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Ocorrência de anticorpos anti-hantavírus (IgG) em populações humanas na região Amazônica e no estado de São Paulo (Mata Atlântica), utilizando proteína recombinante (nucleocapsídio) do vírus Araraquara. / Detection of antibodies (IgG) against hantavirus in human population of Amazon region and the state of Sao Paulo (Atlantic Forest), using recombinant antigen of Araraquara virus.Morais, Felipe Alves 11 November 2010 (has links)
A hantavirose (infecção por Hantavírus) é uma das zoonoses que vem preocupando as autoridades sanitárias de todo o mundo. Sua ocorrência se deve principalmente os distúrbios ecológicos é transmitida ao homem através de inalação de partículas virais contida na excreta de roedores. São conhecidas duas doenças humanas distintas causadas pelo Hantavírus: a Febre Hemorrágica com Síndrome Renal (FHSR) e a Síndrome Pulmonar e Cardiovascular (SPCVH). O objetivo deste estudo foi verificar a ocorrência de anticorpos IgG anti-hantavírus, através do ELISA, em populações da Amazônia e Sudeste brasileiro, que vivem em contato com os roedores silvestres, utilizando a proteína recombinante do vírus Araraquara expressa em Escherichia coli. Do total de estudados 1308 soros humanos estudados, na Amazônia (1078) encontramos 59 soros positivos (5%). Na cidade Machadinho do OesteRO os soros coletados durante o ano 2003, foram analisados 638, onde foram encontrados 20 soros positivos (4,5%); e no Rio Machado RO. foram analisados 435 soros da população ribeirinha onde foram encontrados 39 (5%) soros positivos, respectivamente. Após análise realizada em 151 soros humanos provenientes do Vale do Ribeira, em 2007; e 84 no Pontal do Paranapanema, em 2008, foram observados 14 positivos (9%) e 6 (7%) das amostras, respectivamente. / The genus Hantavirus of the family Bunyaviridae includes a large number of rodent-borne viruses that are distributed worldwide. The occurrence is due mainly to ecological disturbances and it is transmitted to the humans through inhalation of virus particles contained in the excreta of wild rodents. Two different human diseases known to be caused by Hantavirus: are Hemorrhagic Fever with Renal Syndrome (HFRS) and Hantavirus Cardiopulmonary Syndrome (HPS). The main objective of this study was detected antibody against hanatavirus (IgG) by ELISA, in Amazon region and Brazilian Southwest populations who live in contact with the wild rodents, using recombinant protein (antigen) of the Araraquara virus expressed in Escherichia coli. We study 1308 human sera (1078 from Amazon region) and there were found 59 (5%) positive sera. From the city of Machadinho do Oeste RO (2003 year), 633 sera were analysed, where there were found to be 20 positive (4.5%) serums. In Machado river RO (2005 year), 435 sera of the river-dwelling population were analysed where there were found 39 (5%) positive sera, respectively. After analysis was accomplished for 151 human sera coming from the Vale do Ribeira - SP, in 2007, and 84 from the Pontal do Paranapanema - SP, in 2008, 14 (9%) and 6 (7%) of the samples were observed to be positive, respectively.
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Perfil de células natural killer e dendríticas em casos de soroconversão espontânea e infecção crônica pelo vírus da Hepatite C / Profile of natural killer and dendritic cells in cases of spontaneous clearance and chronic infection with Hepatitis C virusMalta, Fernanda de Mello 14 October 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: O fato do vírus da Hepatite C (HCV) estabelecer uma infecção crônica persistente, na maioria dos casos, mesmo sendo reconhecido e alvejado pelos sistemas imune inato e adaptativo sugere que o mesmo tenha desenvolvido estratégias eficazes para driblar a ação desses sistemas. O HCV interfere na fase inicial de ativação da resposta imune adaptativa alterando a função das células dendríticas (DCs), o que provavelmente leva a uma ativação deficiente das células natural killer (NKs) e de linfócitos T. Portanto, a realização de estudos sobre DCs e NKs na infecção pelo HCV se torna de fundamental importância para a compreensão da patogênese e persistência desta infecção. MÉTODOS: Foram selecionados indivíduos com resolução espontânea da infecção pelo HCV, indivíduos com infecção crônica e indivíduos saudáveis. A técnica de citometria de fluxo foi utilizada para a determinação da frequência e do fenótipo de células dendríticas e NKs nesses indivíduos. Além disso, foi avaliada a atividade citotóxica das células NKs sob estímulo de IL-12 e IL-18, e também da linhagem K-562. RESULTADOS: A frequência de DC mielóides (mDC) expressando CD86, nos indivíduos crônicos, foi elevada e uma correlação positiva com a carga viral foi observada. Na análise do ensaio funcional foi observado que as populações de células NKs CD7+ CD57+ apresentaram maior expressão da molécula CD107a e baixa produção de IFNy nos indivíduos com infecção crônica. A constante exposição das células imunes ao IFN-alfa, induzido durante a infecção pelo HCV, resulta na polarização do fenótipo citotóxico, caracterizado por células NK ativadas com elevado poder de degranulação, mas com deficiente produção de IFN-y. CONCLUSÕES: As frequências das células DCs e NKs eram semelhantes em todos os indivíduos. A expressão da molécula CD86 na superfície das mDCs pode ter sido induzida pela presença do HCV, uma vez que foi observada correlação positiva com a carga viral. Células NK citotóxicas, altamente diferenciadas e incapazes de produzir IFN-y foram as mais frequentes na infecção crônica pelo HCV. A baixa produção de IFN-y por parte dessas células é um dos fatores envolvidos na deficiente ativação de uma resposta imune adaptativa capaz de controlar a infecção pelo HCV / INTRODUCTION: Hepatitis C virus (HCV) develops a chronic persistent infection in most of the cases, even being recognized and targeted by the innate and adaptive immune systems, suggests that the virus have developed effective strategies to circumvent the action of these systems. HCV interferes in the initial activation of the adaptive immune response by altering the function of dendritic cells (DCs), which probably leads to a deficient activation of natural killer cells (NK) and T lymphocytes. Therefore, studies of DCs and NK in HCV infection are very important for understanding the pathogenesis and the persistence of this infection. METHODS: We selected subjects with spontaneous resolution of HCV infection, with chronic infection and healthy subjects. Flow Cytometry was used to determine the frequency and phenotype of dendritic cells and NK cells of these individuals. In addition, we evaluated the NK cell cytotoxic activity in response to stimulation of IL-12 and IL-18 and in co-cultivation with the cell line K-562. RESULTS: In individuals with chronic infection, the frequency of myeloid (m) DC cells expressing CD86 was elevated and a positive correlation between these cells and viral load was observed. It was observed in chronic infected individuals that NK cells co-expressing CD7 and CD57 showed higher expression of CD107a and low production of IFN gamma. The constant exposure of immune cells to IFN-alfa induced during HCV infection results in the polarization of cytotoxic phenotype characterized by activated NK cells with high power degranulation, but with impaired production of IFN-y. CONCLUSIONS: The frequency of DCs and NK cells were similar in all individuals. The expression of CD86 molecule on the surface of mDCs may have been induced by the presence of HCV, since a positive correlation was observed with viral load. Cytotoxic NK cells, highly differentiated and unable to produce IFN-y, were the most frequent in chronic HCV infection. The low production of IFN-y by these cells is one of the factors involved in the poor activation of an adaptive immune response able to control HCV infection
