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Santos, heróis ou demônios? Sobre as relações entre índios, jesuítas e colonizadores na América Meridional (São Paulo e Paraguai/ Rio da Prata, séculos XVI-XVII) / Saints, heroes or demons? About the relations between indians, jesuits and settlers in Southern America (São Paulo and Paraguay/Rio da Prata, 16th and 17th centuries)Sposito, Fernanda 18 January 2013 (has links)
Esta pesquisa aborda as relações entre os europeus e as populações ameríndias na construção da colonização da América meridional, nos limites entre os domínios dos Impérios ibéricos entre os séculos XVI e XVII. O trabalho analisa diversos modelos de ocupação e de consolidação da empresa colonial nos territórios da capitania de São Vicente, parte do Estado do Brasil, e das províncias do Paraguai e Rio da Prata, pertencentes às Índias de Castela. Por serem territórios em fronteira (ainda que não demarcada à época), é possível perceber os conflitos e ao mesmo tempo os intercâmbios entre os agentes de ambas as partes. Dentro dessa conjuntura, são analisadas as alianças e guerras entre os índios e colonizadores, as missões jesuíticas e as bandeiras efetuadas pelos moradores da capitania de São Vicente. Esses temas convergem, por sua vez, para a centralidade dos povos indígenas na compreensão desse processo. / This research approaches the relationships among the Europeans and the Amerindian populations in the construction of the colonization of southern America, in the limits among the domains of the Iberian Empires between the 16th and 17th centuries. The work analyzes several occupation and consolidation models of the colonial company in the territories of São Vicentes captaincy, in part of Brazil, and in the provinces of Paraguay and the Rio da Prata, belonging to Índias de Castela. Being territories in border (although no demarcated in that time), it is possible to notice the conflicts and at the same time the interchange among the agents of both parts. In this conjuncture, the alliances and wars are analyzed among the Indians and settlers, the Jesuit missions and the expeditions accomplished by the residents of São Vicentes captaincy. These themes converge, for their part, to the centrality of the indigenous people in the understanding of this process.
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Santos, heróis ou demônios? Sobre as relações entre índios, jesuítas e colonizadores na América Meridional (São Paulo e Paraguai/ Rio da Prata, séculos XVI-XVII) / Saints, heroes or demons? About the relations between indians, jesuits and settlers in Southern America (São Paulo and Paraguay/Rio da Prata, 16th and 17th centuries)Fernanda Sposito 18 January 2013 (has links)
Esta pesquisa aborda as relações entre os europeus e as populações ameríndias na construção da colonização da América meridional, nos limites entre os domínios dos Impérios ibéricos entre os séculos XVI e XVII. O trabalho analisa diversos modelos de ocupação e de consolidação da empresa colonial nos territórios da capitania de São Vicente, parte do Estado do Brasil, e das províncias do Paraguai e Rio da Prata, pertencentes às Índias de Castela. Por serem territórios em fronteira (ainda que não demarcada à época), é possível perceber os conflitos e ao mesmo tempo os intercâmbios entre os agentes de ambas as partes. Dentro dessa conjuntura, são analisadas as alianças e guerras entre os índios e colonizadores, as missões jesuíticas e as bandeiras efetuadas pelos moradores da capitania de São Vicente. Esses temas convergem, por sua vez, para a centralidade dos povos indígenas na compreensão desse processo. / This research approaches the relationships among the Europeans and the Amerindian populations in the construction of the colonization of southern America, in the limits among the domains of the Iberian Empires between the 16th and 17th centuries. The work analyzes several occupation and consolidation models of the colonial company in the territories of São Vicentes captaincy, in part of Brazil, and in the provinces of Paraguay and the Rio da Prata, belonging to Índias de Castela. Being territories in border (although no demarcated in that time), it is possible to notice the conflicts and at the same time the interchange among the agents of both parts. In this conjuncture, the alliances and wars are analyzed among the Indians and settlers, the Jesuit missions and the expeditions accomplished by the residents of São Vicentes captaincy. These themes converge, for their part, to the centrality of the indigenous people in the understanding of this process.
