271 |
Dimensão fractal e métodos quantitativos aplicados ao estudo de comunidades do macrobentos marinhos / Fractal Dimension and quantitative methods applied to the study of marine communitiesCarina Waiteman Rodrigues 19 October 2017 (has links)
A macroalga Sargassum C. Agardh é de reconhecida importância ecológica nos ecossistemas costeiros, particularmente nas comunidades de costões rochosos de regiões tropicais e temperadas quentes. Está amplamente distribuída na costa sudeste brasileira, sendo frequente em costões rochosos de locais moderados ou protegidos do embate de ondas. Nesses ambientes pode formar bancos densos e extensos, estruturalmente complexos, capaz de prover microhabitats variados para uma grande diversidade de organismos. Os bancos de Sargassum são suscetíveis a mudanças sazonais na sua biomassa e/ou estado fisiológico relacionados a fatores abióticos e bióticos, sendo que essas variações podem influenciar drasticamente a distribuição e densidade dos organismos associados às algas. A complexidade desse substrato tem sido avaliada por meio de várias medidas, sendo quantitativas, como peso, as mais utilizadas. O presente trabalho tem como objetivo avaliar o desempenho de diferentes medidas quantitativas da complexidade estrutural de bancos de Sargassum filipendula i) no desenvolvimento temporal da complexidade estrutural da alga em dois ambientes hidrodinamicamente diferentes e ii) na composição e distribuição dos organismos epifaunais. Foram coletadas 15 frondes de S. filipendula por mês, durante 13 meses, nas praias da Fortaleza e do Lamberto, Ubatuba, SP. A fauna presente nessas frondes foi obtida através de lavagem e peneiramento contínuo. O período de amostragem caracterizou-se por ser atípico, apresentando altas temperaturas ao longo de todo o ano e um verão com baixa pluviometria. Este fato influenciou fortemente a variação sazonal do S. filipendula e epífitas associadas, ocasionando elevados valores de peso seco entre a primavera e verão. Os resultados das comparações das medidas analisadas mostraram que um único parâmetro não é representativo da complexidade estrutural da alga, uma vez que cada medida apresentou diferenças em relação à abundância e diversidade da fauna. Estes dois indicadores também mostraram correlação positiva com todos os parâmetros de complexidade do substrato. Houve diferença significativa entre as praias, e as frondes do Lamberto foram estruturalmente mais complexas, suportando a maior abundância. Contudo, foram as frondes do Fortaleza que exibiram os maiores valores de riqueza de grupos. Discute-se o emprego de mais uma de uma medida quantitativa para mensurar a complexidade estrutural do habitat. / The Sargassum C. Agardh macroalgae is of recognized ecological importance in coastal ecosystems, particularly in the rocky coastal communities of tropical and warm temperate regions. It is widely distributed on the southeast coast of Brazil, being frequent in rocky shores of moderate locations or protected from the impacts of waves. In these environments can form dense and extensive banks, structurally complex, capable of providing microhabitats varied for a great diversity of organisms. The Sargassum banks are susceptible to seasonal changes in their biomass and/or physiological status related to abiotic and biotic factors, and these variations can drastically influence the distribution and density of organisms associated with algae. The complexity of this substrate has been evaluated by means of several measures, being quantitative, as dry weight, the most used. The present work aims to evaluate the performance of different quantitative measures of the structural complexity of Sargassum filipendula banks i) in the temporal development of algae structural complexity in two hydrodynamically different environments and ii) in the composition and distribution of epifaunal organisms. Fifteen fronds of S. filipendula were collected per month, during 13 months, on the beaches of Fortaleza and Lamberto, Ubatuba, SP. The fauna present in these fronds was obtained through continuous washing and sieving. The sampling period was characterized by being atypical, presenting high temperatures throughout the year and a summer with low rainfall. This fact strongly influenced the seasonal variation of S. filipendula and associated epiphytes, causing high values of dry weight between spring and summer. The results of the comparisons of the measures analyzed showed that a single parameter is not representative of the structural complexity of the algae, since each measure presented differences in relation to the abundance and diversity of the fauna. These two indicators also showed a positive correlation with all parameters of substrate complexity. There was a significant difference between the beaches, and the Lambert fronds were structurally more complex, bearing the greatest abundance. However, it was the fronds of Fortaleza that exhibited the highest values of group richness. We discuss the use of one more of a quantitative measure to measure the structural complexity of the habitat.
