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An?lise clad?stica das subfam?lias de Hahniidae Bertkau, 1878 : (Arachnida, Araneae)

Lo Man Hung, Nancy Fran?a 28 June 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:09:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 451925.pdf: 8499768 bytes, checksum: 8ba01cc3c11aa4647b1decc86f93c1ba (MD5) Previous issue date: 2013-06-28 / The present work aimed to study the phylogenetic relationships and test the monophyly of the subfamilies of Hahniidae. Thus, this study was divided into two parts: the first is an introduction consisting of a brief literature review on Hahniidae and, the second part is written manuscript for publication in English: Article: Cladistic analysis of the subfamilies of the comb-tailed spider (Araneae: Hahniidae), manuscript will be submitted to Zoologica Scripta (Factor 2913 - A1). In the manuscript we performed a parsimony analysis with heuristic search, characters unordered and with equal weights for all characters, resulting in relationship hypothesis (L = 412, CI = 37, RI = 53) between 30 terminals and 106 morphological characters, 63 somatic, 42 sexual and one from behavior. This is the first phylogenetic hypothesis for the family based on morphological characters and composed of members of all three subfamilies of Hahniidae. The ingroup was composed of 14 species of Hahniinae, five species of Cybaeolinae, five species of Cryphoecinae, two species incertae sedis, and the outgroup composed of members of Dictynidae, Cybaeidae, Agelenidae and Amaurobidae. In this hypothesis, Hahniidae as is currently defined, is not a monophyletic group, Cryphoecinae is monophyletic and related with Cybaeidae and Dictynidae, other hahniids appear as the sister group to Dictynidae. Both, Cybaeolinae and Hahniinae are not a monophyletic group. Cybaeolinae seems to be composed only by gender Cybaeolus, while for Hahniinae more studies are needed to define the relationships between the genera that comprise this subfamily, especially an extensive review of the genus Hahnia. / O presente trabalho visou estudar as rela??es filogen?ticas e testar o monofiletismo das subfam?lias de Hahniidae. Sendo assim, este trabalho foi dividido em duas partes: a primeira ? uma apresenta??o geral composta por uma breve revis?o liter?ria sobre Hahniidae e a segunda parte ? um artigo, redigido em ingl?s, e em formato de artigo para publica??o: Artigo: Cladistic analysis of the subfamilies of the comb-tailed spider (Araneae: Hahniidae), artigo ser? submetido para a revista Zoologica Scripta (Fator 2.913 A1). No artigo foi realizada uma an?lise de parcim?nia com buscas heur?sticas, caracteres n?o ordenados e com pesos iguais para todos os caracteres, resultando em uma hip?tese de relacionamento (L= 412, CI= 37, RI= 53) entre 30 terminais e 106 caracteres morfol?gicos, sendo 63 som?ticos, 42 sexuais e um comportamental. Esta ? a primeira hip?tese filogen?tica para a fam?lia baseada em caracteres morfol?gicos e composta por integrantes das tr?s subfam?lias de Hahniidae. O grupo interno foi composto por 14 esp?cies de Hahniinae, cinco esp?cies de Cybaeolinae, cinco esp?cies de Cryphoecinae, duas esp?cies incertae sedis e, o grupo externo composto por integrantes de Dictynidae, Cybaeidae, Agelenidae e Amaurobidae. Nesta hip?tese, Hahniidae como est? atualmente delimitada, n?o ? um agrupamento monofil?tico, Cryphoecinae ? monofil?tico e parece relacionada com Cybaeidae e Dictynidae, os demais hahniideos aparecem como grupo irm?o de Dictynidae. Tanto Cybaeolinae quanto Hahniinae n?o formam um grupo monofil?tico. Cybaeolinae parece ser composta apenas pelo g?nero Cybaeolus, enquanto que para Hahniinae s?o necess?rios mais estudos para definir os relacionamentos entre os g?neros que comp?em esta subfam?lia, especialmente uma revis?o extensiva do g?nero Hahnia.
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Revis?o sistem?tica das esp?cies de Vinnius Simon, 1902 e a proposi??o de dois novos g?neros (Araneae, Salticidae)

Braul J?nior, Augusto 28 December 1998 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:09:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 453999.pdf: 11077800 bytes, checksum: 3e05ff8e4977adc261dae6e129f932be (MD5) Previous issue date: 1998-12-28 / The genus Vinnius was proposed by Simon in 1902. The species included in it up to now are: Vinnius subfasciatus (C. L. Koch, 1846), Vinnius maculaticeps Simon, 1902, Vinnius uncatus Simon, 1902, Vinnius carinatus Simon, 1902, Vinnius calcarifer Simon, 1902, Vinnius lartiguei Simon, 1903, Vinnius petropolis (MeIlo-Leit?o, 1943), Vinnius reticulatus Mello-Leit?o, 1943 and Vinnius paranaensis Mello-Leit?o, 1947, all from the Neotropical Region. After the examen of the types of all species it was possible to evidence that Vinnius calcarifer Simon, 1902 and Vinnius carinatus Simon, 1902 are not congeneric with Vinnius maculaticeps Simon, 1902, the type-species selected by him for the new proposed genus. Supported by this fact, two new genera are proposed. The genus Arnoliseus, with two species, A. caicarifer (Simon, 1902), a new combination and A. graciosa sp.n. and the genus Frespera also with two species, F. carinata (Simon, 1902), new combination and F. meridionalis sp.n. Vinnius maculaticeps is consideres a junior synonym of Vinnius subfasciatus (C.L.Koch, 1846), Vinnius Iartiguei Simon, 1903 of Vinnius uncatus Simon, 1902 and Vinnius paranaensis Mello-Leit?o, 1947 of Vinnius calcarifer. Vinnius reticulatus Mello-Leit?o, 1942 is transfered to the genus Chira. Vinnius petropolis is considered a species Inquirenda. After this study the genus Vinnius remains with only four species: Vinnius subfasciatus (C. L. Koch, 1846), Vinnius uncatus Simon, 1902, and the two new ones herein proposed Vinnius buzius sp.n. and Vinnius camacan sp.n. The females of Arnoliseus calcarifer (Simon, 1902) and, F. carinata (Simon, 1902) are described for the first time. / O g?nero Vinnius Simon, 1902, apresenta nove esp?cies: V. subfasciatus (C. L. Koch, 1846), Vinnius maculaticeps Simon, 1902, V. Uncatus Simon, 1902, V. carinatus Simon, 1902, V. calcarifer Simon, 1902, V. Iartiguei Simon, 1903, V. petropolis (Mello-Leit?o, 1943), V. reticulatus Meio-Leit?o, 1943, V. paranaensis Mello-Leit?o, 1947 todas Neotropicais. Com o estudo dos tipos, p?de- se comprovar que Vinnius calcarifer Simon, 1902 e V. carinatus Simon, 1902 n?o s?o congen?ricas com V. maculaticeps Simon, 1902, esp?cie-tipo do g?nero, o que torna possivel a proposi??o de dois novos g?neros. Prop?e-se o g?nero Arnoliseus para abrigar A. calcarifer (Simon, 1902) comb. nov, e mais uma nova esp?cie; A. graciosa sp.n e o g?nero Frespera para abrigar F. carinata (Simon, 1902) comb. nov e Frespera meridionalis sp.n. Vinnius maculaticeps ? considerado sin?nimo j?nior de Vinnius subfasciatus; V. lartiguei de V. Uncatus, V. paranaensis Mello-Leit?o de A. calcarifer, e V. reticulatus ? transferido para Chira. Vinnius petropolis ? considerado species Inquirenda. O g?nero Vinnius fica restrito ? apenas quatro esp?cies; V. subfasciatus, V. uncatus e duas novas; V. buzius sp.n. e V. camacan sp.n. Descreve-se pela primeira vez, as f?meas de A. calcarifer (Simon, 1902) e Frespera carinata (Simon, 1902).