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Índices de alteração e de alterabilidade de rochas: aplicação para amostras de basalto da Pedreira Bandeirantes, São Carlos (SP) / not availableGuzzi, Thulla Christina Esteves de 22 February 1995 (has links)
Neste trabalho apresenta-se uma breve revisão bibliográfica sobre índices de alteração e alterabilidade de rochas e uma avaliação da alterabilidade de amostras de basalto da Pedreira Bandeirantes, São Carlos (SP). Esta avaliação segue basicamente a metodologia apresentada por Ladeira e Minette (1984a). As amostras estudadas foram coletadas em dois diferentes estágios de alteração (A e B) e submetidas a ensaios de alteração natural e acelerada. O ensaio de alteração acelerada escolhido foi a ciclagem água-estufa. O grau de alteração das amostras foi avaliado através de dois diferentes índices, um físico (perda de massa) e um mecânico (resistência ao impacto \"treton\"). Observaram-se para os basaltos A e B velocidades de alteração natural anuais de respectivamente, 0.016Irt/ano e 0.175Irt/ano (valores relacionados ao índice mecânico de alteração). / not available
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Índices de alteração e de alterabilidade de rochas: aplicação para amostras de basalto da Pedreira Bandeirantes, São Carlos (SP) / not availableThulla Christina Esteves de Guzzi 22 February 1995 (has links)
Neste trabalho apresenta-se uma breve revisão bibliográfica sobre índices de alteração e alterabilidade de rochas e uma avaliação da alterabilidade de amostras de basalto da Pedreira Bandeirantes, São Carlos (SP). Esta avaliação segue basicamente a metodologia apresentada por Ladeira e Minette (1984a). As amostras estudadas foram coletadas em dois diferentes estágios de alteração (A e B) e submetidas a ensaios de alteração natural e acelerada. O ensaio de alteração acelerada escolhido foi a ciclagem água-estufa. O grau de alteração das amostras foi avaliado através de dois diferentes índices, um físico (perda de massa) e um mecânico (resistência ao impacto \"treton\"). Observaram-se para os basaltos A e B velocidades de alteração natural anuais de respectivamente, 0.016Irt/ano e 0.175Irt/ano (valores relacionados ao índice mecânico de alteração). / not available
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A conquista e a ocupação da Amazônia brasileira no período colonial: a definição das fronteiras / The conquest and settling of the Brazilian Amazon region during the colonization period: the definition of the bordersRezende, Tadeu Valdir Freitas de 20 October 2006 (has links)
A conquista e ocupação da Amazônia, no período colonial, foram empreendimentos conduzidos pelo Estado, planejados e executados com prioridade política pelo governo metropolitano, que resultaram na incorporação ao território do Brasil de, aproximadamente, 60% de sua área total atual. Coube a Portugal, ainda durante a vigência da União Ibérica, sob ordens do Rei de Espanha, a expulsão dos franceses de São Luís do Maranhão e a fundação, em 1616, do Forte do Presépio de Santa Maria de Belém. A partir dessa posição, pescadores e comerciantes ingleses e holandeses, que iniciavam sua instalação no baixo Amazonas, foram expulsos pelas forças portuguesas, que passaram então a controlar o acesso à maior bacia hidrográfica do mundo. Com a criação do Estado do Maranhão e Grão-Pará, em 1621 - entidade política autônoma e independente do Estado do Brasil - a administração desses territórios passou a ser diretamente subordinada ao governo de Lisboa, iniciando-se um processo irreversível de exploração e penetração territorial pela vasta rede hidrográfica amazônica. Uma expedição oficial, realizada entre 1637 e 1639, pretendeu estabelecer um limite entre os domínios das duas Coroas ibéricas; foi chefiada por Pedro Teixeira, que lavrou ata de posse para Portugal das terras situadas a oeste da povoação de Franciscana, fundada pelos portugueses em pleno território do Equador atual. Pouco tempo depois, entre 1647 e 1651, o bandeirante Antonio Raposo Tavares realizou uma das maiores expedições geográficas da história, uma viagem de São Paulo a Belém, percorrendo mais de 5.000 km pelos sertões do continente americano. Essa expedição revelou acessos do sul do Brasil para a Amazônia e a importância do Rio Madeira e sua ligação com os altiplanos andinos. Por essa razão, estratégica, a Coroa portuguesa determinou a ocupação do vale do Rio Madeira pelos missionários religiosos, agentes imprescindíveis de conversão e conquista que, em pouco menos de um século depois da construção de Belém, haviam irradiado a ocupação por meio de dezenas de missões fundadas nos mais diversos pontos do território amazônico. Lisboa determinou também: o enfrentamento das incursões francesas no norte do Amazonas; a conquista dos Rios Negro e Branco; a expulsão dos jesuítas a serviço de Espanha do Rio Solimões; e a expedição ao Rio Madeira para conter a presença espanhola a oeste do Rio Guaporé. Todas as ações fizeram parte da estratégia para garantir a posse da Amazônia e tinham por objetivo preservar as conquistas territoriais empreendidas pelas expedições oficiais, pelos missionários, entradistas e bandeirantes. Principalmente a partir do reinado de Dom João V, de 1706 a 1750, Portugal passou a priorizar a definição de suas fronteiras coloniais com o propósito de revisar os acordos anteriores de limites e abolir o Tratado de Tordesilhas, firmado em 1494. A aproximação das Coroas ibéricas e a extraordinária atuação de Alexandre de Gusmão nas negociações de fronteiras resultaram na assinatura, em 1750, do Tratado de