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Efeitos da suplementação de betaína, combinada ou não com a suplementação de creatina, sobre a força máxima, potência e concentrações intramusculares de fosforilcreatina, em indivíduos não treinados em força / Effects of betaine supplementation, combined or not with creatine supplementation on maximal strength, power output and muscle phosphorylcreatine content in non-resistance trained subjects

Serena Menegassi Del Favero 04 December 2012 (has links)
A betaína é um trimetil derivado do aminoácido glicina. Os seus principais efeitos fisiológicos são atuar como um osmólito e como doador de radicais metil. Especulase que a betaína possa contribuir para a síntese de creatina no músculo esquelético pelo fornecimento de grupos metil, resultante da conversão de betaína em dimetilglicina, para a remetilação de homocisteína em metionina. Os efeitos da suplementação de creatina sobre o desempenho são conhecidos e relacionam-se principalmente ao aumento na ressíntese de fosforilcreatina (PCR). Autores de estudos recentes têm atribuído seus resultados positivos em relação ao aumento de força muscular a um possível efeito da betaína sobre as concentrações de PCR. Essa variável, entretanto, não foi avaliada, de maneira que os mecanismos responsáveis pelo aumento de força advindo da suplementação de betaína ainda são inexplorados em humanos. Diante disso, este estudo teve como objetivo investigar os efeitos da suplementação de betaína, combinada ou não com a suplementação de creatina, sobre as concentrações intramusculares de PCR, e a produção de força e potência muscular em indivíduos não treinados em força. Além disso, as respostas fisiológicas e ergogênicas da suplementação de betaína e creatina foram comparadas e avaliados os possíveis efeitos aditivos desses suplementos. Foi conduzido um estudo duplo-cego, randomizado, controlado por placebo. Trinta e quatro sujeitos foram divididos em quatro grupos: Betaína (BET; 2 g/dia), Creatina (CR; 20 g/dia), Betaína + Creatina (BET + CR; 2 + 20 g/dia) e Placebo (PL). No período basal (PRÉ) e após 10 dias de suplementação (PÓS), os indivíduos submeteram-se a avaliações do consumo alimentar e da composição corporal, a testes de força e potência muscular e à quantificação intramuscular de PCR. Após a intervenção, as concentrações intramusculares de PCR foram maiores nos grupos CR e BET + CR, quando comparados ao grupo PL (p = 0,004 e p = 0,006, respectivamente). Não houve diferenças significativas entre os grupos BET e PL (p = 0,78) e CR e BET + CR (p = 0,99). Os grupos CR e BET + CR apresentaram maior produção de potência muscular no exercício de agachamento, quando comparados ao grupo PL (p = 0,003 e p = 0,041, respectivamente). Resultados similares foram encontrados para o exercício de supino. Os grupos CR e BET + CR também demonstraram aumento significativo de força muscular (teste de 1-RM) do teste PRÉ para o teste PÓS nos exercícios de supino e agachamento (CR: p = 0,027 e p 0,0001; BET + CR: p = 0,03 e p 0,0001 para membros superiores e inferiores, respectivamente). Não houve diferenças significativas para os testes de força e de potência muscular entre os grupos BET e PL e os grupos CR e BET + CR. Também não houve diferença significativa entre os grupos para a composição corporal. O consumo alimentar permaneceu inalterado ao longo do estudo. Os resultados permitem concluir que a suplementação de betaína, combinada ou não com a suplementação de creatina, não aumenta o conteúdo intramuscular de PCR e não afeta o desempenho de força e de potência muscular / Betaine is a trimethyl derivative of the amino acid glycine. The main physiological functions of betaine are to act as an organic osmolyte and as a donor of methyl radicals. It is speculated that betaine may contribute to the synthesis of creatine in skeletal muscle through the donation of a methyl group, resulting from the conversion of betaine to dimethylglycine, to homocysteine to form methionine. The effects of creatine supplementation on performance are well known and are related primarily to an increase in fosforilcreatina resynthesis (PCR). Authors of recent studies have attributed its positive results regarding the increase of muscle strength to a possible effect of betaine on the concentrations of PCR. However, this variable was not assessed, so that the mechanisms responsible for the increase in muscle strength coming from betaine supplementation in humans are still unexplored. In light of this, the aim of this study was to investigate the effect of betaine supplementation combined or not with creatine supplementation on muscle PCR content, muscle strength and power output in non-resistance trained subjects. Additionally, we compared the ergogenic and physiological responses to betaine versus creatine supplementation. Finally, we also tested the possible additive effects of creatine and betaine supplementation. A randomized, double-blind, placebo-controlled study was conducted. Thirty and four subjects were assigned into four groups: Betaine (BET; 2 g/day), Creatine (CR; 20 g/day), Betaine + Creatine (BET + CR; 2 + 20 g/day) or Placebo (PL). At baseline (PRE) and after 10 days of supplementation (POST) body composition, food intake, muscle strength and power and muscle PCR were assessed. The CR and BET + CR groups presented greater increase in muscle PCR content than PL (p = 0.004 and p = 0.006, respectively). PCR content was comparable between BET versus PL (p = 0.78) and CR versus BET + CR (p = 0.99). CR and BET + CR presented greater muscle power output than PL in the squat exercise following supplementation (p = 0.003 and p = 0.041, respectively). Similarly, bench press average power was significantly greater for the CR-supplemented groups. CR and BET + CR groups also showed significant pre- to post-test increase in 1-RM squat and bench press (CR: p = 0.027 and p 0.0001; BET + CR: p = 0.03 and p 0.0001 for upper- and lower-body assessments, respectively). No significant differences for 1-RM strength and power were observed between BET versus PL and CR versus BET + CR. Body composition did not differ between the groups. Dietary intake was unchanged throughout the study. Thus, we concluded that betaine supplementation does not augment muscle PCR content and betaine supplementation combined or not with creatine supplementation does not affect strength and power performance in non-resistance trained subjects
