.3 to 0.9) and 2nd degree tear in childbirth increased by 3.4 times the chance of a higher in a category of pain intensity (OR 3.4; 95% CI 1.7 to 6.9). The perineal pain interfered significantly in carrying out all activities surveyed, except for the fecal evacuation. CONCLUSION: Greater perineal pain intensities are associated with having studied for 12 years or more, of study more than one perineal trauma and an episiotomy. The perineal pain interferes in the activities of the women during the postpartum period
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Sindrome de tristeza pós-parto : sintomatologia e diagnósticoRohde, Luis Augusto Paim January 1994 (has links)
Resumo não disponível
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Tempo de analgesia perineal pela crioterapia após o parto normal: ensaio clínico não controlado / Time of perineal analgesia by cryotherapy after vaginal delivery: uncontrolled clinical trialPaiva, Caroline de Souza Bosco 28 May 2014 (has links)
Introdução: A dor perineal é uma morbidade frequente no pós-parto vaginal. A crioterapia, aplicação de frio para fins terapêuticos, é eficaz para seu alívio, além de ser uma prática de baixo custo, fácil preparo e compatível com a amamentação. No entanto, ainda não se conhece a duração do efeito analgésico da crioterapia quando aplicada à região perineal. Objetivo: Avaliar a duração da analgesia perineal em multíparas, após a aplicação de bolsa de gelo por 20 minutos no pós-parto normal. Método: Trata-se de ensaio clínico não controlado, realizado no Alojamento Conjunto de uma maternidade de São Paulo. Foram incluídas 50 mulheres com idade igual ou maior que 18 anos com, pelo menos, um parto vaginal prévio ao atual, sem intercorrências clínicas ou obstétricas, sem ter recebido anestesia peridural, anti-inflamatório ou analgésico nas últimas 3 horas antes da inclusão no estudo e com dor perineal igual ou maior que 3 pontos, entre 6 e 24h do pós-parto. A intervenção foi realizada por meio de uma única aplicação da bolsa de gelo na região perineal por 20 minutos, sendo controladas as temperaturas perineais, da bolsa de gelo, do ambiente e da axila. As participantes foram avaliadas em três momentos: 1) antes da crioterapia (T0); 2) imediatamente, após a crioterapia (T20); 3) 120 minutos após o término da crioterapia (T120). Para avaliação da dor, foi utilizada a escala numérica de zero a dez, sendo zero ausência de dor e dez dor insuportável. Resultados: A idade média foi 27,1 anos (dp=5,4); 52% tinham ensino médio; 40% eram pardas; 90% possuíam companheiro com coabitação; 52% tinham trabalho remunerado e 62% tiveram o companheiro como acompanhante no parto. O trauma perineal ocorreu em 58,0% das participantes, destes, 44,0% foram laceração espontânea de primeiro grau e 14,0% laceração de segundo grau ou episiotomia. Quanto às variáveis numéricas, as médias observadas foram: a queixa de dor perineal ocorreu com 11,6h (dp=0,2) de pós-parto, temperatura axilar de 36,3ºC (dp=0,6), temperatura ambiental de 25,8°C (dp=1,6), temperatura inicial do períneo de 33,2°C (dp=0,8) e peso do RN de 3.305g (dp=454). As médias de intensidade da dor apresentaram diferenças significativas ao longo do tempo (teste de Friedman p<0,0005). Entre T0 e T20, houve uma redução estatisticamente significante da dor perineal (5,4 e dp=1,8 versus 1,0 e dp=1,7). Comparando a intensidade da dor perineal entre T20 e T120 constatou-se que não houve diferença significante (1,0 e dp=1,7 versus 1,6 e dp=2,4), o que corresponde à manutenção do efeito analgésico. O tempo médio foi avaliado para o retorno da dor perineal, após a crioterapia, sendo de 94,6 minutos (IC 95%: 84,8; 104,5 minutos), estimado pela curva de sobrevida. Conclusão: A aplicação de bolsa de gelo por 20 minutos no períneo de multíparas no pós-parto normal promove o alívio da dor, com redução significativa de sua intensidade e manutenção de efeito analgésico por até 120 minutos, sendo necessária reavaliação, após este período. A crioterapia foi considerada pelas puérperas como um procedimento confortável, gerador de satisfação por diminuir a dor e promover o bem-estar. / Introduction: Perineal pain is a common morbidity after vaginal delivery. The cryotherapy, application of cold for therapeutic purposes, is effective for its relief, besides being a low cost practice, easy preparation and compatibility with breastfeeding. However, one still does not know the duration of the analgesic effect of cryotherapy when applied to the perineal region. Objective: To evaluate the duration of perineal analgesia in multiparous, after applying ice pack for 20 minutes in normal postpartum. Method: This is an uncontrolled clinical trial conducted in the rooming at a maternity hospital in São Paulo. The study included 50 women aged 18 years or above, who had experienced at least one prior vaginal delivery free of clinical or obstetric complications, who did not receive epidural anti-inflammatory nor analgesic over the past 3 hours prior to study entry and who experienced perineal pain equal to or greater than 3 points, between 6 and 24 hours of postpartum. The intervention, in which the temperature of the perineum, ice pack, environment and armpit were controlled, was performed by a single application of ice packs on the perineal region for 20 minutes. Participants were assessed at three moments: 1) before cryotherapy (T0); 2) immediately after cryotherapy (T20); 3) 120 minutes after the cryotherapy (T120). For the assessment of pain, the numerical scale from zero to ten was used, zero and ten representing no pain and excruciating pain respectively. Results: The mean age was 27.1 years (sd=5.4); 52% had completed high school; 40% were brown; 90% lived with a partner; 52% had paid job and 62% had as companion during childbirth. The perineal trauma occurred in 58.0% of participants, of whom 44.0% suffered first degree spontaneous laceration and 14.0% second degree laceration or episiotomy. As for numerical variables, the averages observed were: the complain of perineal pain occurred with 11.6 hours (sd=0.2) of postpartum, axillary temperature of 36.3ºC (sd=0.6), environmental temperature of 25.8°C (sd=1.6), perineum initial temperature of 33.2°C (sd=0.8) and birth weight of 3.305g (sd=454). The means of pain intensity showed significant differences over time (Friedman test p < 0.0005). Between T0 and T20, there was a statistically significant reduction in perineal pain (5.4 and sd=1.8 versus 1.0 and sd=1.7). Comparing the intensity of perineal pain between T20 and T120, one could find that there was no statistically significant difference (1.0 and sd=1.7 versus 1.6 and sd=2.4), corresponding to the maintenance of the analgesic effect. The average time for the return of perineal pain was evaluated, after cryotherapy, as 94.6 minutes (95% CI: 84.8, 104.5 minutes), estimated by the survival curve. Conclusion: The application of ice packs for 20 minutes in the perineum of normal multiparous in the postpartum promotes pain relief with significant reduction of its intensity and maintenance of analgesic effect for up to 120 minutes, requiring reassessment after this period. Cryotherapy was considered by the women as a comfortable procedure, generating satisfaction by reduction of pain and promotion of well-being.
