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Impacto de eventos traumáticos em aspectos clínicos

Fontanari, Anna Martha Vaitses January 2015 (has links)
A Disforia de Gênero (DG) caracteriza-se pela marcada incongruência entre gênero e sexo atribuído ao nascer. Trata-se de uma condição rara, cuja prevalência varia muito de acordo com o local estudado: na Nova Zelândia, há 27,48 por 100 000 habitantes, enquanto que, no Irã, são 0,68 por 100 000 habitantes. Sua etiologia depende da interação entre fatores biológicos e psicossociais, sendo a herdabilidade estimada de 62%. Indivíduos diagnosticados com DG integram populações sujeitas a maior violência, desde bullying até violência sexual. História de maus-tratos na infância (HMI) associa-se a maior prevalência de psicopatologias e de envolvimento com trabalho sexual na vida adulta. O objetivo do nosso estudo é avaliar a HMI como indicador de consequências mal adaptativas na vida adulta de transexuais homem-para-mulher (HpM). Utilizamos dados transversais coletados de 289 transexuais HpM, que compareceram a atendimentos regulares, do ano de 1998 a 2014, em ambulatório do Sul do Brasil, chamado Programa de Identidade de Gênero (PROTIG). Elas foram diagnosticadas de acordo com os critérios do DSM-IV-TR para transtorno de identidade de gênero (TIG), avaliadas para comorbidades utilizando o Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI) e para história psiquiátrica, demográfica, psicossexual e familiar por questionários específicos. A presença de HMI foi investigada por três perguntas qualitativas, envolvendo abuso sexual, violência sexual e negligência, semelhantes ao Traumatic Events Screening Inventory – Self Report Revised (TESI-SRR). A associação entre o HMI e variáveis tanto psicossociais quanto clínicas foi realizada por análises bivariadas seguidas por modelo de regressão logística. O modelo utilizado para a regressão logística incluiu a cirurgia de redesignação sexual (CRS), tentativas de suicídio, vírus da imunodeficiência humana (HIV), doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), desordem depressiva maior, distimia, episódios maníacos e hipomaníacos, idade de início do cross-dressing definitivo, idade de início dos jogos trocados, atuação como profissional do sexo e apresentar, pelo menos, uma comorbidade psiquiátrica. O objetivo da regressão logística foi controlar potenciais confundidores nas associações bivariadas, não estabelecer relações de causa e efeito. Verificamos que a exposição à HMI associa-se com trabalho sexual (p < 0,001), com HIV (p = 0,006), com possuir pelo menos uma comorbidade psiquiátrica (p = 0,006), com transtorno de depressão maior (p = 0,025), com risco de suicídio (p = 0,014), com abuso de álcool (p = 0,027) e com maior idade de início do cross-dressing definitivo (p = 0,041) e dos jogos trocados (p = 0,009). Após a regressão logística, apenas a atuação como profissional do sexo (p < 0,001) e apresentar, pelo menos, uma comorbidade psiquiátrica (p = 0,005) permaneceram significativamente associadas com HMI. Nosso estudo sugere que as transexuais com HMI exibem maior frequência de envolvimento com trabalho sexual e psicopatologia em sua vida adulta. A partir disso, reforça-se a importância de ações preventivas direcionadas à coibir maus-tratos durante à infância, evitando-se, por exemplo, bullying homofóbico. Além disso, indivíduos diagnosticados com DG, que sofreram maus-tratos durante a infância, deverão receber especial atenção psicológica, a fim de impedir desfechos negativos, como doenças psiquiátricas e tentativas de suicídio. / Gender Dysphoria (DG) is characterized by marked incongruence between gender and sex assigned at birth. It’s a rare condition whose prevalence varies based on geographical location: in New Zealand, there are 27.48 per 100 000 inhabitants whereas, in Iran, there are 0.68 per 100 000 inhabitants. Its etiology depends on interaction between biological and psychosocial factors, presenting an estimated heritability of 62%. Individuals diagnosed with DG are victims of greater violence, from bullying to sexual violence. Childhood history of maltreatment (CHM) is associated with a higher prevalence of psychopathology and sex work in adulthood. The aim of our study is to further characterize the role of CHM as an indicator of maladaptive consequences in adult male-to-female transsexuals (MtF). Our study used cross-sectional data from a consecutive sample of 289 MTF transsexuals, which attended, from 1998 to 2014, an outpatient clinic in Southern Brazil, called Gender Identity Program (PROTIG). They were diagnosed according to the DSM-IV-TR criteria for gender identity disorder (GID), were evaluated for comorbities using Mini International Neuropsychiatric Interview and for demographic, psychosexual and family history with specific questionnaires. The lifetime presence or absence of childhood trauma was investigated by asking three separated questions, similar to specific questions related to sexual abuse and negligence included in the Traumatic Events Screening Inventory – Self Report Revised. The association between CHM and psychosocial and clinical variables was evaluated bivariate analyses followed by stepwise backwards logistic regression models. The logistic regression model included gender redesign surgery (GRS), suicide attempt, human immunodeficiency virus (HIV), sexually transmitted diseases (DST), major depression disorder, dysthymia, manic or hypomanic episode, age of cross-dressing definitive and age of exchanged games, sex work and psychiatric comorbidities. The purpose of the logistic regression was to control potential confounding factors in the bivariate associations, not to establish cause and effect relationships. We found that being exposed to CHM is associated with sex work (p < 0.001), HIV (p = 0.006), having at least one psychiatric comorbidity (p = 0.006), major depression disorder (p = 0.025), risk of suicide (p = 0.014), alcohol abuse (p = 0.027) and age of onset of definitive cross-dressing (p = 0.041) and of exchanged games (p = 0.009). After the logistic regression, only sex work (p < 0.001) and having at least one psychiatric comorbidity (p = 0.005) remained significantly associated with CHM. Our study suggests that transsexuals with CHM present a higher frequency of sex work and psychopathology in their adult life. These findings raise the important issue that prevention actions might be indicated to avoid children maltreatment especially in risk groups, for example, homophobic bullying in children with atypical gender behavior. In addition, individuals diagnosed with DG, who suffered abuse during childhood, should receive special psychological care, in order to prevent negative outcomes, such as psychiatric disorders and suicide attempts.
