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Detecção e caracterização de parvovírus canino e coronavírus canino

Pinto, Luciane Dubina January 2013 (has links)
O parvovírus canino (CPV-2) e o coronavírus canino (CCoV-II) são considerados os principais patógenos responsáveis pela gastroenterite viral aguda em cães filhotes, causando, em alguns casos a alta morbidade e mortalidade, sobretudo em função da capacidade de potencializar infecções por outros agentes. Esses vírus estão distribuídos mundialmente na população canina, sendo responsáveis por diversos surtos em muitos países, sobretudo onde ocorre grande concentração de animais, como em abrigos e canis. O CPV-2 e o CCoV-II foram identificados a partir da década de 1970 e desde então, têm sido detectados em animais clinicamente saudáveis, assim como em cães que apresentam vômitos e diarreia severa. A presente tese tem como objetivo a identificação desses agentes na população canina do Brasil, sendo constituída de dois capítulos distintos: Capítulo 1- Caracterização de cepas de parvovírus canino circulantes no Brasil entre 2008 e 2010 e o Capítulo 2 - Caracterização do coronavírus canino pantrópico no Brasil. No Capítulo 1, foram analisadas amostras de fezes de 144 cães pela reação em cadeia da polimerase (PCR) para CPV-2, 29,2% (42/144) das amostras foram positivos. Das 42 amostras positivas, 71,4% (30) dos cães tinham sinais de gastroenterite hemorrágica. O sequenciamento de 583 pb do gene VP2 das amostras positivas, identificaram 78,6% (33/42) como CPV-2c, 19% (8/42) como CPV-2b e 2,4% (1/42) como tipo de 2a. A análise filogenética dos CPV-2 encontrados nas amostras brasileiras mostrou que elas são muito semelhantes às de outros países e o CPV-2c tornou-se predominante no Brasil. No Capítulo 2, foram analisadas amostras de órgãos de cinco cães jovens pela transcrição reversa (RT-PCR) para os genes M e S de CCoV-II, sendo que três cães foram positivos para CCoV-II e CPV-2, um foi positivo apenas para CCoV-II e um para o CPV-2 e o outro foi negativo para todos os agentes pesquisados. O sequenciamento dos produtos de amplificação identificou que eles eram CPV-2c e CCoV-IIa. A análise filogenética dos CCoV-IIa circulantes na população canina da região Sul do Brasil mostrou que são semelhantes aos encontrados em outros países. No entanto, os espécimes brasileiros tendem a agrupar-se em um único clado, sugerindo um ancestral comum. Os sinais clínicos e lesões causados pela nova variante de CPV-2 e do subtipo pantrópico CCoV-II foram muito semelhantes entre si, sendo de grande importância a inclusão do diagnóstico diferencial entre esses dois agente virais. Esta foi a primeira caracterização do subtipo CCoV-IIa em cães no Brasil. A detecção e caracterização do CPV-2 e do CCoV-II, que estão circulando atualmente, são essenciais para o entendimento da evolução viral e para o desenvolvimento de medidas de controle e prevenção. / Canine parvovirus (CPV-2) and canine coronavirus (CCoV-II) are considered the major pathogens causing acute viral gastroenteritis in puppies, in some cases with high morbidity and mortality, especially in terms of ability to potentiate infections by other agents. These viruses are distributed worldwide being responsible for outbreaks in many countries, especially where there is high concentration of animals, such as shelters and kennels. The CPV-2 and CCoV-II were identified from the late 1970 and since then have been detected in clinically healthy animals, as well as in dogs with vomiting and severe diarrhea. This work aims the identification of these agents in the canine population of Brazil, comprised by two distinct chapters: Chapter 1- Typing of canine parvovirus strains circulating in Brazil between 2008 and 2010, and Chapter 2- Characterization of pantropic canine coronavirus in Brazil. In chapter 1, stool samples of 144 dogs were analyzed by polymerase chain reaction (PCR) for CPV-2, 29,2% (42/144) of them were positive. Of the 42 positive samples, 7,4% (30) of the dogs had signs of hemorrhagic gastroenteritis. The sequencing of 583 bp VP2 gene of the positive samples identified 78,6% (33/42) as CPV-2c, 19% (8/42) as CPV-2b and 2,4% (1/42) as type 2a. Phylogenetic analysis of CPV-2 found in the canine population of Brazil, has shown that they are very similar to those of other countries and CPV-2c has become prevalent in Brazil. In Chapter 2 organ samples of five puppies were analyzed by reverse transcription (RT-PCR) for CCoV-II M and S genes, of wich three dogs were positive to CCoV-II and CPV-2, one was positive only to CCoV-II and one for CPV-2 and the other was negative for all the agents searched. The sequencing of the amplification products identified that they were CPV-2c and CCoV-IIa. Phylogenetic analysis of circulating CCoV-IIa in canine population in southern Brazil showed that they are similar to those found in other countries. However, the Brazilian specimens tend to group together in a single clade, suggesting a common ancestor. Clinical signs and injuries caused by the new CPV-2 variant and of pantropic subtype of CCoV-II are very similar to each other, being of great importance for the diagnosis including the differential diagnosis of these two viral agents. This was the first characterization of subtype CCoV-IIa in dogs in Brazil. The detection and characterization of CPV-2 and CCoV-II, that are currently circulating, are essential to understanding the viral evolution and to the development of more effective control and prevention measures.
