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Fatores que interferem na transmissão materno-infantil do HIV em um hospital universitário do município de Porto Alegre

Leopoldino, Maria Aparecida Andreza January 2016 (has links)
Introdução: O Protocol Aids Clinical Trial Group (PACTG 076), publicado em 1994, demonstrou que a utilização da zidovudina (ZDV) reduzia a taxa de transmissão materno-infantil do HIV (TMI HIV) de 25% para 8,3%. Atualmente a terapia antirretroviral (TARV) combinada associada a uma série de medidas pode reduzir a taxa de TMI HIV para menos de 2%. Embora o Ministério da Saúde preconize a adoção destas medidas, a TMI HIV ainda permanece acima dos níveis desejados, principalmente em nosso meio. De acordo com levantamento da Vigilância Epidemiológica do Município de Porto Alegre, no ano de 2012 a taxa TMI HIV foi de 2,9%. Objetivo: Avaliar os fatores que interferem na TMI HIV em um Hospital Universitário do Município de Porto Alegre/RS. Método: Trata-se de um estudo de coorte histórico, tendo como amostra 292 bebês nascidos de mulheres portadoras do HIV, cujos nascimentos ocorreram no Centro Obstétrico de um Hospital Universitário do Município de Porto Alegre/RS, entre 1º de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2014. Resultados: Dos 292 bebês, cujas mães eram portadoras do HIV, 3,8% (n=11) foram contaminados. Destes 90,9% (n=10) nasceram por cesariana; 90,9% (n=10) tinham d37 semanas; 54,6% (n=6) receberam ZDV xarope isoladamente e 45,4% (n=5) receberam ZDV + nevirapina (NVP). Quatro gestantes cujos bebês foram contaminados apresentaram sífilis na gestação (36,4%). A má adesão a TARV (p<0,003), a carga viral d1.000 cópias/mL ou ignorada no 3º trimestre (p<0,001) e o CD4 <500 células/mm3 (p<0,046) no terceiro trimestre foram significativamente associados a maior TMI HIV. Conclusão: Os fatores associados significativamente a TMI HIV foram à má adesão a TARV, a presença de sífilis na gestação, a carga viral d1000 cópias e o CD4 <500 células/mm³ no terceiro trimestre. / Introduction: Protocol Aids Clinical Trial Group (PACTG 076), published in 1994, demonstrated that the use of zidovudine (ZDV) had reduced the rate of mother-tochild transmission (MTCT) of HIV from 25% to 8.3%. Currently, a combined antiretroviral therapy (HAART) associated with a number of measures can reduce the rate of MTCT to less than 2%. Although the Ministry of Health recommends the adoption of these measures, the MTCT still remains above desired levels, especially in our center. According to a survey of Epidemiological Surveillance of Porto Alegre, in 2012 the rate of MTCT was 2.9%. Objective: To evaluate the factors that interfere with MTCT from HIV-positive women who gave birth in a University Hospital of Porto Alegre/RS. Method: A historical cohort study, with a sample 292 babies from HIV infected mother whose delivery occurred at Obstetric Center of the University Hospital of Porto Alegre/RS, at period of January 2010 till December 2014. Results: Of 292 babies of women HIV positive, 3.8% (n=11) were infected. Of those 90.9% (n=10) was born by cesarean section; 90.9% (n=10) had d37 weeks; 54.6% (n=6) received only ZDV syrup and 45.4% (n=5) received ZDV+nevirapine (NVP). Four pregnant women whose babies were infected, mother had syphilis during pregnancy (36.4%). Poor adherence to HAART (p<0.003), viral load d1000 copies/mL or ignored in the third trimester (p<0.001) and CD4 <500 cells/mm3 (p<0.046) in the third trimester were significantly associated with higher MTCT. Conclusion: We conclude that the presence of syphilis in pregnancy, viral load d1000 copies/mL or ignored in the third trimester, the CD4 <500 cells/mm³ in the third trimester, poor adherence to HAART were significant factors for MTCT.
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Pré-natal do parceiro como estratégia para redução da transmissão vertical das doenças sexualmente transmissíveis e melhora dos indicadores de saúde perinatal / Male Partner in the Prenatal Care as a strategy to reduce vertical transmission of sexually transmitted diseases and improvement of perinatal health indicators

Fabio, Suzi Volpato 07 July 2016 (has links)
O objetivo do estudo foi avaliar a influência da implantação do projeto Pré-natal do parceiro (PNP) no município de Ribeirão Preto sobre: 1) as taxas das infecções pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), vírus das hepatites B e C (VHB, VHC) e pelo Treponema pallidum (TP) entre gestantes; 2) as taxas de transmissão vertical (TV) dos VHB, VHC, do HIV e do TP; 3) os indicadores de qualidade do pré-natal (número de consultas; idade gestacional (IG) na primeira consulta; desfecho gestacional); 4) os indicadores perinatais (peso ao nascer; prematuridade; índice de Apgar no 1º e 5º minutos) e 5) as taxas das infecções pelos VHB, VHC, do HIV e do TP nos parceiros que aderiram ao projeto. Estudo transversal do grupo de gestantes (G) e nascidos vivos (NV) que tiveram seus parceiros participantes do projeto PNP (denominados G1 e NV1) e do grupo de gestantes e NV que não tiveram seus parceiros participantes do projeto PNP (denominados G2 e NV2). Os grupos de gestantes e parceiros foram incluídos no estudo no período de 1º de Julho de 2013 a 30 de Junho de 2014 e os grupos de NV, entre 1º de Julho de 2013 a 31 de Dezembro de 2014. Foram selecionadas 5391 gestantes (1781 do G1 e 3610 do G2), 1781 parceiros e 4044 NV (1376 do NV1 e 2668 do NV2). Utilizado o teste Quiquadrado de Pearson com um nível de significância de 5%. Os resultados demonstraram prognósticos estatisticamente mais favoráveis no grupo onde houve a participação do parceiro no pré-natal (G1 e NV1). Encontraram-se menores taxas de TV (0,7% no NV1 e 1,5% no NV2 com p= 0,04); início mais precoce do PN (com até 120 dias de gestação 88,3% no G1 e 84,5% no G2 com p< 0,01); mais de sete consultas no PN (80,8% no G1 e 74,3% no G2 com p< 0,01); desfecho gestacional favorável (95,9% no G1 e 94,2% no G2 com p= 0,01); menores taxas de prematuridade (10,3% no NV1 e 12,9% no NV2 com p= 0,01), menor ocorrência de baixo peso ao nascer (8,7% no NV1 e 11,4% no NV2 com p< 0,01) e melhores índices de Apgar no 5º minuto (2,5% de Apgar <= 7 no NV1 e 3,8% no NV2 com p= 0,03). Frente a estes dados foi possível concluir que a estratégia de inclusão do parceiro no PN foi importante na identificação e tratamento