|
272 |
Naturologia: um diálogo entre saberesSilva, Adriana Elias Magno da 30 November 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-26T14:54:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Adriana Elias Magno da Silva.pdf: 2405394 bytes, checksum: 3c00bb589c8b3d86bacb391e79327fa7 (MD5)
Previous issue date: 2012-11-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The Naturopathic knowledge is characterized by a mix of medical fields, eastern, and western healing techniques and philosophies, modern and traditional. It is a phenomenon resulting from the crisis of paradigms of the contemporary world and the need for revision and extension of existing models of medical practice. It presents itself as a transdisciplinary knowledge affiliated with integrative and complementary models of work and health care. This thesis analyzes the structuring process of Brazilian Naturopathic provided transdisciplinary knowledge and practice. It seeks to understand if the Naturopathic favors the reconnection of knowledge and rationality that entails, and if it can be seen as a new approach in healthcare. Theoretical and methodological terms, this thesis is guided by the basis and foundation of the complex thought. The Brazilian academic production of Naturopathic Medicine verifies if and how the incorporation of theoretical and epistemological principles has been processed what allows characterizing it as a concurrently complex, multidisciplinary and comprehensive knowledge. The research analyzes, qualitatively, seventy-one course conclusion works from the only two higher education institutions in Brazil that offer bachelor degree in Naturopathic. The analysis of empirical data confirmed the hypothesis that the Naturopathic knowing and doing are linked to principles and critical paradigms of knowledge and revealed, however, the difficulty that the unorthodox knowledge faces to be accepted and incorporated in the academic field / A Naturologia é um conhecimento caracterizado pela mescla de racionalidades médicas, de filosofias e de técnicas de cura orientais, ocidentais, modernas e tradicionais. É um fenômeno decorrente da crise de paradigmas do mundo contemporâneo e da necessidade de revisão e ampliação dos modelos de prática médica vigentes. Apresenta-se como um conhecimento transdisciplinar filiado a modelos integrativos e complementares de atuação e atenção em saúde. Esta pesquisa analisou o processo de estruturação da Naturologia brasileira na condição de conhecimento e prática transdisciplinar. Procurou entender se a Naturologia favorece a religação de saberes e de racionalidades que comporta, e se ela, realmente, pode ser vista como uma nova abordagem na área da saúde. O trabalho orientou-se a partir do pensamento complexo para delimitar os procedimentos de pesquisa e análise do objeto. Verificou se e como ocorre, na produção acadêmica brasileira de Naturologia, a incorporação dos princípios da transdiciplinaridade, da complexidade e da integralidade que a caracterizam. Como recurso de pesquisa foi analisado, de forma qualitativa, 71 trabalhos de conclusão de curso das duas únicas universidades brasileiras que ofertam curso superior de bacharelado em Naturologia. A análise da empiria confirmou a hipótese de que o saber e o fazer naturológico está ligado a princípios e paradigmas críticos do conhecimento como a transdisciplinaridade, complexidade e integralidade e revelou, na contrapartida, a dificuldade que saberes não ortodoxos enfrentam para serem aceitos e incorporados, no meio acadêmico
|
273 |
Poética fílmica: o exemplo de Alfred HitchcockSantos, Marcelo Moreira 26 October 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-26T18:12:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Marcelo Moreira Santos.pdf: 1103732 bytes, checksum: f1ca91036fe2c93f88aefaf816bd3e5b (MD5)