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Estudo da via auditiva em cães beagles por meio de potenciais auditivos de tronco encefálico

Stefanello, Carine Ribas January 2017 (has links)
O teste de potencial auditivo de tronco encefálico (PEATE) permite captar e registrar as atividades elétricas do sistema auditivo, desde a cóclea até o tronco encefálico. No Braisl ainda é pouco utilizado, e no Sul do país ainda não é realizado em animas.O objetivo deste trabalho foi identificar os valores absolutos de latência, interpicos, amplitudes, comparar as polaridades de compressão e rarefação e conhecer o limiar auditivo em onze cães hígidos da raça Beagle. Os cães passaram por exame físico e neurológico e após foram sedados e submetidos a otoscopia e ao exame de Potencial Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE). Foram utilizados eletrodos de superfície e fones de inserção, o estimulo utilizado foi o clique com estimulação bilateral. O teste foi iniciado com a intensidade de 90 dB SPL com polaridade condensada. Realizava-se na sequência mais uma pesquisa em 90 dB SPL com polaridade rarefeita. Após, foi feito o exame com diminuição da intensidade de 10 dB SPL em 10 dB SPL, sendo todas as pesquisas feitas com polaridade condensada, para a pesquisa dos limiares auditivos. A interpretação do PEATE, foi realizada pela avaliação das ondas I, III e IV, pela identificação das latências absolutas e interpicos, pesquisa do limiar auditivo e comparação entre polaridades. Na latência da onda I com polaridade rarefeita em 90 dB SPL, os valores médios de latência absoluta da onda I foram significativamente maiores na orelha esquerda (p=0,037*). Dados relativos à latência absoluta da onda V evidenciou que na orelha direita a latência foi significativamente menor na intensidade de 70 dB SPL, e não houve presença de onda V na orelha esquerda em 40 dB SPL. Não houveram diferenças significativas nas latências dos interpicos entre as orelhas direita e esquerda, com polaridade condensada e rarefeita. Os valores das medianas das amplitudes I, III e V com 90 dB SPL em compressão e rarefação, não diferiram estatisticamente. Concluiu-se que o nível de resposta mínimo se encontrou entre 40 dB SPL e 80 dB SPL. / The Brainstem Auditory Evoked Potential (BAEP) capture and record the electrical activity of the auditory system, from the cochlea to the brainstem. The Brazil is still little used, and in the South of the country is not yet done in animals. The objective of this study was to identify the absolute values of latency, interpeaks, amplitudes, compare the polarities of compression and rarefaction and to know the auditory threshold in eleven healthy beagle dogs. The dogs underwent physical and neurological examination and were sedated and submitted to otoscopy and Brainstem Auditory Evoked Potential (BAEP). Surface electrodes and insertion headphones were used, the stimulus used was the click with bilateral stimulation. The test was started with 90 dB SPL intensity with condensed polarity. Further research was conducted on 90 dB SPL with rarefied polarity. After that, the test was performed with sequential reductions of 10 dB SPL intensity, and all the research for the auditory thresholds was done with condensed polarity. The interpretation of BAEP was performed by the evaluation of waves I, III and IV, by the identification of the absolute and interpeak latencies, auditory threshold research and comparison between polarities. In wave I latency with a rarefied polarity of 90 dB SPL, the mean absolute values of wave I latency were significantly higher in the left ear (p = 0.037*). Data on absolute V wave latency showed that, in the right ear, the latency was significantly lower in the intensity of 70 dB SPL, and there was no presence of V wave in the left ear in 40 dB SPL. There were no statistically significant differences in the interpeak latencies between the right and left ears, with condensed and rarefied polarity. The values of the medians of amplitudes I, III and V with 90 dB SPL in compression and rarefaction did not differ statistically. The minimum response level was found between 40 dB SPL and 80 dB SPL.