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Efeitos do exercício físico associado à suplementação de creatina na massa óssea de ratas ovariectomizadas / Effects of exercise training associated with creatine supplementation on bone mass of ovariectomized rats

Igor Hisashi Murai 25 July 2014 (has links)
A literatura atual aponta o exercício físico como uma das estratégias nãofarmacológicas mais utilizadas no tratamento e prevenção de condições que acometem o tecido ósseo. Ademais, estudos indicam que a suplementação de creatina pode exercer efeitos positivos sobre o ganho de massa óssea. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi investigar os efeitos preventivos do exercício físico associado à suplementação de creatina na perda de massa óssea em ratas ovariectomizadas. Diante disso, sessenta e cinco ratas da linhagem Wistar foram pareadas pelo peso corporal e dividas aleatoriamente em cinco grupos, sendo eles: 1) ratas falso-operadas (SHAM); 2) ratas ovariectomizadas (OVX), sedentárias e suplementadas com placebo (PL); 3) ratas OVX, sedentárias e suplementadas com creatina (CR); 4) ratas OVX, treinadas e suplementadas com placebo (PL+TR) e 5) ratas OVX, treinadas e suplementadas com creatina (CR+TR). Os animais foram submetidos a um protocolo de treinamento físico em declive em esteira rolante e suplementados com creatina diariamente por meio de gavagem esofágica. Foi realizada a avaliação de densitometria óssea para a obtenção dos parâmetros ósseos de conteúdo mineral ósseo (CMO) e densidade mineral óssea (DMO) de corpo total e regional, assim como a composição corporal nos períodos pré e pósintervenção. Além disso, foi removido o fêmur direito para a análise biomecânica. Após a intervenção, o grupo PL+TR apresentou maiores valores de CMO e DMO em comparação ao grupo PL (p=0,004 e p=0,020, respectivamente), ao passo que o grupo CR+TR experimentou maiores incrementos para o CMO e tendência ao aumento da DMO em comparação ao grupo CR (p=0,011 e p=0,064). A análise biomecânica do fêmur demonstrou que ambos os grupos treinados (PL+TR e CR+TR) apresentaram valores de força máxima significantemente maiores em relação aos grupos SHAM (p=0,024 e p=0,020, respectivamente), PL (p<0,001 e p<0,001) e CR (p=0,002 e p=0,002). Com relação à rigidez do fêmur, observou-se que o grupo SHAM não apresentou diferença significante quando comparado à ambos os grupos treinados (p=0,973 vs. PL+TR e p=0,998 vs. CR+TR), entretanto, apresentou diferença significante em relação aos grupos sedentários (p=0,048 vs. PL e p=0,024 vs. CR), ainda para esse parâmetro, o grupo PL apresentou diferença significante em relação ao grupo PL+TR (p=0,009), assim como o grupo CR foi significantemente diferente em relação ao grupo CR+TR (p=0,043). Não houve diferenças significantes entre os grupos PL e CR e entre os grupos PL+TR e CR+TR ao longo do estudo. Dessa forma, concluímos que a suplementação de creatina não apresentou efeitos isolados, nem aditivos, quando combinada ao treinamento físico, porém, o exercício físico promoveu efeitos positivos sobre o tecido ósseo, enfatizando, portanto, o seu papel terapêutico ímpar em atenuar a perda de massa óssea / The current literature indicates exercise training as one of the most used nonpharmacological strategies in the treatment and prevention of conditions that affect the bone tissue. Moreover, studies indicate that creatine supplementation may exert positive effects on bone mass gain. Thus, the aim of this study was to investigate the preventive effects of exercise training associated with creatine supplementation on bone loss in ovariectomized rats. Thus, sixty-five female Wistar rats were matched by body weight and randomly assigned into five experimental groups, as follows: 1) shammed (SHAM); 2) ovariectomized (OVX), sedentary and placebo-supplemented rats (PL); 3) OVX, sedentary and creatine-supplemented rats (CR); 4) OVX, trained and placebo-supplemented rats (PL+TR) and 5) OVX rats, trained and creatinesupplemented rats (CR+TR). The animals were submitted to a downhill running training protocol performed on a treadmill and supplemented with creatine on daily basis via gavage. Bone density were evaluated pre and post-intervention to obtain bone mineral content (BMC) and bone mineral density (BMD) from whole body and regional area, as well as body composition. Right femur was removed to biomechanical assessment. After the intervention, PL+TR group had higher BMC and BMD compared to the PL group (p=0.004 and p=0.020, respectively), while the CR+TR group experienced greater increases in BMC and tended to increase BMD compared to the CR group (p=0.011 and p=0.064, respectively). Biomechanical assessment demonstrated significantly higher femur maximum strength of both trained groups (PL+TR and CR+TR) compared to SHAM group (p=0.024 and p=0.020, respectively), PL group (p<0.001 and p<0.001) and CR group (p=0.002 and p=0.002). With respect to femur stiffness, no significant difference was observed from the SHAM group compared to both trained groups (p=0.973 vs. PL+TR and p=0.998 vs. CR+TR), however, significant difference was observed when compared to sedentary groups (p=0.048 vs. PL and p=0.024 vs. CR), moreover, significant difference was observed when the PL group was compared to PL+TR group (p=0.009), as well as the CR group was significantly different compared to the CR+TR group (p=0.043). There were no significant differences between PL and CR groups and between PL+TR and CR+TR groups along the study. Thus, we conclude that creatine supplementation showed no isolated, nor additive effects when combined with exercise training, however, exercise training promoted positive effects on bone tissue, thus emphasizing its unique therapeutic role in attenuating the loss of bone mass
