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Avaliação da sensibilidade e especificidade dos exames utilizados no diagnóstico da estenose de artéria renal em prováveis portadores de hipertensão renovascular / Evaluation of sensitivity and specificity of tests used in the diagnosis of renal artery stenosis in patients probably with renovascular hypertension

Borelli, Flavio Antonio de Oliveira 17 May 2012 (has links)
A crescente incidência da aterosclerose na população adulta e a obstrução da artéria renal são condições relacionadas à hipertensão renovascular. Independente das comorbidades presentes, a estenose de artéria renal é, por si só, importante causa de mortalidade cardiovascular. Frente a tal realidade, determinar o exame ou exames que possam identificar precocemente esta condição mórbida pode mudar a história natural da doença renovascular. Objetivo: Definir sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e valor preditivo negativo dos exames não invasivos na estenose da artéria renal. Associar estes achados com a análise vascular quantitativa (QVA) das artérias renais. Métodos: Estudo prospectivo com 61 pacientes recrutados entre janeiro de 2008 e agosto de 2011. As características populacionais, os exames de ultrassom Doppler, cintilografia renal com DTPA e a tomografia computadorizada foram selecionados e seus resultados comparados à arteriografia digital das artérias renais e ao QVA. Resultados: A média das idades foi de 65,43 (DP 8,7) anos. Das variáveis relacionadas à população do estudo e comparadas à arteriografia, duas identificaram relação com a estenose da artéria renal, a disfunção renal e os triglicerídeos. A mediana do ritmo de filtração glomerular de 52,8 ml/min/m2 identificou uma razão de chance para estenose de artéria renal de até 10 vezes. Os triglicerídeos associaram-se a uma menor presença de estenose na artéria renal, p < 0,037. A análise da sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo dos diferentes testes diagnósticos permitiu identificar aquele que melhor detectava a estenose nos suspeitos e afastava nos sadios. O ultrassom doppler com sensibilidade de 82,90%, especificidade 70,00%, valor preditivo positivo 85,00% e preditivo negativo 66,70% e a angiotomografia com sensibilidade de 68,30%, especificidade 80,00%, valor preditivo positivo 87,50% preditivo negativo de 55,20%, foram os exames que permitiram predizer as maiores chances de estenose da artéria renal nos portadores e afastar na população sem estenose. A associação das características populacionais com o QVA, permitiu identificar duas novas variáveis, o sexo e a idade. A média do grau de estenose, 33,47% (DP 29,55) quantificada pelo QVA, identificou menores graus de estenose que na análise visual dos angiogramas. Exames não invasivos positivos em estenoses menores do que 60% da luz do vaso também foram identificados . Os resultados identificados pela curva ROC demonstraram respectivamente a arteriografia, a angiotomografia e o ultrassom Doppler como os exames com melhores chances em predizer estenose significativa da artéria renal. Conclusão: A angiotomografia e o ultrassom Doppler trouxeram qualidade e alta possibilidade no diagnóstico da estenose da artéria renal, com vantagem para o segundo, pois não há necessidade do uso de meio de contraste na avaliação de uma doença que, frequentemente, está acompanhada por portadores de disfunção renal, disfunção ventricular esquerda grave e diabetes melito. A incorporação de uma forma objetiva de medidas das artérias renais aprimora os resultados da angiografia invasiva. / The increasing incidence of atherosclerosis in adults and renal artery stenosis are conditions related to renovascular hypertension. Regardless all risk factors, renovascular stenosis is by itself an important cause of cardiovascular mortality. Choosing appropriate tests that can early identify this morbid condition can change the natural history of renovascular disease. Objective: To define sensitivity, specificity, positive and negative predictive value of non- invasive tests in renal artery stenosis. Associate these findings with the renal arteries quantitative vascular analysis (QVA). Methods: Prospective study with 61 patients selected between January 2008 and August 2011. The population characteristics, Doppler ultrasound scanning, DTPA renal scintigraphy and computed tomography were selected and their results compared with renal arteries digital angiography as well as the comparison to QVA. Results: The mean age was 65.43 (SD 8.7). The risk factors of the study population compared to angiography identified two variables: renal dysfunction and triglycerides. The median glomerular filtration rate of 52.8 ml/min/m2 identified an odds ratio for renal artery stenosis up to 10 times. Triglycerides were associated with lower presence of renal artery stenosis p < 0.037. The analysis of sensitivity, specificity, positive and negative predictive values of different diagnostic tests allowed the identification of the stenosis in the group of suspected patients and this possibility was discarded in the group of healthy patients. Doppler ultrasound scanning with 82.90% sensitivity, 70.00% specificity, 85.00% positive predictive value, 66.70% negative predictive value and computed tomography with 68.30% sensitivity, 80.00% specificity, 87.50% positive predictive value and 55.20% negative predictive value. These were the tests which supplied better chances to predict renal artery stenosis in patients with or without stenosis. The relationship of population characteristics with QVA identified two new variables, gender and age. The mean degree of stenosis 33.47% (SD 29.55) quantified by QVA identified lesser degrees of stenosis than in visual analysis of angiograms. Non- invasive positive stenoses less than 60% of vessel lumen were identified. The results identified by the ROC curve showed respectively angiography, computed tomography, and Doppler ultrasound scanning as better chances for predicting renal artery stenosis. Conclusion: Computed tomography, Doppler ultrasound scanning have brought high quality and ability in the diagnosis of renal artery stenosis, with an advantage to Doppler, which avoids the use of contrast medium in the evaluation of a disease that is often accompanied by patients with renal dysfunction, severe left ventricular dysfunction and diabetes mellitus. The introduction of new methodology to measure renal arteries will certainly improve the angiography results.