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Evolução bioquímica através de medidas seriadas de antígeno prostático específico (PSA) de pacientes submetidos a braquiterapia com implante de sementes de 125I no tratamento do adenocarcinoma de próstata / Biochemical outcome of patients with prostate adenocarcinoma treated with 125I seed implantation measured by serial dosages of prostate specific antigenLarissa Pereira da Ponte Amadei 14 March 2008 (has links)
INTRODUÇÃO: Nos pacientes com câncer de próstata considerados de baixo risco, a braquiterapia de baixa taxa de dose (BBTD) utilizando sementes de 125I é uma excelente opção, com seguimento após o tratamento, devendo ser feito por meio de medidas seriadas de PSA. A avaliação de falha bioquímica após radioterapia, definida por elevação do PSA, tem sido feita pelo critério da ASTRO (American Society for Therapeutic Radiology and Oncology) e, mais recentemente, pelo critério do consenso de Phoenix. OBJETIVOS: Avaliar a sobrevida livre de falha bioquímica (SLFB) de pacientes submetidos à BBTD pelos critérios ASTRO e Phoenix e as relações entre eles com as falhas clínicas. Correlacionar essas sobrevidas com idade, grau histológico de Gleason, estadiamento clínico, PSA inicial, porcentagem de fragmentos positivos na biópsia, invasão perineural, volume prostático na ultra-sonografia diagnóstica, hormonioterapia neoadjuvante, bounce e D90 (dose recebida por 90% do volume de próstata). MÉTODO: Estudo retrospectivo de 329 pacientes tratados, entre julho de 1998 e dezembro de 2002, no serviço de Radioterapia do Hospital Sírio-Libanês, São Paulo. Foram excluídos 18 pacientes que tinham recebido braquiterapia associada à RT externa, 18 pacientes classificados como de alto risco, 61 casos com menos de dois anos de seguimento mínimo e 12, com dados incompletos nos prontuários. Portanto, 220 pacientes formaram a base desta análise. RESULTADOS: Cento e vinte e um (55%) pacientes foram classificados como de baixo risco e 99 (45%) de risco intermediário. O seguimento mediano foi de 53,5 meses (24 a 116); 74 pacientes (33,6%) fizeram algum tipo de bloqueio hormonal por um tempo mediano de 90 dias e 66 pacientes (30%) apresentaram bounce. O tempo médio para o aparecimento do bounce foi de 15 meses, com um nadir médio de 0,30ng/mL. A SLFB em cinco anos pelo critério ASTRO foi de 83% e de 88,3% pelo Phoenix (p < 0,05). Para os pacientes de risco baixo e intermediário, respectivamente, 86,7% e 78,4% pela definição ASTRO (p = 0,069) e 88,5% e 77,9% de acordo com Phoenix (p = 0,016). Na análise multivariada, PSA inicial < 10 ng/mL e porcentagem de fragmentos positivos < 50% foram fatores prognósticos favoráveis em relação à falha (p < 0,05) pelo critério ASTRO. De acordo com o critério Phoenix, PSA inicial < 10 ng/mL, grau histológico de Gleason < 7, porcentagem de fragmentos positivos < 50% e grupo de baixo risco foram os fatores independentes favoráveis, preditivos de falha bioquímica (p < 0,05). CONCLUSÕES: Os dados de sobrevida livre de falha bioquímica em cinco anos para pacientes de risco baixo e intermediário desta análise foram comparáveis aos da literatura. Nesta análise, não houve diferença entre as definições ASTRO e Phoenix de falha. PSA, escore de Gleason, porcentagem de fragmentos positivos na biópsia e grupo de risco foram os fatores prognósticos independentes para falha bioquímica. / INTRODUCTION: Patients with low-risk prostate adenocarcinoma may be very well treated by low dose-rate brachytherapy (LDR) using 125I seeds. Follow-up with periodical serum prostate specific antigen (PSA) dosages is used to determine the effectiveness of treatment. Biochemical relapse may be defined either by the American Society for Therapeutic Radiology and Oncology (ASTRO) definition, or, more recently, by the Phoenix Consensus criteria. PURPOSE: To evaluate and compare biochemical failure-free survival (BFFS) of patients treated with LDR brachytherapy using ASTRO and Phoenix criteria. Also, to correlate BFFS with age, Gleason score, clinical stage, initial PSA, percentage of positive prostate biopsies, perineural invasion, prostate volume at diagnostic ultrasound, neoadjuvant hormone therapy, bounce, and D90 (dose received by 90% of the prostate). METHODS: A cohort of 329 patients who received LDR brachytherapy for prostate cancer, between 1998 and 2002 at Hospital Sírio-Libanês, São Paulo, was retrospectively studied. Eighteen patients who received external beam irradiation were excluded, together with another 18 high-risk patients, 61 with less than 2 years minimal followup, and 12 with incomplete record data. So, 220 patients were the basis of this study. RESULTS: One hundred and twenty one (55%) were low-risk patients and 99 (45%) were intermediate-risk. Median follow-up was 53.5 months (24-116); 74 (33.6%) patients received neoadjuvant hormone therapy during a median period of 90 days, and 66 (30%) presented bounce. Mean time till bounce was 15 months, with mean nadir of 0,30ng/mL. The 5-year BFFS was 83% using ASTRO criteria, and 88.3% using Phoenix (p > 0,05). Low and intermediate-risk patients presented, respectively, 86.7% and 78.4% 5-year BFFS using ASTRO definition (p = 0,069), and 88.5% and 77.9%, considering Phoenix criteria (p = 0,016). In multivariate analysis, initial PSA < 10 ng/mL, and percentage of positive prostate biopsies < 50% were favorable prognostic factors, regarding biochemical relapse using ASTRO criteria (p < 0,05), while initial PSA < 10 ng/mL, Gleason score < 7, percentage of positive prostate biopsies < 50%, and low-risk group were detected as independent favorable prognostic factors using Phoenix definition (p < 0,05). CONCLUSIONS: The 5-year estimates of BFFS using both criteria, for low and intermediate-risk patients, were similar to previous published data, with no significant difference between them. Initial PSA, Gleason score, percentage of positive prostate biopsies, and risk group were independent prognostic factors for biochemical relapse.
