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[en] THROUGH THE LENS OF SPINOZA: THE DRIVE SEEN AS POTENCY / [pt] ATRAVÉS DAS LENTES DE SPINOZA: A PULSÃO COMO POTÊNCIAJOANA LOPES D ALMEIDA CAMELIER 27 July 2012 (has links)
[pt] Para Freud, o conceito de pulsão é um dos mais importantes da psicanálise e é
imprescindível à psicologia. A despeito de sua relevância e centralidade conceituais, a
obscuridade e a imprecisão que permeiam essa definição sempre levantaram questões
controversas. A teoria das pulsões sofreu remanejamentos, acréscimos e correções ao
longo da produção freudiana e ainda assim permaneceu, segundo o próprio autor,
incompleta. Neste trabalho, a apresentação do conceito spinozano de potência serve
como ponto de partida para a leitura e sistematização do conceito de pulsão em Freud.
A persistência do antigo problema da relação entre a mente e o corpo explica, em
parte, a retomada e o interesse atual pelo pensamento de Spinoza. Para o filósofo,
mente e corpo são expressões de uma substância única – indivisíveis, por um lado,
mas com causalidades próprias a cada um, por outro. Um dos conceitos chaves desta
filosofia é o de potência, cuja utilização nesta pesquisa tem o intuito de oferecer uma
leitura a mais para o conceito de pulsão, por excelência situado na fronteira entre o
psíquico e o somático. O eixo de convergência entre os dois conceitos trabalhados
reside principalmente no fato de se tratarem de forças constitutivas, que engendram o
vivo e que apresentam variações intensivas. A partir dessa semelhança, são abordadas
ainda as questões da impossibilidade de um governo soberano consciente sobre as
causas inconscientes que movem o sujeito, e da produção do aparelho psíquico como
um trabalho do corpo. / [en] According to Freud, the concept of drive is one of the most important of
psychoanalysis and it is essential for psychology. Despite its conceptual relevance
and centrality, the obscurity and vagueness that permeates this definition always
raised controversial issues. The theory of drives suffered rearrangements, additions
and corrections throughout the freudian production and still remained, according to
the author, incomplete. In this work, the presentation of Spinoza’s concept of potency
serves as a starting point for reading and systematization of Freud’s concept of drive.
The persistence of the old problem concerning the relation between mind and body
explains, partly, the current interest in the thought of Spinoza. For the philosopher,
mind and body are expressions of a unique substance - indivisible, in one hand, but
with proper causalities of each one, in the other. The potency, one of the key concepts
in this philosophy, is used in this research with aim to provide an extra view of the
drive’s concept, which definition is at the center of the mind-body problem. The axis
of convergence between these two concepts mainly lies in the fact that are both
constituent forces, that engender the human and that they present intensive variations.
Starting from this similarity, other issues are also managed: the issue of lack of free
will and the possibility of thinking the psychic apparatus as a work performed by the
body.
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[en] HUMAN NATURE, COGNITIVE LIFE AND AFFECTIVE LIFE IN SPINOZA S ETHICS / [pt] NATUREZA HUMANA, VIDA COGNITIVA E VIDA AFETIVA NA ÉTICA DE SPINOZAMARCELO COUTO FEITOSA 27 April 2021 (has links)
[pt] Esta dissertação tem como tema um estudo da natureza humana, da vida
cognitiva e da vida afetiva tais como são demonstradas por Spinoza, na segunda
e terceira partes de sua obra magna, a Ética. Para alcançar tal objetivo, optamos
por fazer uma leitura minuciosa da obra, seguindo sua investigação a partir das
ideias tais como são demonstradas pelo próprio Spinoza, assim como na ordem
em que são apresentadas. Uma das grandes inovações da Ética é o seu modelo
de natureza humana que não se separa da natureza divina e o impacto que isso
representa para o processo de formação das coisas singulares em sua filosofia.