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US-Doppler colorido da glândula tireoide, em pacientes com doença de Graves, antes e após radioiodoterapia (131I): correlação com quadro clínico-laboratorial / Thyroid US-Doppler in patients with Graves\' disease before and after radioiodine (131I): correlation with clinical and laboratory evidence

Santos, Thiago Adler Ralho Rodrigues dos 16 May 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: A doença de Graves (DG), juntamente com a tireoidite de Hashimoto, compõe as doenças endócrinas autoimunes mais comuns, atingindo cerca de 5% da população. Entre as opções terapêuticas para o tratamento do hipertireoidismo induzido pela DG, encontram-se as drogas antitireoidianas, o iodo radioativo (131I) e a cirurgia. A ultrassonografia Doppler (US-Doppler) como parâmetro de resposta ao tratamento da DG pode ser muito útil e foi pouco pesquisada no acompanhamento do tratamento por radioiodo. OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia da US-Doppler no acompanhamento dos pacientes com DG que foram tratados com iodo radioativo, correlacionando com o quadro clínico-laboratorial da doença. MÉTODOS: Estudo prospectivo em que foram avaliados 97 pacientes com diagnóstico confirmado de DG e tratados com o radioiodo. O estudo foi conduzido no Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, de junho de 2011 à agosto de 2015. Todos os indivíduos foram submetidos aos testes laboratoriais e à US-Doppler pré e pós-dose terapêutica de 131I, com 1, 3 e 6 meses, quando foram aferidos o volume tireoidiano e a velocidade de pico sistólico (VPS) nas artérias tireóideas inferiores (ATIs). Além disso, procedeu-se uma avaliação subjetiva da ecogenicidade, textura e vascularização difusa do parênquima tireoidiano. RESULTADOS: Nos parâmetros objetivos pós-intervenção, verificou-se correlação estatisticamente significativa (P < 0,001) da normalização do volume tireoidiano e das VPSs das ATIs com os dados laboratoriais. Já os parâmetros subjetivos de ecogenicidade e vascularização do parênquima, embora tenham apresentado melhora estatisticamente significativa, não tiveram correlação significativa com a normalização dos hormônios tireoidianos. A textura não apresentou alteração. CONCLUSÕES: A US-Doppler se mostrou capaz de monitorar a resposta pós-tratamento com radioiodoterapia de pacientes com DG, por meio da avaliação do volume e das VPSs nas ATIs, podendo predizer, precocemente, a boa resposta ao tratamento / INTRODUCTION: Graves\' disease (GD), along with Hashimoto\'s thyroiditis (HT), are the most common autoimmune endocrine disorders, affecting about 5% of the population. Treatment options for hyperthyroidism caused by GD are: antithyroid drugs, radioiodine (131I) and surgery. The use of Doppler ultrasound (US-Doppler) as a response parameter to evaluate the treatment of GD can be very useful and has been poorly researched for monitoring treatment after radioiodine therapy (RIT). AIM: The aim of this study was to assess the effectiveness of US-Doppler for monitoring patients with GD after radioactive iodine therapy, and correlate with the laboratorial diagnosis. METHODS: A prospective study which evaluated 97 patients with confirmed GD who underwent treatment with radioiodine. The study was conducted at the Institute of Radiology of the \"Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo\" from June 2011 to August 2015. All patients were submitted to laboratory tests, a US-Doppler evaluation before RIT and 1, 3 and 6 months after, in which were measured thyroid volume and systolic peak velocity (SPV) in the lower thyroid arteries (LTAs), and a subjective evaluation of echogenicity, texture and diffuse vascularity of the thyroid parenchyma. RESULTS: In the post-intervention objective parameters, a statistically significant correlation was found (P < 0,001) with the normalization of thyroid volume and SPVs of LTAs with laboratory data. Although the subjective parameters of echogenicity and vascularity of the parenchyma were statistically significant, they did not correlate with thyroid hormones normalization. The texture was not affected. CONCLUSIONS: The USDoppler has demonstrated effectiveness for monitoring response treatment after radioiodine therapy with assessment of gland volume and SPVs in the LTAs, being able to predict, in early stages, good response to treatment
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Autorregulação encefálica na insuficiência hepática fulminante antes e após transplante hepático / Cerebral autoregulation in fulminant hepatic failure before and after liver transplantation

Paschoal Júnior, Fernando Mendes 16 May 2016 (has links)
O presente estudo avaliou a autorregulação encefálica (ARE) em doentes com insuficiência hepática fulminante (IHF) antes e após transplante hepático. Foram avaliados 25 pacientes com diagnóstico de IHF, 17 foram avaliados antes e após o transplante hepático, sendo seis (24,0%) do sexo masculino e 19 (76,0%) feminino. A média de idade foi de 33,8 anos, que variou de 14 a 56 anos, com desvio padrão de 13,1 anos. A hemodinâmica encefálica foi avaliada pela velocidade de fluxo sanguíneo encefálico (VFSE) nas artérias cerebrais médias e artéria basilar (AB), que usou o ultrassom Doppler transcraniano (DTC), dispositivo de dois canais, com transdutores de 2 mega Hertz (MHz). A autorregulação encefálica foi mensurada pelo índice de autorregulação (IARE) estática que leva em conta os efeitos do aumento da pressão arterial média (PAM) sobre a VFSE. Para isso, promoveu-se o aumento da PAM (20 mmHg a 30 mmHg) com infusão de noradrenalina.. Ao se avaliar o IARE considerando a velocidade de fluxo sanguíneo em quatro momentos (pré-transplante, 1°, 2° e 3° dia após o transplante), observou-se que houve diferença estatística em artéria cerebral média (ACM) à direita (p=0,008), esquerda (p=0,007), máxima (p=0,005), e AB (p=0,006); assim como na análise em cada tempo do IARE, observou-se diferença estatística em ACM à direita (p=0,012), esquerda (p=0,009), máxima (p=0,006), e AB (p=0,011). A análise categórica do IARE na artéria cerebral média e basilar descreveu que a maioria dos doentes reestabeleceu a AR no 2° dia em ACM e 3° na AB (índice > 0,6), enquanto com o índice > 0,8 em ambas as artérias a ARE reestabeleceu no 2° dia. As variáveis sistêmicas como pressão parcial de CO2 e hemoglobina nos tempos da avaliação não apresentaram diferença estatística p=0,100 e p=0,093 respectivamente. Os resultados obtidos apontam para o comprometimento da ARE antes e após transplante hepático, tanto em circulação anterior como