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Imunorregulação induzida pelo exercício físico na inflamação pulmonar alérgica crônica / Immunoregulation induced by physical exercise in chronic allergic pulmonary inflammation

Fernandes, Paula 12 February 2019 (has links)
Os benefícios do exercício físico moderado na asma alérgica são bem conhecidos, indicando que o exercício físico tem efeito anti-inflamatório reduzindo as respostas de Th2 e remodelamento pulmonar, porém os mecanismos dessa imunorregulação ainda não são bem descritos. Esse estudo é proposto com o objetivo de investigar os mecanismos de imunorregulação induzidos pelo exercício físico moderado sobre a inflamação da asma experimental. Camundongos Balb/c foram sensibilizados com ovalbumina (OVA) e alúmen nos dias 0, 14, 21, 28 e 42 e desafiados com aerossol de OVA três vezes por semana, desde o dia 21 até o dia 51 (grupos OVA e OVA + exercício (OEX). Um teste de capacidade máxima foi realizado nos dias 21 e 51. Os grupos EX (exercício) e OEX praticaram exercício moderado nos dias 21 até 51. Vinte e quatro horas após o último desafio, os animais (n=8/grupo) foram anestesiados, traqueostomizados e ventilados mecanicamente, para avaliação da responsividade pulmonar. Foi realizada a coleta de sangue dos animais através da veia cava inferior para análise de imunoglobulinas e os animais foram posteriormente eutanasiados. Os pulmões foram então, removidos para quantificação de citocinas no homogenato e processamento histológico. Em outros grupos de animais (n=8/grupo), avaliamos as células inflamatórias no pulmão e nos linfonodos mediastinais por citometria de fluxo. A avaliação da capacidade física comprovou maior condicionamento físico nos animais submetidos ao protocolo de treinamento. Animais sensibilizados a ovalbumina apresentam hiperresponsividade e a presença da atividade física reduziu essa elevação. A prática de exercício físico reduz a hiperplasia/hipertrofia epitelial e produção de mucosubstânicas intraepiteliais gerada pela exposição a OVA. A exposição antigênica eleva os níveis de IgG2a, IgG1 e IgE e o exercício físico não modificou essa condição. A sensibilização eleva os níveis de IL-4, IL-6, o exercício físico apresenta capacidade de diminuir a quantidade dessas citocinas, já com as citocinas IL-10 e TGF-beta há o aumento dos níveis nos grupos treinados. Na análise do perfil celular, foi observado que o exercício físico protege o pulmão da intensa eosinofilia induzida pela sensibilização a OVA com intenso influxo pulmonar de Treg nos animais OEX, com maior produção de IL-10 e TGF-beta. O exercício em animais sensibilizados também elevou o influxo de macrófagos pulmonares, M1 e M2 bem como influxo e ativação de linfócitos TCD4+ e TCD8+. Nos linfonodos drenantes, foi observado também que o exercício físico por si só eleva a ativação dos linfócitos TCD4+, independentemente da presença de OVA, enquanto que nos animais sensibilizados há redução da migração de macrófagos M2. Na análise de células dendríticas, foi observado em linfonodos dos grupos submetidos ao protocolo de treinamento e sensibilizados há redução da expressão de moléculas CD80, CD86 e ICOSL em cDCs, e aumento de ICOSL pDCs, sendo que nestas mesmas células há redução de CD80. O exercício físico, ao induzir maior influxo local de células regulatórias modula a inflamação pulmonar reduzindo o influxo eosinofílico pulmonar, a responsividade pulmonar, bem como o remodelamento epitelial e produção de muco induzido pelo antígeno ovalbumina / The benefits of moderate physical exercise in allergic asthma are well known, indicating that physical exercise has an anti-inflammatory effect reducing Th2 responses and pulmonary remodeling, but the mechanisms of this immunoregulation are not yet well described. This study aims to investigate the mechanisms of immunoregulation induced by moderate physical exercise on the inflammation of experimental asthma. Balb/c mice were sensitized with ovalbumin (OVA) and alum on days 0, 14, 21, 28 and 42 and challenged with OVA aerosol three times a week from day 21 to day 51 (OVA and OVA + exercise groups (OEX) A maximal capacity test was performed on days 21 and 51. EX (exercise) and OEX groups performed moderate exercise on days 21 to 51. Twenty-four hours after the last challenge, animals (n=8/group) were anesthetized, tracheostomized and mechanically ventilated, to evaluate pulmonary responsiveness, blood was collected from the animals through the inferior vena cava for immunoglobulin analysis, and the animals were later euthanized, and the lungs were then removed for quantification of cytokines (n=8/group), we evaluated the inflammatory cells in the lung and in the mediastinal lymph nodes by flow cytometry. Analysis of the physical capacity demonstrated greater physical fitness in the animals submitted to the training protocol. Animals sensitized to ovalbumin presented hyperresponsiveness and the presence of physical activity reduced this elevation. The practice of physical exercise reduces epithelial hyperplasia/hypertrophy and intraepithelial mucosubstance production generated by OVA exposure. Antigenic exposure increases IgG2a, IgG1 and IgE levels and physical exercise did not modify this condition. Sensitization increases the levels of IL-4, IL-6, physical exercise has the capacity to decrease the amount of these cytokines and IL-10 and TGF-beta cytokines had an increase in levels in the trained groups. In the analysis of the cellular profile, it was observed that physical exercise protects the lung from intense eosinophilia induced by OVA sensitization with intense pulmonary influx of Treg in OEX animals, with higher production of IL-10 and TGF-beta Exercise in sensitized animals also increased the influx of pulmonary macrophages, M1 and M2 as well as influx and activation of TCD4+ and TCD8+ lymphocytes. In the draining lymph nodes, it was also observed that physical exercise alone increases the activation of CD4+ T lymphocytes, independently of the presence of OVA, whereas in the sensitized animals there was a reduction in M2 macrophages migration. In the analysis of dendritic cells, it was observed in lymph nodes of the groups submitted to the training protocol and sensitized there was a reduced expression of CD80, CD86 and ICOSL molecules in cDCs, and an increase of ICOSL pDCs, and in these same cells there is reduction of CD80. Physical exercise, by inducing greater local influx of regulatory cells, modulates pulmonary inflammation by reducing pulmonary eosinophil influx, pulmonary responsiveness, as well as epithelial remodeling and mucus production induced by the ovalbumin antigen