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Revisão e análise cladí­stica das espécies do gênero Sphecozone O. P.-Cambridge, 1870 (Araneae, Linyphiidae, Erigoninae) / Revision and cladistic analysis of species from genus Sphecozone, O. P.Cambridge, 1870 (Araneae, Linyphiidae, Erigoninae).

Lemos, Rafael Yuji 04 May 2018 (has links)
O gênero Sphecozone O.P.-Cambridge, 1870 inclui 34 espécies e tem S. rubescens como espécie-tipo. Com exceção do norte-americano S. magnipalpis Millidge 1993, todas as espécies do gênero ocorrem apenas nos Neotrópicos. Miller e Hormiga (2004) propuseram o monofiletismo de Sphecozone, suportado pela perda de paracímbio e crista do radix, e a origem de um átrio, e estabeleceram Tutaibo Chamberlin, 1916 como seu grupo irmão, relacionando-o a Ceratinopsis Emerton, 1882, Dolabritor Millidge, 1991 Intecymbium Miller, 2007 Gonatoraphis Millidge, 1991 e Psilocymbium Millidge, 1991 com base na ausência ou redução de paracímbio, estrutura presente nos palpos dos machos da superfamília Araneoidea. Apesar deste resultado, Miller e Hormiga (2004) e Miller (2007) sugerem que a relação interna e monofilia de Sphecozone é duvidosa, e hipóteses sobre a revalidação de um dos gêneros que foi sinonimizado, como Hypselistoides, Tullgren, 1901 Brattia Simon, 1894, Clitolyna Simon, 1894 e Gymnocymbium Millidge 1991 também são discutidos. Neste contexto, este projeto tem como objetivo testar essas hipóteses. A partir de uma matriz de dados contendo um total de 77 caracteres e 41 táxons terminais (8 do grupo externo, 28 do grupo interno e 5 espécies novas) uma análise através de uma busca heurísticas tradicional resultou em apenas duas árvores mais parcimoniosas com 294 passos (IC=0,30; IR=0,57). As topologias obtidas corroboram as hipóteses de Miller e Hormiga (2004) e Miller (2007), ou seja, Sphecozone, não forma mais um grupo monofilético e possui, agora, apenas duas espécies, S. rubescens, O. Pickard-Cambridge, 1871 e S. nitens Millidge, 1991, suportado pela presença de apófise ventral do címbio, perda do paracímbio e papilas no tégulo, cauda do radix reta, perda do tricobótrio prolateral da tíbia do palpo do macho, forma do epígino fortemente ovalado, e presença do tricobótrio no metatarso IV, tendo como grupo irmão o gênero Tutaibo Chamberlin, 1916. As demais espécies estão distribuídas em outros dois gêneros revalidados: um deles Hypselistoidyes, contendo H. altehabitans (Keyserling, 1886) comb. nov., H. capitatus (Millidge, 1991) comb. nov., H. corniculans (Millidge, 1991) comb. nov., H. cornutus (Millidge, 1991) comb. nov., H. crinitus (Millidge, 1991) comb. nov., H. diversicolor (Keyserling, 1886) comb. nov., H. ignigenus (Keyserling, 1886) comb. nov., H. labiatus (Keyserling, 1886) comb. nov., H. lobatos (Millidge, 1991) comb. nov, H. modestus (Nicolet, 1849) comb. nov., H. modicus (Millidge, 1991) comb. nov., H. nigripes (Millidge, 1991) comb. nov., H. niwinus (Chamberlin, 1916) comb. nov., H. rubicundus (Keyserling, 1886) comb. nov. e uma espécie nova, e outro Clytolina, contendo Clytolina fastibilis (Keyserling, 1886) comb. nov., as espécies C. castânea, (Millidge, 1991) comb. nov., C. novaeteutoniae, (Baert, 1987) comb. nov. e C. spadicaria (Simon, 1894) comb. nov., C. crassa (Millidge, 1991) comb. nov., C. gravis (Millidge, 1991) comb. nov. e C. formosa (Millidge, 1991) comb. nov., C. prativaga (Keyserling, 1886) comb. nov., C. personata (Simon, 1894) comb. nov., C. alticeps (Millidge, 1991) comb. nov., C. rostrata (Millidge, 1991) comb. nov., C. tumidosa (Keyserling, 1886) comb. nov., C. venialis (Keyserling, 1886) comb. nov., C. varia (Millidge, 1991) comb. nov., e duas espécies novas, Clitolyna sp.nov.01 e Clitolyna sp.nov.02. Um gênero novo também será proposto para acomodar as espécies Gen.nov. magnipalpis (Millidge, 1993), Gen.nov. sp.nov.01 e Gen.nov. sp.nov.02 / The genus Sphecozone O. P.-Cambridge, 1870 includes 34 species and has S. rubescens as its type-species. Except for the North American S. magnipalpis Millidge 1993, all species of the genus occur only in the Neotropics. Miller and Hormiga (2004) proposed the monophyly of Sphecozone, supported by the loss of paracymbium and radical ridge, and the origin of an atrium, and established Tutaibo Chamberlin, 1916 as its sister group, relating it to Ceratinopsis Emerton, 1882 Dolabritor Millidge, 1991 Intecymbium Miller, 2007 Gonatoraphis Millidge, 1991 and Psilocymbium Millidge, 1991 based on the absence or reduction of paracymbium, structure present in the palps of males of the superfamily Araneoidea. Despite this result, Miller and Hormiga (2004) and Miller (2007) suggest that the internal relationship and monophyly of Sphecozone is doubtful, and hypotheses about revalidation of one of the genus which was synonymized, as Hypselistoides Tullgren, 1901 Brattia Simon, 1894 , Clitolyna Simon, 1894, Gymnocymbium Millidge 1991 are also discussed. In this context, this project aims to test these hypotesys. From a data matrix containing a total of 77 characters and 41 terminal taxa (8 outgroup, 28 ingroup and 5 new species) an analysis through a traditional heuristic search resulted in only two most parsimonious trees with 294 steps (CI = 0.30, IR = 0.57). The topologies obtained corroborate the hypotheses of Miller and Hormiga (2004) and Miller (2007), that is, Sphecozone no longer forms a monophyletic group and has only two species, S. rubescens O. Pickard-Cambridge, 1871 and S. nitens Millidge, 1991, supported by the presence of ventral cymbal apophysis, loss of paracymbium and papillae in the tegulum, straight tailpeace of the radix, loss of the prolateral trichobotrium of tibia from males palpus, strongly oblong epiginum, and the presence of a metatarsus IV trichobotrium. The other species are distributed in two other revalidated genera: Hypselistoidyes, with H. altehabitans (Keyserling, 1886) comb. nov., H. capitatus (Millidge, 1991) comb. nov., H. corniculans (Millidge, 1991) comb. nov., H. cornutus (Millidge, 1991) comb. Nov., H. crinitus (Millidge, 1991) comb. nov., H. diversicolor (Keyserling, 1886) comb. nov., H. ignigenus (Keyserling, 1886) comb. nov., H. labiatus (Keyserling, 1886) comb. nov., H. lobatus (Millidge, 1991) comb. nov, H. modestus (Nicolet, 1849) comb. nov., H. modicus (Millidge, 1991) comb. nov., H. nigripes (Millidge, 1991) comb. nov., H. niwinus (Chamberlin, 1916) comb. nov., H. rubicundus (Keyserling, 1886) comb. nov. and one new species, and Clitolyna, with C. fastibilis (Keyserling, 1886) comb. nov., C. castanea (Millidge, 1991) comb. nov., C. novaeteutoniae (Baert, 1987) comb. nov. and C. spadicaria (Simon, 1894) comb. Nov., C. crassa (Millidge, 1991) comb. nov., C. gravis (Millidge, 1991) comb. nov. and C. formosa (Millidge, 1991) comb. nov., C. prativaga (Keyserling, 1886) comb. nov., C. personata (Simon, 1894) comb. nov., C. alticeps (Millidge, 1991) comb. nov., C. rostrata (Millidge, 1991) comb. nov., C. tumidosa (Keyserling, 1886) comb. nov., C. venialis (Keyserling, 1886) comb. nov., C. varia (Millidge, 1991) comb. nov., and two new species. A new genus will also be proposed to accommodate Gen.nov magnipalpis (Millidge, 1993), Gen. nov. sp.nov.01 and Gen.nov. sp.nov.02
