• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 54
  • 3
  • 1
  • 1
  • Tagged with
  • 61
  • 36
  • 33
  • 19
  • 16
  • 14
  • 13
  • 12
  • 12
  • 12
  • 12
  • 10
  • 9
  • 9
  • 9
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
51

CRÔNICA E AUTOFICÇÃO EM JOSÉ CARLOS OLIVEIRA

Bednarchuk, Francine Mariê Alves Higashi 19 April 2017 (has links)
Made available in DSpace on 2017-07-21T20:49:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Francine Higashi.pdf: 1848931 bytes, checksum: 2b02378bbb2b868ccf313296211372e7 (MD5) Previous issue date: 2017-04-19 / This dissertation aims at analyzing the novel O pavão desiludido, published in 1972, by José Carlos Oliveira, regarding its autofiction. The novel was published in the writer's maturity, however it is a childhood-themed narrative strongly loaded of a presence of self-writing, which brings it closer to the genre proposed by Serge Doubrovsky (1977). Autofiction, a genre that mixes fiction and autobiography, and which has been increasingly discussed, gains strength in this novel by José Carlos Oliveira, prior to the very concept of the term. For this research, we go through Crônica, a typical Brazilian genre that helped in the formation of our literature, and which was much used by the author from the 1960s until his death in 1986. We also consider the analysis of the writer's intimate diary in order to understand the mirrored selves that constitute his fiction. / Este trabalho/pesquisa tem por objetivo analisar o romance O pavão desiludido, de José Carlos Oliveira, sob o viés da autoficção. O romance foi publicado na maturidade do escritor, porém é uma narrativa sobre a infância carregada de uma forte presença da escrita de si, o que o aproxima do gênero proposto por Serge Doubrovsky (1977). A autoficção, gênero que mescla ficção e autobiografia, e que está sendo cada vez mais discutido na atualidade, ganha força nesse romance de José Carlos Oliveira, anterior ao próprio conceito do termo. Para este estudo, percorremos um caminho pela crônica, gênero que ajudou na formação da nossa literatura, e que foi muito exercido pelo autor desde a década de 1960 até a sua morte, em 1986. Consideramos também a análise do diário íntimo do escritor, a fim de compreender os eus espelhados que constituem a sua ficção.
52

Le je(u) de l'écriture et l'enjeu autofictionnel dans La naissance du jour, de Colette

Damaceno, Taiane Meirelles January 2016 (has links)
Le présent mémoire a pour but de procéder à une étude de l’oeuvre La Naissance du Jour, de Colette, parue en 1928. Pour atteindre cet objectif, un parcours de trois chapitres a été proposé. D’abord, les données biographiques et bibliographiques sont mises en évidence, lors du premier chapitre. Dans le second chapitre, l’analyse de l’oeuvre é réalisée, à la lumière de ses composants, ses thèmes et ses éléments fondamentaux. Les réflexions principales éveillées lors de la lecture de l’oeuvre sont exposées dans le dernier chapitre. Les observations originaires de l’appréhension de ce parcours d’analyse tiennent à montrer que La Naissance du Jour suscite une discussion notable sur le « réel » et le « fictionnel » à travers la confrontation des genres autobiographique et autofictionnel et le traitement spécifique de la catégorie espace-temps. D’après les différentes conceptions d’écriture dégagées de l’oeuvre colettienne, nous arrivons à comprendre l’acte d’écrire chez Colette comme un jeu de sensations et de sens où le sujet, le « je », est immergé dans un miroir de langage, par lequel il se (re)construit. / Esta dissertação tem por objetivo proceder ao estudo da obra La Naissance du Jour, de Colette, publicada em 1928. Para tanto, foi proposto um percurso de três capítulos. Primeiramente, os dados biográficos e bibliográficos são evidenciados no primeiro capítulo. No segundo capítulo, a análise da obra se faz, à luz de seus componentes, temas e elementos fundamentais. As principais reflexões despertadas durante a leitura da obra são apresentadas no último capítulo. As considerações originadas por este percurso de análise mostram que a obra suscita uma importante discussão sobre o “real” e o “ficcional”, por meio da confrontação dos gêneros autobiográfico e autoficcional e o tratamento específico da categoria espaço-tempo. De acordo com as diferentes concepções de escrita obtidas na obra de Colette, nós podemos chegar à compreensão do ato de escrever como um jogo de sensações e de sentidos em que o sujeito, “eu”, permanece imerso em um espelho de linguagem, pelo qual ele se (re)constrói.
53