posterior, e que tende a ser reestabelecido entre 48 a 72 horas. Os achados deste estudo favorecem o manejo adequado de doentes nestas fases (antes e após transplante) e podem evitar a evolução para complicações neurológicas, como tumefação encefálica e hipertensão intracraniana, que indicam prognóstico ruim para a evolução clínica destes doentes. Estudos futuros necessitam ser realizados para que se consolide o uso da monitoração contínua com métodos não invasivos como o DTC para direcionar o manejo hemodinâmico encefálico na IHF / This study evaluated cerebral autoregulation in patients with fulminant hepatic failure (FHF) before and after liver transplantation. A total of 25 patients comprising six (24.0%) males and 19 (76.0%) females with FHF were evaluated. Seventeen patients were evaluated both before and after liver transplantation. Mean age of the patients was 33.8 years, with a range of 14-56 years and standard deviation of 13.1 years. Brain hemodynamics was assessed by cerebral blood flow velocity in the middle cerebral arteries (MCA) and basilar artery (BA) using transcranial Doppler ultrasound on a two-channel device with 2 MHz transducers. Cerebral autoregulation was measured by static cerebral autoregulation index (SCAI), which accounts for the effects of increase in mean arterial blood pressure (ABP) on cerebral blood flow velocity. An increase in ABP (20 mmHg to 30 mmHg) was induced with norepinephrine infusion. Evaluation of SCAI based on blood flow velocity (BVF) at four timepoints (pre-transplant and on 1st, 2nd and 3rd days post-transplant) revealed a statistical difference in the MCA right (p = 0.008) left (p = 0.007), maximum (p = 0.005) and the BA (p = 0.006). In addition, analysis by timepoint showed a statistical difference in MCA (p = 0.012), left (p = 0.009), maximum (p = 0.006) and in the BA (p = 0.011). Categorical analysis of autoregulation in the MCA and BA showed that most patients reestablished autoregulation in the MCA on the 2nd day post-transplant and in the BA (index > 0.6) on the 3rd day, while autoregulation was reestablished in both arteries (index > 0.8) on the 2nd day. On the assessment by timepoint, the systemic variables CO2 partial pressure and hemoglobin showed no statistically significant differences (p = 0.100 and p = 0.093, respectively). The results reveal impaired SCAI before and after liver transplantation, both in anterior and posterior circulation, with a tendency to reestablish at 48 to72 hours. The findings of this study can help improve management of patients at these stages (pre and post transplantation), preventing neurological complications such as brain swelling and intracranial hypertension, associated with poor prognosis for the clinical course. Future studies should be conducted to consolidate the use of continuous monitoring with noninvasive method (TCD), to provide more accurate information to guide brain hemodynamic management in FHF
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Detecção da disfunção cardíaca fetal pelo BNP no sangue de cordão umbilical no nascimento e sua relação com a hemodinâmica fetal na insuficiência placentária / Detection of fetal cardiac dysfunction by BNP in umbilical cord blood at birth and the relation to fetal hemodynamic in placental insufficiency

Costa, Verbenia Nunes 05 June 2013 (has links)
O presente estudo analisou a hipótese de que as alterações hemodinâmicas fetais estão associadas à disfunção miocárdica fetal em gestações complicadas pela insuficiência placentária. Os objetivos do estudo foram correlacionar os valores do peptídeo natriurético cardíaco do tipo B (BNP) em sangue de cordão umbilical no nascimento com os parâmetros da dopplervelocimetria fetal, bem como com o pH no nascimento. Métodos: estudo prospectivo e transversal, com os seguintes critérios de inclusão: mulheres com gestação com feto único e vivo, insuficiência placentária caracterizada pelo aumento do índice de pulsatilidade (IP) da artéria umbilical (AU), membranas íntegras e ausência de anomalias fetais. Foram excluídos da pesquisa os casos com diagnóstico pós-natal de anomalia do recém-nascido e aqueles nos quais não foi realizada a análise do sangue no nascimento. Os seguintes parâmetros da dopplervelocimetria foram analisados: índice de pulsatilidade (IP) da artéria umbilical (AU) e da artéria cerebral média (ACM), relação cerebroplacentária (RCP) e IP para veias (IPV) do ducto venoso (DV). Os parâmetros de Doppler foram transformados em escore zeta. Amostras de sangue do cordão umbilical foram obtidas imediatamente após o parto para a mensuração do pH de artéria umbilical e do BNP. Resultados: Foram incluídas 32 gestações com diagnóstico de insuficiência placentária 21 (65%) com fluxo diastólico positivo e 11 (35%) com diástole zero ou reversa nas AU. A concentração do BNP apresentou correlação significativa com: escore zeta do IP da AU (rho=0,43; P=0,016); escore zeta da RCP (rho=-0,35; P=0,048); escore zeta do IPV do DV (rho=0,61; P<0,001), pH no nascimento (rho=- 0,39; P=0,031) e idade gestacional (rho=-0,51; P=0,003). Na regressão múltipla foram incluídos os parâmetros antenatais e o escore zeta do IPV do DV (P=0,008) demonstrou ser o único fator independente correlacionado com o BNP no nascimento. A correlação entre o BNP e o escore zeta do IPV do DV é representado pela equação de regressão Log[BNP]=2,34+0,13*DV (F=18,8, P<0,001). A correlação entre o BNP e o pH no nascimento é representado pela equação de regressão Log[BNP]=21,36-2,62*pH (F=7,69, P=0,01). Conclusão: os resultados sugerem que a disfunção cardíaca fetal identificada pelas concentrações de BNP no nascimento correlaciona-se de forma independente com as alterações no IPV do DV, além de correlacionarem-se negativamente com os valores do pH no nascimento / This study examined the hypothesis that fetal hemodynamic changes are associated with fetal myocardial dysfunction in pregnancies complicated by placental insufficiency. The objective was to study the correlation between the concentrations of cardiac natriuretic peptide type B (BNP) in umbilical cord blood at birth and fetal Doppler parameters, as well as the pH at birth. Methods: A prospective crosssectional study with the following inclusion criteria: pregnant women with a single fetus, placental insufficiency characterized by increased pulsatility index (PI) of the umbilical artery (UA), intact membranes and absence of fetal abnormalities. There were excluded from the study cases with postnatal diagnosis of abnormality of the newborn and those in which the blood analysis was not performed. The following