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O dispositivo e seus processo: análise dos filmes 33 e filmefobia e seus diários de campo / The device and its process: analysis of 33 films, filmefobia and his field diariesPereira, Georgia da Cruz January 2011 (has links)
PEREIRA, Georgia da Cruz; FURTADO, Sylvia Beatriz Bezerra. O dispositivo e seu processo: análise dos filmes 33, filmefobia e seus diários de campo. 2011. 117f. Dissertação (Mestradol) – Universidade Federal do Ceará, Instituto de Arte e Cultura, Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social, Fortaleza-CE, 2011. / Submitted by Maria Josineide Góis (josineide@ufc.br) on 2011-08-29T11:35:47Z
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Previous issue date: 2011 / This research analyzes the movies 33(2003) and Filmefobia (2009), directed by
Brazilian filmmaker Kiko Goifman. The movies were studied from their
cinematographic perspective and narratives, seeking to indentify how act the appartus
developed by the director and its relationship with the creative process. From an
explanation about the concept of apparatus in cinema, is traced its relationship to
contemporary Brazilian documentaries and narrative questions. Within these apparatus,
it works also with the notion of criticism of the creative process, focusing on the
analysis of the filming journals. Through analysis of the films, the aim is to understand
how is the construction of the apparatus in the documentaries in question, their action
parameters and their relationship with the creative process. This research works with the
methodology of film analysis and criticism of the process. / O presente trabalho analisa os filmes 33 e Filmefobia, do cineasta brasileiro Kiko
Goifman, a partir de suas perspectivas cinematográficas e narrativas, buscando
identificar de que maneira os dispositivos desenvolvidos pelo diretor atuam, como se
organizam suas narrativas e suas relações com o processo criativo. A partir de uma
explanação sobre o conceito de dispositivo no cinema, traça-se sua relação com o
documentário brasileiro contemporâneo e as questões narrativas. Dentro desses
dispositivos, trabalha-se ainda com a noção de crítica de processo de criação, tendo
como foco da análise os diários de filmagens. Por meio da análise dos filmes, pretendese
compreender como se dá a construção dos dispositivos nos documentários em
questão, seus parâmetros de atuação e sua relação com o processo de criação. Esta
pesquisa trabalha com a metodologia de análise fílmica e de crítica de processo.
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Dispositivo e processo de criação: estratégias narrativas no audiovisualPereira, Georgia da Cruz 31 January 2014 (has links)
Submitted by Amanda Silva (amanda.osilva2@ufpe.br) on 2015-04-14T15:33:21Z
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Previous issue date: 2014 / CAPES / A presente pesquisa discute o processo de criação das obras artísticas, seu
modos de estudos e análises, bem como as relações entre os dispositivos
fílmicos utilizados como estratégias narrativas e a questão do processo de
criação no cinema documentário contemporâneo. Ao observar a particularidade
dos filmes-dispositivo, que trazem em si mesmos registros de seus processos,
foi possível formular a hipótese de que para o conjunto de filmes pertencentes
a essa produção é possível sim abordar a obra também como sendo um
documento de seu processo de criação. A partir dos conceitos de dispositivo
como estratégia narrativa de Cezar Migliorin (2008) e da noção de processo de
criação de Cecília Almeida Salles (2008), dentre outros autores, é proposta
uma metodologia de análise específica para trabalhar com filmes cujo processo
de criação está explicitado na própria obra e compõe assim um paradoxo na
imagem. A essa proposição chamou-se Análise Fílmica Processual. Para a
composição do corpus foram escolhidos filmes da produção contemporânea
em que os autores se utilizam dessa instância processual para a formulação de
suas obras e nos quais o processo se faz perceptível, integrando o sentido da
obra. Os filmes analisados são Câmara Escura (2012), de Marcelo Pedroso;
Moscou(2010), de Eduardo Coutinho; Um Passaporte Húngado (2002), de
Sandra Kogut; e 33 (2003), de Kiko Goifman. Esses filmes foram analisados à
luz da proposta metodológica de Análise Fílmica Processual. Foi possível
compreender como os dispositivos fílmicos como estratégia narrativa se
articulam com os processos de criação de modo a possibilitar uma
compreensão do percursos de realização das obras.