La mise en scène du je dans l'oeuvre de José Luís Peixoto : problématiques de l'écriture de soi / The depiction of the self in the works of José Luís Peixoto : issues in the narration of the self / A encenação do eu na obra de José Luís Peixoto : problemáticas da escrita de si

Rego, Vânia Cecília Almeida 20 November 2015 (has links)
Le travail d'écriture de José Luís Peixoto met en valeur le Je par le biais de l'utilisation de formules inédites et d'une innovation constante au sein de l'écriture de soi, en mobilisant notamment des formes traditionnelles (contes, contes philosophiques, romans d'initiation) que l'auteur conjugue de façon à obtenir une manière nouvelle et ingénieuse d'aborder les territoires autobiographiques. Le jeu entre la fiction et le langage du Je, centré sur des récits de filiation, crée une écriture qui oscille toujours entre le domaine de l'imagination créatrice de fiction et les domaines de l'intime et de l'écriture sur soi, dans une espèce de pulsion double caractéristique de l'auteur. La force de l'œuvre de Peixoto résulte de l'alliance entre des thématiques qui découlent d'un regard idéologique sur la société portugaise contemporaine et un langage extrêmement lyrique et à forte charge symbolique, mettant en scène la ruralité par le biais d'univers tantôt réalistes tantôt oniriques et poétiques. / José Luis Peixoto's works emphasize the self by means of unique formulas and constant innovation of the writing of the self. This is achieved through the use of mainly traditional procedures which the author handles in order to obtain a result that is both imaginative and original. The relation between fiction and the language of the self, which is centered on narratives of affiliation, spawns a writing style that wavers over the fiction-creating imagination and the domains of intimacy and the writing of the self, in a kind of double urge that defines the author. The author's literary strength is a result of the interweaving of themes that emerge from an ideological view on contemporary Portuguese society and a use of language that is extremely lyrical and charged with symbolism, which accentuates rurality through the creation of universes that can be both realistic and oneiric. / A escrita de José Luís Peixoto coloca o EU em relevo através da utilização de métodos inéditos e de uma inovação constante dentro da escrita de si, mobilizando nomeadamente técnicas tradicionais (conto, conto filosófico, romance de iniciação) que o autor conjuga de forma a obter uma forma original e imaginativa de abordar o campo autobiográfico. O jogo entre a ficção e a linguagem do Eu, centrado nas narrativas de filiação, cria uma escrita que oscila sempre entre o domínio da imaginação criadora de ficção e os domínios da intimidade e da escrita sobre si, numa espécie de pulsão dupla característica do autor. A força da obra de Peixoto resulta da aliança entre temáticas que emergem de um olhar ideológico sobre a sociedade portuguesa contemporânea e uma linguagem extremamente lírica e com uma forte vertente simbólica, colocando em evidência a ruralidade através de universos tanto realistas como oníricos e poéticos.
54

Le je(u) de l'écriture et l'enjeu autofictionnel dans La naissance du jour, de Colette

Damaceno, Taiane Meirelles January 2016 (has links)
Le présent mémoire a pour but de procéder à une étude de l’oeuvre La Naissance du Jour, de Colette, parue en 1928. Pour atteindre cet objectif, un parcours de trois chapitres a été proposé. D’abord, les données biographiques et bibliographiques sont mises en évidence, lors du premier chapitre. Dans le second chapitre, l’analyse de l’oeuvre é réalisée, à la lumière de ses composants, ses thèmes et ses éléments fondamentaux. Les réflexions principales éveillées lors de la lecture de l’oeuvre sont exposées dans le dernier chapitre. Les observations originaires de l’appréhension de ce parcours d’analyse tiennent à montrer que La Naissance du Jour suscite une discussion notable sur le « réel » et le « fictionnel » à travers la confrontation des genres autobiographique et autofictionnel et le traitement spécifique de la catégorie espace-temps. D’après les différentes conceptions d’écriture dégagées de l’oeuvre colettienne, nous arrivons à comprendre l’acte d’écrire chez Colette comme un jeu de sensations et de sens où le sujet, le « je », est immergé dans un miroir de langage, par lequel il se (re)construit. / Esta dissertação tem por objetivo proceder ao estudo da obra La Naissance du Jour, de Colette, publicada em 1928. Para tanto, foi proposto um percurso de três capítulos. Primeiramente, os dados biográficos e bibliográficos são evidenciados no primeiro capítulo. No segundo capítulo, a análise da obra se faz, à luz de seus componentes, temas e elementos fundamentais. As principais reflexões despertadas durante a leitura da obra são apresentadas no último capítulo. As considerações originadas por este percurso de análise mostram que a obra suscita uma importante discussão sobre o “real” e o “ficcional”, por meio da confrontação dos gêneros autobiográfico e autoficcional e o tratamento específico da categoria espaço-tempo. De acordo com as diferentes concepções de escrita obtidas na obra de Colette, nós podemos chegar à compreensão do ato de escrever como um jogo de sensações e de sentidos em que o sujeito, “eu”, permanece imerso em um espelho de linguagem, pelo qual ele se (re)constrói.
55