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Efeito de clareiras naturais sobre as assembléias de formigas (Formicidae) e aranhas (Araneae) num trecho de Mata Atlântica

Peres, Marcelo Cesar Lima January 2012 (has links)
Submitted by Mendes Eduardo (dasilva@ufba.br) on 2013-07-15T18:32:45Z No. of bitstreams: 1 Tese PeresMCL_Versão Biblioteca.pdf: 1568736 bytes, checksum: 9ce5d6198ce7502dd50d2bbcc5e19009 (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Valéria de Jesus Moura (anavaleria_131@hotmail.com) on 2016-06-21T17:48:05Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese PeresMCL_Versão Biblioteca.pdf: 1568736 bytes, checksum: 9ce5d6198ce7502dd50d2bbcc5e19009 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-06-21T17:48:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese PeresMCL_Versão Biblioteca.pdf: 1568736 bytes, checksum: 9ce5d6198ce7502dd50d2bbcc5e19009 (MD5) / As florestas tropicais abrigam a maior biodiversidade de árvores do planeta (Burslem et al., 2001). Estas florestas não são homogêneas, pois os distúrbios naturais promovem a heterogeneidade de hábitats ao longo do tempo, levando à formação de complexos mosaicos de vegetação (Richard, 1996). Dentre as florestas tropicais, destaca-se a Floresta Atlântica brasileira por abrigar cerca de 20.000 espécies de plantas, sendo 8.000 endêmicas e 2.315 espécies de vertebrados, 725 endêmicas (Conservation Internacional et al., 2012). Muitas destas espécies encontram-se ameaçadas, podendo citar: 55 espécies de aves, 21 de mamíferos e 14 de anfíbios (Conservation Internacional et al., 2012). Apesar desta elevada riqueza em espécies e alto grau de endemismo, historicamente, a floresta atlântica sofreu um intenso e contínuo processo de desflorestamento (Hirota, 2003). Estudos recentes revelam que, num intervalo de 15 anos (1985-2000), ocorreu a perda drástica de cerca 11.650 km2 da cobertura vegetal desta floresta (Hirota, 2003). Este desflorestamento levou a uma redução de cerca 92% de sua área original (Myers et al., 2000), que atualmente restringe-se a apenas 99.944km2 (Conservation Internacional et al., 2012). Diante deste panorama, a floresta atlântica figura entre os cinco mais importantes no ranking dos 34 hotspots mundiais (Mittemiers et al., 2005). A floresta atlântica abrange amplas formações vegetais tropicais e subtropicais, revelando uma composição extremamente heterogênea (Tabarelli et al., 2005). A origem desta heterogeneidade está nas perturbações naturais e têm papel relevante na estruturação de comunidades (Levey, 1988; Brandani et al.,1988; Richard,1996). As perturbações naturais aumentam a heterogeneidade de hábitat, permitindo a especialização e a divisão de recursos10 entre as espécies, e, portanto, previnem a exclusão competitiva e promovem a diversidade (Connell, 1978; Denslow, 1980; Pickett & White, 1985). A forma mais visível de perturbação em ambientes de florestas é a formação de clareiras, causadas pela queda de uma ou mais árvores, formando uma abertura no dossel (Green, 1996; Richard, 1996). As clareiras naturais são responsáveis pela regeneração de florestas tropicais, contribuindo de forma significativa para sua diversidade florística (Brokaw, 1982a; Denslow & Hartshorn, 1994). Estas pequenas perturbações têm um papel importante na dinâmica ecológica, influenciando o crescimento das plantas, as estratégias de defesa anti-herbívoros (Coley et al., 1985; Schupp & Feener, 1991) e a diversidade de plantas lenhosas (Schnitzer & Carson, 2001). Este fato está relacionado às condições ambientais (Denslow & Hartshorn, 1994), pois existe uma grande diferença no microclima entre os ambientes de mata madura e de clareira natural (Chazdon & Fetcher, 1984; Levey, 1988; Whitmore et al., 1993), que leva a diferenças substanciais na estrutura e composição da vegetação (Denslow, 1980; Levey, 1988). A regeneração via clareiras promove regeneração de espécies pioneiras e primárias, provocando mudanças acentuadas na dinâmica das populações de árvores, nas taxas de crescimento e no recrutamento (Brokaw, 1985b). Portanto, tem sido considerado heterogeneidade um estrutura mecanismo e essencial para diversidade das florestas da manutenção (Denslow, 1980; Whitmore, 1996; Schnitzer & Carson, 2001). A duração da regeneração das clareiras pode ser determinada pela sua superfície (Brokaw, 1985a; Denslow, 1980; Runkle, 1985), relevo (Tabarelli e Mantovani, 1999), severidade do distúrbio (Runkle, 1985) e vegetação pré-existente (Dalling et al., 1998). As clareiras possuem quatro fontes de regeneração (Schnitzer & Carson, 2001). (i) A partir de sementes: surgimento de sítios favoráveis permite a colonização por pioneiras que compõem o banco de sementes no solo (Baider et al., 1999), presentes antes da abertura da clareira. Estas pioneiras favorecem o estabelecimento de outras, pois criam abrigo para dispersores, promovem melhoria na fertilidade edáfica e fornecem hábitats adequados ao recrutamento (Baider et al., 1999). (ii) A regeneração a partir de plântulas ou jovens pré- estabelecidos, quando as plântulas e plantas jovens tolerantes à sombra, presentes no sub-bosque antes da formação da clareira, crescem rapidamente. (iii) A regeneração vegetativa, quando árvores ou arbustos no interior da clareira, ou lianas puxadas pela queda da árvore, produzem numerosos brotos clonais, e (iv) A regeneração a partir da vegetação adjacente, quando lianas, herbáceas e galhos do dossel circundantes preenchem lateralmente o espaço aberto pela clareira. As clareiras naturais influenciam a distribuição espacial e temporal de plantas e, consequentemente, afetam os animais que interagem com estes organismos (Stiles, 1975; Thompson, 1980; Dunn, 2004). Áreas de borda da mata também podem provocar alterações dos processos biológicos (Cerqueira et al., 2005) similares à uma clareira. Com influência direta ou indireta sobre a composição e riqueza em espécies (Murcia, 1995). Por exemplo, Oliveira-Alves et al. (2005), observaram que a composição de espécies de aranhas em um fragmento urbano de Mata Atlântica apresentaram baixa similaridade entre borda e interior da mata e a diversidade foi maior na borda. Processos similares são conhecidos para as formigas (Majer et al., 1997). Há necessidade de se investigar se os ambientes de borda podem oferecer ambientes adequados a espécies típicas de clareiras naturais e vice-versa. Os estudos com clareiras naturais têm sido pouco focados em animais, e com frequência abordam os aspectos estruturais, como área, idade, geometria e tipo de queda, e sobretudo, organismos vegetais (Runkle, 1985; Brokaw, 1982a; Whitmore, 1996; Armelin & Mantovani, 2001; Lima, 2005). Vários estudos têm verificado influências significativas das clareiras naturais sobre comunidades vegetais. Dentre esses, podemos citar estudos com árvores (Vandermeer et al., 1974; Denslow, 1980), plantas pioneiras (Brokaw, 1982b; Tabarelli & Mantovani, 1999), bambus (Tabarelli & Mantovani, 2000), crescimento de plântulas (Brown, 1996), interação da área da clareira e herbívoria em relação ao crescimento e a sobrevivência de espécies pioneiras (Pearson et al., 2003). Assim, a escassez de estudos avaliando as comunidades animais ocasiona uma lacuna de conhecimento e, por conseguinte, dificulta uma compreensão mais ampla do papel das clareiras na dinâmica