da sífilis reduzindo significativamente a taxa de TV do TP. A adesão do parceiro ao PNP foi fundamental para a adesão da gestante ao PN associando-se também à melhora significativa dos indicadores de saúde perinatal / The goal of these study was to evaluate of the influence of the implementation of the project \"Male Partner in the Prenatal Care (MPPC)\" in Ribeirao Preto city on: 1) the rates of infection by the human immunodeficiency virus (HIV), hepatitis virus B and C (HBV, HCV), and Treponema pallidum (TP) among pregnant women; 2) the vertical transmission (VT) rates of HBV, HCV, HIV and TP; 3) the prenatal care quality indicators (number of visits, gestational age (GA) at the first visit, gestational outcome); 4) the perinatal indicators (birth weight, prematurity, Apgar score at 1 and 5 minutes) and 5) the rates of infection with HIV, HBV, HCV and TP in partners that have joined the project. It is a cross-sectional study of group of the pregnant women (G) and born alive (BA) who had their partners participating MPPC project (called G1 and NV1) and the group of pregnant women and BA who have not had their partners participants (called G2 and NV2). The pregnant women groups and the male partners group were surveyed in the period from July 1, 2013 to June 30, 2014 and the BA groups, between July 1, 2013 to December 31, 2014. Were selected 5391 pregnant women (1781 of the G1 and 3610 of the G2), 1781 partners and 4044 BA (1376 of the NV1 and 2668 of the NV2). Used the Chi-square test of Pearson with a 5% significance level. The results showed statistically more favorable prognosis in the group where there was the partner\'s participation in prenatal care (G1 and NV1). The lower VT rate was found (0.7% in NV 1 and 1.5% in NV2 p= 0.04); earlier initiation of PN (up to 120 days of gestation 88.3% in G1 and 74.3% in G2 with p< 0.01); more than seven consultations in PNC (80.8% in G1 and 74.3% in G2 with p< 0.01); favorable pregnancy outcome (95.9% in G1 and 94.2% in G2 with p= 0.01); lower prematurity rates (10.3% in the NV1 and 12.9% in the NV2 with p= 0.01); lower incidence of low birth weight (8.7% in NV1 and 11.4% in NV2 with p< 0.01) and better Apgar scores at five minutes (2.5% Apgar <= 7 in NV1 and 3.8% in NV2 with p= 0.03). Considering these data it was concluded that the male partner\'s inclusion strategy in prenatal care was important in the identification and treatment of syphilis reducing significantly the VT rate of the TP. The partner\'s adherence to MPPC project was essential to the mother\'s adherence to PNC and it was also associated with significant improvement in perinatal health indicators.
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Evolução clínica e laboratorial de crianças nascidas de mães HIV positivas, com ênfase no uso do protocolo ACTG 076 / Clinical and laboratorial evolution of born children of positive mothers HIV, with emphasis in the use of protocol ACTG 076

Silva, Margareth Jamil Maluf e 13 September 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-19T18:16:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1 margareth jamil maluf.pdf: 274360 bytes, checksum: 1e5a674a4b59a8cbedc63088a789de2a (MD5) Previous issue date: 2007-09-13 / Vertical transmission constitutes the main via for children infection by the HIV-1 virus (Human Immune Deficiency Virus), which is responsible for about 80% to 90% of AIDS cases (Acquired Immune Deficiency Syndrome) in children from Brazil and worldwide. Vertical transmission became the main prophylaxis target with the ACTG 076 Protocol (AIDS Clinical Trial Group), which implicates the use of Zidovudine during the pregnancy, delivery and newborn. This research aimed at studying the laboratory and clinical evolution of children born from mothers acknowledged as HIV + infected, at the HIV/AIDS pediatric Specialized Assistance Service of the Hospital Materno-Infantil da Universidade Federal do Maranhão, highlighting the report on the use of the ACTG 076 Protocol, from January 1998 to June 2006. Information were obtained from the medical chants, through the protocol form with data related to the identification, laboratory and clinical evolution of 181 selected children via the inclusion criterion (born from mothers known to be HIV /AIDS infected that had their case diagnosis defined during the follow-up until June 30, 2006). In 36.5% of the mothers the diagnosis was done after delivery, the ACTG 076 Protocol was not used in 54.7% of the cases during pregnancy or delivery, and 49.2% did not use the protocol during the newborn period. Vaginal delivery occurred in 40.3% of the mothers and breastfeeding was practiced by 38.1% of the babies. The use of the full ACTG 076 Protocol (in all of the prescribed stages) was observed in 15.5%; partial usage of the protocol was conducted just with the newborns in 5.5%; partial usage just during pregnancy and/or delivery occurred in 1.1%, and the incomplete use was observed in 23.7%; 45% did not use the protocol in any of the prophylaxis stages. Out of the babies who had AIDS (41.9%), one could observe that 12.1% of the cases were classified in the clinical class A; 13. 7% in the class B and 10% in the class C, and they evolved with a variety of signs and symptoms, whose the most frequent were: hepatomegaly, splenomegaly, adenomegaly, neuropsychomotor development delay, and infection of the upper respiratory tract. The anti-HIV ELISA, the viral load determination, and the T CD4+ Lymphocytes counting were not routinely performed in many cases, at the first medical consultation. Infection diagnosis was mainly done by ELISA and, then, by confirmatory lab tests, without determining the viral load. The lymphocytes counting was restricted to classify the AIDS cases and to the follow-up treatment. Thus, in our study, several relevant factors were observed that demonstrate great improvements in the reduction of HIV vertical transmission, but also advise the importance of the continuous maintenance of intervening actions, principally with the organizational improvement of the reference services for clinical attendance and the conduction of laboratory exams. / A transmissão vertical constitui a principal via de infecção infantil pelo vírus HIV-1 (Vírus da Imunodeficiência Humana) e é responsável por cerca de 80% a 90% dos casos de AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida) em