Le je(u) de l'écriture et l'enjeu autofictionnel dans La naissance du jour, de Colette

Damaceno, Taiane Meirelles January 2016 (has links)
Le présent mémoire a pour but de procéder à une étude de l’oeuvre La Naissance du Jour, de Colette, parue en 1928. Pour atteindre cet objectif, un parcours de trois chapitres a été proposé. D’abord, les données biographiques et bibliographiques sont mises en évidence, lors du premier chapitre. Dans le second chapitre, l’analyse de l’oeuvre é réalisée, à la lumière de ses composants, ses thèmes et ses éléments fondamentaux. Les réflexions principales éveillées lors de la lecture de l’oeuvre sont exposées dans le dernier chapitre. Les observations originaires de l’appréhension de ce parcours d’analyse tiennent à montrer que La Naissance du Jour suscite une discussion notable sur le « réel » et le « fictionnel » à travers la confrontation des genres autobiographique et autofictionnel et le traitement spécifique de la catégorie espace-temps. D’après les différentes conceptions d’écriture dégagées de l’oeuvre colettienne, nous arrivons à comprendre l’acte d’écrire chez Colette comme un jeu de sensations et de sens où le sujet, le « je », est immergé dans un miroir de langage, par lequel il se (re)construit. / Esta dissertação tem por objetivo proceder ao estudo da obra La Naissance du Jour, de Colette, publicada em 1928. Para tanto, foi proposto um percurso de três capítulos. Primeiramente, os dados biográficos e bibliográficos são evidenciados no primeiro capítulo. No segundo capítulo, a análise da obra se faz, à luz de seus componentes, temas e elementos fundamentais. As principais reflexões despertadas durante a leitura da obra são apresentadas no último capítulo. As considerações originadas por este percurso de análise mostram que a obra suscita uma importante discussão sobre o “real” e o “ficcional”, por meio da confrontação dos gêneros autobiográfico e autoficcional e o tratamento específico da categoria espaço-tempo. De acordo com as diferentes concepções de escrita obtidas na obra de Colette, nós podemos chegar à compreensão do ato de escrever como um jogo de sensações e de sentidos em que o sujeito, “eu”, permanece imerso em um espelho de linguagem, pelo qual ele se (re)constrói.
56