Na primeira parte da dissertação, apresentamos a dedução pela qual Spinoza
estabelece a mente humana como aquilo que deve se seguir dos atributos
pensamento e extensão, cuja natureza é responsável pela origem dos modos
singulares, entre os quais o modo humano de existência. Na segunda parte,
demonstramos como a doutrina da substância única é determinante para a
inovadora concepção de corpo unido à mente, que produz efeitos imediatos nos
gêneros de conhecimento do método spinozista. Na terceira e última parte,
apresentamos uma investigação sobre a ciência spinozista dos afetos,
examinando cada etapa de sua demonstração, na Parte III da Ética. Ao fim da
dissertação, indicamos que a demonstração spinozista evidencia que a natureza
humana é resultado de uma realidade que une vida cognitiva e vida afetiva. / [en] The present dissertation has as its theme a study of human nature,
cognitive life and affective life in the way they were demonstrated by Spinoza in
the second and third parts of his masterpiece, the Ethics. In order to achieve this
goal we chose to carry out a thorough reading of this work, following his
investigation of ideas as demonstrated by Spinoza himself and in the order they
were presented by him. One of the great innovations of Ethics is its model of
human nature that can not be separated from the divine nature as well as the
impact that it represents for the process of formation of the singular modes in
his philosophy. In the first part of this dissertation, we present the deductive
process through which Spinoza establishes the human mind as something that
must follow from thought and extension attributes, whose nature is responsible
for the origin of singular modes, among them the human mode of existence. In
the second part, we demonstrate how the doctrine of the unique substance is
decisive for Spinoza s innovative conception of the mind-body union as well as
the immediate effects it produces at the spinozist method s genders of
knowledge. In the third and last part, we present an investigation on Spinoza s
science of affects, closely examining each step of its demonstration within the
Part III of the Ethics. After the presentation of these three stages of development
of Spinoza s philosophy we intend to show that the author s demonstrations
points that human nature is the result of a reality that unites cognitive life and
affective life.
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[en] IS RESISTING OBEYING ?: RESISTANCE AND POLITICAL OBEDIENCE IN BARUCH SPINOZAS PHILOSOPHY / [pt] RESISTIR É OBEDECER?: RESISTÊNCIA E OBEDIÊNCIA POLÍTICA NA FILOSOFIA DE BARUCH SPINOZAANA LUIZA SARAMAGO STERN 09 January 2009 (has links)
[pt] Na filosofia de Spinoza a essência de cada coisa singular é
um esforço por perseverar na existência, um esforço de
resistência à própria destruição, de resistência à
tristeza, de resistência à servidão. Para Spinoza, existir
é resistir. Dentre todas as coisas singulares que existem,
o processo de subjetivação do homem, dessas coisas
semelhantes a nós, é expressão desta resistência ontológica.
