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Resiliência, estresse ocupacional, capacidade para o trabalho e presenteísmo em militares do Exército Brasileiro atuantes em uma corporação do Rio Grande do Sul / Resilience, occupational stress, work ability and presenteeism in brazilian army’ staff from a corporation of Rio Grande do SulUmann, Juliane January 2017 (has links)
Conflitos étnico culturais, circunstâncias sócio-político-econômicas, eventos catastróficos ambientais e o terrorismo permeiam o cenário mundial e justificam a atenção que tem sido destinada pela comunidade científica à população de militares. Esses profissionais convivem sob uma dinâmica e cultura laborativa peculiar, em que a relação demanda de trabalho-alterações de saúde pode ser distinta daquela verificada em outras populações, especialmente devido à promoção de comportamentos resilientes. Objetivou-se avaliar a validade dos instrumentos psicométricos junto a militares do exército; determinar os níveis de resiliência, estresse, capacidade para o trabalho e presenteísmo em militares do exército brasileiro; e analisar as relações de dependência entre resiliência, estresse ocupacional, capacidade para o trabalho e presenteísmo em militares do Exército Brasileiro. Trata-se de uma pesquisa transversal, analítica e de abordagem quantitativa realizada com a população de militares (n=250) atuantes em uma organização militar do Exército Brasileiro situada no interior do Rio Grande do Sul. O protocolo de pesquisa constou por formulário para caracterização sociodemográfica e funcional; Escala de Estresse no Trabalho; Escala de Resiliência de Connor-Davidson; Questionário de limitações no trabalho e Índice de Capacidade para o Trabalho. A validação dos constructos foi procedida pela análise fatorial confirmatória e a modelagem de equações estruturais foi aplicada para compreender as relações de dependência entre as variáveis. Adotou-se nível de significância de 5% e índices de qualidade de ajuste (absolutos e incrementais) e de má qualidade de ajuste (resíduos) para avaliar o modelo proposto. Foram atendidos preceitos éticos conforme Resolução CNS 466/12. Verificou-se estrutura fatorial satisfatória para a explicação dos fenômenos desta investigação, não sendo alterado nenhum dos modelos originais dos instrumentos. Obteve-se predomínio de baixo estresse (58,3%), boa (49,10%) capacidade para o trabalho e alta resiliência (28,1%) e índice de presenteísmo dos militares foi de até 7,83%. O modelo estrutural hipotetizado apresentou índices de qualidade de ajuste e resíduos satisfatórios, sendo 19,3% do presenteísmo explicado pelas variáveis latentes e a capacidade para o trabalho por 35,7% delas. Observou-se que o estresse ocupacional aumenta os níveis de presenteísmo (β=-0,35) e diminui a capacidade para o trabalho (β=-4,30). Já a resiliência minimiza os níveis de estresse (β=-0,30) e presenteísmo (β=0,37); e aumenta a capacidade para o trabalho (β=1,71). Além disso, o aumento da capacidade para o trabalho implica menor presenteísmo e vice-versa (β=0,98; p<0,001). Observou-se que a capacidade para o trabalho minimiza o efeito do estresse no presenteísmo (β= -4,17). Ainda, a resiliência modera a relação entre estresse e capacidade para o trabalho (p<0,01), de forma que indivíduos resilientes sofrem menor efeito do estresse ocupacional sobre sua capacidade para o trabalho. A análise e aplicação de programas de treinamento da personalidade resiliente em instituições militares brasileiras deve ser promovida a fim de aprimorar a capacidade para o trabalho e o desempenho dos profissionais, o que irá fortalecer a efetividade da segurança nacional. / Ethnic-cultural conflicts; social, political and economic circumstances; catastrophic events from natural disasters; and terrorism are present in the world stage and justify the attention that has been given for scientific community to the military staff. These professionals live under a peculiar work dynamic and culture, in which the relation between work demand and health conditions may be different from that verified in other samples, specially due to the promotion of resilient behaviors. We aimed to assess the validity of psychometric instruments for military staff; to determine the levels of resilience, stress, work ability and presenteeism in Brazilian military staff; and to analyze the relations of dependence among resilience, occupational stress, work ability and presenteeism in Brazilian military staff. It's a cross-sectional, analytic and quantitative research conducted with soldiers (n=250) from a military unit of the Brazilian army that is located in the center of Rio Grande do Sul. The research protocol contained a form to sociodemographic and functional characterization; the Work Stress Scale; the Connor-Davidson Resiliency Scale; the Work Limitation Questionnaire and the Work Ability Index. We applied the confirmatory factorial analysis to assess the constructs validity and the structural equation modeling to identify the dependence relations among the variables. With a 5% significance level, the fitness (absolutes and incremental) and unfitness (residuals) indexes were applied to assess the hypothetic model. Ethical issues were respected according to the resolution CNS 466/12. We verified a satisfactory factorial structure to explain the phenomena of this investigation, and all original models of the instruments were not changed. There was a predominance of low stress (58.3%), good work ability (49.10%) and high resilience (28.1%). Soldiers had a presenteeism index of until 7,83%. The hypothetic model showed satisfactory fitness and residues indexes, being that latent variables explained 19.3% of presenteeism and 35.7% of work ability. We observed that occupational stress increased the levels of presenteeism(β=-0.35) and decreases the work ability (β=-4.30). On other hand, resilience decreases the stress levels (β=-0,30) and presenteeism (β=0.37); and increases the work ability (β=1.71). Additionally, the higher work ability, the lower presenteeism and vice-versa (β=0.98; p<0.001). The work ability buffers the negative effect from stress on presenteeism (β= -4.17). Also, resilience moderates the relationship between stress and work ability (p<0.01) what means that resilient individuals suffer lower effect of occupational stress on their work ability. The assessment and application of programs for training resilient skills in Brazilian army institutions should be promoted in order to improve the work ability and the performance of soldiers, what will strength the national security effectivity.