Jogos de cena: ensaios sobre o documentário brasileiro contemporâneo

Ilana Feldman Marzochi 04 June 2012 (has links)
Ensaísmo, práticas confessionais, autoficção, performance de si, apropriação de imagens amadoras, valorização do processo e abertura da cena à sua não-realização, na forma da emergência do fracasso, são escolhas, projetos ou procedimentos estéticos empregados em um número crescente de filmes brasileiros, sobretudo aqueles tomados por documentais. Tais escolhas dialogam, criticamente ou não, com uma cultura audiovisual colonizada por estratégias que visam a uma permanente intensificação dos \"efeitos de real\": seja por meio da tentativa de apagamento da linguagem como construção e mediação (o que chamamos de \"apelo realista\"), seja por meio da exposição de uma suposta intimidade como lugar privilegiado, ou mesmo garantia, da verdade do sujeito (o que chamamos de \"hipertrofia da subjetividade\"). Na contramão dessa tendência e operando na indeterminação entre autenticidade e encenação, pessoa e personagem, público e privado, processo e obra, experiência e jogo, vida e performance, diversos documentários brasileiros contemporâneos, que constituem o foco de nosso interesse, têm investido na opacidade, na explicitação das mediações, na reposição da distância e na tensão entre as subjetividades e seus horizontes ficcionais - destilando dúvidas a respeito da imagem documental, colocando sob suspeita seus procedimentos ou produzindo suas próprias esquivas. Os filmes que constituem o nosso corpus - caso de Jogo de cena (Eduardo Coutinho, 2007), Santiago (João Moreira Salles, 2007), Pancinema permanente (Carlos Nader, 2008), Juízo (Maria Augusta Ramos, 2008), Filmefobia (Kiko Goifman, 2009), Moscou (Eduardo Coutinho, 2009), Sábado à noite (Ivo Lopes Araújo, 2007), O céu sobre os ombros (Sergio Borges, 2010), Pacific (Marcelo Pedroso, 2009), Rua de mão dupla (Cao Guimarães, 2004), Avenida Brasília Formosa (Gabriel Mascaro, 2010) e Viajo porque preciso, volto porque te amo (Marcelo Gomes e Karim Ainouz, 2009), além de diversos outros títulos, de longas e curtas-metragens, a eles relacionados - não são aqui vistos como meros sintomas de nossa época, nem como formas puramente autônomas dotadas de legitimidade artística. Organizados em quatro ensaios e articulados a outras manifestações da cultura, os filmes analisados tanto constituem diversos regimes de visibilidade (com seus correlatos modos de produção da subjetividade) como tensionam as formas estéticas e as forças culturais, políticas e sociais em jogo em nossa sociedade mediada pela imagem, onde o que se mobiliza e disputa é a própria vida ordinária (que sempre interessou ao documentário), contígua às dinâmicas do capital e indissociável de seus jogos de cena. / Filmic essays, confessional practices, autofiction, performance of the self, appropriation of amateur images, appreciation of the creative process and the openness of the scene to its non-closure assuming a sense of failure: these are all choices, projects or aesthetic procedures employed by a growing number of Brazilian films, especially those classified as documental. These choices dialogue, critically or not, with an audiovisual culture colonized by strategies that aim the constant intensification of \"reality effects\". These effects are achieved either by the attempt of erasing filmic language as a construction and as a mediation process (what we name \"realist appeal\"), or by means of exposing an alleged intimacy as the place of the subject\'s guaranteed truth (what we name \"subjectivity hypertrophy\"). Heading towards another direction, a number of Brazilian contemporary documentaries work within an undetermined zone between the authentic and the staged, the real subject and the fictional character, the public and the private sphere, the artistic process and the final work, the real experience and the invented game, life and performance. These films, which will be the main focus of our interest, invest in the opacity of meaning, in the self-evidence of the filmic mediations as well as the reenactment of distances and tensions between subjects and their fictional counterparts, raising questions about the status of the documental image and putting their own artistic procedures under scrutiny. The films chosen for our analysis - Playing (Eduardo Coutinho, 2007), Santiago (João Moreira Salles, 2007), Permanent Pancinema (Carlos Nader, 2008), Behave (Maria Augusta Ramos, 2008), Filmphobia (Kiko Goifman, 2009), Moscow (Eduardo Coutinho, 2009), Saturday night (Ivo Lopes Araújo, 2007), The sky above (Sergio Borges, 2010), Pacific (Marcelo Pedroso, 2009), Two way street (Cao Guimarães, 2004), Avenida Brasília Formosa (Gabriel Mascaro, 2010) e I travel because I have to, I come back because I Love you (Marcelo Gomes e Karim Ainouz, 2009) and many other short and feature films - are not seen as symptoms of our time neither as purely autonomous forms with artistic legitimacy. Organized in four essays, the films are analyzed in combination with other cultural manifestations creating different visibility regimes (each one with its own mode of subjectivation) and tensions within the aesthetic forms and the cultural forces - a political and social quarrel at play in our society permeated by images - in which the place of dispute is a theme that always interested documentarists: the ordinary life, always connected to the dynamics of capitalism and inseparable from its scenic games.
57