Previous issue date: 2012-10-26 / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo / This thesis had the objective of studying Poetics of Film. Considering poetry, in the case of cinema, as the process of creation, production and effect achieved by the film, this research s question was: how is a systemic semiotic unit created in a film? Its goal, therefore, was to understand how poetics is structured and engendered. The hypothesis that guided this research were the following: 1) the signs characteristics, which are the hybrid language of cinema, are formed by the integration and complementation of semiotic principles and developments of the aural, visual and verbal languages, 2) the film s systemic ontology is characterized by a collaborative authorship and a complex process of semiosis and communication. To achieve its objective, the research was based on the junction of the Peircean semiotic theory and Edgar Morin and Jorge Vieira s theory of systems. This junction allowed the understanding of the hybrid nature of the filmic sign, which is based on the intersection of three semiotic principles developed by Santaella: syntax, form and discourse. Thus, the filmic interpretation was carried out from Peirce's theory of the interpretants, along with systemic evolutionary parameters. Considering that the cinematography of Alfred Hitchcock constitutes a unique case of an optimized entanglement between semiotics and systemics, the research focused on the study of carefully selected parts from three films by the director: Rear Window (1954), Vertigo (1958) and Psycho (1960). The choice is due to the fact that this filmmaker prepares exemplarily a complex unity in his films, working the characteristics of each language - visual, aural and verbal - on both its autonomy and on the interfaces and integrations between them, generating poetics, ie a way of internal engendering that organizes different elements in a systemic dynamics. The analysis revealed that the suspense in Hitchcock is based on the geometrization of a network of intersemiosis that flows, uniting itself by attractive structures, through which timelines of events and information gradually reveal a representative grammaticality. Thus, in addition to situate and contextualize Hitchcock in poetics of film articulated in different schools and movements throughout history, this research established the concept of systemic ontology cinematography. For, in its ontological bias, the poetics of film is made by an organization of diverse and plural nature, whose active unit is established and maintained by the multiplicity of interactions and cooperation which the semiotics agents involved, with their specialties and functions, are able to produce, develop and transform / A presente tese tomou como seu objeto de pesquisa a poética fílmica. Entendendo por poética, no caso do cinema, o processo de criação, produção e efeitos alcançados pelo filme, a questão da pesquisa foi: como é gerada uma unidade semiótico-sistêmica em um filme? O objetivo voltou-se, portanto, para a compreensão de como se estrutura e se engendra tal poética. As hipóteses que nortearam o encaminhamento da pesquisa foram as seguintes: 1) as características sígnicas, que constituem a linguagem híbrida do cinema, são formadas pela integração e complementação dos princípios e desdobramentos semióticos das linguagens sonora, visual e verbal; 2) a ontologia sistêmica do filme é marcada pela autoria colaborativa e seu complexo processo de semiose e comunicação. Para alcançar seu objetivo, a pesquisa fundamentou-se na junção da teoria semiótica peirciana com a teoria dos sistemas de Edgar Morin e Jorge Vieira. Essa junção permitiu compreender a natureza híbrida do signo cinematográfico que se fundamenta na intersecção de três princípios semióticos, desenvolvidos por Santaella: a sintaxe, a forma e o discurso. Assim, a interpretação fílmica se realizou a partir da teoria dos interpretantes de Peirce, em comunhão aos parâmetros sistêmicos evolutivos. Por considerarmos que a cinematografia de Alfred Hitchcock constitui-se em um caso otimizado de um entrosamento semiótico e sistêmico ímpar, a pesquisa se concentrou no estudo de partes criteriosamente selecionadas de três filmes do diretor: Janela Indiscreta (1954), Um Corpo que Cai (1958) e Psicose (1960). A escolha se deve ao fato de que esse cineasta confecciona de modo exemplar uma unidade complexa em seus