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Trauma, resiliência e dependência química : um estudo sobre seus aspectos clínicos e biológicos em uma amostra de usuários de crackSordi, Anne Orgler January 2015 (has links)
Introdução: O consumo de drogas - em especial o crack - tem se tornado alvo de preocupação em diversos países devido ao impacto que uso desta substância provoca no indivíduo, na família e na sociedade. A complexidade deste tema permeia questões políticas e científicas que buscam uma solução para esse problema, levando em consideração medidas de prevenção e de tratamento para os usuários. Dessa maneira, entender os fatores de vulnerabilidade que predispõem ao consumo desta substância, bem como de que maneira estes fatores interferem na fisiopatologia do desenvolvimento da dependência química se tornou foco de muitas pesquisas. Recentemente, tem-se voltado à atenção para o estudo de alguns marcadores biológicos “candidatos” que possam auxiliar no entendimento dos mecanismos que permeiam o estabelecimento e o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos, incluindo a dependência química. Objetivos: Avaliar as alterações nos níveis séricos de BDNF e TBARS durante o processo de abstinência precoce em usuários de crack e sua relação com a gravidade do uso da substância; avaliar a história de trauma na infância e a capacidade de resiliência em usuários de crack em comparação com indivíduos saudáveis; e avaliar como as alterações destes marcadores biológicos, bem como o do NPY, estão associados a intensidade de trauma infantil reportado pelos usuários de crack. Método: Este é um estudo longitudinal que avaliou o total de 218 usuários de crack, 18 anos ou mais, internados no Hospital Psiquiátrico São Pedro, na cidade de Porto Alegre, Brasil. Destes, os primeiros 49 usuários de crack masculinos que aceitaram coletar sangue na baixa e na alta foram selecionados através de uma amostra consecutiva para a avaliação dos níveis séricos de TBARS e de BDNF, e destes 33 também foram selecionados consecutivamente para a avaliação dos níveis séricos de NPY na alta e em jejum. As dosagens séricas dos neuromarcadores não foram realizadas em toda a amostra devido a limitações nos recursos financeiros do projeto. Além disso, foram avaliados 215 controles saudáveis moradores de um bairro da cidade de Canoas, com condições sociodemográficas semelhantes aos casos. Destes, 97 foram selecionados por uma amostra consecutiva e tiveram seu sangue coletado para avaliação dos níveis séricos de TBARS e BDNF. Todos os casos apresentaram teste de urina positivo para cocaína na entrada ao estudo, e todos os controles apresentaram teste de urina negativo para cocaína, além de reportarem não usar a substância. As entrevistas dos casos foram realizadas por entrevistadores treinados e supervisionados semanalmente pelos coordenadores do estudo, e ocorreram entre o 5º e 7º dia de internação. Características do consumo de drogas foram avaliadas através do Addicion Severity Index 6ª versão (ASI-6), a história de trauma na infância foi avaliada pelo Childhood Trauma Questionaire (CTQ) e a capacidade de resiliência foi avaliada através da Escala de Resiliência. Resultados: O artigo 1 avaliou 49 pacientes usuários de crack e demonstrou uma correlação positiva, na alta hospitalar, entre os níveis séricos de TBARS e a gravidade do uso de crack (R=0,304; p=0,04), bem como uma correlação negativa entre os níveis séricos de BDNF e a gravidade do uso de crack (R =-0,359; p=0,01). Além disso, foi verificada uma correlação inversa entre os níveis séricos de TBARS e BDNF na alta (R=-0,294; p=0,004). O artigo 2 avaliou 218 usuários de crack e 215 controles saudáveis e mostrou que usuários de crack reportam níveis mais altos de trauma na infância, exceto por abuso sexual, do que os controles (p<0.001). Escores de resiliência foram mais baixos nos usuários de crack (p<0.01); e apresentar níveis mais altos de trauma na infância, bem como escores mais baixos de resiliência, aumentou a chance de vir a ser um usuário de crack, independentemente do diagnóstico de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). O artigo 3 avaliou 33 usuários de crack e demonstrou que o BDNF aumenta durante a abstinência precoce, independentemente dos níveis de trauma na infância. Por outro lado, o TBARS apresentou uma interação significativa entre tempo e trauma (F[2,28]=6,357; p=0.005; ηp2=0,312). Aqueles com baixos escores de trauma diminuíram o TBARS, enquanto aqueles com altos escores de trauma aumentaram o TBARS durante a abstinência precoce. Além disso, os níveis séricos de NPY apresentaram uma correlação negativa com todos os tipos de trauma, exceto por abuso sexual (negligência física r=-0,396; p=0,034; negligência emocional r=-0,391; p=0,036; abuso físico r=-0,427; p=0,021; abuso emocional r=-0,419; p=0,024; abuso sexual r=-0,190; p=0,323). Conclusões: Os achados deste estudo demonstram que usuários de crack possuem escores mais elevados de trauma na infância e escores mais baixos de resiliência, quando comparados a indivíduos saudáveis. As alterações nos níveis de TBARS durante a abstinência precoce parecem ser influenciadas pela intensidade do trauma infantil, e os níveis séricos de NPY parecem estar inversamente correlacionados à intensidade deste trauma. Além disso, os níveis de BDNF e TBARS no momento da alta parecem estar associados à gravidade do uso de crack. A intensidade do trauma infantil e a gravidade do uso de crack parecem ser fatores que influenciam os mecanismos neurobiológicos relacionados ao desenvolvimento da dependência desta substância, bem como ao processo de abstinência. Os resultados apresentados nos 3 artigos se complementam no sentido de proporcionar uma maior compreensão das inter-relações entre fatores psicossociais de proteção e vulnerabilidade para a dependência de crack e as alterações neurobiológicas associadas tanto à história de trauma na infância, quanto à gravidade do uso de drogas. Dessa forma, esses achados podem contribuir para a construção do conhecimento a respeito dos processos que medeiam o desenvolvimento da dependência química. / Introduction: Drug consumption - particularly crack cocaine - has become a matter of concern in many countries because of its impact on the individual, family and society. The complexity of this issue permeates political and scientific questions that aim to find a solutions, taking into account strategies of prevention and treatment for crack cocaine users. Thus, understanding the vulnerability factors that predispose to drug use, as well as how these factors influence the pathophysiology of addiction has became the focus of many studies. Recently, there is a growing body of evidence suggesting that “candidate” biological markers can help to understand the mechanisms that underlie the establishment and development of psychiatric disorders, including substance abuse. Method: This was a longitudinal study that evaluated 218 crack cocaine users, at least 18 years old, admitted to Hospital Psiquiátrico São Pedro in the city of Porto Alegre, Brazil. Of these, 49 male patients had blood samples collected at intake and discharge for the evaluation of TBARS and BDNF serum levels, and 33 had their blood also collected at discharge for the evaluation of NPY serum levels. In addition, we evaluated 215 healthy controls who lived in a neighborhood with sociodemographic conditions similar to cases, in the city of Canoas. Of these, 97 had blood collected for the evaluation of TBARS and BDNF serum levels. All cases had a positive urine test for cocaine at intake. All controls had negative urine test for cocaine and reported not to use this substance. The interviews of the cases were conducted by trained interviewers and supervised weekly by study coordinators, and occurred between 5 and 7 days of hospitalization. Characteristics of drug use were evaluated using the Addiction Severity Index 6th version (ASI -6), the history of childhood trauma was assessed by the Childhood Trauma Questionnaire (CTQ), and resilience was evaluated by the Resilience Scale. Results: The first paper evaluated 49 crack cocaine users. We found a positive correlation between TBARS levels and severity of crack cocaine use (R=0.304, p=0.04) and a negative correlation between BDNF and severity of crack cocaine use (R =-0.359, p=0.01) at discharge. We found an inverse correlation between TBARS and BDNF levels (R=-0.294, p=0.004) at discharge. The second paper reported that childhood trauma was significantly higher among crack cocaine users in all trauma domains (p<0.001) - except for sexual abuse - and resilience scores were lower among crack cocaine users (p<0.01). We also demonstrated that having higher scores of childhood trauma and lower scores of resilience increases the odds to become a crack cocaine user (p<0.001), despite the diagnosis of post-traumatic stress disorder (PTSD). Finally, the third paper showes a significant increase in BDNF levels from admission to discharge, which did not differ by the childhood trauma subgroups. For TBARS levels, we found significant time by trauma interaction (F[2,28]=6.357,p=0.005,ηp2=0.312). Those with low trauma levels decrease TBARS, while those with a high trauma levels increase TBARS during early withdrawal. NPY levels were negatively correlated with all types of childhood trauma, except for sexual abuse (physical neglect r=-0.396, p=0.034; emotional neglect r=-0.391, p=0.036; physical abuse r=-0.427, p=0.021; emotional abuse r=-0.419, p=0.024; sexual abuse r=-0.190, p=0.323). Conclusions: Results of this study demonstrate that crack cocaine users have higher scores of childhood trauma and lower resilience scores when compared to healthy subjects. Changes in the level of TBARS during early withdrawal, as well as NPY serum levels at discharge seems to be influenced by the intensity of childhood trauma. In addition, BDNF and TBARS levels at discharge appear to be associated with the severity of crack cocaine use. Thus, it is suggested that childhood trauma and low resilience may be risk factors for crack cocaine use. Also, the intensity of childhood trauma and severity of crack cocaine use appear to influence the neurobiological mechanisms related to the development of crack cocaine dependence and withdrawal. The results presented in the 3 articles complement each other in order to provide a greater understanding of the interrelationships between psychosocial factors of vulnerabilities and protection for crack addiction, and the neurobiological changes associated with both childhood trauma and the severity of drug use. Thus, these findings may contribute to the construction of knowledge about the processes that underlies the development of addiction.
