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Comportamento agressivo, vitimização e relações de amizade de crianças em idade escolar : fatores de risco e proteçãoLisboa, Carolina Saraiva de Macedo January 2005 (has links)
O presente estudo investigou três processos que acontecem na esfera interpessoal: vitimização, agressividade e amizade. Foram identificados aspectos de risco e proteção destes três comportamentos, a relação entre os mesmos e também a validade do uso de diferentes instrumentos estrangeiros no Brasil. Em uma amostra de 258 crianças, regularmente matriculadas em escolas de nível sócio-econômico baixo, utilizaram-se duas escalas para investigação do comportamento agressivo, uma respondida pelas próprias crianças e outra pelas suas professoras, e também um instrumento de nomeação baseado em características, respondido pelos colegas. Para investigação da amizade foi utilizada uma escala sobre qualidade da amizade percebida e, para a investigação do processo de vitimização, foi utilizado o instrumento projetivo SCAN-Bullying. As aplicações dos instrumentos foram todas coletivas, com exceção do instrumento projetivo SCAN-Bullying que é acompanhado de uma entrevista estruturada Foram realizadas regressões múltiplas e correlações de Pearson, a fim de verificar as interações entre as variáveis estudadas. Testes T de Student, Teste de Kruskall- Wallis e Testes de Qui-quadrado foram utilizados a fim de verificar possíveis diferenças entre grupos de crianças com amizades recíprocas e sem amizades recíprocas, grupos de crianças classificados como agressores, vítimas, agressores-vítimas e pró-sociais e entre os gêneros. De uma maneira geral, verificou-se que a agressividade individual é um fator de risco para a vitimização entre pares, enquanto a amizade recíproca é um fator de proteção. Verificou-se, entretanto, que a agressividade do amigo pode ser um fator de proteção associado à popularidade da criança e reciprocidade na sua amizade. Estes resultados oportunizaram a compreensão e reflexão sobre a qualidade da interação de comportamentos e características sociais na promoção da resiliência. Os resultados obtidos poderão gerar subsídios para programas de intervenção que visem à adaptação saudável no ciclo vital.
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A viagem em cárcere móvel: um estudo de vitimização por sequestro relâmpago.Azevedo, Letícia Rodrigues de January 2011 (has links)
p. 1-182 / Submitted by Santiago Fabio (fabio.ssantiago@hotmail.com) on 2013-04-30T18:03:23Z
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Previous issue date: 2011 / Da mesma forma que a violência como tema da Saúde Coletiva demorou a ganhar espaços de discussão, o sequestro relâmpago, uma modalidade de violência criminal que atinge a classe média brasileira desde meados da década de 1990, carece de estudos que o evidenciem e reconheçam o seu impacto na saúde física, mental e social dos envolvidos. Buscamos compreender o fenômeno e a experiência do seqüestro relâmpago segundo os relatos da pessoa vitimizada, de modo a: 1. descrever o evento e identificar suas fases de execução; 2. analisar as violências perpetradas e os sentidos atribuídos pelas vítimas; 3. compreender as dimensões de interação de vítimas e ofensores; e 4. conhecer as repercussões da experiência de vitimização no cotidiano de vida dos ex-sequestrados. Desenvolvemos um estudo exploratório e com método qualitativo, no qual investigamos a experiência subjetiva de treze vítimas do seqüestro relâmpago por meio de entrevistas individuais. Descrevemos o evento a partir de quatro fases. A primeira fase antecede a captura (pré-abordagem); em seguida, tem-se a fase na qual os papéis de vítima e ofensor são iniciados (captura); e então a fase mais prolongada durante a qual ofensores expõem suas intenções e inserem a vítima em um acordo coercitivo-cooperativo (o passeio compulsório), para enfim encerrarem o evento (desfecho), sendo este um dos momentos mais tensos para a vítima. De modo geral, o seqüestro relâmpago pode ser identificado como aquilo que os estudiosos nomeiam de ―sequestro para roubo‖. É um delito que pressupõe um meio de atuação comum – o confinamento e transporte forçado das vítimas – que pode seguir scripts distintos e complementares (saques em caixas automáticos, compras, obtenção dos bens pessoais, roubo do veículo). Ele é caracterizado pela temporalidade reduzida, pelo ―cárcere móvel‖ e pela relação diádica entre ofensor e vítima. As ameaças e a arma de fogo, fortalecidos por uma encenação convincente dos ofensores, são elementos comuns a todos os casos investigados e figuram nos relatos das vítimas como elementos essenciais à sua cooperação. Esta, por sua vez, é o tipo de resposta mais freqüente por parte das vítimas. Elas acreditam que, ao colaborarem com os mandos dos ofensores, suas vidas serão preservadas e, assim, validam o contrato coerção-cooperação imposto pelos algozes. Entretanto, esse contrato pode ser continuamente negociado, já que vítima e ofensor mantêm um contato face-a-face prolongado e constante e estão inseridos em uma cena mutável por conta de fatores situacionais. Consequentemente, as vítimas vivenciam repercussões emocionais e físicas da vitimização, como medo da retaliação, mudanças imediatas de rotina, prejuízo à vida social, sensação de insegurança generalizada, entre outros. Essa deterioração da vida social do sujeito e das suas relações pessoais e a revivência emocional negativa recorrente podem ter efeito prolongado e danoso às vítimas. / Salvador
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Mujeres y conflicto armado: estudio sobre la victimización de Mujeres desplazadas por la violencia colectiva en ColombiaSalcedo Avila, Edwin Diego 08 April 2016 (has links)
Submitted by Oliveira Santos Dilzaná (dilznana@yahoo.com.br) on 2016-04-04T15:32:47Z
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Dissertação de Edwin Diego Salcedo Avila.pdf: 1565580 bytes, checksum: f30d0e4a386d59d2dd4bbd144fa58ff7 (MD5) / CAPES / Este trabajo discute los tipos de victimización en mujeres desplazadas por el conflicto
armado colombiano. Analiza la situación de las mujeres que son víctimas de los grupos
armados tanto legales como ilegales en Colombia y como ellas tienen que hacer frente a
eventos de violencia colectiva. Este es un trabajo experimental realizado con mujeres que
se desplazaron para la ciudad de Bogotá huyendo de la violencia y el conflicto armado en
sus regiones de origen. El trabajo hace un análisis de los tipos de victimización en las
diferentes etapas del desplazamiento forzado teniendo en cuenta los eventos de violencia en
las regiones de conflicto armado, la salida de los lugares de origen, el proceso de migración
y la llegada a la ciudad. La violencia colectiva en Colombia tiene efectos graves sobre la
vida y el cuerpo de las mujeres, que son la mayoría de las víctimas y constituyen el mayor
grupo de desplazados. Ellas han sido víctimas directas en acciones de estupro, esclavitud
sexual, secuestro, tortura y como objeto sexual en la estrategia de guerra de los diferentes
grupos armados. Como víctimas indirectas han perdido a sus maridos, hermanos, hijos y
familiares, lo que las obliga a asumir nuevos roles como madres cabeza de familia y
construir nuevas identidades para responder a diferentes demandas y sobrevivir en nuevos
ambientes. El contexto del conflicto armado en Colombia hace más grave las diferencias y
desigualdades de género que tradicionalmente han caracterizado los ámbitos económicos,
políticos y culturales. Para este trabajo fue fundamental mostrar la forma como la
dimensión de género está presente en las lógicas y estructuras del conflicto armado lo que
derivó en el análisis de cómo las mujeres se convierten en víctimas y tienen que hacer
frente a la violencia colectiva. En conclusión: para las mujeres desplazadas por el conflicto
armado, existe una ruptura bastante drástica en donde se vive un presente angustioso y sin
sentido, la idea de un retorno se vuelve aliciente para esperar, aunque con el tiempo, ese
retorno es casi que imposible. Lo que queda es hacer frente a los nuevos retos y resolver las
dificultades, no sin el acoso de las memorias y los traumas producidos por la violencia. Este trabalho discute os tipos de vitimização em mulheres deslocadas pelo conflito armado