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Monitoramento de atividade física com acelerômetro em cães da raça Border Collie de diferentes ambientes

Silva, Alessandra Ventura da January 2015 (has links)
A avaliação da atividade física com o uso do acelerômetro é um método quantitativo, não invasivo, sendo mais preciso que métodos subjetivos, como questionários com proprietários, que podem muitas vezes induzir a erros. Seu uso pode ser relevante na rotina clínica para avaliações de terapias medicamentosas e cirúrgicas além de comportamentais. O presente estudo teve como objetivo quantificar a atividade física de cães da raça Border Collie que vivem em diferentes ambientes, como apartamento (grupo I), casa (grupo II), campo (grupo III) e centro de treinamento (grupo IV). Foram coletados os dados de 54 animais, sendo oito de apartamento, 18 de casa, 11 de campo e 17 em centro de treinamento de pastoreio, durante 72h com o uso do acelerômetro. O tempo de atividade sedentária foi maior em cães do grupo I em relação aos do grupo II e aos do grupo III. Já os cães do grupo IV tiveram maior tempo em atividade sedentária em relação aos do grupo III. O tempo de atividade leve a moderada foi maior no grupo III comparado ao grupo I e ao grupo IV, enquanto que o tempo de atividade vigorosa em minutos foi maior entre os cães do grupo II em relação ao grupo I. O tempo em atividade leve a moderada e vigorosa somados do grupo I foi menor que dos grupos II e III, enquanto o tempo do grupo III foi maior que do grupo IV. Contagem dos áxis integrados por minuto do grupo I foi menor tanto em relação do grupo II quanto III. Sendo assim, cães tem sua atividade física alterada conforme o ambiente e com exceção da atividade leve a moderada, animais de apartamento tem menos atividade física do que os de casa. Cães de casa e campo não tiveram nenhuma diferença de atividade física, bem como cães de apartamento e centro de treinamento nos parâmetros analisados. / The use of subjective methods to evaluate levels of physical activity, as owner questionnaires, may led to misguided information. The use of the accelerometer allows physical activity to be measured quantitatively. Therefore, comparison between different published data is possible. The use of the accelerometer in the clinical practice allows evaluating the outcome of medical and surgical treatment, as so behavior changes. In this study, we report the use of the accelerometer to evaluate the level of activity of 54 Border Collie dogs. The animals were divided in four groups according to their living status: eight animals lived in an apartment (group I), 18 in a house (group II), 11 in a farm (group III) and 17 in a shepherd-training center (group IV). The accelerometer was attached to the animal’s collar for 72 hours. The group I presented longer sedentary behavior than groups II and III. Group IV presented longer sedentary behavior than group III. Group III showed longer period of light-moderate physical activity when compared to group I and IV. For vigorous intensity of physical activity, the time spent by group II was longer than group I. The total time of light-moderate and vigorous physical activity of group I was smaller than groups II and III, while group III was superior to group IV. Group I integrated axis mean counts per minute was smaller than group II and III. Therefore, dogs modify their physical activity according to their living status. Apartment subjects showed less physical activity than home subjects, except in the light-moderate category. There was no statistic difference comparing house and farm living animals, nor apartment and shepherd-training center housing.
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Fixador esquelético externo híbrido em fraturas metafisárias de rádio e tíbia em cães

Reis, Kauê Danilo Helene Lemos dos January 2015 (has links)
As fraturas de ossos longos são frequentes na rotina de pequenos animais, geralmente decorrentes de injúrias de alto impacto, como quedas, acidentes automobilísticos e projéteis. Os fixadores esqueléticos externos são versáteis, podendo ser utilizados em diferentes montagens, como linear, circular, híbrida, unilateral, bilateral, uniplanar, multiplanar, sendo amplamente utilizado em fraturas de rádio e tíbia. O presente trabalho avaliou a utilização de fixador esquelético externo híbrido (FEEH) em fraturas metafisárias de rádio e tíbia em cães atendidos na rotina do Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande Sul (HCV-UFRGS). Foram incluídos 13 animais neste estudo, cinco com fratura de tíbia e oito com fratura de rádio. Os FEEH, com anel inteiro ou semianel e uma barra, foram pré-montados de acordo com tamanho do animal e localização da fratura. Após redução, aberta ou fechada, foram inseridos os fios de Kirschner no fragmento curto, de maneira divergente, presos ao anel e três pinos de Shanz no fragmento longo fixados à barra por presilhas. Não houve intercorrências transoperatórias. Todos os casos atingiram a consolidação óssea. Os FEEH foram retirados entre cinco e 10 semanas de pós-operatório. As complicações encontradas foram tratos de drenagem (5), complicação resolvida reduzindo intervalo entre curativos, de semanal para diário, desvio angular (4), sendo dois com desvio valgo, um recurvatum e um tanto valgo quanto recurvatum quebra de fio (2), reação periosteal (2). Todos os animais apresentaram uso funcional do membro ao final do período de avaliação. O FEEH foi efetivo para o tratamento de fraturas metafisárias de rádio e tíbia na amostra estudada. / The presence of long bones fractured is often in pets’ routine, these fractures usually happen due to high impact injuries, as falling, automobile accidents and projectiles. The external skeletal fixators are versatile, then they can be used in different assemblies as linear, circle, hybrid, unilateral, bilateral, uniplanar and multiplanar, having wide requisition to radius and tibia. This paper evaluates the uses of hybrid external skeletal fixator (HESF) on metaphyseal fractures of radius and tibia in dogs that were rescued at Hospital of Veterinary Clinics at Federal University of Rio Grande do Sul (HCV-UFRGS). Thirteen dogs were evaluated: five presenting tibial fractures and eight showing radius fractures. The HESF, with full ring or semiring and a sidebar, were pre-assembled in accordance with animal size and fracture site. After reduction, open or closed, the Kirschner wire were inserted in the short fragment, divergently, fixed to the ring and three Schanz pins in large fragment, fixed to the bar. There were not intraoperative complications. All cases reached the bone healing. The HESF were taken off between five and ten weeks postoperative. The noted complications were: drainage tract (4), complication resolved reducing interval between dressings, weekly to daily, angular detour (4), two valgus, one recurvatum and one valgus and recurvatum, wire breaking (2) and periosteal reaction. At the end of evaluation period, all animals presented functional use of the member. In this studied sample, HESF was effective on treatment of metaphyseal fractures of radius and tibia.