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Expressão dos genes relacionados à apoptose, Bcl-2, bax, e caspase-3 nos adenomas hipofisários clinicamente não funcionantes e seu potencial como marcador do comportamento tumoral / Bcl-2, bax and caspase-3 apoptosis related genes expression in nonfunctioning pituitary adenoma and their role as potential markers of tumor behaviorCescato, Valter Angelo Sperling 26 March 2010 (has links)
Adenomas hipofisários são tumores benignos, de crescimento lento, originados no interior da sela túrcica e constituem de 10% a 15% dos tumores intracranianos, Os adenomas clinicamente não funcionantes (ACNF), correspondem aproximadamente um terço dos adenomas em geral. Por não apresentarem síndrome clínica hormonal são geralmente diagnosticados devido a sintomas neurológicos ou oftalmológicos, como macroadenomas, com grandes dimensões, invasão de estruturas circunvizinhas e hipopituitarismo. A cirurgia é o tratamento de escolha para estes tumores e apesar de ser eficaz na resolução do quadro compressivo, a possibilidade de cura cirúrgica é reduzida principalmente em tumores invasivos. Seu acompanhamento pós-operatório é efetuado por exame de imagem, preferencialmente ressonância magnética, devido à indisponibilidade de marcadores séricos. Nesta pesquisa avaliou-se a relação da expressão dos genes relacionados à apoptose, Bcl-2, Bax e Caspase-3 e sua relação com o comportamento dos ACNF. Na Divisão de Neurocirurgia Funcional do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo foram operados 119 doentes com tumores hipofisários, de 28/05/08 à 07/04/09, 50 deles com ACNF, 30 deles foram estudados. A ressonância magnética da região selar pré-operatória possibilitou a medida dos três maiores diâmetros do tumor, ou seja, antero-posterior (AP), crânio-caudal (CC), látero-lateral (LL) e avaliar a invasão do seios cavernoso e esfenoidal. O tamanho dos tumores foi avaliado pela soma dos três diâmetros, pelo maior diâmetro e pelo cálculo do volume, efetuado pela fórmula AP x CC x LL x 0,5. No intraoperatório foram avaliados, a consistência e invasão tumoral. A análise histológica por hematoxilina-eosina, foi efetuada em todos os tumores, assim como a análise imuno-histoquímica (IHQ) dos hormônios hipofisários, Ki-67, p53 e Bcl-2. Foi realizada a análise molecular dos genes Bcl-2, Bax e Caspase-3 por RT-PCR. Dados demográficos: 17 do sexo masculino, 13 do sexo feminino, mediana da idade foi de 54,5 anos e mediana da duração dos sintomas de 31 meses. Todos apresentavam macroadenoma, 87% deles com perda visual, 53% com cefaléia, 17% com outras alterações neurológicas e um assintomático diagnosticado incidentalmente. Avaliação hormonal, disponível em 26 doentes, confirmou deficiência em 92% deles, com mais de dois eixos acometidos em 50% dos casos. A mediana do volume dos tumores foi de 11,6 cm3, do maior diâmetro de 3,8cm e da soma dos três diâmetros de 8,6cm, observou estreita correlação significativa estatisticamente entre as três medidas. Quarenta porcento dos tumores eram gigantes (diâmetro maior ou igual a 4 cm). Consistência amolecida e invasão tumoral foram observadas em 87% e 67% dos tumores, respectivamente. Todos doentes foram operados pela via transesfenoidal, exceto um operado por craniotomia pterional. Complicações cirúrgicas ocorreram em cinco pacientes, três com fistula liquórica, dois com meningite e dois óbitos. A análise histológica confirmou o diagnóstico de adenoma hipofisário em todos os casos. A IHQ foi negativa para todos hormônios em 18 e positiva em 12 tumores (TSH, FSH, LH, GH ou ACTH). A IHQ para proteína P-53 foi negativa em todos os casos. A IHQ para KI-67 revelou ausência da proteína em 11, positividade em menos de 3% das células em 15 e em mais de 3% em 4 tumores. A IHQ para Bcl-2 foi positiva em apenas três pacientes. A análise molecular dos genes Bcl-2, Bax e Caspase-3 revelou expressão muito inferior nos tumores em relação à observada para um pool de hipófise normal. Observou-se correlação positiva estatisticamente significante entre os três genes porém não foi observada correlação entre os níveis destes três genes e nenhum fator de prognóstico tumoral estudado, quais sejam, idade, positividade para hormônios na IHQ, tamanho ou invasão tumoral / Pituitary adenomas are benign, slow-growing tumors that arise in the sella turcica and account for 10% to 15% of all intracranial tumors. Non-functioning pituitary adenomas (NFPA) account for around one third of all pituitary adenomas. NFPA do not clinically present as hormonal syndromes and are generally diagnosed as macroadenomas due to marked neurological and ophthalmologic symptoms and invasion of surrounding structures, beside hypopituitarism. Surgery is the gold standard to treat these tumors. It effectively relieves compressive symptoms but cure is uncommon. Despite benign in nature, NFPA usually show aggressive behavior. There are no hormonal markers and the follow-up usually is made only by magnetic resonance imaging. Apoptosis-related genes, Bcl-2, Bax, and caspase-3, were here studied in NFPA to assess their role as potential markers of tumor behavior. Out of 119 patients with pituitary adenomas treated by surgery, 30 patients (17 men, 13 women, median age 54.5 years old) harboring NFPA who underwent surgery in the Department of Functional Neurosurgery at Hospital das Clínicas Psychiatric Institute, University of S. Paulo Medical School, from August 2008 to July 2009, were studied. Information on gender, age, pituitary function, symptoms and their length was collected. Tumor dimensions were measured using magnetic resonance imaging of the sella turcica. The tumor volume was calculated by the following equation: anterior-posterior diameter x cranial-caudal diameter x lateral-lateral diameter x 0.5. Intra-operative information such as tumor invasion and consistence was recorded. Histological examination by hematoxylin-eosin staining and immunohistochemistry analysis of pituitary hormones, Ki-67, p53, and Bcl-2 were performed. The molecular analysis of Bcl-2, Bax, and caspase-3 