colombiano. Analisa a situação das mulheres que são vítimas dos grupos armados, tanto
legais como ilegais na Colômbia e como elas têm que lidar com eventos de violência
coletiva. Este é um trabalho experimental com mulheres que viajaram a Bogotá fugindo da
violência e do conflito armado em suas regiões de origem. O trabalho analisa os tipos de
vitimização em diferentes estágios de deslocamento forçado levando em conta os
acontecimentos de violência em áreas de conflito armado, a saída dos locais de origem, o
processo de migração e com a chegada à cidade. A violência coletiva na Colômbia tem
efeitos graves sobre a vida e os corpos das mulheres, que são a maioria das vítimas e
constituem o maior grupo de pessoas deslocadas. Elas foram vítimas diretas em ações de
estupro, escravidão sexual, sequestro, tortura e como objeto sexual na estratégia de guerra
dos diferentes grupos armados. Como vítimas indiretas perderam seus maridos, irmãos,
filhos e família, forçando-as a assumir novos papéis como mães solteiras e construir novas
identidades para atender diferentes demandas e sobreviver em novos ambientes. O contexto
do conflito armado na Colômbia torna mais grave as diferenças e desigualdades de gênero
que tradicionalmente caracterizam as esferas econômicas, políticas e culturais. Para este
trabalho foi fundamental mostrar como a dimensão de gênero está presente na lógica e
estrutura do conflito armado que resultou na análise de como as mulheres se tornam vítimas
e têm que lidar com a violência coletiva. Em conclusão: para as mulheres deslocadas pelo
conflito armado, há uma quebra bastante drástica onde se vive uma vida angustiante e sem
sentido, a ideia de um retorno se torna incentivo para esperar, embora ao longo do tempo,
esse retorno é quase impossível. O que resta é para elas enfrentarem os novos desafios e
resolverem as dificuldades, não sem o assédio das memórias e os traumas causados pela
violência.
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Comportamento agressivo, vitimização e relações de amizade de crianças em idade escolar : fatores de risco e proteçãoLisboa, Carolina Saraiva de Macedo January 2005 (has links)
O presente estudo investigou três processos que acontecem na esfera interpessoal: vitimização, agressividade e amizade. Foram identificados aspectos de risco e proteção destes três comportamentos, a relação entre os mesmos e também a validade do uso de diferentes instrumentos estrangeiros no Brasil. Em uma amostra de 258 crianças, regularmente matriculadas em escolas de nível sócio-econômico baixo, utilizaram-se duas escalas para investigação do comportamento agressivo, uma respondida pelas próprias crianças e outra pelas suas professoras, e também um instrumento de nomeação baseado em características, respondido pelos colegas. Para investigação da amizade foi utilizada uma escala sobre qualidade da amizade percebida e, para a investigação do processo de vitimização, foi utilizado o instrumento projetivo SCAN-Bullying. As aplicações dos instrumentos foram todas coletivas, com exceção do instrumento projetivo SCAN-Bullying que é acompanhado de uma entrevista estruturada Foram realizadas regressões múltiplas e correlações de Pearson, a fim de verificar as interações entre as variáveis estudadas. Testes T de Student, Teste de Kruskall- Wallis e Testes de Qui-quadrado foram utilizados a fim de verificar possíveis diferenças entre grupos de crianças com amizades recíprocas e sem amizades recíprocas, grupos de crianças classificados como agressores, vítimas, agressores-vítimas e pró-sociais e entre os gêneros. De uma maneira geral, verificou-se que a agressividade individual é um fator de risco para a vitimização entre pares, enquanto a amizade recíproca é um fator de proteção. Verificou-se, entretanto, que a agressividade do amigo pode ser um fator de proteção associado à popularidade da criança e reciprocidade na sua amizade. Estes resultados oportunizaram a compreensão e reflexão sobre a qualidade da interação de comportamentos e características sociais na promoção da resiliência. Os resultados obtidos poderão gerar subsídios para programas de intervenção que visem à adaptação saudável no ciclo vital.