crianças no Brasil e no mundo. A transmissão vertical tornou-se o principal alvo da profilaxia com o Protocolo ACTG 076 (AIDS Clinical Trial Group), que implica na utilização da Zidovudina durante a gestação, parto e recém nascido. A presente pesquisa tem como objetivo estudar a evolução clínica e laboratorial de crianças nascidas de mães HIV Positivas, no Serviço de Assistência Especializada para HIV/AIDS Pediátrico do Hospital Universitário Materno Infantil - da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), destacando-se o relato de uso do Protocolo ACTG 076, no período de janeiro de 1998 a junho de 2006. Foram coletadas informações dos prontuários, através de ficha protocolo com dados relativos à identificação, evolução clinica e laboratorial de 181 crianças selecionadas pelos critérios de inclusão (filhos de mães sabidamente HIV /AIDS e que tiveram definição de caso ao longo do seguimento até 30 de junho de 2006). O diagnóstico materno se deu após o parto em 36,5% dos casos, sendo que em 54,7% o protocolo ACTG 076 não foi usado na gestação ou no parto e em 49,2% não foi usado no período neonatal. O parto vaginal ocorreu em 40,3% das mães e o aleitamento materno foi utilizado em 38,1% das crianças. O uso do Protocolo ACTG 076 de modo completo (em todas as fases preconizadas) foi observado em 15,5%, modo parcial apenas no recém nascido em 5,5%, parcial apenas na gestação e/ou parto 1,1% e uso incompleto em 23,7%; 45% não usaram o protocolo em nenhuma das fases de profilaxia. Das crianças que desenvolveram AIDS (41,9%), observou-se 12,1% de casos classificados na categoria clínica A, 13, 7% na categoria B e 10% na categoria C e evoluíram com variedades de sinais e sintomas sendo os mais freqüentes: hepatomegalia, esplenomegalia, adenomegalia, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e infecções de vias aéreas superiores. O ELISA anti-HIV, a carga viral e a contagem de Linfócitos T CD4+ não foi feito rotineiramente em sua grande maioria na primeira consulta. O diagnóstico de infecção foi primordialmente feito a partir do ELISA e de exames confirmatórios, não se contando com a carga viral. A contagem de linfócitos ficou restrita a classificação do caso de AIDS e seguimento de tratamento. Assim, na presente pesquisa, observaram-se vários fatores relevantes que demonstram os avanços obtidos na redução da transmissão vertical pelo HIV, mas alertam também para a importância da manutenção contínua das ações de intervenção, fundamentalmente com melhoria na organização dos serviços de referência para atendimento e realização de exames.
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Fatores que interferem na transmissão materno-infantil do HIV em um hospital universitário do município de Porto Alegre

Leopoldino, Maria Aparecida Andreza January 2016 (has links)
Introdução: O Protocol Aids Clinical Trial Group (PACTG 076), publicado em 1994, demonstrou que a utilização da zidovudina (ZDV) reduzia a taxa de transmissão materno-infantil do HIV (TMI HIV) de 25% para 8,3%. Atualmente a terapia antirretroviral (TARV) combinada associada a uma série de medidas pode reduzir a taxa de TMI HIV para menos de 2%. Embora o Ministério da Saúde preconize a adoção destas medidas, a TMI HIV ainda permanece acima dos níveis desejados, principalmente em nosso meio. De acordo com levantamento da Vigilância Epidemiológica do Município de Porto Alegre, no ano de 2012 a taxa TMI HIV foi de 2,9%. Objetivo: Avaliar os fatores que interferem na TMI HIV em um Hospital Universitário do Município de Porto Alegre/RS. Método: Trata-se de um estudo de coorte histórico, tendo como amostra 292 bebês nascidos de mulheres portadoras do HIV, cujos nascimentos ocorreram no Centro Obstétrico de um Hospital Universitário do Município de Porto Alegre/RS, entre 1º de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2014. Resultados: Dos 292 bebês, cujas mães eram portadoras do HIV, 3,8% (n=11) foram contaminados. Destes 90,9% (n=10) nasceram por cesariana; 90,9% (n=10) tinham d37 semanas; 54,6% (n=6) receberam ZDV xarope isoladamente e 45,4% (n=5) receberam ZDV + nevirapina (NVP). Quatro gestantes cujos bebês foram contaminados apresentaram sífilis na gestação (36,4%). A má adesão a TARV (p<0,003), a carga viral d1.000 cópias/mL ou ignorada no 3º trimestre (p<0,001) e o CD4 <500 células/mm3 (p<0,046) no terceiro trimestre foram significativamente associados a maior TMI HIV. Conclusão: Os fatores associados significativamente a TMI HIV foram à má adesão a TARV, a presença de sífilis na gestação, a carga viral d1000 cópias e o CD4 <500 células/mm³ no terceiro trimestre. / Introduction: Protocol Aids Clinical Trial Group (PACTG 076), published in 1994, demonstrated that the use of zidovudine (ZDV) had reduced the rate of mother-tochild transmission (MTCT) of HIV from 25% to 8.3%. Currently, a combined antiretroviral therapy (HAART) associated with a number of measures can reduce the rate of MTCT to less than 2%. Although the Ministry of Health recommends the adoption of these measures, the MTCT still remains above desired levels, especially in our center. According to a survey of Epidemiological Surveillance of Porto Alegre, in 2012 the rate of MTCT was 2.9%. Objective: To evaluate the factors that interfere with MTCT from HIV-positive women who gave birth in a University Hospital of Porto Alegre/RS. Method: A historical cohort study, with a sample 292 babies from HIV infected mother whose delivery occurred at Obstetric Center of the University Hospital of Porto Alegre/RS, at period of January 2010 till December 2014. Results: Of 292 babies of women HIV positive, 3.8% (n=11) were infected. Of those 90.9% (n=10) was born by cesarean section; 90.9% (n=10) had d37 weeks; 54.6% (n=6) received only ZDV syrup and 45.4% (n=5) received ZDV+nevirapine (NVP). Four pregnant women whose babies were infected, mother had syphilis during pregnancy (36.4%). Poor adherence to HAART (p<0.003), viral load d1000 copies/mL or ignored in the third trimester (p<0.001) and CD4 <500 cells/mm3 (p<0.046) in the third trimester were significantly associated with higher MTCT. Conclusion: We conclude that the presence of syphilis in pregnancy, viral load d1000 copies/mL or ignored in the third trimester, the CD4 <500 cells/mm³ in the third trimester, poor adherence to HAART were significant factors for MTCT.