ecológica de florestas tropicais. Os estudos com animais, aves (Levey, 1988), formigas (Basu, 1997; Feener & Schupp, 1998; Patrick et al., 2012) e aranhas (Peres et al., 2007; Peres et al., 2010). Nestes estudos, foram encontradas diferenças significativas na estrutura e composição das comunidades de aves e aranhas tecedeiras entre clareiras naturais e florestas maduras (Levey, 1988; Peres et al., 2007). Para as assembléias de formigas, os resultados foram conflitantes. Basu (1997) verificou diferença na riqueza em espécies entre as duas formações. Entretanto, este resultado não foi verificado nos demais estudos (Feener & Schupp, 1998; Patrick et al., 2012), uma vez que estes animais parecem estar mais associados a fatores sazonais e estratos vegetais do que com a formação de clareiras (Feener & Schupp, 1998). Recentemente foi verificado que não existe uma tendência da assembléia de formigas das clareiras se assemelharem às das matas adjacentes à medida que as clareiras envelhecem (Patrick et al., 2012). As aranhas (Arachnida: Araneae) estão entre os animais mais abundantes e diversos, constituindo a sétima maior ordem animal em riqueza (Coddington & Levi, 1991), com 42.751 espécies descritas (Platnick, 2012). Na estrutura trófica das comunidades, agem como predadores secundários (Riechert & Bishop, 1990; Wise 1993), regulando direta ou indiretamente a abundância de táxons que atuam em importantes processos ecossistêmicos, como herbivoria, polinização, decomposição e dispersão (Churchill, 1997). As aranhas são consideradas predadores generalistas (Wise, 1993), porém, muitas espécies podem selecionar suas presas (Toft, 1999). A distribuição e densidade populacional das aranhas estão associadas a fatores ambientais, como temperatura, umidade relativa do ar e luminosidade (Huhta, 1971; Dondale & Binns 1977; Rypstra, 1986), fisionomia, riqueza e composição vegetal (Toti et al., 2000) e também à disponibilidade de presas, inimigos e predadores (Gibson et al., 1992; Wise, 1993; Foelix, 1996). Em florestas tropicais, a estrutura do hábitat influencia a composição e riqueza em espécies das assembléias de aranhas (Uetz, 1991; Santos, 1999). A estrutura da serrapilheira afeta a abundância (Bultman & G.W. Uetz, 1984), a composição e a riqueza em espécies de aranhas (Benati et al. 2010; Benati et al. 2011). Espécies da família Salticidae apresentam uma estreita relação com arquitetura de bromeliáceas (Romero & Vasconcellos-Neto, 2005). Os distúrbios também podem influenciar as assembléias de aranhas (Coyle, 1981; Kowal & Ralph, 2011). Assim como as aranhas, as formigas (Hymenoptera: Formicidae) estão entre os animais mais abundantes e diversos (Hölldobler & Wilson, 1990) com 14.893 espécies descritas, sendo que 3.729 ocorrem na Região Neotropical (Bolton, 2012). Para o Brasil, estão descritas 1.033 espécies (Agosti & Johnson, 2005). Especialmente em florestas tropicais, as formigas são um componente importante na serrapilheira (Ward, 2000). Um estudo na Malásia encontrou 104 espécies de formigas, em apenas 20m2 de serrapilheira e troncos em decomposição (Agosti et al., 2000). Na Amazônia, em 1m2 de solo de floresta de várzea, foram registradas 5.300 formigas, que representaram 8,2% dos artrópodes capturados (Adis et al., 1987). Num fragmento de floresta secundária do Nordeste Brasileiro foi registrada uma média de 11 espécies de formigas por m2 de serrapilheira, e mesmo em cacaual, foi registrada uma média de 8,05 espécies por m2 (Delabie et al., 2000). Em escala geográfica, o conhecimento da mirmecofauna ainda apresenta várias lacunas (Ward, 2000). Em escalas menores, estudos indicam que a diversidade de formigas está fortemente correlacionada com a complexidade estrutural do hábitat (Santana-Reis & Santos, 2001; Lassau & Hochuli, 2004; Hites et al., 2005). Em formações de cabruca no sul da Bahia, a estratificação vegetal, a riqueza em espécies de árvores e características da paisagem, como extensão do fragmento, qualidade da matriz e conectividade têm estreita associação com as assembléias de formigas (Delabie et al., 2007). As atividades de forrageio e a distribuição dos ninhos têm relação com a luminosidade, umidade e temperatura (Levings, 1983; Hölldobler & Wilson, 1990). Numa avaliação em plantio de eucalipto, verificou-se uma associação positiva da diversidade de formigas e o aumento da complexidade da vegetação e da serrapilheira (Matos et al., 1994). Entretanto, um estudo comparando a riqueza de formigas entre eucaliptais e uma área adjacente de cerrado, não verificou diferença significativa, indicando que a riqueza não depende apenas da complexidade dos ambientes (Marinho et al., 2002). Distúrbios naturais também podem influenciar fortemente a riqueza e composição das assembléias de formigas de serrapilheira (Campos et al., 2007). Por exemplo, numa floresta de coníferas verificou-se que, mesmo após 100 anos da perturbação e regeneração, a assembléia de formigas não se assemelhava à mata madura (Palladini et al., 2007). A biogeografia ecológica e histórica determinam os grupos de formigas que colonizam a serrapilheira (Silvestre et al., 2012). Entretanto, fatores ecológicos locais e perturbações têm um papel efetivo na estruturação e composição da assembléia de formigas de serrapilheira. Considerando-se: (i) a importância das assembléias de formigas e aranhas na regulação de processos ecossistêmicos (Churchill, 1997; Hölldobler & Wilson, 1990) e (ii) o papel das clareiras naturais na regeneração de floretas tropicais (Brokaw, 1982a; Denslow & Hartshorn, 1994), é importante investigar como estas perturbações influenciam a distribuição espacial e temporal destas assembléias. / Salvador
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O gênero Selenops Dufour in Latreille, 1819, no Brasil (Araneae - Selenopidae)

Duarte, Paula Frassinete Lins January 1978 (has links)
Submitted by Alberto Vieira (martins_vieira@ibest.com.br) on 2017-08-23T18:11:09Z No. of bitstreams: 1 200454.pdf: 14155014 bytes, checksum: 78f52233b07f2d556a51777bbc98cb94 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-08-23T18:11:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1 200454.pdf: 14155014 bytes, checksum: 78f52233b07f2d556a51777bbc98cb94 (MD5) Previous issue date: 1978 / CAPES / Estudo das espécies do gênero Selenops Latreille, 1819, que ocorrem no Brasil, sob o aspecto sistemático. Este estudo foi baseado em material depositado nas coleções das Instituições de Pesquisa seguintes: Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (MN) Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP) Instituto Butantan (IB) Instituto Básico de Biologia Médica e Agrícola da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita" Campus de Bótucatu (IBBMA) Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZRS). Discutiu-se a autoria do gênero, concluindo-se por atribui-lo a Latreille, 1819, com base na Artigo 9 do Código Internacional de Nomenclatura Zoológica. Quanto ao gênero gramatical Selenops é feminino. / Study of Brazilian Species of genus Selenops Latreille, 1819, concerning taxonomy aspects. This work was based upen material found in the following Institutions: Museu Nacionalda Universidade Federal do Rio de Janeiro (MN) Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP) Instituto Butantan (IB) Instituto Básico de Biologia Médica e Agrícola da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita" Campus de Bótucatu (IBBMA) Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZRS). The authorship of this genus was discussed and it was concluded that latreille was responsible for this genus based upon the ninth article of the International Code of Zoological Nomenclature. In Latin grammatical gender of the genus Selenops is femine.