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A efetivação dos direitos humanos: o desafio do direito no atendimento interdisciplinar a vítimas de violência / The enforcement of human rights: the challenge faced by law in the interdisciplinary support for violence victimsAkemi Kamimura 25 May 2009 (has links)
O presente trabalho estuda os desafios do atendimento interdisciplinar às vítimas de violência e a efetivação dos direitos humanos. O debate em tomo da violência raramente aborda a questão da vítima e da política de assistência às vítimas de violência. Os serviços que oferecem apoio e atendimento às vítimas trabalham geralmente em equipe multidisciplinar e os operadores do direito raramente possuem formação que privilegie o diálogo e troca com outros profissionais. Assim, esse estudo se justifica pela importância da análise sobre a maneira pela qual o direito tem participado do atendimento interdisciplinar à vítima de violência e como isso tem contribuído para promover o respeito aos direitos humanos. Para tanto, foram realizadas entrevistas com profissionais da área jurídica, psicológica e social que compõem as equipes do Centro de Referência às Vítimas de Violência (CNRVV) e do Centro de Referência e Apoio à Vítima (CRA VI). A partir do discurso desses técnicos, foram analisados como se dá a integração e prática interdisciplinar de atendimento às vítimas de violência nesses centros; quais conceitos ou tipos de vítimas são atendidas no serviço; como o direito tem contribuído no atendimento às vítimas e se a abordagem de direitos humanos é empregada nos atendimentos. A invisibilidade da vítima de violência é verificada na situação de desamparo diante da ausência de medidas legislativas adequadas ao exercício dos direitos das vítimas, na constante vitimização secundária no decorrer de procedimentos judiciais e na inconsistência de uma política de assistência às vítimas de violência. A consolidação dessa política deve se realizar sob o marco dos direitos humanos. O atendimento interdisciplinar a vítimas de violência apresenta desafios ao direito, que ainda tem um lugar a ser desvendado nessa prática. / The present work studies the challenges of the interdisciplinary support for violence victims and the enforcement of human rights. The debate about the violence rarely approaches the question of the victim and the politics of support to the violence victims. The services that provide support for victims generally work with multidisciplinary team and the lawyers do not have background that stimulate the dialogue and the exchanges with other professionals. Thus, this study is important for the analysis on how the law has participated in the interdisciplinary support for violence victim and how it has contributed to promote human rights. For this reason, we carried interviews with professionals of legal, psychological and social area of the Centro de Referência às Vítimas de Violência (CNRVV) and of the Centro de Referência e Apoio à Vítima (CRA VI). From the speech of these teams, we analyzed how these centers integrate different areas in the practical of support for violence victims; how the law has contributed in the support for the victims and if the service provided has human rights approach. The invisibility of the violence victim is verified with the lack of legislative measures to promote the victims\' rights, the (re)traumatization of victims who face the judicial process and the lack of a support policy for violence victims. The consolidation of this policy must incorporate human rights approach. The support for violence victims presents challenges to the law that still has a place to be unmasked in this practical.
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Comportamento agressivo, vitimização e relações de amizade de crianças em idade escolar : fatores de risco e proteçãoLisboa, Carolina Saraiva de Macedo January 2005 (has links)
O presente estudo investigou três processos que acontecem na esfera interpessoal: vitimização, agressividade e amizade. Foram identificados aspectos de risco e proteção destes três comportamentos, a relação entre os mesmos e também a validade do uso de diferentes instrumentos estrangeiros no Brasil. Em uma amostra de 258 crianças, regularmente matriculadas em escolas de nível sócio-econômico baixo, utilizaram-se duas escalas para investigação do comportamento agressivo, uma respondida pelas próprias crianças e outra pelas suas professoras, e também um instrumento de nomeação baseado em características, respondido pelos colegas. Para investigação da amizade foi utilizada uma escala sobre qualidade da amizade percebida e, para a investigação do processo de vitimização, foi utilizado o instrumento projetivo SCAN-Bullying. As aplicações dos instrumentos foram todas coletivas, com exceção do instrumento projetivo SCAN-Bullying que é acompanhado de uma entrevista estruturada Foram realizadas regressões múltiplas e correlações de Pearson, a fim de verificar as interações entre as variáveis estudadas. Testes T de Student, Teste de Kruskall- Wallis e Testes de Qui-quadrado foram utilizados a fim de verificar possíveis diferenças entre grupos de crianças com amizades recíprocas e sem amizades recíprocas, grupos de crianças classificados como agressores, vítimas, agressores-vítimas e pró-sociais e entre os gêneros. De uma maneira geral, verificou-se que a agressividade individual é um fator de risco para a vitimização entre pares, enquanto a amizade recíproca é um fator de proteção. Verificou-se, entretanto, que a agressividade do amigo pode ser um fator de proteção associado à popularidade da criança e reciprocidade na sua amizade. Estes resultados oportunizaram a compreensão e reflexão sobre a qualidade da interação de comportamentos e características sociais na promoção da resiliência. Os resultados obtidos poderão gerar subsídios para programas de intervenção que visem à adaptação saudável no ciclo vital.