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Prevalência e fatores de risco associados a reações a alimentos e diagnóstico médico de alergia alimentar referidos pelos pais em crianças de Ribeirão Preto e São Luís / Prevalence and risk factors associated with parent reported reactions to food and medical diagnosis of food allergy in children of Ribeirão Preto and São Luís

Sílvio César Zeppone 19 May 2015 (has links)
Objetivo: Avaliar a prevalência e fatores de risco associados a reações adversas a alimentos (RAA) e diagnóstico médico de alergia alimentar referidas pelos pais em crianças de um a três anos de vida. Métodos: Estudo de coorte prospectivo de crianças nascidas em Ribeirão Preto, São Paulo e São Luís, Maranhão, no ano de 2010, e avaliadas para esse estudo nos três primeiros anos de vida. Em Ribeirão Preto, foram incluidas 3740 das 7702 crianças nascidas no ano de 2010. Em São Luís, participaram do estudo 3320 das 5166 crianças avaliadas ao nascimento no mesmo ano. Os responsáveis pelas crianças responderam questões referentes à ocorrência de reações adversas após a ingestão de alimentos e diagnóstico médico prévio de alergia alimentar. O estudo das associações entre os desfechos e as variáveis independentes de interesse foi feito por meio de análise univariada e por modelos log-binomiais ajustados, obtendo-se medidas de risco relativo (RR) e seus intervalos de confiança (IC). Resultados: A prevalência de reações adversas a alimentos (RAA) referidas pelos pais e de diagnóstico médico de alergia a pelo menos um alimento foi, respectivamente, de 10,7% (399/3740) e 4,4% (164/3716) em Ribeirão Preto, e de 6,4% (216/3320) e 2,7% (88/3320) em São Luís. Reações e diagnóstico de alergia ao leite de vaca ocorreram, respectivamente em 6,3% (223/3533) e 3,4% (119/3516) das crianças de Ribeirão Preto, e em 3,2% (102/3166) e 1,6% (52/3155) em São Luís. Nas duas cidades, houve concordância entre os desfechos reação a pelo menos um alimento e diagnóstico médico de alergia a pelo menos um alimento (índice kappa de 0,52 em RP e 0,51 em SL). O mesmo ocorreu para o relato de reação ao leite de vaca e diagnóstico médico de alergia ao leite (índice kappa de 0,52 em RP e 0,47 em SL). Crianças cujas mães não frequentaram universidades apresentaram menor risco de reação a pelo menos um alimento, tanto em Ribeirão Preto, 9 quanto em São Luís, e menor risco de diagnóstico médico de alergia a algum alimento em Ribeirão Preto. Os fatores associados a maior risco de diagnóstico médico de alergia a pelo menos um alimento foram a situação conjugal sem companheiro, idade de início à creche menor que 6 meses e histórico de alergia nas crianças, somente em Ribeirão Preto. O aleitamento materno exclusivo até os 6 meses associou-se a menor risco de diagnóstico médico de alergia ao leite de vaca em Ribeirão Preto. O início do leite artificial antes dos 6 meses e o início à creche antes dessa idade foram identificados como fatores de risco para diagnóstico médico de alergia ao leite de vaca nas crianças de Ribeirão Preto. Conclusões: O presente estudo contribuiu para o conhecimento da prevalência de RAA, incluindo a AA, referida pelos pais, em crianças brasileiras de até 3 anos de vida. Diferenças sociais, econômicas e culturais podem explicar as diferenças de prevalência e fatores associados a RAA e AA em RP e SL. / Objective: To evaluate the prevalence and risk factors associated with parent reported adverse reactions to food (ARF) and medical diagnosis of food allergy in 1-3 year old children. Methods: Prospective cohort study of children born in Ribeirão Preto, São Paulo and São Luís, Maranhão, in 2010, and evaluated for this study at 1-3 years of age. In Ribeirão Preto, 3740 of the 7702 children born in 2010 were included. In São Luís, 3320 of the 5166 evaluated at birth were included. Caregivers answered questions regarding the occurrence of adverse reactions after ingestion of food allergy and previous medical diagnosis of food allergy. Associations between end points and independent variables were determined by univariate analysis and log-binomial adjusted models. Relative risks (RR) and confident intervals were calculated (IC). Results: The prevalence of parent reported ARF and medical diagnosis of allergy to at least one food was, respectively, 10.7% (399/3740) and 4.4% (164/3716) in Ribeirão Preto, and 6.4% (216/3320) and 2.7% (88/3320) in São. Luís. Reactions and medical diagnosis of allergy to cow\'s milk were reported, respectively, in 6.3% (223/3533) and 3.4% (119 / 3516) of the children from Ribeirão Preto and in 3.2% (102/3166) and 1.6% (52/3155) in São Luís. In both cities, there was agreement between the reported reactions to at least one food and medical diagnosis of allergy to at least one food (kappa of 0.52 and 0.51 in RP in SL). The same happened for reported reactions to cow\'s milk and medical diagnosis of milk allergy (kappa of 0.52 and 0.47 in RP in SL). Children whose mothers did not attend universities were less likely to report reaction to at least one food, both in Ribeirão Preto and São Luís, and had lower risk of medical diagnosis of allergy to any food in Ribeirão Preto. Factors associated with increased risk of medical diagnosis of allergy to at least one food were the marital status without partners, going to a at 11 daycare center before 6 months of age and a history of allergy in children, only in Ribeirão Preto. Exclusive breastfeeding until 6 months was associated with a lower risk of medical diagnosis of allergy to cow\'s milk in Ribeirão Preto. The beginning of the artificial milk before 6 months and going to daycare centers before this age were identified as risk factors for medical diagnosis of allergy to cow\'s milk in children of Ribeirão Preto. Conclusions: This study contributes to the knowledge of the prevalence parent reported ARF, including food allergy , in Brazilian children up to 3 years. Social, economic and cultural differences can explain the differences in prevalence and associated risk factors for ARF and AA in RP and SL.
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Modulação da resposta alérgica por BCG recombinante em modelo murino de asma. / Modulation of allergic immue responses by recombinant BCG in a murine model of asthma.