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Padrão de atividade, mudanças no uso de substrato e efeitos da chuva diurna na atividade noturna de Phoneutria reidyi (Araneae: Ctenidae) na Amazônia Central

Almeida, Marlus Queiroz 27 June 2016 (has links)
Submitted by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2017-01-26T14:06:58Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertação - Marlus Q. Almeida.pdf: 1163411 bytes, checksum: b513af68193e65a09c4401bcaa1e7432 (MD5) / Approved for entry into archive by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2017-01-26T14:07:13Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertação - Marlus Q. Almeida.pdf: 1163411 bytes, checksum: b513af68193e65a09c4401bcaa1e7432 (MD5) / Approved for entry into archive by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2017-01-26T14:07:46Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertação - Marlus Q. Almeida.pdf: 1163411 bytes, checksum: b513af68193e65a09c4401bcaa1e7432 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-01-26T14:07:46Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertação - Marlus Q. Almeida.pdf: 1163411 bytes, checksum: b513af68193e65a09c4401bcaa1e7432 (MD5) Previous issue date: 2016-06-27 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The wandering spiders are models for the understanding of the ecology of predators, but the knowledge of their ecology is still based on few species, mostly from temperate regions. The occurrence of rain is common in humid tropical forests, but their influence on the wandering spiders behavior is virtually unknown and there are few studies on the intraspecific coexistence in species where cannibalism may be an important interaction. During 16 months i made 19 trips to get data on activity pattern, use of substrates, diet and effect of rainfall on the nocturnal activity of wandering spider Phoneutria reidyi (Ctenidae) in a coconut plantation in the municipality of Rio Preto da Eva, and 30 more days of data collection of these spiders in the forest fragment of the campus of Federal University of Amazonas in Manaus, to check the effect of rainfall in the activity of spiders in "terra firme". The censuses of spiders were held in two time intervals at night, early evening (19:00 - 23:59h) and late night (01:00 - 04:00h), and i obtained data on the use of substrate and diet spiders of different stages of development. To check the effect of rain on the behavior of spiders, we compared the number of active spiders in 30 pairs of subsequent nights, each pair with one night after a daytime rain and another without daytime rain. There was a reduction in the activity of spiders at the end of the night period, however, we found no evidence of temporal segregation between different sizes of individuals, indicating that small spiders are not foraging at different times to avoid competition for resources or cannibalism by spiders larger. However, we found a strong shift in the use of foraging substrate and diet of these spiders in the final phase of its development. We suggest that the cause in the difference on the use of foraging substrate is that the smaller spiders avoid palms to reduce the probability of cannibalism in this population where the density of this species is high. There was a strong reduction in nocturnal activity of spiders in days with daytime rains in both areas studied (plantation and forest). We discuss the causes and consequences of the powers of diurnal rainfall on the spider behavior and the need to take this into count in ecological studies with bases in visual surveys and pitfall traps. This study helped to show that the change in the use of foraging substrates can help reduce intraspecific predation P. reidyi and to show the importance of rain on the behavior of this species, which belongs to one of the spider genera of higher medical interest the world, and whose ecology is still poorly known. / Aranhas errantes são modelos para a compreensão da ecologia de predadores, mas o conhecimento sobre a sua ecologia ainda se baseia em poucas espécies, principalmente de regiões temperadas. A ocorrência de chuva é frequente em florestas tropicais úmidas, entretanto, a influência sobre o comportamento de aranhas errantes é praticamente desconhecida e faltam estudos sobre a coexistência intraespecífica em espécies em que o canibalismo pode ser uma interação importante. Durante 16 meses foi realizado 19 excursões para obter dados sobre padrão de atividade, uso de substratos, dieta e efeito da chuva diurna sobre a atividade noturna da aranha errante Phoneutria reidyi (Ctenidae) em uma plantação de coqueiros no município do Rio Preto da Eva, e mais 30 dias de coletas de dados destas aranhas no fragmento florestal do campus da Universidade Federal do Amazonas em Manaus, para verificar o efeito da chuva diurna na atividade das aranhas em floresta de terra firme. As contagens das aranhas foram realizadas em dois intervalos de horário do período noturno, início da noite (19:00 às 23:59h) e final da noite (01:00 às 04:00h), além de obter dados sobre o uso de substrato e da dieta em aranhas de diferentes estágios de desenvolvimento. Para verificar o efeito da chuva na atividade de forrageio das aranhas, comparamos o número de aranhas ativas em 30 pares de noites subsequentes, cada par com uma noite depois de uma chuva diurna e outra sem chuva diurna. Houve uma redução na atividade das aranhas no final do período noturno, no entanto, não encontramos evidencia de segregação temporal entre indivíduos de tamanhos diferentes, indicando que as aranhas pequenas não estão forrageando em horário diferentes para evitar a competição por recursos ou o canibalismo por aranhas maiores. Entretanto, encontramos uma mudança no uso de substrato de forrageio e na dieta destas aranhas na fase final do seu desenvolvimento. Sugerimos que a causa da diferença no uso de substrato de forrageio seja que as aranhas menores evitam palmeiras para reduzir a probabilidade de canibalismo nesta população onde a densidade desta espécie é alta. Ocorreu redução da atividade noturna das aranhas em dias com chuvas diurnas em ambas as áreas estudadas (plantação e floresta). Discutimos as potências causas e consequências do efeito da chuva diurna sobre o comportamento das aranhas e a necessidade de levar isso em contar em estudos ecológicos com bases em censos visuais e armadilhas de queda. Este estudo contribuiu para mostrar que a mudança no uso de substratos de forrageio pode contribuir para reduzir a predação intraespecífica de P. reidyi e para mostrar a importância da chuva sobre o comportamento desta espécie, que pertence a um dos gêneros de aranhas de maior interesse médico do mundo, e cuja ecologia ainda é pouco conhecida.