Doppler parameters were analyzed: UA PI, middle cerebral artery (MCA) PI, cerebroplacental ratio (CPR) and ductus venosus (DV) PI for veins (PIV). The Doppler parameters were converted into zeta score. Blood samples were obtained from the umbilical cord immediately after delivery to measure the pH of the umbilical artery and the BNP. Results: Thirty two pregnancies with placental insufficiency were included, 21 (65%) with positive diastolic flow and 11 (35%) with absent or reversed end diastolic flow in the UA. The concentration of BNP correlated significantly with: UA-PI z-score (rho = 0.43, P = 0.016); CPR z-score (rho = -0.35, P = 0.048); DV-PIV zscore (rho = 0.61, P <0.001), pH at birth (rho = -0.39, P = 0.031) and gestational age (rho = -0.51, P = 0.003). In the multiple regression analysis, antenatal parameters were included and DV-PIV z-score (P = 0.008) was found to be independent parameter correlated with BNP at birth. The correlation between BNP and DV-PIV zscore is represented by the regression equation Log [BNP] = 2.34+0.13*DV (F=18.8, P <0.001). The correlation between BNP and pH at birth is represented by the regression equation Log [BNP] = 21.36-2.62*pH (F=7.69, P = 0.01). Conclusion: The results suggest that fetal cardiac dysfunction identified by BNP concentrations at birth correlated independently with changes in the DV PIV, and correlated negatively with pH values at birth
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Detecção da disfunção cardíaca fetal pelo BNP no sangue de cordão umbilical no nascimento e sua relação com a hemodinâmica fetal na insuficiência placentária / Detection of fetal cardiac dysfunction by BNP in umbilical cord blood at birth and the relation to fetal hemodynamic in placental insufficiency

Verbenia Nunes Costa 05 June 2013 (has links)
O presente estudo analisou a hipótese de que as alterações hemodinâmicas fetais estão associadas à disfunção miocárdica fetal em gestações complicadas pela insuficiência placentária. Os objetivos do estudo foram correlacionar os valores do peptídeo natriurético cardíaco do tipo B (BNP) em sangue de cordão umbilical no nascimento com os parâmetros da dopplervelocimetria fetal, bem como com o pH no nascimento. Métodos: estudo prospectivo e transversal, com os seguintes critérios de inclusão: mulheres com gestação com feto único e vivo, insuficiência placentária caracterizada pelo aumento do índice de pulsatilidade (IP) da artéria umbilical (AU), membranas íntegras e ausência de anomalias fetais. Foram excluídos da pesquisa os casos com diagnóstico pós-natal de anomalia do recém-nascido e aqueles nos quais não foi realizada a análise do sangue no nascimento. Os seguintes parâmetros da dopplervelocimetria foram analisados: índice de pulsatilidade (IP) da artéria umbilical (AU) e da artéria cerebral média (ACM), relação cerebroplacentária (RCP) e IP para veias (IPV) do ducto venoso (DV). Os parâmetros de Doppler foram transformados em escore zeta. Amostras de sangue do cordão umbilical foram obtidas imediatamente após o parto para a mensuração do pH de artéria umbilical e do BNP. Resultados: Foram incluídas 32 gestações com diagnóstico de insuficiência placentária 21 (65%) com fluxo diastólico positivo e 11 (35%) com diástole zero ou reversa nas AU. A concentração do BNP apresentou correlação significativa com: escore zeta do IP da AU (rho=0,43; P=0,016); escore zeta da RCP (rho=-0,35; P=0,048); escore zeta do IPV do DV (rho=0,61; P<0,001), pH no nascimento (rho=- 0,39; P=0,031) e idade gestacional (rho=-0,51; P=0,003). Na regressão múltipla foram incluídos os parâmetros antenatais e o escore zeta do IPV do DV (P=0,008) demonstrou ser o único fator independente correlacionado com o BNP no nascimento. A correlação entre o BNP e o escore zeta do IPV do DV é representado pela equação de regressão Log[BNP]=2,34+0,13*DV (F=18,8, P<0,001). A correlação entre o BNP e o pH no nascimento é representado pela equação de regressão Log[BNP]=21,36-2,62*pH (F=7,69, P=0,01). Conclusão: os resultados sugerem que a disfunção cardíaca fetal identificada pelas concentrações de BNP no nascimento correlaciona-se de forma independente com as alterações no IPV do DV, além de correlacionarem-se negativamente com os valores do pH no nascimento / This study examined the hypothesis that fetal hemodynamic changes are associated with fetal myocardial dysfunction in pregnancies complicated by placental insufficiency. The objective was to study the correlation between the concentrations of cardiac natriuretic peptide type B (BNP) in umbilical cord blood at birth and fetal Doppler parameters, as well as the pH at birth. Methods: A prospective crosssectional study with the following inclusion criteria: pregnant women with a single fetus, placental insufficiency characterized by increased pulsatility index (PI) of the umbilical artery (UA), intact membranes and absence of fetal abnormalities. There were excluded from the study cases with postnatal diagnosis of abnormality of the newborn and those in which the blood analysis was not performed. The following Doppler parameters were analyzed: UA PI, middle cerebral artery (MCA) PI, cerebroplacental ratio (CPR) and ductus venosus (DV) PI for veins (PIV). The Doppler parameters were converted into zeta score. Blood samples were obtained from the umbilical cord immediately after delivery to measure the pH of the umbilical artery and the BNP. Results: Thirty two pregnancies with placental insufficiency were included, 21 (65%) with positive diastolic flow and 11 (35%) with absent or reversed end diastolic flow in the UA. The concentration of BNP correlated significantly with: UA-PI z-score (rho = 0.43, P = 0.016); CPR z-score (rho = -0.35, P = 0.048); DV-PIV zscore (rho = 0.61, P <0.001), pH at birth (rho = -0.39, P = 0.031) and gestational age (rho = -0.51, P = 0.003). In the multiple regression analysis, antenatal parameters were included and DV-PIV z-score (P = 0.008) was found to be independent parameter correlated with BNP at birth. The correlation between BNP and DV-PIV zscore is represented by the regression equation Log [BNP] = 2.34+0.13*DV (F=18.8, P <0.001). The correlation between BNP and pH at birth is represented by the regression equation Log [BNP] = 21.36-2.62*pH (F=7.69, P = 0.01). Conclusion: The results suggest that fetal cardiac dysfunction identified by BNP concentrations at birth correlated independently with changes in the DV PIV, and correlated negatively with pH values at birth