Christ, Ana Paula Guarnieri 22 April 2008 (has links)
Asma alérgica é uma inflamação pulmonar crônica mediada por células Th2. A Hipótese da Higiene é a teoria aceita para explicar o aumento das alergias nas últimas décadas e preconiza que a menor exposição dos indivíduos a componentes microbianos prejudica a geração mecanismos imunorregulatórios. Nosso estudo abordou a modulação da resposta alérgica pulmonar induzida por ovalbumina, por cepas de bacilo Calmette-Guérin recombinantes (rBCG) que expressam fragmentos de toxinas bacterianas. Observamos que dependendo do antígeno heterólogo expresso, a imunização intranasal com rBCG pode levar tanto a supressão como a exacerbação da resposta alérgica pulmonar. Demonstramos que tanto em um contexto profilático quanto terapêutico, rBCG é capaz de suprimir os parâmetros alérgicos, e a supressão não envolve o recrutamento de células T regulatórias, é um fenômeno local, está associada a maior produção de IFN-g do que IL-4 e é dependente de IL-12. Estes dados sugerem que a infecção pulmonar por rBCG gera um milieu capaz de bloquear a migração de células Th2 inflamatórias. / Allergic asthma is an atopic disorder mediated by Th2 cells. The Hygiene Hypothesis is the accepted theory to explain the increasing in allergy in recent deacades. It states that modern health care and hygiene practices have led to a reduced exposure to microorganisms components which impairs the generation of immunoregulatory mechanisms. The present study analysed how the intranasal infection with recombinant bacillus Calmette-Guérin (rBCG) strains expressing fragments of bacterial toxins could modulate an allergic pulmonary inflammation induced by ovalbumin. We demonstrated that the rBCG strains could supress or exacerbate the allergic inflammation depending on the expressed heterologous antigen. We analysed the effect of the mycobacterial infection in a prophylactic and in a therapeutical contexts, and we have identified that for both situations the of supression allergic features does not involve the recruitment of regulatory T cells to the lungs, is a local phenomena, is associated with an increased production of IFN-g, and is an IL-12 dependent mechanism. Taken togheter, this data suggest that the rBCG pulmonary infection generates a milieu capable to supress the chemotaxis for Th2 cells, which suppress the establishment of the allergic inflammation in the lungs.
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Mediadores e mecanismos envolvidos no processo de sensibilização e dessensibilização a picadas do mosquito Aedes aegypti. / Mediators and mechanisms involved in the sensitization and desensitization to Aedes aegypti bites.

Santos Neto, Leila 04 May 2018 (has links)
Fêmeas da espécie Aedes aegypti são vetores de importantes doenças como dengue, febre amarela, Chikungunya e Zika. A alimentação sanguínea realizada pelo mosquito fêmea é importante e necessária para a maturação dos ovos. Durante este processo, os mosquitos hematófagos precisam lidar com desafios impostos pelo hospedeiro vertebrado como a barreira da hemostasia e seu sistema imunológico. Estudos clássicos mostraram que a exposição à saliva do mosquito é capaz de sensibilizar o homem, embora boa parte dos indivíduos apresente dessensibilização às proteínas salivares ao longo da vida. Resultados recentes do nosso grupo sugerem que o processo de sensibilização e dessensibilização pode ser reproduzido em modelo murino. Diante do exposto, o presente trabalho teve como objetivo estudar os processos de sensibilização e dessensibilização aos antígenos salivares de A. aegypti, seu impacto no fitness biológico do mosquito (ingestão de sangue, oviposição e escolha do hospedeiro) e potenciais moléculas envolvidas nesse processo. Inicialmente, padronizamos um modelo de exposição natural, no qual camundongos BALB/c fêmeas foram expostos 10 vezes às picadas de 30 mosquitos A. aegyptifêmeas, com um intervalo de 15 dias entre cada exposição. Avaliamos o perfil de anticorpos séricos entre cada exposição e observamos uma mudança no padrão de anticorpos ao longo do tempo, inicialmente com forte componente Th2 (IgE total e IgG1 específica) e mais tardiamente, a presença de um componente Th1 (IgG2a específica). Além disso, o soro de animais expostos 4 vezes aos mosquitos apresentou atividade anafilática dependente de IgE superior ao soro de animais naive e de animais expostos 10 vezes ao mosquito. O perfil de citocinas presentes em culturas de células totais de baço mostrou forte produção de IL-4 e IL-5 antígeno-específicas, que foi semelhante entre os grupos expostos 4 ou 10 vezes aos mosquitos. A avaliação da migração celular na orelha induzida pelas picadas do mosquito mostrou que, comparado com as células residentes da orelha de animais naive, todos os tipos celulares fenotipados estavam presentes maior quantidade em tanto em animais expostos 4 vezes quanto expostos 10 vezes aos mosquitos, com destaque para os eosinófilos (aumentados ~2000 e ~1000 vezes, respectivamente). Entretanto, o número total de eosinófilos e de linfócitos B se mostrou reduzido, enquanto o número de neutrófilos estava aumentado, nos animais expostos 10 vezes quando comparados aos animais expostos 4 vezes. Do ponto de vista do vetor, não observamos grandes alterações no volume de sangue ingerido durante o repasto sanguíneo, embora haja uma tendência de maior aquisição de sangue em animais expostos 7 vezes ao mosquito. Por outro lado, a oviposição foi gradativamente diminuída entre a segunda e a sétima exposição quando comparada com a primeira exposição, voltando aos níveis originais à partir da oitava exposição. Um modelo de inflamação peritoneal aguda induzido pela inoculação do extrato da glândula salivar (EGS) de fêmeas do mosquito A. aegypti, revelou um aumento de eosinófilos, semelhante ao observado no modelo crônico de inflamação na orelha. Esse modelo foi usado para estudar o papel de moléculas do hospedeiro potencialmente envolvidas na migração eosinofílica em resposta aos antígenos salivares, revelando a importância da IL-5 e dos leucotrienos nesse processo. Assim, podemos concluir que a saliva do mosquito A. aegypti provoca uma forte resposta alérgica em camundongos, que apesar de não alterar o volume de sangue ingerido pelos mosquitos, é capaz de afetar sua oviposição. A exposição crônica induz um processo de dessensibilização, com aumento de anticorpos de perfil Th1 e diminuição da migração de eosinófilos no sítio da picada, mas que se refletiu em maior oviposição por parte dos mosquitos. Finalmente, IL-5 e leucotrienos são mediadores que parecem estar envolvidos na inflamação eosinofílica em resposta aos componentes salivares do mosquito. / Females of Aedes aegypti species are vectors of important diseases such as dengue, Yellow Fever, Chikungunya Fever and Zika. The blood meal is essential and necessary for the maturation of eggs in female mosquitoes. During this process, hematophagous mosquitoes need to cope with challenges imposed by the vertebrate host, such as the hemostasis and the immune system barriers. Classical studies have shown that exposure to mosquito saliva is able to sensitize humans, although most individuals show desensitization to salivary proteins