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Detecção e análise genômica do Mamastrovirus 5 em cães no Brasil

Alves, Christian Diniz Beduschi Travassos January 2015 (has links)
O mamastrovirus 5 (MAstV5) é classificado no gênero Mamastrovirus da família Astroviridae, sendo associado com surtos agudos de gastroenterite transitória em filhotes de cães ao redor do mundo. O objetivo desta dissertação foi detectar e analisar a variabilidade genética dos MAstV5 circulantes em cães no Brasil. Para isto, amostras de suabe retal foram coletadas de 269 cães de diferentes regiões do Brasil no período de 2008-2014, dos quais 26,39% foram positivos para MAstV5 através de RT-PCR convencional e de RT-Hemi-nested PCR, amplificando porção conservada do gene do capsídeo e do gene da polimerase, respectivamente. Quatro destas cepas tiveram seu genoma parcialmente sequenciado, caracterizado e analisado filogeneticamente. A caracterização dessas amostras revelou uma notável heterogeneidade genética entre as cepas de MAstV5. A baixa identidade entre as sequências do gene do capsídeo (<85%) indicaria uma possível nova classificação entre a espécie MAstV5 em dois genótipos. Conclue-se que o MAstV5 ocorre em cães no Brasil e as cepas circulantes possuem uma grande diversidade genética. / The Mamastrovirus 5 (MAstV5) is classified in the genus Mamastrovirus of the Astroviridae family, being associated with acute episodes of transient gastroenteritis in puppies around the world. The aim of this work was to detect and analyze the genetic variability of circulating MAstV5 in dogs in Brazil. For this, rectal swab samples were collected from 269 dogs from different regions of Brazil in the 2008-2014 period, of which 26.39% were positive for MAstV5 by conventional RT-PCR and RT-Hemi-nested PCR, amplifying conserved portion of the capsid gene and polymerase gene, respectively. Four of these strains had its genome sequenced partially characterized and analyzed phylogenetically. The characterization of these samples revealed a remarkable genetic heterogeneity among strains of MAstV5. The low identity between the sequences of capsid gene (<85%) indicate a possible new classification between the two genotypes MAstV5 species. We conclude that the MAstV5 occurs in dogs in Brazil and circulating strains have a high genetic diversity.
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Frequência e intensidade de lesões gastroduodenais em cães com mastocitoma cutâneo

Ledur, Gabriela Reis January 2015 (has links)
A síndrome paraneoplásica é definida como um conjunto de sinais e sintomas que acontecem distantes do tumor primário e de suas metástases. Nos mastocitomas, os sinais sistêmicos mais comuns são os sinais gastrintestinais secundários à liberação de histamina, heparina e outras substâncias bioativas contidas no interior dos mastócitos neoplásicos. Em decorrência da ação sistêmica destas substâncias, a ulceração gastrintestinal é a principal síndrome paraneoplásica descrita. Assim, o presente trabalho avalia a ocorrência de lesões gastroduodenais em cães com mastocitoma cutâneo no momento do diagnóstico, correlacionando seu aparecimento com a apresentação clínica da doença, aparência macroscópica do tumor, diferentes marcadores prognósticos pré-estabelecidos pela literatura e valores plasmáticos de histamina. Para tal, foram utilizados 41 cães da rotina clinico/oncológica do Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (HCV-UFRGS) com diagnóstico confirmado de mastocitoma cutâneo. Os animais foram avaliados clinicamente e, posteriormente, foram submetidos à cirurgia para exérese do tumor e exame endoscópico para avaliação do esôfago, estômago e porção proximal do duodeno. Todos os cães foram avaliados quanto a presença e a gravidade dos sinais clínicos, velocidade de crescimento tumoral, número e localização dos nódulos, tamanho tumoral, características macroscópicas do tumor, presença de metástase em linfonodo regional, classificação histopatológica, índice mitótico e valor de histamina plasmática, buscando-se estabelecer uma relação com o surgimento e a gravidade das lesões gástricas e duodenais. A análise macro e microscópica da mucosa gástrica e duodenal, não evidenciou lesões compatíveis com úlceração grave em nenhum dos cães avaliados. A ocorrência de sinais clínicos gastrintestinais foi observada em 41,5% dos casos e padrões inflamatórios, sugestivos de gastrite, foram evidenciados tanto no exame endoscópico quanto no exame histopatológico. Sendo assim, na população estudada, as lesões gastroduodenais observadas foram consideradas leves no momento do diagnóstico e não apresentaram relação estatística com as variáveis estudadas, sugerindo que a heterogenicidade da população possa ter contribuído para os resultados, ou ainda que outros fatores possam influenciar a degranulação dos mastócitos neoplásicos. / Paraneoplastic syndrome is defined as a set of signs and symptoms that are not related to the local effect of the primary tumor or its metastases. Gastrointestinal ulceration is the most common sign attributed to mast cell tumor’s paraneoplastic syndrome in dogs. In mastocytoma, release of histamine, heparin, and other bioactive substances by the neoplastic mast cells can lead to increased systemic action of these substances and induce gastrointestinal disturbances. This study aimed to evaluate the occurrence of gastroduodenal lesions in dogs with cutaneous mast cell tumor at the time of diagnosis and correlate them to the clinical presentation of the disease, tumor’s macroscopic aspects, neoplasic prognostic markers, and plasmatic histamine values. We evaluated 41 dogs with cutaneous mast cell tumor diagnosed at the oncology service of the Veterinary Hospital of the Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS-HCV). After clinical examination, as the animals underwent surgery to remove the tumor and endoscopy to evaluate the esophagus, stomach and proximal duodenum was performed Presence and severity of clinical signs, neoplasms macroscopic characteristics, tumor size, number and location of neoplasic masses, tumor growth rate, presence of regional lymph node metastasis, histopathological classification, mitotic index, and plasmatic histamine concentration were determined and correlated with gastrodueodenal endoscopic findings. The macro and microscopic analyses of the gastric and duodenal mucosa showed no lesions compatible with ulceration in any of the pacients. The occurrence of gastrointestinal clinical signs was observed in 41.5% of cases and inflammatory patterns, suggestive of gastritis were evidenced in both endoscopic and histopathological examination; however, its correlation with the presence of mast cell tumor could not be established. Therefore, in this population, gastroduodenal lesions observed were considered mild at diagnosis and had no relation with the variables analyzed, suggesting that the heterogeneity of the population may have contributed to the results or that other factors may influence the degranulation of mast cells neoplastic.