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Variação da densidade mineral óssea no puerpério segundo amamentação, amenorréia, índice de massa corpórea e uso de método anticoncepcional / Variation of bone mineral density during postpartum according to breastfeeding, amenorrhea, body mass index and use of contraceptive methodNascimento, Maria Laura Costa do, 1979- 08 May 2011 (has links)
Orientador: José Guilherme Cecatti / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-11-07T17:29:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2011 / Resumo: Objetivos: Avaliar as variações da densidade mineral óssea (DMO) até um ano de puerpério entre mulheres saudáveis, e a associação com aleitamento materno, amenorréia, índice de massa corpórea e uso de método anticoncepcional. Propõe ainda comparar as usuárias de métodos hormonais só com progestágenos com as usuárias de métodos não hormonais até 6 meses pós-parto. Método: estudo de coorte prospectivo, incluindo 100 mulheres saudáveis seguidas por um período de um ano no pós-parto. Mulheres consideradas elegíveis deveriam ter tido uma gestação não complicada, única, de termo (?37 semanas) e nenhum antecedente de doenças que interfirissem no metabolismo ósseo (como diabetes mellitus, insuficiência renal crônica, tireoidopatia, hipo ou hiperparatireoidismo, hepatite, neoplasia ou doença da hipófise) ou utilização de medicação (corticosteróides, anticoagulantes, anticonvulsivantes, diuréticos tiazídicos ou drogas para tratamento de doenças tireoideanas), além do desejo de postergar uma próxima gestação por pelo menos um ano. Foram realizadas densitometrias ósseas do antebraço não dominante utilizando a dual-energy X-ray absorptiometry, além de avaliação antropométrica e coleta de informações sobre o tempo de amamentação exclusiva, amamentação total, amenorréia e uso de método contraceptivo, com 7-10 dias de puerpério, 3, 6 e 12 meses pós-parto. Aos 40 dias pós-parto foram introduzidos métodos contraceptivos, segundo a escolha individual de cada mulher, a depender de inúmeros fatores como aleitamento, necessidade de método temporário ou definitivo e condição clínica. Houve liberdade para troca de método, a critério de cada mulher. Resultados: Setenta e oito mulheres apresentaram seguimento completo, com todas as medidas propostas de DMO até 12 meses pós-parto. O tempo médio de aleitamento materno exclusivo foi 125,9 (±66,6) dias, com mediana de duração total de aleitamento de 263,5 dias. A duração média da amenorréia pós-parto foi 164,2 (±119,2) dias. A avaliação seriada de DMO mostrou perda significativa de massa óssea no rádio distal, sem valor estatiscamente significativo para o rádio ultra-distal. Ao analisar apenas os casos com uso de contraceptivos não hormonais, a variação de DMO mostrou ser significativa para os dois sítios avaliados. A análise de variância multivariada revelou associação positiva entre DMO e IMC e uso de método contraceptivo. A análise de regressão linear múltipla mostrou correlação significativa, para o rádio distal, do valor inicial de DMO, IMC pré-gestacional, variação de IMC e escolaridade. Para o rádio ultra-distal, houve correlação significativa com a DMO inicial e IMC pré-gestacional. A análise de métodos contraceptivos, comparando a utilização de métodos não hormonais (54) e de apenas progestágenos (28), até 6 meses pós-parto, mostrou não haver diferença significativa nas características sócio-demográficas dos dois grupos. A mediana de tempo total de amamentação, calculada por tabela de vida, foi de 183 para ambos os grupos e a duração média de amenorréia pós-parto foi de 122 dias para o grupo com uso de contracepção não-hormonal e 85 dias para as usuárias de progestágeno. A análise de variância multivariada, com medidas repetidas, revelou correlação significativa entre DMO nos dois sítios avaliados e IMC, interação entre tempo e uso de MAC não-hormonal ou progestágeno e tempo total de amamentação. A regressão linear múltipla para avaliação de variáveis independentemente associadas com a DMO do rádio distal até 6 meses pós-parto evidenciou correlação positiva com o valor inicial de DMO, IMC pré-gestacional, idade e tempo total de amamentação. A mesma análise para rádio ultra-distal, mostrou associação significativa com DMO inicial, IMC pré-gestacional e tempo total de amamentação. Conclusões: existe uma tendência de perda de massa óssea nos primeiros seis meses pós-parto, com posterior recuperação. Contudo, o longo tempo de amamentação na amostra estudada e o tempo proposto de 12 meses para seguimento, não foram suficientes para permitir uma conclusão definitiva sobre as condições da massa óssea após o término da amamentação. Nossos achados sugerem um efeito protetor da perda óssea com a contracepção só com progestágenos em mulheres lactantes, nos primeiros seis meses pós-parto / Abstract: Objectives: To evaluate the bone mineral density (BMD) changes up to one year postpartum among healthy women and its association with breastfeeding, amenorrhea, body mass index and use of contraceptive methods. Progestin-only contraceptive users were further compared to non-hormonal users, up to 6 months postpartum. Methods: A prospective cohort study including 100 healthy women followed during one year postpartum. Eligibility criteria included: an uncomplicated term (? 