throughout their lives. Recent results from our group suggest that the process of sensitization and desensitization can be reproduced in a murine model. Thus, the aim of the present work was to study the sensitization and desensitization processes to A. aegypti salivary antigens, their impact on the biological fitness of the mosquito (blood ingestion, oviposition and host choice) and potential molecules involved in this process. Initially, we standardized a model of natural exposure in which female BALB/c mice were exposed 10 times to the bites of 30 female A. aegypti mosquitoes, with a 15-day interval between each exposure. We evaluated the serum antibody profile between each exposure and observed a change in antibody pattern over time, initially with a strong Th2 component (total IgE and specific IgG1) and later, the presence of a Th1 (specific IgG2a) component. In addition, the serum of animals exposed 4 times to the mosquitoes showed stronger IgE-dependent anaphylactic activity than the serum of naive animals and animals exposed 10 times to the mosquitoes. The cytokine profile in spleen cell cultures showed strong antigen-specific production of IL-4 and IL-5, similar between the groups exposed 4 or 10 times to the mosquitoes. The evaluation of cell migration into the ear induced by mosquito bites showed that, compared to the resident cells of the ear of naive animals, all phenotyped cell types were present in larger amounts in both animals exposed, 4 times and 10 times, to mosquitoes, specially eosinophils (increased ~2000 and ~1000 times, respectively). However, the total number of eosinophils and B lymphocytes was reduced, while the number of neutrophils was increased, in animals exposed 10 times when compared to animals exposed 4 times. From the vector perspective, we did not observe significant changes in the volume of blood taken during the blood feeding, although there is a tendency of greater blood acquisition in animals exposed 7 times to the mosquitoes. On the other hand, the oviposition was gradually diminished between the second and the seventh exposure when compared to the first exposure, returning to the original levels from the eighth exposure. A model of acute peritoneal inflammation induced by the inoculation of female A. aegypti salivary gland extract (SGE) revealed an increase in eosinophils, similar to that observed in the chronic model of inflammation in the ear. This model was used to study the role of host molecules potentially involved in eosinophil migration in response to salivary antigens, revealing the importance of IL-5 and leukotrienes in this process. Thus, we can conclude that the saliva of the A. aegypti mosquito causes a strong allergic response in mice that it does not alter the volume of blood ingested by mosquitoes, but it is able to affect their oviposition. Chronic exposure induced a desensitization process, with increased antibodies of Th1 profile and decreased eosinophil migration to the bite site, but that resulted in greater oviposition by the mosquitoes. Finally, IL-5 and leukotrienes are mediators that seem to be involved in eosinophilic inflammation in response to the salivary components of the mosquito.
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Avaliação do potencial antialérgico de flavonóides: estudo sinergístico e influência de sistemas lipossomais / Evaluation of the potential antiallergic flavonoids: synergistic influence and liposomal systems

Oliveira, Mariana Bellini 04 March 2013 (has links)
Os problemas decorrentes de doenças alérgicas é tema em destaque atualmente devido ao aumento de pessoas que vêm apresentando sintomas e sofrendo as consequências de mudanças aceleradas nos costumes da nossa sociedade. Apesar das diversas terapias oferecidas, pacientes alérgicos ainda sofrem com efeitos colaterais decorrentes do uso de medicamentos anti-alérgicos. Assim, a busca por novas alternativas que possam amenizar os sintomas alérgicos torna-se relevante. As substâncias naturais tem sido alvo de intensa investigação devido às propriedades farmacológicas no tratamento de diversas doenças incluindo as alérgicas. Neste contexto, este trabalho foi focado no extrato Vimang e seu componente majoritário, a mangiferina (Mgf), que tem apresentado atividades biológicas diversas. Sabendo-se que a atividade biológica de um extrato pode ser potencializada pelo sinergismo entre seus componentes, foi avaliado o efeito sinérgico de substâncias isoladas do Vimang, tais como mangiferina, quercetina, catequina, ácido gálico e benzóico. Esses componentes foram combinados e as misturas avaliadas quanto à capacidade em inibir a desgranulação mastocitária. O Vimang, a quercetina e mangiferina inibem a desgranulação mastócitária enquanto catequina, ácido gálico e benzóico não são ativos; e porisso, não foram incluídos na determinação do isobolograma de aditividade, adotado no estudo de sinergismo. O isobolograma de aditividade mostra sinergismo para as concentrações de mangiferina iguais a 5, 10, 20 e 40 ?M e quercetina iguais a 0,2, 1 e 1,6 ?M; e mostra antagonismo para mangiferina 80 ?M e quercetina 0,4 e 0,8 ?M. Tais resultados sugerem que altas concentrações de mangiferina atrapalham a interação sinérgica entre estas substâncias e altas concentrações de quercetina exercem um efeito contrário, ou seja, favorecem o sinergismo entre quercetina e mangiferina. A baixa solubilidade de flavonóides em meio fisiológico levou ao estudo da interação da Mgf com lipossomos de Dimiristoil-L-?-Fosfatidilcolina (DMPC) para aplicação nos ensaios biológicos. A Interação da Mgf com lipossomos de DMPC, bem como a estabilidade lipossomal, foram avaliadas quanto aos efeitos de pH, força iônica e presença de colesterol. O pH influencia a eficiência de incorporação (EI) da Mgf que é maior em pHs ácidos. Em soluções de pH ácido ou fisiológico há aumento de tamanho do lipossomo na presença de Mgf, o que reforça a hipótese de interação desta com a bicamada lipídica. O aumento da força iônica, na ausência de Mgf, diminui a estabilidade do lipossomo. Na ausência de sal, a Mgf favorece a formação de agregados e diminui a estabilidade dos lipossomos e na presença de sal, a Mgf previne a agregação e estabiliza os agregados lipossomais. A EI da Mgf nos lipossomos de DMPC preparados pelo método da injeção etanólica, em pH fisiológico, foram ao redor de 13%. A tentativa de otimizar a EI foi realizada pela adição de colesterol em diferentes proporções lipídio:colesterol. Um aumento de 13% para 17% foi observado para a proporção DMPC:colesterol (9:1). A Mgf livre inibe a desgranulação dos mastócitos de forma concentração-dependente; mas a presença de lipossomos, preparados pelo método da injeção etanólica não altera significativamente esse perfil. A EI da mangiferina em lipossomos de DMPC:colesterol (9:1), preparados pelo método do filme lipídico, foi igual a 45%. Os resultados de potencial antialérgico, para este caso, mostraram que os lipossomos de DMPC favorecem o potencial antialérgico da Mgf em concentrações acima de 25 ?M. Esses resultados abrem perspectivas na busca de sistemas lipossomais mais estáveis e que possam ser aplicados em ensaios biológicos in vitro e in vivo. / The problems due to allergic