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Trauma, resiliência e dependência química : um estudo sobre seus aspectos clínicos e biológicos em uma amostra de usuários de crackSordi, Anne Orgler January 2015 (has links)
Introdução: O consumo de drogas - em especial o crack - tem se tornado alvo de preocupação em diversos países devido ao impacto que uso desta substância provoca no indivíduo, na família e na sociedade. A complexidade deste tema permeia questões políticas e científicas que buscam uma solução para esse problema, levando em consideração medidas de prevenção e de tratamento para os usuários. Dessa maneira, entender os fatores de vulnerabilidade que predispõem ao consumo desta substância, bem como de que maneira estes fatores interferem na fisiopatologia do desenvolvimento da dependência química se tornou foco de muitas pesquisas. Recentemente, tem-se voltado à atenção para o estudo de alguns marcadores biológicos “candidatos” que possam auxiliar no entendimento dos mecanismos que permeiam o estabelecimento e o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos, incluindo a dependência química. Objetivos: Avaliar as alterações nos níveis séricos de BDNF e TBARS durante o processo de abstinência precoce em usuários de crack e sua relação com a gravidade do uso da substância; avaliar a história de trauma na infância e a capacidade de resiliência em usuários de crack em comparação com indivíduos saudáveis; e avaliar como as alterações destes marcadores biológicos, bem como o do NPY, estão associados a intensidade de trauma infantil reportado pelos usuários de crack. Método: Este é um estudo longitudinal que avaliou o total de 218 usuários de crack, 18 anos ou mais, internados no Hospital Psiquiátrico São Pedro, na cidade de Porto Alegre, Brasil. Destes, os primeiros 49 usuários de crack masculinos que aceitaram coletar sangue na baixa e na alta foram selecionados através de uma amostra consecutiva para a avaliação dos níveis séricos de TBARS e de BDNF, e destes 33 também foram selecionados consecutivamente para a avaliação dos níveis séricos de NPY na alta e em jejum. As dosagens séricas dos neuromarcadores não foram realizadas em toda a amostra devido a limitações nos recursos financeiros do projeto. Além disso, foram avaliados 215 controles saudáveis moradores de um bairro da cidade de Canoas, com condições sociodemográficas semelhantes aos casos. Destes, 97 foram selecionados por uma amostra consecutiva e tiveram seu sangue coletado para avaliação dos níveis séricos de TBARS e BDNF. Todos os casos apresentaram teste de urina positivo para cocaína na entrada ao estudo, e todos os controles apresentaram teste de urina negativo para cocaína, além de reportarem não usar a substância. As entrevistas dos casos foram realizadas por entrevistadores treinados e supervisionados semanalmente pelos coordenadores do estudo, e ocorreram entre o 5º e 7º dia de internação. Características do consumo de drogas foram avaliadas através do Addicion Severity Index 6ª versão (ASI-6), a história de trauma na infância foi avaliada pelo Childhood Trauma Questionaire (CTQ) e a capacidade de resiliência foi avaliada através da Escala de Resiliência. Resultados: O artigo 1 avaliou 49 pacientes usuários de crack e demonstrou uma correlação positiva, na alta hospitalar, entre os níveis séricos de TBARS e a gravidade do uso de crack (R=0,304; p=0,04), bem como uma correlação negativa entre os níveis séricos de BDNF e a gravidade do uso de crack (R =-0,359; p=0,01). Além disso, foi verificada uma correlação inversa entre os níveis séricos de TBARS e BDNF na alta (R=-0,294; p=0,004). O artigo 2 avaliou 218 usuários de crack e 215 controles saudáveis e mostrou que usuários de crack reportam níveis mais altos de trauma na infância, exceto por abuso sexual, do que os controles (p<0.001). Escores de resiliência foram mais baixos nos usuários de crack (p<0.01); e apresentar níveis mais altos de trauma na infância, bem como escores mais baixos de resiliência, aumentou a chance de vir a ser um usuário de crack, independentemente do diagnóstico de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). O artigo 3 avaliou 33 usuários de crack e demonstrou que o BDNF aumenta durante a abstinência precoce, independentemente dos níveis de trauma na infância. Por outro lado, o TBARS apresentou uma interação significativa entre tempo e trauma (F[2,28]=6,357; p=0.005; ηp2=0,312). Aqueles com baixos escores de trauma diminuíram o TBARS, enquanto aqueles com altos escores de trauma aumentaram o TBARS durante a abstinência precoce. Além disso, os níveis séricos de NPY apresentaram uma correlação negativa com todos os tipos de trauma, exceto por abuso sexual (negligência física r=-0,396; p=0,034; negligência emocional r=-0,391; p=0,036; abuso físico r=-0,427; p=0,021; abuso emocional r=-0,419; p=0,024; abuso sexual r=-0,190; p=0,323). Conclusões: Os achados deste estudo demonstram que usuários de crack possuem escores mais elevados de trauma na infância e escores mais baixos de resiliência, quando comparados a indivíduos saudáveis. As alterações nos níveis de TBARS durante a abstinência precoce parecem ser influenciadas pela intensidade do trauma infantil, e os níveis séricos de NPY parecem estar inversamente correlacionados à intensidade deste trauma. Além disso, os níveis de BDNF e TBARS no momento da alta parecem estar associados à gravidade do uso de crack. A intensidade do trauma infantil e a gravidade do uso de crack parecem ser fatores que influenciam os mecanismos neurobiológicos relacionados ao desenvolvimento da dependência desta substância, bem como ao processo de abstinência. Os resultados apresentados nos 3 artigos se complementam no sentido de proporcionar uma maior compreensão das inter-relações entre fatores psicossociais de proteção e vulnerabilidade para a dependência de crack e as alterações neurobiológicas associadas tanto à história de trauma na infância, quanto à gravidade do uso de drogas. Dessa forma, esses achados podem contribuir para a construção do conhecimento a respeito dos processos que medeiam o desenvolvimento da dependência química. / Introduction: Drug consumption - particularly crack cocaine - has become a matter of concern in many countries because of its impact on the individual, family and society. The complexity of this issue permeates political and scientific questions that aim to find a solutions, taking into account strategies of prevention and treatment for crack cocaine users. Thus, understanding the vulnerability factors that predispose to drug use, as well as how these factors influence the pathophysiology of addiction has became the focus of many studies. Recently, there is a growing body of evidence suggesting that “candidate” biological markers can help to understand the mechanisms that underlie the establishment and development of psychiatric disorders, including substance abuse. Method: This was a longitudinal study that evaluated 218 crack cocaine users, at least 18 years old, admitted to Hospital Psiquiátrico São Pedro in the city of Porto Alegre, Brazil. Of these, 49 male patients had blood samples collected at intake and discharge for the evaluation of TBARS and BDNF serum levels, and 33 had their blood also collected at discharge for the evaluation of NPY serum levels. In addition, we evaluated 215 healthy controls who lived in a neighborhood with sociodemographic conditions similar to cases, in the city of Canoas. Of these, 97 had blood collected for the evaluation of TBARS and BDNF serum levels. All cases had a positive urine test for cocaine at intake. All controls had negative urine test for cocaine and reported not to use this substance. The interviews of the cases were conducted by trained interviewers and supervised weekly by study coordinators, and occurred between 5 and 7 days of hospitalization. Characteristics of drug use were evaluated using the Addiction Severity Index 6th version (ASI -6), the history of childhood trauma was assessed by the Childhood Trauma Questionnaire (CTQ), and resilience was evaluated by the Resilience Scale. Results: The first paper evaluated 49 crack cocaine users. We found a positive correlation between TBARS levels and severity of crack cocaine use (R=0.304, p=0.04) and a negative correlation between BDNF and severity of crack cocaine use (R =-0.359, p=0.01) at discharge. We found an inverse correlation between TBARS and BDNF levels (R=-0.294, p=0.004) at discharge. The second paper reported that childhood trauma was significantly higher among crack cocaine users in all trauma domains (p<0.001) - except for sexual abuse - and resilience scores were lower among crack cocaine users (p<0.01). We also demonstrated that having higher scores of childhood trauma and lower scores of resilience increases the odds to become a crack cocaine user (p<0.001), despite the diagnosis of post-traumatic stress disorder (PTSD). Finally, the third paper showes a significant increase in BDNF levels from admission to discharge, which did not differ by the childhood trauma subgroups. For TBARS levels, we found significant time by trauma interaction (F[2,28]=6.357,p=0.005,ηp2=0.312). Those with low trauma levels decrease TBARS, while those with a high trauma levels increase TBARS during early withdrawal. NPY levels were negatively correlated with all types of childhood trauma, except for sexual abuse (physical neglect r=-0.396, p=0.034; emotional neglect r=-0.391, p=0.036; physical abuse r=-0.427, p=0.021; emotional abuse r=-0.419, p=0.024; sexual abuse r=-0.190, p=0.323). Conclusions: Results of this study demonstrate that crack cocaine users have higher scores of childhood trauma and lower resilience scores when compared to healthy subjects. Changes in the level of TBARS during early withdrawal, as well as NPY serum levels at discharge seems to be influenced by the intensity of childhood trauma. In addition, BDNF and TBARS levels at discharge appear to be associated with the severity of crack cocaine use. Thus, it is suggested that childhood trauma and low resilience may be risk factors for crack cocaine use. Also, the intensity of childhood trauma and severity of crack cocaine use appear to influence the neurobiological mechanisms related to the development of crack cocaine dependence and withdrawal. The results presented in the 3 articles complement each other in order to provide a greater understanding of the interrelationships between psychosocial factors of vulnerabilities and protection for crack addiction, and the neurobiological changes associated with both childhood trauma and the severity of drug use. Thus, these findings may contribute to the construction of knowledge about the processes that underlies the development of addiction.