Madri: legalizava-se, pelo argumento de posse da terra - uti possidetis - e pela busca das fronteiras naturais, a ocupação da Amazônia e do Centro-Oeste do Brasil. Na Amazônia, Lisboa decidira tomar para si o controle das missões religiosas, realizando um programa de profunda reorganização política, econômica, social, administrativa, judicial e religiosa. Essa política propunha-se, sobretudo, a promover o povoamento do território e a garantir sua defesa e sua posse. Vilas foram fundadas; missões, erguidas à categoria de vilas; e, sobretudo, uma linha defensiva de fortificações portuguesas, construídas para guarnecer os limites exteriores da região: São José de Marabitanas e São Gabriel da Cachoeira, no Rio Negro; São Francisco Xavier de Tabatinga, no Rio Solimões; São Joaquim, no Rio Branco; Santo Antônio do Içá, na desembocadura do Rio Içá com o Solimões; São José de Macapá, na foz do Rio Amazonas; e Real Príncipe da Beira, no Rio Guaporé. Essas fortificações permitiram a ocupação definitiva do território e demonstram o propósito de Lisboa em defender e consolidar o espaço amazônico conquistado. Embora tivesse sido revogado logo após sua assinatura, o Tratado de Madri estabeleceu o princípio doutrinário que acabaria por prevalecer na demarcação definitiva das fronteiras do Brasil. Deve-se à penetração dos sertões pelos expedicionários, missionários, entradistas e bandeirantes a realização física da expansão colonial portuguesa na América; e ao Tratado de Madri, a inteligência e a prioridade política para a manutenção dessa conquista territorial tão singular. Com base nesse acordo, o Brasil independente teria sua área total mais que triplicada e logo trataria de oficializar suas fronteiras com as nações sul-americanas recém-formadas; processo que não ocorreu no restante da América hispânica e nem mesmo na América do Norte, em que as grandes alterações de fronteiras se deram depois da independência. A Amazônia, a despeito de todas as dificuldades para sua colonização, permaneceu brasileira graças ao esforço e ao empenho político empreendidos por Portugal para manter essa vasta região como parte de seu império colonial ultramarino / The conquest and settling of the Amazon region during the colonization period were state-conducted enterprises, planned and executed with political priority by the metropolitan government, which resulted in the incorporation to the Brazilian territory of approximately 60% of its total present area. It was Portugal\'s duty, still under the Iberic Union, under the King of Spain\'s orders, the expulsion of the French from São Luís do Maranhão and the foundation, in 1616, of the Forte do Presépio de Santa Maria de Belém (Fort of the Nativity of Saint Mary of Bethlehem). As from that position, both fishermen and English and Dutch tradesmen, who were beginning to settle in the lower Amazon River, were expelled by the Portuguese forces, who then started to control access to the world\'s largest hydrographic basin. After the foundation of the states of Maranhão and Grão-Pará in 1621 - autonomous and independent political entity of the State of Brazil - the administration of these territories became directly subordinate to Lisbon\'s government, thus triggering an irreversible process of territorial penetration and exploitation throughout the vast Amazon hydrographic network. An official expedition, carried out between 1637 and 1639 had the aim of establishing a limit between the domains of both Iberic Crowns; it was led by Pedro Teixeira, who wrote the possession registration document for Portugal of the land located west of the Franciscan settlement, founded by the Portuguese, where the current Equatorian territory lies. Shortly afterwards, between 1647 and 1651, explorer Antonio Raposo Tavares led one of the greatest geographic expeditions in history, a voyage from São Paulo to Belém, crossing over 5,000 kilometers through the American continent\'s wilderness. This expedition revealed both accesses from southern Brazil to the Amazon and the importance of the Madeira River and its connection with the Andean highland. For this strategic reason, the Portuguese Crown demanded the settling of the Madeira River valley by religious missionaries, invaluable agents of conversion and conquest, who less than a century after the construction of Belém had irradiated the settling by means of tens of missions founded in several points of the Amazon territory. Lisbon also demanded: fighting against the French incursions north of the Amazon River; the conquest of both the Negro and Branco Rivers; the expulsion of the Jesuits in service for Spain from the Solimões River; and the expedition to the Madeira River to hold back the Spanish presence west of the Guaporé River. All actions were part of the strategy to guarantee possession of the Amazon region and aimed at keeping the territorial conquests performed by the official expeditions, by the missionaries and by both official and unofficial explorers. As from the ruling of Dom João V, especially, from 1706 to 1750, Portugal started to prioritize the definition of its colonial borders with the aim of revising previous border agreements and cancel the Treaty of Tordesilla, signed in 1494. The union of the Iberic Crowns and Alexandre de Gusmão\'s extraordinary performance in the border negotiations resulted in the signature of the Treaty of Madrid in 1750: the settling of Brazil\'s Amazon and the Midwest regions were legitimated by the uti possidetis argument through land ownership and the search of natural borders. In the Amazon region, Lisbon had decided to take control