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Dexmedetomidina associada à ropivacaína em anestesia locorregional para analgesia trans e pós-operatória em procedimentos cirúrgicos de joelho em cães

Mombachi, Verônica Santos January 2015 (has links)
Bloqueios regionais periféricos têm sido frequentemente utilizados em uma variedade de procedimentos na rotina veterinária, para promover analgesia durante e após as cirurgias. Ropivacaína é um anestésico local de longa ação e farmacologicamente semelhante à bupivacaína, porém parece oferecer margem de segurança maior e menor cardiotoxicidade em comparação com a bupivacaína. A dexmedetomidina é um agonista α2-adrenérgico altamente seletivo para receptores α2. Estudos utilizando ratos como modelo experimental e diferentes doses de dexmedetomidina adicionada à bupivacaína ou ropivacaína, demonstraram prolongar a ação sensitiva e motora da anestesia periférica do nervo ciático. Em pacientes humanos, este efeito também foi comprovado. O presente trabalho testou a hipótese de que a dexmedetomidina associada à ropivacaína aumentaria o bloqueio sensitivo quando comparada à ropivacaína ou bupivacaína sem adjuvante, na anestesia periférica do membro pélvico de cães submetidos a cirurgias ortopédicas de joelho. Um total de 25 cães (três para estudo piloto) que foram submetidos a cirurgias de ruptura de ligamento cruzado cranial ou luxação de patela foram selecionados. Os dois principais nervos do plexo lombossacral (femoral e ciático) foram identificados através de neuroestimulação. 22 cães foram randomizados em um dos três grupos. No grupo ROPI (n=7) 0,2 ml.kg-1 de ropivacaína 0,75%, no grupo BUPI (n=7) 0,2 ml.kg-1 de bupivacaína 0,5% e no grupo ROPIDEX (n=8) 0,2 ml.kg-1 de ropivacaína 0,75% + dexmedetomidina 0,5 mcg.ml-1 de solução anestésica foram administrados. Inicio do bloqueio sensitivo, duração dos bloqueios, duração da analgesia e a estimativa de dor foram registrados. Características dos cães e tipo de cirurgia foram semelhantes entre os grupos. O inicio do bloqueio sensitivo foi similar entre os grupos (P= 0,102). A duração da ação sensitiva foi significativamente maior no grupo ROPIDEX (645 ±127,3 minutos) em comparação aos grupos ROPI (440±65,3 minutos) e BUPI (502±105,5 minutos) P= 0,004. O grupo ROPIDEX também teve a ação motora mais longa que o grupo ROPI (P= 0,035), 540±160 e 365±96 minutos respectivamente. A analgesia foi mais duradoura no grupo ROPIDEX (720 ±150 minutos) em comparação aos grupos ROPI (437±107 minutos) e BUPI (541±105 minutos) - P= 0,001. Não houve diferença significativa nas avaliações de dor entre os grupos nos momentos comparados. Um animal do grupo ROPIDEX apresentou bradicardia após a realização do bloqueio. Durante o período transanestésico o grupo ROPIDEX apresentou valores de pressão significativamente mais baixos nos momentos T3 e T5, mas nenhum paciente apresentou hipotensão. Bloqueio do membro contralateral foi observado em 1 caso (4,5%) no grupo ROPIDEX. Três pacientes (2 no grupo BUPI e 1nogrupo ROPIDEX ) tiveram que receber analgesia complementar com fentanil no período cirúrgico, 86% dos cães foi resgatado apenas após a recuperação total da anestesia local. Concluiu-se que o uso de dexmedetomidina associada à ropivacaína para a anestesia regional periférica dos nervos femoral e ciático prolonga a duração dos bloqueios sensitivo e motor e também da analgesia pós-operatória de procedimentos ortopédicos em joelhos de cães. / Peripheral nerve blocks are used frequently in a variety of procedures in veterinary practice for surgical anesthesia and postoperative pain. Ropivacaine is a local anesthetic with long duration, having similar pharmacology to bupivacaine; however, it has a wider safety margin and was shown to possess less cardiotoxicity in comparison with bupivacaine. Many additives to local anesthetics have been investigated in attempt to increase the duration of the block in order to improve postoperative pain. Dexmedetomidine is a α2-receptor agonist highly selective. Previous studies showed that different doses of dexmedetomidine enhanced the duration of sensory and motor blockade when added to bupivacaine and ropivacaine in a sciatic nerve block model in rat. In humans this results also has been reported. The present tested the hypothesis that dexmedetomidine added to ropivacaine, when compared to ropivacaine or bupivacaine alone, enhances the duraction of sensory blockade for peripheral femoral and sciatic nerve block for knee surgeries in dogs. 22 patients scheduled for elective hind limb surgery were divided into three goups in a randomized fashion. The two main nerves of the lumbosacral plexus (femoral and sciatic) were identified using neural stimulation. Pacients were assigned to one of the three group. In group ROPI (n=7) 0,2 ml.kg-1 of ropivacaine 0,75%, in group BUPI 0,2 ml.kg-1of bupivacaine 0,5% and in group ROPIDEX 0,2 ml.kg-1+0,5 mcg.ml-1of anesthetic solution were given. Sensory block onsetime, motor and sensory block duration and duration of analgesia were recorded. Demographic data and surgical characteristics were similar in all groups. Sensory block onset time were not different between groups (P= 0,102). Sensory block duration were longer in ROPIDEX group (645 ±127,3 minutes) than ROPI (440±65,3 minutes) or BUPI (502±105,5 minutes) (P= 0,004). Motor block duration were longer in ROPIDEX than ROPI (P= 0,035), 540±160 e 365±96 minutos respectively, but not differ from BUPI. Duration of analgesia was longer in ROPIDEX group (720 ±150 minutes) when compared to ROPI (437±107 minutes) or BUPI (541±105 minutes) (P=0,001). There were no different between pain score evaluation among groups. One dog had bradycardia after peripheral block with ROPIDEX and during the anesthetic period arterial pressure levels were lower at T3 and T5 moments, but without hypotension. Contralateral hind limb block was present in one case (4,5%)in ROPIDEX group. Three dogs needed additional analgesia (2 in BUPI and 1 in ROPIDEX) during surgery while 86% of patients received rescue analgesia only when totally recovered from local anesthesia. It was concluded that dexmedetomidine added to ropivacaine for lateral pre-iliac and paravertebral lumbosacral plexus block prolongs the duration the block and the duration of postoperative analgesia in dogs undergoing pelvic limbs orthopedic surgery.