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Uso de álcool por vítimas de homicídio no município de São Paulo / The consumption of alcohol by homicide victims in the city of Sao PauloGabriel Andreuccetti 15 October 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: O consumo excessivo de álcool é considerado um grave problema de saúde pública e apontado como um importante facilitador das situações de violência, o que sugere uma forte associação entre a ingestão de bebidas alcoólicas e a vitimização por homicídio. O objetivo deste estudo foi analisar a associação entre o uso de álcool e a vitimização por homicídio em indivíduos autopsiados nos postos médico-legais do município de São Paulo. MÉTODOS: Dados de 2042 vítimas de homicídio no ano de 2005 foram levantados a partir dos laudos necroscópicos obtidos dos arquivos do Instituto Médico Legal de São Paulo. As informações coletadas foram: sexo, idade, grupo étnico, meio de perpetração da morte, concentração de álcool no sangue das vítimas e circunstâncias dos homicídios, como o local, data e horário da morte. RESULTADOS: O álcool estava presente em amostras de sangue de 43% das vítimas, com uma média de alcoolemia de 1,55 ± 0,86 g/l. A prevalência de alcoolemia positiva foi maior entre os homens (44,1%) do que entre as mulheres (26,6%), p<0,01. As armas de fogo causaram a maior parte das mortes (78,6%) e o consumo de álcool foi maior entre as vítimas de homicídio cujo meio utilizado foi a arma branca (p<0,01). Houve uma maior proporção de vítimas alcoolizadas aos finais de semana do que durante os dias da semana (56,4 e 38,5%, respectivamente; p<0,01) e foi encontrada uma correlação positiva entre as taxas de homicídio e a média de concentração de álcool no sangue para a área Central da cidade (rs=0,90; p<0,01). CONCLUSÕES: Os resultados demonstram a magnitude da influência do álcool como fator de contribuição para a vitimização por homicídio no maior centro urbano da América do Sul, fornecendo subsídios para políticas públicas e estudos futuros com o objetivo de prevenir os homicídios e a violência relacionada ao consumo de álcool. / INTRODUCTION: The excessive consumption of alcohol is a serious public health issue and a major factor in triggering violent situations, which suggests a strong association between alcohol ingestion and becoming a victim of homicide. The aim of this study was to assess the association between alcohol use and victimization by homicide in individuals autopsied at the Institute of Legal Medicine in Sao Paulo, Brazil. METHODS: Data from 2,042 victims of homicides in 2005 were obtained from medical examiner reports. The victims gender, age, ethnicity, and blood alcohol concentration (BAC) information were collected. The method of death and homicide circumstances, as well as the date, time and place of death were also studied. RESULTS: Alcohol was detected in blood samples of 43% of the victims, and mean BAC levels were 1.55 ± 0.86 g/L. The prevalence of positive BAC levels was higher among men (44.1%) than women (26.6%), p<0.01. Firearms caused most of the deaths (78.6%) and alcohol consumption was greater among victims of homicide by sharp weapons (p<0.01). A greater proportion of victims with positive BAC were killed on weekends compared to weekdays (56.4 and 38.5%, respectively; p<0.01), and the correlation between homicide rates and the average BAC for the central area of the city was positive (rs=0.90; p<0.01). CONCLUSIONS: These results highlight alcohol as a contributing factor for homicide victimization in the greatest urban center in South America, supporting public strategies and future research aiming to prevent homicides and violence related to alcohol consumption.