over the religious settlements, conducting a deep political, economic, social, administrative, judicial and religious reorganization in order to foster the territory\'s population, guarantee its defense and ownership. Villages were set up; missions were upgraded to the categories of villages and, above all, a string of Portuguese fortifications was built to back the outer limits of the region: São José de Marabitanas and São Gabriel da Cachoeira, at the Negro River; São Francisco Xavier de Tabatinga, at the Solimões River; São Joaquim, at the Branco River; Santo Antônio do Içá, at the delta of the Içá and Solimões Rivers; São José de Macapá, at the Amazonas River estuary; and Real Príncipe da Beira, at the Guaporé River. These fortifications allowed the definitive settling of the territory and reveal Lisbon\'s purpose in both defending and consolidating the conquered Amazon area. Although it had been revoked shortly after it was signed, the Treaty of Madrid established the doctrinal principle which would end up prevailing in Brazil\'s final border layout. The Portuguese colonial expansion in America occurred thanks to the incursions into the wilderness by official and unofficial explorers and missionaries; and the Treaty of Madrid the intelligence and political priority for the maintenance of such singular territorial conquest. Based on this agreement, independent Brazil would see its overall area more than tripled and would soon have to formalize its borders with the newly-formed south American nations; a process that did not take place in the remaining Hispanic America or even in North America, where major border changes occurred after independence. The Amazon region, despite all difficulties for its colonization, remained Brazilian thanks to the effort and political engagement employed by Portugal to maintain all this vast region as part of its overseas colonial empire
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A conquista e a ocupação da Amazônia brasileira no período colonial: a definição das fronteiras / The conquest and settling of the Brazilian Amazon region during the colonization period: the definition of the bordersTadeu Valdir Freitas de Rezende 20 October 2006 (has links)
A conquista e ocupação da Amazônia, no período colonial, foram empreendimentos conduzidos pelo Estado, planejados e executados com prioridade política pelo governo metropolitano, que resultaram na incorporação ao território do Brasil de, aproximadamente, 60% de sua área total atual. Coube a Portugal, ainda durante a vigência da União Ibérica, sob ordens do Rei de Espanha, a expulsão dos franceses de São Luís do Maranhão e a fundação, em 1616, do Forte do Presépio de Santa Maria de Belém. A partir dessa posição, pescadores e comerciantes ingleses e holandeses, que iniciavam sua instalação no baixo Amazonas, foram expulsos pelas forças portuguesas, que passaram então a controlar o acesso à maior bacia hidrográfica do mundo. Com a criação do Estado do Maranhão e Grão-Pará, em 1621 - entidade política autônoma e independente do Estado do Brasil - a administração desses territórios passou a ser diretamente subordinada ao governo de Lisboa, iniciando-se um processo irreversível de exploração e penetração territorial pela vasta rede hidrográfica amazônica. Uma expedição oficial, realizada entre 1637 e 1639, pretendeu estabelecer um limite entre os domínios das duas Coroas ibéricas; foi chefiada por Pedro Teixeira, que lavrou ata de posse para Portugal das terras situadas a oeste da povoação de Franciscana, fundada pelos portugueses em pleno território do Equador atual. Pouco tempo depois, entre 1647 e 1651, o bandeirante Antonio Raposo Tavares realizou uma das maiores expedições geográficas da história, uma viagem de São Paulo a Belém, percorrendo mais de 5.000 km pelos sertões do continente americano. Essa expedição revelou acessos do sul do Brasil para a Amazônia e a importância do Rio Madeira e sua ligação com os altiplanos andinos. Por essa razão, estratégica, a Coroa portuguesa determinou a ocupação do vale do Rio Madeira pelos missionários religiosos, agentes imprescindíveis de conversão e conquista que, em pouco menos de um século depois da construção de Belém, haviam irradiado a ocupação por meio de dezenas de missões fundadas nos mais diversos pontos do território amazônico. Lisboa determinou também: o enfrentamento das incursões francesas no norte do Amazonas; a conquista dos Rios Negro e Branco; a expulsão dos jesuítas a serviço de Espanha do Rio Solimões; e a expedição ao Rio Madeira para conter a presença espanhola a oeste do Rio Guaporé. Todas as ações fizeram parte da estratégia para garantir a posse da Amazônia e tinham por objetivo preservar as conquistas territoriais empreendidas pelas expedições oficiais, pelos missionários, entradistas e bandeirantes. Principalmente a partir do reinado de Dom João V, de 1706 a 1750, Portugal passou a priorizar a definição de suas fronteiras coloniais com o propósito de revisar os acordos anteriores de limites e abolir o Tratado de Tordesilhas, firmado em 1494. A aproximação das Coroas ibéricas e a extraordinária atuação de Alexandre de Gusmão nas negociações de fronteiras resultaram na assinatura, em 1750, do Tratado de Madri: legalizava-se, pelo argumento de posse da terra - uti possidetis - e pela busca das fronteiras naturais, a ocupação da Amazônia e do Centro-Oeste do Brasil. Na Amazônia, Lisboa decidira tomar para si o controle das missões religiosas, realizando um programa de profunda reorganização política, econômica, social, administrativa, judicial e religiosa. Essa política