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Impacto de eventos traumáticos em aspectos clínicos

Fontanari, Anna Martha Vaitses January 2015 (has links)
A Disforia de Gênero (DG) caracteriza-se pela marcada incongruência entre gênero e sexo atribuído ao nascer. Trata-se de uma condição rara, cuja prevalência varia muito de acordo com o local estudado: na Nova Zelândia, há 27,48 por 100 000 habitantes, enquanto que, no Irã, são 0,68 por 100 000 habitantes. Sua etiologia depende da interação entre fatores biológicos e psicossociais, sendo a herdabilidade estimada de 62%. Indivíduos diagnosticados com DG integram populações sujeitas a maior violência, desde bullying até violência sexual. História de maus-tratos na infância (HMI) associa-se a maior prevalência de psicopatologias e de envolvimento com trabalho sexual na vida adulta. O objetivo do nosso estudo é avaliar a HMI como indicador de consequências mal adaptativas na vida adulta de transexuais homem-para-mulher (HpM). Utilizamos dados transversais coletados de 289 transexuais HpM, que compareceram a atendimentos regulares, do ano de 1998 a 2014, em ambulatório do Sul do Brasil, chamado Programa de Identidade de Gênero (PROTIG). Elas foram diagnosticadas de acordo com os critérios do DSM-IV-TR para transtorno de identidade de gênero (TIG), avaliadas para comorbidades utilizando o Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI) e para história psiquiátrica, demográfica, psicossexual e familiar por questionários específicos. A presença de HMI foi investigada por três perguntas qualitativas, envolvendo abuso sexual, violência sexual e negligência, semelhantes ao Traumatic Events Screening Inventory – Self Report Revised (TESI-SRR). A associação entre o HMI e variáveis tanto psicossociais quanto clínicas foi realizada por análises bivariadas seguidas por modelo de regressão logística. O modelo utilizado para a regressão logística incluiu a cirurgia de redesignação sexual (CRS), tentativas de suicídio, vírus da imunodeficiência humana (HIV), doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), desordem depressiva maior, distimia, episódios maníacos e hipomaníacos, idade de início do cross-dressing definitivo, idade de início dos jogos trocados, atuação como profissional do sexo e apresentar, pelo menos, uma comorbidade psiquiátrica. O objetivo da regressão logística foi controlar potenciais confundidores nas associações bivariadas, não estabelecer relações de causa e efeito. Verificamos que a exposição à HMI associa-se com trabalho sexual (p < 0,001), com HIV (p = 0,006), com possuir pelo menos uma comorbidade psiquiátrica (p = 0,006), com transtorno de depressão maior (p = 0,025), com risco de suicídio (p = 0,014), com abuso de álcool (p = 0,027) e com maior idade de início do cross-dressing definitivo (p = 0,041) e dos jogos trocados (p = 0,009). Após a regressão logística, apenas a atuação como profissional do sexo (p < 0,001) e apresentar, pelo menos, uma comorbidade psiquiátrica (p = 0,005) permaneceram significativamente associadas com HMI. Nosso estudo sugere que as transexuais com HMI exibem maior frequência de envolvimento com trabalho sexual e psicopatologia em sua vida adulta. A partir disso, reforça-se a importância de ações preventivas direcionadas à coibir maus-tratos durante à infância, evitando-se, por exemplo, bullying homofóbico. Além disso, indivíduos diagnosticados com DG, que sofreram maus-tratos durante a infância, deverão receber especial atenção psicológica, a fim de impedir desfechos negativos, como doenças psiquiátricas e tentativas de suicídio. / Gender Dysphoria (DG) is characterized by marked incongruence between gender and sex assigned at birth. It’s a rare condition whose prevalence varies based on geographical location: in New Zealand, there are 27.48 per 100 000 inhabitants whereas, in Iran, there are 0.68 per 100 000 inhabitants. Its etiology depends on interaction between biological and psychosocial factors, presenting an estimated heritability of 62%. Individuals diagnosed with DG are victims of greater violence, from bullying to sexual violence. Childhood history of maltreatment (CHM) is associated with a higher prevalence of psychopathology and sex work in adulthood. The aim of our study is to further characterize the role of CHM as an indicator of maladaptive consequences in adult male-to-female transsexuals (MtF). Our study used cross-sectional data from a consecutive sample of 289 MTF transsexuals, which attended, from 1998 to 2014, an outpatient clinic in Southern Brazil, called Gender Identity Program (PROTIG). They were diagnosed according to the DSM-IV-TR criteria for gender identity disorder (GID), were evaluated for comorbities using Mini International Neuropsychiatric Interview and for demographic, psychosexual and family history with specific questionnaires. The lifetime presence or absence of childhood trauma was investigated by asking three separated questions, similar to specific questions related to sexual abuse and negligence included in the Traumatic Events Screening Inventory – Self Report Revised. The association between CHM and psychosocial and clinical variables was evaluated bivariate analyses followed by stepwise backwards logistic regression models. The logistic regression model included gender redesign surgery (GRS), suicide attempt, human immunodeficiency virus (HIV), sexually transmitted diseases (DST), major depression disorder, dysthymia, manic or hypomanic episode, age of cross-dressing definitive and age of exchanged games, sex work and psychiatric comorbidities. The purpose of the logistic regression was to control potential confounding factors in the bivariate associations, not to establish cause and effect relationships. We found that being exposed to CHM is associated with sex work (p < 0.001), HIV (p = 0.006), having at least one psychiatric comorbidity (p = 0.006), major depression disorder (p = 0.025), risk of suicide (p = 0.014), alcohol abuse (p = 0.027) and age of onset of definitive cross-dressing (p = 0.041) and of exchanged games (p = 0.009). After the logistic regression, only sex work (p < 0.001) and having at least one psychiatric comorbidity (p = 0.005) remained significantly associated with CHM. Our study suggests that transsexuals with CHM present a higher frequency of sex work and psychopathology in their adult life. These findings raise the important issue that prevention actions might be indicated to avoid children maltreatment especially in risk groups, for example, homophobic bullying in children with atypical gender behavior. In addition, individuals diagnosed with DG, who suffered abuse during childhood, should receive special psychological care, in order to prevent negative outcomes, such as psychiatric disorders and suicide attempts.