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Consumo de álcool por vítimas de suicídio na cidade de São Paulo / Alcohol consumption in suicide victims in the city of Sao PauloGonçalves, Raphael Eduardo Marques 04 November 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: O suicídio é uma das principais causas de morte violenta em todo o mundo e uma questão de saúde pública, em virtude do aumento no número de casos principalmente entre os jovens. O consumo excessivo de álcool é um grave problema de saúde pública, pois a embriaguez prejudica o juízo crítico e o autocontrole, podendo desencadear o comportamento violento e/ou autodestrutivo, o que sugere uma associação entre consumo de álcool e vitimização por suicídio. No Brasil, faltam estudos que permitam uma abordagem epidemiológica para apoiar estratégias preventivas, com o objetivo de reduzir o número de mortes por suicídio e seus custos financeiros relacionados. OBJETIVO: Analisar a associação entre consumo de álcool e vitimização por suicídio na cidade de São Paulo e sua relação com as características sócio-demográficas das vítimas e as circunstâncias do suicídio. MÉTODO: Dados de 1.700 vítimas de suicídio submetidas ao exame dosagem alcoólica no sangue, no período de 2011 a 2015, foram obtidos a partir dos laudos de exames toxicológicos realizados no Instituto Médico Legal do Estado de São Paulo. Os dados coletados foram: sexo, idade, cor da pele, método suicida, dosagem alcoólica no sangue, data e horário da morte. RESULTADOS: O álcool foi detectado no sangue de 30,24% das vítimas, com uma média de alcoolemia de 1,73 ± 0,08 g/L. A maioria das vítimas pertencia ao sexo masculino (74,59%), sendo que a prevalência dos níveis de alcoolemia positiva foi maior entre os homens (34,70%) do que entre as mulheres (17,13%). A média de idade das vítimas foi de 39,90 ± 0,75 anos, sendo que a média de idade das vítimas com alcoolemia positiva (37,94 ± 1,08 anos) foi menor que das vítimas com alcoolemia negativa (40,75 ± 0,96 anos). A maior prevalência de vítimas com alcoolemia positiva foi na faixa etária de 25 a 44 anos. A faixa de alcoolemia predominante foi de 0,6-2,5 g/L. Observou-se prevalência de indivíduos de cor branca na amostra (64,65%), porém houve maior proporção de vítimas de cor parda e negra com alcoolemia positiva. O enforcamento foi o método suicida de maior prevalência na amostra (48,65%) e entre os homens (55,36%), enquanto que entre as mulheres foi a precipitação (34,96%). O enforcamento foi o método que apresentou a maior proporção de vítimas com alcoolemia positiva para ambos os sexos. A maioria dos suicídios ocorreu no período diurno (63,41%), porém houve maior proporção de vítimas com alcoolemia positiva nos finais de semana e no período noturno. CONCLUSÃO: Os resultados obtidos reforçam a existência de uma associação entre consumo de álcool e vitimização por suicídio na cidade de São Paulo, mesmo que uma relação causal não tenha sido estabelecida entre ambos, pois o álcool foi detectado no sangue de 30,24% das vítimas de suicídio, com uma média de alcoolemia de 1,73 ± 0,08 g/L. Indivíduos com esse valor de alcoolemia podem apresentar prejuízo do juízo crítico e do autocontrole, podendo desencadear o comportamento suicida naqueles com predisposiçao para tal / INTRODUCTION: Suicide is a leading cause of violent death worldwide and a major public health issue, as there has been an increase in the number of suicides, especially amongst young people. Excessive alcohol consumption is a serious public health problem, as drunkenness affects critical judgment and self-control and can trigger violent and/or self-destructive behavior, which suggests an association between alcohol consumption and victimization by suicide. In Brazil, there is a lack of studies that allow an epidemiological approach to support preventive actions in order to reduce the number of deaths by suicide and their related financial costs. OBJECTIVE: To assess the association between alcohol consumption and victimization by suicide in the city of Sao Paulo and its relationship with socio-demographic characteristics of the victims and the circumstances of suicide. METHOD: Data from 1,700 suicide victims subjected to examination