filmes, trabalhando as características de cada linguagem - visual, sonora e verbal - tanto na autonomia de cada uma quanto nas interfaces e integrações entre elas, gerando uma poética, ou seja, certo modo de engendramento interno que organiza diferentes elementos em uma dinâmica sistêmica. A análise revelou que o suspense, em Hitchcock está baseado na geometrização de uma rede de intersemioses que flui, acoplando-se por meio de estruturas atratoras, pelas quais linhas temporais de eventos e informações vão aos poucos revelando uma representativa gramaticalidade. Assim, além de situar e contextualizar Hitchcock nas poéticas fílmicas articuladas em diferentes escolas e movimentos ao longo da história, a pesquisa estabeleceu o conceito de ontologia sistêmica cinematográfica. Em seu viés ontológico, a poética fílmica se faz por meio de uma organização de caráter plural e diverso, cuja unidade ativa se estabelece e se mantém pela multiplicidade de interações e cooperações, as quais os agentes semióticos envolvidos, com suas especialidades e funções, são capazes de produzir, desenvolver e transformar
|
274 |
O (in)vis?vel e o concreto : os processos grupais na gest?o de equipesKaspary, Magda Capell?o 10 July 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:21:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1
414916.pdf: 1506487 bytes, checksum: 86c35354f8abc7b1057ca3d474ebb2eb (MD5)
Previous issue date: 2009-07-10 / Esta disserta??o ? composta de duas se??es e objetiva a compreens?o dos processos grupais na gest?o de equipes em ambiente organizacional privado, na inten??o de dar visibilidade aos fen?menos subjetivos e objetivos que convivem no trabalho contempor?neo. Na se??o I, A Caverna Plat?nica dos Processos Grupais na Gest?o de Equipes fazemos uma discuss?o te?rica, embasada nos pressupostos do paradigma da complexidade de Edgar Morin. Para tanto, trazemos conceitos de processos grupais e gest?o de equipes e propomos reflex?es sobre os fen?menos impl?citos que est?o presentes nas rela??es profissionais ao mesmo tempo em que estrat?gias de gest?o de equipes s?o desenvolvidas para o atingimento de resultados organizacionais. Esta se??o tamb?m conta com conceitos da Sociologia e do Pensamento Sist?mico como contextualiza??o do tema e sugere as formas de conhecimento pela compreens?o e explica??o como modo de visibilidade da rela??o entre as dimens?es objetiva e subjetiva no trabalho. Na se??o II da disserta??o, (In)vis?vel e concreto, gest?o de equipes enquanto processos grupais apresentamos o resultado de uma pesquisa emp?rica que teve como objetivo geral compreender como o tema dos processos grupais na gest?o de equipes ? entendido por gestores de equipes, institui??es que formam coordenadores de grupo e consultores organizacionais que trabalham com desenvolvimento de equipes. Para isso, lan?amos m?o de algumas certezas para enfrentar as incertezas da complexidade social com o posicionamento do pensamento complexo e o tr?ptico: dial?gica, hologram?tica e recurs?o organizacional. Para compreens?o dos dados utilizamos a estrat?gia da An?lise Textual Discursiva para avan?ar no m?todo da pesquisa social complexa. Os resultados da pesquisa indicam para (I) o ambiente organizacional e a gest?o de equipes enquanto espa?os de resultados objetivos e experi?ncia de vida, em que (II) gestores cuidam de processos grupais e gest?o de equipes mais embasados em sua hist?ria/intui??o do que preparo formal para tal e que h? espa?o para (III) compreender a aspira??o do si (autorreflex?o) enquanto sujeitos do trabalho, participantes de equipes que vivem processos grupais. Estes s?o entendidos como capitais humanos imateriais com efeitos nas constru??es intra e interpessoais e carecem de maior compreens?o e aceita??o para que seus efeitos convirjam na dire??o do desenvolvimento humano, integrando as diferentes dimens?es natureza-vida-trabalho que n?o podem ser isoladas. Incorporar ? dicotomia a dial?gica, ? linearidade a recurs?o organizacional, ao uno a hologramaticidade ? um caminho que possibilita expans?o ao homo sapiens-demens-faber em todos os outros pap?is que esse tem na vida.