Confissão e autoficção na obra de Reinaldo Santos Neves

Martinelli Filho, Nelson 25 September 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-12-23T14:34:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Nelson Martinelli Filho.pdf: 6828080 bytes, checksum: d8033304039c1cbe55060e8f39589aa1 (MD5) Previous issue date: 2012-09-25 / If in 19th and 20th centuries the notion of individual had been shaken by the thoughts of intellectuals like Friedrich Nietzsche, the image of the author has been continuously controlling literary works until the mid-1960s, when it also has suffered a process of decentralization, triggered by the texts of scholars like Roland Barthes and Michel Foucault. Nevertheless, nowadays the author comes back to the stage without its late oppressive presence: after some replacing and resizing, now he participates on the planning of the traps that deceive the reader with referrals to reality that are supposedly true and that mix themselves with fictional material. In autofiction, term coined by Serge Doubrovsky in 1970, the hypothetical boundaries between reality and fiction are erased and the impasse and indecision, even in the face of texts that are self-proclaimed autobiographies, do prevail. Although autofiction has its grounds in French theoretical thought, studies on this literary practice progress in the works of Brazilian authors, as it can be seen in the rising number of texts being published; courses being held; and of researchers taking the matter into account. In this sense, this dissertation proposes to adjust its focus to the work of Reinaldo Santos Neves in an attempt to grasp what lies beyond the coincidence of the name the author, narrator and character have, an intricate game that dim the boundaries between reality and fiction, suspending the beliefs that are pretentiously maintained in autobiographical accounts. In this way, the work of Reinaldo will be analyzed in order to identify how the author biographical data commingle with fictional elements, so that this imaginary other self cannot establish bounds with a solid and stable individual, but that it will nevertheless remain inside an unresolvable zone, where the traps hind the reader of leaning on any alleged truth / Se entre os séculos XIX e XX a noção de sujeito sofreu um abalo por meio de pensadores como Friedrich Nietzsche, a figura do autor continuou dominando as obras literárias pelo menos até a década de 1960, quando também passou por um processo de descentralização por conta de trabalhos de estudiosos como Roland Barthes e Michel Foucault. Hoje, porém, o autor volta à ribalta sem a presença opressiva de outrora: após um reposicionamento e um redimensionamento diante de sua obra, ele agora participa da elaboração de armadilhas que iludem o leitor com supostas referências à realidade que se misturam à matéria ficcional. Dentro da autoficção, prática nomeada por Serge Doubrovsky em 1970, as hipotéticas fronteiras entre o real e a ficção são apagadas, prevalecendo o impasse e a indecisão mesmo diante de textos que se autoproclamam autobiográficos. Embora a matriz teórica da autoficção seja francesa, avançam cada vez mais os estudos sobre essa prática na obra de autores brasileiros, como se nota no crescente número de publicações, cursos e pesquisadores que se lançam a estudar este assunto. Nesse sentido, a proposta desta dissertação é ajustar o foco para a obra de Reinaldo Santos Neves tentando enxergar, para muito além de uma simples coincidência entre o nome do autor, do narrador e do personagem, um elaborado jogo que obnubila as supostas fronteiras entre verdade e ficção, pondo em suspensão as certezas que pretensamente se tem em relatos autobiográficos convencionais. Dessa maneira, analisar-se-á ao longo da obra de Reinaldo como dados biográficos do autor se confundem com elementos ficcionais de modo que esse outro eu criado não consiga fincar raízes num sujeito sólido e estável, mas que permaneça dentro de uma zona do indecidível, onde as armadilhas impedem que o leitor se apoie em alguma suposta verdade
58