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Ponto de vista a(u)torizado: composições da autoria no documentário brasileiro contemporâneoSilva, Mariana Duccini Junqueira da 03 May 2013 (has links)
Aspecto central no documentário brasileiro contemporâneo, a valorização da experiência do outro como vivência singular faz com que voltemos os olhos e os ouvidos ao homem comum, às expressões individuais, às formas particulares com que os indivíduos ordenam seu estar no mundo. Estruturados prioritariamente por um encontro entre sujeitos, esses filmes podem apresentar uma composição da alteridade que não se reduza às configurações de um \"indivíduo típico\", assim como às de um \"outro absolutizado\". Instiga-nos, nas modulações dessa relação, apreender um ponto de vista que se a(u)toriza no documentário, engendrando um espaço de autoria: ao mesmo tempo em que se inscreve na cena, organiza o filme como discurso, pela distribuição das formas de ver e ouvir o outro - panorama em que se tornam apreensíveis as condições que dão forma ao encontro. A análise da autoria no documentário contemporâneo, conforme propomos, considera os condicionantes históricos que o compreendem como gênero discursivo, ao mesmo tempo em que suscita a investigação dos efeitos de singularidade apreensíveis nos filmes, que remetem a um nome de autor. Sob conformações estéticas específicas, delineiam-se lugares de autoria que, pela especificidade do documentário como prática social, não são alheios a uma determinação ética: aquela que se estabelece quando, postos em relação, sujeito da câmera e sujeito para a câmera tornam-se interdependentes, dimensão em que, no encontro com o outro, faz-se do próprio sujeito um outro. Propomos uma análise inter-relacionada, distribuída em três capítulos, dos documentários Nós que aqui estamos por vós esperamos (1999), de Marcelo Masagão; Santiago (2007), de João Moreira Salles; e Pacific (2009), de Marcelo Pedroso; A pessoa é para o que nasce (2005), de Roberto Berliner; Estamira (2006), de Marcos Prado; e Garapa (2009), de José Padilha; Santo forte (1999), de Eduardo Coutinho; A falta que me faz (2009), de Marília Rocha; e O céu sobre os ombros (2010), de Sérgio Borges. / Main aspect in contemporary Brazilian documentaries, the appreciation of the experience of the other as a unique existence forces us to see and listen to the ordinary man, to the individual expressions, to the particular ways in which individuals organize their modes of being-in-the-world. These movies, when primarily structured by an encounter between subjects, present a conception of alterity that is not restricted to the configurations of a \"typical individual\", as well to the \"absolutized other\". In the modulations of this relationship, we aim to understand a point of view that authorizes (actorizes) itself in the documentary, engendering a space for the authorship: at the same time it is registered in the scene, it organizes the movie as a discourse, through the distribution of the forms of seeing and listening the other - creating a panorama in which the conditions that shape the encounter become apprehensible. The analysis of the authorship in contemporary documentaries, as we propose, considers the historical coercions of the discourse genre, at the same time it investigates the singularities of the movies, concerning the name of the author. Under specific aesthetic conformation, some places of authorship are outlined, which, due to the specificity of the documentaries as social practices, are not unconcerned to an ethical determination: the one that is established when the subject of the camera and the subject to the camera become interdependent, and in the encounter with the other, the subject himself becomes the other. We propose an interrelated analysis, which is distributed in three chapters, of the Brazilian documentaries Nós que aqui estamos por vós esperamos (1999), by Marcelo Masagão; Santiago (2007), by João Moreira Salles; and Pacific (2009), by Marcelo Pedroso; A pessoa é para o que nasce (2005), by Roberto Berliner; Estamira (2006), by Marcos Prado; and Garapa (2009), by José Padilha; Santo forte (1999), by Eduardo Coutinho; A falta que me faz (2009), by Marília Rocha; and O céu sobre os ombros (2010), by Sérgio Borges.