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Análise de sobrevida das crianças com AIDS no Brasil / Survival Analysis among Brazilian children

Matida, Luiza Harunari [UNIFESP] 31 December 2006 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:49:22Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2006-12-31 / A terapia anti-retroviral (TARV) contribui para a diminuição da morbidade e da mortalidade, com conseqüente aumento da sobrevida. No Brasil, há diferenças regionais relativas à dinâmica da epidemia do HIV e ao seu enfrentamento no grupo das gestantes e das crianças com HIV/AIDS. Este estudo verifica o tempo de sobrevida após o diagnóstico de aids em 914 crianças infectadas por transmissão vertical, entre os anos de 1983 e 1998 e acompanhadas até 2002, nas cinco regiões brasileiras. O tempo decorrido do nascimento ao diagnóstico de infecção pelo HIV, ao longo dos anos, apresenta uma diminuição, principalmente nos estados das regiões Sul e Sudeste. Houve melhora significativa da sobrevivência, mais de 75% dos casos ainda estavam vivendo quatro anos após o diagnóstico, no grupo de 1997 e 1998. Esta análise brasileira mostra ser possível para um país em desenvolvimento, estabelecer um sistema efetivo de acesso gratuito e universal à TARV, mesmo com dificuldades regionais para a organização de uma infra-estrutura ideal de saúde, tendo como resultado um aumento significativo na sobrevivência. / Antiretroviral therapy contributes to decreasing morbidity and mortality, and consequently increasing survival. In Brazil, there are regional differences about HIV epidemic dynamics and in confront among pregnant women and children with HIV/AIDS. This study verifies survival time after AIDS diagnosis in 914 children infected by mother-to-child transmission, between 1983 and 1998 and followed until 2002, in the five Brazilian regions. Time between birth and HIV diagnosis, along the years, decreased mainly in the states of South and South-East regions. There was a significant improvement in survival; more than 75% of cases still living four years after diagnosis in the 1997-1998 group. This Brazilian study demonstrates that even with regional inequalities for organizing an ideal structure of health care it is possible for a developing country to establish an effective system of universal and free access to HAART and having a significant increase in survival. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Fatores que interferem na transmissão materno-infantil do HIV em um hospital universitário do município de Porto Alegre

Leopoldino, Maria Aparecida Andreza January 2016 (has links)
Introdução: O Protocol Aids Clinical Trial Group (PACTG 076), publicado em 1994, demonstrou que a utilização da zidovudina (ZDV) reduzia a taxa de transmissão materno-infantil do HIV (TMI HIV) de 25% para 8,3%. Atualmente a terapia antirretroviral (TARV) combinada associada a uma série de medidas pode reduzir a taxa de TMI HIV para menos de 2%. Embora o Ministério da Saúde preconize a adoção destas medidas, a TMI HIV ainda permanece acima dos níveis desejados, principalmente em nosso meio. De acordo com levantamento da Vigilância Epidemiológica do Município de Porto Alegre, no ano de 2012 a taxa TMI HIV foi de 2,9%. Objetivo: Avaliar os fatores que interferem na TMI HIV em um Hospital Universitário do Município de Porto Alegre/RS. Método: Trata-se de um estudo de coorte histórico, tendo como amostra 292 bebês nascidos de mulheres portadoras do HIV, cujos nascimentos ocorreram no Centro Obstétrico de um Hospital Universitário do Município de Porto Alegre/RS, entre 1º de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2014. Resultados: Dos 292 bebês, cujas mães eram portadoras do HIV, 3,8% (n=11) foram contaminados. Destes 90,9% (n=10) nasceram por cesariana; 90,9% (n=10) tinham d37 semanas; 54,6% (n=6) receberam ZDV xarope isoladamente e 45,4% (n=5) receberam ZDV + nevirapina (NVP). Quatro gestantes cujos bebês foram contaminados apresentaram sífilis na gestação (36,4%). A má adesão a TARV (p<0,003), a carga viral d1.000 cópias/mL ou ignorada no 3º trimestre (p<0,001) e o CD4 <500 células/mm3 (p<0,046) no terceiro trimestre foram significativamente associados a maior TMI HIV. Conclusão: Os fatores associados significativamente a TMI HIV foram à má adesão a TARV, a presença de sífilis na gestação, a carga viral d1000 cópias e o CD4 <500 células/mm³ no terceiro trimestre. / Introduction: Protocol Aids Clinical Trial Group (PACTG 076), published in 1994, demonstrated that the use of zidovudine (ZDV) had reduced the rate of mother-tochild transmission (MTCT) of HIV from 25% to 8.3%. Currently, a combined antiretroviral therapy (HAART) associated with a number of measures can reduce the rate of MTCT to less than 2%. Although the Ministry of Health recommends the adoption of these measures, the MTCT still remains above desired levels, especially in our center. According to a survey of Epidemiological Surveillance of Porto Alegre, in 2012 the rate of MTCT was 2.9%. Objective: To evaluate the factors that interfere with MTCT from HIV-positive women who gave birth in a University Hospital of Porto Alegre/RS. Method: A historical cohort study, with a sample 292 babies from HIV infected mother whose delivery occurred at Obstetric Center of the University Hospital of Porto Alegre/RS, at period of January 2010 till December 2014. Results: Of 292 babies of women HIV positive, 3.8% (n=11) were infected. Of those 90.9% (n=10) was born by cesarean section; 90.9% (n=10) had d37 weeks; 54.6% (n=6) received only ZDV syrup and 45.4% (n=5) received ZDV+nevirapine (NVP). Four pregnant women whose babies were infected, mother had syphilis during pregnancy (36.4%). Poor adherence to HAART (p<0.003), viral load d1000 copies/mL or ignored in the third trimester (p<0.001) and CD4 <500 cells/mm3 (p<0.046) in the third trimester were significantly associated with higher MTCT. Conclusion: We conclude that the presence of syphilis in pregnancy, viral load d1000 copies/mL or ignored in the third trimester, the CD4 <500 cells/mm³ in the third trimester, poor adherence to HAART were significant factors for MTCT.