A autoficção em o Diário da queda, de Michel Laub

Dias, Cláudia Aparecida Dans 09 March 2017 (has links)
Submitted by Marta Toyoda (1144061@mackenzie.br) on 2017-04-24T17:12:49Z No. of bitstreams: 2 Cláudia Aparecida Dans Dias.pdf: 979629 bytes, checksum: 0f26fb3cdebd8c373b3699ad7b4ca99c (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Paola Damato (repositorio@mackenzie.br) on 2017-04-26T15:26:12Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Cláudia Aparecida Dans Dias.pdf: 979629 bytes, checksum: 0f26fb3cdebd8c373b3699ad7b4ca99c (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-26T15:26:12Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Cláudia Aparecida Dans Dias.pdf: 979629 bytes, checksum: 0f26fb3cdebd8c373b3699ad7b4ca99c (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2017-03-09 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este trabajo trata del romance Diario de la caída (2011), de Michel Laub, cuya narrativa se centraliza en la familia judía del narrador personaje. Recordando memorias y recuerdos, el protagonista también recoge a la escrita de un diario, como hicieron su abuelo y su padre, con el objetivo de comprender y conocer a sí mismo. Género subjetivo e íntimo, el diario se relaciona con la autobiografía, una vez que es el propio autor quien narra y registra su vida. Sin embargo, cuando la verdad se mezcla a la ficción y a los datos personales del escritor, ese registro se mueve para una nueva situación: la de la autoficción. Involucrado en polémicas y contradicciones teóricas, ese neologismo indica que la frontera entre ficción y verdad desapareció, lo que crea un texto ambiguo para el lector. Para contribuir con las discusiones sobre la autoficción, presentaremos, en un primer momento, las principales teorizaciones y discusiones tanto a respecto de la autoficción, como de la autobiografía y del diario. En un según momento, abordaremos el escenario literario nacional brasileño con foco en la obra de Michel Laub, para, luego, examinar como la autoficción se materializa en el Diario de la caída y cuál es la relación con el uso del diario como procedimiento de escrita. Será analizado también en que medida la presencia de diferentes diarios, incluyendo o ¿Es esto un hombre? de Primo Levi, contribuye para que el romance en estudio se aleje del relato histórico y se acerque de la ficción. / Este trabalho trata do romance Diário da queda (2011), de Michel Laub, cuja narrativa centra-se na família judaica do narrador-personagem. Recordando memórias e lembranças, o protagonista também apela à escrita de um diário, como fizeram o avô e o pai, com o intuito de compreender e de conhecer a si mesmo. Gênero subjetivo e íntimo, o diário relaciona-se com a autobiografia, uma vez que é o próprio autor quem narra e registra a sua vida. Porém, quando a verdade se mistura à ficção e aos dados pessoais do escritor, esse registro movimenta-se para uma nova estancia: a da autoficção. Envolto em polêmicas e contradições teóricas, esse neologismo indica que a fronteira entre ficção e verdade desapareceu, o que cria um texto ambíguo para o leitor. A fim de contribuir com as discussões sobre a autoficção, apresentaremos, em um primeiro momento, as principais teorizações e discussões tanto a respeito da autoficção, como da autobiografia e do diário. Num segundo momento, abordaremos o cenário literário nacional brasileiro com foco na obra de Michel Laub, para, a seguir, examinar como a autoficção se materializa em o Diário da queda e qual é a relação com o uso do diário como procedimento de escrita. Será analisado também em que medida a presença de diferentes diários, incluindo o É isto um homem?, de Primo Levi, contribui para que o romance em estudo afasta-se do relato histórico e se aproxima da ficção.
59

Infinitivamente pessoal: a autoficção de Caio Fernando Abreu, \'O biógrafo da emoção\' / Infinitivamente pessoal: the autofiction of Caio Fernando Abreu, the \"bigrapher of emotion\"

Barbosa, Nelson Luis 08 May 2009 (has links)
Este trabalho tem como objetivo estudar a escrita autoficcional de Caio Fernando Abreu (1948-1996) segundo as concepções, respectivamente, dos teóricos franceses Serge Doubrovsky e Vincent Colonna, destacando-a e diferenciando-a de uma escrita pretensamente autobiográfica, segundo a concepção do também francês Philippe Lejeune. Se para Doubrovsky a escrita autoficcional é identificável pela condição do homonimato entre autor-narrador-personagem, para Colonna tal condição não se faz necessária para a identificação dessa escrita. Desse modo, no caso da autoficção segundo Colonna, para identificação da autoficção de Caio F., propõe-se o critério da sobreposição de textos com base nos paratextos genettianos. Procura-se, assim, estabelecer as bases diferenciais de uma escrita autoficcional que congrega em sua estrutura fatos reais e ficcionais elaborados pela linguagem, em contraposição a uma escrita dita autobiográfica baseada num pretenso pacto de verdade, entendendo ser a autoficção a forma de escrita amplamente praticada por Caio F. Para demonstração dessa escrita autoficcional, promove-se a análise e interpretação de textos significativos de Caio F., neles identificando as estruturas que os tornam autênticas autoficções. / This work aims to study the autofictional writings of Caio Fernando Abreu (1948-1996) according to the French scholars Serge Doubrovsky and Vincent Colonna, emphasizing and differentiating it from a supposedly autobiographic writing and also according to Philippe Lejeune. If, according to Doubrovsky, autofictional writing is recognizable by the requisite of homonimity author-narrator-character, to Colonna such requirement is not necessary. According to the latter, to identify Caio F.s autofiction, one must adopt the criteria of superposition of texts, based on Genets concept of paratext. Therefore, our goal is to establish the differential basis of an autofictional writing which creates in its structures of real and fictional facts elaborated by the language, as opposed to a writing considered autobiographic based on a intended pact of truth. Consequently, autofiction is the way of writing widely practiced by Caio F. In order to demonstrate this autofictional writing, we analyse and interprete Caios most important texts, identifying in them the structures that make them genuine autofictions.
60