genes was performed by real-time polymerase chain reaction (RT-PCR) in all tumor specimens collected during surgery and compared to a poll of normal pituitary gland. All patients had macroadenomas diagnosed due to visual loss (87%), headache (53%) and other neurological symptoms (17%) and one case was incidentally found. Hormonal deficits were seen in 92% of 26 cases; more than two axes were involved in half of these patients. There was found good correlation between tumor volume, largest diameter and the sum of the 3 diameters, and tumor volume was used to assess the correlations with other parameters. The median volume was 11.6 cm3. Giant tumors (4 cm) were diagnosed in 40% of the patients. Soft tumors and tumor invasion were observed in 87% and 67% of cases, respectively. A transsphenoidal approach was used in all patients, except one who had pterional craniotomy. Five patients presented post-operative complications: three had CSF leakage, two meningitis and two died. The histological examination confirmed pituitary adenoma in all cases, 18 of them were null cell and 12 showed a positive immunohistochemistry analysis for one or more hormones, mainly TSH. Immunohistochemistry analysis results for p-53 was negative in all cases; for Ki-67 was negative in 11, positive in less than 3% of the cells in 15 and positive in more than 3% of the cells in 4 cases; and for Bcl-2 was positive only in three patients. Bcl-2, Bax and caspase-3 molecular analysis revealed very low expression compared to normal pituitary values. There was found a positive correlation between these three genes but no correlation between them and age, tumor volume or invasion. The Bcl-2, Bax, and caspase-3 gene analysis by RT-PCR in NFPA did not evidence their potential as markers of tumor behavior
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Caracterização fenotípica da população de células T reguladoras em sangue de cordão umbilical de recém-nascidos a termo e pré-termo / Phenotypic characterization of the population of regulatory T cells in umbilical cord blood from term and preterm newbornsGuimarães, Camila Rennó 16 November 2015 (has links)
A predisposição de recém-nascidos às doenças infecciosas é atribuída, em parte, a falta da memória imunológica pré-existente. Em recém-nascidos pré-termo, é presumido que o sistema imune seja menos desenvolvido ao nascimento, mas pouco se sabe sobre o tamanho e as características das subpopulações de linfócitos. Células T reguladoras (Treg) possuem papel crucial no controle do desenvolvimento de um sistema imune saudável incluindo a manutenção da autotolerância e, sua ausência, é responsável pela gama de manifestações inflamatórias e autoimunes observadas em pacientes com IPEX (Immunodeficiency, Poliendocrinopathy and Enteropathy X-linked Syndrome). Essas células são fenotipicamente caracterizadas pela presença do fator de transcrição Foxp3 (forkhead box P3) e pela alta expressão da cadeia ? do receptor de IL-2 (CD25), já que esta citocina é essencial para a geração, manutenção e funcionamento das células Treg. Pouco se sabe sobre a frequência destas células em recém-nascidos, particularmente em recém-nascidos muito prematuros ou moderados e recém-nascidos prematuros tardios, estudados como grupos separados. Resultados preliminares do nosso grupo revelaram uma maior capacidade dos recém-nascidos de produzir resposta pró-inflamatória em comparação aos adultos, a qual foi ainda mais acentuada pela diminuição da produção de IL-10, o que sugere uma função reguladora reduzida. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi caracterizar fenotipicamente e quantificar a população de células Treg, por meio de citometria de fluxo, em sangue de cordão umbilical de 15 recém-nascidos pré-termo nascidos entre 30-336/7 semanas de gestação (Grupo 1), 19 recém-nascidos pré-termo nascidos entre 34-366/7 semanas de gestação (Grupo 2) e 20 recém-nascidos a termo nascidos entre 37-41 semanas de gestação (Grupo 3), todos clinicamente saudáveis e com peso adequado para a idade gestacional, em comparação com 26 adultos saudáveis. Os resultados demonstraram que existe uma correlação inversa entre a frequência de Treg e a idade gestacional, com frequências significativamente maiores de células Treg CD4+CD25hiCD127loFoxp3+ no Grupo 1 quando comparado aos Grupos 2 e 3 e no Grupo 2 comparado ao Grupo 3, assim como frequências e números de Treg mais elevados em todos os recém-nascidos comparados aos adultos. Todos os recém-nascidos exibiram maior frequência de células Treg com fenótipo naïve comparados aos adultos. A expressão de CTLA-4 nas células Treg naïve foi reduzida nos dois grupos de pré-termo comparados aos grupos de recém-nascidos a termo e adultos, assim como nas células Treg de memória do Grupo 1 comparado aos demais grupos. As frequências de Tregs alfa4beta7+ e alfa4beta1+ foram maiores em ambos os grupos de pré-termo, mas significativamente diferentes somente no Grupo 1, quando comparado aos recém-nascidos a termo e adultos. Em conclusão, foram observadas altas frequências de células Treg em recém-nascidos pré-termo e a termo, e essas frequências mostraram correlação inversa com a idade gestacional. Essas células exibiram um perfil naïve quando comparadas às dos adultos, com alta expressão de CD45RA e alfa4beta7+ e menor expressão de CTLA-4, sugerindo uma menor função, particularmente em recém-nascidos muito prematuros / The predisposition of newborn infants to infectious diseases is attributed, in part, to the lack of pre-existing immunological memory. In preterm newborns, it is assumed that the immune system is less developed at birth, but little is known about the size and characteristics of lymphocyte subpopulations. Regulatory T cells (Tregs) have a crucial role in controlling the development of a healthy immune system including the maintenance of self-tolerance and, their absence, is responsible for the range of inflammatory and autoimmune manifestations observed in patients with IPEX (Immunodysregulation Polyendocrinopathy Enteropathy X-linked Syndrome). These cells are