|
275 |
Redes em (co)opera??o e sustentabilidade : estrat?gias e desafios na produ??o da vida na cidadeComunello, Luciele Nardi 03 March 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:21:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1
422368.pdf: 844092 bytes, checksum: 89a1e08089e76c6fecddc0a506547546 (MD5)
Previous issue date: 2010-03-03 / Esta disserta??o ? fruto de um estudo-interven??o em um movimento urbano na cidade de Porto Alegre. ? constitu?da por tr?s sess?es, que prop?em reflex?es acerca dos processos de pesquisa e das experi?ncias cotidianas. Esta pesquisa tem como cen?rio um movimento urbano o "Porto Alegre Vive", que consideramos de extrema import?ncia em sua pot?ncia de articula??o entre sociedade, meio ambiente, pol?tica, t?cnica e ci?ncia. Nos ?ltimos trinta anos, esses elementos t?m galgado progressiva aten??o, associados ? emerg?ncia do conceito de sustentabilidade. Pol?ticas institucionais s?o constru?das e propostas de gest?o tamb?m s?o pensadas coletivamente, no sentido de poderem dialogar com a complexidade das problem?ticas sociais e ambientais da contemporaneidade. A cartografia nasce como estrat?gia dentro de um m?todo-caminho complexo que se constr?i ao andar. Traz consigo a import?ncia da implica??o e compromisso do pesquisador com a realidade; busca tra?ar um desenho em movimento, na tentativa de produzir saberes em dialogo com os espa?os da vida cotidiana. Partimos de uma cr?tica ?s metodologias modernas, como programas, para encarar um m?todo-estrat?gia. Para dar respaldo a essa discuss?o, articulamos alguns fragmentos do pensamento de Feyerabend, em suas inspira??es "contra o m?todo"; Morin, na busca de um olhar complexo atravessado por alguns de seus operadores, como a dial?gica, recurs?o e hologram?tica; I?iguez, com a perspectiva do Construcionismo Social; e Santos, enfatizando a import?ncia de resgatar a rela??o entre "senso comum" e conhecimento cient?fico. Assim, utilizamos os recursos de registro em di?rio de campo, acompanhando as reuni?es e deslocamentos pelas redes em que se insere o movimento urbano, conversas com cinco lideran?as comunit?rias, afetos e mem?rias. Para organizar o texto, tra?amos dois recortes: a sustentabilidade e as redes em (co)opera??o. No primeiro, buscamos compreender como se constituiu este saber "glocal" dial?gica entre global e local - e de que forma se faz presente na constitui??o do movimento urbano estudado; no segundo, incitamos reflex?es sobre autonomia e democracia, atrav?s das redes. Para tal, utilizamos a topologia das redes centralizadas, descentralizadas e distribu?das. As redes na cidade ora respeitam padr?es de centraliza??o, o mais comum e, ora apresentam padr?es de distribui??o. O olhar para as rela??es distribu?das nos possibilita refletir acerca do "glocal", tornando menos clara a fronteira entre os espa?os p?blico e privado e a possibilidade de estabelec?-la em rela??o ao territ?rio geogr?fico. As rela??es de coopera??o s?o colocadas em foco, sendo, recursivamente, causa e efeito de rela??es mais aut?nomas e, conseq?entemente, mais democr?ticas. Reconhecemos a import?ncia das quest?es ambientais, acerca da sustentabilidade, na anima??o de movimentos urbanos, compreendidos como micropol?tica; concebemos a no??o de desenvolvimento sustent?vel como uma possibilidade de (re)organiza??o de fluxos, a partir da reflex?o que a pr?pria no??o de sustentabilidade traz ? de desenvolvimento, evidenciando os limites da l?gica do progresso no processo de urbaniza??o.