propunha-se, sobretudo, a promover o povoamento do território e a garantir sua defesa e sua posse. Vilas foram fundadas; missões, erguidas à categoria de vilas; e, sobretudo, uma linha defensiva de fortificações portuguesas, construídas para guarnecer os limites exteriores da região: São José de Marabitanas e São Gabriel da Cachoeira, no Rio Negro; São Francisco Xavier de Tabatinga, no Rio Solimões; São Joaquim, no Rio Branco; Santo Antônio do Içá, na desembocadura do Rio Içá com o Solimões; São José de Macapá, na foz do Rio Amazonas; e Real Príncipe da Beira, no Rio Guaporé. Essas fortificações permitiram a ocupação definitiva do território e demonstram o propósito de Lisboa em defender e consolidar o espaço amazônico conquistado. Embora tivesse sido revogado logo após sua assinatura, o Tratado de Madri estabeleceu o princípio doutrinário que acabaria por prevalecer na demarcação definitiva das fronteiras do Brasil. Deve-se à penetração dos sertões pelos expedicionários, missionários, entradistas e bandeirantes a realização física da expansão colonial portuguesa na América; e ao Tratado de Madri, a inteligência e a prioridade política para a manutenção dessa conquista territorial tão singular. Com base nesse acordo, o Brasil independente teria sua área total mais que triplicada e logo trataria de oficializar suas fronteiras com as nações sul-americanas recém-formadas; processo que não ocorreu no restante da América hispânica e nem mesmo na América do Norte, em que as grandes alterações de fronteiras se deram depois da independência. A Amazônia, a despeito de todas as dificuldades para sua colonização, permaneceu brasileira graças ao esforço e ao empenho político empreendidos por Portugal para manter essa vasta região como parte de seu império colonial ultramarino / The conquest and settling of the Amazon region during the colonization period were state-conducted enterprises, planned and executed with political priority by the metropolitan government, which resulted in the incorporation to the Brazilian territory of approximately 60% of its total present area. It was Portugal\'s duty, still under the Iberic Union, under the King of Spain\'s orders, the expulsion of the French from São Luís do Maranhão and the foundation, in 1616, of the Forte do Presépio de Santa Maria de Belém (Fort of the Nativity of Saint Mary of Bethlehem). As from that position, both fishermen and English and Dutch tradesmen, who were beginning to settle in the lower Amazon River, were expelled by the Portuguese forces, who then started to control access to the world\'s largest hydrographic basin. After the foundation of the states of Maranhão and Grão-Pará in 1621 - autonomous and independent political entity of the State of Brazil - the administration of these territories became directly subordinate to Lisbon\'s government, thus triggering an irreversible process of territorial penetration and exploitation throughout the vast Amazon hydrographic network. An official expedition, carried out between 1637 and 1639 had the aim of establishing a limit between the domains of both Iberic Crowns; it was led by Pedro Teixeira, who wrote the possession registration document for Portugal of the land located west of the Franciscan settlement, founded by the Portuguese, where the current Equatorian territory lies. Shortly afterwards, between 1647 and 1651, explorer Antonio Raposo Tavares led one of the greatest geographic expeditions in history, a voyage from São Paulo to Belém, crossing over 5,000 kilometers through the American continent\'s wilderness. This expedition revealed both accesses from southern Brazil to the Amazon and the importance of the Madeira River and its connection with the Andean highland. For this strategic reason, the Portuguese Crown demanded the settling of the Madeira River valley by religious missionaries, invaluable agents of conversion and conquest, who less than a century after the construction of Belém had irradiated the settling by means of tens of missions founded in several points of the Amazon territory. Lisbon also demanded: fighting against the French incursions north of the Amazon River; the conquest of both the Negro and Branco Rivers; the expulsion of the Jesuits in service for Spain from the Solimões River; and the expedition to the Madeira River to hold back the Spanish presence west of the Guaporé River. All actions were part of the strategy to guarantee possession of the Amazon region and aimed at keeping the territorial conquests performed by the official expeditions, by the missionaries and by both official and unofficial explorers. As from the ruling of Dom João V, especially, from 1706 to 1750, Portugal started to prioritize the definition of its colonial borders with the aim of revising previous border agreements and cancel the Treaty of Tordesilla, signed in 1494. The union of the Iberic Crowns and Alexandre de Gusmão\'s extraordinary performance in the border negotiations resulted in the signature of the Treaty of Madrid in 1750: the settling of Brazil\'s Amazon and the Midwest regions were legitimated by the uti possidetis argument through land ownership and the search of natural borders. In the Amazon region, Lisbon had decided to take control over the religious settlements, conducting a deep political, economic, social, administrative, judicial and religious reorganization in order to foster the territory\'s population, guarantee its defense and ownership. Villages were set up; missions were upgraded to the categories of villages and, above all, a string of Portuguese fortifications was built to back the