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Interdisciplinary Transgender Veteran Care: Development of a Core Curriculum for VHA Providers

Shipherd, Jillian C., Kauth, Michael R., Firek, Anthony F., Garcia, Ranya, Mejia, Susan, Laski, Sandra, Walden, Brent, Perez-Padilla, Sonia, Lindsay, Jan A., Brown, George, Roybal, Lisa, Keo-Meier, Colton L., Knapp, Herschel, Johnson, Laura, Reese, Rebecca L., Byne, William 01 January 2016 (has links)
Purpose: The Veteran's Health Administration (VHA) has created a training program for interdisciplinary teams of providers on the unique treatment needs of transgender veterans. An overview of this program's structure and content is described along with an evaluation of each session and the program overall. Methods: A specialty care team delivered 14 didactic courses supplemented with case consultation twice per month over the course of 7 months through video teleconferencing to 16 teams of learners. Each team, consisting of at least one mental health provider (e.g., social worker, psychologist, or psychiatrist) and one medical provider (e.g., physician, nurse, physician assistant, advanced practice nurse, or pharmacist), received training and consultation on transgender veteran care. Results: In the first three waves of learners, 111 providers across a variety of disciplines attended the sessions and received training. Didactic topics included hormone therapy initiation and adjustments, primary care issues, advocacy within the system, and psychotherapy issues. Responses were provided to 39 veteran-specific consult questions to augment learning. Learners reported an increase in knowledge plus an increase in team cohesion and functioning. As a result, learners anticipated treating more transgender veterans in the future. Conclusion: VHA providers are learning about the unique healthcare needs of transgender veterans and benefitting from the training opportunity offered through the Transgender Specialty Care Access Network-Extension of Community Healthcare Outcomes program. The success of this program in training interdisciplinary teams of providers suggests that it might serve as a model for other large healthcare systems. In addition, it provides a path forward for individual learners (both within VHA and in the community) who wish to increase their knowledge.
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Prevalência dos fatores de risco cardiovascular em homens transexuais em tratamento com ésteres de testosterona e sua associação com as variantes polimórficas do gene do receptor androgênico / Prevalence of cardiovascular risk factors in transgender men receiving treatment with testosterone esters and its association with polymorphic variants of the androgen receptor gene

Cunha, Flávia Siqueira 09 October 2017 (has links)
Introdução: O homem transexual (HT) é um indivíduo de sexo genético feminino, com fenótipo feminino normal, que deseja viver e ser aceito como um membro do sexo masculino. O tratamento hormonal que é realizado no processo de redesignação sexual nesses pacientes consiste na administração de testosterona nas suas diversas apresentações, mais comumente ésteres de testosterona de curta ou longa ação. O tratamento hormonal visa induzir virilização, através da produção de um padrão masculino de crescimento dos pelos faciais e corporais, aumento da massa muscular e interrupção dos ciclos menstruais. O efeito da terapia androgênica na saúde cardiovascular de HT é pouco conhecido, principalmente em relação às repercussões em longo prazo. O HT representa um modelo ideal e único para a avaliação das ações da testosterona exógena administrada em doses suprafisiológicas em um organismo geneticamente feminino. Alguns estudos de farmacogenética demonstraram a influência da repetição CAG do gene do receptor androgênico (RA) nos efeitos observados durante terapia com testosterona em homens hipogonádicos e a maioria dos estudos confirmou a modulação desses polimorfismos sobre fatores de risco cardiovascular. Objetivos: avaliar em HT em tratamento androgênico a prevalência de fatores clássicos de risco cardiovascular e as propriedades estruturais e funcionais dos vasos arteriais; correlacionar a distribuição alélica do microssatélite CAG RA com a ocorrência de comorbidades e com as propriedades estruturais e funcionais dos vasos arteriais; comparar os valores das propriedades estruturais e funcionais dos vasos arteriais de HT com uma população controle (feminina e masculina). Pacientes: 46 pacientes com diagnóstico de HT (faixa etária 42 ± 10 anos) acompanhados no Ambulatório da Unidade de Disforia de Gênero do HCFMUSP e em tratamento com ésteres de testosterona há pelo menos um ano (variação de 1 a 38 anos) foram selecionados para o estudo. Métodos: Parâmetros clínicos (IMC, circunferência abdominal, relação cintura quadril, pressão arterial e pressão de pulso, composição corporal por bioimpedância), a presença de comorbidades (hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes mellitus, obesidade) e vícios (tabagismo, etilismo e uso de drogas ilícitas), dados laboratoriais (hematócrito, glicemia de jejum, insulina, índice HOMA IR, hemoglobina glicada, colesterol total, HDL colesterol, LDL colesterol, triglicerídeos e creatinina) e parâmetros vasculares (espessura íntima média da carótida, diâmetro da carótida, percentual da variação sisto-diastólica da carótida e velocidade de onda de pulso dos vasos arteriais) foram avaliados no grupo de HT. Os mesmos parâmetros vasculares também foram avaliados em controles saudáveis masculinos e femininos pareados para idade e IMC com os HT. A distribuição alélica do microssatélite CAG RA foi avaliada em 44 HT através da análise do produto amplificado da região de repetições CAG do exon 1 do gene do RA, utilizando o software GeneMapper. Resultados e Conclusões: Neste grupo de HT em terapia com ésteres de testosterona observamos uma prevalência de dislipidemia de 42%, hipertensão arterial sistêmica de 35%, obesidade de 30%, diabetes de 4% e tabagismo de 20%. HT em tratamento androgênico apresentaram maior velocidade de onda de pulso carotídeo-femoral do que controles masculinos, mas não do que controles femininos, embora no subgrupo >= 42 anos os HT tenham apresentado maior VOP do que controles masculinos e femininos. Não houve diferença de diâmetro, distensão