|
276 |
Pr?ticas narradas : comunidade, participa??o e controle social no SUSBarichello, Fernanda Bell? 12 January 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:21:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1
429594.pdf: 917440 bytes, checksum: e98d75b07de50b31f5d5991dccd87004 (MD5)
Previous issue date: 2011-01-12 / Esta disserta??o tem como foco de an?lise as pol?ticas p?blicas de sa?de na perspectiva do controle social. Ap?ia-se nos operadores do pensamento complexo propostos por Edgar Morin especialmente nas no??es de holograma, recursividade e dial?gica. Na primeira se??o intitulada Movimentos sociais em sa?de: um olhar para a complexidade, se explora teoricamente aspectos hist?ricos da consolida??o do Sistema ?nico de Sa?de (SUS) na perspectiva da Reforma Sanit?ria Brasileira. Evidenciam-se, ent?o, os movimentos da sociedade civil que tencionavam mudar o modelo de aten??o em sa?de no Brasil. Para tanto, trata das a??es efetivadas em busca de uma sa?de mais democr?tica, planejando atender ?s lutas por uma sociedade mais justa e igualit?ria. Sob este vi?s, s?o valorizadas discuss?es que pensam a participa??o e a institucionaliza??o do controle social no SUS como uma demanda urgente em sa?de, tendo em vista o acesso dos sujeitos ? participa??o na gest?o e aos servi?os nesta ?rea. Na segunda sess?o, denominada Sentidos de sa?de nas pr?ticas do Conselho Municipal de Sa?de apresenta-se problematiza??es em torno da participa??o e controle social de um pequeno munic?pio do interior do estado do Rio Grande do Sul. Neste momento o pensamento complexo ? associado ? produ??o de sentidos advindos de pr?ticas narradas. Participaram desta pesquisa representante ass?duos do Conselho Municipal de Sa?de (CMS) com os quais foi realizada uma entrevista narrativa que, associada ? produ??o de um di?rio de campo e de uma roda de conversa, favoreceram o estabelecimento de dial?gicas em diferentes momentos do processo de coleta e an?lise dos dados.Dentre os resultados do estudo destacam-se os seguintes temas de sentidos: a participa??o social no Sistema ?nico de Sa?de (SUS), os significados do termo sa?de e o entendimento das fun??es que os representantes do Conselho possuem em rela??o a esse ?rg?o e ao SUS. A an?lise possibilitou vislumbrar estrat?gias e a??es de transforma??o social em sa?de, especialmente no que se refere ? fragilidade da cultura de participa??o no interior do Sistema.
|
277 |
Equipe como um sistema de sistemas : uma estrat?gia de promo??o de sa?de nas empresasBorba, Paula Martyl de 20 December 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:21:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1
429855.pdf: 1017919 bytes, checksum: cf7b8783f23b045ad885c8995152d532 (MD5)
Previous issue date: 2010-12-20 / A globaliza??o e a tecnologia promovem uma competi??o mundial por mercados e consumidores em que a mudan?a e a press?o por resultados s?o constantes. As tecnologias e redes sociais permitem in?meras possibilidades de comunica??o e intera??es entre as pessoas e empresas, facilitando a coopera??o, mas, de outro lado, exigindo uma aten??o constante e estresse. Uma das consequ?ncias dessas mudan?as ? o aumento no estresse e doen?as no trabalho, sendo fundamental pensar em alternativas de tornar o trabalho mais saud?vel. No contexto espec?fico das empresas, uma das formas que mais permitem rela??es entre as pessoas ? o trabalho em equipe. No entanto, s?o poucas as reflex?es/discuss?es sobre esse fazer junto do trabalho em equipe e a sa?de nessas inter-rela??es. Esta pesquisa pretende aproximar dois conceitos que, apesar de parecerem antag?nicos, s?o compreendidos como complementares e inter-relacionados: trabalho em equipe e sa?de. O desafio ? buscar alternativas para potencializar a sa?de organizacional atrav?s das intera??es das equipes. Fundamentado no pensamento sist?mico complexo, o objetivo ? compreender como a equipe, como um sistema de sistemas, pode ser uma estrat?gia para promover a sa?de no ambiente organizacional. A pesquisa ? baseada no m?todo qualitativo, composta por um estudo de caso articulado com o m?todo de Morin que compreende o m?todo como uma caminhada, onde o pesquisador ? atuante na pesquisa. O estudo foi realizado numa empresa privada, especificamente na ?rea do Call Center. O fato de a pesquisa ser realizada no Call Center n?o foi proposital; portanto, neste estudo, esse campo n?o ser? problematizado. Participaram quatro sistemas: empresa, os operadores te?ricos, o m?todo e a pesquisadora. Para coleta/produ??o das informa??es, utilizamos: entrevistas semiestruturadas, grupo focal e discuss?es com o grupo de pesquisa. Para an?lise das informa??es, foram criadas tabelas, que permitiram analisar as respostas individuais/partes e tamb?m as coletivas/todo. A descri??o do relato desta pesquisa acontece em duas se??es. A Se??o I apresenta o pensamento sist?mico complexo, com base nos sete princ?pios propostos por Edgar Morin. Em seguida, fazemos uma discuss?o te?rica sobre as equipes de trabalho e propomos uma reorganiza??o desse conceito, compreendendo a equipe como um sistema de sistemas. Para a discuss?o da sa?de, partimos do conceito proposto pela Organiza??o Mundial de Sa?de, fazendo uma discuss?o da sa?de no Brasil e da sa?de/sofrimento/doen?a do/no trabalho. Por fim, propomos uma reorganiza??o deste conceito, compreendendo a sa?de como um sistema complexo. A Se??o II apresenta o relat?rio emp?rico da pesquisa. A introdu??o retoma os principais conceitos que apoiar?o a discuss?o. Em seguida, apresentam-se as quest?es metodol?gicas, a an?lise, compreens?o e discuss?o dos resultados e as considera??es finais. Com os resultados, compreendemos que ? poss?vel aproximar o trabalho em equipe e a promo??o de sa?de. No entanto, o modo como podemos fazer isso ? estabelecido pelas rela??es e interrela??es entre os sistemas.Assim, n?o podemos pensar numa verdade e/ou f?rmula preditiva e/ou definida a priori. Nesta pesquisa, compreendemos tr?s organizadores emergentes que representam a possibilidade de rela??o e inter-rela??o entre a equipe estudada e a promo??o de sa?de.