outer limits of the region: São José de Marabitanas and São Gabriel da Cachoeira, at the Negro River; São Francisco Xavier de Tabatinga, at the Solimões River; São Joaquim, at the Branco River; Santo Antônio do Içá, at the delta of the Içá and Solimões Rivers; São José de Macapá, at the Amazonas River estuary; and Real Príncipe da Beira, at the Guaporé River. These fortifications allowed the definitive settling of the territory and reveal Lisbon\'s purpose in both defending and consolidating the conquered Amazon area. Although it had been revoked shortly after it was signed, the Treaty of Madrid established the doctrinal principle which would end up prevailing in Brazil\'s final border layout. The Portuguese colonial expansion in America occurred thanks to the incursions into the wilderness by official and unofficial explorers and missionaries; and the Treaty of Madrid the intelligence and political priority for the maintenance of such singular territorial conquest. Based on this agreement, independent Brazil would see its overall area more than tripled and would soon have to formalize its borders with the newly-formed south American nations; a process that did not take place in the remaining Hispanic America or even in North America, where major border changes occurred after independence. The Amazon region, despite all difficulties for its colonization, remained Brazilian thanks to the effort and political engagement employed by Portugal to maintain all this vast region as part of its overseas colonial empire
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Análise espaço temporal do uso e ocupação do solo na região sudoeste de Campinas-SP, 1962-2009 : efeitos da Rodovia dos Bandeirantes como barreira física / Space time analysis of land use in the Southwest Region of Campinas-SP. 1962-2009 : the effects of the Bandeirantes as a physical barrierKubota, Amélia Mariko, 1978- 08 July 2012 (has links)
Orientador: Marcos César Ferreira / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências / Made available in DSpace on 2018-08-21T21:27:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Kubota_AmeliaMariko_M.pdf: 9210821 bytes, checksum: 914a953264dbbdd1ae9cbf9dd95c63de (MD5)
Previous issue date: 2012 / Resumo: O presente trabalho tem como proposta analisar o uso e ocupação do solo em períodos anteriores e posteriores à construção da Rodovia dos Bandeirantes (SP-348) - inaugurada em 1978 - na área sudoeste do município de Campinas, no Estado de São Paulo, utilizando-se fotografias aéreas, imagem de satélite e o Sistema de Informação Geográfica (SIG) como ferramentas para a análise do espaço geográfico. A análise do uso e ocupação do solo permitiu constatar que a Rodovia dos Bandeirantes atua como uma barreira física, interferindo no arranjo da malha urbana local, na configuração da urbanização e na morfologia da rede de ruas. Campinas é considerado hoje um pólo de atração no interior paulista, mas seu espaço é constituído pela desigualdade e segregação sócio espacial. A área sudoeste do município apresenta características bem distintas das outras: constituída de terras de baixa fertilidade natural, e, portanto, de preço menor, há vários loteamentos horizontais e verticais destinados à população de baixa renda. Sua malha urbana é descontínua, permeada por glebas e lotes vazios, com carência em infraestrutura para atender a população. A Rodovia dos Bandeirantes, construída como via expressa bloqueada, agrava esses problemas, pois se instalou nesta região do município como uma barreira física que impede a circulação local, e limitou a acessibilidade entre os bairros do entorno e a rodovia e entre estes bairros e o restante da malha urbana de Campinas. Para este estudo, partiu-se do pressuposto da cidade como expressão do processo de produção da sociedade sob o desenvolvimento capitalista; a partir da propriedade privada são definidos os vários usos do espaço urbano, determinados por disputas entre os vários segmentos, baseadas no preço da terra e no acesso diferenciado à propriedade privada. Considerou-se como pressupostos metodológicos o sítio e a situação, assim como o espaço urbano que pode ser abordado sob a ótica das redes geográficas, e que a passagem do tempo produz formas distintas de substituição e evolução local destas redes, revelando que a cidade deve também ser compreendida a partir da forma espacial do uso do solo construído no tempo / Abstract: The present study proposes to perform an analysis of land use in the time periods before and after the construction of Bandeirantes Highway (SP-348) - inaugurated in 1978 - in the southwest area of Campinas municipality, in the state of São Paulo, using aerial photographs, satellite image and Geographic Information System (GIS) as tools for analysis of geographic space. This land use analysis revealed that the Bandeirantes Highway acts as a physical barrier, interfering in the arrangement of the local flow patterns, in the configuration of urbanization, and the morphology of the street network. The city of Campinas is currently considered a pole of attraction for the interior of São Paulo State; however this space is marked by social inequality and spatial segregation. The southwest area of the city has considerably different characteristics from the remainder of the municipality: due to the low natural fertility of the soil, real estate has a relatively lower price, with several horizontal and vertical housing developments intended for low income population. There are discontinuities in the urban development, permeated by empty lots, with a lack of infrastructure