Longe de concepções antropológicas individualistas, em
Spinoza o homem se constitui nos afetos que acompanham seus
inevitáveis encontros com outras coisas singulares, a
constituição de sua singularidade é indissociável do
convívio social. E assim, alheio às formulações
contratualistas, para Spinoza, a constituição da
multidão, da sociedade política, se engendra na dinâmica da
imitação afetiva, é expressão do esforço individual de cada
um de seus constituintes pela existência, esforço pela
própria singularidade. Com a multidão se constitui, também,
uma potência coletiva que, em seu esforço de resistência à
própria decomposição, se organiza em leis comuns e
instituições políticas. Neste sentido, nosso filósofo nos
apresenta uma concepção intrinsecamente democrática do
poder político, expressão imanente da potência coletiva da
multidão. Em Spinoza, está sempre nas mãos da multidão a
potência de constituição do mais democrático dos regimes
ou da mais cruel das tiranias. Percorrendo os principais
conceitos da filosofia de Spinoza, nosso trabalho analisa
como, desta concepção intrinsecamente democrática do
político, constitui-se, também, uma compreensão democrática
dos conceitos de resistência e obediência política, e da
relação entre eles. A partir da afirmação da relação de
imanência absoluta entre potência da multidão e poder
político, compreendemos porque, na democracia spinozana, é
a resistência que faz o cidadão. / [en] In Spinoza´s philosophy, the essence of each singular thing
is an effort to persevere in existing, an effort to resiste
self-destruction, to resiste sorrow, to
resiste servitude. In Spinoza, existing is resisting. Among
all the singular things that exist, the human
subjectivization process is the expression of that
onthological resistance. Far away from individualistic
anthropological conceptions, for Spinoza men is constituted
by affects and inevitable meetings with other singular
things. So, the constitution of men´s singularity is
indissociable of society. And, denying any contratualist
conception of society, Spinoza´s conception of multitude
constitution - politic society´s constitution - is
engendered by the dinamic of affective imitation. It´s,
therefore, an expression of the individual effort on
existing of each of it´s members, their effort for the
constitution of their own singularity. With the
constitution of multitude, the collective power, in his own
effort of resisting self-decomposition, organizes itself
in law and political institutions. Our philosopher presents
a democratic concept of political power as an immanent
expression of the collective power of multitude.
For Spinoza it rests, all the time, in the hands of
multitude, the power to build the most democratic of all
political regimes or the most cruel of all tyrannies. Going
through the most important concepts in Spinoza´s
philosophy, our work makes an analysis of the concepts of
resistance and of political obedience, and the possible
relations between them. From the conception of an
absolutily immanent relationship between multitude´s power
and political power, we can understand why, in Spinoza´s
democracy, it´s resistance that makes a citizen.
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[en] THE CARTOGRAPHY OF IMMANENCE: SPINOZA AND THE METAPHYSICAL AND ETHICAL FOUNDATIONS OF LAW AND POLITICS / [pt] CARTOGRAFIA DA IMANÊNCIA: SPINOZA E AS FUNDAÇÕES ONTOLÓGICAS E ÉTICAS DA POLÍTICA E DO DIREITOFRANCISCO DE GUIMARAENS 06 March 2007 (has links)
[pt] Este trabalho consiste em uma análise do pensamento de
Spinoza, buscando
compreender as conexões existentes entre a ontologia, a
ética, a política e o direito no
interior das reflexões spinozanas. O objeto do trabalho
envolve, portanto, a
identificação das estruturas ontológicas e éticas da obra
de Spinoza, explicitando-se
as derivações político-jurídicas que podem ser delineadas
a partir de tais estruturas.
Cabe ressaltar que o trabalho ora apresentado se preocupa
em selecionar os aspectos
ontológicos e éticos que possam reorientar determinadas
noções políticas e jurídicas
que a tradição do pensamento jurídico cristalizou, o que
produziu um consenso sólido
e consistente a respeito dos seguintes temas: os
fundamentos transcendentes do
direito, a constituição do direito a partir de uma decisão
livre e racional, a
legitimidade do estado de exceção e a oposição entre ser e
dever-ser. A finalidade da
tese se orienta, portanto, pela exposição de conceitos
spinozanos que são úteis para
redefinir os termos nos quais tais noções consensuais se
sustentam, visando a se
conceber um horizonte alternativo para a intelecção de
tais problemas. / [en] This work consists of an analysis of the thought of
Spinoza and intends to
demonstrate the relations between metaphysics, ethics,
politics and law in the
spinozian reflections. The object of this thesis refers to
the identification of the
metaphysical and ethical structures of Spinoza´s works and
aims at the exposition of
the necessary link between these structures and the
political and juridical concepts
whose foundations are metaphysical and ethical. It is
important to figure out that this
thesis selects the ontological and ethical aspects of
Spinoza´s works that are able to
rebuild some political and juridical notions that had been
insistently reaffirmed by the
legal reasoning. The jurisprudence produced a solid
consensus of the themes that
involves the transcendent foundations of law, the
constitution of law by a free and
rational decision, the legitimacy of the state of
exception and the opposition between
ought and be. In the end, the thesis is oriented by the
exposition of the spinozian
concepts which are able to redefine the terms that sustain
these consensual notions
and to establish an alternative horizon to a better
comprehension of these problems.