|
278 |
Aprendizagem nas organiza??es: a rela??o entre l?der gestor e colaboradores estrat?gicosMoreira, ?ngelo Accorsi 11 January 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:21:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1
430147.pdf: 525209 bytes, checksum: 7a0b952e921a8a95992082cb299b4ed3 (MD5)
Previous issue date: 2011-01-11 / Temos por objetivo investigar elementos da aprendizagem no processo formativo que ocorre na rela??o entre l?der gestor e colaboradores estrat?gicos em organiza??es. Por meio da teoria da complexidade como paradigma de entendimento, pretendemos discutir a aprendizagem nas organiza??es a partir dos referenciais de Edgar Morin e Lev Vigotski. A relev?ncia desta investiga??o est? em correlacionar esses dois autores em estudos organizacionais e principalmente compreender como ocorrem as rela??es de aprendizagens nos grupos de l?deres gestores e colaboradores estrat?gicos. Na se??o I, desenvolvemos no estudo te?rico as compreens?es acerca das organiza??es, da lideran?a e dos grupos a partir do paradigma da complexidade. Tamb?m discutimos a teoria da aprendizagem s?cio-interacionista e a aprendizagem a partir de E. Morin. Na se??o II, desenvolvemos a pesquisa emp?rica realizada com nove pessoas, sendo elas tr?s l?deres gestores e seis colaboradores estrat?gicos. Para a coleta de dados foram realizadas entrevistas semiestruturadas e grupos focais que compuseram tr?s grupos, conforme a empresa de pertencimento. A an?lise de dados foi realizada por meio dos operadores da complexidade de E. Morin, bem como da compreens?o de aprendizagem de L. Vigotski. Emergiram das informa??es dois organizadores tem?ticos: 1) Rela??o de aprendizagem no grupo (L?der-gestor/colaborador estrat?gico e colaborador estrat?gico/l?der-gestor) e Cultura da Organiza??o; 2) Desenvolvimento profissional no Contexto da Organiza??o. Podemos inferir, por meio destes, que nas organiza??es pesquisadas, embora algumas vezes n?o existam programas formalizados de desenvolvimento de suas lideran?as, as pr?ticas nelas empreendidas efetivamente cumprem esta fun??o. As estrat?gias de aprendizagem nas organiza??es pesquisadas assinalam a presen?a de uma cultura aprendiz, sendo que nestes ambientes organizacionais as aprendizagens s?o decorrentes das rela??es, mediadas pelas condi??es de trabalho e da complexidade entre os l?deres gestores e os colaboradores l?deres. Nessas rela??es de aprendizagem, em n?vel estrat?gico nas organiza??es, foram encontrados a presen?a dos operadores da complexidade de Morin, bem como a aprendizagem inter e intrassubjetiva de Vigotski. Apesar de n?o esgotarmos os questionamentos, consideramos a pertin?ncia das discuss?es desses dois autores para os estudos das aprendizagens nas organiza??es
|
279 |
Noção complexa de saúde : contribuição para a construção à luz da teoria da complexidadeMilanez, Jose Francisco Bernardes January 2017 (has links)
Este trabalho teórico busca uma nova forma de entender a saúde mais ampla e interdependente em relação ao meio no intuito de superar a forma atual cartesiana e antropocêntrica de ver a saúde e as dificuldades por ela enfrentadas. Faz isto se utilizando da Teoria da Complexidade, inspirada em Morin, e ao estudar suas características e compará-las com as da saúde, propõe a construção de uma Noção Complexa de Saúde, demonstra aspectos de sua importância e dá exemplos de sua abrangência, sugerindo que seja aplicada na educação, numa aprendizagem conjunta da Noção Complexa de Saúde com a Teoria da Complexidade, num processo de auxílio mútuo que estamos chamando de pedagogia recursiva. / This theoretical work seeks a new way of understanding the wider and interdependent health in relation