diseases are currently a highlighted topic due to the increase of people who are showing symptoms and suffering the consequences of rapid changes in the habits of our society. Despite various therapies offered, allergic patients still suffer side effects from the use of anti-allergic drugs. Thus, the search for new alternatives that can alleviate the allergic symptoms becomes relevant. Natural substances have been the subject of intense research due to the pharmacological properties in the treatment of several diseases, including allergic ones. In this context, this work was focused on Vimang extract and its major component, the mangiferin (Mgf), which has shown several biological activities. Given that the biological activity of an extract can be enhanced by the synergism between its components, the synergistic effect of compounds isolated from Vimang such as mangiferin, quercetin, catechin, gallic acid and benzoic acid was evaluated. These components were combined and the mixtures tested for their ability to inhibit mast cell degranulation. The Vimang, quercetin and mangiferin inhibit mast cell degranulation while catechin, gallic acid and benzoic acid are not active and for that reason they were not included in the determination of the isobologram adopted in the synergism study. The isobologram of additivity shows synergism for the concentration of mangiferin equal to 5, 10, 20 and 40 ?M and quercetin equal 0.2, 1 and 1.6 ?M, and shows antagonism for mangiferin 80 ?M and quercetin 0.4 and 0.8 ?M. The low solubility of flavonoids in physiological medium led to the study of the interaction of Mgf with liposomes of L-?-dimyristoyl-phosphatidylcholine (DMPC) for application in biological assays. The interaction of Mgf with DMPC liposomes as well as the liposomal stability was evaluated considering the effects of pH, ionic strength and cholesterol presence. The pH influences the incorporation efficiency (IE) of mangiferin, which is higher in acidic pHs. In solutions of acidic or physiological pH, the liposome size increases in the presence of Mgf, which reinforces the hypothesis of interaction of Mgf with the lipid bilayer. The increased ionic strength in the absence of Mgf decreases the stability of the liposome. In the absence of salt, Mgf favors the formation of aggregates and decreases the stability of the liposomes. When in presence of salt, Mgf prevents the aggregation and stabilizes the liposomal aggregates. The IE of mangiferin in DMPC prepared by the ethanol injection method, at physiological pH, were around 13%. The attempt to optimize the IE was performed by the addition of cholesterol in different proportions lipid:cholesterol. An increase from 13% to 17% was observed for the proportion of DMPC:cholesterol (9:1). Free mangiferin inhibits mast cells degranulation in a dose-dependent manner, but the presence of liposomes prepared by the ethanol injection method does not significantly change this profile. The IE of mangiferin in liposomes of DMPC:cholesterol (9:1), prepared by the method of lipidic film was equal to 45%.The results of antiallergic potential in this case show that DMPC liposomes favor the mangiferin antiallergic potential at concentrations above 25 mM. These results open perspectives in the search for more stable liposomal systems and can be applied to biological assays in vitro and in vivo.
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Caracterização das fases imediata e tardia da resposta inflamatória de tecido pulmonar periférico de cobaias sensibilizadas / Comparison of early and late responses to antigen of sensitized guinea pigs parenchymal lung strips

Lanças, Tatiana 21 September 2006 (has links)
O parênquima pulmonar periférico tem sido estudado como um componente da resposta inflamatória na asma. Durante uma constrição induzida, a resistência do tecido aumenta em diferentes modelos de asma. Aproximadamente 60% dos pacientes asmáticos possuem respostas imediata e tardia. A resposta tardia é caracterizada por obstrução mais grave de vias aéreas. No presente estudo, foi avaliada a mecânica de fatias de parênquima pulmonar em cobaias sensibilizadas com ovoalbumina (OVA), tentando reproduzir ambas as repostas imediata e tardia. A mecânica oscilatória de fatias pulmonares foi realizada em um grupo controle (C), em um grupo de resposta imediata (IM) e em dois grupos de resposta tardia: 17 (T1) e 72 (T2) horas após o último desafio com ovoalbumina. Medidas de resistência (R) e elastância (E) foram obtidas antes e depois do desafio com OVA nos grupos C e IM e antes e depois do desafio com Acetilcolina (ACh) em todos os grupos. Com o uso de morfometria, foram avaliadas as densidades de eosinófilos e de células musculares lisas, assim como o conteúdo de colágeno e elastina nas fatias pulmonares. Os valores de R e E basais e pós-agonista estão aumentados nos grupos IM, T1 e T2 quando comparados com o grupo C (p = 0.001). A análise morfométrica mostrou um aumento na densidade de eosinófilos nas fatias de tecido periférico dos grupos IM e T2 quando comparados com o grupo C (p < 0.05). Houve uma correlação positiva significante entre a densidade de eosinófilos nas fatias de parênquima dos grupos C, T1 e T2 e os valores de R e E pós-ACh (r = 0,71, p = 0.001 e r = 0,74, p < 0.001, respectivamente). Os resultados mostram que o parênquima pulmonar está envolvido na resposta tardia deste modelo de inflamação alérgica crônica e que a resposta constritora nesta fase está relacionada à inflamação eosinofílica. / The peripheral lung parenchyma has been studied as a component of the asthmatic inflammatory response. During induced constriction, tissue resistance increases in different asthma models. Approximately 60% of the asthmatic patients show early and late responses. The late response is characterized by more severe airway obstruction. In the present study, we evaluated lung parenchymal strips mechanics in ovalbumin-sensitized guinea pigs, trying to reproduce both early and late inflammatory responses. Oscillatory mechanics of lung strips were performed in a control group (C), in an early response group (ER), and in two late response groups: 17 (L1) and 72 (L2) hours after the last ovalbumin challenge. Measurements of resistance and elastance were obtained before and after ovalbumin challenge in C and ER groups and before and after Acetylcholine challenge in all groups. Using morphometry, we assessed the density of eosinophils and smooth muscle cells, as well as collagen and elastin content in lung strips. The baseline and post-agonist values of resistance and elastance were increased in ER, L1 and L2 groups compared with C (p = 0.001). The morphometric analysis showed an increase in alveolar eosinophil density in ER and L2 groups compared with C group (p < 0.05). There was a significant correlation between eosinophil density in parenchymal strips of C, L1 and L2 groups and values of resistance and elastance post-Acetylcholine (r = 0.71, p = 0.001 and r=0.74, p < 0.001, respectively). The results show that the lung parenchyma is involved in the late response of this guinea pig model of chronic allergic inflammation and the constriction response in this phase is related to the eosinophilic inflammation.