phenotypically characterized by the presence of the transcription factor Foxp3 (forkhead box P3) and by the high expression of the ? chain of the IL-2 receptor (CD25), as this cytokine is essential for the generation, maintenance and function of Treg cells. Little is known about the frequency of these cells in neonates, particularly in very and moderate preterm newborns and late preterm newborns studied as separate groups. Preliminary results from our group revealed greater ability of newborns to produce proinflammatory response compared to adults, which was further accentuated by the decreased production of IL-10, which suggests a reduced regulatory function. Thus, the aim of this study was to phenotypically characterize and quantify the population of Treg cells, by flow cytometry, in the cord blood of 15 preterm newborns born at 30-336/7 gestation weeks (Group 1), 19 preterm newborns born at 34-366/7 gestation weeks (Group 2) and 20 term newborns born at 37-41 gestation weeks (Group 3), all clinically healthy and adequate-for-gestational-age, compared to 26 healthy adults. The results demonstrated that there is an inverse correlation of the Treg frequency and gestational age, with significantly higher frequencies of CD4+CD25hiCD127loFoxp3+ Treg cells in Group 1 compared to Groups 2 and 3 and in Group 2 compared to Group 3, as well as significantly higher Treg frequencies and numbers in all the neonates compared to the adults. All of the newborns exhibited increased Treg frequencies with a naive phenotype compared to the adults. CTLA-4 expression in the naive Tregs was decreased in both preterm groups compared with those from term newborns and adults, as well as in the memory Treg cells from Group 1 compared with the other groups. The frequencies of alfa4beta7+ and alfa4beta1+ Tregs were higher in both preterm groups, but significantly different only in Group 1, when compared with those from the term newborns and the adults. In conclusion, high frequencies of Tregs were observed in term and preterm newborns, and these frequencies showed an inverse correlation with gestational age. These cells exhibited a naive profile when compared with adults, with high expression of CD45RA and alfa4beta7+ and lower expression of CTLA-4, implying a decreased function, particularly in very preterm newborns
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Avaliação de marcadores moleculares na mucosa gástica do estômago excluso após cirurgia bariátrica / Evaluation of molecular markers in the excluded stomach mucosal after bariatric surgeryPereira Filho, Dilson da Silva 04 February 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: As alterações da mucosa do estômago excluso após Derivação Gástrica em Y-de-Roux (DGYR) para tratamento da obesidade mórbida não são bem conhecidas. Atualmente, pouco se sabe a respeito das consequências da cirurgia, especialmente, considerando que tal técnica necessita de vigilância para possíveis alterações de mucosa. Adicionalmente, é possível que o refluxo duodenal biliopancreático para dentro do estômago excluso, sem tamponamento pela ingestão de alimentos, pode, após décadas, danificar a mucosa gástrica e provavelmente aumentar o risco de câncer gástrico. OBJETIVO: Analisar as alterações da mucosa do estômago excluso através de: índice de proliferação celular (Ki-67), apoptose (caspase 3 e Bcl-2), função hormonal (gastrina) e infiltrado inflamatório (CD3 e CD8). MÉTODOS: Enteroscopia de duplo balão foi realizada em 35 pacientes submetidos à DGYR com mais de 36 meses de cirurgia. Foram realizadas múltiplas biópsias no coto gástrico funcional e na mucosa do estômago excluso. Biópsias gástricas de 32 pacientes obesos não operados foram utilizadas como grupo controle. Biópsias endoscópicas foram seccionadas a partir de blocos de tecidos fixados em formalina e embebidos em parafina. Amostras de 4 m de espessura foram examinadas por imuno-histoquímica pelo método de estreptavidina-biotinaperoxidase. RESULTADOS: Os dois grupos foram comparados por idade, gênero, presença de gastrite, metaplasia intestinal e de Helicobacter pylori. O número médio de células de gastrina positivas foi de 55,5 (desvio padrão (DP) = 11,7) no grupo controle e 29,6 (DP = 7,9), nos casos, p= 0,0003. Índice de proliferação (Ki-67) nos casos (corpo=24,7%, antro=24,9%) foi significativamente maior em comparação com os controles (corpo=15% e antro=17,7%), p = 0,002 e 0,01 ,respectivamente. Imunoexpressão de caspase 3 foi maior nos controles em comparação ao estômago excluso (31 x 46%), p = 0,02. Não houve diferença estatística entre as expressões de CD3 , CD8 , e Bcl- 2 nos controles e nos casos. Não houve associação entre os resultados imuno-histoquímicos e a presença de Helicobacter pylori ou alterações histológicas. CONCLUSÕES: Proliferação celular está aumentada e a apoptose está diminuída na mucosa do estômago excluso em comparação com os controles obesos não operados. Alterações na renovação celular e nas secreções hormonais nestas condições podem ser relevantes em seguimento a longo prazo / INTRODUCTION: Mucosal alterations in the excluded stomach mucosal after Roux-en-Y gastric bypass for morbid obesity have not been clearly clarified. Currently, little is known regarding the long-term consequences of the surgical specially considering that the technique hinders surveillance for possible mucosal alterations. Indeed, it is possible that duodenal reflux of bile and pancreatic secretions without any buffering offered by food intake may, after decades, damage the gastric epithelium and lead to an increase gastric cancer risk. OBJECTIVE: This study aims to analyze the mucosal alterations (proliferative status (Ki-67), apoptosis (caspase 3 and Bcl-2), inflammatory response (CD3 and CD8) and for hormonal function (gastrin)) in the excluded stomach. METHODS: Double-balloon enteroscopy was performed in 35 patients who underwent Roux-en-Y gastric bypass longer than 36 months. Multiple biopsies of the proximal pouch and the excluded gastric mucosa were collected. Gastric biopsies from 32 non-operated