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Efeito da suplementação de creatina sobre o desempenho físico de adultos jovens treinados submetidos a esforços intermitentes máximos no cicloergômetro\" / Title not available

Altimari, Leandro Ricardo 06 October 2004 (has links)
O objetivo do presente estudo foi analisar o efeito da suplementação de creatina sobre o desempenho físico de adultos jovens treinados submetidos a esforços intermitentes máximos no cicloergômetro. A amostra foi composta por 26 indivíduos saudáveis, do sexo masculino, que foram divididos aleatoriamente em dois grupos, suplementado com creatina (CR, n = 13; 22,5 &#177; 2,7 anos; 74,9 &#177; 6,8 kg; 178,5 &#177; 4,8 cm) e placebo (PL, n = 13; 22,9 &#177; 3,2 anos; 71,9 &#177; 11,3 kg; 178,6 &#177; 4,0 cm). A suplementação de creatina ou placebo (maltodextrina) foi consumida por meio de delineamento duplo cego, em quatro doses de 5 g/dia durante os cinco primeiros dias (20 g/dia). A partir daí, uma única dose de 3 g/dia foi ingerida nos 51 dias subsequentes. Foi realizado um controle prévio dos hábitos alimentares e dos níveis de aptidão física dos indivíduos. Para avaliação do desempenho físico em esforços intermitentes foram realizados três Testes de Wingate (TW), separados por 2 minutos de intervalo, pré e pós-suplementação de CR ou PL. Os índices de desempenho físico analisados foram: potência de pico relativa (PPR); potência relativa a cada período de 5 s (PR); potência média relativa (PMR); trabalho total relativo (TTR) e índice de fadiga (IF). Foram coletados 25 &#181;l de sangue no lóbulo da orelha um minuto após a realização de cada TW para a dosagem de lactato sanguíneo (LAC). Coletas de urina de 24 horas foram utilizadas para a determinar as concentrações de creatinina (CRT) antes e após o período de suplementação. Os dados foram tratados por ANOVA e ANCOVA para medidas repetidas, seguidas pelo teste post hoc de Scheffé. A PPR no TW2 foi significativamente maior (6%) para o grupo CR comparado ao grupo PL após a suplementação (p<0,01). PR no período de 0-5 s no TW2 foi significante maior para o grupo CR (11%) comparado ao PL após a suplementação (p<0,02). A PMR e o IF não apresentaram diferenças significativas nos TW, entre os grupos CR e PL após a suplementação (p>0,05). O TTR foi significativamente maior no grupo CR (3%) comparado ao PL após a suplementação (p<0,02). O LAC não apresentou diferenças significantes nos TW, entre os grupos CR e PL, após suplementação (p>0,05). Interação significante entre grupo e tempo foi encontrada para a CRT, indicando que o grupo CR teve sua taxa de excreção aumentada (22%) após a suplementação de creatina (p<0,03). Os resultados do presente estudo sugerem que a suplementação de creatina melhora o desempenho físico em esforços intermitentes de alta intensidade e curta duração, e que esta melhora parece ser determinada nos 5 s iniciais de esforço. / The objective of present study was to analyze the effect of creatine supplementation on performance of trained young adults submitted the intermittent maximal efforts in cycle ergometer. The sample was composed by 26 individuals healthy, male, that were randomly divided in two groups, supplemented with creatine (CR, n = 13; 22.5 &#177; 2.7 years; 74.9 &#177; 6.8 kg; 178.5 &#177; 4.8 cm) and placebo (PL, n = 13; 22.9 &#177; 3.2 years; 71.9 &#177; 11.3 kg;178.6 &#177; 4.0 cm). The creatine supplementation or placebo (maltodextrin) was consumed through a blind double manner, in four doses 5 g/day during the first five days (20 g/day). Therefore, a single dose 3 g/day was ingested in the following 51 days. Previous control of the alimentary habits was accomplished and levels of physical fitness of the individuals. For evaluation of the performance in intermittent maximal efforts three Wingate Test (WT) were accomplished separate for 2 minutes of interval, pre and pos supplementation of CR or PL. The analysis performance indexes were: relative peak power (RPP), relative power to each period of 5 s (RP), relative mean power (RMP), relative total work (RTW) and index of fatigue (IF). The 25 &#181;l blood were collected in the earlobe one minute after the accomplishment of each TW for the dosage of lactate blood (LAC). Collections of urine of 24 hours were used for the determination of creatinine concentration (CRT) before and after the supplementation period. ANOVA and ANCOVA with repeated measures, followed by the test post hoc from Scheffé. RPP in WT2 was significantly larger (6%) for the group CR compared to the group PL after the supplementation (p<0.01). The PR in period of 0-5 s in TVV2 was significant larger for the group CR (11%) compared to PL after the supplementation (p <0.02). RMP and IF didn\'t present significant differences in WT, among the groups CR and PL after the supplementation (p>0.05). RTW was significantly larger in the group CR (3%) compared to PL after the supplementation (p<0.02). The LAC didn\'t present significant differences in WT, among the groups CR and PL, after supplementation (p>0.05). Significant interaction between group and time was found for CRT, indicating that the group CR had his tax of increased excretion (22%) after the supplemented with creatine (p<0,03). The results of the present study suggest that creatine supplementation improve the performance in intermittent efforts of high intensity and short duration, and this improvement seems to be certain in 5 s initial of effort.