relativa e espessura íntima média carotídea entre HT e controles. Maior diâmetro, maior espessura íntima média e menor distensão relativa da carótida foram observados em HT obesos e hipertensos; e maior velocidade de onda de pulso aórtica em HT hipertensos. Os parâmetros correlacionados à medida funcional da artéria aorta foram a idade, o tempo de tratamento androgênico e a relação cintura-quadril, enquanto que as propriedades estruturais e funcionais da carótida se correlacionaram com idade, parâmetros antropométricos e glicêmicos. Não houve influência do trato CAG RA na comparação entre os HT com e sem comorbidades metabólicas. Repetições CAG RA curtas se associaram com níveis significativamente mais elevados de glicemia de jejum, insulina basal e HOMA IR. Em relação aos parâmetros antropométricos, pressóricos, lipídicos e arteriais, não foi identificada associação com o número de repetições CAG RA. Estes achados sugerem um potencial efeito deletério da terapia androgênica prolongada sobre os vasos arteriais e a necessidade de medidas preventivas em HT / Introduction: Transgender men (TM) are 46, XX individuals, with normal female phenotype, who desire to live and be accepted as a male member. Testosterone esters are used in sex reassignment therapy to induce virilization and to adapt the body to the male identity. The effects of androgen therapy on TM cardiovascular function are poorly known, particularly with regard to long-term androgen treatment. TM represents a good model for evaluation of high-dose exogenous testosterone action in biological women. Pharmacogenetic studies have demonstrated the influence of CAG polymorphic tract of the androgen receptor gene (AR) on the androgenic effects observed during testosterone therapy in hypogonadal men, and most studies confirmed the modulation of these polymorphisms on cardiovascular risk factors. Objective: to evaluate the prevalence of cardiovascular risk factors and the structural and functional properties of large arteries in TM on long-term cross sex hormone therapy compared to a male and female healthy control group; to correlate the allelic distribution of CAG AR polymorphic tract with the cardiovascular comorbidities and the structural and functional properties of large arteries in TM. Patients: Forty-six patients with a diagnosis of TM (42 ± 10 years old), followed at the Gender Dysphoria Unit-HCFMUSP, receiving cross-sex hormone treatment with testosterone esters for at least one year (ranging from 1 to 38 years) were selected for the study. Methods: Clinical parameters (BMI, waist circumference, waist-to-hip ratio, blood pressure, pulse pressure, body fat percentage), the presence of cardiovascular comorbidities (hypertension, dyslipidemia, diabetes mellitus, obesity) and addictions (smoking, alcohol and drug abuse), laboratory parameters (hematocrit, fasting plasma glucose, basal insulin, HOMA IR index, glycated hemoglobin, total cholesterol, HDL cholesterol, LDL cholesterol, triglycerides and creatinine) and vascular parameters (carotid intima-media thickness, carotid diameter, carotid relative distensibility and aortic pulse wave velocity - PWV) were evaluated in the TM group. The same vascular parameters were also evaluated in healthy male and female control group, matched for age and BMI. The allelic distribution of the CAG AR polymorphic tract was evaluated in 44 TM using the GeneMapper software. Results and Conclusions: In the TM group, we observed dyslipidemia in 42%, hypertension in 35%, obesity in 30%, diabetes in 4% and smoking habit in 20%. The mean aortic PWV values in TM was higher than in male healthy controls (p=0.005), but not than in female controls (p=0.640). When categorized by age, considering the median age, TM >= 42 years had higher aortic PWV measures than male (p < 0.001) and female (p = 0.024) controls, regardless of their arterial blood pressure values. There was no difference in carotid diameter, carotid relative distensibility and carotid intima-media thickness between TM and controls. Obese and hypertensive TM presented significantly higher values of carotid diameter and carotid intima-media thickness, and lower values of carotid relative distensibility than healthy transgenders. Hypertensive TM showed higher aortic PWV values than non-hypertensive TM. The aortic stiffness correlated significantly and positively with age, androgen treatment duration and waist-to-hip ratio in TM. Properties of the carotid artery correlated with age, anthropometric parameters and glycemic parameters in TM. Shorter CAG polymorphic tracts of TM were associated with higher levels of fasting plasma glucose, basal insulin and HOMA IR index. There was no influence of the CAG polymorphic tract of TM on the presence of cardiovascular comorbidities, anthropometric, pressure, lipid and arterial parameters. These findings suggest a potential deleterious effect of the long-term testosterone therapy on vessels and the need for preventive measures in TM
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Getting by Gatekeepers: Transmen's Dialectical Negotiations within Psychomedical Institutions

Waszkiewicz, Elroi 04 December 2006 (has links)
Transsexuality remains grounded in pathologizing discourses. Mental health professionals largely classify transgender experiences as disorders, and transgender people seeking to alter their bodies typically must obtain authenticating letters from therapists verifying such diagnoses. Physicians usually require these letters to perform transition-related services, and sometimes require additional legitimization. In these ways, psychomedical professionals impose gatekeeping measures that withhold and confer services to transsexuals who desire medical transition. Using qualitative interview data and grounded theory methods with 20 female-to-male transsexuals, this study demonstrates that transmen typically represent informed consumers whom carefully research psychomedical protocol and anticipate providers’ adherence to professional standards. When they encounter gatekeeping, this preparedness informs their dialectical struggles within the psychomedical institutions wherein transmen must negotiate bodies within the confines of pathology. Ultimately, this dialectical process is managed and maintained by the larger regime of truth—the gender binary system.