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[en] THE ANONIMOUS THE MAN / [pt] A SINGULARIDADE ANÔNIMA DO HUMANOMARIANA MONTEIRO BELLUZ 26 July 2006 (has links)
[pt] O trabalho ora apresentado propõe-se a oferecer esforços no
sentido da compreensão daquilo que tão vagamente se
denomina
natureza humana. De um modo geral, o homem é definido pela
filosofia
moderna como sujeito capaz de produzir sentido para as
coisas e, nessa
medida, conhecer e organizar o mundo, ou seja, é definido
a partir de sua
faculdade intelectual (ou razão), o que o distinguiria dos
demais seres da
natureza. Nosso objeto é a concepção de tal natureza
humana tal qual
delineada pelo pensamento setecentista, estruturado sobre
sua
perspectiva antropocêntrica e racionalista. Contudo,
confrontamos tal
perspectiva àquela de Baruch de Spinoza, permitindo-nos
lançar novas
luzes sobre as condições da individuação, bem como - a
partir da
introdução da teoria dos afetos - retirar da razão o
privilégio de conduzir e
determinar a subjetivação. A aproximação com o pensamento
de Spinoza
dá-se sobretudo por meio da Ética, especialmente de suas
partes I e III,
em que o filósofo constrói respectivamente sua ontologia e
sua teoria dos
afetos. Deste modo, pretende-se confrontar concepções
acerca do
indivíduo que, em última análise, implicam também
diferentes concepções
de ordem ontológica. / [en] The present work is the result of a struggle towards the
comprehension of what is so vaguely named human nature. For
modern philosophy in general, Man is defined by its
capacity of
giving meaning to things and therefore acknowledging and
organizing the world - or, in other words, by its
intellectual faculty
(reason) - which make this species differ from all others
among
nature. Our object is the conception of such human nature
as
shaped by the seventeenth century philosophy, built over an
anthropocentric and rationalist perspective. We confront
this
conception to the one of Baruch Spinoza, which allows us to
enlighten the conditions of individuation, shifting from
reason to
affects as the elements mainly responsible for such
process. The
use of Spinoza s philosophy is focused at the Ethics,
especially Parts
I and IV, in which Spinoza builds his ontology and his
theory of
affects. Thus, our intention is to compare these
comprehensions of
human nature which correspondingly imply different
ontological
theories.
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[pt] SPINOZA RADICAL: A RECEPÇÃO DO FILÓSOFO HOLANDÊS EM MARX / [en] SPINOZA RADICAL: THE RECEPTION OF THE DUTCH PHILOSOPHER IN MARXJOSÉ FRANCISCO DE ANDRADE ALVARENGA 27 October 2022 (has links)
[pt] Esta tese tem como objetivo investigar a recepção de Spinoza na obra de Marx. Analisa-se, em maior profundidade, as possíveis ressonâncias e convergências em diversos conceitos de Marx presentes
entre o período de 1843 a 1871. Com base na análise dos Cadernos Spinoza, da Crítica da Filosofia do Direito de Hegel, da Crítica da Filosofia do Direito de Hegel-Introdução, da Questão Judaica, d A Sagrada Família,
d A Ideologia Alemã e d A Guerra Civil na França, demonstra-se que, embora Marx tenha se referido pouquíssimas vezes de forma direta ao filosofo holandês, podemos encontrar algumas ressonâncias do
pensamento spinozano em alguns dos conceitos produzidos por Marx durante o período delimitado pela pesquisa. / [en] This thesis aims to investigate Spinoza s reception in Marx s work. The possible resonances and convergences in several concepts of Marx present between the period from 1843 to 1871 are analyzed in greater
depth. Based on the analysis of Spinoza s Book, Hegel s Critique of the Philosophy of Law, of Hegel-Introduction, of the Jewish Question, of The Holy Family, of The German Ideology and of The Civil War in France, it is shown that, although Marx rarely referred directly to the Dutch philosopher, we can find some resonances of Spinoza s thought in some of the concepts produced by Marx during the period delimited by the research.