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Prevalência, fatores de risco e marcadores bioquímicos em cães com lama biliar diagnosticada por ultrassonografia / Prevalence, risk factors and biochemical markers in dogs with ultrasound diagnosed biliary sludge

Secchi, Priscila January 2011 (has links)
A lama biliar em cães é considerada um achado incidental, sendo frequentemente identificada durante ultrassonografias abdominais como sedimento ecogênico de baixa amplitude sem sombra acústica e com mobilidade gravidade dependente. Em humanos, a presença de lama biliar é considerada anormal e está associada a diversas situações clínicas e complicações como cálculos biliares, colangite e pancreatite aguda. Em cães sua importância clínica ainda é desconhecida. Os objetivos deste estudo foram estimar a prevalência, avaliar fatores de risco, alterações encontradas ao exame de ultrassom e marcadores bioquímicos em cães com lama biliar diagnosticada por ultrassonografia. Determinou-se a prevalência e a influência das diferentes raças, sexo e idade na lama biliar, a partir de 1.021 cães submetidos à ultrassonografia abdominal, independente do estado de saúde. Desse total, foram selecionados por conveniência, 100 cães para avaliação das alterações encontradas na ultrassonografia, dos fatores de risco e dos marcadores bioquímicos perante a presença ou ausência de lama biliar. Os resultados mostraram que a prevalência de lama biliar é alta, sendo que cães com 10 anos ou mais estiveram mais predispostos. Machos e fêmeas foram acometidos em igual intensidade, havendo uma maior prevalência nas raças Beagle, Cocker Spaniel e Poodle. Nenhum dos marcadores bioquímicos estudados demonstrou correlação significativa com a lama e através da quantificação desse sedimento foi possível sugerir que o espessamento biliar raramente progride podendo acarretar complicações mais graves como a mucocele e colelitíase. Condição corporal e a castração não demonstraram relação com a presença de lama biliar e o tipo de dieta não foi considerado como o principal fator de risco, havendo apenas fraca associação da lama com o abuso da alimentação com petiscos veterinários. Já o uso de medicamentos demonstrou estar entre as possíveis causas para o desenvolvimento do espessamento biliar. Pacientes com doenças cardiovasculares encotraram-se no grupo de risco e a maior ocorrência de hepatomegalia nos cães acometidos pela lama foi associada à congestão hepática passiva, consequência das cardiopatias. Acredita-se que o fator idade também possa estar relacionado a esse fato, já que as cardiopatias são mais frequentes em cães mais velhos. / The biliary sludge in dogs is deemed to be an incidental finding, and is often identified during abdominal ultrasound as echogenic sediment of low amplitude without acoustic shadowing and gravity dependent mobility. In humans, the presence of biliary sludge is considered abnormal and it is associated with various medical conditions and complications such as gallstones, cholangitis and acute pancreatitis. In dogs their clinical importance is still unknown. The aims of this study were to estimate prevalence, evaluate risk factors, findings on ultrasound examination and biochemical markers in dogs with biliary sludge diagnosed by ultrasonography. It was determined the prevalence and influence of different breeds, gender and age in biliary sludge, from 1.021 dogs undergoing abdominal ultrasonography, regardless of their health status. Overall, it was selected for convenience, 100 dogs for evaluation of abnormalities found on ultrasound, the risk factors and biochemical markers before the presence or absence of biliary sludge. The results showed that the prevalence of biliary sludge is high, and dogs with 10 years old or more were more predisposed. Males and females were affected at the same intensity, with greater prevalence in breeds Beagle, Cocker Spaniel and Poodle. None of the biochemical markers studied showed a significant correlation with the sludge and through the quantification of sediment was possible to suggest that the thickened bile rarely progresses and may cause more serious complications such as mucocele and cholelithiasis. Body condition and castration showed no correlation with the presence of biliary sludge and the type of diet was not considered a major risk factor, with only a weak association of the sludge with the abuse with veterinarians’ snacks. But the use of medicines proved to be among the possible causes for the development of the thickened bile. Patients with cardiovascular diseases lay in the risk group and higher incidence of hepatomegaly in dogs affected by the mud was associated to passive hepatic congestion, as consequence of cardiopathies. It is believed that the age factor may also be related to this fact, since cardiopathies are more common in older dogs.