of blood alcohol concentration (BAC) from 2011 to 2015 were obtained from toxicology reports performed in the Institute of Legal Medicine of the State of Sao Paulo. Data was collected on sex, age, skin color, suicide method, blood alcohol concentration (BAC), date and time of death. RESULTS: Alcohol was detected in blood samples of 30.24% of the victims and mean BAC levels were 1.73 ± 0.08 g/L. The majority of the victims were male (74.59%) and the prevalence of positive BAC was higher amongst men (34.70%) than women (17.13%). The mean age of the victims was 39.90 ± 0.75 years, while the mean age of victims with positive BAC (37.94 ± 1.08 years) was lower than victims with no detectable alcohol levels (40.75 ± 0.96 years). The most prevalent age group with positive BAC was 25-44 years. The most prevalent range of positive BAC was 0.6 to 2.5 g/L. The majority of the victims were white skinned (64.65%), but there was a higher proportion of victims with positive BAC among mulatto and black individuals. Hanging was the most prevalent suicide method in the sample (48.65%) and amongst men (55.36%), but amongst women it was precipitation (34.96%). Hanging was the suicide method with the highest proportion of victims with positive BAC, for both sexes. The majority of suicides occurred during the day (63.41%), but there was a higher proportion of victims with positive BAC on weekends and at night time. CONCLUSION: The results support the existence of an association between alcohol consumption and victimization by suicide in the city of Sao Paulo, even though a causal relationship has not been established between them, because alcohol was detected in blood samples of 30.24% of the victims and mean BAC levels were 1.73 ± 0.08 g/L. Individuals with this BAC level may present critical judgment and self-control impairment, and may trigger suicidal behavior in those with a predisposition to do so
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A relação entre o bullying e os relacionamentos sociais num grupo de adolescentes brasileiros / Not informed by the authorTorres, Lina Marcela Pedraza 02 October 2017 (has links)
Na questão do bullying, um subtipo de agressão frequente nas escolas, aspectos ligado à organização social do grupo são de importância na compreensão do fenômeno. No presente estudo, avaliamos a correlação entre o bullying/vitimização e as variáveis de popularidade percebida, preferência social e impacto social, num grupo de adolescentes entre 12 e 14 anos na cidade de São Paulo, Brasil. Para avaliação do bullying e da vitimização utilizamos o questionário Peer Assessment e, para avaliar o status social e a popularidade percebida, usamos dois testes sociométricos, cada um com duas perguntas. Verificamos a interação entre as variáveis e os efeitos principais com o uso de Equações de Estimação (GEE) com efeito aleatório. Os resultados mostraram que os adolescentes menos gostados têm mais chance de ser vitimizados, e os mais populares, de serem agressores. Além disso, há correlação direta entre a agressividade e o impacto social de cada um (o quanto é lembrado pelos pares), e há uma relação inversa entre agressividade e preferência social. / Social organization of the group is an important aspect involved in bullying, a frequent type of aggression found in schools. In this study, we present the correlation between bullying / victimization and variables of perceived popularity, social preference and social impact in a group of adolescents between 12 and 14 years old in the city of São Paulo, Brazil. Bullying and Victimization were assessed through the Peer Assessment questionnaire and, Social Status and Perceived Popularity were assessed through two sociometric tests, each one with two questions. We used generalized linear model (GEE) to check the interaction between the variables. According to our results, the less liked the more victimized an adolescent will be, and the more popular the higher the chance of being aggressor. In addition, there is a direct correlation between aggressiveness and the social impact of each one (how much the person is remembered by the peers), and there is an inverse relationship between aggressiveness and social preference.