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Suporte social à mulheres vivendo com hiv: repercussões no período gravídico puerperal / Social support to women living with hiv: repercussions during gestation puerperal

Quadros, Jacqueline Silveira de 21 February 2017 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / From the HIV infection pregnant women and puerperas need specialized clinical follow-up, besides paying attention to their demands in the social dimension. The latter can be evaluated by the set of socio-environmental elements that act in a protective way, enabling individuals to deal adequately with everyday situations, such as care for the maintenance of prophylaxis of vertical HIV transmission. The objective was to evaluate if the social support perceived by pregnant women is different from that perceived by puerperal women living with HIV. This is a cross-sectional quantitative approach. The data collection site was Hospital Universitário de Santa Maria / RS, from April to November 2014, based on an instrument composed of a socio-demographic, clinical and obstetric characterization of pregnant women and puerperal women living with HIV; Social Support Scale for People Living with HIV / AIDS. The eligible population totaled 78 participants. The normality of the variables was evaluated through the Shapiro-wilk test; Descriptive statistics were used to present the baseline characteristics and the T test of independent samples. The Fischer's exact test, the linear logistic regression, was used to obtain estimates of OR and their respective confidence intervals (95% CI) for the intervening factors using the backward method. In all analyzes, significance level was set at p <0.05 and the statistical package SPSS version 21.0 was used. The population of pregnant women was 33.3% (n = 28) and 66.7% (n = 50) were puerperal. When the distribution between the pregnant and postpartum groups was evaluated, it was possible to verify that gestation is a protective factor when compared to the puerperium, since the puerperal women present a 8.8-fold chance of having low social support (OR: 8.80 ; CI: 1.01 - 16.76) and 6.0 times (OR: 6.00; CI: 1.53 - 10.48) for instrumental social support. Participants who are in the gestational period have a greater chance of presenting higher values of total and instrumental social support. In order to verify the reasons for the difference in total and instrumental social support, the characteristics of the groups were evaluated, a significant difference was observed in relation to the ingestion of alcoholic beverages (p = 0.007), use of ART before pregnancy was discovered (p = 0.044) (P = 0.050), support received from friends in emotional social support (p = 0.009), support received from friends in instrumental social support (p = 0.004). It is concluded that it is fundamental that the health professional knows and interacts with the social support network of these women, with the intention of implementing actions that allow them to overcome obstacles in maternal and child health care, especially during this period of family reorganization. / A partir da infecção pelo HIV gestantes e puérperas necessitam de acompanhamento clínico especializado, além de atenção as suas demandas na dimensão social. Esta ultima poderá ser avaliada pelo conjunto de elementos socioambientais que atuam de forma protetora, habilitando os indivíduos a lidarem de forma adequada com situações cotidianas, como os cuidados para a manutenção da profilaxia da transmissão vertical do HIV. Objetivou avaliar se o suporte social percebido por gestantes é diferente daquele percebido por puérperas vivendo com HIV. Trata-se de uma pesquisa de abordagem quantitativa do tipo transversal. O local de coleta de dados foi Hospital Universitário de Santa Maria/RS, no período de abril à novembro de 2014, a partir de um instrumento composto por questionário de caracterização sócio demográfica, clínica e obstétrica das gestantes e puérperas vivendo com HIV; Escala de Suporte Social para Pessoas Vivendo com HIV/aids. A população elegível totalizou 78 participantes. Foi avaliada a normalidade das variáveis por meio do teste Shapiro-wilk; foi utilizada estatística descritiva para apresentação das características basais e o teste T de amostras independentes. Realizou-se o teste exato de Fischer, a regressão logística linear para obter estimativas de OR e seus respectivos intervalos de confiança (IC 95%) para os fatores intervenientes, utilizando método backward. Em todas as análises, adotou-se nível de significância p < 0,05 e utilizou-se o pacote estatístico SPSS versão 21.0. A população de gestantes foi de 33,3% (n = 28) e 66,7% (n = 50) eram puérperas. Ao ser avaliado a distribuição entre os grupos de gestante e puérperas foi possível verificar que gestação é fator de proteção quando comparado ao puerpério, visto que as puérperas apresentam uma chance de 8,8 vezes de ter baixo suporte social geral (OR: 8,80; IC: 1,01 – 16,76) e 6,0 vezes (OR: 6,00; IC: 1,53 – 10,48) para suporte social instrumental. As participantes que estão no período gestacional possuem chance maior que apresentarem valores superior de suporte social total e instrumental. Para verificar os motivos de diferença no suporte social total e instrumental foi avaliado as características dos grupos, foi verificado diferença significativa com relação de ingestão de bebidas alcoólicas (p = 0,007), utilização de TARV antes da descoberta da gestação (p = 0,044), o grau de satisfação com apoio nas atividades para o dia a dia (p = 0,050), apoio recebido de amigos no suporte social emocional (p = 0,009), apoio recebido de amigos no suporte social instrumental (p = 0,004). Conclui-se que é fundamental que o profissional de saúde conheça e interaja com a rede de suporte social dessas mulheres, com o intuito de implementar ações que as permitam superar os obstáculos nos cuidados em saúde tanto materno e infantil, principalmente nesse período de reorganização familiar.
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Cuidar da criança exposta ao vírus da imunodeficiência humana: uma trajetória de apreensão