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Eficácia e segurança da suplementação de creatina em pacientes com lúpus erimatoso sistêmico de início juvenil / Efficacy and safety of creatine supplementation in childhood-onset systemic lupus erythematosus

Hayashi, Ana Paula Tanaka 26 November 2013 (has links)
Introdução: A suplementação de creatina tem surgido na literatura como uma potencial estratégia terapêutica não farmacológica em diversas condições caracterizadas por disfunções musculares e baixa massa muscular, incluindo as doenças reumatológicas pediátricas. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia e a segurança da suplementação de creatina em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico de início juvenil (LESJ). Métodos: Trata-se de um estudo duplo-cego, crossover, balanceado e controlado por placebo. Os voluntários (n = 15) foram randomizados em duas condições que receberam creatina ou dextrose por 12 semanas, interpassadas por um período de washout de 8 semanas. A função muscular foi avaliada por testes de uma repetição máxima (1 RM), Timed-Up-And-Go, Timed-Stands e de preensão manual. Ainda, foram avaliados a composição corporal, os marcadores bioquímicos do remodelamento ósseo, a aptidão aeróbia, os parâmetros de qualidade de vida e a capacidade funcional dos voluntários. As possíveis alterações no consumo alimentar foram avaliadas por três recordatórios alimentares de 24h, enquanto o conteúdo de fosforilcreatina muscular foi avaliado por meio de espectroscopia de fósforo por ressonância magnética (31P-ERM). A segurança da intervenção foi avaliada por parâmetros laboratoriais e por clearance de 51Cr-EDTA e, por fim, os eventos adversos foram registrados durante todo o estudo. Resultados: Não houve diferença significativa no conteúdo intramuscular de fosforilcreatina entre as condições, antes e após as intervenções (creatina - Pré: 20,5 ± 2,6/ Pós: 20,4 ± 4,1; placebo - Pré: 19,8 ± 2,0/ Pós: 20,2 ± 3,2 mmol/kg peso úmido; p = 0,70 para interação entre condições). Ainda, provavelmente, como consequência do conteúdo intramuscular ter se mantido inalterado, não houve diferença significativa entre as condições para todos os parâmetros analisados (p > 0,05). Além do clearance de 51Cr-EDTA não ter sido alterado com a suplementação de creatina, nenhum efeito adverso foi observado. Conclusão: O protocolo de suplementação de creatina (0,1 g/kg/d) por 12 semanas foi bem tolerado e livre de efeitos adversos. Entretanto, a suplementação de creatina não foi eficaz no aumento do conteúdo intramuscular de fosforilcreatina, na melhora da função muscular, aptidão aeróbia, composição corporal e parâmetros de qualidade de vida em pacientes com LESJ / Introduction: Creatine supplementation has emerged as a promising non-pharmacological therapeutic strategy to counteract muscle dysfunction and low lean mass in a variety of conditions, including in pediatric and rheumatic diseases. The objective of this study was to examine the efficacy and safety of creatine supplementation in childhood systemic lupus erythematosus (C-SLE). Methods: C-SLE patients with mild disease activity (n=15) received placebo or creatine supplementation in a randomized fashion using a crossover, double-blind, repeated-measures design. The subjects were assessed at baseline and after 12 weeks in each arm, interspersed by a 8-week washout period. The primary outcomes was muscle function, as assessed by a battery of tests including one-maximum repetition (1-RM) tests, the Timed-Up-And-Go test, the Timed-Stands test, and the handgrip test. Secondary outcomes included body composition, biochemical markers of bone remodeling, aerobic conditioning, quality of life, and physical capacity. Possible differences in dietary intake were assessed by three 24-h dietary recalls. Muscle phosphorylcreatine content was measured through phosphorus magnetic resonance spectroscopy (31P-MRS). The safety of the intervention was assessed by laboratory parameters and kidney function was measured by the 51Cr-EDTA clearance. Additionally, self-reported adverse events were recorded throughout the trial. Results: Intramuscular phosphorylcreatine content was not significantly different between creatine and placebo before or after the intervention (creatine - Pre: 20.5 ± 2.6, Post: 20.4 ± 4.1, placebo - Pre: 19.8 ± 2.0; Post: 20.2 ± 3.2 mmol/kg wet muscle; p = 0.70 for interaction between conditions). In addition, probably as a consequence of the lack of change in intramuscular phosphorylcreatine content, there were no significant changes between placebo and creatine for any muscle function and aerobic conditioning parameters, lean mass, fat mass, bone mass, and quality of life scores (p > 0.05). The 51Cr-EDTA clearance was not altered by creatine supplementation and no side effects were noticed. Conclusion: a 12-week creatine supplementation protocol at 0.1 g/kg/d is well tolerable and free of adverse effects but did not affect intramuscular phosphorylcreatine, muscle function, free-fat mass or quality of life in C-SLE patients with mild disease activity
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Perfil do marcador bioquímico de lesão miocárdica creatinoquinase-MB (CK-MB) em pacientes com leptospirose atendidos na cidade de Belém-Pa

MAGNO, Ismaelino Mauro Nunes 16 December 2003 (has links)
Submitted by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2013-04-03T22:50:41Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5) Dissertacao_PerfilMarcadorBioquimico.pdf: 34274026 bytes, checksum: 639f676cb95cccc3781661ab5319b9b9 (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Rosa Silva(arosa@ufpa.br) on 2013-04-12T15:17:05Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5) Dissertacao_PerfilMarcadorBioquimico.pdf: 34274026 bytes, checksum: 639f676cb95cccc3781661ab5319b9b9 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-04-12T15:17:05Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5) Dissertacao_PerfilMarcadorBioquimico.pdf: 34274026 bytes, checksum: 639f676cb95cccc3781661ab5319b9b9 (MD5) Previous issue date: 2003 / Avaliou-se o perfil da creatinoquinase-MB em pacientes com leptospirose internados no Hospital Universitário João de Barros Barreto, na cidade de Belém-PA, no período de janeiro de 2002 a junho de 2003, através de um estudo transversal, no qual foi caracterizado os achados clínicos e o perfil do referido marcador bioquímico de lesão miocárdica. Foram relacionados os perfis séricos de creatinoquinase-MB, creatinoquinase, potássio, aspartatoaminotransferase e alaninaaminotransferase com os achados clínicos do processo inflamatório do músculo cardíaco. Os resultados demonstraram que, apesar da maioria dos pacientes serem sintomáticos, apenas 12,76% apresentaram elevação da creatinoquinase-MB. Portanto, o referido marcador bioquímico não pode ser utilizado com indicador de lesão miocárdica na leptospirose humana. / It was examined the behaviour of enzyme creatine kinase-MB in patients with leptospirosis inside University João Barros Barreto Hospital in Belém, in the State of Pará on the period of January 2002 to July 2003 through a study on which were characterized the clinics symptoms and the profile of biochemical mark biochemical of myocardial injury. It was determined serum profiles of creatine kinase-MB; creatinine kinase, urea, creatinina, potassium, aspartataminetransferase and alanineaminetranferase related with the clinics symptoms of the cardiac muscles inflammable process. The results show that in spite of the great part of the patient be symptomatic, only 12,76% show elevation serum from creatine kinase-MB. So, the referred biochemical mark can't be used as indicator of the human miocardic in the leptospirosis.