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Uma abordagem econômica das causas da criminalidade: evidências para a cidade de São Paulo / An economic approach of the criminality: evidences for the city of Sao PauloSantos, Marcelo Justus dos 06 July 2012 (has links)
O objetivo geral desta tese, composta por três artigos, é analisar as causas da criminalidade. As análises são feitas sob a ótica da Economia do Crime. Os dois primeiros artigos são independentes, mas complementares. Neles se busca lançar luz sobre as possíveis causas da queda do crime na cidade São Paulo. A ênfase recai na política de desarmamento dos cidadãos, no desempenho da Polícia e nas condições econômicas, em particular do mercado de trabalho. No primeiro deles, o objetivo é avaliar o efeito do Estatuto do Desarmamento sobre a criminalidade letal. Para isso foram utilizados dados de séries temporais da cidade de São Paulo na aplicação de uma metodologia de análise de intervenção. A hipótese de que a política de desarmamento causou redução na taxa de crimes letais não é rejeitada. Partindo dessa evidência, no segundo artigo o principal objetivo é investigar possíveis causas da significativa redução da criminalidade na cidade de São Paulo. Por meio de uma análise de cointegração evidenciaram-se relações de longo prazo entre crime, atividade econômica e desempenho da Polícia. Os resultados indicam que a taxa de crimes letais é positivamente relacionada ao desemprego, negativamente relacionada ao salário real e negativamente relacionada aos resultados das atividades de polícia, especificamente prisões e apreensão de armas de fogo. Ademais, não é rejeitada a hipótese de que o Estatuto do Desarmamento causou redução na taxa de crimes letais, reforçando a conclusão feita no primeiro artigo desta tese. No terceiro artigo, o foco das análises passa a ser os determinantes do risco de vitimização criminal. O objetivo é investigar os efeitos da riqueza dos indivíduos no risco de serem vítimas de crimes contra a propriedade, em particular crimes de furto/roubo a residência e furto/roubo a pessoa. Em termos específicos, o intuito é investigar se a relação entre risco de vitimização e riqueza pode ser descrita por uma parábola com concavidade voltada para baixo. São utilizados os dados de duas pesquisas domiciliares de vitimização realizadas na cidade de São Paulo na estimação de modelos probit. Os resultados das estimações indicaram que a riqueza dos indivíduos é um dos determinantes do risco de vitimização criminal a propriedade. Ademais, evidenciou-se que o risco de vitimização cresce com a riqueza, mas atinge um ponto de máximo, a partir do qual se reduz para níveis de riqueza mais elevados. / This three-article PhD thesis aims to investigate the causes of crime using an economic approach. The first two articles are independent, but complementary. In these articles, the objective is to shed light on possible causes of reductions in the crime rate in Sao Paulo city, focusing on the citizen disarmament policy, police performance, economic conditions and, particularly, the labor market. In the first article, the objective is assessing the effect of the Disarmament Statute on lethal crime rates. For this purpose, we used time-series data for Sao Paulo city in applying an intervention analysis methodology. The hypothesis that the disarmament policy led to a decline in the lethal crime rate is not rejected. Based on this evidence, the main objective of the second article is to investigate possible causes for the significant reduction observed in crime rates in Sao Paulo city. By applying a cointegration analysis, we observed long-run relationships between crime, economic activity and police performance. The results indicate that the lethal crime rate is positively related to unemployment and negatively related to real wages and to the results of law-enforcement activities, specifically arrests and seizure of firearms. Moreover, the hypothesis that the Disarmament Statute led to a reduction in the lethal crime rate is not rejected, reinforcing the conclusion arrived at in the first article of this thesis. In the third article, the focus of the analysis shifts to the determinants of criminal victimization. In this study, the objective is to investigate the effects of the wealth of individuals on the risk of becoming victims of property crimes, particularly crimes of theft/robbery of residence and theft/robbery of person. Specifically, its aim is to investigate whether the relationship between wealth and victimization risk can be described by a concave down parabola. Data from two household surveys on victimization held in Sao Paulo were used to estimate probit models. It became evident that the wealth of individuals is one of the determinants of victimization risk. And it was found that criminal victimization risk increases with wealth, but that it reaches a maximum point from which it decreases as wealth levels increase.
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