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Movimento e equilíbrio no envelhecimento: familia, espiritualidade e resiliência / Movement and balance in the aging: family, spirituality and resilienceAna Carolina Albiero Leandro da Rocha 29 August 2016 (has links)
O conceito de resiliência foi adaptado às ciências humanas como a capacidade do indivíduo responder positivamente às adversidades da vida, relacionando-se com a família e a espiritualidade. Considerando a espiritualidade como o que confere significado a existência e o seu potencial em promover a resiliência para o enfrentamento de dificuldades, como as mudanças decorrentes do envelhecimento, desenvolveu-se o presente estudo, cujo objetivo foi: compreender a resiliência e a espiritualidade na reorganização da família frente ao envelhecimento. Procurou-se ainda, conhecer a condição socioeconômica, cultural, a composição familiar, as mudanças que ocorreram na dinâmica familiar e as estratégias de enfrentamento do idoso e sua família, frente ao envelhecimento. Foi realizado um estudo descritivo, prospectivo, sob os pressupostos da pesquisa qualitativa. Em entrevista, aplicou-se um questionário com dados socioeconômico e questões norteadoras para apreender os significados do envelhecimento para o idoso e seu familiar. Foi elaborado um genograma, seguido da aplicação do Mini-Mental, Índex de Katz, Escala de Depressão de Yesavage. Inicialmente foi mapeado 294 idosos residentes no território atendidos por uma equipe de saúde da família de uma Unidade Básica de Saúde do bairro do Teotônio Vilela, município de São Paulo. Dentre estes, foram entrevistados 23 idosos e igual número de familiares, totalizando 46 indivíduos. Os discursos foram analisados com auxílio do programa WebQDA 2.0 e da técnica de análise de conteúdo. Dos idosos entrevistados, 78,3% residiam em domicílio próprio, com pelo menos mais um familiar. A Unidade de saúde é utilizada por 69,6% dos idosos. Dos idosos, 91,3% foram mulheres, 43,5% tinham entre 71 e 80 anos, maioria católicas, aposentadas e com renda entre um a três salários mínimos O Mini-Mental, revelou que 34,8% dos participantes tinham pontuação considerada normal e o aspecto emocional, avaliado pela Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage mostrou 26,1% com pontuação sugestiva de depressão. Pelo Índice de Katz, 87,0% dos idosos foram classificados como independentes. Os familiares eram em sua maioria do sexo feminino (82,6%), filhas e acima dos 50 anos. Os discursos revelaram que entre as mudanças individuais decorrentes do envelhecimento, as mudanças cognitivas e físicas impactaram no aumento da dependência e na condição socioeconômica da família. A família, a confiança e os vínculos estabelecidos foram responsáveis por dar sentido à vida dos idosos. A espiritualidade esteve presente significando a existência e em alguns casos, foi expressada através da religiosidade e de sentimentos de felicidade, promovendo a resiliência. Compreendendo a espiritualidade como o que dá sentido a vida e a resiliência como a força advinda da superação das adversidades, conclui-se que não há como ser resiliente sem sentido ou motivo para viver. A enfermagem tem o objetivo de oferecer cuidados holísticos ao ser humano. A família, a comunidade e as relações que o indivíduo estabelece ao longo da vida interferem no modo de viver e encarar as adversidades. Compreender o idoso inserido neste contexto pode potencializar os vínculos estabelecidos entre os pacientes, a família e a equipe de enfermagem, favorecendo a adesão aos tratamentos e a promoção de saúde. / The concept of resilience has been adapted to the human sciences as the ability of an individual to respond positively to the adversities of life, relating with family and spirituality. Considering spirituality as what concedes meaning to the existence and its potencial in promoting resilience to the coping of difficulties such as the changes that result from aging, the present study was developed, which objective has been: to comprehend resilience and spirituality in the family reorganization facing the aging process. It was tried, to know the socio economical and cultural conditions, family composition, the changes that occurred in the family dynamics, and the strategies of coping, of the elder and their family, with the aging process. It was made a descriptive, prospective, study of the assumptions of the qualitative research. In interview, it was applied a questionary with socio economical data, and questions guiding to the apprehension of the meanings of aging to the elder and their family. It was elaborated a genogram, followed by the application of the Mini-Mental, Katz Index, Yesavage Scale of Depression. Initially it was mapped 295 elders residents of the territory attended by a family health team of Basic Health Unit, of Teotonio Vilela neighborhood, in the city of São Paulo. Amongst these, 23 elders were interviewed, and the correspondent number of families, totalizing 46 individuals. The answers were analyzed with the help of WebQDA 2.0, and the technique of content analysis. Of the interviewed elders, 78,3% lived in their own property, with at least one more relative. The health Unit is used by 69,9% of the elders. From the elders, 91,3% were women, 43,5% were between 71 and 80 years old, a majority of catholics, retired and with an income between one and three minimal wages. Mini-Mental revealed that 34,8% of participants had punctuation considered normal, and the emotional aspect, evaluated by Yesavage Geriatric Depression Scale, has shown that 26,1% had punctuation suggesting depression. By Katz Index, 87% of the elders were classified as independents. The families were in their majority women (82,6%), daughters and above 50 years old. The answers revealed that among the individual changes incurring from the aging process, the cognitive and physical changes affected in the increasing of dependency, and the social economical condition of the family. The family, its confidence and the stablished bonds were responsible for giving meaning to the elders lives. Spirituality has been present, giving meaning to the existence, and in some cases, has been expressed through religiosity and feelings of happiness, promoting resilience. Comprehending spirituality as what gives meaning to life and resilience as the strength arising from overcoming adversities, it has been concluded that there is no possibility of being resilient without a reason or motivation for living. Nursing has the objective of offering holistic care to the human being. Family, community and the relations that an individual satellites throughout life interfere in the way of living and facing adversities. Comprehending the elder in this context may power the bonds stablished among patients, family and the nursing team, favoring the accession to the treatments and health promotion.