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Revisão taxonômica e análise filogenética do gênero Homoeomma  Ausserer 1871 (Araneae, Theraphosidae) / Taxonomic review and phylogenetic analysis of genera Homoeomma Ausserer, 1871 (Araneae, Theraphosidae)

Flávio Uemori Yamamoto 08 October 2008 (has links)
A família Theraphosidae é a maior dentre as famílias da subordem Mygalomorphae, apresentando 112 gêneros e 908 espécies. É considerada um grupo monofilético, e está dividida em nove subfamílias. A subfamília Theraphosinae é restrita ao continente americano. É caracterizada por apresentar o bulbo com êmbolo distalmente largo e grosso, com presença de quilhas, e o subtegulum largo, que se estende até a metade do tegulum, e também pela presença de pêlos urticantes de tipo I, III e IV (Raven, 1985, Pérez-Miles et al. 1996). Homoeomma foi revisado em 1972, quando possuía um elenco de dez espécies. Atualmente, o gênero apresenta 14 espécies, com distribuição restrita à América do Sul (Argentina, Brasil, Colômbia, Peru e Uruguai). O holótipo de Homoeomma pictum possui bulbo copulador e apófise tibial da perna I semelhante a Thrixopelma, sendo transferido para esse gênero. O tipo da espécie Homoeomma peruvianum também foi examinado e este provavelmente não pertence ao gênero, porém, não foi possível estabelecer um novo gênero para essa espécie. O holótipo de H. nigrum, uma fêmea com espermateca danificada, não foi examinado. Essas duas espécies são consideradas species inquirenda. As espécies H. stradlingi e H. strabo passam a ser sinônimos-júnior de Homoeomma familiare. Homoeomma hirsutum é considerada sinônimo-júnior de H. montanum. Na análise cladística, foram incluídas oito espécies de Homoeomma, além das espécies Grammostola mollicoma, Magulla obesa, Maraca cabocla, Plesiopelma flavohirtum, P. longisternalis, Tmesiphantes nubilus, Gen. n. sp.1. Para o enraizamento, foi utilizada Oligoxytre caatinga (Theraphosidae, Ischnocolinae). A análise resultou em dois cladogramas igualmente parcimoniosos, com 73 passos. O consenso estrito (75 passos) possui a seguinte topologia: (Oligoxystre caatinga ((((Homoeomma stradlingi (H. montanum (H. brasilianum (H. uruguayensis (H. elegans H. villosum)))))(Maraca humile Maraca cabocla ))(Plesiopelma longisternalis Cyriocosmus ritae (Gen. n. simoni Gen. n. sp1 Gen. n. flavohirtum )))(Tmesiphantes nubilus (Grammostola mollicoma Magulla obesa )))). Apenas seis das oito espécies de Homoeomma formam um agrupamento monofilético. Homoeomma simoni e Plesiopelma flavohirtum foram transferidas para um gênero novo, junto a uma espécie nova. O Gen. n. é bem suportado por quatro sinapomorfias. Homoeomma humile é grupo-irmão de Maraca cabocla, sendo transferida para este gênero, compartilhando três características sinapomórficas não exclusivas. O gênero Maraca é grupo-irmão de Homoeomma. As seis espécies restantes de Homoeomma formam um grupo monofilético, com três sinapomorfias não exclusivas: apófise digitiforme do bulbo grande, ângulo de 90º-135º do êmbolo em relação ao bulbo e metatarso I dos machos curvo na base. São descritas pela primeira vez as fêmeas de H. brasilianum e subtegulum. A distribuição das espécies foi atualizada e ampliada com novos registros. / Theraphosidae is the larger family within suborder Mygalomorphae, with 112 genera and 908 species. It is considered a monophyletic group, divided into nine subfamilies. The subfamily Theraphosinae is restricted to America continent. It is characterized by the presence of a papal bulb with wide and thick embulus presenting keels, wide subtegulum, extending down the bulb to half of tegulum length and by the presence of urticating hairs type I, III and IV. The present work aims the increase of the taxonomic and phylogenetic subfamily knowledge, throughout the study of Homoeomma genera Ausserer, 1871. Homoeomma was revised in 1972, including ten species on it. Nowadays, the genera has 14 species, with distribution restricted to South America (Argentina, Brazil, Colombia, Peru e Uruguay). The Homoeomma pictum holotype presents copulatory bulb and tibial apophysis of leg I that resemble Thrixopelma, so the species is transfered to these genus. The type of Homoeomma peruvianum was also examined and probably do not belong to the genus. Unfortunately, it was not possible to establish a new genus to this species. H. nigrum´s holotype, a female presenting a severed spermathecae, wasn\'t examined. These two species are considered species inquireda. H. stradlingi e H. strabo are established as junior-synonyms of H. familiare. And Homoeomma hirsutum is considered junior-synonym of. 7 The eight remaining species of Homoeomma were included in cladistic analysis, enclosed with Grammostola mollicoma, Magulla obesa, Maraca cabocla, Plesiopelma flavohirtum, P. longisternalis, Tmesiphantes nubilus, Gen. n. sp.1. Oligoxytre caatinga (subfamily Ischnocolinae) was used to set the root. The analysis resulted in two equally parsimonic trees, with 73 steps. The strict consensus (75 steps) presents this topology: (Oligoxystre caatinga ((((Homoeomma stradlingi (H. montanum (H. brasilianum (H. uruguayensis (H. elegans H. villosum)))))(Maraca humile Maraca cabocla ))(Plesiopelma longisternalis Cyriocosmus ritae (Gen. n. simoni Gen. n. sp1 Gen. n. flavohirtum )))(Tmesiphantes nubilus (Grammostola mollicoma Magulla obesa )))). The eight species of Homoeomma do not form a monophyletic group. Three transferences are proposed: Homoeomma simoni and Plesiopelma flavohirtum are transfered to a new genus, with a new species. Gen. N. is well supported by four synapomorphies. H. humile is the sister group of Maraca cabocla, sharing three non exclusive synapomorphies. The genus Maraca is considered sister group of Homoeomma. The six remaining species of Homoeomma form a monophyletic group with three non exclusive synapomorphies: a big papal bulb digitform apophysis, a 90º-135ºangle between embulus and bulb and males metatarsus I presenting a basal curvature. The females of H. brasilianum e H. elegans are described for the first time. Species distribution is updated and enlarged with new records.
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Revisão e análise cladística das espécies do gênero Moyosi Miller, 2007 (Araneae, Linyphiidae, Erigoninae) / Revision and cladistic analysis of species from genus iMoyosi Miller, 2007 (Araneae, Linyphiidae, Erigoninae).