A própria vida: efeitos de real e de sinceridade nas autoficções de Julián Fuks e de Karl Ove Knausgård / Your own life: effects of reality and sincerity in the autofiction of Julián Fuks and Karl Ove Knausgård

Silva, Camilo Gomide Cavalcanti 30 October 2017 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2017-11-14T11:40:08Z No. of bitstreams: 1 Camilo Gomide Cavalcanti Silva.pdf: 1007085 bytes, checksum: 60c372c60addef6cac28fb3f76f9c003 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-11-14T11:40:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Camilo Gomide Cavalcanti Silva.pdf: 1007085 bytes, checksum: 60c372c60addef6cac28fb3f76f9c003 (MD5) Previous issue date: 2017-10-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This work aims to analyze the effects of reality and sincerity in the autofictions A resistência, by Brazilian writer Julián Fuks, and Minha luta, by Norwegian writer Karl Ove Knausgård. These contemporary authors seek a new form of realistic expression in their works. Both start from a lack of interest in traditional fiction, with fictional plots and characters, and choose to write about their own life, finding greater legitimacy in the autobiographical. Autofiction was coined in the 1970s to define a practice which became popular among writers interested in telling their own story. Although it is inevitably contaminated by fiction, many authors have found in this genre a means of seeking new effects of reality and authenticity. This research intends to understand how these writers forge these impressions from something so notoriously fallible as memory. The theoretical foundations of this research have, as a starting point, the seminal analyses of Michel Foucault on the writings of the self and the study of Jean Starobinski on the Confessions of Rousseau. From the literary field, Roland Barthes’ studies on realism and the limits of representation are considered, as well as other theorists dedicated to the themes of autobiography and autofiction, such as Lejeune (2014), Doubrovsky (1977) (who coined the term autofiction) and contemporary researchers such as Schøllhammer (2009), Klinger (2012), Faedrich (2016) and Perrone-Moisés (2016). The conclusion of this research is that both Fuks and Knausgård find, in autofiction, a form of greater commitment to literature. The difference, however, is that in A resistência, the effect of reality comes from the narrator’s constant suspicion of his own narrative; and in Minha luta, this effect comes from the corrosive confession of the narrator, who deeply identifies with the author / Este trabalho tem por finalidade analisar os efeitos de real e de sinceridade nas autoficções A resistência, do escritor brasileiro Julián Fuks, e Minha luta, do escritor norueguês Karl Ove Knausgård. Esses autores contemporâneos buscam, nessas obras, uma nova forma de expressão realista. Ambos partem de um desinteresse por ficções tradicionais, com enredos e personagens fictícios, e optam por escrever sobre a própria vida, por encontrarem, no material autobiográfico, uma maior legitimidade. A autoficção é um neologismo criado na década de 1970 para definir a prática, que se popularizou entre alguns escritores interessados em narrar sua própria história. Embora seja marcada pela contaminação inevitável da ficção, muitos autores têm encontrado no gênero um meio de buscar novos efeitos de real e de autenticidade. Esta pesquisa pretende entender como esses escritores forjam essas impressões, a partir de uma matéria sabidamente falível como a memória. Os fundamentos teóricos da investigação têm, por ponto de partida, as análises seminais de Michel Foucault a respeito das escritas de si e o estudo de Jean Starobinski sobre as Confissões, de Rousseau. No campo literário, alicerçam a pesquisa os estudos de Roland Barthes sobre o realismo e os limites da representação, além de outros teóricos que se dedicam à questão da autobiografia e da autoficção, como Lejeune (2014), Doubrovsky (1977) (o inventor do termo autoficção) e pesquisadores contemporâneos como: Schøllhammer (2009), Klinger (2012), Faedrich (2016) e Perrone-Moisés (2016). A conclusão da pesquisa é a de que tanto Fuks quanto Knausgård encontram na autoficção uma forma de comprometimento maior com a literatura. A diferença, no entanto, é a de que, em A resistência, o efeito de real advém da desconfiança permanente do narrador sobre o próprio relato; e, em Minha luta, este efeito provém da confissão corrosiva do narrador, que se identifica profundamente com o autor

Page generated in 0.4259 seconds