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Ponto de vista a(u)torizado: composições da autoria no documentário brasileiro contemporâneoMariana Duccini Junqueira da Silva 03 May 2013 (has links)
Aspecto central no documentário brasileiro contemporâneo, a valorização da experiência do outro como vivência singular faz com que voltemos os olhos e os ouvidos ao homem comum, às expressões individuais, às formas particulares com que os indivíduos ordenam seu estar no mundo. Estruturados prioritariamente por um encontro entre sujeitos, esses filmes podem apresentar uma composição da alteridade que não se reduza às configurações de um \"indivíduo típico\", assim como às de um \"outro absolutizado\". Instiga-nos, nas modulações dessa relação, apreender um ponto de vista que se a(u)toriza no documentário, engendrando um espaço de autoria: ao mesmo tempo em que se inscreve na cena, organiza o filme como discurso, pela distribuição das formas de ver e ouvir o outro - panorama em que se tornam apreensíveis as condições que dão forma ao encontro. A análise da autoria no documentário contemporâneo, conforme propomos, considera os condicionantes históricos que o compreendem como gênero discursivo, ao mesmo tempo em que suscita a investigação dos efeitos de singularidade apreensíveis nos filmes, que remetem a um nome de autor. Sob conformações estéticas específicas, delineiam-se lugares de autoria que, pela especificidade do documentário como prática social, não são alheios a uma determinação ética: aquela que se estabelece quando, postos em relação, sujeito da câmera e sujeito para a câmera tornam-se interdependentes, dimensão em que, no encontro com o outro, faz-se do próprio sujeito um outro. Propomos uma análise inter-relacionada, distribuída em três capítulos, dos documentários Nós que aqui estamos por vós esperamos (1999), de Marcelo Masagão; Santiago (2007), de João Moreira Salles; e Pacific (2009), de Marcelo Pedroso; A pessoa é para o que nasce (2005), de Roberto Berliner; Estamira (2006), de Marcos Prado; e Garapa (2009), de José Padilha; Santo forte (1999), de Eduardo Coutinho; A falta que me faz (2009), de Marília Rocha; e O céu sobre os ombros (2010), de Sérgio Borges. / Main aspect in contemporary Brazilian documentaries, the appreciation of the experience of the other as a unique existence forces us to see and listen to the ordinary man, to the individual expressions, to the particular ways in which individuals organize their modes of being-in-the-world. These movies, when primarily structured by an encounter between subjects, present a conception of alterity that is not restricted to the configurations of a \"typical individual\", as well to the \"absolutized other\". In the modulations of this relationship, we aim to understand a point of view that authorizes (actorizes) itself in the documentary, engendering a space for the authorship: at the same time it is registered in the scene, it organizes the movie as a discourse, through the distribution of the forms of seeing and listening the other - creating a panorama in which the conditions that shape the encounter become apprehensible. The analysis of the authorship in contemporary documentaries, as we propose, considers the historical coercions of the discourse genre, at the same time it investigates the singularities of the movies, concerning the name of the author. Under specific aesthetic conformation, some places of authorship are outlined, which, due to the specificity of the documentaries as social practices, are not unconcerned to an ethical determination: the one that is established when the subject of the camera and the subject to the camera become interdependent, and in the encounter with the other, the subject himself becomes the other. We propose an interrelated analysis, which is distributed in three chapters, of the Brazilian documentaries Nós que aqui estamos por vós esperamos (1999), by Marcelo Masagão; Santiago (2007), by João Moreira Salles; and Pacific (2009), by Marcelo Pedroso; A pessoa é para o que nasce (2005), by Roberto Berliner; Estamira (2006), by Marcos Prado; and Garapa (2009), by José Padilha; Santo forte (1999), by Eduardo Coutinho; A falta que me faz (2009), by Marília Rocha; and O céu sobre os ombros (2010), by Sérgio Borges.