obese patients were utilized as controls. Endoscopic biopsies were cut from tissue blocks fixed in formalin and embedded in paraffin. Sections 4 m thick were examined for immunoexpression using the streptavidin-biotin-peroxidase method. RESULTS: The two groups were compared for age, gender, gastritis, intestinal metaplasia, and presence of Helicobacter pylori. The mean number of positive gastrin cells was 55.5 (standart deviation (SD) = 11.7) in the control group and 29.6 (SD=7.9) in the cases, p=0.0003. Ki-67 proliferative index in cases (body=24.7%, antrum=24.9%) was significantly higher compared to controls (body=15.0% and antrum=17.7%), p=0.002 and 0.01, respectively. Caspase 3 immunoexpression was higher in the controls compared to the excluded stomach (46 vs. 31%), p=0.02. There was no statistical difference between CD3, CD8, and Bcl-2 immunoexpressions among the controls and cases. CONCLUSIONS: Cell proliferation is increased and apoptosis is downregulated in the excluded gastric mucosa compared to the non-operated obese controls. Alterations in cell turnover and in hormonal secretions in these conditions may be of important in long-term follow-up
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Predição de malignidade de tumores ovarianos utilizando marcadores tumorais, índice de risco e ROMA / Prediction of malignancy of ovarian tumors using tumor markers, risk index and ROMAAnton, Cristina 29 September 2011 (has links)
INTRODUÇÃO: O câncer de ovário é o mais letal de todos os cânceres ginecológicos e requer ser tratado por ginecologistas especializados em centros terciários para se obter melhor prognóstico. Este trabalho tem como objetivo analisar e comparar quatro estratégias diferentes para predizer a benignidade ou malignidade de tumores pélvicos supostamente de origem ovariana utilizando para este fim, marcadores tumorais CA 125 e HE4, índice de risco de malignidade (IRM) e algoritmo ROMA. MÉTODOS: Neste estudo prospectivo foram avaliadas 128 pacientes com diagnóstico de tumores pélvicos supostamente de origem ovariana atendidas na Divisão de Clínica Ginecológica do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e Instituto do Câncer do Estado de São Paulo entre julho de 2008 e janeiro 2011. Foram calculadas a sensibilidade e a especificidade e construídas curvas ROC para comparar os quatro parâmetros (CA 125, HE4, ROMA e IRM) na eficácia de diferenciar tumores ovarianos. RESULTADOS: A sensibilidade obtida para CA 125, HE4, ROMA e IRM foi de, respectivamente, 70,4%, 79,7%, 74,1% e 63,0%. A especificidade para CA 125, HE4, ROMA e IRM foi de, respectivamente, 74,2%, 66,7%, 75,8% e 92,4%. Não houve diferença na comparação das áreas abaixo da curva ROC entre os quatro parâmetros. CONCLUSÕES: Nenhum dos quatro métodos estudados é o ideal na diferenciação de tumores ovarianos. Entre os quatro parâmetros analisados o HE4 foi o parâmetro com melhor sensibilidade na diferenciação de tumores ovarianos. A acurácia dos quatro métodos é equivalente e podem ser utilizados indistintamente para referenciar pacientes para serviços especializados no tratamento de câncer de ovário / BACKGROUND: Ovarian cancer is the most lethal of all gynecological cancers and requires to be treated by gynecologic oncologists in tertiary centers accustomed to treating this disease to achieve the best prognosis. This study aims to compare four different strategies to predict the benignity or malignancy of pelvic tumors presumably of ovarian origin using, for this purpose, tumor markers CA 125 and HE4, risk malignancy index (RMI) and algorithm ROMA. METHODS: This prospective study evaluated 128 patients supposedly with ovarian tumors treated at the Divisão de Clínica Ginecológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo and at Instituto do Câncer do Estado de São Paulo between July 2008 and January 2011. We calculated sensitivity, specificity and ROC curves to compare the four parameters (CA 125, HE4, ROMA and RMI) ability to differentiate the ovarian tumors. RESULTS: The sensitivity obtained for CA 125, HE4, ROMA and RMI was, respectively, 70.4%, 79.7%, 74.1% and 63.0%. The specificity obtained for CA 125, HE4, ROMA and RMI was, respectively, 74.2%, 66.7%, 75.8% and 92.4%. There was no difference the areas under the ROC curve among the four parameters. CONCLUSIONS: None of the four studied methods is best in the differentiation of ovarian tumors. Among the four parameters analyzed, HE4 was the parameter with highest sensitivity in the differentiation of ovarian tumors. The accuracy of the four methods is equivalent and can be used interchangeably to refer patients for specialized services in the treatment of ovarian cancer
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Caracterização morfológica da endometriose ovariana / Morphologic characterization of ovarian endometriosisFernandes, Luiz Flávio Cordeiro 26 October 2015 (has links)
Introdução: De origem controversa e repercussões imprevisíveis, o acometimento ovariano pela endometriose é considerado importante marcador de extensão da doença, pois pode se associar a endometriose profunda. Inúmeras teorias etiopatogênicas tentam explicar a gênese da endometriose ovariana e, duas delas recentemente tem sido reativadas, como a da metaplasia celômica que justificaria o conceito atual de endometriose intra-ovariana profunda e a da menstruação retrógrada, que explica a origem tubárea dos endometriomas. Estima-se em 5% a 10% de câncer ovariano em lesões de endometriose de ovário; enquanto, a frequência total de transformação maligna foi estimada entre 0,3 a 2,5%. Objetivo: Avaliar as formas de apresentação da endometriose ovariana e possíveis associações com o quadro clínico, com outros locais de doença, com os marcadores de atividade proliferativa (Ki-67), com a expressão de alterações moleculares dos mecanismos apoptóticos consideradas importantes no processo de carcinogênese das lesões de endometriose (p53 e Bcl-2) e com os receptores de estrogênio (dependência hormonal). Métodos: Estudo de coorte retrospectivo exploratório, com 63 pacientes