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Efeito da radiação gama em proteína alergênica de ovos de galinhas poedeiras / Gamma radiation effect on allergen protein of laying hen eggs

Harder, Marcia Nalesso Costa 27 November 2009 (has links)
O ovo é o alimento naturalmente mais completo, uma vez que possui todos os nutrientes necessários, como vitaminas, aminoácidos e minerais essenciais para manter uma vida. Porém, em contra partida, possui várias proteínas promotoras de alergias em considerável parcela da população mundial. Para determinar as proteínas dos alimentos alergênicos, um dos testes mais utilizados é o imunoensaios tais como ELISA (ensaio imunoenzimático - enzyme linked immunosorbent assay), onde o anticorpo reconhece o antígeno e essa conexão é mostrada por um sistema enzimático, em outras palavras, a densidade óptica. O objetivo deste estudo foi determinar a eficiência do anticorpo policlonal, produzido em laboratório, para identificar a presença do antígeno ovomucóide em ovos tratados por irradiação gama para a sua desativação. Para avaliar os tratamentos, o anticorpo policlonal foi produzido em quatro (04) coelhos da raça Nova Zelândia, do sexo feminino, com 45 dias de vida, imunizadas com ovomucóide bioconjugado. Foi utilizado o adjuvante de Freund completo na primeira imunização e a solução tampão PBS, foram realizadas, posteriormente, quatro imunizações a cada quinze dias, mais um reforço 48 horas antes da retirada do plasma sanguíneo. O soro sangüíneo foi titulado por PTA-ELISA (Plate trapped antigen). Todos os procedimentos foram aprovados pelo Comitê de Ética e Experimentação Animal do Instituto de Ciência Animal e Pastagens (IZ) e precedida de acordo com as normas europeias para o bem-estar e ética animal. Foram utilizados ovos comerciais in natura, fornecidos pelo Departamento de Genética da Universidade de Agricultura \"Luiz de Queiroz\" - ESALQ / USP. As amostras foram submetidas à radiação gama proveniente de uma fonte de Co60, do tipo Multipropósito no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), sob uma taxa de dose de 19,4 e 31.8Gy/hora, nas doses: 0 (controle); 10kGy; 20KGy e 30KGy, em todas as taxas. Pelo teste de ELISA, foi encontrado o alérgeno ovomucóide das amostras ovo e, pelo resultado apresentados, constatou-se que o tratamento da radiação não mostrou alterações significativas, quando avaliado por anticorpos policlonais. Assim, podemos concluir que o anticorpo produzido é capaz de identificar a proteína alergênica ovomucóide e, a irradiação gama em tais taxas não apresenta mudanças na estrutura da proteína, por esta forma de avaliação. Porém, apresentou algumas alterações na cor e viscosidade visual das amostras de ovos / The egg is the most complete natural food; it has all the necessary nutrients such as vitamins, aminoacids and essential minerals to maintain a life. However, although, has several proteins that promote allergies in considerable part of the world population. To determine allergenic food proteins, one of the most used tests is the immunoassays such as ELISA (enzyme linked immunosorbent assay), where the antibody recognizes the antigen and this connection is showed by an enzymatic system, in other words, optical density. The aim of this study was to determine the polyclonal antibody efficiency, produced in laboratory, to identify the presence the ovomucoid antigen in treated eggs by gamma irradiation for its inactivation. To evaluate the treatments, polyclonal antibody was produced in four New Zealand female rabbits, at 45 days old, immunized with bioconjugated ovomucoid. Was used Freund Complete Adjuvant at first immunization and PBS Buffer at four subsequently immunizations every fifteen days, plus a booster 48 hours before the blood retreated. The blood serum was tittered by PTAELISA (Plate trapped antigen). All procedures were approved by Institute of Animal Science and Pastures (IZ)´s Committee of Ethical and Animal Experimentation and preceded according to European Norms for ethical and animal welfare. It was used, in nature, commercial laying eggs, from the Genetic Department of Agricultural University Luiz de Queiroz ESALQ/USP. So the samples were submitted to the gamma radiation coming from a source of Co60, type Multipurpose at the Energetically Researches and Nuclear Institute (IPEN), under a dose rate of 19.4 and 31.8Gy/hour, in the doses: 0 (control); 10KGy; 20KGy and 30KGy, in all rates. By the ELISAs test we can find the egg allergen ovomucoid and the radiation treatment do not showed considerable changes. So we can concluded that the antibody produced is capable of identify the ovomucoid allergenic protein and the gamma irradiation in such rates does not shows changes in that protein, therefore showed some changes in the color and visual viscosity of the egg samples
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Interação entre anticorpos específicos e células dendríticas de pacientes alérgicos. / Interaction among specific antibodies and dendritic cells from allergic patients.

Cruz, Renata Harumi 21 March 2018 (has links)
A atopia caracteriza-se pela tendência de um indivíduo a produzir IgE em quantidade elevada, em resposta a um alérgeno específico, levando ao desenvolvimento de asma, rinite ou eczema. Todavia, a manifestação do fenótipo da alergia depende da interação de fatores genéticos e exposição a alérgenos ambientais. Desta forma, o alérgeno é processado e apresentado aos linfócitos T, que desenvolvem uma resposta imune Th2, exacerbada característica da atopia. A principal célula que está envolvida na comunicação entre a imunidade inata e adaptativa é a célula dendrítica (DC) cuja função é capturar, processar e apresentar o antígeno aos linfócitos. As DCs imaturas capturam o antígeno e migram do tecido para o órgão linfóide periférico, onde elas se diferenciam em DCs maduras e apresentam o antígeno aos linfócitos T naive. Assim, os linfócitos T naive podem se diferenciar em subtipos de linfócitos efetores como: linfócitos Th1 e Th2. Esses linfócitos auxiliam na produção de anticorpos pelos linfócitos B na resposta imune humoral contra patógenos específicos. O sistema imune humoral compreende cinco classes de imunoglobulinas: IgG, IgM, IgD, IgE e IgA e sua produção sofre influência da imunidade celular. Desta forma, alérgenos provenientes de ácaros como, Dermatophagoides pteronyssinus, podem levar à inflamação alérgica, alterando a produção de anticorpos. Tendo em vista evidências que demonstram a interação das DCs com anticorpos, propomos investigar sua influência na apresentação dos principais alérgenos da poeira domiciliar e sua modulação sobre a resposta imune em indivíduos alérgicos e não alérgicos. / Atopy is characterized by the trend of an individual to produce high amounts of IgE in response to a specific allergen, leading to the development of asthma, rhinitis or eczema. However, the manifestation of the allergy phenotype depends on the interaction of genetic factors and exposure to environmental allergens. In this way, the allergen is processed and presented to the T lymphocytes, which develop a Th2 immune response, exacerbated characteristic of atopy. The main cell that is involved in the communication between innate and adaptive immunity is the dendritic cell (DC) whose function is to capture, process and present the antigen to lymphocytes. Immature DCs capture the antigen and migrate from the tissue to the peripheral lymphoid organ, where they differentiate into mature DCs and present the antigen to naive T lymphocytes. Thus, naive T lymphocytes can differentiate into subtypes of effector lymphocytes such as Th1 and Th2 lymphocytes. These lymphocytes assist in the production of antibodies by B lymphocytes in the humoral immune response against specific pathogens. The humoral immune system comprises five classes of immunoglobulins: IgG, IgM, IgD, IgE and IgA and their production is influenced by cellular immunity. In this way, allergens from mites such as Dermatophagoides pteronyssinus, can lead to allergic inflammation, altering the production of antibodies. In view of evidence demonstrating the interaction of DCs with antibodies, we propose to investigate their influence on the presentation of the main house dust allergens and their modulation on the immune response in allergic and non-allergic individuals.