37 weeks) pregnancy with a single fetus, no history of conditions that could affect bone metabolism (such as diabetes mellitus, chronic renal failure, hyper or hypothyroidism, hyper or hypoparathyroidism, hepatitis, cancer or pituitary diseases), no use of any medication (such as corticosteroids, anticoagulants, anticonvulsants, thiazide diuretics or drugs for the treatment of thyroid diseases), besides the intention to delay the next pregnancy for at least one year. Distal BMD was performed 7-10 days, 3, 6 and 12 months postpartum at the non-dominant forearm using dual-energy X-ray absorptiometry. Data on anthropometry, exclusive and total breastfeeding duration, amenorrhea and use of contraceptives were also collected. Contraceptive methods were introduced 40 days postpartum according to woman's choice and depending on many factors, including the infant feeding condition, need for temporary or permanent method and clinical status. Women were free to change the method on their own. Results: Seventy eight women had a complete follow up with all proposed BMD measurements, up to 12 months postpartum. The mean duration of exclusive breastfeeding was 125.9 (±66.6) days, with a median total lactation period of 263.5 days. The mean duration of amenorrhea was 164.2 (±119.2) days. Serial BMD measurements showed a significant bone mass decrease in the midshaft of the ulna, but with no significance in the ultra-distal radius. When considering only the non hormonal contraceptive users, the changes in BMD showed to be significant for both sites. Multivariate analysis of variance showed that BMI and contraceptive use were both significantly correlated with BMD. Multiple linear regression analysis showed significant correlation of midshaft ulna with baseline BMD, pre-gestational BMI, number of complete years in school and difference in BMI. For ultradistal radius, significant correlation was showed with baseline BMD and pre-gestational BMI. For the analyses comparing non-hormonal (n=54) and progestin-only contraceptive users (n=28) up to 6 months postpartum, the baseline characteristics of the study population showed no statistical differences between groups. All women considered were still breastfeeding. Resumption of menses postpartum occurred after at a mean period of 122 days for the non-hormonal group and 85 days for the progestin-only one. Multivariate analysis of variance with repeated measurements showed that body mass index, the interaction between time and hormonal (progestin-only) or non-hormonal contraceptive use and total duration of breastfeeding were significantly correlated with bone mineral density of both sites. Multiple linear regression analysis for the evaluation of variables independently associated with BMD at the midshaft ulna at 6 months postpartum, showed significant correlation to baseline BMD, pre-gestational BMI, age, and total breastfeeding duration. The same analysis for ultradistal radius showed significant correlation with baseline BMD, pre-gestational BMI and total breastfeeding duration. Conclusion: there is a trend in bone loss during the first 6 months with posterior recovery. However, the long duration of breastfeeding in the sample studied and the proposed follow-up of 12 months were not sufficient to draw definitive conclusions on post weaning BMD conditions. Our findings suggest a protective effect towards bone loss with progestin-only contraception for lactating women during the first six months postpartum / Doutorado / Saúde Materna e Perinatal / Doutor em Ciências da Saúde
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Qualidade de vida no puerpérioSoler, Damaris Aparecida Rodrigues 18 August 2014 (has links)
Submitted by Fabíola Silva (fabiola.silva@famerp.br) on 2017-02-24T16:54:53Z
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Previous issue date: 2014-08-18 / Introduction: The human postpartum period is divided into three phases: the immediate postpartum, the early puerperium and the remote puerperium. It brings with it physical, physiological and psychological changes that may affect women´s quality of life (QoL). Objective: to evaluate the QoL of primiparous postpartum women who took a preparatory course for pregnant women during the three phases of the puerperium. Methods: This descriptive, exploratory, quantitative study was conducted with primiparous postpartum women living in São José do Rio Preto – SP. These women attended a free preparatory course for pregnant women offered by a private institution in São José do Rio Preto, had