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[fr] LA THÉORIE KANTIENNE DES DROITS DE L HOMME ET SA CRITIQUE À PARTIR DE LA PHILOSOPHIE IMMANENT DE SPINOZA / [pt] O DNA KANTIANO DOS DIREITOS HUMANOS E SUA CRÍTICA A PARTIR DA FILOSOFIA IMANENTE DE SPINOZAROGÉRIO PACHECO ALVES 06 July 2016 (has links)
[pt] Não se tem dúvida sobre o sopro de renovação produzido ao direito pela
teoria dos direitos humanos. Contudo, há ainda um imenso deficit na
implementação global dos direitos humanos, que a aliança entre liberalismo,
democracia e direitos humanos não foi capaz de resolver. Assim, mostra-se
imperiosa a formulação de uma teoria crítica capaz de dar conta de tal déficit e de
questionar a afirmação de que o problema atual dos direitos humanos passa ao
largo das escolhas teóricas. O papel da crítica deve ser entendido não com a
pretensão de formulação de uma nova teoria dos direitos humanos nem tampouco
como uma tentativa de sua desqualificação, mas, antes, na perspectiva da
problematização, da desconstrução e da reformulação de alguns de seus conceitos
fundamentais. A proposta se apoia na ideia de que a resistência política e a
resistência epistemológica são complementares. Opta-se por Kant como ponto de
partida em razão do papel central de seu pensamento na modernidade e à sua
grande influência na formulação de conceitos basilares dos direitos humanos.
Identificado o DNA kantiano, pretende-se construir uma alternativa crítica a
partir do pensamento de Spinoza, que formula uma filosofia da imanência pura
que pensa o homem como um modo expressivo da potência de Deus e o direito
como potência. Três problemas principais atravessarão nossas reflexões: o da
centralidade do homem na natureza e as dificuldades inerentes ao conceito de
natureza humana; a diferença entre a moral kantiana do dever e a ética de Spinoza,
fundada no critério do útil; e a relação entre moral, direito e política. / [fr] Les droits de l homme ont produit un renouvellement du formalisme
juridique, il n y a pas de doute. Mais, de toute façon, il reste encore un énorme
déficit dans la mise en oeuvre globale des droits de l homme, qui l alliance entre le
libéralisme, la démocratie et les droits humains n a pas été en mesure de résoudre.
Ainsi, il est nécessaire d élaborer une théorie critique qui soit capable de faire face
à un tel déficit et de remettre en question l affirmation selon laquelle le problème
actuel de droits de l homme n a rien avec les choix théoriques. Le rôle de la
critique doit être compris non avec l intention de formuler une nouvelle théorie
des droits de l homme, ni comme une tentative de disqualification, mais plutôt
dans la perspective de questionnement, de déconstruction et de repenser certains
de ses concepts fondamentaux. En bref, notre proposition est fondée sur l idée que
la résistance politique et la résistance épistémologique sont complémentaires. Le
choix de Kant comme le pivot de la critique découle du rôle central de sa pensée
dans la modernité et de sa grande influence dans la formulation des concepts de
base des droits humains. Identifié l ADN kantien, nous avons l intention de
construire une alternative critique a partir de la pensée de Spinoza, qui formule
une philosophie de la pure immanence dans laquelle l homme est une expression
de la puissance de Dieu et le droit en tant que puissance. Trois grandes questions
traverseront nos réflexions: la centralité de l homme dans la nature et les
difficultés inhérentes à la notion de la nature humaine; la différence entre le
devoir moral de Kant et l éthique de Spinoza, fondée sur le critère de l utilité; et la
relation entre la morale, le droit et la politique.