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Asma experimental em linhagens de camundongos selecionados para mínima (AIRmin) ou máxima (AIRmax) resposta inflamatória aguda. / Experimental asthma in mice selected for minimum (AIRmin) or maximum (AIRmax) acute inflammatory response.

Castro, Juciane Maria de Andrade 12 August 2010 (has links)
Asma é uma doença inflamatória pulmonar crônica usualmente associada com imunidade do tipo 2, eosinofilia pulmonar, hiperreatividade brônquica (AHR), hiper-produção de muco e altos níveis de IgE. Indíviduos asmáticos podem responder aos alérgenos por duas distintas fases: uma fase imediata (EPR) e uma fase tardia (LPR), ambas não reproduzidas na maioria dos modelos murinos de asma. No presente trabalho utilizamos camundongos AIRmax e AIRmin. Verificamos que camundongos AIRmin respondem com uma AHR intrínseca a metacolina. Esta resposta intensa correlacionou-se com uma menor expressão de receptores muscarínicos do tipo 2. Camundongos AIRmax sensibilizados e desafiados com OVA, ao contrário dos AIRmin, desenvolveram LPR e AHR a MCh. Os AIRmax apresentam um denso infiltrado inflamatório com predominância de eosinófilos, uma elevada produção de muco, citocinas (IL-5 e IL-13) e anticorpos anafiláticos IgE e IgG1. De forma surpreendente animais AIRmax desenvolvem quadro alérgico pulmonar crônico que cursa com AHR a MCh e uma inflamação pulmonar com infiltrado de eosinófilos com deposição de colágeno no tecido pulmonar além de uma produção elevada de anticorpos anafiláticos. Em conclusão desenvolvemos um novo modelo murino de asma. / Asthma is a chronic inflammatory lung disease usually associated to Type 2 T helper cells, lung eosinophilia, airway hyper-reactivity (AHR), mucus hyper-secretion and increased titers of IgE. Asthmatic individuals may react to allergens by two distinct phases: an immediate phase (EPR) and a late phase (LPR) both phases were not reproduced in classical murine models of asthma. In the present study we use AIRmax AIRmin mice. We found that AIRmin mice exposed to methacholine presented intense intrinsic AHR. This intense reaction was related to a lower expression of muscarinic type 2 receptors. AIRmax mice sensitized and challenged with OVA, unlike AIRmin developed LPR and AHR to MCh. The AIRmax also developed a dense inflammatory infiltrate containing predominantly eosinophils, hyper-secretion of mucus, cytokines (IL-5 and IL-13) and anaphylactic antibodies (IgE and IgG1). Surprisingly AIRmax mice develop chronic pulmonary allergic framework that leads to AHR to MCh and lung inflammation with eosinophilic infiltration with collagen deposition in lung tissue and a high production of anaphylactic antibodies. In conclusion, we developed a new murine model of asthma.
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O estresse físico modula a mecânica de tecido pulmonar periférico, a expressão de citocinas e o estresse oxidativo em cobaias com inflamação alérgica crônica / Physical stress modulates lung tissue mechanics, cytokines and oxidative stress activation in guinea pigs with chronic allergic inflammation

Reis, Fabiana Gomes dos 23 September 2009 (has links)
Existem evidências de que o estresse exerce papel importante na piora dos sintomas da asma, mas os exatos mecanismos que os interligam ainda não estão elucidados, principalmente no parênquima distal. Recentemente tem sido enfatizada a importância do parênquima pulmonar na modulação das alterações funcionais, inflamatórias e de remodelamento que caracterizam os quadros asmáticos. Cabe ressaltar, que tais alterações tem sido observadas tanto em humanos quanto em modelos de inflamação pulmonar alérgica crônica. Objetivos: Nossos objetivos foram avaliar se a mecânica de tecido pulmonar periférico, a ativação de vias de estresse oxidativo, a expressão celular de citocinas, o recrutamento eosinofílico e o processo de remodelamento da matriz extracelular podem ser modulados pelo estresse físico repetido, induzido pela natação forçada, em cobaias com inflamação alérgica crônica pulmonar. Métodos: Os animais foram expostos a sete inalações com doses crescentes de ovoalbumina (1~5mg/ml) ou soro fisiológico por quatro semanas (grupos OVA e SAL). Após 24 horas da quarta inalação os animais foram submetidos ao protocolo de natação forçada, considerado um modelo de indução de estresse gerado por esforço pela sobrevivência com dificuldade de escapar (grupos SAL-E e OVA-E). Os animais foram expostos ao protocolo de estresse por dois períodos de cinco dias, intercalados por dois dias após os cinco primeiros dias. Após 72 horas da sétima inalação os animais foram anestesiados, exsanguinados e fatias de tecido pulmonar periférico foram retiradas e submetidas à avaliação de mecânica oscilatória. Foram avaliadas a resistência (Rt), a elastância (Et) e a histerisividade (h) em condições basais e após desafio com ovoalbumina e acetilcolina. Os resultados de Rt e Et foram expressos em % de aumento em relação aos valores basais. As fatias de tecido pulmonar periférico foram então submetidas à avaliação histopatológica e imunohistoquímica para quantificação do número de eosinófilos, do conteúdo de colágeno, actina e de 8-iso-PGF2a e do número de células positivas para IL-2, IL-4, IL-5, IL-13, IFN-g e iNOS. As duas glândulas adrenais foram retiradas, pesadas e seu peso foi corrigido pelo peso total do animal. Os níveis séricos de catecolaminas (adrenalina, noradrenalina e dopamina) e do cortisol também foram obtidos. Resultados: Houve aumento na %Rt, %Et tanto após o desafio antigênico bem como após o contato com o agonista constritor, no número de eosinófilos, no conteúdo de 8-iso-PGF2a, de fibras colágenas e de actina, no número de células positivas para IL-4, IL-5, IL-13 e iNOS no septo alveolar dos animais expostos à ovoalbumina (grupos OVA e OVA-E) quando comparados aos animais expostos ao soro fisiológico (grupos SAL, p<0,05 para todas as comparações). As cobaias sensibilizadas e submetidas ao protocolo de estresse (grupo