Rafael Yuji Lemos 31 October 2013 (has links)
O gênero Moyosi Miller, 2007 tem como espécie-tipo Moyosi prativaga (Keyserling, 1886), descrita originalmente sob Erigone Audouin, 1826, M. chumota Miller, 2007 e M. rugosa (Millidge, 1991), descrita originalmente sob Sphecozone O. P.-Cambridge, 1870 e conhecida apenas pela fêmea. Moyosi, assim como Sphecozone e Psilocymbium, carecem do paracímbio, um estrutura importante dentre os Erigoninae Neotropicais, que foi perdida nos machos deste grupo. Hipóteses sobre essa perda foram elaboradas com base na história filogenética da família e os resultados apontam como perdas independentes que ocorreram por duas vezes, de acordo com o estudo da origem do paracímbio. Pela primeira vez, Moyosi é testado em uma análise cladística e sua relação interna com demais gêneros e dentro do grupo de espécies são aqui investigadas. A análise cladística foi realizada a partir de uma matriz contendo 19 táxons e 87 caracteres (58 sexuais e 29 somáticos). O grupo-externo foi selecionado a partir de uma análise preliminar da matriz completa original, com uma espécie de Moyosi incorporada, e foi composto por 11 espécies: Ceratinopsis interpres (O. P.-Cambridge, 1874), Dolabritor spineus Millidge, 1991, Gonatoraphis lysistrata Miller, 2007, Grammonota pictilis (O. P.-Cambridge, 1875), Intecymbium antarcticum (Simon, 1895), Psilocymbium acanthodes Miller, 2007, Sphecozone bicolor (Nicolet, 1849), Sphecozone crassa (Millidge, 1991), Sphecozone rubescens O. P.-Cambridge, 1870, Sphecozone spadicaria (Simon, 1894), Tutaibo phoeniceus (O. P.-Cambridge, 1894), todas espécies pertencente ao um clado onde houve perda ou redução do paracímbio. Para o grupo-interno, além de M. prativaga e M. chumota, representantes com ambos os sexos descritos, a análise contou com mais seis espécies novas brasileiras aqui descrita e diagnosticadas: Moyosi sp.n.01, conhecida para Santa Catarina, Moyosi sp.n.02, para Rio Grande do Sul, Moyosi sp.n.03 e sp.n.06, para São Paulo, Moyosi sp.n.04, com registro para Minas Gerais, e Moyosi sp.n.05, para Rio de Janeiro. Os resultados obtidos apresentaram apenas uma árvore mais parcimoniosa que comprovam a monofilia do gênero, com base em seis sinapomorfias, além de propor como grupo-irmão o gênero monotípico Intecymbium Miller, 2007. A topologia obtida também corrobora a hipótese de que Moyosi está intimamente relacionado com Psilocymbium, Intecymbium, Dolabritor e Gonatoraphis, com base na perda do paracímbio / The genus Moyosi Miller, 2007 has as type-species Moyosi prativaga (Keyserling, 1886), originally described under Erigone Audouin, 1826, M. chumota Miller, 2007, and M. rugosa (Millidge, 1991), originally described under Sphecozone O. P.- Cambridge, 1870 and known only by the female. As in Sphecozone and Psilocymbium, Moyosi also lacks of paracymbium, an important structure among Neotropical Erigoninae, which was lost in the males of this group. Hypotheses about this loss were based on phylogenetic history of the family and the results points to independent losses that occurred twice, according to the study of the origin of paracymbium. For the first time, Moyosi is included in a cladistic analysis and its internal relationship with other genera and species within the group are investigated. A cladistic analysis was performed from a matrix containing 19 taxa and 87 characters (58 sexual and 29 somatic). The outgroup was selected from a preliminary analysis of the original matrix, including one species of Moyosi, and was composed of 11 species: Ceratinopsis interpres (O. P.-Cambridge, 1874), Dolabritor spineus Millidge, 1991, Gonatoraphis lysistrata Miller, 2007, Grammonota pictilis (O. P.-Cambridge, 1875), Intecymbium antarcticum (Simon, 1895), Psilocymbium acanthodes Miller, 2007, Sphecozone bicolor (Nicolet, 1849), Sphecozone crassa (Millidge, 1991), Sphecozone rubescens O. P.-Cambridge, 1870, Sphecozone spadicaria (Simon, 1894), Tutaibo phoeniceus (O. P.-Cambridge, 1894), all species belonging to the clade in which paracymbium was lost or reduced. For the ingroup, besides M. prativaga and M. chumota, species with both sexes described, the analysis included six new Brazilian species described and diagnosed here: Moyosi sp.n.01, known from Santa Catarina, Moyosi sp.n.02, from Rio Grande do Sul, Moyosi sp.n .08 and sp.n.06, from São Paulo, Moyosi sp.n.04, from Minas Gerais, and Moyosi sp.n.05 from Rio de Janeiro. The results presented only one most parsimonious tree that corroborates the monophyly of the genus, based on six synapomorphies, and propose as sister group the monotypic genus Intecymbium Miller, 2007. The topology corroborates the hypothesis that Moyosi is closely related to Psilocymbium, Intecymbium, Dolabritor and Gonatoraphis, based on the loss of paracymbium
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Revisão taxonômica e análise filogenética do gênero Idiops Perty, 1833 (Araneae, Idiopidae) / Taxonomic review and phylogenetic analysis of the genus Idiops Perty, 1833 (Araneae, Idiopidae)

Flávio Uemori Yamamoto 15 April 2013 (has links)
Idiops é um dos maiores gêneros dentre as aranhas migalomorfas, apresentando 80 espécies e uma subespécie, com distribuição nas Américas do Sul e Central, África e oeste asiático. São chamadas popularmente de aranhas-de-alçapão, escavando tocas no solo com auxílio do rastelo e protegem sua área interior com uma porta bem camuflada. As fêmeas vivem permanentemente nas tocas, enquanto os machos são errantes na fase adulta, procurando ativamente as fêmeas para cópula. O presente trabalho teve como objetivo revisar taxonomicamente as espécies de Idiops, redescrevê-las e realizar uma análise filogenética, testando o monofiletismo do gênero e analisar o relacionando das espécies. Os estudos taxonômicos resultaram nas seguintes sinonímias: Idiops crudeni é sinônimo-junior de I. flaveolus; I. gunningi e a subespécie I. gunningi elongatus são sinônimos-junior de I. pretoriae; I. munois e I. lusingius são sinôminos-junior de I. straeleni comb. nov.; I. pullus é sinônimo-junior de I. parvus comb. nov.; e I. rubrolimbatus é sinônimo-junior de I. fossor. A análise cladística contou com 54 espécies de Idiops, além de pelo menos um representante de cada gênero da subfamília Idiopinae. Em todas as análises realizadas, Idiops foi considerado parafilético. Através dos resultados filogenéticos, Idiops foi redefinido, cotando agora com dez espécies em seu elenco: I. clarus, I. germaini, I. argus, I. cambridgei, I. camelus, I. pirassununguensis, I. rastratus, I. opifex, I. fuscus e I. rohdei, todas sul americanas. Idiops possui uma sinapomorfia homoplástica: quelícera com fileira retrolateral de dentes paralela a fileira prolateral e ocupando o terço basal. Três gêneros novos são prospostos. Gen. n. 1, com as espécies Gen. n. 1 upembensis comb. nov., Gen. n. 1 wittei comb. nov., Gen. n. 1 schenkeli comb. nov., Gen. n. 1 kaperonis comb. nov., Gen. n. 1 kazibius comb. nov.; Gen. n. 2., com as espécies Gen. n. 2 kanonganus comb. nov., Gen. n. 2 fageli comb. nov., Gen. n. 2 angusticeps comb. nov.; e Gen. n. 3, com as espécies Gen. n. 3 castaneus comb. nov., Gen. n. 3 versicolor comb. nov., Gen. n. 3 yemenensis