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Análise do sucesso clínico da angioplastia infrainguinal em função do seu resultado imediato / Post-operative flow increase is not predictive of the long-term efficacy of infrainguinal angioplasty in critical limb ischemia

Wakassa, Taís Bugs 28 August 2013 (has links)
Objetivo: Determinar a influência do resultado imediato da angioplastia infrainguinal no sucesso clínico em 24 meses. Métodos: Foi realizado um estudo observacional prospectivo, que avaliou 40 angioplastias percutâneas infrainguinais, realizadas no período de abril de 2007 a fevereiro de 2011. Foram incluídos somente os casos com sucesso técnico e angiográfico intraoperatório. Todos os pacientes eram portadores de isquemia crítica de membro inferior decorrente unicamente de obstrução arterial crônica infrainguinal. Ultrassom com Doppler colorido (UDC) foi realizado um dia antes da cirurgia e no pós-operatório imediato. Foram registradas as velocidades de pico sistólico (VPS) nas artérias tibial anterior, tibial posterior e fibular na topografia do tornozelo. O gradiente de VPS pré e pós-operatório (GVPS) foi analisado e comparado prospectivamente quanto à melhora clínica em 2 anos, conforme os padrões recomendados pela SVS/ISCS. Foram utilizados os valores da artéria com a melhor variação perioperatória e da média das 3 artérias. Sucesso clínico foi definido como ausência de dor de repouso ou cicatrização de lesão. Resultados: Fizeram parte do estudo 19 mulheres e 20 homens, com média de idade de 68,5 ± 8,1 anos. Após 2 anos de seguimento, 26/40 lesões tiveram sucesso clínico sem novas intervenções cirúrgicas. Tempo de cicatrização variou de 4 a 111 semanas (mediana = 21,5 semanas). Lesões TASC II A/B tiveram sucesso clínico maior que TASC II C/D em 1 ano de seguimento (p<0,05), mas não em 2 anos (p=0,11). Entre os 14 casos de insucesso clínico, 6 foram submetidos a nova angioplastia e 4 a enxerto arterial. Três pacientes com angioplastia pérvia não tiveram cicatrização de lesão. Um paciente teve recorrência da úlcera no retorno de 24 meses. A perviedade primária foi de 62,5% ± 7,7% em 2 anos; e o salvamento de membro, de 92,5% ± 4,2% no mesmo período. Houve aumento de VPS, no leito distal, identificado pelo UDC. A variação de VPS foi de 44,4 cm/s, na melhor artéria, e de 21,9 cm/s, na média das artérias, para os casos de sucesso clínico. Para os casos de insucesso clínico, a variação foi de 45,3 cm/s, na melhor artéria, e de 24,7 na média das artérias. A comparação por UDC pré-operatória e pós-operatória imediata, através de VPS, não mostrou diferença estatística entre o grupos em 2 anos de seguimento. Conclusão: o aumento de fluxo pela avaliação por UDC, no pós-operatório imediato, não está relacionado com a resolução dos sintomas em 24 meses / Purpose: to evaluate the impact of the initial result of Percutaneous angioplasty (PA), objectively assessed with duplex-ultrasound, in the two-years clinical outcome. Methods: Between February 2007 and April 2011 thirty-nine patients with femoropopliteal atherosclerotic disease successfully treated by PA were included (40 limbs). One patient had both limbs treated in different occasions, and was considered as 2 cases for analysis. All patients had critical ischemia with rest pain and ischemic ulcers due to infrainguinal obstructions alone. The patients were submitted to duplex-ultrasound examination on the day before and on the first or second day after the procedure. Peak systolic velocities (PSV) was recorded in the anterior tibial, posterior tibial and fibular arteries at the level of distal third of the leg. All patients were followed for 2 years. Comparison between good and bad groups were based on VPS, including the perioperative gradient (GPSV) of the artery with highest variation and the mean of the VPS in the 3 arteries. After 2-years good result were defined as good when the patient had no pain and complete healing of a previous ulcer or minor amputations. It was considered as bad result when a second intervention was required or when unhealed lesions were present at the end of the 2-year period. Results: Mean age was 68,5 ± 8,1 years-old. In 26 cases the long-term result was good. Healing time ranged from 4 to 111 weeks (median 21.5). Bad long-term results were observed in 14 cases. Three lesions had persisted unhealed despite patent angioplasty. One case has ulcer recurrence at 24 months appointment. In 10 cases a second procedure was carried out (redo angioplasty in 6 and bypass in 4). TASCII A/B registered better clinical success then TASCII C/D (p<0,05) at 1-year follow-up but not at 2-years (p=0,11). Two-year limb salvage was 92,5% ± 4,2%. Primary patency was 62,5% ± 7,7% in 2-years. GVPS was 44,4 cm/s (highest artery) and 21,9 cm/s (mean PSV) in success group. GVPS was 45,3 cm/s (highest artery), and 24,7cm/s (mean VPS). The quality of the initial result, as measured by GPSV, was not associated with a good or bad long-term success (p>0,05). Conclusion: once the procedure was successfully performed, the degree of increase in flow is not related to the long-term durability and ulcer healing
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Avaliação morfológica pela escala de cinza da aterosclerose carotídea em pacientes assintomáticos portadores ou não da síndrome metabólica / Morphologic analysis by grey-scale median of carotid atherosclerosis in asymptomatic patients with and without metabolic syndrome

Cury, Marcus Vinicius Martins 25 May 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: A Síndrome metabólica (SM) é uma condição clínica complexa, onde há associação de obesidade abdominal e distúrbios do metabolismo da glicose e lipídeos. Essencialmente, sua fisiopatologia envolve o aumento da resistência insulínica periférica, a qual acelera o processo de aterosclerose. Sendo assim, a SM apresenta-se como um cofator para aumento da incidência de doenças cardiovasculares, incluindo a doença cerebrovascular. Frequentemente, a aterosclerose carotídea é avaliada pela ultrassonografia Doppler (USG-D), a qual determina apenas o grau de estenose. No entanto, em determinadas situações, a avaliação qualitativa da placa carotídea é importante para conduta terapêutica. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto da síndrome metabólica na morfologia de placa carotídea, acessada pela mediana de escala de cinza (GSM), e análise da distribuição de pixels utilizando um software dedicado a este propósito. MÉTODO: No período de setembro de 2011 a setembro de 2012, 83 pacientes assintomáticos portadores de estenose de artérias carótidas foram consecutivamente incluídos em um estudo transversal observacional. A coleta de dados envolveu avaliação clínico-laboratorial e USG-D realizada por um único examinador. A análise ultrassonográfica incluiu a obtenção de uma única imagem no melhor segmento longitudinal que demonstrasse a maior porção da placa. As imagens foram gravadas, sendo posteriormente avaliadas em um programa de computador dedicado a medida de GSM e análise da distribuição de pixels. RESULTADOS: No grupo total (n = 83), foi identificada média de idade de 72,23 ± 7,9 anos (52 - 90), com predominância do sexo masculino (53 %). A SM foi diagnosticada em 51,8% da casuística. Pacientes com a SM apresentaram maior prevalência de diabetes mellitus (53,5% vs. 27,5%, p = 0,016), utilizavam um maior número de classes de anti-hipertensivos (2 [0 - 4] vs. 2 [0 - 6], p = 0,009) e usavam estatinas há mais tempo (60 vs. 48 meses, p = 0,011) quando comparados aos pacientes sem essa condição. Em ambos os grupos, houve predomínio de estenose carotídea de 50 - 69% (37,3 %) e a análise por distribuição de pixels foi realizada em 148 placas carotídeas. Nestas, a mediana do GSM foi superior em pacientes com a SM em relação aos pacientes sem esta condição (71 vs. 60,5, p = 0,012). Adicionalmente, o histograma demonstrou que pacientes com a SM apresentaram placas carotídeas mais estáveis, com maiores quantidades de tecido fibrótico (15,8 vs. 12, p = 0,015) e menores proporções de sangue (0,5 vs. 1,9, p = 0,005) e gordura (7,6 vs. 12,4, p = 0,003). CONCLUSÃO: O presente estudo demonstrou que a SM não foi associada a presença de instabilidade da placa carotídea / INTRODUCTION: Metabolic syndrome (MetS) is a complex clinical disorder in which abdominal obesity and impairment of glucose and lipid metabolism coexist. In essence, this condition involves increased peripheral insulin resistance, which is associated with atherosclerosis. Accordingly, MetS is a cofactor in atherosclerotic disease, including cerebrovascular disorders. Carotid artery stenosis is generally assessed by Doppler ultrasonography (DUS); however, some patients also require qualitative carotid plaque analysis to aid clinical decision-making. OBJECTIVE: To evaluate the impact of MetS on the morphology of carotid artery plaques as evaluated using DUS with computer-assisted analysis. METHOD: Between September 2011 and September 2012, 83 consecutive asymptomatic patients with carotid artery stenosis were enrolled in this cross-sectional observational study. We collected data from clinical and laboratory evaluations, and DUS conducted by a single operator. All plaques were scanned longitudinally and the best segment was selected, recorded, and evaluated using dedicated software. The main softwarebased analyses were grey-scale median (GSM) measurements and pixels distribution analysis. RESULTS: Of the total group (n = 83), 53% of subjects were male and the mean age was 72.23 ± 7.9 years (52-90). MetS was identified in 51.8% of patients. Compared with patients without MetS, patients with MetS had a higher incidence of diabetes mellitus (53.5% vs. 27.5%, p = 0.016), used more classes of antihypertensive drugs (2 [0 - 4] vs. 2 [0 - 6], p = 0.009), and were treated with statins for longer (60 vs. 48 months, p = 0.011). Both groups exhibited moderate carotid stenosis of 50% - 69% (37.3%) and MetS was not associated with an increased prevalence of severe carotid artery stenosis. In computer-assisted analysis of 148 carotid plaques, the median GSM was higher in the MetS group than in the non-MetS group (71 vs. 60.5, p = 0.012). Additionally, patients with MetS had more stable carotid artery plaques with higher amounts of fibrotic tissue (15.8 vs. 12, p = 0.015) and lower quantities of blood (1.9 vs. 0.5, p = 0.005) and fat (7.6 vs. 12.4, p = 0.003). CONCLUSION: In patients with asymptomatic carotid artery stenosis, MetS was not associated with unstable carotid plaques
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Avaliação da hemodinâmica cerebral através da técnica de ultrassonografia Doppler e suas correlações com as variações da pressão intracraniana em um modelo animal de hipertensão intracraniana / Evaluation of cerebral hemodynamics using the Doppler ultrasonography technique and its correlations with variations of intracranial pressure in an animal model of intracranial hypertension

Soares, Matheus Schmidt 28 March 2018 (has links)
Introdução: O aumento da pressão intracraniana (PIC) é um problema comum na prática neurocirúrgica, e a monitoração invasiva deste parâmetro faz parte da rotina de unidades de terapia intensiva. O Doppler transcraniano vem sendo testado na avaliação da hemodinâmica cerebral como parâmetro de avaliação não invasiva da PIC, porém há controvérsias na literatura sobre seu real benefício e utilidade nesta situação. Este estudo objetivou correlacionar os dados de avaliação do fluxo sanguíneo cerebral através da técnica de Doppler com as variações da monitoração invasiva da PIC na fase aguda de hipertensão intracraniana em um modelo animal. Métodos: Trata-se de um estudo experimental realizado em suínos. O experimento constou de dois grupos de animais (A e B) com hipertensão intracraniana gerada por insuflação com soro fisiológico de um balão no parênquima cerebral, sendo o grupo A com 4 mL e o grupo B com 7 mL. Nos dois grupos houve uma intervenção clínica com infusão de solução salina a 3% e uma simulação de intervenção cirúrgica (desinsuflação do balão). Em todos os momentos de insuflação do balão e das intervenções foram registrados os valores dos monitores de PIC e do Doppler: velocidades sistólica (VS), diastólica (VD), média (VM) do fluxo sanguíneo cerebral e índice de pulsatilidade (IP). Foram realizadas comparações do comportamento dos parâmetros avaliados pela ultrassonografia Doppler craniana (VS, VD, VM e IP) em relação às variações da PIC intraparenquimatosa. Resultados: Foram estudados 20 suínos sendo 10 no grupo A e 10 no grupo B. Um animal do grupo B foi excluído do estudo, pois foi a óbito antes do término do experimento. Após a insuflação do balão, como era de se esperar, a PIC no grupo B foi superior à do grupo A em todos os momentos, até a desinsuflação do mesmo. Realizada a correlação de Spearman observou-se correlação significativa entre IP e PIC, principalmente logo após insuflação do balão, ou seja, na elevação abrupta da PIC. Não houve correlação entre a PIC e os parâmetros VS, VD e VM. Também não houve variação significativa da PIC após infusão endovenosa de solução salina hipertônica. Conclusão: Este resultado demonstra o potencial do IP como bom parâmetro de avaliação de pacientes com suspeita de elevação hiperaguda e recente da PIC. Não se conseguiu demonstrar os mesmos