Alvarenga, Willyane de Andrade 20 February 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:48:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 6041.pdf: 1115025 bytes, checksum: d41bdc7a01ec6d45f7a7254522908dde (MD5) Previous issue date: 2014-02-20 / Universidade Federal de Minas Gerais / There is a lot of care to prevent vertical transmission of human immunodeficiency virus (HIV). A parent / caregiver must feel safe and instructed to realize them and so do not increase the exposure of the child. Not only the lack of guidelines, as well as those incomplete or not understood by the mother, can jeopardize the success of treatment and weaken the care given to the child. From this, the motivation for this research that had as general objective to analyze the experience of mothers or caregivers in relation to child care to reduce the risk of vertical transmission of HIV and specific objectives to analyze the experience of families in relation to child care to reduce the risk of HIV transmission, with emphasis on the beginning of this trajectory; to know the experience of mother in relation to child care to reduce the risck of postnatal transmission of HIV; to identify the social network / support of caregivers for children exposed to HIV in the postnatal period; and analyzed the experience of women living with HIV in relation to non- breastfeeding of the son. We used the perspective of Symbolic Interactionism as a theoretical and a descriptive qualitative approach. Data collection was performed in a specialized assistance service for HIV / AIDS in Northeastern Brazil, with 24 mothers, 5 fathers and 7 caregivers (grandparents, aunts and grandmother) of infants born to HIV-infected mothers. As selection criteria for the study, the participant should be caregiver and have children aged up to 18 months, which did not have a complete definition of HIV infection as well as make up in that service. Applied to semi-structured interviews and inductive content analysis, so the themes, categories and subcategories were defined by means of which the temporal dimension of the experience of care for HIV-exposed child, revealed by a trajectory of seizure, was understood. This trajectory starts to the become a mother until the definition of the child's diagnosis, fraught with memorable moments represented by pregnancy, the first month of the child's life and expectations regarding diagnostic disclosure also with regard to the child's future. The results were organized in four scientific papers that comprise the set of related categories. The 1st article brought the category becoming a mother with HIV, related to pregnancy, where the mother imagines her child with HIV, revive the situation before past experience and want the child, in spite of everything. The 2nd article has categories have solitary experience handling of antiretroviral therapy, be attentive to the care of the child, want to omit the presence of HIV and look to the future and fear of disease. The 3rd article met the categories go to specialized service in the dark, have a hope in the specialized service and has the fragile network of support. The 4th article included the category having the dream of breastfeeding frustrated, in which the mother suffers from the inability to breastfeed and have to accept the imposition of infant formula. This study showed different patterns of implementation of the child's treatment, which deserves special attention to ensure no vertical transmission of HIV. The stigma attached to the disease, the fragility of the support network, the frustration of the mother for not breastfeeding, among other feelings such as fear, guilt, sadness, loneliness, joy, relief and faith were part of the care experience. Even with the difficulties in this trajectory, caregivers showed hope in the negative diagnosis of children and commitment to compliance with treatment. The support from some family members of people living with HIV, the physician expert service, and especially of God, did they cope with the situation. / Há uma série de cuidados para evitar a transmissão vertical do vírus da imunodeficiência humana (HIV). A mãe/cuidador deve se sentir segura e instruída para realizá-los e assim não aumentar a exposição da criança. Não apenas a ausência de orientações, como também aquelas incompletas ou não compreendidas pela mãe, podem comprometer o sucesso do tratamento e fragilizar o cuidado dispensado à criança. A partir disso, surgiu a motivação para a realização desta pesquisa que teve como objetivo geral analisar a experiência de mães ou cuidadores em relação ao cuidado à criança para reduzir o risco de transmissão vertical do HIV e objetivos específicos analisar a experiência de familiares em relação ao cuidado à criança filha de mãe soropositiva para o HIV para reduzir o risco de transmissão do HIV, com ênfase no início desta trajetória; conhecer a experiência da mãe em relação ao cuidado à criança para reduzir o risco de transmissão pós-natal do HIV; identificar a rede social/apoio do cuidador da criança exposta ao HIV no período pós-natal; e analisar a experiência de mães que vivem com HIV em relação a não amamentação do filho exposto ao HIV. Utilizou-se a perspectiva do Interacionismo Simbólico como referencial teórico e uma abordagem metodológica qualitativa descritiva. A coleta dos dados foi realizada em um serviço de assistência especializado em HIV/AIDS, no Nordeste do Brasil, com 24 mães, 5 pais e 7 cuidadores (avós, tias e bisavó) de crianças nascidas de mães infectadas pelo HIV. Como critério de seleção para o estudo, o participante deveria ser cuidador e ter crianças na faixa etária de até 18 meses, que não possuísse a completa definição de infecção pelo HIV, bem como fazer acompanhamento no referido serviço. Aplicou-se a entrevista semiestruturada e a análise de conteúdo indutiva; assim, foram definidos os temas, categorias e subcategorias por meio dos quais a dimensão temporal da experiência de cuidado à criança exposta ao HIV, revelada por uma trajetória de apreensão, foi compreendida. Esta trajetória se inicia ao tornarse mãe até a definição do diagnóstico da criança, permeada de momentos marcantes representados pela gestação, pelo primeiro mês de vida da criança e expectativas em relação à revelação do diagnóstico, também no que diz respeito ao futuro da criança. Os resultados foram estruturados no formato de quatro artigos científicos que englobaram o conjunto de categorias afins. O 1º artigo trouxe a categoria tornar-se mãe com HIV, relacionada ao período gestacional, em que a mãe imagina o filho com HIV, revive a situação diante de experiência pregressa e deseja a criança, apesar da tudo. O 2º artigo tem as categorias ter experiência solitária de manuseio da terapia antirretroviral, estar atenta aos cuidados da criança, querer omitir a presença do HIV e olhar o futuro e temer a doença. O 3º artigo reuniu as categorias ir ao serviço especializado na obscuridade, ter no serviço especializado uma esperança e ter a rede de apoio fragilizada. O 4º artigo englobou a categoria ter o sonho de amamentar frustrado, em que a mãe sofre pela impossibilidade de amamentar e tem que aceitar a imposição da fórmula infantil. Este estudo mostrou diferentes padrões de implementação do tratamento da criança, o que merece atenção especial para a garantia da não transmissão vertical do HIV. O estigma em relação à doença, a fragilidade da rede de apoio, a frustração da mãe pela não amamentação, dentre outros sentimentos como medo, culpa, tristeza, solidão, alegria, alívio e fé fizeram parte da experiência de cuidado. Mesmo com as dificuldades encontradas nesta trajetória, os cuidadores mostraram esperança no diagnóstico de não infecção da criança e empenho para o cumprimento do tratamento. O apoio de alguns membros familiares, de pessoas que vivem com HIV, do médico do serviço especializado e, principalmente, de Deus, fizeram com que eles enfrentassem a situação.