operadas entre 2002 a 2012, com diagnóstico de endometriose ovariana preenchendo os critérios de inclusão e exclusão. Os preparados histológicos foram reavaliados e reclassificados de acordo com o tipo histológico, com a forma de apresentação e com a presença de infiltração do parênquima ovariano, sendo divididas em endometriose ovariana peritoneal, cistica e intraparenquimatosa. Foram avaliados a expressão do Ki-67, do p53, do Bcl- 2 e dos receptores de estrogênio no epitélio e no estroma tecidual. As pacientes ainda foram avaliadas de acordo com os sintomas clínicos e locais concomitantes de doença. Resultados: A forma de apresentação da endometriose ovariana mais frequente foi a cística (72,2%), seguida pela intraparenquimatosa (22,2%) e pela forma peritoneal (5,6%). Todas podem apresentar componente infiltrativo. A endometriose ovariana infiltrativa esteve presente em 30,5% dos casos. Não se evidenciou associação entre sintomas, distribuição anatômica do doença e expressão dos marcadores com as diferentes formas de apresentação ou com a infiltração do parênquima adjacente. Conclusão: A endometriose ovariana apresenta três formas distintas de apresentação, cística, intraparenquimatosa e peritoneal. Todas podem apresentar componente infiltrativo. Apesar da clara diferenciação histológica, ainda se deve identificar o significado clínico destes achados / Introduction: Of controversial origin and unpredictable repercussions, ovarian endometriosis is an important marker of disease extensiveness, as it may be related to deep infiltrating endometriosis. Numerous theories try to explain its origin, but two of them have been recently reactivated, such as celomic metaplasia, which would justify the concept of deep ovarian endometriosis, and retrograde menstruation, which can explain the tubal origin of ovarian endometriosis. It is estimated 5% to 10% of ovarian cancer in ovarian endometriosis, but malignant transformation may occur in 0.3 to 2.5% of the cases. Objective: Identify the presenting forms of ovarian endometrisosis and its possible relations to clinical symptoms, to other sites of disease, to proliferative activity markers (Ki-67), to the molecular expression of apoptotic mechanisms, considered important to the process of malignant transformation (p53 and Bcl-2) and to estrogen receptors (hormonal dependency). Methods: This is a retrospective exploratory cohort study, done between 2002 and 2012, including 63 women with laparoscopic diagnosis of ovarian endometriosis which fullfilled inclusion and exclusion criteria. The histologic specimens were reanalysed and reclassified according to the histologic pattern, to its presenting form and to the presence of parenchyma infiltration. The expression of Ki-67, p53, Bcl-2 and estrogen receptors were evaluated in the tissue epithelium and stroma. Clinical symptoms and concomitant sites of disease were also evaluated. Results: The most frequent form of ovarian endometriosis was cystic (72.2%), followed by intra-parenchymatous (22.2%) and peritoneal (5.6%). All of them can be infiltrative. The prevalence of infiltrative ovarian endometriosis was 30.5%. No association were found between symptoms, anatomical distribution of disease, markers expression and the presenting forms of ovarian endometriosis as well as adjacent parenchymal infiltration. Conclusion: Ovarian endometriosis has three distinct presenting forms, cystic, intra-parenchymatous and peritoneal. All of them can be infiltrative. Even though there is a clear histologic differentiation, its clinical significance is still to be determined
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Predição de malignidade de tumores ovarianos utilizando marcadores tumorais, índice de risco e ROMA / Prediction of malignancy of ovarian tumors using tumor markers, risk index and ROMACristina Anton 29 September 2011 (has links)
INTRODUÇÃO: O câncer de ovário é o mais letal de todos os cânceres ginecológicos e requer ser tratado por ginecologistas especializados em centros terciários para se obter melhor prognóstico. Este trabalho tem como objetivo analisar e comparar quatro estratégias diferentes para predizer a benignidade ou malignidade de tumores pélvicos supostamente de origem ovariana utilizando para este fim, marcadores tumorais CA 125 e HE4, índice de risco de malignidade (IRM) e algoritmo ROMA. MÉTODOS: Neste estudo prospectivo foram avaliadas 128 pacientes com diagnóstico de tumores pélvicos supostamente de origem ovariana atendidas na Divisão de Clínica Ginecológica do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e Instituto do Câncer do Estado de São Paulo entre julho de 2008 e janeiro 2011. Foram calculadas a sensibilidade e a especificidade e construídas curvas ROC para comparar os quatro parâmetros (CA 125, HE4, ROMA e IRM) na eficácia de diferenciar tumores ovarianos. RESULTADOS: A sensibilidade obtida para CA 125, HE4, ROMA e IRM foi de, respectivamente, 70,4%, 79,7%, 74,1% e 63,0%. A especificidade para CA 125, HE4, ROMA e IRM foi de, respectivamente, 74,2%, 66,7%, 75,8% e 92,4%. Não houve diferença na comparação das áreas abaixo da curva ROC entre os quatro parâmetros. CONCLUSÕES: Nenhum dos quatro métodos estudados é o ideal na diferenciação de tumores ovarianos. Entre os quatro parâmetros analisados o HE4 foi o parâmetro com melhor sensibilidade na diferenciação de tumores ovarianos. A acurácia dos quatro métodos é equivalente e podem ser utilizados indistintamente para referenciar pacientes para serviços especializados no tratamento de câncer de ovário / BACKGROUND: Ovarian cancer is the most lethal of all gynecological cancers and requires to be treated by gynecologic oncologists in tertiary centers accustomed to treating this disease to achieve the best prognosis. This study aims to compare four different strategies to predict the benignity or malignancy of pelvic tumors presumably of ovarian origin using, for this purpose, tumor markers CA 125 and HE4, risk malignancy index (RMI) and algorithm ROMA. METHODS: This prospective study evaluated 128 patients supposedly