to meet the needs of the population. The Bandeirantes Highway, built as an express highway with restricted access points, exacerbates these problems since its installation in this region of municipality has acted as a physical barrier that impedes local circulation and limits access between the highway and surrounding neighborhoods, and between these neighborhoods and the rest of the urban area of Campinas. The study began with the assumption of the city as an expression of the production processes of society under capitalist development; private property defines the various uses of urban space, determined by disputes among the various segments, based on the price of land and the unequal access to private property. It was considered as methodological assumptions the site and the situation, and also that urban space can be approached from the perspective of geographical networks, and the passage of time produces distinct forms of replacement and local evolution of these networks, revealing that the city should also be understood from the spatial form of the land use constructed over time / Mestrado / Análise Ambiental e Dinâmica Territorial / Mestra em Geografia
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Modernidade, Religião e Cultura: O círculo de estudos bandeirantes e a restauração do catolicismo em Curitiba (1929-1959)Hanicz, Teodoro 20 October 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-25T19:20:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2006-10-20 / This study analyses the significance and the contribution of the Círculo de Estudos
Bandeirantes in the Catholicism s restoration process in Curitiba between 1929 and 1959.
The Circle had a large influence culturally and in the highest level of education and it has
been seen as the generator root of PUC - Pr . It was one of the most significant cultural
groups of the laic catholic elite concerned with the values revitalization and with the sense of
the Catholicism in the modern society. Through a weekly formation program to its partners,
the Circle became an important catholic center of debate about various subjects like
Philosophy, Literature, Linguistic, Education, Music, Moral, Psychology, Anthropology,
History, mainly nationalist and regionalist (from Paraná state) theme. The work widely
discusses the restoration concept like an important key to understand the Catholicism in the
modern world and to understand the debate around the modernity. Over all, the work
discusses the evolution of the significance of the concept since the XIX century, focusing its
different characteristics and directions in the European roman Church, not only in Brazil but
also in Curitiba. The research bases in the large bibliography, the minutes of weekly
meetings, speeches of bandeirantes and the articles published in the CEB magazine and
others means of communication. This work doesn t focus the relation between Church and
State nor the relation between the laics and hierarchy, but the effort of laic intellectual elite to
restore the presence of Catholicism through cultural institutions / Este trabalho analisa o significado e a contribuição do Círculo de Estudos Bandeirantes no
processo de restauração do catolicismo em Curitiba entre 1929 e 1959. O Círculo exerceu
enorme influência no mundo da cultura e do ensino superior e é considerado a raiz geradora
da PUCPR . Foi uma das mais expressivas agremiações culturais da elite católica laica
preocupada com a revitalização dos valores e do sentido do catolicismo na sociedade
moderna. Através de um programa semanal de formação para os seus sócios, o Círculo
transformou-se num importante centro católico de debate sobre temas diversos, abrangendo
filosofia, literatura, lingüística, educação, música, moral, psicologia, antropologia, história
etc., sobretudo temas de cunho nacionalista e regionalista ou paranista. Discute-se o conceito
restauração como chave para a compreensão do catolicismo no mundo moderno e para a
compreensão das discussões em torno da modernidade. Sobretudo discute-se a evolução do
significado do conceito desde o século XIX, focalizando suas diferentes características e
direções na Igreja romana européia, no Brasil e em Curitiba. A pesquisa apoia-se numa ampla
bibliografia, nas atas das reuniões, nos discursos dos bandeirantes e nos artigos publicados
na Revista do CEB e em outros veículos de comunicação. Neste trabalho, não se focaliza a
relação Igreja e Estado nem a relação leigos e hierarquia, mas o empenho de uma elite
intelectual laica para restaurar a presença do catolicismo através de instituições culturais
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A cidade e a festa: Brecheret e o IV Centenário de São PauloMoura, Irene Barbosa de 18 June 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-06-18 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This study analises the means by which the work of the sculptor Victor Brecheret has
contributed to transformations in referencials and symbols that guided the socio-cultural
environment of São Paulo in the 1920´s and 1950´s
These boundaries are important because they have pointed to the development of
Modernism in São Paulo, as well as the festivities of the IV Centenary of the Capital. In the
context from 1920 until 1950, there has been an attempt to recover the personal and
professional trajectory of Victor Brecheret since his insertion in the Modernist Movement
until the inauguration of the Monument to Flags, one of his most important sculptures
considering its aesthetic value and its importance for the history of São Paulo .