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Sífilis gestacional: fatores de risco sociodemográficos, comportamentais e assistenciais

MACÊDO, Vilma Costa de 18 August 2015 (has links)
Submitted by Haroudo Xavier Filho (haroudo.xavierfo@ufpe.br) on 2016-03-29T19:03:03Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Doutorado_POSCA_VilmaMacedo_2015.pdf: 2539315 bytes, checksum: f902199f34f31cb9dbedb12dc56463ff (MD5) / Made available in DSpace on 2016-03-29T19:03:03Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Doutorado_POSCA_VilmaMacedo_2015.pdf: 2539315 bytes, checksum: f902199f34f31cb9dbedb12dc56463ff (MD5) Previous issue date: 2015-08-18 / CNPq / FACEPE / A sífilis gestacional é uma doença infecciosa, transmitida verticalmente, e está associada a diversos desfechos negativos na gravidez que são evitáveis quando detectada e tratada de forma precoce. As recomendações atuais para o controle da sífilis reforçam a necessidade de priorizar intervenções globais em prevenção, diagnóstico e tratamento oportuno com atenção a grupos populacionais mais expostos. O objetivo desta tese foi estudar os fatores que influenciam a ocorrência e o tratamento para sífilis em mulheres atendidas em sete maternidades públicas do Recife – PE. O documento foi estruturado nos seguintes capítulos: revisão da literatura, método, resultados apresentado sob a forma de dois artigos originais, considerações finais e recomendações. O estudo foi desenvolvido a partir de uma pesquisa mais abrangente, do tipo caso-controle, que recrutou 1.206 mulheres a partir da admissão nas maternidades, conforme local de residência e resultado do exame de VDRL (Venereal Disease Research Laboratory). Para cada resultado de VDRL reagente sob qualquer titulação, buscavam-se, na sequência posterior de ordem de admissão, duas com resultados de VDRL não reagentes, durante os anos de 2013/2014. O primeiro artigo analisou os fatores de risco sociodemográficos, comportamentais e de assistência à saúde relacionados à ocorrência de sífilis em mulheres residentes e atendidas em maternidades públicas da cidade do Recife – PE. Utilizou-se um delineamento do tipo caso-controle que considerou o resultado da sorologia ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay). A amostra foi constituída de 561 mulheres, das quais 239 eram reagentes (casos) e 322 eram não reagentes (controles) ao ELISA. Os resultados mostraram que os fatores de risco à sífilis gestacional estavam relacionados a menor escolaridade, ausência de acesso ao telefone, religião católica, ocorrência de quatro ou mais gestações, maior número de parceiros sexuais nos últimos doze meses, início do uso de drogas antes dos dezoito anos, assim como à utilização de drogas ilícitas pelo companheiro. Além destes, ao número insuficiente de consultas ao pré-natal e ao relato de história anterior de infecção sexualmente transmissível. O segundo artigo teve como objetivo caracterizar o perfil sociodemográfico, reprodutivo e assistencial segundo a situação do pré-natal, o registro do VDRL e o tratamento para sífilis em mulheres admitidas em maternidades públicas de uma capital do Nordeste do Brasil, entre 2013 e 2014. Trata-se de um estudo transversal, com uma amostra de 1.206 mulheres residentes em Pernambuco nos anos de 2013/2014. Os resultados evidenciaram entraves para o controle da transmissão vertical da sífilis. Do total, 91,3% das mulheres realizaram o pré-natal. O registro do VDRL no cartão de pré-natal estava ausente em 23,9% e destas, a maior parte iniciou o acompanhamento no último trimestre da gestação. O pré-natal não se mostrou efetivo na prevenção e rastreio da sífilis, uma vez que 34,1% apresentaram-se reagentes ao VDRL na admissão à maternidade. Entre as mulheres não tratadas para sífilis no pré-natal, apenas 57,7% e 46,2% cumpriram as recomendações de iniciar o acompanhamento no primeiro trimestre gestacional e realizar seis ou mais consultas, em contraste com as que receberam tratamento com valores de 70% para as duas situações, respectivamente. A ocorrência da sífilis na gestação está associada ao baixo nível de escolaridade, a piores condições socioeconômicas, a comportamentos de maior vulnerabilidade e acompanhamento pré-natal insatisfatório. Notou-se, também, obstáculos no diagnóstico e tratamento da sífilis durante o pré-natal, tornando ainda mais complexo o controle nessa população. / Gestational syphilis is an infectious disease transmitted vertically. It is associated with many negative outcomes during pregnancy, which can be avoided when the disease is detected and treated early. The current recommendations for controlling syphilis reinforce the need of prioritizing global preventive interventions, diagnosis, and timely treatment, paying special attention to more exposed groups. The objective of this thesis was to study the factors that influence the occurrence of syphilis and its treatment in women attending seven public maternity hospitals in Recife – PE. The document was structured into the following chapters: literature review, method, results presented in the form of two original articles, final considerations, and recommendations. The study was developed from a more comprehensive case-control study, which recruited 1,206 women during hospital admission according to their address and Venereal Disease Research Laboratory (VDRL) test. For every woman recruited with a positive VDRL test result regardless of titer, two consecutive women with negative VDRL test results were recruited by order of admission during 2013 and 2014. The first article analyzed the sociodemographic, behavioral, and health care risk factors related to the presence of syphilis in women from Recife/PE attending the city’s maternity hospitals. A case-control design took into account the result of the Enzyme-Linked Immunosorbent Assay test. The sample consisted of 561 women, of which 239 were ELISA positive (cases) and 322 were ELISA negative (controls). The results showed that the risk factors for gestational syphilis were related to lower education level, no access to a telephone, being Catholic, occurrence of four or more pregnancies, higher number of sexual partners in the last twelve months, illicit drug use before age 18 years, illicit drug use by partner, inadequate number of prenatal care visits, and a reported history of sexually transmitted diseases. The second article aimed to characterize the sociodemographic, reproductive, and health care profile according to prenatal care adequacy, VDRL records, and treatment for syphilis of women attending public maternity hospitals in a state capital in the Brazilian Northeast between 2013 and 2014. The cross-sectional study included 1,206 women from Pernambuco recruited between 2013 and 2014. The results evidenced obstacles for controlling vertical syphilis transmission. In total, 91.3% of the women received prenatal care. The VDRL test result was not recorded in 23.9% of the prenatal care cards and most of these women began prenatal care during the last trimester of pregnancy. Prenatal care did not effectively prevent and screen syphilis since 34.1% of the women had positive VDRL test result on hospital admission. Among women who did not receive treatment for syphilis during prenatal care, only 57.7% and 46.2% followed the recommendations to begin follow-up during the first trimester of pregnancy and to attend six or more visits. On the other hand, 70% of the women who received treatment began follow-up during the first trimester of pregnancy and attended six or more prenatal care visits. The occurrence of gestational syphilis is associated with low education level, low socioeconomic level, more vulnerable behaviors, and unsatisfactory prenatal care. Obstacles for controlling syphilis in this population were also present.