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Eficácia e segurança da suplementação de creatina em pacientes com lúpus erimatoso sistêmico de início juvenil / Efficacy and safety of creatine supplementation in childhood-onset systemic lupus erythematosus

Ana Paula Tanaka Hayashi 26 November 2013 (has links)
Introdução: A suplementação de creatina tem surgido na literatura como uma potencial estratégia terapêutica não farmacológica em diversas condições caracterizadas por disfunções musculares e baixa massa muscular, incluindo as doenças reumatológicas pediátricas. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia e a segurança da suplementação de creatina em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico de início juvenil (LESJ). Métodos: Trata-se de um estudo duplo-cego, crossover, balanceado e controlado por placebo. Os voluntários (n = 15) foram randomizados em duas condições que receberam creatina ou dextrose por 12 semanas, interpassadas por um período de washout de 8 semanas. A função muscular foi avaliada por testes de uma repetição máxima (1 RM), Timed-Up-And-Go, Timed-Stands e de preensão manual. Ainda, foram avaliados a composição corporal, os marcadores bioquímicos do remodelamento ósseo, a aptidão aeróbia, os parâmetros de qualidade de vida e a capacidade funcional dos voluntários. As possíveis alterações no consumo alimentar foram avaliadas por três recordatórios alimentares de 24h, enquanto o conteúdo de fosforilcreatina muscular foi avaliado por meio de espectroscopia de fósforo por ressonância magnética (31P-ERM). A segurança da intervenção foi avaliada por parâmetros laboratoriais e por clearance de 51Cr-EDTA e, por fim, os eventos adversos foram registrados durante todo o estudo. Resultados: Não houve diferença significativa no conteúdo intramuscular de fosforilcreatina entre as condições, antes e após as intervenções (creatina - Pré: 20,5 ± 2,6/ Pós: 20,4 ± 4,1; placebo - Pré: 19,8 ± 2,0/ Pós: 20,2 ± 3,2 mmol/kg peso úmido; p = 0,70 para interação entre condições). Ainda, provavelmente, como consequência do conteúdo intramuscular ter se mantido inalterado, não houve diferença significativa entre as condições para todos os parâmetros analisados (p > 0,05). Além do clearance de 51Cr-EDTA não ter sido alterado com a suplementação de creatina, nenhum efeito adverso foi observado. Conclusão: O protocolo de suplementação de creatina (0,1 g/kg/d) por 12 semanas foi bem tolerado e livre de efeitos adversos. Entretanto, a suplementação de creatina não foi eficaz no aumento do conteúdo intramuscular de fosforilcreatina, na melhora da função muscular, aptidão aeróbia, composição corporal e parâmetros de qualidade de vida em pacientes com LESJ / Introduction: Creatine supplementation has emerged as a promising non-pharmacological therapeutic strategy to counteract muscle dysfunction and low lean mass in a variety of conditions, including in pediatric and rheumatic diseases. The objective of this study was to examine the efficacy and safety of creatine supplementation in childhood systemic lupus erythematosus (C-SLE). Methods: C-SLE patients with mild disease activity (n=15) received placebo or creatine supplementation in a randomized fashion using a crossover, double-blind, repeated-measures design. The subjects were assessed at baseline and after 12 weeks in each arm, interspersed by a 8-week washout period. The primary outcomes was muscle function, as assessed by a battery of tests including one-maximum repetition (1-RM) tests, the Timed-Up-And-Go test, the Timed-Stands test, and the handgrip test. Secondary outcomes included body composition, biochemical markers of bone remodeling, aerobic conditioning, quality of life, and physical capacity. Possible differences in dietary intake were assessed by three 24-h dietary recalls. Muscle phosphorylcreatine content was measured through phosphorus magnetic resonance spectroscopy (31P-MRS). The safety of the intervention was assessed by laboratory parameters and kidney function was measured by the 51Cr-EDTA clearance. Additionally, self-reported adverse events were recorded throughout the trial. Results: Intramuscular phosphorylcreatine content was not significantly different between creatine and placebo before or after the intervention (creatine - Pre: 20.5 ± 2.6, Post: 20.4 ± 4.1, placebo - Pre: 19.8 ± 2.0; Post: 20.2 ± 3.2 mmol/kg wet muscle; p = 0.70 for interaction between conditions). In addition, probably as a consequence of the lack of change in intramuscular phosphorylcreatine content, there were no significant changes between placebo and creatine for any muscle function and aerobic conditioning parameters, lean mass, fat mass, bone mass, and quality of life scores (p > 0.05). The 51Cr-EDTA clearance was not altered by creatine supplementation and no side effects were noticed. Conclusion: a 12-week creatine supplementation protocol at 0.1 g/kg/d is well tolerable and free of adverse effects but did not affect intramuscular phosphorylcreatine, muscle function, free-fat mass or quality of life in C-SLE patients with mild disease activity
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O EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO COM CREATINA SOBRE O DEFICIT COGNITIVO INDUZIDO PELO TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO EM RATOS JOVENS. / THE EFFECT OF CREATINE SUPPLEMENTATION ON COGNITIVE DEFICIT INDUCED BY TRAUMATIC BRAIN INJURY IN JUVENILE RATS.