comb. nov., Gen. n. 3 parvus comb. nov., Gen. n. 3 pretoriae, Gen. n. 3 fry comb. nov. As seguintes transferências são realizadas: I. straeleni é transferida para Heligmomerus; I. crassus, I. constructor, I. fortis, I. bombayensis e I. robustos são transferidas para Titanidiops; e I. flaveolus e Gorgyrella schreineri minor são transferidas para Segregara. As espécies de Idiops não incluídas nos gêneros acima são consideradas incertae sedis ou species inquirenda / Idiops is one of the diverse genera among Mygalomorphae spiders, presenting 80 species and one subspecies, occurring in Central and South America, Africa and west Asia. They are known as trapdoor spiders, and use their rastellum to excavate burrows in the soil and protect the entrance with a well masked trapdoor. The females live permanently in burrow, while adult males usually wander around in search of mate. The present study aimed to taxonomically revise Idiops species, redescribe then and develop a phylogenetic analysis, testing Idiops monophyly, and analyze its species relationship. The taxonomic review resulted in the establishment of the following synonyms: Idiops crudeni is junior-synonym of I. flaveolus; I. gunningi and the subspecies I. gunningi elongates are junior-synonym of I. pretoriae; I. munois e I. lusingius are junior-synonym of I. straeleni; I. pullus is junior-synonym of I. parvus; .and I. rubrolimbatus is junior-synonym of I. fossor. The cladistic analysis included 54 Idiops species and at least one representative of each Idiopinae genus. Idiops was considered paraphyletic in analysis made here. Based on the phylogenetic results, Idiops is redefined with only ten species: I. clarus, I. germaini, I. argus, I. cambridgei, I. camelus, I. pirassununguensis, I. rastratus, I. opifex, I. fuscus and I. rohdei, all occurring in American continent. Three new genera are proposed based on the cladistic results: Gen. n. 1, with Gen. n. 1 upembensis comb. nov., Gen. n. 1 wittei comb. nov., Gen. n. 1 schenkeli comb. nov., Gen. n. 1 kaperonis comb. nov. and Gen. n. 1 kazibius comb. nov.; Gen. n. 2., with Gen. n. 2 kanonganus comb. nov., Gen. n. 2 fageli comb. nov. and Gen. n. 2 angusticeps comb. nov.; Gen. n. 3, with Gen. n. 3 castaneus comb. nov., Gen. n. 3 versicolor comb. nov., Gen. n. 3 yemenensis comb. nov., Gen. n. 3 parvus comb. nov., Gen. n. 3 pretoriae and Gen. n. 3 fryi comb. nov. The cladistic results also led to the following transferences: I. straeleni is transferred to Heligmomerus; I. crassus, I. constructor, I. fortis, I. bombayensis and I. robustos are transferred to Titanidiops; and I. flaveolus and Gorgyrella schreineri minor are transferred to Segregara. Idiops species that are not listed in the genera above are considered species inquirenda> or incertae sedis.
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Padrões bioenergéticos das aranhas de teia: considerações sobre a unidade e a diversidade do fenômeno / Patterns of bioenergetic of web spiders: considerations about the unity and diversity of the phenomenon

Tatiana Hideko Kawamoto 30 March 2012 (has links)
A mecanismos fisiológicos é frequentemente usada para explicar fenômenos importantes da evolução (p.e. endotermia) e ecologia (p.e. limitações fisiológicas para ocupação de determinado microhabitat) dos vertebrados. Apesar de ser uma área promissora para fornecer explicações e mecanismo que tornam hipóteses evolutivas e ecológicas mais robustas, como já é amplamente praticado no estudo dos vertebrados, ela é raramente usada nas hipóteses elencadas para explicar a megadiversidade das aranhas de teia. Por outro lado, as leis da fisiologia são baseadas fortemente em dados de vertebrados que consistem em menos de 1% da biodiversidade existente no planeta. As aranhas são o sétimo maior táxon em número de espécies e são um bom modelo para testar a validade das regras gerais propostas para os vertebrados. Com insto em mente, o presente trabalho investigou três tipos de taxa metabólica - Metabolismo Padrão, Metabolismo Espontâneo Máximo e Metabolismo Diário - em aranhas de teia. Todas estas taxas foram obtidas através de respirometria intermitente Em um primeiro experimento, usando como modelo Loxosceles, um gênero de aranhas especialmente homogêneo em sua morfologia, testou-se o efeito de sedentarismo e intensidade de construção da teia nas taxas metabólicas. Em um segundo experimento, testou-se como as taxas metabólicas se apresentariam frente a grande diversidade das aranhas do clado Orbiculariae. Os resultados mostram que: as diferenças comportamentais analisadas não afetam significativamente as taxas metabólicas; as taxas metabólicas não possuem sinal filogenético; e o melhor modelo é o que ajusta uma relação alometrica diferente para cada gênero em detrimento de um coeficiente exponencial da massa único para toda a amostra. As diferenças comportamentais de Loxosceles provavelmente apresentam-se na distribuição de gasto energético ao longo do dia partindo de um mesmo montante energético. Os dados de diversidade de Orbiculariae provavelmente precisam ser investigados futuramente sob o aspecto das diferenças morfológicas subjacente à diversidade do clado. / The physiological mechanisms are often applied to explain important evolutionary adaptations (e.g. endothermy) and ecology (e.g. physiological limitations to occupy a particular microhabitat) of vertebrates. Despite the fact that it improves vertebrates ecological and evolutionary hypotheses with possible processes and mechanisms, it is scarcely used to understand the megadiversity of web spiders. On the other hand, the physiological rules are based mainly on vertebrates data, an animal group that represents less than 1% of the world biodiversity. Spiders group is the seventh most diverse taxon in terms of species number on the world and are a good model to test the validity of the general rules proposed for vertebrates. Accordingly, this study investigated three types of metabolic rate - Standard Metabolism, Maximum Spontaneous Metabolism, Daily Metabolism - on web spiders. All these rates were obtained by intermittent respirometry. In the first experiment, the Loxosceles model was chosen, a genus of spider with a especially homogeneous morphology, with whom we tested the differences on metabolic rates of spiders with different sedentarity and web building expenditure. In a second experiment we tested how metabolic rates would vary under the high diversity of Orbiculariae spiders clade. The results show that: behavioral differences do not affect significantly the metabolic rates examined, metabolic rates do not have any significant phylogenetic signal and the best model is the one that adjusts a separate allometric relation for each genus at the expense of an unique allometric model for the whole sample. The behavioral differences of Loxosceles probably could be explained by the distribution of energy expenditure throughout the day under the same amount of energy. The diversity of data of Orbiculariae clade probably need to be investigated in the future under the aspect of morphological differences underlying the diversity of the clade

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