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[en] BETWEEN POSSESSIVE INDIVIDUALISM AND TRANSINDIVIDUALITY: ÉTIENNE BALIBAR AND THE POLITICAL ALTERNATIVES OF MODERNITY / [pt] ENTRE INDIVIDUALISMO POSSESSIVO E TRANSINDIVIDUALIDADE: ÉTIENNE BALIBAR E AS ALTERNATIVAS POLÍTICAS DA MODERNIDADEGLENDA VICENZI 15 December 2022 (has links)
[pt] Esta tese dedica-se à reflexão teórica em torno do problema do indivíduo na
modernidade desde a perspectiva da conjunção entre política e filosofia. Em
particular, toma-se como ponto de partida o diagnóstico apresentado pela teoria do
individualismo possessivo, de C. B. Macpherson, especialmente quando explicita
que as sociedades políticas modernas se estruturaram a partir de uma concepção de
indivíduo marcada por características possessivas. A tese objetiva demonstrar como
historicamente esteve posta uma disputa teórico-política em torno dessa noção.
Assim, na primeira parte, propõe-se que a leitura de Étienne Balibar em relação à
filosofia de John Locke, a qual se constitui como uma das bases da teoria do
individualismo possessivo, apresenta uma renovação crítica de tal teoria, pois
explicita que a conjunção entre indivíduo e propriedade não se limita à teoria
política e à teoria da propriedade, mas está inscrita na teoria metafísica,
estruturando a própria concepção de consciência individual. Já na segunda parte da
tese é analisado em que sentido as teorias contemporâneas sobre o transindividual
– hipótese primeiramente formulada por Gilbert Simondon – representam uma
contraposição atual a essa perspectiva sobre a individualidade, que, ao mesmo
tempo, diferencia-se das críticas tradicionais do individualismo. Essa problemática
também é analisada através da leitura de Balibar, a qual oferece às teorias do
transindividual um necessário complemento político que não estava inteiramente
presente nas versões mais estritamente ontológicas. Além disso, ao partir da
filosofia de Spinoza, a interpretação balibardiana permite identificar a formulação
de uma concepção alternativa sobre a individualidade contemporânea a Locke.
Propõe-se que tal concepção não se baseia em características possessivas e institui
um horizonte para a imaginação política frente aos desafios políticos
contemporâneos. / [en] This dissertation focuses on the theoretical debate around the problem of the
individual in modernity from the perspective of the conjunction between politics
and philosophy. It departs from the diagnosis presented by C. B. Macpherson s
theory of possessive individualism, especially when it states that modern political
societies have been structured by a conception of the individual characterized by
possessive qualities. The dissertation aims to demonstrate how historically a
theoretical-political struggle around this notion has taken place. Thus, in the first
part, it is proposed that Étienne Balibar s reading of John Locke s philosophy, which
is one of the foundations of the theory of possessive individualism, presents a
critical renewal of such theory, since it clarifies that the conjunction between
individual and property is not limited to political theory and property theory, but is
embedded in metaphysical theory, structuring the very conception of individual
consciousness. The second part of the thesis analyzes how contemporary theories
of the transindividual - hypothesis first formulated by Gilbert Simondon - represent
a contemporary counterpoint to this perspective on individuality, which, at the same
time, differs from traditional critiques of individualism. This problematic is also
analyzed through Balibar s reading, which offers to the theories of the
transindividual a necessary political supplement that was not entirely present in the
more strictly ontological versions. Moreover, by starting from Spinoza s
philosophy, the Balibardian interpretation allows the identification of the
formulation of an alternative conception on individuality contemporary to Locke.
It is proposed that such conception is not based on possessive characteristics and
establishes a horizon for the political imagination in light of contemporary political
challenges.
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