with ovarian tumors treated at the Divisão de Clínica Ginecológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo and at Instituto do Câncer do Estado de São Paulo between July 2008 and January 2011. We calculated sensitivity, specificity and ROC curves to compare the four parameters (CA 125, HE4, ROMA and RMI) ability to differentiate the ovarian tumors. RESULTS: The sensitivity obtained for CA 125, HE4, ROMA and RMI was, respectively, 70.4%, 79.7%, 74.1% and 63.0%. The specificity obtained for CA 125, HE4, ROMA and RMI was, respectively, 74.2%, 66.7%, 75.8% and 92.4%. There was no difference the areas under the ROC curve among the four parameters. CONCLUSIONS: None of the four studied methods is best in the differentiation of ovarian tumors. Among the four parameters analyzed, HE4 was the parameter with highest sensitivity in the differentiation of ovarian tumors. The accuracy of the four methods is equivalent and can be used interchangeably to refer patients for specialized services in the treatment of ovarian cancer
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Caracterização morfológica da endometriose ovariana / Morphologic characterization of ovarian endometriosisLuiz Flávio Cordeiro Fernandes 26 October 2015 (has links)
Introdução: De origem controversa e repercussões imprevisíveis, o acometimento ovariano pela endometriose é considerado importante marcador de extensão da doença, pois pode se associar a endometriose profunda. Inúmeras teorias etiopatogênicas tentam explicar a gênese da endometriose ovariana e, duas delas recentemente tem sido reativadas, como a da metaplasia celômica que justificaria o conceito atual de endometriose intra-ovariana profunda e a da menstruação retrógrada, que explica a origem tubárea dos endometriomas. Estima-se em 5% a 10% de câncer ovariano em lesões de endometriose de ovário; enquanto, a frequência total de transformação maligna foi estimada entre 0,3 a 2,5%. Objetivo: Avaliar as formas de apresentação da endometriose ovariana e possíveis associações com o quadro clínico, com outros locais de doença, com os marcadores de atividade proliferativa (Ki-67), com a expressão de alterações moleculares dos mecanismos apoptóticos consideradas importantes no processo de carcinogênese das lesões de endometriose (p53 e Bcl-2) e com os receptores de estrogênio (dependência hormonal). Métodos: Estudo de coorte retrospectivo exploratório, com 63 pacientes operadas entre 2002 a 2012, com diagnóstico de endometriose ovariana preenchendo os critérios de inclusão e exclusão. Os preparados histológicos foram reavaliados e reclassificados de acordo com o tipo histológico, com a forma de apresentação e com a presença de infiltração do parênquima ovariano, sendo divididas em endometriose ovariana peritoneal, cistica e intraparenquimatosa. Foram avaliados a expressão do Ki-67, do p53, do Bcl- 2 e dos receptores de estrogênio no epitélio e no estroma tecidual. As pacientes ainda foram avaliadas de acordo com os sintomas clínicos e locais concomitantes de doença. Resultados: A forma de apresentação da endometriose ovariana mais frequente foi a cística (72,2%), seguida pela intraparenquimatosa (22,2%) e pela forma peritoneal (5,6%). Todas podem apresentar componente infiltrativo. A endometriose ovariana infiltrativa esteve presente em 30,5% dos casos. Não se evidenciou associação entre sintomas, distribuição anatômica do doença e expressão dos marcadores com as diferentes formas de apresentação ou com a infiltração do parênquima adjacente. Conclusão: A endometriose ovariana apresenta três formas distintas de apresentação, cística, intraparenquimatosa e peritoneal. Todas podem apresentar componente infiltrativo. Apesar da clara diferenciação histológica, ainda se deve identificar o significado clínico destes achados / Introduction: Of controversial origin and unpredictable repercussions, ovarian endometriosis is an important marker of disease extensiveness, as it may be related to deep infiltrating endometriosis. Numerous theories try to explain its origin, but two of them have been recently reactivated, such as celomic metaplasia, which would justify the concept of deep ovarian endometriosis, and retrograde menstruation, which can explain the tubal origin of ovarian endometriosis. It is estimated 5% to 10% of ovarian cancer in ovarian endometriosis, but malignant transformation may occur in 0.3 to 2.5% of the cases. Objective: Identify the presenting forms of ovarian endometrisosis and its possible relations to clinical symptoms, to other sites of disease, to proliferative activity markers (Ki-67), to the molecular expression of apoptotic mechanisms, considered important to the process of malignant transformation (p53 and Bcl-2) and to estrogen receptors (hormonal dependency). Methods: This is a retrospective exploratory cohort study, done between 2002 and 2012, including 63 women with laparoscopic diagnosis of ovarian endometriosis which fullfilled inclusion and exclusion criteria. The histologic specimens were reanalysed and reclassified according to the histologic pattern, to its presenting form and to the presence of parenchyma infiltration. The expression of Ki-67, p53, Bcl-2 and estrogen receptors were evaluated in the tissue epithelium and stroma. Clinical symptoms and concomitant sites of disease were also evaluated. Results: The most frequent form of ovarian endometriosis was cystic (72.2%), followed by intra-parenchymatous (22.2%) and peritoneal (5.6%). All of them can be infiltrative. The prevalence of infiltrative ovarian endometriosis was 30.5%. No association were found between symptoms, anatomical distribution of disease, markers expression and the presenting forms of ovarian endometriosis as well as adjacent parenchymal infiltration. Conclusion: Ovarian endometriosis has three distinct presenting forms, cystic, intra-parenchymatous and peritoneal. All of them can be infiltrative. Even though there is a clear histologic differentiation, its clinical significance is still to be determined
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