Busanello, Guilherme Lago 03 July 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / By definition Traumatic brain injury (TBI) is a common involvement in all societies and covers the entire set of processes that alone or in combination can damage the brain. In children and adolescents TBI is an interruption in their normal development, with estimates ranging from 200 to 500 cases per 100,000 per year. Most cases are characterized as mild, with few long-term consequences, however, a significant portion of young people suffer more serious injuries. Furthermore, Juvenile TBI is the major cause of death and disability in children and adolescents. An important factor is that the sports and youth have always been closely related. In this sense, it called attention traumas, especially for young people during practice of contact sports such as martial arts, football, ice hockey, baseball. Because of the wide variety of conditions associated with TBI, there is considerable interest in the development and subsequent application of biochemical markers that relate the severity of brain damage with the development of neurological problems such as memory and learning deficits. In this context, this study aimed, at first, to see if the young animals subjected to TBI had cognitive impairment fifteen days after the injury and whether creatine supplementation has protective effect by changing the activity of CK enzyme, modulating the expression of AMPK protein, CREB, p-CREB and BDNF involved in cognitive impairment and histological damage generated by TBI To this end the present study used young male Wistar rats at 35 days of life subjected to TBI or subjected to all processes except TBI were divided into four groups which were randomized to receive the Cr supplementation (300 mg / kg po) was suspended in 0.5% CMC or vehicle (CMC) twice daily for a period of 14 days. it was shown that animals on submitted to TBI showed a reduction in cognitive functions evaluated by 15 days object recognition task after TBI. The animals that received creatine supplementation did not have their compromised functions. Our biochemical data revealed that the activity of the enzyme creatine kinase was increased fifteen days after trauma, in the same period the TBI did not alter the expression of AMPK however creatine supplementation increased its expression, suggesting a connection between CK and AMPK after TBI, since the creatine supplementation was effective in raising the activity of CK while increased expression of AMPK also caused a significant increase in the ratio of CREB and p-CREB in animals that were supplemented. We also note the participation of BDNF, whose expression this increases the animals submitted to the TBI and were supplemented with creatine, protection evidenced by creatine in lesion volume induced by the TBI. / Por definição o Traumatismo Cranioencefálico (TCE) é um acometimento comum em todas as sociedades e abrange todo o conjunto de processos que sozinhos ou em combinação podem danificar o encéfalo. Em crianças e adolescentes o TCE representa uma interrupção em seu desenvolvimento normal, com estimativas que variam de 200 a 500 casos para cada 100.000 ao ano. A maioria dos casos é caracterizada como leve, com poucas consequências a longo prazo, entretanto, uma porção significativa de jovens sofrerá ferimentos mais graves. Além disso, o TCE juvenil é a principal causa de morte e incapacidade em crianças e adolescente. Neste sentido, chama-se a atenção traumas sofridos, principalmente por jovens durante pratica de esportes de contato como as artes marciais, o futebol americano, hóquei no gelo, baseball. Devido a grande variedade de condições associadas ao TCE, há um considerável interesse no desenvolvimento e posterior aplicação de marcadores bioquímicos que relacionem a gravidade do dano cerebral com o desenvolvimento de problemas neurológicos, como déficits de memória e aprendizado. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo, verificar se o se os animais jovens submetidos ao TCE apresentavam déficit cognitivo quinze dias após a lesão e se a suplementação com creatina possui efeito protetor, alterando a atividade da enzima CK, modulando a expressão das proteínas AMPK, CREB, p-CREB e BDNF envolvidas no déficit cognitivo e no dano histológico gerado pelo TCE. Para tal o presente estudo utilizou ratos Wistar jovens machos aos 35 dia de vida submetidos ao TCE ou submetido a todos os processos exceto o TCE, foram divididos em quatro grupos onde foram aleatoriamente separados, para receber a suplementação com Cr (300 mg / kg, p.o), suspensa em CMC a 0,5% ou veículo (CMC) duas vezes ao dia por um período de 14 dias. Foi evidenciado que os animais submetidos ao TCE apresentaram uma redução nas funções cognitivas avaliadas pela tarefa de reconhecimento de objeto 15 dias após o TCE. Já os animais que receberam a suplementação com creatina não tiveram suas funções comprometidas. Nossos dados bioquímicos revelaram que a atividade da enzima creatina quinase estava aumentada quinze dias pós-trauma, no mesmo período o TCE não alterou a expressão de AMPK porem a suplementação com creatina aumentou sua expressão, sugerindo uma conexão entre CK e AMPK após o TCE, uma vez que a suplementação com creatina foi efetiva em elevar a atividade da CK ao mesmo tempo que elevou a expressão de AMPK, também causou um aumento significativo na razão entre CREB e p-CREB nos animais que foram suplementados. Observamos também a participação do BDNF, cuja expressão esta aumenta nos animais que foram submetidos ao TCE e foram suplementados com creatina, na proteção evidenciada pela creatina no volume da lesão induzida pelo TCE.
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Diagnóstico da cardiomiopatia na distrofia muscular progressiva por ressonância magnética cardiovascular - correlação com tratamento, prognóstico e preditores genéticos / Diagnosis of cardiomyopathy in progressive muscular dystrophy by cardiovascular magnetic resonance - correlation with treatment, prognosis and genetic predictors

Silva, Marly Conceição 08 August 2013 (has links)