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Evolução histórica da transmissão vertical do HIV em Estado do nordeste brasileiro : 1990-2011 / History of transmission of HIV in a state from Northeast Brazil: 1990-2011

Lemos, Lígia Mara Dolce de 30 August 2013 (has links)
Introduction: the mother-to-child transmission is the main route of acquisition of HIV in children and the progressive increase of the epidemic in women of reproductive age significantly influences the epidemic in childhood. With the results of prophylaxis with antiretroviral, the possibility of transmission decreased considerably, but is still an important public health problem. Objective: to describe the time series of the clinical, epidemiological and laboratory of children born from mothers HIV positive or with AIDS in Sergipe and followed at referral center for STD / AIDS from January 1990 to December 2011. Methods: this is a retrospective cohort study. We recorded clinic and registry data from all HIV-infected pregnant women and exposed children from: notification system disorders (SINAN), file reference center for HIV / AIDS (CEMAR), referral maternity, system laboratory (SISCEL) and mortality system (SIM). The analyses were differentiated according to five specific objectives. At first, it was analyzed using the protocol AIDS clinical trial group (ACTG 076) in reference maternity HIV / AIDS for the period 1994-2010. We included HIV positive mothers from July 1994 to April 2010. In the second objective we did a prevalence survey to estimate the number of HIV positive pregnant using the capture-recapture method in the state of Sergipe in the period 1990-2011. The third was a retrospective cohort study to evaluate the risk factors associated with vertical transmission and the rate of mother to child transmission in Sergipe in the period 1990-2010. The fourth objective trends observed mortality in a cohort of children infected with HIV in the period 1993-2011. The fifth and last observed prevalence and risk factors for late diagnosis of HIV in infants exposed vertical transmission. Results: we identified 561 HIV-exposed children in the study period. Of these, 467 (83.24%) performed diagnostic test for HIV and 101 (18%) were infected by the virus. Of these, 467 (83.24) performed diagnostic test for HIV, 101 (18%) were infected, and 61 (10.8%) were still under investigation. In multivariate analysis of maternal factors for HIV infection in children, antiretroviral prophylaxis in children was a protective factor (aOR 0:07, 95% CI 0:01 to 0:41, p=0.003). Breastfeeding was marginally associated with increased chance of transmission (adjusted Odds Ratio [aOR] 4.52, CI 95% 0.78-0.17, p=0.092). The risk for breastfeeding over the study period was 91.0%, and transmission decreased from 91 per 100 live births before 1997 to 2 per 100 in 2011 following adoption of the prevention protocol. Of the 101 infected, twentyone children died with a median age at 4.3 years (IQR, 1.5-5.6 ears). In multivariable analysis, after adjusting for current treatment, the risk of death was 57% lower for children born after 2001 compared to those born before (adjusted relative risk [ARR] 0.43,IC95% 0.20-0.96, p <0.005). Lack of prenatal care (p=0.09) and breastfeeding (p=0.07) were marginally associated with late diagnosis. Was observed using the ACTG 076 was fully (during pregnancy, during delivery and after childbirth) utilized in only 31.8% of the participants. We estimate the population of HIV-seropositive pregnant women in the State of Sergipe between 2000 and 2010, using the capture-recapture method (CRC), that there were in total 1110 HIV seropositive pregnant women; therefore, 381 (34.3%) women were not captured by any of the three official systems registrations. Conclusion: the vertical transmission declined over the study period. Nevertheless, capitation of pregnant women and early initiations of preventive measures need to improve as soon as early HIV diagnosis in children for these populations to enjoy the benefit of the prophylactic and therapeutic/prophylactics measures including no infection, longer survival and better quality of life. / Introdução: a transmissão materno infantil, principal via de aquisição do vírus HIV em crianças e o aumento progressivo da epidemia nas mulheres em idade reprodutiva influenciam decisivamente a epidemia na infância. Com os resultados de profilaxia com antirretrovirais, a possibilidade de transmissão diminuiu consideravelmente, mas ainda constitui um problema relevante de saúde pública. Objetivo: descrever a série histórica da situação clínica, epidemiológica e laboratorial de crianças, filhas de mães soropositivas ao HIV ou com aids nascidas em Sergipe e acompanhadas no centro de referência em DST/Aids no período de janeiro de 1990 a dezembro de 2011. Métodos: Trata-se de uma coorte retrospectiva. Para compor o banco de dados, levantaram-se informações sobre nascimento e acompanhamento clínico no Sistema de Notificação de Agravos (SINAN), em arquivos do centro de referência em HIV/aids (CEMAR), em maternidade de referência, em sistema de exames laboratoriais (SISCEL) e em sistema de mortalidade (SIM). Os métodos para análise foram diferenciados de acordo com cinco objetivos específicos propostos. No primeiro, analisou-se uso do protocolo Aids Clinical Trial Group (ACTG 076) em maternidade de referência para HIV/aids no período de 1994 a 2010. No segundo realizou-se uma estimativa de gestantes HIV reagentes pelo método de captura e recaptura no estado de Sergipe no período de 1990-2011. O terceiro objetivo foi identificar fatores de riscos maternos para infecção pelo HIV em crianças expostas e a taxa de transmissão materno-infantil em Sergipe no período de 1990-2010. O quarto objetivo observou tendências de mortalidade em coorte de crianças infectadas pelo vírus HIV no período de 1993 a 2011. O quinto e último verificou prevalência e fatores de risco para diagnóstico tardio do HIV em crianças expostas por transmissão vertical. Resultados: foram identificadas 561 crianças expostas. Dessas, 467 (83,24) realizaram teste diagnóstico para HIV, constatando-se 101 (18%) infectadas e 61 (10,8%) ainda em investigação. Na análise multivariada sobre fatores maternos para infecção pelo HIV na criança, a profilaxia antirretroviral na criança foi um fator protetor (aOR 0.07, 95% CI 0.01-0.41, p=0,003). Amamentação foi marginalmente associada ao aumento da chance de transmissão vertical (aOR 4,52, Intervalo de Confiança [IC] 95% 0,78-26,17). A transmissão materno-infantil decresceu de 91% antes de 1997 para 2% em 2011, acompanhando o mesmo crescimento na adoção dos protocolos de prevenção. Das 101 infectadas, 21 morreram com a média de idade de 4,3 anos (IQR, 1,5-5,6 anos). O risco de morte foi 57% menor para crianças nascidas após 2001 quando comparadas com as nascidas antes (Risco relativo ajustado [aRR] 0,43; IC95% 0.20-0.96, p<0.05). Na análise sobre fatores de risco para diagnóstico tardio na coorte de 55 crianças infectadas no período de 2002 a 2011, 42(76,5%) foram diagnosticadas tardiamente, acima de 12 meses de idade. Foi observado o uso do protocolo ACTG 076 nas três fases (antirretroviral na gestação, durante e após o parto), sendo utilizado de forma completa somente em 31,8% dos participantes. Pelo método de captura e recaptura, estimou-se, para o período de 2000 a 2010, 1.110 gestantes, tendo sido observada subnotificação de 381 casos (34,3%) que não constavam nos sistemas oficiais de cadastramento dos pacientes. Conclusão: a transmissão vertical decresceu durante o período estudado, mas, apesar disso, captação de gestantes e iniciação precoce de profilaxia com antirretroviral necessitam ser melhoradas, assim como o diagnóstico precoce pelo HIV em crianças, para haver o benefício de medidas profiláticas e/ou terapêuticas e, consequentemente, sobrevida mais longa e melhor qualidade de vida.

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