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A memória e o fascínio pelo tempo na tendência slow cinema de documentárioFernandes, Mariana Sibele 25 April 2017 (has links)
Submitted by isabela.moljf@hotmail.com (isabela.moljf@hotmail.com) on 2017-06-19T15:09:53Z
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Previous issue date: 2017-04-25 / O fascínio pela dimensão temporal, evidenciado na forma e ou na temática de algumas obras, marca uma das principais características encontradas em parte do documentário brasileiro contemporâneo. A ênfase na passagem do tempo ganha maior relevo quando, na busca incessante pela experiência singular do outro, os filmes abordam a memória pessoal como possibilidade de relacionar o ordinário, os gestos mais banais a um modo particular de ser e de estar num mundo em devir. E, se tratando da forma, a preferência por imagens longas e fixas intensifica a ideia de inexorabilidade do tempo, provocando no espectador o que Lúcia Nagib (2013) chama de stasis reflexiva. A tendência por um cinema mais contemplativo, cuja estética da lentidão nos direciona para novas formas de realismo cinematográfico, pode estar relacionada com o que tem se convencionado chamar de slow cinema – caracterizado, principalmente, pela fixação com o tempo, o uso de tomadas longas, a falta de enredo e o foco no cotidiano. / The fascination for the temporal dimension, evidenced in the form and or thematic of some works, marks one of the main features found in part of contemporary brazilian documentary. The emphasis on the passage of time comes to the fore when, in the incessant search for the individual's unique experience, the films approach personal memory as the possibility of relating the ordinary, the most banal gestures to a particular way of being and being in a becoming world. And, as for form, the preference for long and fixed images intensifies the idea of inexorability of time, provoking in the spectator what Lúcia Nagib (2013) calls reflexive stasis. The tendency for a more contemplative cinema, whose aesthetics of slowness directs us to new forms of cinematic realism, may be related to what has been conventionally termed slow cinema - mainly characterized by the fixation with time, the use of long shots, the lack of plot and the focus on everyday life.
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Jogos de cena: ensaios sobre o documentário brasileiro contemporâneoMarzochi, Ilana Feldman 04 June 2012 (has links)
Ensaísmo, práticas confessionais, autoficção, performance de si, apropriação de imagens amadoras, valorização do processo e abertura da cena à sua não-realização, na forma da emergência do fracasso, são escolhas, projetos ou procedimentos estéticos empregados em um número crescente de filmes brasileiros, sobretudo aqueles tomados por documentais. Tais escolhas dialogam, criticamente ou não, com uma cultura audiovisual colonizada por estratégias que visam a uma permanente intensificação dos \"efeitos de real\": seja por meio da tentativa de apagamento da linguagem como construção e mediação (o que chamamos de \"apelo realista\"), seja por meio da exposição de uma suposta intimidade como lugar privilegiado, ou mesmo garantia, da verdade do sujeito (o que chamamos de \"hipertrofia da subjetividade\"). Na contramão dessa tendência e operando na indeterminação entre autenticidade e encenação, pessoa e personagem, público e privado, processo e obra, experiência e jogo, vida e performance, diversos documentários brasileiros contemporâneos, que constituem o foco de nosso interesse, têm investido na opacidade, na explicitação das mediações, na reposição da distância e na tensão entre as subjetividades e seus horizontes ficcionais - destilando dúvidas a respeito da imagem documental, colocando sob suspeita seus procedimentos ou produzindo suas próprias esquivas. Os filmes que constituem o nosso corpus - caso de Jogo de cena (Eduardo