Introdução: Distrofia muscular progressiva nas formas de Duchenne (DMD) e Becker (DMB) são doenças caracterizadas por progressiva degeneração musculoesquelética e substituição por tecido fibrogorduroso. O envolvimento cardíaco está presente em 80% dos pacientes, apresenta curso clínico silencioso e é diagnosticado tardiamente pelos métodos tradicionais. Objetivos: 1. Investigar a progressão da fibrose miocárdica pela ressonância magnética cardíaca (RMC), em ensaio clínico randomizado para tratamento ou não com IECA, de pacientes com DMD e DMB e fração de ejeção ventricular esquerda (FEVE) preservada, por um período de 02 anos. 2. Investigar se há mutações genéticas específicas que sejam preditoras do acometimento miocárdico diagnosticado pela RMC. 3. Comparar os achados do ECG, radiografia de tórax e ecocardiograma com os da RMC. Métodos: Entre 1/6/2009 e 1/6/2012 foram incluídos 76 pacientes com diagnóstico de DMD e DMB. Todos os pacientes realizaram duas RMCs com intervalo médio de 2,05±0,11 anos, com técnicas de cine ressonância para avaliação da função ventricular e realce tardio miocárdico para avaliação da fibrose miocárdica. A fibrose miocárdica foi quantificada por software específico para obtenção do percentual da massa de fibrose do VE com análise semi automática, utilizando os desvios padrões da média dos valores de intensidade do sinal do miocárdio normal. Os valores acima de 5 desvios padrões da média do miocárdio normal foram considerados como fibrose miocárdica. Os 42 pacientes com fibrose miocárdica e FEVE normal foram randomizado em 2 grupos, com 21 deles recebendo tratamento com IECA e 21 sem qualquer tratamento para cardiomiopatia. Após 2 anos, novas RMCs foram realizadas para avaliar a evolução da fibrose e a FEVE. Resultados: Notou-se fibrose miocárdica em 72,3% dos pacientes, sendo que 55,6 % não apresentavam disfunção sistólica. Verificou-se uma correlação positiva significativa entre idade e percentual de fibrose na RMC basal (r=0,338, p=0,014) e seguimento (r=0,315, p=0,006). Os pacientes randomizados e tratados com IECA apresentaram menor evolução do percentual de fibrose do que os randomizados não tratados (3,1±7,4% versus 10,0±6,2% respectivamente, p=0,001). Na análise linear multivariada, verificamos que pertencer ao grupo tratado diminui a progressão do percentual de fibrose (y=-4,51x+29,63 ajustado por idade, CK e percentual de fibrose basal, p=0,039) e indica uma tendência de menor probabilidade de apresentar fração de ejeção do VE < 50% na RMC seguimento (OR= 3,18, p= 0,102, por regressão logística). Os pacientes com mutação nos exons menores que 45 do gene da distrofina apresentaram maior percentual de fibrose que os com mutação dos exons maiores ou iguais ao 45 na RMC basal (27,9±18,4% versus 12,1±13,4%, respectivamente, p=0,006) e seguimento (33,1±21,1% versus 18,8±16,9%, respectivamente, p=0,024). A avaliação conjunta por métodos tradicionais (radiografia de tórax, ECG e ecocardiografia) apresentou baixa sensibilidade de 47,3% e valor preditivo negativo de 34,1% para o diagnóstico do envolvimento cardíaco na DMD e DMB, em pacientes com FEVE normal e fibrose miocárdica na RMC. Conclusões: O ensaio clínico randomizado, por um período de 2 anos, em pacientes com DMD e DMB, com fibrose miocárdica diagnosticada pela RMC e FEVE preservada, demonstrou significativa maior progressão da fibrose miocárdica nos pacientes que não fizerem uso de IECA. Existe uma correlação significativa entre o local de mutação no gene da distrofina e o acometimento cardíaco. O ECG, o eco e radiografia de tórax apresentaram baixa sensibilidade e baixo valor preditivo negativo para detecção do envolvimento cardíaco precoce nos pacientes com DMD e DMB / Introduction: Duchenne and Becker muscular dystrophies (DMD and BMD) are diseases characterized by progressive skeletal muscle degeneration and replacement by fibro fatty tissue. Cardiac involvement is frequent, as high as 70 - 80% of patients, and often develops clinically silent, without any evident early clinical signs. Traditional diagnostic methods (ECG, chest x-ray and echocardiography) are only able to diagnose cardiac involvement at a later stage. Objectives: 1. To investigate the progression of myocardial fibrosis by cardiac magnetic resonance (CMR), in a randomized clinical trial for treatment with ACE inhibitors, in patients with DMD or BMD and preserved left ventricular ejection fraction (LVEF), for a period of 02 years. 2. To investigate whether there are specific genetic mutations that are predictive of myocardial involvement detected by CMR. 3. To compare the findings of ECG, chest radiography and echocardiography with those found by CMR. Methods: Between 01/06/2009 and 01/06/2012 76 patients with DMD and BMD were included. All patients underwent two CMRs with a mean interval of 2.05±0.11 years, using cine resonance for function evaluation and myocardial delayed enhancement technique for myocardial fibrosis detection. Myocardial fibrosis was quantified by specific software for obtaining fibrosis mass, as percentage of LV mass, using semi-automatic fibrosis analysis and standard deviations of the mean values of signal intensity of the normal myocardium. A value of five standard deviations above the mean of a normal myocardium were considered myocardial fibrosis. The 42 patients with myocardial fibrosis and normal LVEF were randomized into 2 groups, with 21 of them receiving ACE inhibitor treatment and 21 no treatment for cardiomyopathy. After 2 years, new CMRs were performed to evaluate fibrosis extent and LVEF. Results: Myocardial fibrosis was noted in 72.3% of the patients, 55.6% showed no systolic dysfunction. There was a significant positive correlation between age and myocardial fibrosis at the CMR baseline (r=0.338, p=0.014) and follow-up (r=0.315, p=0.006). Patients randomized and treated with ACE inhibitors had lower evolution of myocardial fibrosis than those who were randomized and untreated (3.1±7.4% vs.10.0±6.2%, respectively, p=0.001). Using multivariate regression analysis, we found that belonging to the treated group decreases the progression of myocardial fibrosis (y=-4.51x+29.63 adjusted for age, CK and baseline myocardial fibrosis, p=0.039) and indicated a trend for lower probability of presenting LVEF<50% at follow-up CMR (OR= 3.18, p= 0.102, by logistic regression). Patients with mutations in exons less than 45 had greater extent of myocardial fibrosis than patients with mutations in exons greater than or equal to 45 in CMR at baseline (27.9±18.4% vs. 12.1±13.4%, respectively, p=0.006) and at follow-up (33.1±21.1% vs. 18.8±16.9%, respectively, p=0.024). Conclusions: In this 2-year follow-up randomized clinical trial in patients with DMD and BMD with preserved LVEF, myocardial fibrosis diagnosed by CMR, showed significantly greater progression in patients not receiving ACE inhibitors therapy. There was a significant correlation between the site of mutation in the dystrophin gene and cardiac involvement. ECG, echocardiography and chest radiography showed low sensitivity and low negative predictive value for early detection of cardiac involvement (myocardial fibrosis by CMR) in patients with DMD and BMD
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Diagnóstico da cardiomiopatia na distrofia muscular progressiva por ressonância magnética cardiovascular - correlação com tratamento, prognóstico e preditores genéticos / Diagnosis of cardiomyopathy in progressive muscular dystrophy by cardiovascular magnetic resonance - correlation with treatment, prognosis and genetic predictors

Marly Conceição Silva 08 August 2013 (has links)