OVA-E) apresentaram aumento na %Rt e %Et após o desafio antigênico quando comparadas ao grupo OVA (p<0,05). Em relação à avaliação de mecânica pulmonar periférica após o desafio com acetilcolina, observamos aumento apenas na %Et no grupo OVA-E comparativamente ao grupo OVA (p<0,05). Houve aumento no numero de células IL-4 positivas, no conteúdo de 8-iso-PGF2a e de actina nos animais OVA-E comparativamente aos animais do grupo OVA (p<0,05). Considerando o grupo SAL-E houve aumento da %Rt e %Et após desafio com o agonista constritor, no número de células positivas para iNOS, IFN-g, IL-2, IL-5 e IL-13, bem como no conteúdo de 8-iso-PGF2a comparativamente ao grupo SAL (p<0,05). Finalmente, o peso relativo das adrenais e os níveis de cortisol sérico foram maiores nos grupos submetidos ao estresse físico (grupos SAL-E e OVA-E) quando comparados aos grupos não estressados (grupos SAL e OVA, p<0,004). Não houve diferença nos níveis séricos das catecolaminas entre os quatro grupos experimentais. Conclusões: A natação forçada repetida como modelo de estresse foi capaz de causar alterações funcionais como a constrição do parênquima pulmonar bem como aumento da expressão de citocinas e da produção de 8-iso-PGF2a, marcador da ativação de vias do estresse oxidativo. Além disso, neste modelo de inflamação crônica pulmonar, a exposição repetida à natação forçada foi capaz de potencializar a constrição do parênquima pulmonar. Esta alteração funcional associou-se ao aumento do conteúdo de actina e de 8-iso-PGF2a e do número de células IL-4 positivas no septo alveolar. Estes resultados sugerem que tanto a ativação inflamatória quanto o estresse oxidativo estão envolvidos na modulação da resposta inflamatória crônica pulmonar pelo estresse físico repetido. / There are evidences showing that stress can worsen asthma symptoms, but the exact mechanisms that link them are not clarified, especially in the distal lung parenchyma. Recently, the importance of the lung parenchyma has been emphasized in the modulations of the functional alterations, inflammatory and remodeling that characterizes asthma. These alterations have been observed in humans as well as experimental models of chronic allergic pulmonary inflammation. Objectives: Our goals were to evaluate if lung tissue mechanics, activation of oxidative stress pathways, cytokines cellular expressions, eosinophil recruitment and the remodeling process of the extracellular matrix can be modulated by repeated physical stress, induced by forced swimming, in guinea pigs with chronic allergic pulmonary inflammation. Methods: Animals were exposed to seven inhalations with ovalbumin increased doses (1~5mg/ml) or saline solution during four weeks (OVA and SAL groups). Twenty-four hours after the fourth inhalation animals were submitted to forced swimming protocol, that is a type of an unavoidable stress that induces an effort for survival with an escape deficit (SAL-E and OVA-E groups). Animals were exposed to the stress protocol for two periods of five days, intercalated by two days. Seventy-two hours after the seventh inhalation animals were anesthetized, lung strips were removed and submitted to oscillatory mechanic evaluation. Resistance (Rt), elastance (Et) and hysteresivity were evaluated at base line and after OVA and acetylcholine challenge in bath. Rt and Et results were expressed as a % of baseline values. The pulmonary tissue strips were then submitted to histological and Immunohistochemistry analysis, to quantify the number of eosinophils, collagen, actin, 8-iso-PGF2a content and the number of positive cells for IL-2, IL-4, IL-5, IL-13, IFN-g and iNOS. Both adrenal glands were removed and weighted. The weight of the adrenal glands was corrected by the animals total weight. The serum levels of catecholamine (epinephrine, norepinephrine and dopamine) and cortisol were also obtained. Results: There was an increase in Rt%, Et% after the antigenic challenge as well as after the acetylcholine challenge, in the number of eosinophils, 8-iso-PGF2a content, collagen and actin fibers and in the number of IL-4, IL-5, IL-13 and iNOS positive cells in the alveolar septum of the animals exposed to ovalbumin (OVA and OVA-E groups) when compared to the animals exposed to saline solution (SAL, p<0.05 for all comparisons). The sensitized guinea pigs submitted to the stress protocol (OVA-E group) presented an increase in Rt% and Et% after the OVA challenge when compared to the OVA group (p<0.05). Due to the acetylcholine challenge, we observed an increase only in the Et% in OVA-E group compared the OVA group (p<0.05). There was an increase in the IL-4 positive cells, in the 8-iso-PGF2a and actin content in OVA-E animals compared to OVA group (p<0.05). Considering the SAL-E group there was an increase in Rt% and Et% after acetylcholine challenge, in the number of iNOS, IFN-g, IL-2, IL-5, and IL-13 positive cells, as well as in the 8-iso-PGF2a content compared to SAL group (p<0.05). Finally, the relative adrenal weight and the serum cortisol levels were greater in the groups submitted to physical stress (SAL-E e OVA-E groups) when compared to the non-stressed groups (SAL and OVA groups, p<0.05). There was no difference in the catecholamine serum levels among the four experimental groups. Conclusion: The repeated forced swimming, as a stress model was capable of causing functional alterations like lung tissue constriction and increase in cytokines expression and 8-iso-PGF2a production. Besides that, in this chronic pulmonary inflammation, the repeated exposure to forced swimming was capable of empowering lung tissue constriction. This functional alteration was associated with an augmentation in actin and 8-iso-PGF2a content and in the number of IL-4 positive cells in the alveolar septum. These results suggest that activation of inflammatory and oxidative stress pathways were involved in the modulation of stress responses in this animal model of chronic lung inflammation.

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