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Prevalência dos fatores de risco cardiovascular em homens transexuais em tratamento com ésteres de testosterona e sua associação com as variantes polimórficas do gene do receptor androgênico / Prevalence of cardiovascular risk factors in transgender men receiving treatment with testosterone esters and its association with polymorphic variants of the androgen receptor gene

Flávia Siqueira Cunha 09 October 2017 (has links)
Introdução: O homem transexual (HT) é um indivíduo de sexo genético feminino, com fenótipo feminino normal, que deseja viver e ser aceito como um membro do sexo masculino. O tratamento hormonal que é realizado no processo de redesignação sexual nesses pacientes consiste na administração de testosterona nas suas diversas apresentações, mais comumente ésteres de testosterona de curta ou longa ação. O tratamento hormonal visa induzir virilização, através da produção de um padrão masculino de crescimento dos pelos faciais e corporais, aumento da massa muscular e interrupção dos ciclos menstruais. O efeito da terapia androgênica na saúde cardiovascular de HT é pouco conhecido, principalmente em relação às repercussões em longo prazo. O HT representa um modelo ideal e único para a avaliação das ações da testosterona exógena administrada em doses suprafisiológicas em um organismo geneticamente feminino. Alguns estudos de farmacogenética demonstraram a influência da repetição CAG do gene do receptor androgênico (RA) nos efeitos observados durante terapia com testosterona em homens hipogonádicos e a maioria dos estudos confirmou a modulação desses polimorfismos sobre fatores de risco cardiovascular. Objetivos: avaliar em HT em tratamento androgênico a prevalência de fatores clássicos de risco cardiovascular e as propriedades estruturais e funcionais dos vasos arteriais; correlacionar a distribuição alélica do microssatélite CAG RA com a ocorrência de comorbidades e com as propriedades estruturais e funcionais dos vasos arteriais; comparar os valores das propriedades estruturais e funcionais dos vasos arteriais de HT com uma população controle (feminina e masculina). Pacientes: 46 pacientes com diagnóstico de HT (faixa etária 42 ± 10 anos) acompanhados no Ambulatório da Unidade de Disforia de Gênero do HCFMUSP e em tratamento com ésteres de testosterona há pelo menos um ano (variação de 1 a 38 anos) foram selecionados para o estudo. Métodos: Parâmetros clínicos (IMC, circunferência abdominal, relação cintura quadril, pressão arterial e pressão de pulso, composição corporal por bioimpedância), a presença de comorbidades (hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes mellitus, obesidade) e vícios (tabagismo, etilismo e uso de drogas ilícitas), dados laboratoriais (hematócrito, glicemia de jejum, insulina, índice HOMA IR, hemoglobina glicada, colesterol total, HDL colesterol, LDL colesterol, triglicerídeos e creatinina) e parâmetros vasculares (espessura íntima média da carótida, diâmetro da carótida, percentual da variação sisto-diastólica da carótida e velocidade de onda de pulso dos vasos arteriais) foram avaliados no grupo de HT. Os mesmos parâmetros vasculares também foram avaliados em controles saudáveis masculinos e femininos pareados para idade e IMC com os HT. A distribuição alélica do microssatélite CAG RA foi avaliada em 44 HT através da análise do produto amplificado da região de repetições CAG do exon 1 do gene do RA, utilizando o software GeneMapper. Resultados e Conclusões: Neste grupo de HT em terapia com ésteres de testosterona observamos uma prevalência de dislipidemia de 42%, hipertensão arterial sistêmica de 35%, obesidade de 30%, diabetes de 4% e tabagismo de 20%. HT em tratamento androgênico apresentaram maior velocidade de onda de pulso carotídeo-femoral do que controles masculinos, mas não do que controles femininos, embora no subgrupo >= 42 anos os HT tenham apresentado maior VOP do que controles masculinos e femininos. Não houve diferença de diâmetro, distensão relativa e espessura íntima média carotídea entre HT e controles. Maior diâmetro, maior espessura íntima média e menor distensão relativa da carótida foram observados em HT obesos e hipertensos; e maior velocidade de onda de pulso aórtica em HT hipertensos. Os parâmetros correlacionados à medida funcional da artéria aorta foram a idade, o tempo de tratamento androgênico e a relação cintura-quadril, enquanto que as propriedades estruturais e funcionais da carótida se correlacionaram com idade, parâmetros antropométricos e glicêmicos. Não houve influência do trato CAG RA na comparação entre os HT com e sem comorbidades metabólicas. Repetições CAG RA curtas se associaram com níveis significativamente mais elevados de glicemia de jejum, insulina basal e HOMA IR. Em relação aos parâmetros antropométricos, pressóricos, lipídicos e arteriais, não foi identificada associação com o número de repetições CAG RA. Estes achados sugerem um potencial efeito deletério da terapia androgênica prolongada sobre os vasos arteriais e a necessidade de medidas preventivas em HT / Introduction: Transgender men (TM) are 46, XX individuals, with normal female phenotype, who desire to live and be accepted as a male member. Testosterone esters are used in sex reassignment therapy to induce virilization and to adapt the body to the male identity. The effects of androgen therapy on TM cardiovascular function are poorly known, particularly with regard to long-term androgen treatment. TM represents a good model for evaluation of high-dose exogenous testosterone action in biological women. Pharmacogenetic studies have demonstrated the influence of CAG polymorphic tract of the androgen receptor gene (AR) on the androgenic effects observed during testosterone therapy in hypogonadal men, and most studies confirmed the modulation of these polymorphisms on cardiovascular risk factors. Objective: to evaluate the prevalence of cardiovascular risk factors and the structural and functional properties of large arteries in TM on long-term cross sex hormone therapy compared to a male and female healthy control group; to correlate the allelic distribution of CAG AR polymorphic tract with the cardiovascular comorbidities and the structural and functional properties of large arteries in TM. Patients: Forty-six patients with a diagnosis of TM (42 ± 10 years old), followed at the Gender Dysphoria Unit-HCFMUSP, receiving cross-sex hormone treatment with testosterone esters for at least one year (ranging from 1 to 38 years) were selected for the study. Methods: Clinical parameters (BMI, waist circumference, waist-to-hip ratio, blood pressure, pulse pressure, body fat percentage), the presence of cardiovascular comorbidities (hypertension, dyslipidemia, diabetes mellitus, obesity) and addictions (smoking, alcohol and drug abuse), laboratory parameters (hematocrit, fasting plasma glucose, basal insulin, HOMA IR index, glycated hemoglobin, total cholesterol, HDL cholesterol, LDL cholesterol, triglycerides and creatinine) and vascular parameters (carotid intima-media thickness, carotid diameter, carotid relative distensibility and aortic pulse wave velocity - PWV) were evaluated in the TM group. The same vascular parameters were also evaluated in healthy male and female control group, matched for age and BMI. The allelic distribution of the CAG AR polymorphic tract was evaluated in 44 TM using the GeneMapper software. Results and Conclusions: In the TM group, we observed dyslipidemia in 42%, hypertension in 35%, obesity in 30%, diabetes in 4% and smoking habit in 20%. The mean aortic PWV values in TM was higher than in male healthy controls (p=0.005), but not than in female controls (p=0.640). When categorized by age, considering the median age, TM >= 42 years had higher aortic PWV measures than male (p < 0.001) and female (p = 0.024) controls, regardless of their arterial blood pressure values. There was no difference in carotid diameter, carotid relative distensibility and carotid intima-media thickness between TM and controls. Obese and hypertensive TM presented significantly higher values of carotid diameter and carotid intima-media thickness, and lower values of carotid relative distensibility than healthy transgenders. Hypertensive TM showed higher aortic PWV values than non-hypertensive TM. The aortic stiffness correlated significantly and positively with age, androgen treatment duration and waist-to-hip ratio in TM. Properties of the carotid artery correlated with age, anthropometric parameters and glycemic parameters in TM. Shorter CAG polymorphic tracts of TM were associated with higher levels of fasting plasma glucose, basal insulin and HOMA IR index. There was no influence of the CAG polymorphic tract of TM on the presence of cardiovascular comorbidities, anthropometric, pressure, lipid and arterial parameters. These findings suggest a potential deleterious effect of the long-term testosterone therapy on vessels and the need for preventive measures in TM
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Editorial Perspective: Medical body modification in youth with gender dysphoria or body dysmorphic disorder – is current practice coherent and evidence-based?