term pregnancy and their newborn had good vital signs at birth and at discharge. Data collection occurred through the use of a socio-economic questionnaire, a qualitative questionnaire and the Brazilian version of the SF-36 QoL questionnaire. Results: In the quantitative analysis, women presented lower scores of quality of life in the physical component, especially in the domains functional capacity, physical aspects and pain. The QoL was more compromised in the immediate postpartum period and showed improvements as the postpartum period advanced. In the mental component, it was found that the domains vitality and social function showed differences in QoL scores between the immediate postpartum and the remote puerperium, with higher QoL scores in the remote puerperium. Conclusion: This study reveals the importance of nursing care in the prenatal and postpartum period in order to guarantee a better quality of life for puerperal women. / Introdução: O puerpério divide-se em três fases: imediato, tardio e remoto. Em todas estes períodos ocorrem transformações físicas e fisiológicas e psicológicas que podem interferir na qualidade de vida (QV) da mulher. Objetivo: avaliar a QV de puérperas primíparas que realizaram o curso preparatório de gestante nas três fases do puerpério. Método: Pesquisa descritiva, exploratória de abordagem quanti-qualitativa, desenvolvida com puérperas primíparas residentes em São José do Rio Preto, que tiveram gravidez a termo, realizaram curso preparatório de gestante gratuito oferecido por uma instituição particular de São José do Rio Preto e recém-nascido de termo com boas condições de vitalidade ao nascimento e na alta hospitalar. Para coleta de dados foi utilizado o SF-36 versão brasileira, questionário sócio econômico e questionário qualitativo. Resultados: Na análise quantitativa a QV na puérpera apresentou pior avaliação em relação ao componente físico, principalmente nos domínios da Capacidade Funcional, Aspectos Físicos e Dor, sendo o pós-parto imediato mais prejudicado, apresentando uma melhora progressiva com o aumento do tempo do período puerperal. No componente mental, encontrou-se que os domínios vitalidade e aspectos sociais apresentaram diferenças na QV em relação ao período imediato e remoto, sendo que a maior QV se deu no período remoto. Conclusão: Esse estudo apresentou a relevância da assistência de enfermagem no pré natal e no puerpério para garantir o cuidado a essa clientela possibilitando maior QV.
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Consumo alimentar durante a gestação: fatores associados e influência sobre a retenção de peso quinze dias pós-parto em mulheres clientes de serviço público de saúde em São Paulo (SP) / Dietary intake during gestation: related factors and influence on 15 days postpartum weight retention among women from the public health service in São PauloMartins, Ana Paula Bortoletto 03 September 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: Manter hábitos alimentares saudáveis durante a gravidez evita a retenção de peso pós-parto, desfecho que contribui para a elevação da prevalência de obesidade em mulheres. OBJETIVO: Estudar, em coorte de grávidas clientes de serviço público de pré-natal: o consumo alimentar e fatores sócio-econômicos associados; e a influência do consumo alimentar sobre a retenção de peso pós-parto. MÉTODOS: Em estudo de coorte realizado em 5 Unidades Básicas de Saúde do Município de São Paulo, foram acompanhadas 88 gestantes entrevistadas nas consultas de pré-natal e em visita domiciliar 15 dias pós-parto. Para avaliação do consumo alimentar utilizou-se o inquérito Recordatório de 24h, aplicado no 2º trimestre de gestação. Foram calculados o consumo energético e de frutas, verduras e legumes (FLVs), fibras, gordura saturada, açúcar adicionado, alimentos processados e a densidade energética da dieta por meio de tabelas de composição de alimentos. O consumo alimentar foi comparado com as metas de ingestão da OMS. Avaliou-se a retenção de peso pós-parto pela diferença entre a medida de peso 15 dias pós-parto e a realizada no início da gestação. A influência das variáveis sócio-econômicas (renda familiar per capita, escolaridade, estado marital e idade) sobre a adequação do consumo alimentar foi avaliada utilizando-se análise de regressão logística múltipla. Estudou-se a associação entre as variáveis de consumo alimentar (divididas em terços) e a retenção de peso pós-parto mediante análise de regressão linear múltipla. RESULTADOS: Mais de 30 por cento das mulheres apresentaram consumo excessivo de açúcar adicionado e gordura saturada, 64 por cento não atingiram a ingestão mínima de FLVs e nenhuma consumiu a quantidade de fibra alimentar recomendada. O aumento da renda reduziu o Odds Ratio de consumo insuficiente de FLVs (p=0,007). O Odds Ratio de consumo excessivo de açúcar adicionado elevou-se nas mulheres com companheiro (p=0,011) e com maior