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Estudo retrospectivo das dermatofitoses diagnosticadas em cães e gatos em Porto Alegre, RS, Brasil, no período de 1979 a 2009

Appelt, Carin Elisabete January 2010 (has links)
As dermatofitoses causadas por um grupo de fungos filamentosos e queratinofílicos, na maioria cosmopolita, acometem um grande número de mamíferos. Os cães e gatos são os principais reservatórios e fontes de infecções de Microsporum canis aos humanos e a outros animais domésticos. Dados epidemiológicos sobre as infecções fúngicas são importantes para diagnóstico, tratamento e prevenção. Os objetivos do trabalho foram analisar a frequência, os fatores de risco e a tendência secular da dermatofitose em cães e gatos no período de 1979 a 2009 em Porto Alegre, RS, Brasil. Foi realizado um estudo epidemiológico observacional retrospectivo, com os dados de 6695 amostras de animais com suspeita clínica de dermatofitose (5584 (83,4%) cães e 1111 (16,6%) gatos). A frequência encontrada foi de 16,6%, sendo o fungo Microsporum canis o mais isolado em cães (78,4%) e gatos (97%). Observou-se uma maior frequência de amostras positivas provenientes de gatos. A frequência também foi maior em cães e gatos com raça definida. Nos cães foi observada maior chance de dermatofitose em animais com idade entre 1 e 24 meses e com pelagem média a longa. Já nos gatos a chance foi maior em animais jovens, onde a probabilidade de isolamento diminui aproximadamente 2,3% a cada incremento de um mês na idade. Também uma maior chance de dermatofitose em gatos com pelagem média a longa. As análises mostraram um aumento médio da positividade com o aumento da umidade relativa do ar e período de tempo. O exame microscópico dos pelos apresentou 48% de sensibilidade e 97,4% de especificidade, enquanto o teste da lâmpada de Wood 64,52% de sensibilidade e 89,22% de especificidade quando comparados com o cultivo fúngico. A espécie fúngica com maior frequência de isolamentos nesta população foi o Microsporum canis, além disso, os gatos apresentaram maior risco de contrair dermatofitose por este agente do que os cães. Os fatores de risco encontrados nessa população estavam relacionados com idade (animais jovens), pelagem (média a longa) e umidade relativa do ar (maiores índices). A frequência de isolamentos aumentou ao longo do período (1979 – 2009) e o cultivo fúngico foi considerado como padrão-ouro para diagnosticar a dermatofitose. / Dermatophytoses are caused by a group of fungi with keratinophilic and keratinolytic properties. A wide variety of dermatophytes have been isolated from a large number of mammals. Dogs and cats are the main carriers and sources of infections of Microsporum canis to human as well as to other domestic animals. Epidemiological data about fungal infections are important for diagnosis, treatment and prevention. The objectives of the present study were to analyze the frequency, the risk factors, and the secular tendency of dermatophytoses in dogs and cats from 1979 to 2009 in Porto Alegre, RS, Brazil. A retrospective observational epidemiological study was performed based on data obtained from 6695 samples of animals with clinical suspicion of dermatophytoses [5584 (83.4%) dogs and 1111 (16.6%) cats]. The frequency found was 16.6%, being Microsporum canis the most isolated fungus in dogs (78.4%) and cats (97%). It was observed a higher frequency of positive samples originated from cats. The frequency was also higher in dogs and cats with a defined breed. In dogs, the probabilitie of dermatophytoses was greater in animals between 1 and 24 months, with medium to long coat. On the other hand, the chance observed in cats was higher in young animals, where the probability of isolation decreases around 2.3% for each additional month of age. There is a greater chance of dermatophytosis in cats with medium to long coats as well. The analyses had demonstrated a medium raise in positivity with the increasing of the relative air humidity and period of time. The microscopic examination of the coat revealed 48% of sensitivity and 97% of specificity, while with Wood’s lamp test, it was achieved 64.52% of sensitivity and 89.22% of specificity when compared to fungal culture. The fungal species with higher frequency of isolation in this population was Microsporum canis and cats were more likely to be infected by this agent than dogs. The risk factors found in this population were related to age (young animals), coat (medium to long), and relative air humidity (higher rates). The frequency of isolation increased throughout the period (1979 - 2009) and fungal culture was considered as the “gold standard” for diagnosing dermatophytoses.