Kohls, Gregor, Roessner, Veit 26 February 2024 (has links)
In recent decades, there has been a steady increase in the number of people, including adolescents, undergoing medical body modification (MBM) to alter their physically healthy bodies in invasive and nearly irreversible ways through medical treatment (e.g. surgery). While MBM is often recommended for youth with persisting gender dysphoria (GD), in body dysmorphic disorder (BDD) it has been considered contraindicated. Here, we outline the current controversies surrounding MBM practice and recommendations in adolescents with GD versus those with BDD in order to better understand under what circumstances we may or may not support adolescents who want to change their bodies medically and often irreversibly. We compare the two disorders in terms of the overlap and uniqueness of their behavioural and psychological features. In doing so, we discuss limitations of the existing (often low-quality) evidence for and against MBM in young patients. We conclude that the currently available evidence is too preliminary and far from conclusive to make any robust recommendations in terms of benefits and harms of MBM in youth with persisting GD or BDD. However, we strongly recommend further urgent scientific discussions and systematic research efforts into more robust evaluations and the identification of more precise psychological characteristics that may serve as decision criteria for or against MBM – particularly in those adolescents who did not respond to non-MBM, that is, psychiatric/psychological treatment and psychosocial support, if available at all. This will greatly benefit youth healthcare professionals in their challenging clinical practice of making decisions regarding MBM today and in the future.
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Vårdens transformering : en studie av utrednings- och fertilitetsvård för transpersoner

Erbenius, Theo January 2018 (has links)
Syftet med denna uppsats är att studera hur det perspektivskifte som skett rörandetranspersoner som potentiella föräldrar mellan 1972 och 2013 tagits emot och omsatts ipraktiken inom svensk hälso- och sjukvård. Uppsatsen söker identifiera förändringsprocesser,brytpunkter, problem och lösningar. Det primära materialet består av intervjuer med personalpå utredningsenheten ANOVA och fertilitetskliniken Reproduktionsmedicin KI. Uppsatsenpåvisar att cisnormativitetens gradvisa tillbakagång på samhällsnivå medfört en successivnormalisering av transpersoners föräldraskap inom vården, samt att vårdkedjor utvecklas viaen interaktiv process mellan vårdgivare, patienter, teknologi, juridik och politik. 2013 årslagändring varigenom personer med ändrad könstillhörighet erhöll den juridiska rätten tillbiologiskt föräldraskap är i praktiken bristfälligt realiserad på grund av bristande finansiering.
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Aspectos comportamentais e do desenvolvimento psicossexual dos pacientes com distúrbios do desenvolvimento sexual 46,XY na idade adulta / Behavioral and psychosexual aspects of 46,XY DSD individuals at adulthood

Batista, Rafael Loch 12 December 2017 (has links)
Introdução: O desenvolvimento psicossexual humano inicia no período pré-natal e é composto pelo papel de gênero (PG), pela identidade de gênero (IG) e pela orientação sexual (OS). Em indivíduos com DDS 46,XY, vários fatores podem comprometer esse desenvolvimento, levando a incongruência de identidade de gênero e à mudança de gênero. Nesses pacientes, a exposição androgênica pré-natal e o grau de virilização da genitália externa tem sido avaliados como possíveis influenciadores destes desfechos, mas seu papel ainda não foi esclarecido. Objetivos: Avaliar os desfechos psicossexuais - IG, PG e OS - e aspectos da vida sexual em uma coorte de indivíduos com DDS 46,XY na idade adulta com diagnostico etiológico caracterizado do ponto de vista clínico e molecular e investigar a influência da exposição androgênica pré-natal e do grau de virilização da genitália externa nesses desfechos e na prevalência de disforia de gênero (DG). Pacientes: 144 pacientes com diagnóstico etiológico confirmado de DDS 46,XY acompanhados do HCFMUSP com idade entre 16 e 60 anos foram incluídos neste estudo. Métodos: Os componentes do desenvolvimento psicossexual (IG, PG, OS) foram avaliados usando questionários e por teste psicológico projetivo (HTP - House-Tree-Person). O escore de Sinnecker foi utilizado para a mensuração do grau de virilização da genitália externa. A exposição androgênica pré-natal foi estimada de acordo com a etiologia do DDS 46,XY. Aspectos da vida sexual foram avaliados através de questionário específico.Todas as variáveis categóricas foram analisadas usando teste X². A força de associação foi avaliada pelo cálculo do V de Cramer. O índice kappa foi usado para avaliar concordância entre resultados dos testes. Resultados: Houve uma associação positiva entre exposição androgênica pré-natal e a maior incidência de desfechos psicossexuais masculinos em indivíduos com maior exposição. O grau de virilização da genitália externa não interferiu nos desfechos psicossexuais. Houve uma prevalência de 19% (27/144) de disforia de gênero em toda a coorte. Em 93% (25/27), a DG foi do sexo feminino para o masculino e ocorreu em 50% (16/32) de casos de deficiência de 5alfa-RD2, seguido de 33% (5/15) dos casos de deficiência da 17beta-HSD3 e se associou com exposição androgênica pré-natal (p < 001; V=0,461), mas não com a virilização da genitália externa. A mediana de idade do desejo de mudar de sexo foi de 8 anos (5 - 9) enquanto que a da idade da mudança de sexo foi 15 anos (10.5 - 20). Os desfechos psicossexuais mostraram maior concordância com o sexo social final (PG - k=0.81; IG - k=0.65 e OS - k=0.85) do que com o sexo de registro (PG - k=0.1; IG - k=0.25 e OS - k=0.15). Quanto a sexualidade, alguns parâmetros (fantasias sexuais, masturbação e parceiro sexual fixo) foram