escolaridade (p=0,008). Maior consumo de gordura saturada elevou a retenção de peso pós-parto de forma estatisticamente significativa no modelo ajustado (p de tendência=0,033). Não foi encontrada relação significativa entre retenção de peso pós-parto e as demais variáveis de consumo alimentar. CONCLUSÃO: O padrão alimentar das gestantes não se mostrou adequado diante as recomendações da OMS, principalmente quanto à ingestão de alimentos saudáveis. O aumento da renda foi um fator de proteção para o consumo inadequado de FLVs na gestação. Houve aumento da retenção de peso pós-parto com a elevação do consumo de gordura saturada nas mulheres estudadas. / Introduction: Healthy food habits during pregnancy prevent postpartum weight retention, which contributes for increasing obesity prevalence among women. Objectives: To study in a cohort of pregnant women: dietary intake and related socioeconomic factors; and the influence of dietary intake on postpartum weight retention. Methods: In this cohort study, 88 pregnant women were interviewed during prenatal appointments in five Primary Units of Public Health and during a domiciliary visit 15 days after delivery, in the city of São Paulo, Brazil. For dietary intake evaluation, the 24-Hour Dietary Recall method was performed at the 2nd trimester of gestation. Energy, fruits and vegetables (FV), dietary fiber, added sugar, processed foods and saturated fat consumption and dietary energy density were calculated using food composition tables and adjusted by energy intake when necessary. Dietary intake variables were compared with WHO recommendations. Postpartum weight retention was calculated by the difference between the weight measured at the beginning of gestation and the same measure 15 days after delivery. The influence of socioeconomic variables (per capita familiar income, education, marital status and age) on dietary intake adequacy was analyzed by multiple logistic regression analysis. The association between dietary intake variables (divided in tertiles) and postpartum weight retention was assessed by multiple linear regression analysis. Results: More than 30 per cent of the women had inadequate added sugar and saturated fat consumption, 64 per cent didnt reach the minimum FV ingestion and none consumed the minimum recommendation for dietary fiber. Income increases reduced the odds ratio for insufficient FV consumption (p=0,007). The odds ratio for excessive added sugar consumption increased among women who lived with a partner (p=0,011) and who had higher educational levels (p=0,008). Postpartum weight retention was significantly higher with elevated ingestion of saturated fat in the adjusted model (p for trend=0,033). No significant relation was found between weight retention and the other dietary indicators. Conclusion: The dietary pattern of the pregnant women assessed in this study was not entirely adequate with regard to WHO recommendations, mainly because of the lack of healthy food ingestion. Income influenced positively the consumption of FV during gestation. Higher consumption of saturated fat increased postpartum weight retention among the studied women.
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Sindrome de tristeza pós-parto : sintomatologia e diagnósticoRohde, Luis Augusto Paim January 1994 (has links)
Resumo não disponível
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Fatores relacionados à retenção de peso no pós-partoZanotti, Joana January 2012 (has links)
Introdução: Estudos evidenciam que a gestação e o período pós-parto são dois momentos críticos que aumentam a exposição a fatores que podem levar ao acúmulo de peso e obesidade futura. Objetivo: O objetivo deste estudo é identificar os fatores associados com a retenção de peso no período pós-parto. Metodologia: Coorte com 145 mulheres, pacientes da maternidade de um Hospital privado do interior do Rio Grande do Sul. Foram incluídas no estudo pacientes com idade entre 19 e 45 anos, com idade gestacional de 38 a 42 semanas de gestação. A análise estatística envolveu o cálculo de média e desvio padrão para as variáveis quantitativas e as variáveis categóricas foram descritas através de freqüências absolutas e relativas. O nível de significância estatística considerado foi de 5% (p ≤ 0,05). Resultados: Identificou-se associação com a retenção de peso no pós-parto, o maior ganho ponderal total e a menor atividade física durante a gestação. Para os demais parâmetros estudados no seguimento dos seis meses, houve associação significativa: a paridade, o intervalo inter-gestacional, o consumo de calorias, o Índice de Massa Corporal (IMC) pré-gestacional, o ganho ponderal relacionado ao IMC pré-gestacional, o grau de depressão, o aleitamento materno, o nível de escolaridade e a situação marital. Conclusões: O presente estudo mostrou menor retenção de peso no período pós-parto associado à maior escolaridade das mulheres e às mulheres casadas. Também