to the environment in order to overcome the Cartesian and anthropocentric current way of seeing the health and the difficulties it faces. He does this by using the Complexity Theory, inspired by Morin, and by studying its characteristics and comparing them with those of health, proposes the construction of a Complex Notion of Health, demonstrates aspects of its importance and gives examples of its scope, suggesting That is applied in education, in a joint learning of the Complex Notion of Health with the Complexity Theory, in a process of mutual assistance that we are calling recursive pedagogy.
|
280 |
A natureza complexa da poiésis climática: contribuições teóricas ao estudo geográfico do clima\" / The complex nature of climate poiésis: theoretical contributions to the geographic study of climateCaracristi, Isorlanda 25 April 2007 (has links)
O objetivo geral do trabalho foi o de produzir reflexões/proposições teóricas que possam auxiliar os estudos geográficos do clima, segundo o plano conceitual da complexidade sistêmica. Acreditar que a associação crítica e inventiva de pressupostos sistêmicos contemporâneos, envolvendo os aspectos ôntico-epistêmicos do pensamento complexo, às idéias de MONTEIRO sobre clima e o ritmo climático, poderia gerar especulações científicas inovadoras e eficazes a respeito da complexidade das relações climáticas, da natureza complexa da poíeses do clima, compôs a motivação especifica que nos moveu a desenvolvêlo. Tem o clima realmente uma existência per se? E se tem, qual o fundamento teórico/epistemológico da ontologia/poiésis climática? A partir de quais paradigmas se processa a fenomenologia do ritmo climático? Dos tipos de tempo? E do próprio clima? Seriam o clima e os tipos de tempo unidades complexas? Emergências? E ainda, no contexto do pensamento sistêmico complexo, como são considerados conceitos/enunciados como ?hierarquia limática?, ?organização funcional do clima?, o clima como ?a série dos estados da atmosfera em sua sucessão habitual?? Essas são as principais indagações que constituem o nosso fio da meada, por onde permeiam nossas revisitações filosóficas e flui o desenvolvimento de nossas reflexões teóricas mais exclusivas na busca pela compreensão dos fundamentos conceituais da poiésis climática. / The aim of this work was produce theoretical reflections and propositions that could assist the geographic studies on climate, aligned with the conceptual plan of the systematic complexity. To believe that the critic and inventive association of contemporary systemic premises, involving ontological/epistemic aspects of complex thinking, and the MONTEIRO\'S ideas about climate and climatic rhythm could generate innovative and effective scientific speculations with reference to the complexity of the climatic relationships, complex nature of climate poiésis, was the specific motivation to develop this work. Does the climate have a per se existence, actually? If it has, what is the theoretical/epistemological foundation of the climatic ontology/poiésis? Which paradigms support the climatic rhythm phenomena occurrence? And weather types? And the climate itself? Should be the climate and the varieties of weather, complex units? Emergencies? And again, in the context of the complex systemic thinking, how they are considered conceptions/enunciations like \"climatic hierarchy\", \"functional organization of the climate\"?, the climate as the sequence of the atmosphere states in its habitual succession? These are the mains questions which constitutes the line that guides the philosophic new readings and where the development of the most exclusive theoretical reflections flows.
|
Page generated in 0.0339 seconds