melhores no sexo masculino comparado ao feminino. No entanto, não houveram diferenças em relação aos parâmetros da vida sexual comparando indivíduos do sexo feminino com e sem atipia genital e indivíduos do sexo masculino que mantiveram o sexo social com os que mudaram para este sexo. Conclusões: A exposição androgênica pré-natal influenciou o desenvolvimento psicossexual em indivíduos com DDS 46,XY, de uma forma exposição-dependente, favorecendo desfechos masculinos, enquanto que o grau de virilização da genitália externa não influenciou estes desfechos. A DG do feminino para o masculino foi comum entre esses indivíduos e também foi influenciada pela exposição androgênica pré-natal. Os parâmetros psicossexuais nesses pacientes concorda muito mais com o sexo social final do que com o sexo de registro. A sexualidade dos indivíduos do sexo masculino tem aspectos mais satisfatórios que o feminino. Atipia genital no sexo feminino não afetou a sexualidade destas pacientes assim a sexualidade dos indivíduos que mudaram para o sexo masculino são semelhantes aos que foram registrados no sexo masculino Behavioral and Psychosexual Aspects of 46,XY DSD Individuals At Adulthood / Introduction: The human psychosexual development begins at prenatal period and is composed by gender role, gender identity and sexual orientation. In 46,XY DSD individuals a variety of factors may jeopardize an adequate psychosexual development and sometimes results in desire to change the gender. The effects of prenatal androgen exposure and the impact of atypical genitalia in the psychosexual outcomes have been suggested as influencing factors in the human psychosexual development but there is not conclusive evidence, especially in DDS 46, XY. Methods: We evaluated the psychosexual compounds - gender role (GR) at childhood gender identity (GI) and sexual orientation (SO) in individuals a large cohort of 144 46,XY DSD individuals, 86% of them raised in the female social sex, from a single tertiary medical center. The same psychologist, specialized in DSD, performed the psychosexual evaluation. We used a questionnaire and a projective psychological test (HTP test) to measure the psychosexual compounds. Prenatal androgen exposure was estimated considering the 46,XY etiology. Sinnecker\'s score was used to measure the external genitalia virilization. All ordinal variables were analyzed using Wilcoxon test. Categorical variables were analyzed using X2 test with posterior Cramer\'s V to measure the association strength. The kappa index was calculated as a concordance measure. Results: We found an association between prenatal androgen exposure and major prevalence of male psychosexual outcomes and a higher incidence of female to male gender dysphoria. There was not difference in the psychosexual outcomes according by external genitalia virilization in male and in female individuals. There was an incidence of 19% of gender dysphoria (27 out from 144). In 93% (n=25), the gender change was from female to male (F to M). The ethological diagnosis related with F to M GD were 5alpha-RD2 deficiency (5ARD2) in 16/32 (50%), followed by 5/15 (33%) in 17beta-HSD3 deficiency (17betaHSD3). Others diagnosis related with F to M GD were: partial gonadal dysgenesis (n=3/24; 12%) and 3betaHSD2 (n=1/3; 33%). Both cases of male to female (M to F) GD occurred in partial gonadal dysgenesis (8%; n=2/24). The median of GD age (desire to belong to another gender) was 8 years old (5-9), and the median of gender change itself was 15 years old (10.5 - 20). In F to M GD, gender change was associated with prenatal androgen exposure (p < 001; V=0,461). The psychosexual components showed higher concordance index with final gender (GI - k=0.81; GI - k=0.65 and SO - k=0.85) then with the assigned sex (GI - k=0.1; GI - k=0.25 and SO - k=0.15). Conclusion: Prenatal androgen exposure affects the psychosexual development, favoring more male outcomes. This influence was observed in GI, GR and SO. The degree of external genitalia virilization did not influence the psychosexual development. Female to Male GD is common in 46,XY DSD raised in female social sex, especially in 5ARD2 and 17?HSD3 deficiencies. There is a strong relationship between prenatal androgen exposure and F to M GD. On the other hand, M to F gender change was rare in 46,XY DSD and occurred only in partial gonadal dysgenesis patients
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Aspectos comportamentais e do desenvolvimento psicossexual dos pacientes com distúrbios do desenvolvimento sexual 46,XY na idade adulta / Behavioral and psychosexual aspects of 46,XY DSD individuals at adulthood

Rafael Loch Batista 12 December 2017 (has links)
Introdução: O desenvolvimento psicossexual humano inicia no período pré-natal e é composto pelo papel de gênero (PG), pela identidade de gênero (IG) e pela orientação sexual (OS). Em indivíduos com DDS 46,XY, vários fatores podem comprometer esse desenvolvimento, levando a incongruência de identidade de gênero e à mudança de gênero. Nesses pacientes, a exposição androgênica pré-natal e o grau de virilização da genitália externa tem sido avaliados como possíveis influenciadores destes desfechos, mas seu papel ainda não foi esclarecido. Objetivos: Avaliar os desfechos psicossexuais - IG, PG e OS - e aspectos da vida sexual em uma coorte de indivíduos com DDS 46,XY na idade adulta com diagnostico etiológico caracterizado do ponto de vista clínico e molecular e investigar a influência da exposição androgênica pré-natal e do grau de virilização da genitália externa nesses desfechos e na prevalência de disforia de gênero (DG). Pacientes: 144 pacientes com diagnóstico etiológico confirmado de DDS 46,XY acompanhados do HCFMUSP com idade entre 16 e 60 anos foram incluídos neste estudo. Métodos: Os componentes do desenvolvimento psicossexual (IG, PG, OS) foram avaliados usando questionários e por teste psicológico projetivo (HTP - House-Tree-Person). O escore de