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Recuperação funcional em dachshunds paraplégicos sem percepção de dor profunda submetidos à hemilaminectomia / Functional outcome of dachshund dogs paraplegic without deep pain parception underwent to hemilaminectomy

Voll, Juliana January 2010 (has links)
Lesões agudas da medula espinhal são de ocorrência comum em certas raças condrodistróficas como a Dachshund. Nessa raça, um desenvolvimento anormal do disco intervertebral causa uma precoce desidratação e mineralização do núcleo pulposo. Como conseqüência da degeneração discal, esses cães são propensos à extrusão discal aguda que resulta em lesão da medula espinhal contusiva e compressiva. A cirurgia descompressiva é o método de tratamento para cães com disfunção neurológica secundária à compressão da medula espinhal e o prognóstico para recuperação funcional é determinado principalmente pela severidade da lesão na medula espinhal. A perda da sensação de dor profunda em cães com doença do disco intervertebral indica lesão grave da medula espinhal e costuma ser considerada como um mau prognóstico. Existem poucos estudos com um número significativo de casos documentando a recuperação após cirurgia descompressiva em cães com ausência de percepção de dor profunda. A cirurgia raramente é recomendada se a percepção de dor profunda está ausente por mais de 48 horas, mas não foi comprovado um período de tempo mais preciso para tal recomendação. Este trabalho teve como objetivo avaliar a recuperação funcional dos membros pélvicos de cães da raça Dachshund paraplégicos com ausência de percepção de dor profunda por um período inferior e superior a 48 horas, devido à extrusão discal, submetidos à cirurgia descompressiva. Trinta cães paraplégicos foram distribuídos em dois grupos, sendo o primeiro formado por animais com ausência da sensação de dor profunda nos membros pélvicos por um período inferior a 48 horas e o segundo por um período superior a 48 horas. Em todos os pacientes foram realizados exame mielográfico e cirurgia descompressiva (hemilaminectomia). Posteriormente, esses animais foram submetidos a exame neurológico e avaliados quanto ao grau de locomoção e percepção de dor profunda. Apenas foram considerados recuperados os animais que demonstraram grau 3, 4 ou 5 de locomoção (paresia leve, ataxia ou exame neurológico normal). Os resultados comprovaram que pacientes com ausência de dor profunda devido à extrusão do disco intervertebral devem ser considerados candidatos à cirurgia descompressiva. O argumento de um prognóstico ruim, como afirmado em alguns estudos prévios, não se justifica baseado na duração da ausência de dor profunda antes do procedimento cirúrgico. O retorno da percepção de dor profunda dentro de 4 semanas pode ser associado com prognóstico favorável para retorno da locomoção (grau 3, 4 ou 5). A nova escala estabelecida dos graus de locomoção foi útil na avaliação da recuperação funcional de cães paraplégicos. / Acute lesions of spinal cord are a common occurrence in certain chondrodystrophic breeds such as Dachshund. In this race, an abnormal development of the intervertebral disc causes an early dehydration and mineralization of the pulposus core. As a result of disc degeneration, these dogs are prone to acute disc extrusion, resulting in a compressive and contusive spinal cord injury. Surgical decompression is the treatment method for dogs with neurological dysfunction secondary to spinal cord compression and the prognosis for functional recovery is mainly determined by the severity of spinal cord injury. The loss of deep pain perception in dogs with IVDD indicates severe injury of the spinal cord and is often considered as a bad prognosis. There are few studies with a good number of cases documenting the recovery after decompressive surgery in dogs with no deep pain perception (DPP). Surgery is rarely recommended if DPP is absent for more than 48 hours, but an exact period of time for such a recommendation has not been clearly established. This study aims to evaluate the functional recovery of pelvic limbs of paraplegic Dachshund breed dogs paraplegic with no deep pain perception for a period inferior and superior to 48 hours due to disc extrusion and submitted to surgical decompression. Thirty dogs were divided into two groups; the first consists of paraplegic dogs with no sense of deep pain in the pelvic limbs for less than 48 hours and the second, formed by dogs more than 48 hours. All patients underwent to myelographic examination and surgical decompression (hemilaminectomy). Thereafter, these animals were submitted to neurological examination and evaluated about their degree of movement and deep pain perception. Only were considered as recovered animals that reached locomotion grade 3, 4 or 5. The results showed that patients with absence of deep pain due to intervertebral disc extrusion should be considered candidates for decompressive surgery. The argument of a poor prognosis, as stated in some previous studies, was not justified based on duration of deep pain absence before surgery. The return of deep pain perception within 4 weeks may be associated with favorable prognosis for return of locomotion (grade 3, 4 or 5). The established grade of movement degrees was useful in evaluating the functional recovery of paraplegic dogs.

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