Coutinho, 2007), Santiago (João Moreira Salles, 2007), Pancinema permanente (Carlos Nader, 2008), Juízo (Maria Augusta Ramos, 2008), Filmefobia (Kiko Goifman, 2009), Moscou (Eduardo Coutinho, 2009), Sábado à noite (Ivo Lopes Araújo, 2007), O céu sobre os ombros (Sergio Borges, 2010), Pacific (Marcelo Pedroso, 2009), Rua de mão dupla (Cao Guimarães, 2004), Avenida Brasília Formosa (Gabriel Mascaro, 2010) e Viajo porque preciso, volto porque te amo (Marcelo Gomes e Karim Ainouz, 2009), além de diversos outros títulos, de longas e curtas-metragens, a eles relacionados - não são aqui vistos como meros sintomas de nossa época, nem como formas puramente autônomas dotadas de legitimidade artística. Organizados em quatro ensaios e articulados a outras manifestações da cultura, os filmes analisados tanto constituem diversos regimes de visibilidade (com seus correlatos modos de produção da subjetividade) como tensionam as formas estéticas e as forças culturais, políticas e sociais em jogo em nossa sociedade mediada pela imagem, onde o que se mobiliza e disputa é a própria vida ordinária (que sempre interessou ao documentário), contígua às dinâmicas do capital e indissociável de seus jogos de cena. / Filmic essays, confessional practices, autofiction, performance of the self, appropriation of amateur images, appreciation of the creative process and the openness of the scene to its non-closure assuming a sense of failure: these are all choices, projects or aesthetic procedures employed by a growing number of Brazilian films, especially those classified as documental. These choices dialogue, critically or not, with an audiovisual culture colonized by strategies that aim the constant intensification of \"reality effects\". These effects are achieved either by the attempt of erasing filmic language as a construction and as a mediation process (what we name \"realist appeal\"), or by means of exposing an alleged intimacy as the place of the subject\'s guaranteed truth (what we name \"subjectivity hypertrophy\"). Heading towards another direction, a number of Brazilian contemporary documentaries work within an undetermined zone between the authentic and the staged, the real subject and the fictional character, the public and the private sphere, the artistic process and the final work, the real experience and the invented game, life and performance. These films, which will be the main focus of our interest, invest in the opacity of meaning, in the self-evidence of the filmic mediations as well as the reenactment of distances and tensions between subjects and their fictional counterparts, raising questions about the status of the documental image and putting their own artistic procedures under scrutiny. The films chosen for our analysis - Playing (Eduardo Coutinho, 2007), Santiago (João Moreira Salles, 2007), Permanent Pancinema (Carlos Nader, 2008), Behave (Maria Augusta Ramos, 2008), Filmphobia (Kiko Goifman, 2009), Moscow (Eduardo Coutinho, 2009), Saturday night (Ivo Lopes Araújo, 2007), The sky above (Sergio Borges, 2010), Pacific (Marcelo Pedroso, 2009), Two way street (Cao Guimarães, 2004), Avenida Brasília Formosa (Gabriel Mascaro, 2010) e I travel because I have to, I come back because I Love you (Marcelo Gomes e Karim Ainouz, 2009) and many other short and feature films - are not seen as symptoms of our time neither as purely autonomous forms with artistic legitimacy. Organized in four essays, the films are analyzed in combination with other cultural manifestations creating different visibility regimes (each one with its own mode of subjectivation) and tensions within the aesthetic forms and the cultural forces - a political and social quarrel at play in our society permeated by images - in which the place of dispute is a theme that always interested documentarists: the ordinary life, always connected to the dynamics of capitalism and inseparable from its scenic games.