Introdução: Distrofia muscular progressiva nas formas de Duchenne (DMD) e Becker (DMB) são doenças caracterizadas por progressiva degeneração musculoesquelética e substituição por tecido fibrogorduroso. O envolvimento cardíaco está presente em 80% dos pacientes, apresenta curso clínico silencioso e é diagnosticado tardiamente pelos métodos tradicionais. Objetivos: 1. Investigar a progressão da fibrose miocárdica pela ressonância magnética cardíaca (RMC), em ensaio clínico randomizado para tratamento ou não com IECA, de pacientes com DMD e DMB e fração de ejeção ventricular esquerda (FEVE) preservada, por um período de 02 anos. 2. Investigar se há mutações genéticas específicas que sejam preditoras do acometimento miocárdico diagnosticado pela RMC. 3. Comparar os achados do ECG, radiografia de tórax e ecocardiograma com os da RMC. Métodos: Entre 1/6/2009 e 1/6/2012 foram incluídos 76 pacientes com diagnóstico de DMD e DMB. Todos os pacientes realizaram duas RMCs com intervalo médio de 2,05±0,11 anos, com técnicas de cine ressonância para avaliação da função ventricular e realce tardio miocárdico para avaliação da fibrose miocárdica. A fibrose miocárdica foi quantificada por software específico para obtenção do percentual da massa de fibrose do VE com análise semi automática, utilizando os desvios padrões da média dos valores de intensidade do sinal do miocárdio normal. Os valores acima de 5 desvios padrões da média do miocárdio normal foram considerados como fibrose miocárdica. Os 42 pacientes com fibrose miocárdica e FEVE normal foram randomizado em 2 grupos, com 21 deles recebendo tratamento com IECA e 21 sem qualquer tratamento para cardiomiopatia. Após 2 anos, novas RMCs foram realizadas para avaliar a evolução da fibrose e a FEVE. Resultados: Notou-se fibrose miocárdica em 72,3% dos pacientes, sendo que 55,6 % não apresentavam disfunção sistólica. Verificou-se uma correlação positiva significativa entre idade e percentual de fibrose na RMC basal (r=0,338, p=0,014) e seguimento (r=0,315, p=0,006). Os pacientes randomizados e tratados com IECA apresentaram menor evolução do percentual de fibrose do que os randomizados não tratados (3,1±7,4% versus 10,0±6,2% respectivamente, p=0,001). Na análise linear multivariada, verificamos que pertencer ao grupo tratado diminui a progressão do percentual de fibrose (y=-4,51x+29,63 ajustado por idade, CK e percentual de fibrose basal, p=0,039) e indica uma tendência de menor probabilidade de apresentar fração de ejeção do VE < 50% na RMC seguimento (OR= 3,18, p= 0,102, por regressão logística). Os pacientes com mutação nos exons menores que 45 do gene da distrofina apresentaram maior percentual de fibrose que os com mutação dos exons maiores ou iguais ao 45 na RMC basal (27,9±18,4% versus 12,1±13,4%, respectivamente, p=0,006) e seguimento (33,1±21,1% versus 18,8±16,9%, respectivamente, p=0,024). A avaliação conjunta por métodos tradicionais (radiografia de tórax, ECG e ecocardiografia) apresentou baixa sensibilidade de 47,3% e valor preditivo negativo de 34,1% para o diagnóstico do envolvimento cardíaco na DMD e DMB, em pacientes com FEVE normal e fibrose miocárdica na RMC. Conclusões: O ensaio clínico randomizado, por um período de 2 anos, em pacientes com DMD e DMB, com fibrose miocárdica diagnosticada pela RMC e FEVE preservada, demonstrou significativa maior progressão da fibrose miocárdica nos pacientes que não fizerem uso de IECA. Existe uma correlação significativa entre o local de mutação no gene da distrofina e o acometimento cardíaco. O ECG, o eco e radiografia de tórax apresentaram baixa sensibilidade e baixo valor preditivo negativo para detecção do envolvimento cardíaco precoce nos pacientes com DMD e DMB / Introduction: Duchenne and Becker muscular dystrophies (DMD and BMD) are diseases characterized by progressive skeletal muscle degeneration and replacement by fibro fatty tissue. Cardiac involvement is frequent, as high as 70 - 80% of patients, and often develops clinically silent, without any evident early clinical signs. Traditional diagnostic methods (ECG, chest x-ray and echocardiography) are only able to diagnose cardiac involvement at a later stage. Objectives: 1. To investigate the progression of myocardial fibrosis by cardiac magnetic resonance (CMR), in a randomized clinical trial for treatment with ACE inhibitors, in patients with DMD or BMD and preserved left ventricular ejection fraction (LVEF), for a period of 02 years. 2. To investigate whether there are specific genetic mutations that are predictive of myocardial involvement detected by CMR. 3. To compare the findings of ECG, chest radiography and echocardiography with those found by CMR. Methods: Between 01/06/2009 and 01/06/2012 76 patients with DMD and BMD were included. All patients underwent two CMRs with a mean interval of 2.05±0.11 years, using cine resonance for function evaluation and myocardial delayed enhancement technique for myocardial fibrosis detection. Myocardial fibrosis was quantified by specific software for obtaining fibrosis mass, as percentage of LV mass, using semi-automatic fibrosis analysis and standard deviations of the mean values of signal intensity of the normal myocardium. A value of five standard deviations above the mean of a normal myocardium were considered myocardial fibrosis. The 42 patients with myocardial fibrosis and normal LVEF were randomized into 2 groups, with 21 of them receiving ACE inhibitor treatment and 21 no treatment for cardiomyopathy. After 2 years, new CMRs were performed to evaluate fibrosis extent and LVEF. Results: Myocardial fibrosis was noted in 72.3% of the patients, 55.6% showed no systolic dysfunction. There was a significant positive correlation between age and myocardial fibrosis at the CMR baseline (r=0.338, p=0.014) and follow-up (r=0.315, p=0.006). Patients randomized and treated with ACE inhibitors had lower evolution of myocardial fibrosis than those who were randomized and untreated (3.1±7.4% vs.10.0±6.2%, respectively, p=0.001). Using multivariate regression analysis, we found that belonging to the treated group decreases the progression of myocardial fibrosis (y=-4.51x+29.63 adjusted for age, CK and baseline myocardial fibrosis, p=0.039) and indicated a trend for lower probability of presenting LVEF<50% at follow-up CMR (OR= 3.18, p= 0.102, by logistic regression). Patients with mutations in exons less than 45 had greater extent of myocardial fibrosis than patients with mutations in exons greater than or equal to 45 in CMR at baseline (27.9±18.4% vs. 12.1±13.4%, respectively, p=0.006) and at follow-up (33.1±21.1% vs. 18.8±16.9%, respectively, p=0.024). Conclusions: In this 2-year follow-up randomized clinical trial in patients with DMD and BMD with preserved LVEF, myocardial fibrosis diagnosed by CMR, showed significantly greater progression in patients not receiving ACE inhibitors therapy. There was a significant correlation between the site of mutation in the dystrophin gene and cardiac involvement. ECG, echocardiography and chest radiography showed low sensitivity and low negative predictive value for early detection of cardiac involvement (myocardial fibrosis by CMR) in patients with DMD and BMD

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