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Avaliação e proposta de promoção da resiliência nos trabalhadores de enfermagem de um hospital universitário / Evaluation and proposal to promote resilience in nursing workers of a university hospitalSilmar Maria da Silva 02 February 2017 (has links)
Introdução: Os trabalhadores de enfermagem estão inseridos em um contexto laboral que tem contribuído para as desordens física e mental, mas que também pode ser fonte de prazer. Neste cenário, a resiliência, como ferramenta de construção humana, busca enfatizar as potencialidades e fortalezas do trabalhador, a encontrar um ponto de equilíbrio para o enfrentamento das adversidades laborais, e trazer à tona aqueles recursos dos quais o trabalhador não tem consciência de sua existência ou da sua capacidade de mobilizá-los. Objetivos: Mensurar o nível de resiliência em trabalhadores de enfermagem de um hospital universitário; verificar os fatores associados a resiliência dos trabalhadores de enfermagem de um hospital universitário; e propor um modelo para promoção da resiliência em trabalhadores de enfermagem. Método: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, de corte transversal, com abordagem quantitativa, realizado com trabalhadores de enfermagem, de um hospital universitário, que atuavam na assistência direta aos pacientes e, no mínimo, há 6 meses na instituição. Foram aplicados dois instrumentos para coleta de dados: um questionário de caracterização sociodemográfica e profissional e a Escala de Resiliência. Resultados: O escore médio da Escala de Resiliência dos 375 participantes foi de 138,7 pontos (dp=18,3), variando de 36,0 a 174,0 pontos e mediana de 142,0 pontos. A maior proporção de trabalhadores reportou nível moderadamente baixo/moderado (45,3%; 170), seguido pelo nível moderadamente alto/alto (39,5%; 148), sendo que 15,2% (57) apresentaram baixo nível de resiliência. A resiliência teve associação positiva com a idade, com o tempo de trabalho na instituição e com o tempo de trabalho na profissão, sendo que quanto mais elevadas, maior o escore da Escala de Resiliência. Na regressão linear, a interpretação do modelo é: para cada ano de idade ocorre aumento de 0,289 pontos na Escala de Resiliência. O modelo para promoção de resiliência se constituiu na elaboração de uma oficina com quatro encontros semanais, em grupo de 8 a 10 trabalhadores de enfermagem, com vistas a promoção dos fatores de proteção, intrínsecos e extrínsecos. Conclusão: O escore médio da Escala de Resiliência nos trabalhadores de enfermagem foi de 138,7 pontos (dp=18,3), contudo, apesar da média estar dentro de um nível mediano, deve-se considerar que os valores da escala de resiliência variaram de 36,0 a 174,0 pontos. Ou seja, houveram trabalhadores com nível alto de resiliência, mas cerca de 15% apresentaram baixo nível de resiliência, indicando uma situação de risco para o adoecimento. As variáveis idade, tempo de trabalho na profissão e tempo de trabalho na instituição foram identificadas como fatores associados à resiliência dos trabalhadores de enfermagem de um hospital universitário. Por outro lado, foi possível evidenciar que o sexo, o estado civil, a escolaridade e a remuneração, bem como as demais variáveis profissionais não são determinantes para a resiliência. Esses achados constituem numa contribuição desta pesquisa aos saberes da resiliência no campo do trabalho, em particular, o da enfermagem, principalmente, por haver poucos estudos que abordem a questão da resiliência em trabalhadores de enfermagem. / Introduction: The Nursing workers are inserted in a labour context which has contributed to the physical and mental disorders, but it can also be a source of pleasure.In this context, the resilience, seeks to emphasize the potentials and strengths of the worker, as a tool for human construction, to find a balance point for the confrontation of labour adversities, and to bring to the fore those resources of which the worker is not aware of his existence or his ability to mobilize them. Objectives: To measure the level of resilience in nursing workers of a university hospital; to verify the factors associated with the resilience of nursing workers of a university hospital; and to propose a model for promote resilience in nursing workers. Method: This is an exploratory, descriptive and cross-sectional study with a quantitative approach, carried out with nursing workers from a university hospital, working in patient care and with at least for 6 months at the institution. Two instruments were used for data collection: a sociodemographic and professional characterization questionnaire and the Resilience Scale. Results: The mean score of the 375 participants of the Resilience Scale was 138.7 points (sd = 18.3), ranging from 36.0 to 174.0 points and a median of 142.0 points. The highest proportion of workers reported a moderately low/moderate level (45.3%, 170), followed by moderately high/high level (39.5%, 148), and 15.2% (57) had a low level of resilience. Resilience had positive association with age, working time in the institution and working time in the profession, being the highest, largest score of the Resilience Scale. In linear regression, the interpretation of the model is: for each year of age occurs an increase of 0.289 points in the Resilience Scale. The model for promotion of resilience consisted in the elaboration of a workshop with four weekly meetings, in a group from 8 to 10 nursing workers, with a view to promoting protection, intrinsic and extrinsic factors. Conclusion: The mean score of the Resilience Scale in nursing workers was 138.7 points (sd = 18.3), however, although the average was within a median level, it should be considered that the values oh the Resilience Scale ranged from 36.0 to 174.0 points. In other words, there were workers with a high level of resilience, but about 15% showed low level of resilience, indicating a risk situation for the illness. The variables age, working time in the profession and working time in the institution were identified as factors associated with resilience of nursing workers in a university hospital. Otherwise, it was possible to show that gender, marital status, education and remuneration, as well as other variables professional are not determinant for resilience. These findings constitute a contribution of this research to the knowledge of resilience in the field of work, in particular, the nursing, mainly because there are few studies that address the issue of resilience in nursing workers.
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Estratégias de enfrentamento, regulação emocional e bem-estar subjetivo em idosos, numa perspectiva de resiliência = Coping, emotional regulation, and subjective well-being in aged on aresilience approach / Coping, emotional regulation, and subjective well-being in aged on aresilience approachFontes, Arlete Portella, 1956- 28 August 2018 (has links)
Orientador: Anita Liberalesso Neri / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-28T02:34:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / Resumo: Resiliência diz respeito a um padrão de adaptação positiva, ou de ausência de adaptação negativa, dependente da eficácia da atuação de recursos pessoais e sociais, na presença de riscos pontuais ou acumulativos ao funcionamento biológico, psicológico e social do indivíduo, e ao seu desenvolvimento. São exemplos desses riscos entre idosos: morte de entes queridos; acidentes, doenças e incapacidades; pobreza; abandono; conflitos familiares; violência doméstica e urbana; tensão crônica de papeis sociais, senso de incontrolabilidade associada a estressores que afetam os descendentes, e ansiedade e depressão em virtude da exposição a eventos críticos. Recursos psicológicos e sociais e processos de regulação emocional foram identificados como elementos chave da resiliência na velhice, na análise que realizamos de 53 estudos internacionais e 11 nacionais publicados entre 2007 e 2013 (estudo 1). Um terceiro tema recorrente nesses estudos foi o da relação entre resiliência e velhice bem-sucedida. Com base nesses fundamentos, realizamos dois estudos sobre enfrentamento de eventos estressantes, considerado como indicador de resiliência, em 415 idosos (62,5% mulheres) de 65 anos e mais (M = 72, 5 + 5,5), com renda familiar média de 3,5 SM + 4,14, sem déficit cognitivo sugestivo de demências. Os dados foram obtidos de um banco eletrônico com uma amostra probabilística de duas cidades brasileiras participantes de um estudo multicêntrico que investigou relações entre fragilidade e variáveis sociodemográficas, antropométricas, clínicas, de saúde, de cognição, de funcionalidade e psicossociais. Entre estas existiam medidas de experiências de eventos estressantes, enfrentamento, sintomas depressivos (considerados como indicadores de regulação emocional), satisfação com a vida e autoavaliação de saúde (indicadores de bem-estar subjetivo). O estudo 2 testou estatisticamente um modelo conceitual de enfrentamento adaptativo (ex: "Procuro relaxar ou tirar uma folga, quando a situação me parece pesada demais"); não-adaptativo (ex: "Bebo e como em excesso para compensar ou esquecer do que estava acontecendo") e de desenvolvimento (ex: "Fortaleço laços afetivos com outras pessoas"), construído sobre os itens de um inventário clássico de enfrentamento com foco no problema e com foco na emoção. A solução fatorial replicou o modelo conceitual e explicou 30,8% da variância total dos itens, cuja consistência interna foi moderada (? = 0,541). Foram observadas correlações estatisticamente