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Jogos de cena: ensaios sobre o documentário brasileiro contemporâneoIlana Feldman Marzochi 04 June 2012 (has links)
Ensaísmo, práticas confessionais, autoficção, performance de si, apropriação de imagens amadoras, valorização do processo e abertura da cena à sua não-realização, na forma da emergência do fracasso, são escolhas, projetos ou procedimentos estéticos empregados em um número crescente de filmes brasileiros, sobretudo aqueles tomados por documentais. Tais escolhas dialogam, criticamente ou não, com uma cultura audiovisual colonizada por estratégias que visam a uma permanente intensificação dos \"efeitos de real\": seja por meio da tentativa de apagamento da linguagem como construção e mediação (o que chamamos de \"apelo realista\"), seja por meio da exposição de uma suposta intimidade como lugar privilegiado, ou mesmo garantia, da verdade do sujeito (o que chamamos de \"hipertrofia da subjetividade\"). Na contramão dessa tendência e operando na indeterminação entre autenticidade e encenação, pessoa e personagem, público e privado, processo e obra, experiência e jogo, vida e performance, diversos documentários brasileiros contemporâneos, que constituem o foco de nosso interesse, têm investido na opacidade, na explicitação das mediações, na reposição da distância e na tensão entre as subjetividades e seus horizontes ficcionais - destilando dúvidas a respeito da imagem documental, colocando sob suspeita seus procedimentos ou produzindo suas próprias esquivas. Os filmes que constituem o nosso corpus - caso de Jogo de cena (Eduardo Coutinho, 2007), Santiago (João Moreira Salles, 2007), Pancinema permanente (Carlos Nader, 2008), Juízo (Maria Augusta Ramos, 2008), Filmefobia (Kiko Goifman, 2009), Moscou (Eduardo Coutinho, 2009), Sábado à noite (Ivo Lopes Araújo, 2007), O céu sobre os ombros (Sergio Borges, 2010), Pacific (Marcelo Pedroso, 2009), Rua de mão dupla (Cao Guimarães, 2004), Avenida Brasília Formosa (Gabriel Mascaro, 2010) e Viajo porque preciso, volto porque te amo (Marcelo Gomes e Karim Ainouz, 2009), além de diversos outros títulos, de longas e curtas-metragens, a eles relacionados - não são aqui vistos como meros sintomas de nossa época, nem como formas puramente autônomas dotadas de legitimidade artística. Organizados em quatro ensaios e articulados a outras manifestações da cultura, os filmes analisados tanto constituem diversos regimes de visibilidade (com seus correlatos modos de produção da subjetividade) como tensionam as formas estéticas e as forças culturais, políticas e sociais em jogo em nossa sociedade mediada pela imagem, onde o que se mobiliza e disputa é a própria vida ordinária (que sempre interessou ao documentário), contígua às dinâmicas do capital e indissociável de seus jogos de cena. / Filmic essays, confessional practices, autofiction, performance of the self, appropriation of amateur images, appreciation of the creative process and the openness of the scene to its non-closure assuming a sense of failure: these are all choices, projects or aesthetic procedures employed by a growing number of Brazilian films, especially those classified as documental. These choices dialogue, critically or not, with an audiovisual culture colonized by strategies that aim the constant intensification of \"reality effects\". These effects are achieved either by the attempt of erasing filmic language as a construction and as a mediation process (what we name \"realist appeal\"), or by means of exposing an alleged intimacy as the place of the subject\'s guaranteed truth (what we name \"subjectivity hypertrophy\"). Heading towards another direction, a number of Brazilian contemporary documentaries work within an undetermined zone between the authentic and the staged, the real subject and the fictional character, the public and the private sphere, the artistic process and the final work, the real experience and the invented game, life and performance. These films, which will be the main focus of our interest, invest in the opacity of meaning, in the self-evidence of the filmic mediations as well as the reenactment of distances and tensions between subjects and their fictional counterparts, raising questions about the status of the documental image and putting their own artistic procedures under scrutiny. The films chosen for our analysis - Playing (Eduardo Coutinho, 2007), Santiago (João Moreira Salles, 2007), Permanent Pancinema (Carlos Nader, 2008), Behave (Maria Augusta Ramos, 2008), Filmphobia (Kiko Goifman, 2009), Moscow (Eduardo Coutinho, 2009), Saturday night (Ivo Lopes Araújo, 2007), The sky above (Sergio Borges, 2010), Pacific (Marcelo Pedroso, 2009), Two way street (Cao Guimarães, 2004), Avenida Brasília Formosa (Gabriel Mascaro, 2010) e I travel because I have to, I come back because I Love you (Marcelo Gomes e Karim Ainouz, 2009) and many other short and feature films - are not seen as symptoms of our time neither as purely autonomous forms with artistic legitimacy. Organized in four essays, the films are analyzed in combination with other cultural manifestations creating different visibility regimes (each one with its own mode of subjectivation) and tensions within the aesthetic forms and the cultural forces - a political and social quarrel at play in our society permeated by images - in which the place of dispute is a theme that always interested documentarists: the ordinary life, always connected to the dynamics of capitalism and inseparable from its scenic games.
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