The character of bandeirante is essential to comprehend the construction of paulista´s
memory and identity, so densely exploited by Brazilian historiography, which added a lot
of value to Brazilian historiography at the time of the IV Centenary of São Paulo.
Currently, the sculpture took other roles in the city, but without losing the importance and
significance of bandeirante´s memory.
This way, the search that is based on the connection between history and art, underlined,
besides the profile and trajectory of a significant character in two moments, the
transformations in the conception of paulista identity , in regional and national political
context and it analysed the expansion of the city of São Paulo, in the period that has been
focused in this study / Esse estudo analisa a maneira como a obra do escultor Victor Brecheret contribuiu
para as transformações nos referenciais que nortearam o ambiente sócio cultural de São
Paulo nas décadas de 1920 e 1950.
Tais balizas são importantes por terem marcado o desenvolvimento do Modernismo
Paulista bem como as festividades do IV Centenário da capital. No contexto de 1920 a
1950, recuperei a trajetória pessoal e profissional de Victor Brecheret desde sua inserção no
Movimento Modernista até a inauguração do Monumento às Bandeiras, uma de suas
esculturas mais importantes tanto pelo valor estético como para a história de São Paulo.
A personagem do bandeirante é essencial para o entendimento das construções da
memória e da identidade paulista, tão exploradas pela historiografia brasileira e isso
valorizou o Monumento às Bandeiras na época do IV Centenário de São Paulo.
Atualmente, a escultura assumiu outros papéis na cidade, mas sem perder a importância e o
significado da memória bandeirante.
Dessa forma, a pesquisa que está embasada na relação entre história e arte,
sublinhou, além do perfil e da trajetória de um personagem significativo nos dois
momentos, as mudanças na concepção de identidade paulista, no cenário político regional e
nacional e analisou a expansão da cidade de São Paulo, no período estudado
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Taipa, canela preta e concreto: um estudo sobre a restauração de casas bandeiristas em São Paulo / Taipa, blackleg and concrete: A study on the restoration of the bandeirantes houses in Sao PauloMayumi, Lia 21 March 2006 (has links)
Partindo do pressuposto da existência de um paradigma constituído pelo modelo pioneiro de restauração de casas bandeiristas estabelecido pelo IPHAN desde os anos iniciais de sua atividade em São Paulo, o presente trabalho pretende realizar uma análise, em relação àquele paradigma, dos projetos e obras de restauração de cinco casas bandeiristas pertencentes à Prefeitura de São Paulo. Adotando a hipótese da sucessão cronológica de três momentos de continuidade, de diluição e de abandono do paradigma , o presente trabalho busca verificá-la através da análise dos projetos e das obras de restauração realizadas nos exemplares selecionados. Esses projetos e obras foram orientados inicialmente pelo IPHAN Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e depois, pelo DPH Departamento do Patrimônio Histórico da Prefeitura de São Paulo no período compreendido entre as décadas de 1950 e 2000. / This work analyses the architectural restoration of five bandeirantes houses in the city of São Paulo. Those restoration works, which took place between the years 1950 and 2000, were accomplished by the IPHAN Institute for National Artistic and Historical Heritage and the DPH Historical Heritage Department of the City Government of São Paulo. The work aims to identify and characterize both the conceptual and technical models that guided those restoration works. Assuming that IPHAN has developed a conceptual and technical paradigm in the restoration of this architectonical type, the work investigates the paradigms permanence extent in those five houses and, reversely, its vanishing along the almost fifty years comprising this study.
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