modestas e positivas entre estratégias não-adaptativas e depressão, correlações negativas entre estratégias não-adaptativas e autoavaliação de saúde e satisfação com a vida; correlações positivas entre estratégias de desenvolvimento e autoavaliação de saúde e satisfação com a vida e correlações negativas com depressão.No estudo 3, a análise de regressão logística multivariada mostrou relações entre o uso de estratégias de enfrentamento de desenvolvimento e poucos sintomas depressivos (OR=4,49); atribuição de intensidade moderada e baixa a estressores relativos a eventos de transição (OR=2,20 e OR=2,37, respectivamente),faixas etárias 75 a 79 e 65 a 69 (OR=3,27 e OR=2,88, respectivamente) e autoavaliação positiva de saúde (OR=2,09). Pontuações baixas em depressão e altas em satisfação com a vida e em autoavaliação de saúde, associadas ao uso de estratégias de enfrentamento adaptativas e de desenvolvimento, e à evitação de estratégias não-adaptativas, podem ser interpretadas como indicadores de controle de perdas e maximização de ganhos, que se constituem em mecanismos centrais à velhice bem-sucedida / Abstract: Resilience refers to a standard of positive adaptation, or the absence of negative adaptation that depends on the efficacy of personal and social resources, in the presence of specific or cumulative risks for the biological, psychological and social functioning of individuals and for their development. Some examples of risks among the elderly are: death of loved ones; accidents, diseases and impairments; poverty; abandonment; family conflicts; domestic and urban violence; chronic stress of social roles, sense of uncontrollability of stressors that affect the descendants, and anxiety and depression due to exposure to critical events. Based on an analysis of 53 international and 11 national studies, published between 2007 and 2013 psychological and social resources together with emotional regulation processes were identified as key-elements of resilience in aging (study 1). A third recurrent theme in this study was the relationship between resilience and successful aging. Based on these findings, we planned two studies about coping with stressful events, an indicator of resilience, conducted with 415 elders (62.5% female), aged 65 or over (M=72.5+5.5) with an average family income of 3.5 minimum wages +4.14, without cognitive deficits suggestive of dementias. The data are from an electronic database created using probabilistic sampling in two Brazilian cities participants that participated in a multicenter study to research relationships among frailty and measures to assess sociodemographic, anthropometric, clinical, health, cognitive, functionality, and psychosocial variables. Among these, there were measures of stressful events, coping, depressive symptoms (considered as indicator of emotional regulation), life satisfaction and self-rated health (indicators of subjective well-being). The study 2 statistically tested a conceptual model of adaptive coping (e.g. "I try to relax and take a break when the situation seems too heavy"); non-adaptive (e.g. "I drink and eat in excess to compensate or to forget what was going on"); and developmental (e.g. "I strengthen my affective ties with other people"), using items from a classical coping inventory, with a focus on problem and one emotion based coping. The factorial solution replicated the conceptual model and explained 30.8% of the total variance. Internal consistency was moderate (? = 0.541). There were statistically modest, and positive correlations among non-adaptive strategies and depression, negative correlations among non-adaptive strategies and self-rated health as well as satisfaction with life; positive correlations among development strategies and self-rated health as well as satisfaction with life, and negative correlation with depression. In the study 3, the multivariate logistic regression analysis was observed that development coping related to few depressive symptoms (OR=4.49), attribution of moderate and low intensity to stressors, related to transiction (OR=2,20 e OR= 2,37, respectively), aged 75-79 and 65-69 years (OR=3,27 and OR= 2,88, respectively) and positive self-rated health (OR=2,09). Low depression scores and high scores for satisfaction and self-assessment of health were associated with the use of adaptive and developmental coping strategies, and with the avoidance of non-adaptive strategies; these strategies appear to be indicators of loss control and maximization of gains, which seen to be central mechanisms for successful aging / Doutorado / Gerontologia / Doutora em Gerontologia
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Resilência e qualidade de vida de docentes de enfermagem / Resilience and quality of life of Nursing facultiesMiguel, Maria Emília Grassi Busto 21 December 2012 (has links)
As políticas de educação, no Brasil e no mundo, vêm sofrendo várias modificações em um curto espaço de tempo, o que tem obrigado as IES e os docentes que nelas atuam a se adequarem a essas mudanças, muitas vezes, sem tempo hábil e estrutura de apoio para tal. Essa necessidade de adaptação às novas regras e exigências gera sobrecarga no trabalho e, quase sempre, implica em sofrimento físico, psíquico e social, interferindo na qualidade de vida desses profissionais. Nesse contexto se inserem os docentes de Enfermagem e a resiliência, constructo do qual a Enfermagem tem se aproximado mais recentemente, se apresenta como estratégia segura para o enfrentamento das pressões geradas no ambiente trabalho. Com o objetivo de levantar os indicadores de resiliência e associá-los com os domínios de qualidade de vida dos docentes de Enfermagem, propôs -se a realização de estudo quantitativo, exploratório, descritivo, de corte transversal, com docentes de enfermagem das IES inseridas na área de abrangência das Subseções do Conselho Regional de Enfermagem de Londrina e Maringá (PR). Ao todo, participaram 90 enfermeiros docentes que responderam ao Quest_Resiliência (SOBRARE) e ao WHOQOL-bref, além de um questionário com dados sócio demográficos e ocupacionais. A maioria dos docentes participantes era de mulheres, com idade média de 43 anos, casadas, com renda familiar média que variou entre R$ 4.418,00 a R$ 12.926,00. Em relação às varáveis ocupacionais, 60 docentes trabalhavam em IES públicas e 30 em IES privadas. Estavam forma dos entre 20 e 29 anos atrás, vinculados a uma única IES, contratados em regime de 40 horas semanais (TIDE). A titulação mais frequente foi a de Mestre, seguida pela de Doutor, sendo esses mais frequentes nas IES públicas. Em relação à resiliência, não for am identificadas condições de vulnerabilidade ao estresse elevado e a maioria dos participantes apresentou-se em condição de excelente resiliência (equilíbrio) ou forte resiliência com tendência ao estilo comportamental de Intolerância(PC -I) de reagir às situações de estresse elevado. A QV geral e a condição de saúde foi considerada boa (64,40%), sendo mais bem avaliados os domínios físico (72,80%) e psicológico (69,35%). Houve correlação positiva entre Resiliência (MCDs) e QV (Domínios) e o MCD Sentido da Vida apresentou correlação com todos os domínios da QV. Também foram identificadas associações entre os MCDs e os domínios de QV. / The education politics, in Brazil and throughout the world, have suffered several changes in a short space of time, what has forced College Institutions (CI s) and faculties to adapt to those changes, most of the time, without time and support structure enough for such. The need to adapt to the new rules and demands generates overload in the work and, very often, it implicates in physical, psychological and social suffering, interfering i n the quality of life of those professionals. In this context the Nursing faculty and the resilience are inserted. It comes as a safe strategy to face the pressure generated within the work environment. With the purpose of identify the resilience indicators and to associate them with the domains of quality of life of Nursing faculties, the accomplishment of a quantitative, exploratory, descriptive, cross-sectional study, with Nursing professors from the CIs inserted in the area of Sub-sections of the Regional Council of Nursing of Londrina and Maringá (PR) was proposed. Altogether, 90 nursing professors took part on the study answering the Quest Resilience (SOBRARE) and to WHOQOLbref, as well as a questionnaire with demographic and occupational data. Most of the participant professors were female, average 43 years old, married, with family income that varied from R$ 4,418,00 to R$ 12, 926,00. Regarding occupational variables, 60 professors worked in public CIs and 30 of them in private CIs, they graduated 20-29 years ago, worked in only one CI, and they were hired in a 40 hours/week schedule (Tenure). The most frequent title was Master, followed by Doctorate, being those more frequent in public CIs. In relation to the resilience, no conditions of vulnerability to stress were identified, and most of the participants showed excellent resilience (balance), or strong resilience with tendency to the behavior style of Intolerance (PC-I) of reacting to the situations of high stress. Their general life condition (LQ) and their health condition were considered good (64.40%), being better appraised the physical (72.80%) and psychological (69.35%) domains. There was a positive correlation among Resilience (MCDs) and LQ (Domains) and the MCD Life Sense presented correlation with all the domains of LQ. Associations between MCDs and the domains of LQ were also identified.