foram fatores determinantes para menor retenção de peso: IMC pré-gestacional normal ou abaixo do normal, pratica de atividade física e ganho de peso adequado durante a gestação, menor paridade, amamentação exclusiva por um período maior, consumo de calorias adequado ou abaixo do adequado e ausência de depressão. / Introduction: Studies show that the pregnancy and postpartum period are two critical moments which increase the exposure to factors which may lead to weight retention and future obesity. Objective: This work aims at identifying the associated factors with the weight retention after pregnancy. Methods: Cohort of 145 women, patients at a private maternity hospital in a town of the state of Rio Grande do Sul (Brazil). This study included patients aged between 19 and 45 years, gestational age from 38 to 42 weeks. Statistical analysis involved calculation of average and standard deviation for quantitative variables and the categorical variables were described through absolute and relative frequencies. The level of significant statistic considered was 5% (p ≤ 0.05). Results: There was a positive and significant association between the total weight gain and a negative association with physical exercise during pregnancy, with total weight loss. For other associated parameters, the ratio was reversed. The higher the parity, the inter-pregnancy interval, the calorie intake, the pre-pregnancy BMI, the weight gain related to pre-pregnancy BMI, the depression level and the lack of exclusive breastfeeding, the lower the weight loss. Concerning nominal variables, the total weight loss was significantly associated with level of education and marital status. Conclusion: The present study showed lower weight retention in the postpartum period associated with higher level of education and with married women. These were also determining factors to reduced weight retention: normal or below normal pre-pregnancy BMI, physical activity and adequate weight gain during pregnancy, lower parity, exclusive breastfeeding for a longer period, appropriate consumption of calories – or below –, and lack of depression.
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Influência de diferentes ambientes pós-natais sobre o desenvolvimento e respostas comportamentais e neuroendócrinas de ratos adultosBalsamo, Natalia Cristina Uriarte January 2008 (has links)
A experiência durante os períodos iniciais da vida dos animais é de fundamental importância para a formação das ligações sociais e o estabelecimento da relação do indivíduo com o ambiente. A mãe e os irmãos dentro do ninho constituem a fonte mais importante de estimulação sensorial para os filhotes de rato recém-nascidos, a qual é crucial para a organização de respostas comportamentais e endócrinas durante as etapas precoces do desenvolvimento. O objetivo da presente tese foi estudar a influência do comportamento maternal e do ambiente social sobre o desenvolvimento comportamental, respostas endócrinas e função reprodutiva de ratos, utilizando duas abordagens experimentais que pretendem se aproximar às condições naturais. Os resultados mostraram que o comportamento maternal é uma conduta flexível e modificável por variáveis fisiológicas ou ambientais. Os diferentes ambientes maternais ou sociais decorrentes dessas variações modificaram a experiência precoce que receberam os filhotes, provocando mudanças na sua reatividade emocional durante a idade adulta. Também mostramos que essas variações alteram a responsividade ao estresse e a função reprodutiva em forma sexualmente dimórfica. Estes resultados evidenciam a importância da experiência precoce como moduladora das respostas comportamentais e endócrinas dos indivíduos a longo prazo. / Early-life environment exerts long-term influences on rodents’ brain, behavior and reproductive functions. In the rat, stimulation provided by the mother and littermates represents the most relevant source of sensory stimulation for the pups during early development and is crucial for an adequate development of the pups. The aim of this thesis was to determine the effects of maternal behavior and social environment on rats’ behavioral development, endocrine responses and reproductive functions, using two experimental approaches which intend to approximate to natural conditions. Present results showed that maternal behavior is a plastic behavior, which could be modified by physiological or environmental factors. The different maternal and social environments caused by these variations, modify pups’ early experience and provoke changes in emotional reactivity at adulthood. Besides, results showed that these variations long-term alter stress responsivity and reproductive function in a sexual dimorphic manner. These results highlight the importance of early experience as a long- term modulator of behavioral and endocrine response of individuals.
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