Sinnecker foi utilizado para a mensuração do grau de virilização da genitália externa. A exposição androgênica pré-natal foi estimada de acordo com a etiologia do DDS 46,XY. Aspectos da vida sexual foram avaliados através de questionário específico.Todas as variáveis categóricas foram analisadas usando teste X². A força de associação foi avaliada pelo cálculo do V de Cramer. O índice kappa foi usado para avaliar concordância entre resultados dos testes. Resultados: Houve uma associação positiva entre exposição androgênica pré-natal e a maior incidência de desfechos psicossexuais masculinos em indivíduos com maior exposição. O grau de virilização da genitália externa não interferiu nos desfechos psicossexuais. Houve uma prevalência de 19% (27/144) de disforia de gênero em toda a coorte. Em 93% (25/27), a DG foi do sexo feminino para o masculino e ocorreu em 50% (16/32) de casos de deficiência de 5alfa-RD2, seguido de 33% (5/15) dos casos de deficiência da 17beta-HSD3 e se associou com exposição androgênica pré-natal (p < 001; V=0,461), mas não com a virilização da genitália externa. A mediana de idade do desejo de mudar de sexo foi de 8 anos (5 - 9) enquanto que a da idade da mudança de sexo foi 15 anos (10.5 - 20). Os desfechos psicossexuais mostraram maior concordância com o sexo social final (PG - k=0.81; IG - k=0.65 e OS - k=0.85) do que com o sexo de registro (PG - k=0.1; IG - k=0.25 e OS - k=0.15). Quanto a sexualidade, alguns parâmetros (fantasias sexuais, masturbação e parceiro sexual fixo) foram melhores no sexo masculino comparado ao feminino. No entanto, não houveram diferenças em relação aos parâmetros da vida sexual comparando indivíduos do sexo feminino com e sem atipia genital e indivíduos do sexo masculino que mantiveram o sexo social com os que mudaram para este sexo. Conclusões: A exposição androgênica pré-natal influenciou o desenvolvimento psicossexual em indivíduos com DDS 46,XY, de uma forma exposição-dependente, favorecendo desfechos masculinos, enquanto que o grau de virilização da genitália externa não influenciou estes desfechos. A DG do feminino para o masculino foi comum entre esses indivíduos e também foi influenciada pela exposição androgênica pré-natal. Os parâmetros psicossexuais nesses pacientes concorda muito mais com o sexo social final do que com o sexo de registro. A sexualidade dos indivíduos do sexo masculino tem aspectos mais satisfatórios que o feminino. Atipia genital no sexo feminino não afetou a sexualidade destas pacientes assim a sexualidade dos indivíduos que mudaram para o sexo masculino são semelhantes aos que foram registrados no sexo masculino Behavioral and Psychosexual Aspects of 46,XY DSD Individuals At Adulthood / Introduction: The human psychosexual development begins at prenatal period and is composed by gender role, gender identity and sexual orientation. In 46,XY DSD individuals a variety of factors may jeopardize an adequate psychosexual development and sometimes results in desire to change the gender. The effects of prenatal androgen exposure and the impact of atypical genitalia in the psychosexual outcomes have been suggested as influencing factors in the human psychosexual development but there is not conclusive evidence, especially in DDS 46, XY. Methods: We evaluated the psychosexual compounds - gender role (GR) at childhood gender identity (GI) and sexual orientation (SO) in individuals a large cohort of 144 46,XY DSD individuals, 86% of them raised in the female social sex, from a single tertiary medical center. The same psychologist, specialized in DSD, performed the psychosexual evaluation. We used a questionnaire and a projective psychological test (HTP test) to measure the psychosexual compounds. Prenatal androgen exposure was estimated considering the 46,XY etiology. Sinnecker\'s score was used to measure the external genitalia virilization. All ordinal variables were analyzed using Wilcoxon test. Categorical variables were analyzed using X2 test with posterior Cramer\'s V to measure the association strength. The kappa index was calculated as a concordance measure. Results: We found an association between prenatal androgen exposure and major prevalence of male psychosexual outcomes and a higher incidence of female to male gender dysphoria. There was not difference in the psychosexual outcomes according by external genitalia virilization in male and in female individuals. There was an incidence of 19% of gender dysphoria (27 out from 144). In 93% (n=25), the gender change was from female to male (F to M). The ethological diagnosis related with F to M GD were 5alpha-RD2 deficiency (5ARD2) in 16/32 (50%), followed by 5/15 (33%) in 17beta-HSD3 deficiency (17betaHSD3). Others diagnosis related with F to M GD were: partial gonadal dysgenesis (n=3/24; 12%) and 3betaHSD2 (n=1/3; 33%). Both cases of male to female (M to F) GD occurred in partial gonadal dysgenesis (8%; n=2/24). The median of GD age (desire to belong to another gender) was 8 years old (5-9), and the median of gender change itself was 15 years old (10.5 - 20). In F to M GD, gender change was associated with prenatal androgen exposure (p < 001; V=0,461). The psychosexual components showed higher concordance index with final gender (GI - k=0.81; GI - k=0.65 and SO - k=0.85) then with the assigned sex (GI - k=0.1; GI - k=0.25 and SO - k=0.15). Conclusion: Prenatal androgen exposure affects the psychosexual development, favoring more male outcomes. This influence was observed in GI, GR and SO. The degree of external genitalia virilization did not influence the psychosexual development. Female to Male GD is common in 46,XY DSD raised in female social sex, especially in 5ARD2 and 17?HSD3 deficiencies. There is a strong relationship between prenatal androgen exposure and F to M GD. On the other hand, M to F gender change was rare in 46,XY DSD and occurred only in partial gonadal dysgenesis patients

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