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Resiliência e apoio social de mães adolescentes em vulnerabilidade social / Resilience and social support of adolescent mothers in social vulnerabilityAndrade, Bianca Gansauskas de 11 May 2017 (has links)
Introdução: A maternidade na adolescência tem sido um obstáculo para avanços no status educacional, social e econômico das mulheres em todas as partes do mundo. O apoio social é um dos fatores protetores mais citados na literatura que auxiliam as mães adolescentes no enfrentamento e superação dos problemas, contribuindo para a construção da resiliência dessas jovens. Dado a relevância do apoio social para as mães adolescentes e a importância da resiliência, o estudo da associação desses fatores é de grande interesse na área da Promoção da Saúde. Objetivo: Compreender a influência do apoio social no processo de resiliência de mães adolescentes residentes na periferia do município de Bertioga. Metodologia: O presente estudo é do tipo exploratório-descritivo, transversal de abordagem quantitativa. Foram selecionadas, por conveniência, 48 mães adolescentes de 10 a 19 anos, atendidas nas cinco Unidades Básicas de Saúde do município de Bertioga, no estado de São Paulo. Os instrumentos utilizados foram: a) questionário sociodemográfico; b) Escala de Resiliência desenvolvida por Wagnild e Young (1993), adaptada por Pesce et al. (2005); c) Escala de Apoio Social utilizada no Medical Outcomes Study (MOS), adaptada por Griep et al. (2005). Para a análise dos dados, foi realizada a correlação de postos de Spearman. Resultados: Os resultados mostram que 81,25% das mães adolescentes tem idades entre 17 e 19 anos, 91,66% estão em uma união estável ou casamento, 75% abandonaram a escola, 70,83% possuem um atraso escolar bastante significativo, 75% não trabalham e 75% passam o dia todo com seus filhos. De forma geral as mães adolescentes obtiveram uma alta pontuação na Escala de Resiliência, bem como nos fatores que a compõem e na Escala de Apoio Social (MOS) e em suas dimensões. Foi observada uma correlação direta entre o fator, Autoconfiança e capacidade de adaptação a situações e a idade das mães adolescentes, uma correlação direta entre o fator Resolução de ações e valores e a dimensão Interação social positiva e uma correlação inversa entre o fator Independência e determinação e a dimensão Afetiva. Conclusões: Embora não tenha sido observada correlação estatisticamente significativa entre as pontuações totais da Escala de Resiliência e da Escala de Apoio Social (MOS) nas mães adolescentes entrevistadas, foram encontradas associações significativas entre os fatores da Escala de Resiliência e as dimensões da Escala de Apoio Social (MOS). Tais resultados evidenciaram questões de gênero e a importância de políticas intersetoriais com foco em mães e pais adolescentes e jovens que considerem seus contextos sócio-econômico-culturais, fortaleçam o apoio social e promovam comportamentos resilientes para que se tornem autônomos e conscientes na construção de seus projetos de vida. / Introduction: Motherhood in adolescence has been an obstacle to advances in the educational, social and economic status of women in all parts of the world. Social support is one of the best resources that helps adolescent mothers develop resilience in difficult situations and cope with and overcome their problems. Given the relevance of social support for adolescent mothers and the importance of resilience, the study of the association of these factors is of great interest in the area of Health Promotion. Objective: To understand the influence of social support on the resilience process of adolescent mothers living in the periphery of the city of Bertioga. Methodology: The present study is an exploratory-descriptive, cross-sectional, quantitative approach. We selected, for convenience, 48 adolescent mothers ages 10 to 19 years who attended the five Basic Health Units of the city of Bertioga, in the state of São Paulo. The instruments used were: A) socio-demographic questionnaire; B) Resilience Scale developed by Wagnild and Young (1993), adapted by Pesce et al. (2005); C) Social Support Scale used in the Medical Outcomes Study (MOS), adapted by Griep et al. (2005). For the data analysis, the Spearmans rank correlation was performed. Results: The results show that 85.42% of adolescent mothers are between 17 and 19 years old, 91.66% are in a stable union or marriage, 75% have left school, 70.83% have a significant school delay, 75% do not work and 75% spend all day with their children. In general, adolescent mothers obtained a high score in the Resilience Scale, as well as in the factors that compose it, and in the Social Support Scale (MOS) and its dimensions. A direct correlation was observed between the factor \"Self-confidence and adaptability to situations\" and the age of adolescent mothers. Another direct correlation was observed between the factor \"Resolution of actions and values\" and the dimension \"Positive social interaction. An inverse correlation was observed between the factor \"Independence and determination\" and the dimension \"Affective\". Conclusions: Although no statistically significant correlation was found between the total scores of the Resilience Scale and the Social Support Scale (MOS) in the adolescent mothers interviewed, significant associations were found between the factors of the Resilience Scale and the dimensions of the Support Scale Social (MOS). These results have highlighted gender issues and the importance of intersectorial policies that focus on adolescents and young mothers and fathers and take into consideration their socioeconomic-cultural contexts. These policies should strengthen these adolescents social support, promote resilient behavior, and ultimately allow them to become autonomous and make responsible life decisions.