resultados de correlação entre a PIC e as demais variáveis VS, VD e VM. Diante destes achados, adicionados aos dados conflitantes da literatura disponível até o momento, não se recomenda, por enquanto, a utilização desses parâmetros isoladamente como substitutos da monitoração invasiva da PIC, evidenciando a necessidade de mais estudos clínicos e experimentais / Introduction: Increased intracranial pressure (ICP) is a common problem in neurosurgical practice. Invasive monitoring of ICP in these cases is part of the intensive care unit routine. Transcranial Doppler has been tested in the evaluation of cerebral hemodynamics as a non-invasive evaluation of ICP, but there are controversies in the literature about its real benefit and usefulness in this situation. Thus, this study aimed to correlate the data of cerebral blood flow assessment using the Doppler technique and the invasive monitoring of ICP in the acute phase of intracranial hypertension in an animal model. Methods: This is an experimental study in pigs. During the experiment, an intracerebral expansive mass with an inflatable balloon was simulated. The experiment consisted of two groups (A and B) of animals with intracranial hypertension generated by a ballon inflation inside the cerebral parenchima, group A with 4 mL and group B with 7 mL. In both groups there was a clinical intervention with infusion of 3% saline solution and a simulation of surgical intervention (balloon drain out). The values of ICP and Doppler parameters (systolic (FVs), diastolic (FVd), and mean (FVm) cerebral blood flow velocities) were collected at all moments of balloon inflation and interventions, as well as the pulsatility index (PI). Comparisons of the behavior of the parameters evaluated by Doppler ultrasound (FVs, FVd, FVm and PI) were performed in relation to intraparenchymal ICP. Results: Twenty pigs were studied, 10 in group A and 10 in group B. One pig died in group B and it was excluded. After balloon inflation, as expected, ICP in group B was higher than in group A at all times, until the ballon was empty again. Significant correlation between PI and ICP was obtained when Spearman correlation was performed, mainly shortly after balloon inflation, that is, in the abrupt elevation of ICP. There was no correlation between ICP and FVs, FVd or FVm. There was also no significant change in ICP after intravenous infusion of hypertonic saline solution. Conclusion: These results demonstrate the potential of PI as a good parameter for the evaluation of patients with suspected ICP elevation. It was not possible to demonstrate the same correlation results between the ICP and FVs, FVd or FVm. Due to these results and also to the literature conflicting data to date, the use of these parameters alone as substitutes for the invasive monitoring of ICP is not recommended until now, which shows the need for further clinical and experimental studies
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Avaliação do volume e índices vasculares placentários pela ultrassonografia tridimensional em gestações com restrição grave de crescimento fetal / Three-dimensional sonographic assessment of placental volume and vascularization in pregnancies complicated by severe fetal growth restriction

Renata Montes Dourado Abulé 09 March 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: A restrição de crescimento fetal (RCF) representa uma das principais complicações da gravidez e está associada a elevadas taxas de morbimortalidade perinatal. A frequência de desfechos desfavoráveis neonatais está diretamente relacionada à gravidade da RCF, sendo que os casos de pior evolução estão relacionados com peso abaixo do percentil 3. O mecanismo do crescimento fetal não está totalmente esclarecido, mas resulta da interação entre potencial genético de crescimento e fatores placentários, maternos e ambientais. Dentre os fatores etiológicos, o desenvolvimento anormal da placenta e a diminuição da perfusão uteroplacentária são as principais causas de RCF. Este estudo teve por objetivo avaliar volume e índices de vascularização placentários, por meio da ultrassonografia tridimensional (US3D), em gestações com RCF grave, e as correlações dos parâmetros placentários com valores de normalidade e dopplervelocimetria materno-fetal. MÉTODOS: Foram avaliadas 27 gestantes cujos fetos apresentavam peso estimado abaixo do percentil 3 para a idade gestacional. Por meio da US3D, utilizando-se a técnica VOCAL, foram mensurados o volume placentário (VP) e os índices vasculares: índice de vascularização (IV), índice de fluxo (IF) e índice de vascularização e fluxo (IVF). Os dados foram comparados com a curva de normalidade para a idade gestacional e peso fetal descrita por De Paula e cols. (2008, 2009). Desde que os volumes placentários variam durante a gravidez, os valores observados foram comparados com os valores esperados para a idade gestacional e peso fetal. Foram criados os índices volume observado/ esperado para a idade gestacional (Vo/e IG) e volume placentário observado/ esperado para o peso fetal (Vo/e PF). Os parâmetros placentários foram correlacionados com índice de pulsatilidade (IP) médio de (AUt) e IP de artéria umbilical (AU), e avaliados segundo a presença de incisura protodiastólica bilateral em AUt. RESULTADOS: Quando comparadas à curva de normalidade, as placentas de gestação com RCF grave apresentaram VP, IV, IF e IVF significativamente menores (p < 0,0001 para todos os parâmetros). Houve correlação inversa estatisticamente significante da média do PI de AUt com o Vo/e IG (r= -0,461, p= 0,018), IV (r= -0,401, p= 0,042) e IVF (r= -0,421, p= 0,048). No grupo de gestantes que apresentavam incisura protodiastólica bilateral de artérias uterinas, Vo/e IG (p= 0,014), Vo/e PF (p= 0,02) e IV (p= 0,044) foram significativamente mais baixos. Nenhum dos parâmetros placentários apresentou correlação significativa com IP de AU. CONCLUSÕES: Observou-se que o volume e os índices de vascularização placentários apresentam-se diminuídos nos fetos com RCF grave. IP médio de AUT apresenta correlação negativa com Vo/e IG, IV e IVF, e Vo/e IG, Vo/e PF e IV apresentaram-se reduzidos nos casos de incisura bilateral. Não houve correlação significativa dos parâmetros placentários com IP de AU / INTRODUCTION: Fetal growth restriction (FGR) is a major complication of pregnancy and it is associated with high rates of perinatal morbidity and mortality. The frequency of neonatal adverse outcome is directly related to the severity of FGR and the cases of poor prognosis are related to weight below the 3rd percentile. Abnormal placental development and decreased uteroplacental perfusion is one of the main causes of FGR. This study aimed to evaluate placental volume and vascular indices by three-dimensional ultrasonography (3DUS) in pregnancies with severe FGR, and their correlation with normal values and maternal-fetal doppler. METHODS: We studied 27 pregnant women whose fetuses had estimated weight below the 3rd percentile for gestational age. Placental volume (PV) and placental indices- vascularity index (VI), flow index (FI) and vascularization and flow index (VFI)- were measured by the 3DUS using the VOCAL technique. These were compared to volume and vascularization normogram described by De Paula e cols. (2008, 2009). Since placental volumes vary throughout pregnancy, the observed values were compared to the expected values at the gestational age and to fetal weight. The observed-to-expected placental volume ratio for gestacional age (PVR-GA) and the observed-to-expected placental volume ratio for fetal weight (PVR-FW) were calculated. Placental parameters were correlated with uterine arteries (UtA) mean pulsatility index (PI) of umbilical artery(UA) PI and they were also evaluated according to the presence of bilateral protodiastolic notch in UtA. RESULTS: Compared to normal curve, the placentas of severe FGR pregnancies showed PV, VI, FI and VFI significantly lower (p < 0,0001 for all parameters). There was a statistically significant inverse correlation of UtA mean PI to PVR-GA (r= - 0,461, p= 0,018), VI(r= -0,401, p= 0,042) and VFI(r= -0,421, p= 0,048. In the group of women who had bilateral protodiastolic notch in UtA, PVR-GA (p= 0,014), PVR-FW (p= 0,02) and VI (p= 0,044) were significantly lower. None of placental parameters correlated significantly with UA PI. CONCLUSIONS: Volume and placental vascularization indices are decreased in fetuses with severe FGR. UtA mean PI has a negative correlation with PVR-GA, VI and VFI, and PVR-GA, PVR-FW and VI are decreased in cases with UtA bilateral notch. There was no correlation of placental parameters to UA PI
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Circulação venosa fetal em gestações gemelares monocoriônicas com insuficiência placentária / Fetal venous circulation in monochorionic twin pregnancies with placental insufficiency

Tatiana Bernath Liao 12 June 2013 (has links)
Objetivo: A finalidade deste estudo foi avaliar o Doppler venoso em gestações gemelares monocoriônicas (MC) com insuficiência placentária e a relação do fluxo sanguíneo venoso com a acidemia no nascimento ou óbito fetal. Método: Estudo prospectivo que incluiu 18 gestações gemelares MC com insuficiência placentária. Os critérios de inclusão foram: gestação gemelar MC e diamniótica, dopplervelocimetria da artéria umbilical (AU) alterada, membranas integras e ausência de defeitos congênitos fetais. Casos que apresentassem a síndrome de transfusão feto- fetal foram excluídos. Os seguintes parâmetros de Doppler foram avaliados: índice de pulsatilidade (IP) da AU, índice de pulsatilidade para veias (IPV) do ducto venoso (DV), IP e velocidade sistólica máxima (Vmax) da artéria cerebral média (ACM), a média da velocidade máxima (TAMxV) da veia umbilical (VU) e a TAMxV da veia portal esquerda (VPE). Os parâmetros dopplervelocimétricos foram transformados em escore zeta (desvios padrão da média) ou múltiplos da mediana (MoM), de acordo com os valores de referência. Amostras de sangue do cordão umbilical foram obtidas imediatamente após o parto para a mensuração do pH da artéria umbilical no nascimento. Resultado: O pH < 7,20 ocorreu em nove recém nascidos (25%), pH< 7,15 em quatro (11,1%) e em quatro (11,1%) casos houve óbito intrauterino. Os escores zeta da TAMxV da VU e da VPE foram significativamente menores no grupo com pH < 7,2 ou óbito intrauterino (respectivamente: -1,79 vs. - 1,22, p=0,006; -2,26 vs. -1,13, p=0,04). Nos casos com pH< 7,15 ou óbito intrauterino a pulsação da VU foi mais frequente (50% vs. 10,7%, p=0,03) e a TAMxV da VU foi significativamente mais baixa (-1,89 vs. -1,26, p= 0,003). A análise de regressão logística demonstrou que o escore zeta da TAMxV da VU prediz significativamente acidemia com pH< 7,20 ou óbito intrauterino (p=0,019). O parâmetro de Doppler que prediz significativamente pH< 7,15 ou óbito intrauterino foi a pulsação da VU (p=0,023). Conclusão: Os parâmetros de Doppler da VU podem predizer a acidemia no nascimento ou o óbito fetal em gestações gemelares MC complicadas por insuficiência placentária / Objectives: The aim of this study was to investigate fetal venous Doppler in monochorionic (MC) twin pregnancies complicated by placental insufficiency and the relationship between fetal venous flow and acidemia at birth or intrauterine fetal death. Methods: This was a prospective study of 18 MC twin pregnancies with placental insufficiency. Inclusion criteria were MC diamniotic twin pregnancies, abnormal umbilical artery (UA) Doppler, intact membranes, and absence of fetal congenital abnormalities. The twin-to-twin transfusion syndrome cases were excluded. The following Doppler measurements were studied: UA pulsatility index (PI), ductus venosus (DV) pulsatility index for veins (PIV), middle cerebral artery (MCA) PI and peak systolic velocity (PSV), intra-abdominal umbilical vein (UV) timeaveraged maximum velocity (TAMxV), and left portal vein (LPV) TAMxV. Doppler parameters were transformed into z-scores (SD values from the mean) or multiples of median (MoM) according to normative references. Blood samples were obtained from the umbilical cord immediately after delivery to measure the pH of the umbilical artery at birth. Results: pH<7.20 occurred in 9 newborns (25%), pH<7.15 in 4 (11.1%), and intrauterine fetal death in 4 (11.1%). The UV-TAMxV and the LPVTAMxV z-scores were significantly lower in the group presenting pH <7.20 or intrauterine fetal death (respectively: -1.79 vs. -1.22, p=0.006; -2.26 vs. -1.13, p=0.04). In cases with pH <7.15 or intrauterine fetal death, UV pulsations were more frequent (50% vs. 10.7%, p=0.03) and the UV-TAMxV z-score was significantly lower (-1.89 vs. -1.26, p=0.003). Logistic regression demonstrated that the UVTAMxV z-score significantly predicted pH at birth <7.20 or intrauterine fetal death (p=0.019). The Doppler parameter which independently predicted pH < 7.15 or intrauterine fetal death was the presence of pulsation in the umbilical vein (p=0.023). Conclusion: UV Doppler parameters may predict acidemia at birth or intrauterine fetal death in MC twins complicated by placental insufficiency

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