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Resiliência e qualidade de vida de pessoas com diabetes mellitus à luz da promoção da saúde / Resilience and Quality of Life of people suffering from Diabetes Mellitus in light of Health PromotionPena, Francineide Pereira da Silva 28 April 2017 (has links)
RESUMO: Introdução: Diabetes Mellitus (DM) se constitui em problema de saúde de elevada magnitude por sua prevalência e morbimortalidade e é considerada uma emergência mundial para a saúde do século XXI. Tradicionalmente a pesquisa sobre DM enfatiza a doença e suas complicações. No entanto, nas últimas décadas a atenção ofertada à doença tem se deslocado para dimensões socioculturais e emocionais dos pacientes e aos recursos existentes para enfrentamento do diagnóstico da doença. Resiliência e Qualidade de Vida emergem como construtos que apontam para um novo modelo de compreensão do processo saúde-diabetes-cuidado, pela dimensão da saúde e não somente da doença. Objetivo geral: Identificar a relação entre resiliência e qualidade de vida de pessoas com DM. Método: Estudo descritivo, de abordagem quantitativa, desenvolvido no período de 2014 a 2016, em uma unidade básica de saúde e um ambulatório de especialidades de um centro hospitalar público, no município de Macapá-AP. Amostra de 202 adultos com DM tipo 1 e tipo 2, do tipo probabilístico estratificada, com alocação proporcional e seleção aleatória simples. Os dados foram coletados por meio de entrevista aplicada pela pesquisadora nos locais do estudo. As variáveis investigadas foram as sociodemográficas e clínicas, além da aplicação das escalas de resiliência para adulto-RSA e de qualidade de vidaDiabetes - 39. Para análise estatística descritiva e inferencial, foi utilizado o programa de análise estatística Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 22 para Windows. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal do Amapá, parecer nº 990.066/2015, conforme a Resolução do Conselho Nacional de Saúde 466/2012. Resultados: Foram sistematizados em três manuscritos, a saber: 1. Tecendo interface entre características sociodemográficas, clínicas e de promoção da saúde para pessoas com Diabetes Mellitus: discutem-se as características sociodemográficas mais relevantes da população à luz das propostas da promoção da saúde, sendo estas: etnia parda, faixa etária (53.6±11.8), situação trabalhista ativa, tempo de diagnóstico menos de cinco anos. 2. Resiliência e Qualidade de Vida de pessoas com Diabetes Mellitus à luz da Promoção da Saúde: a população pesquisada apresentou percepção ruim da QV, porém demonstrou resiliência fortalecida. Os resultados revelaram que há relação entre resiliência e qualidade de vida. 3. Relação entre resiliência, qualidade de vida e características sociodemográficas/clínicas de pessoas com Diabetes Mellitus: constatou-se que as variáveis sexo, grau de escolaridade, atividade física e glicemia capilar foram preditoras à percepção da qualidade de vida. O grau de escolaridade foi a única característica sociodemográfica que apresentou correlação para resiliência e qualidade vida. A característica de resiliência com maior potencial de influência na qualidade de vida foi a percepção de si mesmo. Conclusão: As pessoas com DM com maior resiliência têm melhor percepção de QV. Os construtos ofereceram possibilidades de apreender as reais necessidades de saúde das pessoas com DM e se apoiam nas bases teóricas da promoção da saúde, possibilitando captar elementos para o cuidado de pessoas com DM. / ABSTRACT: Introduction: Diabetes Mellitus (DM) is a significant health problem due to its prevalence and morbimortality, being considered world health emergency in the 21st century. Traditionally, research on DM stresses the disease and its complications. However, in the past decades, disease attention has been moved towards patients sociocultural and emotional dimensions as well as the existing resources to cope with the disease diagnosis. Resilience and Quality of Life emerge as the constructs which point to a new model of understanding the health-diabetes-care process through the health dimension, not only through the disease dimension. General objective: To identify the relation between resilience and quality of life in people suffering from DM. Method: Quantitative, descriptive study carried out at a primary healthcare unit, and at a specialty outpatient clinic in the municipality of Macapá Amapá State, Brazil, between 2014 and 2016. Probabilistic, multi-staged sampling with quantity-based allocation and simple random selection entailed 202 adults suffering from type 1 and type 2 DM. Data were collected by means of an interview applied by the researcher in the studied settings. Sociodemographic and clinical variables were investigated, besides the application of the RSA (Resilience Scale for Adults) and the Diabetes-39 Assessment Questionnaire for Quality of Life. For the descriptive, inferential statistical analysis, the Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), 22.0 for Windows was used. Research was approved by the Ethics Board on research with human beings of the Federal University of Amapá, opinion n. 990.066/2015, according to Resolution 466/2012 of the National Health Council. Results: They were systematized in three manuscripts, as follows: 1. Building an interface between sociodemographic, clinical profile and health promotion for people with Diabetes Mellitus: the most significant sociodemographic features of the population are discussed in light of health promotion proposals: mixed race, age ranging 53.6 ± 11.8 years, working, time of diagnosis of less than five years. 2. Resilience and Quality of Life of people suffering from Diabetes Mellitus in light of Health Promotion: the researched population revealed poor perception of their quality of life, although they showed strengthened resilience. Results evidenced a relationship between resilience and quality of life. 3. Relation between resilience, quality of life and sociodemographic/clinical profile of people with Diabetes Mellitus: it was evidenced that sex, educational level, exercising and CBG variables were predictors to the perception of the quality of life. Educational level was the only sociodemographic feature which evidenced correlation to resilience and quality of life. The resilience feature with the greatest potential to influence quality of life was self-perception. Conclusion: People suffering from DM with higher resilience have better perception of quality of life. The constructs enabled to apprehend the real health needs of people with DM, and are grounded in the theoretical foundations of health promotion, which allows to apprehend elements to care for people with DM.
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Resiliência, depressão, qualidade de vida, capacidade funcional e religiosidade em idosos com dor crônica / Resilience, depression, quality of life, functional capacity and religiosity in older adults with chronic painPinto, Márcia Carla Morete 27 March 2018 (has links)
INTRODUÇÃO: Resiliência é uma combinação de fatores que propicia ao ser humano condições para enfrentar e superar problemas e adversidades. A dor crônica pode influenciar a forma como o idoso enfrenta estas situações. A ansiedade e depressão são doenças prevalentes entre os portadores de dor crônica. As relações entre resiliência, depressão, ansiedade, religiosidade e capacidade física são pouco estudados em idosos sem e com dor crônica. OBJETIVOS: Avaliar a resiliência, depressão, ansiedade, religiosidade e capacidade física em um grupo de idosos com e sem dor crônica. MÉTODOS: Este foi um estudo transversal onde foram avaliados idosos acompanhados em ambulatório de geriatria e divididos em dois grupos: 54 idosos com dor crônica e 54 idosos sem dor crônica. A resiliência foi avaliada através da escala de Resiliência Connors & Davidson, a depressão foi avaliada pela Escada de Depressão Geriátrica (GDS), a qualidade de vida através do questionário SF - 36, capacidade funcional através da Medida da Incapacidade Funcional (MIF) e religiosidade através do Questionário de Duke. Para a avaliação da dor crônica foi utilizada a Escala Graduada de Dor Crônica (EGDC). RESULTADOS: A amostra foi composta por 67,6% de mulheres e 32,4% de homens, com idade média de 79,9 anos. No grupo com dor, os locais mais frequentemente acometidos foram os joelhos e região lombar e o tempo de duração da dor entre 1 e 5 anos. O índice médio de resiliência no grupo com dor foi de 69,4, e no grupo sem dor foi de 80,1. Foi encontrada depressão em 35,2 % dos pacientes com dor e não houve caso de depressão nos idosos sem dor. A qualidade de vida nos idosos com dor foi pior em todos os domínios: físico, mental, emocional, social, vitalidade, dor e no aspecto físico comparado ao grupo sem dor. Não houve diferença na religiosidade e na capacidade funcional entre os idosos com e sem dor. CONCLUSÕES: A resiliência é menor em idosos portadores de dor crônica, a depressão é mais frequente em portadores de dor crônica, a qualidade de vida é pior em idosos com dor crônica e não há relação entre dor em idosos e capacidade funcional e religiosidade / INTRODUCTION: Resilience is a combination of factors that provides the human condition to face and overcome problems and adversities. Chronic pain can influence how the elderly facing these situations. Anxiety and depression are prevalent disease among patients with chronic pain. The relationship between resilience, depression, anxiety, religion and physical ability are poorly studied in the elderly and elderly with chronic pain. OBJECTIVES: This study evaluated the resilience, depression, anxiety, religion and physical ability in a group of elderly patients with and without chronic pain. METHODS: This was a cross-sectional study that evaluated elderly seen in geriatric outpatient and divided into two groups: 54 elderly patients with chronic pain and 54 subjects without chronic pain. Resilience was assessed by Resiliency Connors & Davidson scale depression was assessed using the Geriatric Depression (GDS), the quality of life SF - 36, functional capacity through the Measure of Functional Disability (MIF) and religiosity through the Duke Questionnaire. The assessment of chronic pain was used Graded Chronic Pain Scale (EGDC). RESULTS: The sample consisted of 67.6% women and 32.4% men, mean age 79.9 years. In the group with pain, the most commonly affected locations are the knees and lower back and the duration of pain between 1 and 5 years. The resilience average rate in the group with pain was 69.4, and in the group without pain was 80.1. Depression was found in 35.2% of patients with pain and there was no case of depression in the elderly without pain. The quality of life in elderly patients with pain was worse in all areas: physical, mental, emotional and social, vitality, pain and physical appearance compared to the group without pain. No differences in religiosity and functional capacity among the elderly with and without pain. CONCLUSIONS: Resilience is lower in elderly patients with chronic pain, depression is more common in patients with chronic pain, quality of life is worse in older adults with chronic pain and there is no relationship between pain in the elderly and functional capacity and religiosity
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